INDÚSTRIA CULTURALPROFESSORA TATIANA CIONI COUTO

O conceito de ICEm meados dos anos 40, Adorno e Horkheimer criam o conceito de Indústria

Cultural. Analisam a produção industrial dos bens como movimento global de produção da cultura como mercadoria

Os produtos culturais, os filmes, os programas radiofônicos , as revistas ilustram a mesma racionalidade técnica

(MATTERLART, 1977, p.77)

Indústria Cultural, por quê?

Conversão da cultura em mercadoria. Quando os veículos de comunicação atingem a população com mensagens diversas.

Depois da revolução industrial, a criação das fábricas, houve o surgimento dos centros urbanos. A população se desloca dos campos para as cidades, formando aglomerados. O meio de se comunicar com as massas foi chamado Comunicação de Massa.

sistema de condicionamentos, aos quais todo operador da cultura deverá prestar contas, se quiser comunicar-se com seus semelhantes – (ECO, 1979 p. 15)

INDUSTRIAL = PRODUTO(...) Industrial porque se destina a elaborar e distribuir produtos, bens e serviços

culturais, em forma de mensagens, mas padronizados e em série (BELTRÃO, QUIRINO, 1986, p. 56)

Industrializando-se, a comunicação implanta uma nova cultura (...) a cultura de massa (BELTRÃO, QUIRINO, 1986, p.62)

O produto da comunicação de massa é (...)padronizado, o que se justifica pelo fato de visar a atingir um mercado maciço (....) a produção está subordinada ao mercado. (BELTRÃO, QUIRINO, 1986, p.67)

Escola de Frankfurt

Adorno acredita que os veículos de comunicação de massa que surgiram vieram para unificar a mensagem.

A cultura contemporânea a tudo confere um ar de semelhança. Filmes, rádio e semanários constituem um sistema. Cada setor se harmoniza entre si e todos entre si – (ADORNO, 2002, p. 7)

Escola de Frankfurt

Adorno diz que todos os produtos da Indústria Cultural são feitos para um receptor passivo (sem qualquer reação):

O espectador não deve trabalhar com a cabeça; o produto prescreve toda e qualquer reação (ADORNO, 2002, p. 31)

Para ele, há uma racionalidade técnica empregada pelos meios de comunicação de massa, de modo a alienar o individuo:

A racionalidade técnica hoje é a racionalidade da própria dominação, é o caráter repressivo da sociedade que se auto-aliena –(ADORNO, 2002 p. 9)

Cultura de MassaA situação conhecida como cultura de massa verifica-se no momento histórico em

que as massas ingressam como protagonista na vida associada, co-responsavéis pela vida pública.....através das comunicações de massa, eles lhes é proposto sobre forma de mensagens formuladas segundo o código da classe hegemônica

ADORNO, 2002 p.24

Cultura de massaA cultura de massa é uma cultura – constitui um corpo de símbolos, mitos e imagens

concernentes à vida prática e a à vida imaginária, um sistema de projeções e de identificações específicas – (MORIN, 1989, p. 15)

A variedade, no seio de um jornal, de um filme, de um programa de rádio, visa a satisfazer todos os interesses e gostos de modo a obter o máximo de consumo – (MORIN, 1989, p. 35)

Jornal = Produto

O que é um jornal, se não um produto, formado de um número fixo de páginas, obrigado a sair uma vez por dia, e no qual as coisas ditas não serão mais unicamente determinadas pelas coisas a dizer (segundo uma necessidade absolutamente interior), mas pelo de fato de que, uma vez por dia, se deverá dizer o tanto necessário para preencher as páginas? A esta altura já estamos já em plena indústria cultural .

ECO, 1979, p. 14

Indústria Cultural

Cultura MercadoriaConsumo

O capitalismo exige a manutenção do sistema econômico e social. Para isto, utiliza dos meios de comunicação de massa (da Indústria Cultural - IC) para estimular o consumo. O discurso da IC é baseado na racionalidade capitalista.

O século XIX conheceu uma série de transformações sobretudo nos EUA e Europa....a concentração populacional nos espaços, caracterizados pela urbanização e industrialização, leva a pensar na massificação. Surgem as organizações ditas de massa: partidos, associações, sindicatos. (HOHLFELDT; MARTINO , 2001, p.101)

FONTES• ADORNO, Theodor. Indústria Cultural e Sociedade. Ed Paz e Terra , 2002• BELTRÃO, Luiz; QUIRINO, Newton de Oliveira. Subsídios para uma teoria de

comunicação de massa. São Paulo: Summus, 1986.• ECO, Humberto. Apocalípticos e Integrados. Ed. Perspectiva. SP, 1979.• HOHLFELDT, Antonio, MARTINO, Luiz C. e FRANÇA, Vera Veiga. Teorias da

Comunicação: Conceitos, escolas e tendências. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.• MATTERLART, Armand e Michéle. História das teorias da comunicação. São Paulo:

Loyola, 1997.• MORIN, Edgar. Cultura de massa no século XX. Vol. 1. Rio de Janeiro: Forense

Universitária, 1989.