inclusÃo escolar de pessoas com necessidades especiais

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS - UNIFEMM Unidade Acadêmica de Ensino de Filosofia, Ciências e Letras - UEFI Curso de Serviço Social LUCIANA GERALDA REZENDE ABREU INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

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Page 1: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS - UNIFEMM

Unidade Acadêmica de Ensino de Filosofia, Ciências e Letras - UEFI

Curso de Serviço Social

LUCIANA GERALDA REZENDE ABREU

INCLUSÃO ESCOLARDE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

SETE LAGOAS

2013

Page 2: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS - UNIFEMM

Unidade Acadêmica de Ensino de Filosofia, Ciências e Letras - UEFI

Curso de Serviço Social

LUCIANA GERALDA REZENDE ABREU

INCLUSÃO ESCOLARDE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

SETE LAGOAS

2013

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social da

Unidade Acadêmica de Ensino de Filosofia, Ciências e Letras – UEFI, Como

requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Serviço Social.

Área de Concentração: Escolas

Orientado pela Professora : Andréa Torres Godoy.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS – UNIFEMM

Unidade Acadêmica de Ensino de Filosofia, Ciências e Letras – UEFI

Curso de Serviço Social

LUCIANA GERALDA REZENDE ABREU

INCLUSÃO ESCOLARDE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Sete Lagoas, _________ de ___________________ 2013.

Aprovada com Nota __________.

BANCA EXAMINADORA:

ORIENTADORA:

___________________________________________________

AVALIADORA:

___________________________________________________

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social da Unidade Acadêmica de Ensino Filosofia, Ciências e Letras do Centro Universitário de Sete Lagoas – UNIFEMM, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Serviço Social.

Page 4: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

AVALIADORA:

___________________________________________________

Page 5: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso a Deus, minha mãe (eterna saudades),

meu pai, meus avós maternos e as minhas duas mães (tia Bi e vó Gena) Muito obrigadas.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me fortalecido a cada obstáculo enfrentado, onde eu falava

que não iria conseguir e Você colocava pessoas importantes no meu trajeto para me acalmar e

orientar. Deus continue sempre a me guiar e que nunca me falte a Fé.

Eterna gratidão aos meus pais que são meu alicerce, onde me ensinaram a distinguir o

certo do errado e a respeitar o próximo. Aos meus avós maternos que ocuparam o lugar da

minha mãe me orientando como se fossem meus pais. Tia Bi que estará sempre presente em

minha memória, Denise minha psicóloga que me estimulou a alçar novos voos.

Ao Colégio Franciscano Regina Pacis pela oportunidade de vivência profissional, pelo

conhecimento e aprendizagem adquiridos na valorização das Crianças com Necessidades

Especiais. A Flávia Volpi Coordenadora do Setor de Inclusão pela sua preocupação em me

passar respostas claras e objetivas e a oportunizar meu crescimento como pessoa.

A Andréa Torres Godoy pela assessoria ao meu Trabalho de Conclusão de Curso,

pelas respostas precisas, pela assiduidade, pelo compromisso e dedicação.

Page 6: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

"Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças" (MANTOAN).

Page 7: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

RESUMO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo conhecer as estratégias

desenvolvidas pelo Assistente Social que atua junto as PNES1 (Pessoas com Necessidades

Especiais), no sentido de promover a Inclusão no âmbito escolar, bem como a compreensão

dos aspectos sociofamiliares vivenciados pelas PNES, a caracterização de fundamentos legais

e operacionalização da educação inclusiva. Retratar também como a deficiência é pensada na

antiguidade, falar da Inclusão nos tempos de hoje, pesquisar o papel e o trabalho desenvolvido

sobre a Inclusão em uma Escola Regular da Região de Sete Lagoas MG. Ressaltar a

importância da presença do profissional de Serviço Social para a elaboração de estratégias

mais precisas, uma vez que no local observado não encontra esse profissional. O Profissional

de Serviço Social existe sim no Colégio, mas trabalha em outro setor com Oferta de

Gratuidade Educacional. A metodologia do Trabalho de Conclusão de Curso tem como

proposta uma revisão bibliográfica de autores que trabalhem com o tema, identificando os

conceitos utilizados por eles. Logo em seguida será redigida uma produção de texto da

bibliografia relacionando os principais conceitos da pesquisa, com intuito de dar maior

consistência ao Trabalho. Depois será discutido com o orientador as questões levantadas a

partir da leitura dos textos. E por último a metodologia terá uma redação de um texto final

tendo como base sua normalização, revisão e a defesa.

Palavras-chaves: Inclusão Escolar, Pessoas com Necessidades Especiais e Serviço

Social.

1 PNE (Pessoas com Necessidades Especiais) segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) refere-se a qualquer pessoa que vivencie uma deficiência continuamente e são aquelas que estão sob o amparo de uma determinada Legislação

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ABSTRACT

This Course Conclusion Work aims to know the strategies developed by the

social worker who works with the PNEs ( People with Disabilities ) , to promote inclusion in

the school , as well as understanding of the social-familial aspects experienced by PNEs

characterization of legal grounds and operationalization of inclusive education . Portraying

well as disability was thought in antiquity, talk Inclusion in today's times, research paper and

work on Inclusion in a School Setting Region of Seven lagoons MG. To underscore the

importance of the presence of professional social work for the development of more precise

strategies, as observed in the location that is not professional. The methodology of Labor

Completion of course has the purpose of a literature review authors who work with the subject

identifying the concepts used by them. Shortly thereafter a production will be drafted text

bibliography listing the main concepts of the research, in order to give greater consistency to

the work. It will then be discussed with the supervisor of the issues raised from the reading of

texts. Finally the methodology has a newsroom of a final text based on its standards, review

and defense.

Keywords: School Inclusion, People with Disabilities and Social Services

Page 9: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APAE- Associação de Pais e Alunos Excepcionais

CID- Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde

DH- Direitos Humanos

ECA- Estatuto da Criança e Adolescente

LDB- Leis das Diretrizes e Bases

MG- Minas Gerais

OMS- Organização Mundial da Saúde

PNES- Pessoas com Necessidades Especiais

POLIS- Cidade/ Estado na cidade da Grécia

SAI- Serviço de Apoio a Inclusão

SER- Superintendência Regional de Ensino de Sete Lagoas

SOE- Serviço de Orientação Educacional

TDAH- Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade

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UNESCO- Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e Cultura

UNICEF- Fundo das Organizações das Nações Unidas para a Infância.

Page 11: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------12

2- COMO A DEFICIÊNCIA ERA VISTA NOS TEMPOS REMOTOS-----------------------------------15

3- A INCLUSÃO ESCOLAR NA CONTEMPORANEIDADE ---------------------------------------------19

4- CONHECENDO A REALIDADE DE UMA ESCOLA REGULAR NA REGIÃO DE SETE LAGOAS MG--------------------------------------------------------------------------------25

5- O SETOR DE INCLUSÃO DO COLÉGIO FRANCISCANO REGINA PACIS SETE LAGOAS MG------------------------------------------------------------------------------------------------29

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS-----------------------------------------------------------------------------------34

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS--------------------------------------------------------------------------37

8- ANEXOANEXO 1 – Entenda o que é Síndrome de Down -------------------------------------------------------42ANEXO 2 – Semana de Inclusão: Entenda a diversidade para incluir de verdade--------------43

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1- INTRODUÇÃO

A Inclusão é vista como um ato de oportunizar para estas Crianças de Necessidades

Especiais a convivência em uma sociedade igualitária, basta olharmos em nossa volta e ver

que não somos homogêneos. A partir do princípio e da diversidade que se firma o movimento

da Inclusão Social. Não se tem o intuito nenhum de se propor a negação das diferenças, mas

sim a equidade para todos, oportunidades iguais, a cada um segundo sua necessidade.

O motivo da escolha do tema foi porque vivencio profissionalmente no Colégio

Franciscano Regina Pacis a Inclusão. Trabalhando e orientando as PNES em atividades

pedagógicas.

No primeiro capítulo é discutido sobre a deficiência nos tempos remotos, a visão que o

filósofo Platão tinha da valorização do corpo ideal e quem não possuía estes quesitos era

segregado da Polis (Cidade Estado). Já em Esparta cidade da Grécia Antiga quando os filhos

nasciam com algum tipo de deficiência ou possuíam deformidades, os mesmos eram lançados

em precipícios como forma de purificação. Enquanto na era Pré Cristã as PNES não obtinham

nenhum privilégio ou acesso à saúde, alimentação, moradia e a higienização eram excluídas

da sociedade e colocadas em porões como forma de deixar as cidades limpas. Na Era Feudal

as PNES representavam o pecado e como forma de sanar ou purificar as mesmas eram

atiradas em fogueiras. As que sobreviviam a esta crueldade passavam a viver em um estado

de extrema privação e marginalização. Quanto a Idade Moderna esta foi marcada como o

nascimento de um período de inovação, a sociedade conseguia observar as PNES como um

ser racional que trabalhava, planejava e executava as suas tarefas. Com o Advento do

Cristianismo no Brasil foi difundido o “slogan” do amor ao próximo para com as PNES, na

década de 60 com o final da Guerra do Vietnã cresce o número de PNES surgindo então os

Movimentos de Defesa dos Direitos das Minorias além de Instituições que trabalhavam a fim

de inseri-las na sociedade. Na década de 80 a Constituição Federal começa a investir na

integração escolar das PNES evidenciando a igualdade, dignidade e a garantia de direitos para

eles.

No segundo capítulo tem como proposito retratar a Inclusão na contemporaneidade a

fim de trabalhar o potencial das PNES independente de sexo, religião, raça ou idade. Flogli

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(2008) utilizando o recurso de uma fábula expõe sobre a Inclusão nas Escolas Regulares. A

estória se passa com quatro animais que ingressaram em uma escola e chegando ao local

depararam com diversas atividades que eram obrigados a fazerem como corrida, escalada,

natação e voo. A escola propunha que todos os animais deveriam aprender todas as atividades

independente se tinham aptidão.

O pato era um excelente nadador, melhor até mesmo que o professor, mas as notas em

voo, corrida e escalada não possuía a mesma habilidade conseguindo somente notas regulares,

ficando assim retido na escola. Já o esquilo conseguia belas notas nas atividades de escalada,

porém nas outras atividades deixava a desejar. A águia por sua vez foi castigada severamente

por utilizar métodos exclusivos dela. E por fim o rato que foi excluído de participar da escola

por ter outras habilidades e que a escola recusava em colocar no currículo. A autora nos

convida a refletirmos sobre a aceitação da diferença, enfatizando a visão que as Escolas

Regulares tinham a respeito do tema, não respeitando a capacidade dos alunos. Na visão da

autora a escola precisaria de métodos mais específicos que incentivasse os mesmos a

demonstrarem a capacidade trabalhando em prol de um mundo inclusivo em que as pessoas

pudessem visualizar que a diferença existe e que precisamos aceitá-la.

No mesmo capítulo fala-se sobre a Lei 7.853/89 em que a Política Nacional de

Integração da Pessoa Portadora de Deficiência começa a ter um espaço nas Escolas Regulares.

E caso o estabelecimento não efetue a matrícula desse aluno há uma pena de reclusão de 1 a 4

anos de multa. No entanto sabemos que o processo de aceitação ainda é difícil porque faltam

ferramentas para trabalhar com as PNES como, por exemplo, uma equipe interdisciplinar que

entenda sobre o assunto. A escola se vê em um papel de obrigação em aceitar estes alunos

porque é preciso cumprir o que rege a Lei.

Dando continuidade ao capítulo, retrata-se a importância de conhecer a LDB (Leis das

Diretrizes e Bases), DH (Direitos Humanos), CF (Constituição Federal), SALAMANCA e o

ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) como forma de assegurar direitos e deveres para as

PNES. Para Sassaki (1997) o conhecimento dessas Leis leva a criação de novos exemplos

para o futuro como a oportunidade de contribuir para a implementação de fato da Inclusão.

Ao realizarmos a Inclusão devemos colocar em evidência três fatores. As PNES que nos

revela ensinamentos que nem nós pensávamos que fossem capazes, o professor que com sua

base contribui para a potencialidade deste aluno, e por último a família que tem um papel

fundamental, pois são elas quem convivem a maior parte com este aluno podendo auxiliar a

Page 14: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

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escola com experiências e relatos. Não podemos esquecer que o pedagógico é peça essencial,

pois, prepara o corpo docente para receber estes alunos através de capacitações.

Werneck (1995) relata que hoje além de contarmos com o apoio das Leis temos

também a mídia que forma uma imagem positiva das PNES através de mensagens que

estimulam a outras pessoas se sensibilizar pelo caso, uma vez que todos tem acesso à

televisão e ao rádio.

Para concluir o segundo capítulo aborda-se sobre a Inclusão na região de Sete Lagoas

MG segundo a SRE (Superintendência Regional de Ensino de Sete Lagoas MG) ainda é

pouco divulgada, no local possuem chamadas para Professores de Apoio, mas as vagas nunca

são preenchidas. Só o papel deste profissional faz com que a Inclusão alavanque a passos

largos, pois é ele que elabora atividades próprias de acordo com a necessidade de cada PNES

com isso não sobrecarregando os professores que lecionam outras disciplinas.

No terceiro capítulo é feito uma visita não Colégio Franciscano Regina Pacis da região

de Sete Lagoas MG, a fim de conhecer o trabalho elaborado por eles, no primeiro momento é

exposto sobre a história do local, quem fundou a escola, a filosofia, a postura que a Instituição

tem a respeito da Igreja, a visão quanto à participação da família no local, a função dos

professores, funcionários e administradores em manter o senso crítico em cada aluno. O

Colégio conta com um Diretor, Equipe Pedagógica, Psicólogos, um Setor de Serviço Social,

um Serviço de Orientação Educacional, Assistência de Turno, Recepcionistas, Setor de

Computação, Bibliotecária, Tesouraria e Secretaria.

No quarto capítulo é feito uma entrevista quantitativa com a Coordenadora do Setor de

Inclusão do Colégio, para conhecer a quantidade de alunos atendidos e assistidos, função da

equipe pedagógica, papel do professor, explicação da importância dos Laudos Médicos, como

é elaborada a matrícula deste aluno e os pontos positivos observados durante a entrevista

Também é posto em evidência a necessidade do profissional do Serviço Social no local que

com a sua experiência poderá exercer ações no processo de Inclusão desenvolvendo

estratégias junto com os familiares e as PNES.

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2- COMO A DEFICIÊNCIA ERA VISTA NOS TEMPOS

REMOTOS

Quando pensamos nas PNES, antes devemos resgatar a construção histórica e cultural

da deficiência com o intuito de explicar as transformações até nossos dias.

Platão em seus estudos já revelava em sua política uma segregação na POLIS (Cidade-

Estado) onde as mulheres, os escravos e os estrangeiros eram restritos a vida pública, pois acreditava-

se que o universo político era marcado pela força, racionalidade e temperança como exemplo que

deveria ser seguido pelo homem grego. O filósofo também pensava que as PNES deveriam ser

excluídas da POLIS, pois, não apresentavam o ideal de perfeição do homem Grego valorização

estética do corpo e culto a sabedoria. Na visão do filósofo existia uma hierarquia social onde

no topo viviam-se as pessoas com poder ou conhecimento de governar (Filósofo), depois os

guerreiros que cuidavam da proteção da POLIS simbolizando a coragem e por fim os

trabalhadores aqueles que executavam as tarefas braçais cujo comportamento era zelado pela

paciência.

Também como exemplo de intolerância as PNES temos a cidade de Esparta na Grécia

Antiga onde os filhos das famílias de nobres plebeus quando nasciam com deficiência, ou se

tinham alguma deformidade eram lançados ao mar ou em precipícios como forma de

“purificação” da alma.

Revela-se assim um pensamento segregador no qual não havia opção de escolha

dentro da vida social e política.

Ficou amplamente conhecido pelos estudiosos do tema numa perspectiva histórica, de lançar crianças com deficiência em um precipício para se livrar delas. De fato, pelas leis da época, o pai de qualquer recém-nascido das famílias importantes era obrigado a apresentar seu filho a um Conselho de Espartanos (comissão oficial, formada por anciãos) independentemente da deficiência ou não. Se esta comissão de sábios avaliasse que o bebê era normal e forte, ele era devolvido ao pai, que tinha a obrigação de cuidá-lo até os sete anos; depois, o Estado tomava para si esta responsabilidade e dirigia a educação da criança para transformá-la em um guerreiro. No entanto, se a criança parecia feia e franzina, apresentando algum tipo de limitação física, os anciãos ficavam com a criança e, em nome do Estado, a levavam para um local conhecido como Apothetai (que significa “depósitos”). Tratava-se de um abismo onde a criança era jogada, pois entendiam que não era recomendada a vivência de crianças que não nasciam perfeitas. O direito Romano não reconhecia a vitalidade de bebês nascidos precocemente ou com limitação física. Porém, o costume não se voltava, necessariamente, para a execução sumária da criança (embora isso também ocorresse). De acordo com o poder paterno vigente entre as famílias nobres romanas, havia uma alternativa para os pais: deixar as crianças nas margens dos rios ou em locais sagrados, onde eventualmente pudessem ser

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acolhidas por famílias de escravos ou pessoas empobrecidas (plebe), que eram criadas para futuramente pedirem esmolas, o que chegou a ser na época, um negócio rendoso. (GUTERRES, 2012, Pág. 21).

Na era Pré Cristã Sassaki (1997) da ênfase a negligência, ou seja, onde as PNES eram

colocadas à margem da pobreza, não recebendo nenhum tipo de atendimento seja ele voltado

para a saúde, alimentação ou higienização. Diante desse quadro o que restava para os

deficientes era a exclusão da sociedade, e com o intuito de deixar a cidade “limpa” eles eram

alojados em porões.

No Período Feudal as PNES eram tratadas como figuras que representavam o pecado e

afastadas da “Graça Divina” ou predestinação. Sendo colocadas diante de uma fogueira no

qual o ritual de morte simbolizava a purificação de seus corpos sendo livres do demônio.

Muitas pessoas conseguiam sobreviver a esta crueldade, porém ficavam com sequelas

passando a viver em um estado de extrema privação e marginalidade.

Cotrin (2010) relata que Santo Agostinho considerava a expressão Graça Divina como

um caminho que o ser humano precisaria trilhar. E se durante esse trajeto os pensamentos

estivessem voltados para Deus os mesmos eram salvos. Santo Agostinho ressalvava que a

Graça Divina só era concebida para quem fosse predestinado a salvação, ou seja, não

dependeria das boas ações dos homens, mas sim da boa vontade de Deus em querer salvar

estas pessoas.

O homem que trilhava a via do pecado, só consegue retornar aos caminhos de Deus e da salvação mediante a combinação de seu esforço pessoal de vontade e concessão, imprescindível, da Graça Divina. Tal como colocada pelo filósofo, marcou profundamente o pensamento medieval cristão. Quanto a Doutrina da Predestinação esta posteriormente foi adotada por alguns ramos da teologia Protestante (Reforma Protestante) (CONTRIN, 2010, Pág. 190).

Já a Idade Moderna marca o nascimento de um período com ideias brilhantes e

inovadoras, uma vez que nos anos anteriores o período era de ignorância. Nesse período a

sociedade conseguia observar as PNES como um ser racional que trabalhava, planejava e

executava as suas tarefas a fim de melhorar o mundo que os cercavam. Surgiram também as

Instituições que tinham como propósito a valorização das PNES desde as condições de

higienização do local até a participação dessas pessoas em uma sociedade. A UNESCO

(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura), UNICEF (Fundo das

Nações Unidas para a Infância) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) também aderiram

ao fator problema social buscando soluções e fazendo uma união com as Instituições a fim de

reverter o quadro das deficiências que assolavam a sociedade.

Page 17: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

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A Idade Moderna trouxe avanços importantes, saindo de séculos de atraso para uma

revolução com maquinários que iriam possibilitar as PNES a viverem com um pouco de

dignidade.

O Século XX trouxe avanços importantes para as pessoas com deficiência, sobretudo em relação às ajudas técnicas ou elementos tecnológicos assistivos. Os instrumentos que já vinham sendo utilizados - cadeira de rodas, bengalas, sistema de ensino para surdos e cegos, dentre outros - foram se aperfeiçoando. A sociedade, não obstante as sucessivas guerras, organizou-se coletivamente para enfrentar os problemas e para melhor atender a pessoa com deficiência. Por volta dos anos de 1902 até 1912, cresceu na Europa a formação e organização de instituições voltadas para preparar a pessoa com deficiência. Levantaram-se fundos para a manutenção dessas instituições, sendo que havia uma preocupação crescente com as condições dos locais aonde as pessoas com deficiência se abrigavam. Já começavam a perceber que as pessoas com deficiência precisavam participar ativamente do cotidiano e integrarem-se na sociedade. (GUGEL, 2013, Pág. 135).

De acordo com Sassaki (1997) nas culturas anteriores tomava-se a decisão de eliminar

as PNES. Já em outras começaram a adotar uma nova postura de interná-las em Instituições

de Caridade, porém essas Instituições eram em geral muito grandes e serviam basicamente

para internação, alimentação e medicação não tendo uma estrutura que pudesse cuidar de fato

das PNES.

No Brasil para Guterres (2012), as pessoas com deficiências foram incluídas na

categoria de miseráveis por vários séculos, sofrendo as mais variadas formas de

discriminações e exclusão social. Os indígenas segundo a autora tinham condutas, práticas e

costumes que se constituíam em dizimação em massa de crianças com deficiência, ou o

abandono dos que adquiriam algum tipo de deficiência.

Anos depois com o Advento do Cristianismo o Brasil toma novas posturas, surgem

mudanças nas quais as PNES eram vistas e tratadas pela sociedade por igual. Esse lema foi

difundido por um pequeno grupo de homens com o intuito de proporcionar o “Slogan” a

favor da caridade, humildade, amor ao próximo, perdão e da compreensão com estas pessoas.

Na medida em que o Cristianismo era difundido ocorriam mudanças como a forma de

olhar as PNES.

Elas passaram a ser reconhecidas como seres possuidores de alma e, assim, não podiam ser eliminados, abandonados ou maltratados porque isso seria inaceitável à moral cristã. Além disso, a caridade deveria ser praticada indiscriminadamente, pois eles eram filhos de Deus e seres humanos como todos os outros (todos passaram a ser iguais perante Deus). Com isto, houve uma mudança na forma como as pessoas com deficiência eram vistas e tratadas pela sociedade. Pode-se afirmar, assim, que de uma maneira geral, a mudança na forma de ver as pessoas com deficiência deveu-se a doutrina cristã, que foi sendo difundida a partir de um pequeno grupo de homens humildes, num momento em que o Império Romano estava com seu poderio militar e geopolítico consolidado (GUTERRES, 2012, Pág. 50).

Depois dos últimos acontecimentos, no século XIX o Brasil juntamente com o Estado

começa a criar Escolas Especiais visando uma educação diferenciada a estas pessoas, e a

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medicina por sua vez também teve avanços positivos como, por exemplo, profissionais

gabaritados. Aos poucos as PNES Conseguia ter de fato a visão de que eles possuíam direitos

e a oportunidade de ter um espaço na sociedade. Na década de 60 segundo Guterres (2012)

houve um “boom” com o final da Guerra do Vietnã o número de deficientes físicos cresceu,

não somente naquele país, mas em todo território. Para defender estas pessoas que foram

marginalizadas da sociedade surge os Movimentos de Defesa dos Direitos das Minorias

passando a inseri-los na sociedade. O Movimento surge em decorrência da preocupação de

que no futuro as PNES não fossem integradas na sociedade. O Movimento tinha como

objetivo uma condição mais justa e igualitária mostrando para os membros da sociedade que

independente da deficiência que a pessoa possuía ela poderia trabalhar e usufruir o bem estar.

Onde as Instituições tentavam deixar o ambiente o mais parecido possível com aqueles

vivenciados pela população em geral. Deixava em evidência de que se tratava de criar um

mundo, com o propósito de equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a

equiparação de oportunidade para todos. (GUTERRES, 2012, Pág. 35).

Sassaki (1997) descreve que a integração surge com o intuito de pôr abaixo a prática

da exclusão que as pessoas sofreram por vários séculos. Onde as mesmas eram excluídas de

qualquer tipo de atividade porque elas eram consideradas inválidas, sem utilidade e incapazes

para trabalhar funções que lhes fossem atribuídas.

Na década de 80 a Constituição passa a preocupar-se, com as PNES como forma de

retratar o que havia acontecido nos anos anteriores. Começou a investir na integração escolar

a fim de demonstrar que as mesmas têm direito a igualdade, dignidade e a garantia de uma

escola regular.

No artigo 205 da Constituição afirma-se que “A educação é direito de todos”. Fazendo-se necessário a compreensão que a educação está baseada na aceitação das diferenças e na valorização do indivíduo, independentemente dos fatores físicos e psíquicos. Nessa perspectiva é que se fala em Inclusão, em que todos tenham os mesmos direitos e deveres, construindo um universo que favoreça o crescimento, valorizando as diferenças e o potencial de todos. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988, Art, 205).

3- A INCLUSÃO ESCOLAR NA CONTEMPORANEIDADE

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Durante anos houve diversos tipos de abordagem para as PNES onde a sociedade os

tratavam isoladamente do contexto social, pensando que a maneira mais fácil era a

segregação, ao invés de procurar soluções para incluí-los. Mais tarde estes padrões invertem

fazendo com que a sociedade comece a encontrar maneiras e formas de adaptar ou “encaixar”

estas pessoas diferentes.

Para Ratzka (1999) muitos termos têm surgido quando o assunto é sobre deficiência

seja ela de cunho físico ou psicológico. Como exemplos temos as palavras Reabilitação,

Inclusão e Integração. Mas para que a sociedade passe a ser de fato inclusiva a mesma deverá

oferecer oportunidades iguais para todos, a fim de trabalhar o potencial das PNES

independente de sexo, religião, raça ou idade, não basta somente saber usar as palavras, tem

que trabalhar em prol, acolhendo e apreciando as várias diversidades dos seres humanos. Com

a era da Globalização associamos que as informações chegam a tempo real para todos os

cidadãos, mas na realidade não é isso que acontece. Muitos não têm acesso à internet ou

outros meios de saber quais são os seus direitos, influenciando e contribuindo ainda mais para

um mundo não incluso.

A nossa geração tem tido o privilégio de ajudar a criar novos paradigmas para o futuro, no universo da diversidade. Agora temos a oportunidade e o desafio de contribuir para sua implementação de fato. Somente seremos capazes de fazer isto se, servindo como indivíduos e instituições, aplicarmos esses novos paradigmas à sociedade inclusiva – ainda utópica, mas não impossível – como base para nossas decisões diárias e ações pessoais e profissionais (BIELER, 1999, Pág. 129).

Fogli (2008), fala a cerca da Inclusão nas escolas regulares onde utilizando o recurso

de uma fábula tenta convencer e explicar aos leitores que o modelo de educação em nossa

cultura escolar ainda é fraco, onde o papel dos Alunos com Necessidades Especiais ainda é de

adequar e aceitar as normas impostas pelo sistema, tendo que se adaptar como se eles fossem

os culpados de suas dificuldades ou diferenças.

Certa vez os animais resolveram preparar seus filhos para enfrentar as dificuldades do mundo atual e, por isso, organizaram uma escola. Adotaram um currículo prático que constava corrida, escalada, natação e voo. Para facilitar o ensino, todos os alunos deveriam aprender todas as matérias. O pato, exímio em natação (melhor mesmo que o professor) conseguiu notas regulares em voo, mas era aluno fraco em corridas e escalado. Para compensar esta fraqueza, ficava retido na escola todo dia, fazendo exercícios extras. De tanto treinar corrida ficou com os pés terrivelmente esfolados e, por isso, não conseguia mais nadar como antes.Entretanto, com o sistema de média aritmética das notas nos vários cursos, ele conseguiu ser um aluno sofrível, e ninguém se preocupou com o caso do pobre pato.O coelho era o melhor aluno do curso em corrida, mas sofreu tremendamente e acabou com esgotamento nervoso, de tanto tentar natação.O esquilo possuía excelentes notas em escalada, mas ficou frustrado em voo, pois o professor o obrigava a voar de baixo para cima e ele insistia em usar os seus métodos, isto é, em subir

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nas árvores e voar de lá para o chão. Ele teve que se esforçar tanto em natação que acabou por passar com nota mínima em escalada, saindo-se mediocremente em corrida.A águia foi uma criança problema, severamente castigada desde o principio do curso, porque usava métodos exclusivos dela, fosse para atravessa o rio ou subir nas árvores. Os ratos e os cães de caça não entraram na escola porque a administração se recusou a incluir duas matérias que eles julgavam importantes, como escavar tocas e escolher esconderijos.Acabaram por abrir uma escola particular junto com as marmotas e, desde o principio, conseguiram grande sucesso. (FOGLI 2008, Pág. 282).

Com esta fábula a autora evidencia a Inclusão, nas Escolas Regulares e chama a

atenção em que uma escola para ser de fato inclusiva necessita de três fatores que são: as

PNES porque é com eles que a Instituição aprende a conviver com as diferenças, oferecendo

uma convivência mais humana. O professor que deverá ser assessorado na construção deste

Aluno trabalhando o aprendizado e a potencialidade do mesmo para que de fato a educação

inclusiva ocorra. E por último as famílias que possuem um papel decisivo no sucesso da

Inclusão, pois são elas que experimentam dores psíquicas desde o momento da notícia da

deficiência passando pelas fases do desenvolvimento ao fazer a comparação com as outras

crianças normais. Ao enfrentar tudo isso é chegado o momento de como a família irá se

posicionar frente à deficiência, muitas optam pelo isolamento de seus filhos já outras

conseguem lidar com a deficiência.

Promover a inclusão de deficientes significa, sobretudo, uma mudança de postura e de olhar acerca da deficiência. Implica quebra de paradigmas, reformulação do nosso sistema de ensino para a conquista de uma educação de qualidade, na qual o acesso, o atendimento adequado e a permanência sejam garantidos a todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades. A concepção da Educação Especial como serviço agrega e cria dois sistemas separados de educação: o regular e o especial, eliminando todas as vantagens que a convivência com a diversidade pode nos oferecer. (SERRA 2008, Pág. 180).

O pedagógico por sua vez não pode ser esquecido, pois são eles que preparam o corpo

docente com capacitações profissionais para que consiga interagir e desenvolver atividades

para as PNES. Mas por outro lado podemos observar dificuldades por parte dos professores

não somente no que refere à aceitação, mas pela forma de compreensão dos comportamentos

desta PNES há lugares que não possuem infraestrutura e muito menos ferramentas

qualificadas para orientar estes alunos. Gerando assim um descaso e falta de respeito a estas

pessoas abalando a finalidade real da educação.

Educando todos os alunos juntos, as pessoas com deficiência tem oportunidade de preparar-se para a vida na comunidade, os professores melhoram suas habilidades profissionais e a sociedade toma a decisão consciente de funcionar de acordo com o valor social de igualdade para todas as pessoas, com os consequentes resultados de melhoria da paz social (SERRA, 2008, Pág. 132).

Page 21: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

21

Além dos quesitos abordados anteriormente a Instituição precisa estar atenta quanto à

acessibilidade ambiental como banheiros de fácil manuseio, faixas no piso do chão para evitar

possíveis acidentes futuros e rampas de acesso. A acessibilidade é primordial quando se

discuti sobre uma sociedade inclusiva. O que se espera não é reparar algo para certo número

de pessoas, mas sim, buscar os direitos civis da Constituição Federal que menciona o direito

de ir e vir.

Quando se fala em adaptação em uma escola, por exemplo, é sempre no sentido de se criar uma adaptação paralela. São as escolas com salas especiais, talvez em locais especiais, andares especiais e assim fica. O esforço que a pessoa tem de fazer para se adaptar numa situação não muito bem planejada traz toda a carga social do estigma. (GUIMARÃES, Pág. 119, 1999).

Para Guimarães (1999) de acordo com a Lei 10.098/00 quando se fala em

acessibilidade refere-se a questões de barreiras, ou seja, algo que impeça a locomoção das

PNES. Para a Lei existem quatro tipos de barreiras, as urbanísticas em que aborda as vias

públicas, as de edificações que trata do interior dos prédios em que deve possuir rampas de

acesso ou elevadores com apoio para as PNES, a de transportes que deve ter elevadores e

assentos com prioridade para as PNES e por último a barreira de comunicações e informações

que impeça ou dificulte a transmissão de mensagens.

Para Santos (2001), a Inclusão acontece quando de fato há a junção destes itens em um

espaço significativo, uma equipe interdisciplinar que intervêm ofertando em um ensino

inclusivo bem como a oportunidade do convívio social. Tem-se dado ênfase a necessidade da

participação das PNES em Escolas Regulares, porém na prática essa participação não existe

ou não acontece. Do ponto de vista escolar, seja em ambientes regulares ou especiais, pouco

ou nada se tem discutido a respeito de Inclusão.

Preocupado com o quadro alarmante que vem ocorrendo na sociedade a respeito da

discriminação das PNES tanto nas áreas de educação, lazer ou no mercado de trabalho. A

LDB (lei de diretrizes e base na educação), os DH (Direitos Humanos) e a CF (Constituição

Federal) começaram a discutir as políticas de atendimento preferencial de Crianças com

Necessidades Especiais em Redes Regulares de Ensino respeitando as suas habilidades e

individualidades. A fim de assegurar a educação como direito e dever do Estado.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº 9.394/96 entende-se por educação especial, aquela que é oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educandos portadores de necessidades especiais. No art. 1º cita que quando for necessário haverá serviços de apoio especializado na escola regular para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. Já o art. 2º retrata que o atendimento educacional será feito em classes,

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22

escolas ou serviços especializados, sempre que em função das condições especificas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. (LDB, 1996, Art. 2°).

Para a CF (1988), a educação é direito de todos, cabe as Redes Regulares Públicas ou

Privadas compreenderem e saber conviver com as diferenças, valorizando, respeitando,

aceitando que todos têm direitos e deveres, mobilizando os órgãos governamentais

responsáveis a implantarem Políticas Educacionais e contratar profissionais atuantes em

Educação Especial.

O ECA (1990) segue a linha de continuidade da CF assegurando à educação as PNES,

bem como o desenvolvimento de condições sociais que favoreçam a integridade física, a

liberdade e a dignidade. Ressalvando em uns dos seus artigos que é dever do Estado assegurar

para as crianças e aos adolescentes um atendimento educacional nas Redes Regulares de

Ensino, seja ele deficiente ou não.

Para o ECA todas as crianças ou adolescentes têm direito à educação, a escola deverá

trabalhar o desenvolvimento dos mesmos preparando-os para o exercício da cidadania. O

Estado garante o Ensino Fundamental gratuito além de um atendimento especializado as

PNES. Caberá à escola comunicar ao Conselho Tutelar caso essas crianças ou adolescentes

sofra algum tipo de maus tratos ou pare de frequentar o estabelecimento.

E por fim temos a Declaração de SALAMANCA (1994) que traz benefícios em

relação aos objetivos da Educação Especial, modificando a forma de pensar sobre a educação.

Fazendo com que as PNES estudem e frequente as escolas regulares independentemente se as

necessidades especiais forem graves ou possuírem déficit de aprendizagem.

Em Salamanca na Espanha houve uma Conferência Mundial sobre Educação Especial onde foi elaborado um documento em que continha o objetivo de fornecer diretrizes básicas para a formulação e reforma de políticas e sistemas educacionais de acordo com o movimento de inclusão social. Ela é o resultado de uma tendência mundial que consolidou a educação inclusiva, e cuja origem tem sido atribuída aos movimentos de direitos humanos. A Declaração de Salamanca é também considerada inovadora porque, conforme diz seu próprio texto, ela “... proporciona uma oportunidade única de colocação da educação especial dentro da estrutura de “educação para todos promovendo uma plataforma que afirma o princípio e a discussão da prática de garantia de inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais nestas iniciativas e a tomada de seus lugares de direito numa sociedade de aprendizagem. (SALAMANCA, 1994, Pág. 14).

De acordo com Sassaki (1997), a inclusão causa uma mudança de perspectiva

educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na

escola, mas apoiar a todos os envolvidos no processo de inclusão dando um passo para

Page 23: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

23

caminhar em uma sociedade livre de preconceitos e limitações. Tanto a integração como a

Inclusão constituem formas de inserção, a parte da integração principalmente nos anos 60 e 70

estava baseada nos modelos médicos da deficiência, segundo quais tinham que modificar

habilitar ou reabilitar as pessoas com deficiências para torná-las aptas a satisfazerem os

padrões da sociedade, aceitos no meio social (familiar escolar, recreativo e ambiental). Pais

que desaprovavam a inclusão de pessoas com necessidades especiais na classe de seus filhos,

por receio que os mesmos imitassem os comportamentos e regredissem em seu

desenvolvimento, ocorrendo assim o preconceito. Este é um dos aspectos que impede a total

inclusão de pessoas com necessidades especiais no âmbito escolar. Muitas pessoas evitam

contato com as PNES por medo de contaminação, ou pelo simples fato que as diferenças

acabam assustando ou até incomodando a sociedade. É claro que hoje em dia apenas os

menos esclarecidos acreditam que a deficiência pega. Esta falta de informação que tiram

destas crianças o direito como pessoas, como cidadãos. São atos como estes que acarretam a

devida exclusão colocando-as a margem da sociedade e sem direito a frequentarem escolas

comuns.

 Falta de conhecimento da sociedade, em geral, faz com que a deficiência seja considerada uma doença crônica, um peso ou um problema. O estigma da deficiência é grave, transformando as pessoas cegas, surdas e com deficiências mentais ou físicas em seres incapazes, indefesos, sem direitos, sempre deixados para o segundo lugar na ordem das coisas. É necessário muito esforço para superar este estigma. (MACIEL, 2000, Pág. 218)

Nos dias de hoje temos o apoio da mídia que ajuda a formar uma imagem positiva e

humana das PNES através de mensagens que estimulem a outras pessoas a sensibilizarem

pelo caso. A partir da mídia podemos formar opiniões ou deletar atitudes negativas que são

causados as PNES. Werneck (1995) relata que além de reconhecermos que somos diferentes

devemos aprender a respeitar as PNES. E a mídia sabe fazer isso muito bem através de

mobilizações que envolvam um número muito grande de seguidores que abracem a causa da

Inclusão em prol de uma pró-inclusão. Somando tudo isso Leis, Mídia e Políticas Públicas

temos uma sociedade inclusiva.

Além disso, uma sociedade inclusiva vai bem além de garantir apenas espaços adequados para todos. Ela fortalece de aceitação das diferenças individuais e de valorização da diversidade humana e enfatiza a importância do pertencer, da convivência, e da cooperação e da contribuição de que todas as pessoas podem dar para contribuírem vidas comunitárias mais justas, mais saudáveis e mais satisfatórias (SASSAKI,1997, Pág. 108).

Page 24: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

24

Quanto na região de Sete Lagoas, de acordo com o SER (Superintendência Regional

de Ensino) recentemente foi implantado no munícipio o Professor de Apoio nas escolas

públicas tendo como função oferecer apoio pedagógico a alunos integrados em classe comum,

mantendo o contato com a comunidade escolar para um trabalho de conscientização sobre a

potencialidade das PNES, reunir os pais dos alunos das PNES a fim de orientar e incentivar a

ida em reuniões de escola bem como no processo de integração dos mesmos e elaborar

material pedagógico visando sanar as dificuldades encontradas pelos alunos integrados em

classes comuns nas diferentes áreas do conhecimento. Na SER possuem chamadas para o

Professor de Apoio, mas as vagas não são preenchidas, seria por falta de interesse ou pessoas

capacitadas na área. Sem o apoio desse profissional afeta o lado do professor que leciona

outras disciplinas que além de acompanhar os alunos sem necessidades especiais não

consegue dar atenção aos que tem necessidades especiais por falta de tempo.

O Município trabalha na divulgação do tema, pois recentemente na cidade teve um

evento em que a proposta era conscientizar a população em que as PNES têm o direito, a

igualdade e a oportunidade de participar de uma sociedade. O projeto recebeu o nome de

“Semana Inclusiva” e o local escolhido foi a “Escola Estadual Doutor Avelar” onde o

proposito era apresentar a exposição de atividades realizadas pelas PNES, palestras com

profissionais da área e a exibição do filme Turma da Mônica retratando a Inclusão. O evento

contou com a presença dos alunos 1°, aos 7° anos. Sete Lagoas sempre têm esses eventos

periódicos com intuito de tentar arrebanhar mais pessoas que mobilizem pela causa.

4- CONHECENDO A REALIDADE DE UMA ESCOLA REGULAR

NA REGIÃO DE SETE LAGOAS MG

Page 25: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

25

Diante do que foi exposto sobre Inclusão resolvi vivenciar profissionalmente a

Inclusão no Colégio Franciscano Regina Pacis em Sete Lagoas MG, por se tratar de um

Colégio regular onde já se tem experiência em trabalhos de Inclusão. A vivência teve como

objetivo a investigação de processo de socialização e adaptação dos alunos com necessidade

especiais ao ambiente escolar e como a Inclusão vem ganhando força em nossa sociedade.

Para que se conheça melhor o perfil e a trajetória do local irei fazer um breve relato

sobre a sua história. O Regina Pacis foi fundado pelo Reverendíssimo Monsenhor Messias de

Sena Batista, no dia 15 de Abril de 1931 iniciou suas atividades na cidade de Sete Lagoas

MG. No local ainda não funcionava um Colégio e sim um orfanato cujo nome era “Orfanato

Regina Pacis” que tinha como finalidade dar assistência e educar somente meninas pobres e

órfãs da região. Mas o orfanato não durou muito tempo, levando assim a sua extinção, sendo

doado para a Congregação das Irmãs Clarissas Franciscanas que hoje funciona com o nome

Província Santa Clara da Rede Clarissas Franciscanas tendo sua localização na Avenida

Presidente Carlos Luz, 547, Caiçara em Belo Horizonte MG. O Reverendíssimo Monsenhor

Messias de Sena Batista não satisfeito com a extinção do orfanato optou então em fazer os

atendimentos nas casas de cada família a fim de proporcionar uma educação de qualidade

para os alunos da região.

De acordo com a Resolução 305/73 da secretaria de Estado de Educação de Minas

Gerais, em 1972 o orfanato volta a funcionar, mas desta vez retorna como uma escola, onde

passa a acolher alunos de ambos os sexos da região de Sete Lagoas MG. Muda-se o nome

para Colégio Franciscano Regina Pacis da Rede Clarissas Franciscanas, onde situa-se até hoje

no mesmo local na Praça Tiradentes, 34, Centro de Sete Lagoas MG.

A filosofia do Colégio Franciscano Regina Pacis hoje é visar e entender o homem

como um ser criado a imagem e semelhança de Deus, realizando-se como uma pessoa livre e

consciente que é passível de erros e acertos, capaz de ser amado e de amar e merecedor de

respeito. Quanto à questão social busca inspirar-se em valores justos, fraternos, participativos

e solidários que consiga lutar pelos seus direitos e pela igualdade.

No lado Igreja tenta trilhar o caminho fiel ao Espírito Santo, buscando a participação

solidária com os que estão em vulnerabilidade. Enfim tem-se uma visão fundada na palavra

pela Eucaristia, realizando projeto de Deus na construção da história.

Page 26: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

26

Professores, funcionários e administradores trabalham no incentivo do senso crítico

possibilitando ao educando ser participativo, observador, livre, consciente, questionador,

honesto, justo, solidário, humilde, feliz, aberto para a vida, confiante, independente, sujeito de

sua própria história e agente transformador da sociedade. O local proporciona aos educadores,

educandos, funcionários e pais a oportunidade de tomar consciência da realidade social,

política e econômica comprometendo serem agentes transformadores. Os profissionais são

competentes e comprometidos com o Marco Referencial da Escola e as normas disciplinares.

A família tem uma participação ativa no Colégio, pois é ela que molda os valores

pessoais, formação da personalidade humana e da personalidade cristã com isso tem-se a

consciência do que é ser sujeito em uma comunidade partilhando assim seus desejos e sonhos.

O Colégio conta com um Diretor, tendo como função supervisionar todos os setores da

comunidade educativa. Na impossibilidade de ouvir cada família, devido ao grande número

de alunos atendidos tem-se uma Equipe Pedagógica para cada série que o aluno esteja. A

equipe orienta e acompanha toda a aprendizagem do aluno, buscando despertar a consciência

de sua responsabilidade em todo o sentido. Envolvendo a comunidade educativa em processo

contínuo de reflexão, reciclagem e avaliação. Possibilitando um crescimento gradativo,

promovendo a utilização dos recursos humanos e materiais a fim de melhorar as condições do

trabalho educativo e do processo de ensino.

O setor de Psicologia conta com duas profissionais, no período matutino a psicóloga

trabalha com os alunos do Fundamental II e Ensino Médio. No período vespertino a outra

profissional trabalha com o Maternal e o Fundamental I. As funções variam desde atender,

diagnosticar e acompanhar psicologicamente a comunidade escolar até encaminhar para

tratamento com outros profissionais quando houver necessidade.

O Serviço Social no Colégio funciona com Concessão de Gratuidade Educacional,

oportunizando aos alunos uma chance de pleitear uma vaga em um Colégio privado, e que

não possuem condições financeiras para arcar com os custos. Já o Setor de Inclusão trabalha-

se com os alunos de Necessidades Especiais fazendo com que lute pelos seus direitos, na

sociedade uma vez que os mesmos já foram excluídos dela. Hoje o Setor atende 160 crianças

desde Autismo a Síndrome de Down.

O SOE (Serviço de Orientação Educacional) tem como finalidade promover o bom

relacionamento entre os alunos, professores, familiares e funcionários trabalhando a questão

de liderança, vocações e dinâmicas. Além de assessorar a comunidade escolar de forma

Page 27: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

27

preventiva, educativa e conjunta a fim de contribuir com um desenvolvimento sadio e

integral.

No setor Assistência de Turno o propósito é zelar pelo bom andamento do turno,

conservando a disciplina e um ambiente calmo, manter os alunos em sala de aula com

atividades específicas sobre a matéria, controlar a chegada e saída dos mesmos, prestar auxilio

a direção como avisos e recomendações, averiguar diariamente a presença dos alunos bem

como informar a família o motivo da ausência, alertar os alunos para a pontualidade e o uso

do uniforme e por último autorizar o aluno a ser dispensado antes do término das aulas

mediante autorização dos pais ou responsáveis.

Na Recepção é feito o atendimento a todos os que procuram o Colégio pessoalmente

ou por telefone fazendo o encaminhamento devido. Enquanto na Biblioteca é oferecida uma

infraestrutura bibliográfica necessária às atividades de ensino e pesquisa com um acervo

aproximadamente de 2.000 livros prestando orientações aos leitores para fins de estudo e

preparação de trabalhos escolares.

No Setor de Computação têm-se um profissional que desenvolve e atualiza softwares,

orientando e treinando os funcionários que fazem uso dos programas desenvolvido por ele. O

Setor do Laboratório tem como propósito de desenvolver na prática, experiências relacionadas

com a teoria ministrada em sala de aula.

A Mecanografia tem como atributo xerocar cópias de provas e auxiliar os professores

quando os mesmos necessitam de cópias. A Secretaria procede à escrituração escolar

conforme disposto na legislação vigente, instruindo, informando e decidindo sobre o

expediente e escrituração escolar cumprindo as normas de acordo com a legislação de ensino

e disposição regimentais.

Na Tesouraria a função é organizar, executar e controlar atividades de caráter

financeiro, patrimonial e pessoal, visando o perfeito funcionamento contábil das atividades do

Colégio. O atendimento ao público é de 08h00minh as 11h00minh e de 13h00minh as

17h00minh. A Cantina tem como função de confeccionar e coordenar a merenda diária e

servindo o café na sala dos professores a equipe é composta por 20 auxiliares

aproximadamente. E por último o Setor da Conservação Geral do Colégio que responde pela

Segurança, Manutenção, Limpeza e Jardinagem contando aproximadamente com 40

colaboradores.

Page 28: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

28

5- O SETOR DE INCLUSÃO DO COLÉGIO FRANCISCANO

REGINA PACIS

Page 29: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

29

De acordo com a Coordenadora do Serviço de Apoio a Inclusão (SAI) do Colégio

Franciscano Regina Pacis Sete Lagoas MG o setor começou a funcionar de fato no ano de

2012. Antes as populações da cidade associavam que o Colégio era inclusivo pelo simples

método acolhedor que tinham em abraçar as PNES que chegavam até o local. Para que o

Colégio recebesse o titulo inclusivo era necessário ter uma Equipe Pedagógica que

acompanhasse os alunos, uma vez que o papel do Colégio estava sendo somente o de integrá-

los ao ambiente escolar sem que pudessem conhecer o potencial de cada aluno e muito menos

não tinham uma equipe preparada que favorecessem o desenvolvimento social e emocional

dos mesmos.

O Colégio sempre procurou atender as PNES, pois acreditavam que

independentemente da deficiência que os assolavam ou uma Lei que os protegiam sob o

direito à educação em uma escola regular, o local queria também oportunizar e alcançar um

nível aceitável de conhecimento, respeitando as características e capacidades de aprendizado

de cada aluno. A princípio o Setor acompanhava em torno de 25 alunos nas suas mais diversas

deficiências.

Com o surgimento da Lei 7.853 de 24 de Outubro de 1989 o Colégio viu a necessidade

de montar um Setor de Inclusão que de fato desse a devida atenção a estes alunos. A Lei visa

na obtenção da oferta obrigatória e gratuita da Educação Especial em estabelecimentos

Públicos ou Privados, matrícula em cursos regulares seja ele Público ou Privado, Bolsas de

Estudo, Local de Fácil acesso, quando houver necessidade este aluno será acompanhado por

um Professor de Apoio e caso o estabelecimento não cumpra há uma pena de reclusão de 1 a

4 anos de multa. Assim o Colégio fez e hoje o setor atende 160 alunos com Autismo,

Síndrome de Down, Síndrome de Willians, TDAH (Transtornos do Déficit de Atenção e

Hiperatividade) e Síndrome de Asperger.

De acordo com o CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas

Relacionados à Saúde) o Autismo é classificado como F84-0, a deficiência é um transtorno

que afeta o desenvolvimento, manifestando antes dos três anos de idade, levando ao

comprometimento da Interação Social e da Comunicação e há um comportamento restrito e

repetitivo. O CID para Síndrome de Down e Síndrome de Willians é 10 e recebe o código Q-

90 por estar classificada no capítulo Q00. Nesse capítulo são abordadas para o profissional de

saúde as malformações, deformidades e anomalias cromossômicas. Para o TDAH o CID é o

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30

F90 e é diagnosticado quando se tem memória ruim, humor volúvel e dificuldade para

terminar o que começou. Já a Síndrome de Aspeger o CID é F84. Cinco, ela diferencia do

Autismo por não acompanhar um retardo ou uma deficiência na linguagem ou o afeto no

desenvolvimento cognitivo. Quem possui a Síndrome apresenta em geral serem desajeitadas

persistindo na adolescência e durante a fase adulta, acompanha também episódios psicóticos e

uma leve falha na fala, quase imperceptível.

Mas para que o setor começasse a funcionar de acordo com a Lei tiveram outras etapas

a serem seguidas como um mapeamento em cada sala de aula para averiguar as séries que os

alunos estavam frequentando e quais eram suas limitações. Uma Avaliação Institucional junto

com os professores e equipe pedagógica com o intuito de coletar opiniões, averiguar se todos

estavam por dentro do tema, falar sobre os recursos que o Colégio disponibilizava e explicar

sobre a importância de se incluir as PNES em uma escola regular. Em seguida a equipe

pedagógica traça um perfil de cada aluno, este documento é repassado aos professores para

que familiarizassem com os alunos.

Feito esses procedimentos a Coordenadora do setor chama os familiares dos alunos

para explicar que o Colégio agora contava com um setor de inclusão onde eles receberiam a

atenção necessária de uma Criança com Necessidades Especiais. Durante a conversa é

passado sobre a importância dos alunos terem um Laudo Médico, pois através dele consta

qual é a deficiência para que em seguida o Colégio trabalhe com este aluno.

O setor começou com o seguinte propósito amparar as PNES que tivessem somente o

Laudo Médico, mas a Coordenadoria deparou com vários outros casos de alunos que por

algum motivo permanente ou temporário eram rotulados pelos colegas. Possuíam desde

Transtornos Emocionais até Comportamentais que interferiam no processo de aprendizagem.

O Colégio preocupado com esses rótulos começou um trabalho fora da sala de aula através de

profissionais da área de psicologia com atendimento e acompanhamento especializado que ia

desde oficinas pedagógicas a estimulação e formas de concentração, quanto dentro da sala de

aula os profissionais trabalhavam a conscientização com os outros alunos ensinando a

respeitar e, a saber, conviver com as diferenças.

O setor hoje conta com uma Coordenadora pós-graduada em Pedagogia, uma auxiliar

recém-formada em Psicologia que atua tanto acompanhando os alunos dentro de sala como

auxiliando nos treinamentos e elaboração de relatórios sobre esses alunos e aproximadamente

o Setor conta com o auxilio de 10 Estagiárias que trabalha diretamente com o aluno

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socializando ao ambiente de uma escola regular e conscientizando os outros alunos que não

tem nenhuma deficiência a respeitar os que têm e com atendentes individuais que realiza

atividades pedagógicas com os Alunos de Necessidades Especiais.

No final de cada Período Letivo são realizadas Avaliações destes alunos através das

estagiárias e atendentes individuais que respondem questionamentos a fim de averiguar o

desenvolvimento dos alunos. Em seguida são repassadas aos professores para que se

familiarizem com as necessidades de cada aluno e para que possam acompanhar o quadro de

desenvolvimento adquirido por este aluno.

Para que haja a ingressão deste aluno no Colégio é feito um processo diferenciado, a

família procura a Coordenadora do setor onde a mesma faz uma requisição de matrícula,

juntamente com uma anamnese onde são abordados temas como as expectativas da família até

a maneira que o Colégio pretende trabalhar com o aluno de Necessidades Especiais. O

documento é encaminhado à Direção e Equipe Pedagógica onde avalia-se a possibilidade

deste aluno ingressar no Colégio. Se for favorável o setor avisa a família para que tome as

decisões necessárias quanto a matricula, e caso o aluno não tenha o perfil favorável é

encaminhado a APAE (Associação de Pais e Amigos Excepcionais). Geralmente esses casos

acontecem quando o Colégio não disponibiliza de um lugar com maquinários ou profissionais

especializados como Fonoaudiólogos, Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais.

O SAI disponibiliza um quadro na sala dos professores com dicas de cursos,

workshops, treinamento para monitores e professores, possui uma página no facebook,

sugestões de intervenções sobre as Síndromes e Deficiências com intuito de incentivar

professores e funcionários a conhecer sobre a realidade dessas crianças. Segundo a

Coordenadora do setor a participação dos professores ainda é muito fraca por causa da

disponibilidade, pois muitos trabalham em outras escolas e o tempo acaba ficando escasso.

O setor ainda está sendo estruturado, hoje faz atendimento a 160 alunos de

Necessidades Especiais, mas, segundo a Coordenadora o setor necessita de uma equipe

interdisciplinar para que os atendimentos aos pais e professores flutuem perfeitamente

fazendo com que não sobrecarregue a mesma.

O local também atende a Professores, Pais e Profissionais da Área de Saúde que

trabalham com os alunos do Colégio fora do ambiente escolar, são Psicólogos,

Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Fonoaudiólogos e Psiquiatras. Esta parceria tem

como finalidade a atuação em equipe onde os profissionais repassam informações sobre o

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quadro do aluno e formas de trabalhar uma maneira de passar a notícia sobre a deficiência

para os pais como forma de direciona-los. O Setor recebe a procura de outras escolas a fim de

pedir informações de como trabalha-se com os alunos de Necessidades Especiais.

Durante a coleta de dados foram observados diversos pontos positivos, como a

preocupação do Colégio em tornar a Inclusão um tema mais divulgado, a proposta de um bom

projeto pedagógico, a preocupação da coordenadoria em divulgar o tema, os professores

mesmo com o tempo ocioso disponibilizam o seu tempo em prol da causa, o convívio social

dos Alunos de Necessidades Especiais através de desenvolvimento de projetos,

Fortalecimento e divulgação das ações e a possibilidade de conscientizar a comunidade

escolar a lidar com a diversidade.

Além dos pontos positivos observados e o sucesso que o local tem hoje, o setor

necessita da presença de um Assistente Social, uma vez que a atuação desse profissional é

primordial dentro da escola, pois juntamente com Professores e Familiares poderá trabalhar

ações diretas no processo de Inclusão, desenvolvendo estratégias para lidar com as diferenças,

contornando os preconceitos, informando seus direitos, deveres e abordando estratégias no

sentido de promover Inclusão Social no âmbito de Escolas Regulares. Contudo para que isso

ocorra é necessário que as escolas adotem políticas claras e comprometidas com as PNES. A

Assistente Social faz parte do quadro de funcionários, mas ela trabalha com Concessão de

Gratuidade Educacional, não ficando a par do Setor de Inclusão. A interação entre a

coordenadora do SAI e a Assistente Social é sempre presente, pois trocam sempre

informações sobre determinados casos, bem como no pedido de opiniões e sanando dúvidas

sobre Leis.

Segundo a Lei 9.394/96 que regulamenta que o profissional do Serviço Social poderá

exercer sua profissão nas escolas, seja ela Pública ou Privada, o surgimento dessa Lei trouxe

um beneficio de poder ampliar a educação, ajustando as necessidades sociais e desenvolvendo

avanços nesta área. Com a chegada do Assistente Social foi uma forma de distribuir os

afazeres, uma vez que a equipe escolar estava sobrecarregada. Hoje esse profissional além de

trabalhar com Gratuidade Escolar ele poderá também promover a Inclusão das PNES que

estavam excluídas do acesso à escola.

A Inclusão se bem sucedida, traz benefícios para as Crianças com

Necessidades Especiais como, por exemplo, a oportunidade de socialização com outros alunos

da mesma faixa etária e desenvolvendo aptidões para a sua Inclusão Social. Pois elas têm um

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33

potencial fundamental a ser desenvolvido de modo que um bom programa com a interação de

profissionais da Área da Saúde, Educação, Assistência Social e a participação da Família são

de suma importância. Já que um dos papéis do Assistente Social é levar em conta o

conhecimento da realidade e utilizá-lo para as mudanças necessárias, trabalhando na criação

da independência desta criança, bem como no envolvimento com os demais colegas e fazendo

com que reduza seu isolamento social.

A Educação Inclusiva ainda é um desafio que está sendo construído por pessoas que

sonham com uma sociedade justa, solidária e que garanta os direitos a todos, facilitando a

essas pessoas que são excluídas pela sociedade a serem cidadãos de direitos e deveres. A

inclusão escolar não significa somente colocar os alunos no ambiente escolar, mas sim,

garantir o acesso, a permanência e o sucesso dos mesmos.

O tema tem sido discutido com frequência em nossa sociedade e para que esse

processo ocorra nas Escolas Regulares é necessário ter cautela não basta à escola estar

preparada para receber os alunos com Necessidades Especiais ou limita-los dentro do

ambiente escolar, é preciso que este consiga a interação de acordo com suas possibilidades.

Outro fator crucial que pode causar a diferença é o individualismo que é cada vez mais

presente nos nossos dias e que gera uma crise acerca dos valores e dos vínculos sociais.

Aceitar a diferença não é uma tarefa fácil, pois antes de aceitar precisamos ter a consciência

de que vivemos em uma sociedade onde as diferenças são reais e devem ser respeitadas.

Demonstrando como a diferença é motivo de preconceito ainda mais quando ela é de cunho

físico e que destoam todos os padrões de beleza e moda socialmente aceitos.

Precisamos estar atentos na questão convivência dos alunos que não possuem

Necessidades Especiais com os que possuem, pois muitos não estão preparados para aceitar

que todos de alguma forma são diferentes um dos outros e devem ter direitos e oportunidades

iguais. A sociedade precisa trazer a discussão sobre a Inclusão, uma vez que é de interesse de

todos, já que uma parcela da sociedade padece de algum tipo de deficiência.

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS

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34

O Colégio Franciscano Regina Pacis tem como finalidade passar para os alunos não

somente o processo de ensino por mecanismos, mas também o processo cognitivo em que este

aluno aprende a trabalhar o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória, o intelectual e

o raciocínio. Para o Colégio a aprendizagem é um processo pessoal, em que os alunos

possuem um caráter em que pensa, sente e vive.

    Um Colégio humanista resume suas políticas nos seguintes pré-requisitos:

Valorização do aluno não pelo que ele aprende dentro de sala de aula, mas sim

a aprendizagem numa perspectiva de desenvolver o lado humano do mesmo.

Desenvolve no aluno a responsabilidade, bem como a autoconfiança em si.

Ensina a sentir e não apenas pensar. Criando um ambiente positivo que ajude o

aluno a conhecer outras diferenças existentes.

Promove uma aprendizagem voltada para o processo de descobertas e novas

possibilidades.

Com todo esse aparato o professor assume um papel de facilitador do processo de

aprendizagem, quanto à política do Colégio. Sendo um indivíduo respeitador, positivo, que

tem técnicas de discussão sobre temas que estão em evidencia e além de transmitir o conteúdo

programático, um facilitador da aprendizagem.

     O Colégio busca vencer hoje mais uma etapa que é Inclusão de Alunos com

Necessidades Especiais trabalhando a autoestima dos mesmos para que no futuro não saiam

rotulados com estigma da diferença, a postura que a sociedade deverá ter perante as PNES

quanto à socialização e o ingresso em mercados de trabalho, o Colégio além de colocar em

foco estes quesitos executa também com os alunos que não possuem necessidades especiais a

convivência com os que têm necessidades especiais habituando e acostumando para um

mundo inclusivo.

Na minha visão a vivência profissional no Colégio oportunizou não somente a

preparar para vencer os novos desafios de uma carreira, mas sim assimilar a teoria e a prática,

a lidar com os “macetes” da profissão e a conhecer a realidade vivenciada no dia a dia do

profissional de Serviço Social. Quando se tem o contato com as tarefas você consegue

assimilar o que foi aprendido no meio acadêmico, fazendo com que o aprendizado torna-se

mais eficaz quando adquirido por meio de experiência. Através da vivência profissional

consegui lembrar das aulas assistidas e coloca-las em prática, pois as aulas me ensinaram os

Page 35: INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

35

conceitos e teorias e já a vivência profissional permitiu assimilar o que foi adquirido

teoricamente.

Percebi durante a minha vivência profissional que o Colégio necessita de um

profissional do Serviço Social para que seja reconhecido ainda mais o trabalho da Inclusão,

pois esse profissional além de saber articular ele irá trabalhar e conhecer a realidade social das

PNES, ou seja, seus problemas e necessidades sociais. A inserção do Assistente Social nesse

ambiente contribui para auxiliar o Colégio e os demais profissionais no enfrentamento de

questões que integram o cotidiano, e que muitas das vezes o local não sabe como lidar e nem

intervir com o problema surgido. O Assistente Social trabalha as relações interpessoais e

grupais proporcionando novas discussões buscando estratégias de intervenção, resgatando a

coletividade humana e a questão do trabalho em grupo.

Esse profissional sabe que são no interior do Colégio que se configura as diferentes

expressões da questão social, como por exemplo, violência doméstica, desemprego, drogas,

bebidas ilícitas, vulnerabilidade social e exclusão social. Ele, através dos estudos adquiridos

trabalha as possibilidades e os desafios traçando propostas.

Ao término desse trabalho é possível afirmar que ainda precisamos melhorar nossa

visão quando o assunto é Inclusão, estamos caminhando devagar. Apesar de a nossa

Constituição garantir desde 1988 o acesso de todas as PNES ao Ensino Regular, muitas ainda

acreditam que a solução é a exclusão, mesmo sabendo que hoje elas têm o direito ao acesso as

Escolas Regulares encontramos pessoas com esses pensamentos de querer impedir o

crescimento e a oportunidade de ingressarem em uma sociedade.

A inclusão das PNES podem até desgastar, como por exemplo, existem

comportamentos difíceis, violento ou até auto destruidor, lidar com questões familiares ou a

não aceitação dos colegas em construir uma amizade com um Aluno de Necessidades

Especiais. Mas quando você observa que seu esforço compensou todo o seu trabalho o

resultado é satisfatório o orgulho em poder ajudar alguém a conseguir ganhos importantes, a

promoção da igualdade, a superação da segregação, o desenvolvimento de habilidades na

resolução dos problemas e a aceitação de outras pessoas em relação ao tema. A inclusão não é

uma tarefa fácil, mas é, sem dúvida, possível.

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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8- ANEXO(S)

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Anexo1- Entenda o que é a Síndrome de Down

Fonte: https://www.facebook.com/RevistaFilantropia

Anexo2- Semana da Inclusão Entenda a diversidade para incluir de

verdade

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Fonte: https://www.facebook.com/pages/Escola-Estadual-Dr-Avelar/431421910273100?fref=ts