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Indústrias Arteb S.A. CONFIDENCIAL Laudo de Avaliação Data Base: 31 de dezembro de 2008

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Indústrias Arteb S.A.

CONFIDENCIAL

Laudo de AvaliaçãoData Base: 31 de dezembro de 2008

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Planner Corretora de Valores S.A. 1

Índice

4.B Posição Acionária e Estrutura Organizacional 16

5.A Desempenho das Ações em Bolsa de Valores 26

5.B Valor Patrimonial 28

5.C Rentabilidade Futura 30

4.C Desempenho do Setor 19

SEÇÃO 1 Notas Importantes 2

SEÇÃO 2 Sumário Executivo 5

SEÇÃO 3 Informações sobre o Avaliador 7

SEÇÃO 4 Informações sobre a Indústria Arteb S.A. 11

4.A Histórico 12

SEÇÃO 5 Metodologias Adotadas e Premissas 24

SEÇÃO 6 Resultados 44

SEÇÃO 7 Glossário 46

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Planner Corretora de Valores S.A. 2

SEÇÃO 1

Notas Importantes

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Planner Corretora de Valores S.A. 3

O presente Laudo de Avaliação foi elaborado em cumprimento ao disposto no art. 8o. da Instrução CVM nº 361 de 5 de março de 2002, tendo em vista a realização de Oferta Pública de Ações de emissão da INDÚSTRIAS ARTEB S.A., doravante também denominada “Arteb” ou “Companhia”, por conta e ordem de seu acionista controlador ARTUR EBERHARDT S.A., doravante também denominada Ofertante, objetivando o cancelamento de registro de Companhia Aberta, de que trata o art. 21 da lei 6385/76.

Cabe ressaltar que esta avaliação está sendo apresentada em cumprimento de exigência legal e não representa uma solicitação ou aconselhamento de venda por parte da PLANNER CORRETORA DE VALORES(“PLANNER” ou “Instituição Intermediária da oferta”), ficando a decisão de aderir ou não à oferta de responsabilidade inteira e exclusiva dos acionistas minoritários. As estimativas e projeções aqui contidas, especialmente aquelas cuja ocorrência depende de eventos futuros e incertos (incluindo projeções de receitas, despesas, lucro operacional) foram baseadas na opinião de administradores da Arteb, as quais a PLANNER assume que foram expressas de boa fé a partir de premissas capazes de refletir as melhores estimativas atualmente disponíveis.

Notas Importantes

O trabalho de avaliação da PLANNER utilizou como base, dentre outras, as seguintes informações ou documentos que nos foram disponibilizados até 25 de maio de 2009 pela Administração da Empresa: (i) Informações e dados financeiros, cuja natureza é de conhecimento público, relacionados à Companhia; (ii) Análises e informações gerenciais, fornecidas pela administração da Arteb; (iii) Projeções financeiras e premissas elaboradas e aprovadas pela administração da Arteb; (iv) Demonstrações Financeiras da Arteb, auditadas e disponíveis publicamente para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 a 2008. Adicionalmente, conduzimos discussões com os membros integrantes da administração da Arteb sobre suas expectativas para os negócios da Companhia no futuro.

O conteúdo de nosso Laudo contemplou informações que nos foram efetivamente disponibilizadas, refletindo as condições predominantes e o nosso ponto de vista independente, no momento, estando de acordo com as circunstâncias da realização dos trabalhos, que não contempla o atendimento a interesses pessoais ou específicos. Nesses termos, o resultado da análise que venham a ser realizadas por terceiros poderá ser diferente do resultado de nossas análises, sem que isso caracterize qualquer deficiência nos trabalhos realizados.

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Planner Corretora de Valores S.A. 4

Ressaltamos que a PLANNER não se responsabiliza pela exatidão das informações utilizadas como base para nossa análise, considerando que essas informações foram disponibilizadas por domínio público ou pela própria Empresa e que no final deste trabalho, o conteúdo deste relatório foi discutido com a Administração para assegurar a acuracidade dos dados reportados.

Reservamo-nos o direito, mas não nos obrigamos, de revisar todos os cálculos incluídos ou referidos neste Laudo, se julgarmos necessário, bem como revisar nossa opinião quanto ao valor da ação da Arteb, caso tenhamos conhecimento posterior de informações não disponíveis por ocasião da emissão deste Laudo.

A PLANNER não se responsabiliza por perdas diretas ou indiretas ou lucros cessantes eventualmente decorrentes do uso deste Laudo de Avaliação da Arteb.

Notas Importantes

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SEÇÃO 2

Sumário Executivo

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A Planner Corretora de Valores S.A. foi contratada pela Indústria Arteb S.A. para elaborar um Laudo de Avaliação da Companhia, relacionado a OPA (Oferta Pública de Ações), no cumprimento à Instrução CVM no. 361, de 5 de março de 2002.

As seguintes metodologias foram consideradas neste Laudo:

Valor econômico calculado pela metodologia do fluxo de caixa descontado (“FCD”), considerando como o método mais apropriado para a avaliação da Indústrias Arteb S.A., uma vez que captura suas perspectivas de crescimento e capacidade de rentabilidade futura, refletindo adequadamente os riscos da atividade. Ademais, por inexistirem companhias perfeitamente comparáveis à Arteb, dadas as suas peculiaridades, e pela existência de informações acessíveis setoriais e da empresa.

Utilizamos como base de nossas projeções as Demonstrações Financeiras consolidadas de 31 de dezembro de 2008.

Sumário Executivo

A avaliação econômico-financeira realizada, resultou, para análise de sensibilidade, em um intervalo de valor recomendado entre (R$ 12.543) milhões e R$ 36.450 milhões para 100% do capital da Companhia, correspondendo a um valor unitário por ação entre R$ (0,35) e R$ 1,00. O valor central obtido foi de R$ 0,28, através de cenário base, cujo valor ao acionista foi descontado à taxa de 10,04%.

Por outro lado, a ARTUR EBERHARDT S.A., empresa controladora da ARTEB, dispõe-se a pagar R$ 0,30 por ação aos acionistas minoritários que vierem a aceitar as condições propostas na oferta pública, considerando esse valor como o preço justo da oferta. Dessa forma, o preço a ser pago aos acionistas minoritários que vierem a aderir à oferta pública é 7,14% superior ao valor por ação obtido na apuração do valor econômico.

2,75% 3,00% 3,25%

9,79% 0,39 0,69 1,00

10,04% 0,01 0,28 0,57

10,29% (0,35) (0,09) 0,17

Perpetuidade

Taxa de Desconto

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SEÇÃO 3

Informações sobre o Avaliador

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Brokerage: Bolsas de Valores, Bolsas de Mercadoria e Futuro, Open e Câmbio

Planner Corretora de Valores S.A.

Informações sobre o Avaliador

Constituída em 16 de fevereiro de 1995 e autorizada pelo Banco Central em 06 de setembro de 1995, a Planner Corretora de Valores S.A. é membro da Bolsa de Valores de São Paulo, certificada pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini nos termos da NBR ISO 9002 em Operações com Títulos e Valores Mobiliários em Bolsas de Valores e Bolsa de Mercadorias e Futuros (“BM&F”).

Com mais de 10 anos atuando no mercado financeiro e de capitais, a Planner apresenta-se atualmente como uma das corretoras que mais se desenvolveu, contando atualmente com 19 filiais pelo Brasil.

Apoiada na estrutura qualificada e experiente de seu quadro de funcionários a Planner atua no Mercado de Capitais em:

Underwriting: Coordenação e Colocação de Operações de Ações e Debêntures, Block-Trade e Securitização

Negócios: Fusões e Aquisições, Privatização, Análises Econômica e Financeiras, Reestruturação e Consultoria

Administração de Recursos: Fundo de Ações, Renda Fixa, Carteira Livre, Clubes de Investimentos, Fundações, Pessoas Jurídicas e Pessoas Físicas

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Avaliação do preço a ser ofertado para os acionistas minoritários da Cia. Santista de Papel com vistas ao cancelamento do registro de Cia. Aberta (dezembro/2000)

Avaliação do preço a ser ofertado para os acionistas minoritários da Peixe S.A. com vistas ao cancelamento do registro de Cia. Aberta (fevereiro/2001).

Avaliação da Amadeu Rossi S.A. Metalúrgica e Munições para oferta pública de ações com vistas ao cancelamento do registro de Cia. Aberta (maio/2002).

Planner Corretora de Valores S.A.

Avaliação da INBRAC S.A. Condutores Elétricos para oferta pública de ações com vistas ao cancelamento do registro de Cia. Aberta (junho/2001).

Avaliação da Cia. Thermas do Rio Quente S.A. para oferta pública de ações com objetivo de cancelamento do registro de Cia Aberta (junho/2004).

Avaliação da Technos Relógios S.A. para oferta pública de ações com objetivo de cancelamento do registro de Cia Aberta (novembro/2004).

Experiência em Oferta Pública de Ações - OPA

A Planner Corretora de Valores S.A., representada pela sua área de Investment Banking, foi responsável pela elaboração deste trabalho, tendo ampla experiência em avaliação econômico-financeira de empresas em geral e de companhias abertas, conforme apresentado a seguir.

Processo Interno de Aprovação do Laudo

A discussão e aprovação do Laudo de Avaliação é realizada através de um Comitê de Investimentos composto por Diretores da Corretora, com comprovada experiência em mercado de capitais, responsáveis pelas seguintes áreas: [i] operações; [ii] administrativa e, [iii] underwriting, sendo este ultimo também responsável pela elaboração do laudo.

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A Planner Corretora de Valores declara que:

Assim como seu controlador e pessoas a ele ligadas, não é titular e não possui sob sua administração discricionária qualquer ação de emissão da Indústria Arteb S.A.

Dentre os critérios de avaliação, entende ser o valor econômico obtido através do fluxo de caixa descontado o mais adequado à definição do preço justo.

Não tem conflito de interesse que lhe diminua a independência necessária ao desempenho de suas funções.

Da remuneração prevista no contrato de intermediação financeira firmado entre a Planner e o Ofertante, o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) refere-se ao custo de elaboração do laudo de avaliação.

Não recebeu nenhuma remuneração da Ofertante, ARTUR EBERHARDT S.A., bem como, da companhia objeto, INDÚSTRIAS ARTEB S.A., no período anterior de 12 (doze) meses ao requerimento do registro de Oferta Pública de Aquisição de Ações, nos termos do § 6º do art. 8º da Instrução CVM nº 361/02, exceto a remuneração decorrente do contrato de prestação de serviço para o cancelamento do registro de Cia. Aberta.

Declarações do Avaliador

Ricardo Penna de AzevedoDiretor Administrador de Empresas

Fabio TomitaAnalistaAdministrador de Empresas

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SEÇÃO 4

Informações sobre a Indústria Arteb S.A.

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SEÇÃO 4.A

Histórico

Informações sobre a Indústria Arteb S.A.

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Breve Histórico da Companhia

1934 - Fundação do Grupo Artur Eberhardt - Arteb - na capital do estado de São Paulo.

1967 - Instalação da Indústria Arteb em São Bernardo do Campo.

1990 - Início das operações de exportação e primeira empresa a introduzir a tecnologia de Refletores Biparábolas em Termofixos LPP (Low ProfilePolyester) para a Ford e Mercedes Benz.

1998 - Participação da Hella e do IFC no capital da Arteb.

1999 - Inauguração da planta de Gravataí (RS), dentro do pólo industrial da General Motors - Projeto Celta

2001 - Primeiro Laboratório de desenvolvimento e testes de sistema de iluminação do país reconhecido pelo INMETRO para análises e ensaios em faróis e lanternas.

Informações sobre a Indústria Arteb S.A.

2003 - Primeira empresa sul americana de iluminação automotiva a assinar contrato com a GM e Ford para o NAFTA.

2005 - Centro Tecnólogico Arteb, único Centro Tecnológico de itens de iluminação da América do Sul, tornando-se referência no desenvolvimento de sistemas de iluminação. A estrutura do Centro Tecnológico permite realizar uma grande variedade de ensaios. São mais de 300 tipos de diferentes testes, entres eles, mecânicos, químicos, vibração com ciclos climáticos e ópticos.

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Breve Descrição da Companhia

As Indústrias Arteb S.A. é líder no mercado brasileiro de fabricação de faróis e lanternas, atuando nos segmentos de Montadoras, Exportação Montadoras, Reposição Local e Exportação Aftermarket. Os principais produtos fabricados pela Companhia são:

Faróis principais;Faróis auxiliares;Lanternas dianteiras;Lanternas traseiras; eBrake-lights

Com percepção mercadológica, agilidade, um moderno parque fabril e certificações dos processo produtivos, de produtos e laboratórios, a Arteb conseguiu competitividade no mercado globalizado, exportando produtos para o mundo todo.

No mercado internacional, a Arteb já é marca consolidada e líder na América Latina e tem tradição de exportação para todo o mercado europeu, fornecendo seus produtos para os modelos mundiais da Volkswagen, Ford e Fiat, além de atender àdemanda de reposição para modelos Mercedez, Audi e Renault.

Com a expansão das exportações, os produtos Arteb estão disponíveis em vários países do Leste Europeu, Oriente Médio, Norte da África, Alemanha, Argentina, Bélgica, Bielo-Rússia, Dinamarca, Espanha, Holanda, Inglaterra, Itália, Polônia, Portugal, República Checa, Turquia, Uruguai e Venezuela.

Informações sobre a Indústria Arteb S.A.

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Estrutura da Companhia

Informações sobre a Indústria Arteb S.A.

INDÚSTRIA ARTEB S.A.

HELLA-ARTEB S/A (1)ARTEB FARÓIS E LANTERNAS ARTEB INC. (2)

99,99% 50,00% 100,00%

(1) As atividades da unidade foram encerradas em agosto de 2003. Aguardando apenas encerramento de uma ação judicial que está em andamento.

(2) A operação da Arteb Inc. é resultado das comissões de vendas para Exportação das Industrias Arteb S/A. O valor recebido em 2008 foi de US$ 402 mil.

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SEÇÃO 4.B

Posição Acionária e Estrutura Organizacional

Informações sobre a Indústria Arteb S.A.

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Planner Corretora de Valores S.A.

9,36%

74,5%

7,14%

8,99%Ações deControladores

International FinanceCorporation

HSBC RepublicBank Suisse AS

Outros

17

Posição Acionária

25,5%

74,5%

Ações deControladoresAções emCirculação

A Indústria Arteb S.A. possuía em 30 de junho de 2009, 36.325.601ações ordinárias, com a seguinte participação no capital da empresa:

Ações Ordinárias

Breakdown das Ações em Circulação

ACIONISTAS AÇÕES ORDINÁRIAS %

AÇÕES DE CONTROLADORES

Tocantins Participações Ltda. 11.414.910 31,42%

Artur Eberhardt S.A. 13.470.318 37,08%

MEMBROS DO CONSELHO

Pedro Armando Eberhardt 2.181.442 6,01%

Maílson Ferreira da Nóbrega 1 0,00%

Flávio Vieira de Faro 1 0,00%

SUB-TOTAL 27.066.672 74,5%

AÇÕES EM CIRCULAÇÃO

Reinhold Poersch GMBH 2.770.495 7,63%

Hella Brazil Holding LTDA. 494.913 1,36%

Andreas Sanden 1 0,00%

HSBC Republic Bank Suisse AS 3.400.928 9,36%

International Finance Corporation 2.592.592 7,14%

SUB-TOTAL 9.258.929 25,5%

TOTAL 36.325.601 100,0%

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Planner Corretora de Valores S.A. 18

Estrutura Organizacional Geral

PEDRO EBERHARDTPEDRO EBERHARDTPresidente

EDUARDO EBERHARDTEDUARDO EBERHARDTVice-Presidente Executivo

PAULO SARAIVAPAULO SARAIVADir. Superintendente

TBDTBDDir. Comercial

ALEXANDRE OLIVEIRAALEXANDRE OLIVEIRADir. Corp. Manufatura

MARISTELA ARAMARISTELA ARAÚÚJOJODir. Financeiro e TI

R. BARANAUSKASR. BARANAUSKASDiretor RH e Compras

EMEMÍÍLIO KINOSHITALIO KINOSHITADiretor Tributário

MARCO MAZILLOMARCO MAZILLODiretor Engenharia

Prestador de Serviços - PJ

ARNALDO PEREIRAARNALDO PEREIRAGerente Projetos

Tec.Estrat

AURELIANO CALISSIAURELIANO CALISSIGer. Eng. Qualidade

GOTTOGOTTOGerente Novos Negócios

L. JESUSL. JESUSAssessor VP Exec

PAULO MARASANPAULO MARASANCoord. Auditoria

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SEÇÃO 4.C

Desempenho do Setor

Informações sobre a Indústria Arteb S.A.

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Desempenho do setor

O Setor Automotivo

Na década de 80, a economia brasileira foi marcada pela estagnação, instabilidades políticas e problemas econômicos, como o processo inflacionário e dependência de capital externo. Como conseqüência, a indústria automobilística registrou queda na produção, na demanda e investimentos.

Na década de 90, esse panorama passou por uma significativa mudança em virtude de diversos aspectos, como a abertura comercial do país, promovido pelo Governo Collor, assim como programas de estabilização econômica, que no Brasil somente obteve resultados concretos com o Plano Real em 1994.

Ainda no início desta década, foram firmados diversos acordos em câmaras setoriais que alavancaram a produção brasileira. A criação do Mercosul iniciou um processo de racionalização das plantas e na reestruturação da produção dos fabricantes de veículos, aproveitando-se das facilidades de cada bloco regional e alcançando economias de escala. Os resultados foram saltos qualitativos e quantitativos expressivos, com fábricas e veículos modernos, escala de produção, produtividade e exportações originados, principalmente, dos efeitos da concorrência.

No ano de 2002, a desconfiança do mercado sobre o governo Lula gerou uma crise que veio afetar sensivelmente a economia do país. Houve uma forte desvalorização cambial e aceleração de preços, que teve de ser contida pela taxa de juros elevada até meados de 2003, comprometendo a tomada de crédito para aquisição de bens.

Em 2005 o setor faturou US$ 42,3 bilhões incluindo autopeças, US$ 18,1 bilhões dos quais vieram de exportações, gerando um saldo de comércio exterior da ordem de US$ 9,2 bilhões.

No ano de 2008 o setor automobilístico viveu duas fases distintas, tendo apresentado até o 3º trimestre um crescimento de 20% comparado com o mesmo período de 2007, e uma forte retração no 4º trimestre decorrente da crise iniciada nos Estados Unidos, que posteriormente tomou conta de todo mercado mundial. Em dezembro a produção de veículos teve uma queda drástica e o mês foi considerado o pior dos últimos anos, afetando consideravelmente o resultado do trimestre. A produção brasileira encerrou o ano de 2008 com um crescimento de 8% comparado com o ano de 2007.

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Planner Corretora de Valores S.A.

1.5861.357

1.691 1.817 1.792 1.8282.317 2.531 2.611

2.9773.227

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

21

Desempenho do setor

O Setor Automotivo (cont.)

Embora o setor tenha fechado o ano com recordes de produção e venda de veículos, a partir de setembro foi dado início a um processo de desaceleração no ritmo de crescimento no mercado interno, com restrições no crédito ao consumidor e diminuição nos prazos de financiamento, bem como desaceleração no mercado externo.

O mercado externo apresentou queda no volume de vendas de veículos, ocasionando principalmente por perda de participação em relação ao mercado interno devido àdepreciação do Dólar frente ao Real, ocorrida nos últimos anos e até meados de setembro, tendo sido agravada pela deteriorização do ambiente mundial de negócios.

Para estimular as vendas de veículos o governo brasileiro reduziu a alíquota do IPI, a partir de dezembro de 2008 até31 de junho de 2009, com o objetivo de reduzir o elevado nível dos estoques de veículos nas montadoras, e principalmente em 2009 manter o nível de emprego neste mercado.

A seguir, apresentamos a produção brasileira de veículos (automóveis) para os anos de 1998 e 2008:

Mil Unidades

Fonte:Anfavea / IpeaData

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Desempenho do setor

O Setor Automotivo (cont.)

A seguir, apresentamos o faturamento da Indústria Automobilística Brasileira e o percentual (%) de participação no PIB Industrial para os anos de 2002 a 2007:

US$ Milhões

Fonte: Anfavea

Autoveículos Máquinas Agrícolas Automotrizes % no PIB Industrial

*Estimativa

31.670 30.675

37.95140.959

43.858

52.327

4.328 4.667 6.571 4.701 4.444 5.886

13,4% 13,0%

15,2% 15,3% 15,7%

18,0%

2002 2003 2004 2005 2006 2007*

A seguir, apresentamos o faturamento da Indústria de Autopeças Brasileira por destino para os anos de 2002 a 2007:

6.209 7.411 10.851 15.587 17.557 22.792

1.753 1.906 2.486 3.107 3.426 4.4942.612 3.133 3.877 4.724 5.424 5.788735 880 1.336 1.844 2.141 2.876

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2002 2003 2004 2005 2006 2007*

Automobilística Mercado de Reposição Exportações Outros Fabricantes

Fonte: Anfavea*Estimativa

US$ Milhões

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Projeções Macroeconômicas

Os indicadores apresentados abaixo têm a finalidade expor, de forma clara, porém resumida, o contexto econômico e as expectativas de mercado vigentes na época da elaboração do Laudo de Avaliação. Enfatizamos que o seu conteúdo estábaseado em informações públicas disponíveis e não deve ser assumido como a opinião da Planner sobre ações, fatos ou eventos que tenham ou venham a ocorrer na economia brasileira.

Perspectivas Econômicas

Informações sobre a Indústria Arteb S.A.

2009 2010 2011 2012 2013SELIC 2,30% 2,30% 2,28% 2,30% 2,35%IPCA 4,32% 4,50% 4,50% 4,50% 4,50%IGP-M 2,71% 4,50% 4,50% 4,50% 4,50%PIB TOTAL -0,02% 3,50% 4,04% 4,25% 4,17%PIB INDÚSTRIA 1,36% 3,20% 4,12% 4,13% 4,00%Fonte: Bacen (31/03/2009)

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SEÇÃO 5

Metodologias Adotadas e Premissas

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Introdução

O presente Laudo de Avaliação foi preparado conforme a Instrução CVM no 361, de 5 de março de 2002, e alterações previstas na Instrução CVM no 436, de 05 de julho de 2006, a qual em seu Artigo 8o, Parágrafo 3o, dispõe sobre o formato e conteúdo do laudo de avaliação, aplicável às ofertas públicas de aquisição de ações, bem como sobre os critérios de avaliação aplicáveis.

Atendendo aos requisitos das instruções citadas acima, executamos a Avaliação da Arteb com base nos seguintes critérios:

preço médio ponderado de cotação das ações da Companhia na bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado, nos últimos 12 (doze) meses, se houver, discriminando os preços das ações por espécie e classe;

valor do patrimônio líquido por ação da Companhia, apurado nas últimas informações periódicas enviadas à CVM;

valor econômico da Companhia por ação, calculado pela regra do fluxo de caixa descontado ou por múltiplos, conforme se entender fundamentadamente mais adequado ao caso da Companhia, de modo a avaliá-la corretamente;

Os parâmetros acima se baseiam em metodologias e critérios diferentes, pois levam em consideração diferentes aspectos, tais como, perspectivas futuras de crescimento e de lucratividade tendo em vista as expectativas da macroeconomia e do mercado de atuação da companhia (método do Fluxo de Caixa Descontado) e os resultados históricos e valores contábeis (valor do patrimônio líquido - valor patrimonial). Dessa forma, os resultados apurados podem diferir significativamente, ou não, entre si.

Metodologias adotadas e premissas

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SEÇÃO 5.A

Desempenho das Ações em Bolas de Valores

Metodologias Adotadas e Premissas

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Desempenho das Ações em Bolsa de Valores

Pode-se assumir como valor da ação, o preço médio das ações no mercado organizado, no caso, o valor das suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo (“Bovespa”). No entanto, para que se possa definir o valor com base no preço médio das ações, é fundamental que estas apresentem uma alta liquidez, ou seja, que estas ações apresentem um alto volume de negociações.

Isto porque, apresentando um alto índice de liquidez, diminui-se as chances de algum investidor arbitrar o preço do papel de acordo com seus interesses individuais.

Ao analisarmos a performance da cotação das ações da Arteb nos últimos doze meses, observamos que as suas ações não foram negociadas, tornando inviável descrever o preço médio ponderado de cotação das ações da Companhia.

Metodologias adotadas e premissas

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SEÇÃO 5.B

Valor Patrimonial

Metodologias Adotadas e Premissas

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Metodologias adotadas e premissas

Valor do Patrimônio Líquido por Ação

Em razão do atual endividamento, o patrimônio líquido da companhia decresceu de forma acentuada devido aos excessivos encargos financeiros, o que torna a avaliação pelo valor patrimonial líquido por ação bastante prejudicada.

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SEÇÃO 5.C

Rentabilidade Futura

Metodologias Adotadas e Premissas

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Valor Econômico

Na estimativa do valor econômico da ação com base na metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (“Discounted Cash Flow”– DCF), estimamos o fluxo de caixa livre da empresa (“Free Cash Flow to Firm” – FCFF) para se calcular o valor da totalidade das ações da Companhia.

Consideramos essa metodologia a mais adequada para a presente avaliação e a utilização na apuração do valor econômico da Arteb, tendo em vista os seguintes aspectos:

A inexistência de um número razoável de empresas comparáveis que possuam informações financeiras auditadas e disponíveis no mercado; e

A inexistência de um número razoável de transações similares que possuam informações confiáveis.

Metodologias adotadas e premissas

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Fluxo de Caixa Descontado

Apresentamos a seguir, os principais critérios adotados e as principais premissas utilizadas para a projeção dos Fluxos de Caixa futuros da Arteb.

A metodologia de Fluxo de Caixa Descontado (DCF) éconsiderada a mais completa metodologia de avaliação, pois leva em consideração todas as características individuais da empresa, perfazendo uma análise completa da empresa em avaliação, considerando ainda sua continuidade no tempo e suas perspectivas de resultados.

Premissas Gerais

Para o cálculo do intervalo de valores da Arteb, utilizamos a taxa de desconto estimada de 8,86%, adicionando-se e subtraindo-se 0,5%.

Com base nesta metodologia, o valor da Companhia foi calculado considerando somente as projeções de seus resultados operacionais, desconsiderando suas dívidas (modelo Debt-Free), estimando assim o fluxo de caixa livre para a Arteb (“Free Cash Flow to Firm” –FCFF), tendo sido os ativos e passivos não operacionais somados ou deduzidos, conforme o caso, do valor econômico das suas operações, conforme tabela a seguir.

Metodologias adotadas e premissas

Os valores projetados estão apresentados em termos reais, ou seja, não contemplam a inflação esperada para o período projetado e, dessa forma, a taxa de desconto adotada está apresentada nos mesmos termos. Todos os valores monetários estão expressos em milhares de reais, salvo quando indicada outra unidade;

Os fluxos de caixa operacionais da Arteb foram projetados para o período de 01 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2014. Para o cálculo do valor residual foi considerado o valor presente da perpetuidade do fluxo de caixa projetado para o último ano, com crescimento constante equivalente à 3,0% ao ano em termos reais.

Não consideramos aumento real nos preços, utilizando como base os preços praticados nos primeiros meses de 2009.

Ajustes ao Valor Econômico R$ mil

Ativos Não OperacionaisDisponibilidades 6.396

Depositos judiciais 3.655

Passivos Não OperacionaisEmpréstimos e Financiamentos 304.129 Dívidas com Pessoas Jurídicas 60 Credores por financiamentos 15.855 Provisão para contingências 71.233

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Planner Corretora de Valores S.A.

2.9773.227

2.951 2.827 2.919 3.014 3.112 3.213

8,39%-8,56% -4,19% 3,25% 3,25% 3,25% 3,25%

2007 2008 2009E 2010E 2011E 2012E 2013E 2014E

33

Fluxo de Caixa Descontado (cont.)

Receita Operacional Bruta

De um modo geral, o comportamento da receita estáintimamente associado aos números relativos à produção nacional de veículos automotivos. Esta por sua vez, apresentou um crescimento contínuo ao longo dos últimos 5 anos. Ao final do ano de 2008, considerando forte retração no 4º trimestre decorrente da crise iniciada nos Estados Unidos, que posteriormente tomou conta de todo mercado mundial, a Arteb elaborou seu orçamento para o ano de 2009, tomando como principal parâmetro para sua projeção de vendas a produção nacional de veículos, que em 2008 atingiu o patamar de 3.227 mil veículos, de acordo com a ANFAVEA.

O orçamento elaborado pela administração da Arteb contempla o período projetivo compreendido entre janeiro de 2009 e dezembro de 2014, sobre o qual baseamos substancialmente nossas projeções para o período. A partir de 2014, consideramos um crescimento vegetativo das operações, aplicando-se uma taxa de crescimento real de 3,25 % ao ano.

Metodologias adotadas e premissas

A queda no crescimento da receita apresentada no orçamento da Arteb para o ano de 2009 é motivado substancialmente pela diminuição da produção de auto-veículos.

As projeções de receita foram realizadas conforme o desempenho da produção total de veículos no Brasil estimas pela Administração da Arteb, conforme demonstrado abaixo:

Produção Brasileira de Auto-Veículos

Mil unidades

Fonte: ANFAVEA / Administração da Arteb

Produção Projetada % CrescimentoProdução Real

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Planner Corretora de Valores S.A.

38.49249.771 51.513 53.188 54.916 56.701 58.544

13,85% 5,00% 3,25% 3,25% 3,25% 3,25%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

29.681 33.790 35.480 36.633 37.823 39.053 40.322

29,30%3,50% 3,25% 3,25% 3,25% 3,25%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

267.080 261.938 271.105 279.921 289.023 298.421 308.125

-1,93% 3,50% 3,25% 3,25% 3,25% 3,3%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

34

Fluxo de Caixa Descontado (cont.)

A Receita Operacional Bruta da Arteb é composta, basicamente por vendas para montadoras, peças e acessórios, mercado de reposição, mercado de exportação (montadoras e outros) e outros serviços.

Vendas para Montadoras: a empresa projetou para 2009 uma receita com base no faturamento dos primeiros meses já realizados em 2009 e na produção de veículos estimados. Para os períodos seguintes, foi projetado um crescimento equivalente à produção de veículos estimados pela administração da Arteb.

Peças e acessórios: a empresa estimou para 2009 um aumento de sua participação no mercado interno. Para os períodos seguintes, foi projetado um crescimento em relação à produção de veículos estimados pela administração da Arteb.

Reposição: a empresa estimou para 2009 uma receita com base no aumento de sua participação no mercado interno e no faturamento dos primeiros meses de 2009. Para os períodos seguintes, foi projetado um crescimento em relação à produção de veículos estimados pela administração da Arteb.

Metodologias adotadas e premissas

Receita de Vendas de Peças e Acessórios

Projetada % CrescimentoReal

R$ mil

Receita de Vendas para Montadoras R$ mil

Receita de Vendas de ReposiçãoR$ mil

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Planner Corretora de Valores S.A.

38.714

24.005 20.678 21.350 22.044 22.760 23.500

-37,99% -13,86% 3,25% 3,25% 3,25%3,25%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

12.55617.242 17.846 18.426 19.025 19.643 20.281

3,50% 3,25% 3,25% 3,25% 3,25%

37,33%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

9.6237.235 6.511 6.723 6.942 7.167 7.400

-24,81% -10,00% 3,25% 3,25% 3,25% 3,25%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

35

Fluxo de Caixa Descontado (cont.)

Vendas para Exportação (montadoras): a empresa estimou o ano de 2009 com base na queda da demanda devido à crise mundial, projetando os anos seguintes com um crescimento que reflete uma expectativa de retomada na produção do mercado mundial.

Vendas para Exportação (reposição): a empresa estimou para 2009 um aumento de sua participação no mercado externo. Para os períodos seguintes, foi projetado um crescimento em relação à produção de veículos estimados pela administração da Arteb.

Outros Serviços: a linha de outros serviços são considerados serviços administrativos, ferramental, refletores e lentes e venda de moldes. De forma conservadora no ano de 2009, a Administração da Arteb não considerou novos lançamentos pelas montadoras, econsequentemente, não considerou a venda de moldes no período projetivo. Retomando em 2011 um crescimento em relação à produção de veículos estimados pela administração da Arteb.

Metodologias adotadas e premissas

R$ mil

Projetada % CrescimentoReal

Vendas para Exportação (reposição)

Vendas para Exportação (montadoras)

Outros Serviços

R$ mil

R$ mil

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Planner Corretora de Valores S.A.

298.615 296.452 302.503 312.338 322.492 332.977 343.803

-0,72% 2,04% 3,25% 3,25% 3,25% 3,25%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

396.145 393.982 403.134 416.241 429.773 443.746 458.172

-0,55% 2,32% 3,25% 3,25% 3,25% 3,25%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

97.530 97.530 100.632 103.903 107.281 110.769 114.369

-24,6% -24,8% -25,0% -25,0% -25,0% -25,0% -25,0%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fluxo de Caixa Descontado (cont.)

36

Metodologias adotadas e premissas

Receita Operacional Bruta Total

Projetada % CrescimentoReal

R$ mil

Deduções da Receita

As deduções são compostas por devoluções de vendas, ICMS, PIS, COFINS, ISS, Royalties e Comissões. Utilizamos os percentuais históricos por cada linha da Receita Operacional Bruta, cujo percentual foi mantido para todo o período de projeção.

Deduções da Receita R$ mil

Projetada % CrescimentoReal

Receita Operacional Líquida R$ mil

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Planner Corretora de Valores S.A.

130.722 130.451 133.177 137.507 141.978 146.595 151.361

28.660 28.230 28.779 29.715 30.681 31.678 32.70820.771 20.494 20.679 21.016 21.357 21.704 22.05730.196 30.075 30.698 31.696 32.726 33.790 34.889

0%

25%

50%

75%

100%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Matérias primas e componentes Mão de obra diretaMão de obra indireta Gastos gerais de fabricação

210.348 209.250 213.333 219.933 226.743 233.767 241.015

70,8% 70,9% 70,9% 70,7% 70,6% 70,5% 70,4%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

37

Fluxo de Caixa Descontado (cont.)

Custos Operacionais

O critério adotado para apuração foi o do custo de reposição que é a base de formação do preço de venda, estando incluído os seguintes custos: matéria-prima, embalagem, gastos gerais de fabricação e mão-de-obra com seus respectivos encargos sociais.

Os custos com Matéria-Prima foram projetados conforme estrutura dos produtos e preços base Dezembro/2008, de forma a variar de acordo com a receita líquida projetada.

Os custos de Mão-de-Obra Direta e Gastos Gerais de Fabricação foram projetados de forma a variar de acordo com a receia líquida projetada.

Os custos de Mão de Obra Indireta foram projetados de forma a variar na proporção de 50% do crescimento previsto para o faturamento líquido do respectivo período.

Metodologias adotadas e premissas

2008 Histórico

R$ mil

Custos Operacionais % s/ Receita Bruta

R$ mil

Breakdown dos Custos Operacionais

Total dos Custos Operacionais

2008 Histórico

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Planner Corretora de Valores S.A.

48.233 47.717 48.061 48.685 49.323 49.975 50.641

16,2% 16,5% 16,3% 16,0% 15,8% 15,5% 15,2%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

11.060 10.765 10.960 11.316 11.684 12.064 12.456

35.214 35.007 35.147 35.398 35.652 35.908 36.167

1.959 1.946 1.955 1.971 1.987 2.003 2.019

0%

25%

50%

75%

100%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Com Vendas Despesas administrativasHonorarios da administração

38

Fluxo de Caixa Descontado (cont.)

Despesas Operacionais

Despesas com Vendas: foram projetados em 3,6% da receita operacional líquida, com base em informações históricas da companhia e expectativas da Administração da Arteb.

Despesas Gerais e Administrativas e Honorários da Administração foram projetadas considerando ganhos de produtividade pela diluição de custos fixos, conforme expectativa da Administração da Arteb.

A Amortização com Pesquisa e Desenvolvimento refere-se a amortização dos gastos com projetos novos pelo prazo de 5 anos a contar da data de entrada em produção do produto, sendo projetada com base nesse critério.

Apresentamos abaixo o breakdown dos Custos Operacionais históricos e projetados:

Metodologias adotadas e premissas

*2008 histórico

R$ mil

Apresentamos abaixo as Despesas Operacionais e o percentual sobre a Receita Líquida históricos e projetados:

Despesas Operacionais % s/ Receita Bruta

* 2008 Custo Histórico

R$ mil

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Planner Corretora de Valores S.A.

73.088

39.484 41.108 43.719 46.427 49.235 52.147

24,5%13,4% 13,6% 14,0% 14,4% 14,8% 15,2%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

39

Fluxo de Caixa Descontado (cont.)

EBITDA

O ganho de margem de EBITDA é devido, principalmente, a ganhos de escala e manutenção de despesas fixas.

Apresentamos abaixo a evolução do EBITDA histórico e projetado:

Metodologias adotadas e premissas

*EBITDA Histórico

R$ mil

EBITDA % s/ Receita Líquida

DEMAIS PREMISSAS

Capital de Giro: Foi considerado, para todo o período projetado, os prazos médios históricos (de 31 de dezembro de 2008) praticados pela Arteb.

Investimentos: Os Investimentos em Ativos Fixos considerados para todo o perído projetivo foram obtidos conforme o plano de investimentos da empresa.

Impostos: O Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro foram projetados de acordo com a legislação em vigor na data-base da avaliação.

Depreciação e Amortização: Projetou-se a despesa com depreciação/amortização dos ativos existentes e dos novos investimentos considerando-se as taxas praticas e auditadas da empresa.

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Planner Corretora de Valores S.A. 40

Metodologias adotadas e premissas

INDÚSTRIAS ARTEB S.A.Demonstração do ResultadoExpressos em R$ Mil

Real ProjetadoDemonstração do Resultado 1T08 2008 1T09 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Receita Operacional Líquida 73.617 298.615 58.317 296.452 302.503 312.338 322.492 332.977 343.803 . Crescimento % 0,0% -0,72% 2,04% 3,25% 3,25% 3,25% 3,25%

Custos e Despesas Operacionais (55.944) (225.527) (51.086) (256.968) (261.394) (268.618) (276.065) (283.742) (291.656) . Custos Operacionais / Receita Operacional Líquida -76,0% -75,5% -86,7% -86,4% -86,0% -85,6% -85,2% -84,8%

Custo dos produtos vendidos (50.594) (210.348) (42.304) (209.250) (213.333) (219.933) (226.743) (233.767) (241.015) Com Vendas (2.585) (11.060) (2.480) (10.765) (10.960) (11.316) (11.684) (12.064) (12.456) Despesas administrativas (7.267) (35.214) (7.221) (35.007) (35.147) (35.398) (35.652) (35.908) (36.167) Honorarios da administração (1.959) - (1.946) (1.955) (1.971) (1.987) (2.003) (2.019) Outras receita (despesas) operacionais 4.502 33.054 919 - - - - - -

EBITDA 17.673 73.088 7.231 39.484 41.108 43.719 46.427 49.235 52.147 . Margem Operacional (EBITDA / ROL) 24,0% 24,5% 12,4% 13,3% 13,6% 14,0% 14,4% 14,8% 15,2%

. Depreciação e Amortização (5.427) (22.739) (5.871) (30.122) (29.818) (25.761) (18.470) (10.659) (11.615)

Lucro / (Prejuízo) Antes do Imposto de Renda 9.362 11.290 17.958 27.957 38.576 40.532 . Margem Operacional (EBIT / ROL) 3,2% 3,7% 5,7% 8,7% 11,6% 11,8%

. Imposto de Renda/Contribuição Social (3.159) (3.815) (6.082) (9.481) (13.092) (13.757) . % IR e CS 33,7% 33,8% 33,9% 33,9% 33,9% 33,9%

Lucro / (Prejuízo) Líquido do Exercício 6.203 7.475 11.876 18.476 25.484 26.775 . Margem Líquida (LL/ROL) 2,1% 2,5% 3,8% 5,7% 7,7% 7,8%

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Metodologias adotadas e premissas

INDÚSTRIAS ARTEB S.A.Fluxo de Caixa ProjetadoExpressos em R$ Mil

2009 2010 2011 2012 2013 2014 Perpétuo

EBITDA 39.484 41.108 43.719 46.427 49.235 52.147 52.147

. Variação de Capital de Giro (6.133) 1.613 3.248 2.441 2.725 1.233 1.233

EBITDA (Líquido de Capital de Giro) 33.351 42.721 46.967 48.868 51.960 53.380 53.380

. Investimentos (10.294) (8.890) (8.847) (8.679) (11.296) (8.375) (7.022)

. Imposto de Renda e Contribuição Social (3.159) (3.815) (6.082) (9.481) (13.092) (13.757) (13.757)

Fluxo de Caixa 19.898 30.016 32.038 30.708 27.572 31.248 32.600

Taxa de Desconto ==> 0,9088 0,8259 0,7506 0,6821 0,6199 0,5634 0,5634

Fluxo de Caixa a Valor Presente 18.083 24.791 24.048 20.947 17.093 17.605 18.918

Fluxo de Caixa a Valor Presente 122.567 QUANTIDADE DE AÇÕES 36.325.601

(+) Perpetuidade 268.906 VALOR POR AÇÃO 0,2821

Fluxo Operacional da Empresa 391.473 (+) Ajustes Diversos (381.226)

Valor Econômico 10.247 10247,0000 0,2821

Fluxo de Caixa Descontado

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Metodologias adotadas e premissas

Taxa de Desconto

O fluxo de caixa futuro descontado é um conceito amplamente utilizado no estudo e exames de preços e valores de ambos os tipos de empresas, públicas e privadas, por consultores financeiros, corretores de ações e outros profissionais envolvidos em análises e avaliações econômico-financeiras de empresas.

A taxa de desconto é aplicada ao valor do fluxo de caixa futuro de um empreendimento para se determinar o valor que um patrimônio líquido teria numa base de fluxo de caixa.

A taxa de desconto utilizada foi definida através do modelo matemático denominado WACC (WeightedAverage Cost of Capital). Este método reflete o retorno requerido por ambos os credores, os financeiros (capital de terceiros) e os acionistas (capital próprio), ponderado pela sua participação na estrutura de capital.

Dessa forma, o modelo captura os riscos e benefícios associados com a estrutura de capital adotada pela companhia para o financiamento de suas operações.

O Custo do Capital Próprio (Ke) pode ser calculado utilizando-se o modelo CAPM (Modelo de Precificação de Ativos de Capital).

Sendo:

Rf = Retorno médio livre de risco ß = Beta (coeficiente de risco específico da

empresa)Rm = Retorno médio de longo prazo obtido no

mercado acionário norte-americano)(Rm-Rf) = Prêmio de risco do mercadoRb = Risco associado ao Brasil

KeCusto do Capital Próprio

Rf=

ß*(Rm-Rf)+

Rb+

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Metodologias adotadas e premissas

Taxa de Desconto

Rf = Taxa Livre de Risco, que corresponde à média aritmética histórica dos últimos 24 meses das taxas oferecidas pelo governo norte-americano (T-Bond norte-americano de 30 anos).

ß (beta) = É o coeficiente que mede o risco de mercado de um ativo pela volatilidade dos retornos deste ativo em relação à dos retornos do mercado. (Fonte: Damodaran).

(Rm-Rf) = Prêmio de Mercado, que representa o retorno acima da taxa livre de risco que o investidor exige por investir (estar exposto ao risco) no mercado de capitais, devido seu risco inerente. Adotamos o prêmio médio verificado para as ações (valorização e dividendos pagos) de grandes empresas americanas desde 1926, calculado pelo Ibbotson Associates.

Rbr = Risco Brasil, representa o montante adicional de juros (prêmio) exigido pelo investidor institucional para investir no Brasil. Adotamos como o prêmio histórico a média diária histórica dos últimos 12 meses das taxas oferecidas.

Apresentamos abaixo a composição da Taxa de Desconto (WACC) utilizada:

Cálculo do custo de capital de terceirosCusto do capital de terceiros nominal 11,9%Alíquota de imposto de renda 34,0%Custo do capital de terceiros com benefício fiscal 7,9%

Inflação projetada (Brasil) 4,4%

Custo de capital de terceiros real 3,27%

Cálculo do CAPM & WACCTaxa livre de risco 4,42% (a)Prêmio de Mercado 6,50% (b)Beta 1,79 (c)Risco País 3,01% (d)

Custo do capital próprio nominal 19,0% (e)=(a)+(b)*(c)+(d)

Taxa de inflação projetada (EUA) 2,27% (f)

Custo do capital próprio real 16,40% (g)=(1+(e))/(1+(f))-1

Participação do capital próprio 51,50% (h)

Custo do capital de terceiros real 3,27% (i)

Participação do capital de terceiros 48,50% (j)

WACC real 10,04%

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SEÇÃO 6

Resultados

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Dentre os resultados apresentados abaixo, estimados com base nos diferentes critérios discutidos no presente Laudo, concluímos que a metodologia do Fluxo de Caixa Descontado é a mais adequada para definição do valor da ação da Arteb.

Metodologias adotadas e premissas

2,75% 3,00% 3,25% 2,75% 3,00% 3,25%

9,79% 14.221 24.933 36.450 9,79% 0,39 0,69 1,00

10,04% 387 10.247 20.818 10,04% 0,01 0,28 0,57

10,29% (12.543) (3.433) 6.309 10,29% (0,35) (0,09) 0,17

Perpetuidade

Taxa de Desconto

Taxa de Desconto

Perpetuidade

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SEÇÃO 7

Glossário

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Glossário

A seguir, apresentamos o glossário de termos técnicos, de expressões em língua estrangeira e outras siglas ou quaisquer indicadores utilizados neste Laudo de Avaliação, em ordem alfabética:

a.a.: ao ano.

Bloomberg: Fonte de informações financeiras a que tivemos acesso para o desenvolvimento do trabalho.

CAPM: Capital Asset Pricing Model. Representa o método utilizado para determinação do custo de capital próprio.

Custo do Capital de 3os: Custo de Capital de Terceiros.

CVM: Comissão de Valores Mobiliários.

DCF: Discounted Cash Flow. Representa a metodologia que estima o fluxo de caixa livre a ser gerado pelas operações futuras, devidamente ajustados ao risco pela taxa de desconto.

Modelo Debt-Free: Modelo de cálculo que considera somente a projeção dos resultados operacionais, livre do pagamento da dívida.

EBITDA: Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization. Representa o lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização.

Ibbotson Associates: Fonte de informações sobre dados históricos e esperados para o mercado de capital, que tivemos acesso para o desenvolvimento do trabalho.

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Glossário

IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo.

IR/CS: Imposto de Renda e Contribuição Social.

ITR: Informações Trimestrais

ON: ações ordinárias.

Perpetuidade: É o valor presente dos fluxos de caixa futuros, assumidos constantes em intervalos regulares para sempre.

PIB: Produto Interno Bruto.

Taxa de crescimento perpétuo: Representa a taxa de crescimento das operações (fluxo de caixa) aplicada para o período da perpetuidade.

Taxa de IR: Taxa de Imposto de Renda.

T-Bond: Treasure bonds. Representa títulos emitidos pelo Governo Americano.

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