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Índices de ações com foco em sustentabilidadeÍndices de ações com foco em sustentabilidade

Brasil e os Temas Globais: água, energia, mudanças do clima e segurança alimentar

CEBRI e KAS

Novembro/2011

Agenda

1 I di C b Efi i ICO21. Indice Carbono Eficiente – ICO2

2. Contexto da Criação do Índice de Água – IH2Oç g

3. Pegada Hídrica das Empresas

4. IH2O

5. Considerações Finais

2

Índice Carbono Eficiente – ICO2

3

Empresas Participantes da Iniciativa

4Com base na carteira válida para o período de setembro/2011 a dezembro/2011

Índice Carbono Eficiente - ICO2

125

115

120

105

110

0,62%

90

95

100

‐6,69%

80

85

90

‐10,45%

75

80

30‐ago

13‐set

27‐set

11‐out

25‐out

8‐no

v

22‐nov

6‐dez

20‐dez

3‐jan

17‐jan

31‐jan

14‐fev

28‐fev

14‐m

ar

28‐m

ar

11‐abr

25‐abr

9‐mai

23‐m

ai

6‐jun

20‐jun

4‐jul

18‐jul

1‐ago

15‐ago

29‐ago

12‐set

26‐set

10‐out

24‐out

5

Ibovespa IBrX‐50 ICO2

B2

B2 BMFBovespa; 29/11/2010


Objetivo

• Desenvolver um índice de ações que considere, para efeito de composição dasua carteira teórica, as emissões de gases efeito estufa (GEE) das empresasparticipantes;

Características

participantes;

• Pioneirismo: metodologia do ICO2 é pioneira no mercado brasileiro e global;

Características

• Abordagem inclusiva: todas as empresas do índice de referência foramconvidadas a participar e interagir para o desenvolvimento da metodologia;

• Adesão voluntária;

• Metodologia evolutiva: será revista pela BM&FBOVESPA e BNDES

6

Metodologia evolutiva: será revista pela BM&FBOVESPA e BNDESperiodicamente, no sentido de promover o progressivo engajamento dasempresas nas políticas de mudanças climáticas.


Metodologia de Cálculo

• Composição da carteira: ações de todas empresas do IBrX‐50 que aderiram ao ICO2(adesão voluntária);

• Participação da ação no ICO2: definida com base na participação da ação no IBrX 50• Participação da ação no ICO2: definida com base na participação da ação no IBrX‐50e na comparação das emissões com os seus pares no setor

Emissões de GEE (tCO2e)2

Receita Operacional Bruta (R$ MM);

• Classificação setorial: subsetores da BM&Fbovespa;ç p

• Rebalanceamento: quadrimestral com base no free float (como IBrX‐50), e anual(setembro) com base no coeficiente de emissão.

7


Abrangência das emissões

8Fonte: GHG Protocol

Méritos do Projeto

• Participação significativa das empresas: das 60 empresas convidadas, 49 empresas aderiram ao ICO2;

• Forte mobilização interna das empresas para realizarem seus inventários;

• Antes: cerca de 70% das empresas do IBrX‐50 não divulgavam dados de emissões;Antes: cerca de 70% das empresas do IBrX 50 não divulgavam dados de emissões;

• Depois: cálculo das emissões de 49 empresas.

9

Agenda




4. IH2O


10

Contexto da Criação do Índice de Água

“ A disponibilidade de água deverá ser o problema mais crítico a ser enfrentado pelo planeta nos próximos anos. Estou convicto de que não haverá

t j it ã f bi f I liá já d ioutro jeito senão fazer subir o preço para refrear o consumo. Isso, aliás, já deveria estar acontecendo hoje. Atualmente, desperdiça‐se água justamente porque o valor cobrado por ela é baixo demais. Com um preço justo, o natural é que essa di t ã j i id d d á i tdistorção seja corrigida, de modo que a água passe a ser vista como um recurso nobre, assim como o petróleo. Falta objetividade a esse debate. As pessoas são levadas a crer que, quando tomam um banho longo ou ligam a

i d j di ã ib i d f l d á l I émangueira do jardim, estão contribuindo para a falta de água no planeta. Isso é uma rematada bobagem. Nos Estados Unidos, as residências respondem por apenas 8% do consumo total. Quem gasta água em proporções preocupantes são os fazendeiros as grandes usinas e empresas São esses megaconsumidores quefazendeiros, as grandes usinas e empresas. São esses megaconsumidores que precisam ser levados de uma vez por todas a racionalizar o uso da água.”

(Gary Becker, em entrevista à Revista Veja)

11

Contexto da Criação do Índice de Água

Água doce no mundo

A á d d 3% d l d á d D d• A água doce representa menos de 3% do total de água no mundo. Destes, a grandeparte (2,5%) está congelada em geleiras, no Ártico e na Antártica. Apenas 0,5% dototal da água do planeta está disponível para o consumo humano.

• ~ 98% da água disponível armazenada em aquíferos.

A O i ã M di l d S úd fi i t d l ã di l ( i• A Organização Mundial de Saúde afirma que um quinto da população mundial (maisde 1,1 bilhão de pessoas) vivem em áreas onde a água é fisicamente escassa. Até2025 a ONU estima que 1 bilhão de pessoas viverão em países ou regiões comescassez total de águaescassez total de água.

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Contexto da Criação do Índice

Disponibilidade de água renovável per capita anual (m3/pessoa/ano)

Fonte: “Will there be enough water?”

Revenga, C., EarthTrends, October 2000

13

Estima‐se entre 1.000 e 1.300 m3/pessoa/ano o volume mínimo necessário para atender asnecessidades humanas.


Disponibilidade hídrica

Distribuição de água doce superficial no mundo

Distribuição de água doce superficial no Brasil

15,0%

3,9%

Europa

Oceania

superficial no mundo

Nordeste 3%

Sudeste6%

Sul

superficial no BrasilPopulação

1%

11%

9 7%

39,6%

31,8%

Africa

Américas

ÁsiaCentro-Oeste16%

7%60%

14%

9,7%Africa

12,0%Brasil Norte68%

16%15%

3%

Fonte: ANA, 2009 Fonte: ANA, 2009

14

Brasil: Grande disponibilidade de água, porém concentrada na Região Norte.


Relação demanda/disponibilidade hídricaQualidade das Águas

15Brasil: Situação crítica em diversas localidades.

Fonte: ANA, 2010


Política Nacional de Recursos Hídricos, estabelecida pela lei 9.433/97

• Lei 9.433/97, também conhecida com “Lei das Águas”, instituiu a Política Nacional de RecursosHídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

o t ca ac o a de ecu sos d cos, estabe ec da pe a e 9. 33/9

• A água é considerada um bem de domínio público e um recurso natural limitado,dotado de valor econômico.

• Prevê que a gestão dos recursos hídricos deve proporcionar os usos múltiplos das águas de• Prevê que a gestão dos recursos hídricos deve proporcionar os usos múltiplos das águas, deforma descentralizada e participativa, contando com a participação do Poder Público, dosusuários e das comunidades.

• Prevê que em situações de escassez o uso prioritário da água é para o consumo humano e• Prevê que em situações de escassez o uso prioritário da água é para o consumo humano epara a dessedentação de animais.

• Cobrança pelo uso da água: não é um imposto, mas um preço público, fixado a partir de umpacto entre os usuários de água e o Comitê de Bacia com o apoio técnico da ANApacto entre os usuários de água e o Comitê de Bacia, com o apoio técnico da ANA.

Criação dos Comitês de Bacias e Cobrança pelo Uso da Água.

16

ç ç p g


Cobrança pelo uso da águaComitês de Bacias Hidrográficas

Bacia Bacia Afluente DomínioValor Cobrado

2010Comitê PCJ União R$ 17.361.007Comitê PCJ SP R$ 18.845.430Comitê PJ MG R$ 66.278

R$ 36.272.715

Piracicaba Capivari Jundia í

CBHSF União R$ 10.222.465CBH Rio das Velhas MG R$ 10.367.399

R$ 20.589.864CEIVAP União R$ 10.839.742CBH ‐ Piabanha RJ R$ 693.803CBH ‐ Dois Rios RJ R$ 610.416

São Francisco

$Bacia Médio Para íba RJ R$ 954.834Bacia Baixo Para íba RJ R$ 137.349CBH ‐ Para íba do Sul SP R$ 3.202.61115% Transpos ição RJ R$ 3.433.848

R$ 19.872.603Guandu ‐ RJ R$ 18.136.532

Para íba do Sul

Guandu RJ R$ 18.136.532Baía da I lha Grande ‐ RJ R$ 159.662Baía da Guanabara ‐ RJ R$ 3.680.767Lagos São João ‐ RJ R$ 1.276.170Macaé e rio das Ostras

‐ RJ R$ 1.005.084

Itabapoana ‐ RJ R$ 60 921

164 C itê t d i

Itabapoana RJ R$ 60.921Parana íba CBH ‐ Araguari MG R$ 4.452.519Sorocaba e Médio Tietê

‐ SP R$ 2.781.621

R$ 31.553.275

R$ 108 288 458TOTAL

17Fonte: ANA, 2010

• 164 Comitês estaduais

• 9 Comitês inter‐estaduais

R$ 108.288.458TOTAL


São Paulo – Disponibilidade hídrica crítica ou preocupante

4

8

611

2

3

9

7

10

1

5

18Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos, 2000



1. Alto Tietê:

Crítica, com demandas e uso consuntivo acima da

id d di í l d4

8

capacidade disponível da própria bacia. Demandas supridas pela importação de água (50 %)6

11

2

3

9

7

10

1

5




2. PCJ:

Crítica, com demandas próximas ao disponível e

i í i4

8

uso consuntivo crítico. Exporta 20% de sua vazão média para o Alto‐Tietê

400 m3/hab/ano611

00 3/ ab/a o

2

3

9

7

10

1

5



Brasil – “Exportador de água” através de alimentos

1.800 litros de água15.400 litros de água

Carne Bovina Açúcar Soja

2.100 litros de água

1 quilo de açúcar1 quilo de carne 1 quilo de soja

47 bilhões m3 água em 201015 bilhões m3 água em 2010

Café Frango Couro

40 bilhões m3 água em 2010

17.100 litros de água4.300 litros de água

g18.900 litros de água

1 quilo de couro


1 quilo de frango


1 quilo de café


21

Fontes: Estudos publicados pela Unesco sobre “pegada hídrica” de alimentos (“The green, blue and grey water footprint of farmanimals and animal product” e “The green, blue and grey water footprint of Crops and Derived Crop Products” de M.M. Mekonnen e A.Y. Hoekstra) e dados de exportações 2010 Bacen

Para efeitos comparativos,segundo o ministério das cidades, volume total de água consumida no Brasil, via sistemas de abastecimento,em 2008 foi de 8,4 bilhões de m3


• Risco Físico

Riscos de longo prazo associados à questão hídrica

– Limitação ao crescimento das empresas.

– Impacto direto em algumas indústrias, como, por ex., de bebidas, que podem tereventualmente que se deslocar em função da qualidade da água.q ç q g

– Escassez de água na cadeia de suprimentos.

• Risco Regulatório

C b i l d á d j d fl t– Cobranças maiores pelo uso da água e despejo de efluentes.

• Risco de Imagem/ Reputação

– Escassez de água para as comunidades dos entornos.

• Risco Financeiro

– Elevação do custo da água (necessidade de buscar água cada vez mais longe e tratamento daágua poluída).

• Mudanças climáticas.

Agravantes

22

• Aumento da população mundial / processo de urbanização.

• Milhões de pessoas saindo da pobreza.

Agenda




4. IH2O


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Pegada Hídrica das Empresas

Dificuldade de avaliação em termos puramente quantitativos

Não há no mundo uma metodologia de “pegada hídrica” consolidada.

• Questão Geográfica: Uso da água tem impactos diferentes dependendo dadisponibilidade hídrica da região.

• Impactos na disponibilidade de água para as populações do entorno• Impactos na disponibilidade de água para as populações do entorno.

• Conflito pela água: existência de outros grandes usuários na bacia.

• Captação x disponibilidade hídrica na região.Captação x disponibilidade hídrica na região.

• Disponibilidade sazonal da água.

• Efluentes: Não apenas a retirada de água doce de uma empresa é relevante, mastambém a qualidade da água que esta despeja nos cursos d’água.

24

• Dificuldade de base de dados.

Pegada Hídrica das Empresas

Metodologias e Iniciativas relacionadas à água

• Water Footprint Network

• ISO 14046 – Water Footprint

• CDP Water DisclosureCDP Water Disclosure

• GRI – Global Reporting Iniciative• GRI Global Reporting Iniciative.

25

Agenda




4. IH2O


26

IH2O

Objetivo

• Criação de um índice de ações composto por ações de empresas comcomprometimento em relação à questão hídrica.

Impactos Esperados

• Criar incentivo para as principais empresas brasileiras gerirem o uso dos recursoshídricos e a emissão de efluentes.

• Dar transparência ao mercado sobre os riscos e oportunidades relativos ao uso daágua.

• Acelerar a discussão do tema “Água” no meio empresarial brasileiro, aindaincipiente.

27

IH2O

Metodologia

1. Ponto de partida: Empresas pertencentes ao IBrX‐Amplo.

2. Empresas elegíveis: Empresas do IBrX‐Amplo pertencentes aos setores da BM&FBovespa que se enquadrem dentro dos setores intensivos em água:Bovespa que se enquadrem dentro dos setores intensivos em água:

Água e Saneamento Energia Petróleo e Gás

CAlimentos

Bebidas

Eletrônicos

Fumo

Mineração

Papel e Celulose

Petroquímico

Siderurgia

Têxtil

Fontes: Ceres, especialistas, JP Morgan, CDP

Eletrônicos Papel e Celulose Têxtil

3. Avaliação qualitativa: Empresas participam voluntariamente e serão avaliadasconforme sua gestão de uso da água e tratamento de efluentes Somente empresasconforme sua gestão de uso da água e tratamento de efluentes. Somente empresascomprometidas com o tema permanecerão no índice.

Comprometimento evolutivo.

28

4. Free‐Float: A participação das empresas no índice se dará pelo seu free‐float.

IH2O

Metodologia evolutiva

Ano 1

• Manifestação de interesse em participar do índice – compromisso de médio prazo.

• Preenchimento de questionário a respeito de governança, planos de gestão, riscosde operações em áreas de conflito, dados de captação, reuso e de efluentes.

• Preenchimento de questionário.

• Comprovação de requisitos mínimos de gestão do uso da água e tratamento de

Anos 2 ‐ 4

p ç q g gefluentes:

– Definição de políticas e metas de eficiência no uso e descarte da água.

Comprovação do cumprimento da meta (ou justificativa do não cumprimento)– Comprovação do cumprimento da meta (ou justificativa do não cumprimento)no ano seguinte ao anúncio da política.

• Preenchimento de questionário.

Anos seguinte

q

• Comprovação de requisitos mínimos de gestão do uso da água e tratamento deefluentes.

C tifi ã á li d t i d d i i “ d híd i ”

29

• Certificação: será avaliado o momento mais adequado para exigir “pegada hídrica”e/ou certificação.

Agenda




4. IH2O


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Considerações Finais

Possível estratégia BNDES‐BM&FBovespa para lançar o IH20

1. Validação do “conceito” e viabilidade do Índice, em conjunto com BM&FBovespa.

Possível estratégia BNDES BM&FBovespa para lançar o IH20

2. Definir metodologia final do Índice:g

• Definir requisitos mínimos de gestão do uso da água e tratamento deefluentes para os próximos anos.

• Definição da forma/instituição para compilação dos dados e validação.

3. Mobilizar as empresas a participar da iniciativa.

31

Priscila Camacho [email protected] 11- 3512-517211 3512 5172

Área de Meio Ambiente

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