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Faculdade Dom Alberto Curso de Especialização/Capacitação em Educação Especial: Déficit Cognitivo/Deficiência Mental com enfoque Pedagógico A INCLUSÃO DO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO MERCADO DE TRABALHO Susana Maria Danieli Santa Cruz do Sul, fevereiro de 2011

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Faculdade Dom Alberto

Curso de Especialização/Capacitação em Educação Especial: Déficit

Cognitivo/Deficiência Mental com enfoque Pedagógico

A INCLUSÃO DO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO

MERCADO DE TRABALHO

Susana Maria Danieli

Santa Cruz do Sul, fevereiro de 2011

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Faculdade Dom Alberto

Curso de Especialização/Capacitação em Educação Especial: Déficit

Cognitivo/Deficiência Mental com enfoque Pedagógico

Susana Maria Danieli

A INCLUSÃO DO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO

MERCADO DE TRABALHO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade Dom Alberto - Especialização/Capacitação em Educação Especial: Déficit Cognitivo/Deficiência Mental com enfoque pedagógico, sob a orientação do Profe. Névio José Faccin, como requisito parcial para obtenção do titulo de Especialização em Educação Especial.

Prof. Névio José Faccin

Professor orientador

Santa Cruz do Sul, fevereiro de 2011

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II

Meus sinceros agradecimentos: À minha família e esposo, pelo apoio e solidariedade.

À todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho.

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“A gente vai mudando com a mudança que a gente vai fazendo na realidade e a mudança da realidade muda a gente.” Paulo Freire, 1991

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RESUMO

Este artigo apresenta alguns problemas relativos à inserção do Portador de Necessidade Especial (PNE) no mercado de trabalho, faz uma breve reflexão histórica sobre o PNE, bem como refere-se à importância do trabalho na vida de um PNE, trazendo a base legal ao que se refere a cotas especificas para este tipo de indivíduo e no final um relato de experiência, constatando a importância da inclusão. PALAVRAS CHAVES Portador de Necessidade Especial – Mercado de Trabalho – Inclusão.

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ABSTRACT

This study presents some problems concerning the inclusion of People with Special Needs (PSN) in the work market, a brief historical reflection on the PSN, as well as points out how important work is in the life of a PSN. Moreover, it provides the legal support related to specific quotas to this kind of individual, and ends with the report of an experiment, thus confirming the importance of inclusion. KEY-WORDS People with Special Needs- Work Market- Inclusion.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 07

2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 10

3 RELATO DE CASO............................................................................................... 13

3.1 Entrevista com a Famìlia..... ............................................................................ 13

3.2 Entrevista com a Escola................................................................................... 14

3.2 Entrevista com a Empresa................................................................................ 15

4 PAPEL DA ESCOLA ESPECIAL.......................................................................... 16

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 19

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 21

APÊNDICES.............................................................................................................. 22

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho de pesquisa tem como tema: “A inclusão do portador de

necessidades especiais no mercado de trabalho.” A partir desse tema é analisada a

questão da inclusão do Portador de Necessidades Especiais, bem como o mercado

de trabalho que o admite e considera as potencialidades e capacidades do mesmo e

também como ele é preparado para a inclusão no mercado de trabalho.

Este trabalho tem como objetivo geral identificar a importância das práticas

pedagógicas e os direitos e deveres que o Portador de Necessidades Especiais

desenvolve para que seja incluído no mercado de trabalho. Para isso,

especificamente o Portador de necessidades Especiais deve ser compreendido em

sua integridade psíquica, física e mental podendo assim conhecê-lo sempre mais e

respeitá-lo como cidadão. Também reconhecer a importância da inclusão do

Portador de Necessidades Especiais em nossa sociedade, respeitando-o como um

ser digno, que quer integrar-se na comunidade como qualquer cidadão. E ainda

analisar as capacidades profissionais que um Portador de Necessidades Especiais

apresenta, mas, que mesmo assim tenha a possibilidade de vivenciar na prática

atividades laborais favorecendo a inserção no mercado de trabalho.

Para tanto, a bibliografia que é refletida sobre este tema faz com que as

entidades apresentadas, tanto na educação do Portador de Necessidades Especiais

como no seu ingresso ao mercado de trabalho são envolvidas para que possamos

salientar uma visão geral da realidade de nossa sociedade.

Assim sendo, o desenvolvimento desta pesquisa aborda um estudo para

pensar sobre a importância da prática pedagógica, desenvolvida com o Portador de

Necessidades Especiais fazendo com que assim ele seja bem preparado para a

inclusão na sociedade e seja reconhecido como um digno cidadão.

Também a inserção no mercado de trabalho hoje, como é feito esse processo

e como o Portador de Necessidades Especiais é encaminhado para as empresas.

Analisando a lei que garante a inclusão do mesmo, e o acompanhamento no

trabalho da empresa, e ainda, principalmente ao seu crescimento pessoal

percebendo que é aceito sem discriminação e preconceito.

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Segundo Neusa T. M. S.

A Educação e o Trabalho são meios para a inclusão social da pessoa com deficiência intelectual e apresentam um significado de relevância no desenvolvimento econômico e social da sociedade. O trabalho, mais do que sobrevivência, é uma das mais expressivas manifestações do ser humano, não é somente uma simples atividade que fornece um bem econômico, o ato de trabalhar contribui para o bem-estar mental e emocional da pessoa, satisfaz o desejo de ser membro produtivo da sociedade e agrega ou retira a possibilidade de realização pessoal, portanto cria e desenvolve certa medida de auto-estima, de acordo com a utilização das potencialidades e competências individuais. (p.52- 2009).

Assim, a escolha de uma profissão se faz necessária na vida de qualquer ser

humano e esta, normalmente dá-se na juventude.

Jovens sadios e bem dispostos a cada dia que passa, têm maior dificuldade

para fazer sua escolha dentro de um universo de cursos e novas especializações

que tem surgido nos últimos tempos.

E se não bastasse o momento da escolha de uma profissão, coincide

também, com a fase do desenvolvimento onde o jovem está definindo sua

identidade, está confuso com seus conflitos internos, redescobrindo seus potenciais

e características de sua personalidade, se testando o tempo inteiro para verificar

seus gostos, sua vocação e suas habilidades.

Se para jovens que convivem em sociedade, frequentar escolas comuns têm

várias experiências que os oportunizam a formar uma crítica a respeito do mundo e

de si mesmo, fica difícil fazer uma escolha e encontrar um espaço no mercado de

trabalho, o qual hoje é muito competitivo e a preocupação dos empregados está na

quantidade de produção: imagine como é para um jovem portador de necessidades

especiais, que passou se não toda, mas maior parte de sua vida segregada pela

família e muitas vezes o único contato social que tem é a escola de educação

especial que o oportuniza fazer uma escolha profissional e encontrar um espaço

para mostrar suas habilidades, vontades e capacidades.

O estudo de caso é um aluno de 21 anos de uma Escola de Educação

Especial do município de Estrela que frequenta a oficina pedagógica e já está

incluído no mercado de trabalho.

Na oficina pedagógica que o aluno frequenta ele desenvolve várias atividades

e é avaliado pelas suas aptidões que são estimuladas, suas habilidades,

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proporcionando situações que desenvolvam criatividade, iniciativa, demonstrando as

potencialidades deste sujeito. São trabalhados também: rotina, horário de atividades,

assiduidade e responsabilidades no desempenho das funções. Este trabalho é

realizado através de tarefas produtivas, com o objetivo de tornar o jovem deficiente o

mais independente possível, e este já está inserido no mercado de trabalho.

Na empresa em que está inserido ele exerce a função de auxiliar de escritório

e é acompanhado por um psicólogo, uma assistente social e uma psicopedagoga

para que o Portador de Necessidades Especiais tenha um bom crescimento pessoal

e profissional.

Para tanto, o Portador de Necessidades Especiais deve ser incluído sem

discriminação, pois ele tem capacidades e condições. Assim sendo, ao longo do

tempo o espaço do Portador de Necessidades Especiais é conquistado como está

comprovado na referência bibliográfica, para que seja reconhecido como uma

pessoa que tem aptidões e é respeitado pela sociedade.

Quanto à metodologia a ser utilizada no projeto de pesquisa presente ela é

analítica qualitativa, pois visa fazer uma análise sobre o tema abordado: A inclusão

no mercado de trabalho do Portador de Necessidades Especiais mostrando um

panorama da realidade enfrentada por ele para inserção no mercado de trabalho,

bem como meios possíveis para incluí-lo como cidadão na sociedade.

As informações são analisadas qualitativamente para explicar as dificuldades

do Portador de Necessidades Especiais em ser incluído no grupo social, respeitado

pelas suas limitações, bem como, os procedimentos que são considerados e o

acompanhamento para ingressá-lo no mercado do trabalho.

Para a realização desta pesquisa, foi aplicada uma entrevista semi-

estruturada com alguns questionamentos para coletar dados com a família, a

empresa e a escola de Educação Especial para constatar e perceber como um

Portador de Necessidades Especiais é incluído no meio em que vive. Também para

favorecer o seu desenvolvimento e para tanto, possibilitar a sua entrada no mercado

de trabalho reconhecendo-o assim, como um cidadão da sociedade.

Para concluir a pesquisa bibliográfica auxilia na reflexão das leituras e

registros de teorias e posicionamentos críticos que fundamenta a construção teórica,

através de livros e artigos, que são abordados, fazendo assim, uma aquisição de

conhecimento sobre o assunto do projeto de pesquisa.

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2 DESENVOLVIMENTO

Sabemos que o mundo em que estamos vivendo hoje está com o mercado de

trabalho bastante defasado, não havendo mais oportunidades para todos, pois este

solicita qualificação profissional sem mesmo dar oportunidades para as pessoas

estarem qualificando-se. Já não há mais emprego para os desqualificados ou para

aqueles que não estão capacitando-se diariamente, mesmo as pessoas que tem

formação superior estão passando por diversas dificuldades para encontrar um

emprego, imaginemos então a dificuldade que é para um Portador de Necessidades

Especiais.

O trabalho na vida de muitas pessoas não é apenas uma fonte de renda para

a sobrevivência, vai muito além, por isso é necessário sentir-se útil, fazendo parte de

sua integridade social. Para um Portador de Necessidades Especiais, a procura de

emprego torna-se ainda mais difícil, pois as pessoas subestimam as potencialidades

que estas possuem.

Em 1923, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) recomendou a

aprovação de leis nacionais que obrigassem as entidades públicas e privadas a

empregar certo montante de portadores de deficiência causada por guerra. Aos 20

de dezembro de 1971, a Assembléia das Nações Unidas proclama a declaração dos

Diretos do Deficiente Mental.

Em muitos aspectos, a vida do Portador de Necessidades Especiais não é

diferente das demais pessoas, possui momentos de alegria e de tristezas, derrotas e

conquistas, em outras palavras, bons e maus momentos, mas se diferenciam em

uma particularidade, são vítimas constantes de preconceitos e discriminação.

Na constituição brasileira e na legislação existente, o Portador de

Necessidades Especiais tem proteção especial, no que tange as garantias

constitucionais, o Brasil possui um sistema legal de proteção bem encadeado.

Um dos objetivos fundamentais da República Federativa é construir uma

sociedade livre, justa e solidária (art. 3I CF), bem como promover o bem-estar de

todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas

de discriminação (art. 3º, IV).

O artigo 7º, XXXI, proíbe qualquer tipo de discriminação no tocante aos

salários e critérios de admissão do trabalhador Portador de Necessidades Especiais.

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Por sua vez, a lei n.8.213/91, em seu artigo 93, estabeleceu cotas

compulsórias de vagas a serem respeitadas pelas empresas do setor privado com

mais de cem empregados nas seguintes proporções: I – de 100 a 200 empregados

2%; II – de 201 a 500, 3%; III – de 501 a 1000, 4%; IV – de 1001 ou mais, 5%.

O ponto que acredito ser negativo na lei, é quando se acrescenta no

parágrafo 1º que a dispensa do empregado deficiente somente pode ocorrer após a

contratação de substituto de condições semelhantes. Trata-se de uma garantia no

emprego e não uma forma de estabilidade.

Os obstáculos que considero como entraves são: carência de qualificação

profissional e falta de estímulos econômicos que facilitam a sua contratação pelas

empresas.

Pois, ao desejar garantir emprego para o Portador de Necessidades

Especiais, o governo está exigindo a assinatura de um contrato de trabalho

unilateral, que interessa apenas a uma das partes, assim, este contrato está

condenado ao insucesso.

Primeiro, porque o empresário pensa como empreendedor não como político

e muito menos como assistente social. Segundo, porque ele acredita que a questão

social é resolvida pelo trabalho.

Terceiro, porque ele atua num mercado competitivo no qual vence o melhor,

portanto, ele contrata força de trabalho que o ajude a conquistar seus objetivos, seja

a pessoa branca, preta, amarela, católica, deficiente ou não. Quarto, porque obrigá-

lo, através de lei, a reservar uma porcentagem do seu quadro de pessoal para

Portador de Necessidades Especiais e aprovar mais uma lei que não será cumprida,

simplesmente porque ela não atende os interesses do empresário.

Em último lugar, o empresário que admite um Portador de Necessidades

especiais sem seleção, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos está

garantindo apenas o seu lugar no céu, uma vez que ele está garantido no seu

emprego enquanto o seu protetor estiver por perto. Por outro lado, leis que garantem

subsídios às empresas por quantidade de Portador de Necessidades Especiais

empregados não colaboram em nada para sua integração no mercado de trabalho,

apenas servem para agravar, ainda mais, o conceito de que ele é um problema

social.

À medida que for aprovada uma lei que dá incentivos fiscais para empresas

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que investirem em desenvolvimentos de recursos humanos, bem como um programa

de trabalho desenvolvido pelo Portador de Necessidades Especiais com apoio

técnico que lhe garanta uma força de trabalho e que satisfaça os seus objetivos.

Estará sendo fechado um círculo de interesses profissionais, de um lado do Portador

de Necessidades Especiais apresentando-se como um profissional qualificado, de

outro, as empresas desejosas em absorver mão-de-obra, desde que atenda aos pré-

requisitos do cargo a ser preenchido.

Segundo Vygotski em seus estudos ele refletia

[...]. estudos estabeleceram que crianças com retardos mentais não são muito capazes de ter pensamento abstrato. Com base nesses estudos, a pedagogia da escola especial tirou a conclusão, aparentemente completa de que todo ensino dessas crianças deveria basear-se no uso de métodos concretos do tipo “observar – e – fazer”. E, apesar disso, uma quantidade considerável de experiências com esse método resultou numa profunda desilusão. Demonstrou-se que um sistema de ensino baseado somente concreto – um sistema que elimina do ensino tudo aquilo que está associado ao pensamento abstrato – falha em ajudar as crianças retardadas a superarem as suas deficiências inatas, além de reforçar essas deficiências, acostumando a criança exclusivamente ao pensamento concreto, suprindo, assim, os rudimentos de quaisquer pensamentos abstratos que essas crianças ainda possam ter. Precisamente porque as crianças retardadas, quando deixadas a si mesmas, nunca atingirão formas bem elaboradas de pensamento abstrato é que a escola deveria fazer todo esforço para empurrá-las nessa direção, para desenvolver nelas o que está intrinsecamente faltando em seu desenvolvimento”. (Vygotski p. 116, 1998)

Quer-se hoje uma formação profissional de caráter provisório, sem ponto final,

ou seja, que não se completa, mas é contínua e atualizada, de acordo com as

demandas do mundo do trabalho. É nesta perspectiva que se situa a formação

baseada no desenvolvimento de competências, dando ao trabalhador conhecimento

e formação profissional indutores de novas buscas de formação e de constituição do

sujeito, na forma como Batista (l997) diz “... ser competente é essencialmente saber

renovar-se”. Esta deve ser a visão da educação profissional proposta.

Os responsáveis pela tarefa de preparar o Portador de Necessidades

Especiais para o trabalho comumente se deparam com demandas que requerem,

principalmente, formação especifica na área de ciências humanas. Além disso, esta

tarefa requer múltiplas habilidades, de diferentes áreas do conhecimento, tais como:

economia, sociologia, psicologia, entre outros, e dificilmente, os indivíduos poderão

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estar preparados, ou poderão ser preparados para desempenhar tal papel. Nem

mesmo uma instituição, por maior ou mais organizada que seja, vai poder

desempenhá-lo independente, porque a tarefa transcende as possibilidades

institucionais em função das maneiras pelas quais essas instituições estão

organizadas. Pode-se perceber que a sobre carga enfrentada pelos responsáveis

pela formação do Portador de Necessidades Especiais para o trabalho é enorme e

ao lado disso ainda temos a família dele, onde em sua maioria não conseguem ver

em seu filho um trabalhador e sim, uma eterna criança.

O que encontramos, são mães que na maioria das vezes após o nascimento

e detecção da deficiência no seu filho abrem mão de sua vida para dedicar-se

totalmente a cuidar desta criança, criando assim um vínculo materno sobrenatural.

Outro empecilho para as famílias aceitarem que seu filho cresceu e tem condições

de trabalhar é o benefício, direito adquirido em função da comprovação da

incapacidade de trabalhar deste individuo, a insegurança das famílias está em

perder o benefício e o filho não permanecer por muito tempo no emprego, sendo que

o valor deste benefício é o que ajuda muitas famílias em seu sustento.

3 RELATO DE CASO

3.1 Entrevista com a Família

A pesquisa está também aliada a um relato de caso de inclusão que tem a

seguinte caracterização: Um Portador de Necessidades Especiais de 21 anos, que

frequenta uma escola de Educação Especial, no município de Estrela – RS, mora

com seus pais e já está incluído no mercado de trabalho.

A relação do Portador de Necessidades Especiais com a família é boa ele é

único filho que reside com os pais, nas horas livres assiste TV e conversa com os

pais ele ingressou na escola de Educação especial aos três anos, onde foi avaliado

e foi constatado seu grau de dificuldade e desenvolvimento que expressa e que

compromete o seu crescimento integral.

Sendo assim, até hoje ele frequenta a escola de Educação Especial, pois os

pais percebendo a deficiência do seu filho conscientizaram-se de que era preciso

para o seu bem-estar e desenvolvimento.

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Como constataremos no exemplo citado, do papel da Escola Especial, na

fase da adolescência, a família se depara com uma série de dúvidas e incertezas em

relação ao seu filho, pois esta se caracteriza por processos de transformação e

preparação para a vida adulta.

3.2 Entrevista com a Escola

A missão da APAE é de promover e articular ações de defesa dos direitos,

prevenção, orientação, prestação de serviços. Apoio à família, direcionados à

melhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência e à construção de

uma sociedade justa e solidária.

Desta forma, o Portador de Necessidades Especiais é recebido pela Escola

de Educação Especial a qual segue os seguintes procedimentos para acolhê-lo: é

feita uma entrevista com a mãe e/ou responsáveis pela criança, estes dados são

levados para a equipe multiprofissional que esta organizada por uma

psicopedagoga, psicóloga e outros profissionais, fazendo então uma avaliação para

encaminhá-lo ao atendimento necessário.

A escola acompanha o processo de ensino aprendizagem do Portador de

Necessidades Especiais durante o período escolar. Os professores realizam

reuniões quinzenais e reuniões mensais com a equipe multiprofissional podendo

assim verificar os avanços e as dificuldades existentes. E também semestralmente

ocorre o conselho de classe para que haja troca de informações necessárias para a

compreensão do processo.

A escola especial prepara o Portador de Necessidades Especiais para ser

incluído no mercado de trabalho a partir dos 14 anos e ele frequenta a Pré-oficina

onde tem a oportunidade de desenvolver suas habilidades nas diferentes áreas de

conhecimento. Após o ingresso na Pré-Oficina o adolescente pode ser encaminhado

a qualquer momento para uma das oficinas pedagógicas oferecidas na escola. Estas

têm por objetivo capacitar o adolescente para desenvolver atividade laboral

remunerada.

A escola auxilia no encaminhamento do Portador de Necessidades Especiais

para ingressar no mercado de trabalho fazendo sempre parceria com a família e a

empresa.

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Assim a escola estabelece uma relação com a empresa durante o processo

de inclusão realizando visitas à empresa verificando a capacitação dos funcionários

e dos adolescentes/jovens incluídos que recebem atendimento psicológico

semanalmente na instituição.

Também cabe ressaltar ao recebimento de reconhecimento que a Escola

Especial recebeu no ano de 2010, chamado: “Anamatra – Associação Nacional dos

Magistrados da Justiça do Trabalho”, na categoria de instituição, que obteve esta

premiação por ter iniciativas de destaques em direitos humanos.

No exemplo do papel da Escola Especial, que será mencionado verificamos

que esta tem um programa proposto pra atender adolescentes e adultos portadores

de deficiência através de atividades direcionadas para sondagem de aptidões dos

aprendizes, dos interesses e opções individuais de trabalho, para a orientação

vocacional, a formação de hábitos e o desenvolvimento de habilidades necessárias

para sua realização social, bem como a qualificação específica para o desempenho

profissional e o seu encaminhamento ao mercado de trabalho.

3.3 Entrevista com a Empresa

O encaminhamento do Portador de Necessidades Especiais para a empresa

em que iria trabalhar aconteceu de uma maneira bem informal, pois ele já

frequentava a empresa por ter amizade com as pessoas da mesma e gostar muito

de ônibus. Assim facilitou o acesso à mesma e o ingresso na empresa ocorreu

tranquilamente.

A função que o Portador de Necessidades Especiais exerce é auxiliar de

escritório e serviços gerais. A adaptação na mesma foi boa com o trabalho, bem

como os colegas, pois ele já gostava e frequentava este meio e estando bem

adaptado ao grupo.

A empresa acompanha o Portador de Necessidades Especiais desde o seu

início através do seu rendimento, observando-o para perceber como ele está no

meio, bem como ele age com os seus colegas e mantém um relacionamento diário.

Também há acompanhamento com o psicólogo da escola que conversa com o

Portador de Necessidades Especiais para que ele expresse como está com o

trabalho na empresa.

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Para este encaminhamento, como a Escola Especial encaminha o Portador

de Necessidades Especiais para a empresa cabe ressaltar o exemplo do papel da

Escola Especial ao que se refere a inserção da pessoa portadora de deficiência no

mercado de trabalho e mostrar que o cidadão com deficiência encontra-se habilitado

para ter os mesmos direitos e deveres de todo trabalhador. O emprego oferecido ao

portador de deficiência não deve ser encarado com um favor ou um ato de

benemerência.

4 PAPEL DA ESCOLA ESPECIAL

A Declaração de Salamanca (1994) é considerada mundialmente um dos

mais importantes documentos que visam à inclusão social, juntamente com a

convenção sobre Direitos da Criança (l988) e a declaração Mundial sobre Educação

para Todos (l990). Faz parte da tendência mundial que vem consolidando a

educação inclusiva. Sua origem é normalmente atribuída aos movimentos em favor

dos direitos humanos e é contra instituições segregacionistas, movimentos iniciados

a partir das décadas de 60 e 70 do século XX, abre-se espaço para educação

especial ao Portador de Necessidades Especiais, sendo que o estado deve garantir

o atendimento educacional especializado a ele (art. 208) e criar programas de

prevenção e atendimento especializado para o Portador de Necessidades Especiais,

bem como a integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o

treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e

serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos

(art. 227). A Constituição Federal no seu artigo 15 prevê a busca da equiparação de

oportunidades com a reabilitação integral do Portador de Necessidades Especiais,

formação profissional e qualificação para o trabalho, escolarização regular e especial

e orientação e promoção individual, familiar e social.

Ainda há dificuldade no funcionamento destas leis de acordo com o que

prevêem seus artigos, pois o que encontramos são inúmeras barreiras ao tentar

incluir o aluno Portador de Necessidades Especiais em algum programa do governo,

pois nos deparamos com idade máxima, em sua maioria 16 anos, sendo que na

realidade da escola especial o alunado em idade de qualificação profissional

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encontra-se em sua maioria acima de 20 anos e outro empecilho é a questão da

alfabetização. Assim, os programas do governo são utópicos ao Portador de

Necessidades Especiais e a formação profissional acaba recaindo sob total

responsabilidade da escola especial. Como já foi mencionado anteriormente, é

tarefa de muita responsabilidade, uma vez que se necessita de profissionais

capacitados e muitas vezes por melhor estrutura que seja a instituição não se

consegue recurso humano e financeiro.

Segundo Lucia M. C.C

No Brasil, o que está garantido em leis está na constituição de 1988, com relação à matrícula do aluno: preferencialmente na rede regular de ensino. A legislação brasileira também definiu na lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, uma modalidade de educação escolar, garantindo o percurso educacional do aluno na escola comum ou na escola especial, dando oportunidade para a educação Especial fazer parte do sistema de ensino, portanto não proibindo a sua existência. (p.43 – 2009).

O Movimento APAEANO com mais de 50 anos de existência tem se

preocupado com a inclusão de pessoas com deficiência intelectual e múltipla.

A proposta pedagógica se propõe às escolas das APAES assumirem o

compromisso social para todas as pessoas com deficiência intelectual e múltipla.

Também a APAE Educadora tem por base o acordo com a lei nº 9394/96 de

Diretrizes e bases da Educação Nacional em criar a unidade de referência de

trabalho pedagógico para todas as escolas apaeanas.

Assim sendo

O movimento Apaeano busca uma inclusão processual, responsável e democrática, centrada no aluno como membro integrante da escola e de todas as atividades que realiza. O currículo, como eixo para a efetivação da inclusão escolar e social do aluno. Assim valorizando suas competências e habilidades, a escola cumpre seu papel transformador da realidade escolar e da sociedade dentro de uma concepção de cidadania com igualdade de oportunidades. Através das Escolas Especiais das APAES, garantimos o direito à educação de todos aqueles que nesse momento não possam se beneficiar da escola comum. Inclusão é levar em conta a diversidade de todos os alunos. (p. 44 - 2009).

A seguir segue um exemplo de programa de Educação Profissional da

Federação das APAES mostrando como a empresa, as escolas, a família e a APAE

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se envolvem com o encaminhamento do Portador de Necessidades Especiais para o

mercado de trabalho.

O programa de Educação profissional se dirige ao portador de deficiência adolescente a partir dos catorze anos. Os serviços oferecidos na comunidade geralmente são escassos, podendo ser mencionados apenas cursos promovidos pelo SINE, SENAI, SENAC e algumas escolas técnicas. Em sua maioria exigem conhecimentos acadêmicos acima do potencial atingido pela sua pessoa portadora de deficiência. (p.54- 1997).

Sendo assim, há uma grande preocupação das famílias e profissionais da

instituição com a organização de formas alternativas de inclusão. O programa

proposto sonda as aptidões dos aprendizes, os interesses e opções individuais de

trabalho, para a orientação vocacional, a formação de hábitos e o desenvolvimento

de habilidades necessárias para a sua realização social, como também o

desempenho e o seu encaminhamento ao mercado de trabalho realizando-se

profissionalmente.

Para enfrentar esta nova etapa necessitam de informação e orientação, especialmente quanto a dois aspectos: autonomia e questões profissionais. É de suma importância, portanto, envolver os pais – como naturalmente o próprio adolescente ou adulto – nas decisões e nas providências a serem tomadas. Compete à instituição: - realizar uma avaliação individual para o trabalho, verificando as potencialidades e habilidades da pessoa portadora de deficiência; - analisar com ele e a família suas possibilidades e opções em termo de vida profissional; - encaminhá-lo para cursos ou treinamentos compatíveis com seus interesses; - implantar programas de educação profissional que correspondam às necessidades da clientela e do mercado e trabalho; - acompanhar o adolescente ou adulto no processo de adequação a um emprego no mercado de trabalho competitivo; - fornecer orientação e preparação à família e ao adolescente sobre formas alternativas de sustentação econômica (trabalho autônomo, microempresa, etc.). No plano pessoal e relacional a família também necessita e busca informações e orientações, como: - formas de facilitar uma vida autônoma do filho adolescente; - dúvidas quanto a questões educacionais específicas da puberdade (sexualidade, relacionamento com colegas, amigos e namoro). (p. 55 – 1997). Cabe à instituição sensibilizar as empresas para a inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho e mostrar que o cidadão com deficiência encontra-se habilitado para ter os mesmos direitos e deveres de todo o trabalhador. O emprego oferecido ao portador de deficiência não deve ser encarado como um favor ou um ato de benemerência (p. 56 – 1997).

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Portanto, percebe-se que todos os componentes devem se engajar no

processo de encaminhar o Portador de Necessidades Especiais para o mercado de

trabalho assim, possibilitando que será incluído na sociedade com dignidade e

favorecerá para adquirir e desenvolver suas capacidades e habilidades que irão

ajudar a comprovar a sua autonomia de identidade e será considerado como um

cidadão na sociedade.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que este artigo apresenta a realidade do Portador de

Necessidades Especiais frente a sua formação pessoal e profissional enfatizando o

ingresso no mercado de trabalho para sua realização integral digna de um cidadão.

Revela que as instituições que estão trabalhando para este processo têm muito a

buscar, pois bem, como comprovado no artigo tanto a lei, quanto a empresa como

também a família do Portador de Necessidades Especiais devem auxiliar e

primeiramente conscientizar-se de que ele também tem direito e deve ter

possibilidades de crescer e construir a sua vida nas condições que apresenta.

Sabemos que a Escola Especial é um grande diferencial no desenvolvimento

do Portador de Necessidades Especiais, pois ela está fazendo o que é possível, mas

muitas vezes também encontra entraves que dificultam para poder ajudar o

deficiente, isto porque as autoridades muitas vezes omitem suas responsabilidades

e não priorizam a assistência e o acompanhamento ao Portador de Necessidades

Especiais.

Também muitas vezes as famílias prejudicam o Portador de Necessidades

Especiais porque não o encaminham para a escola especial, a vergonha, a falta de

conhecimento desta instituição são fatores existentes em nosso meio. Uma maneira

de auxiliá-los e que já acontece são algumas prefeituras que auxiliam no transporte

do PNE facilitando o ingresso e o acesso a Escola Especial.

Para finalizar este trabalho é um convite para a mudança, é uma reflexão

sobre a inserção do Portador de Necessidades Especiais no mercado de trabalho, a

inclusão é possível quando a vontade de todos está aberta para acolher e

proporcionar um caminho de realização. Caminho este que só acontecerá quando

todos se mobilizarem e com unidade de ação, acreditando na mudança, cada

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componente fará a sua parte e assim todos vão ajudar o Portador de Necessidades

Especiais para que ele tenha uma vida digna de um cidadão reconhecido na

sociedade.

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REFERÊNCIAS

BATISTA, Cristina e outros. Educação profissional e colocação no trabalho: Uma nova proposta de trabalho junto à pessoa portadora de deficiência. Brasília: Federação Nacional das APAEs, 1997. CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa; NETO Jorge Francisco Ferreira. O portador de deficiência no mercado formal de trabalho. Jus Navigandi, Teresina, ano 5, n. 51, out. 2001. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2132>. Acesso em: 27 jul. 2010. FEDERAÇÃO Nacional das APAEs. Educação Profissional e trabalho para Pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla – Plano orientador para gestores e Profissionais – Brasília, 2007. FEDERAÇÃO Nacional das APAEs. do Rio Grande do Sul. Trabalho, Cidadania e Renda para a Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla – Pesquisa realizada no Rio Grande do Sul por profissionais das APAES – Porto Alegre: Federação das APAES do RS – 2009. FEDERAÇÃO Nacional das APAEs de Brasília. Família e Profissionais: rumo à parceria – Reflexões e sugestões para uma atuação do profissional na instituição junto à família da pessoa portadora de deficiência. – Brasília, Federação Nacional das APAEs, 1997. FEDERAÇÃO Nacional das APAEs de Brasília. APAE Educadora: A Escola que buscamos. Proposta Orientadora das Ações Educacionais – Brasília/ DF, Fevereiro/ 2001. FONSECA, Ricardo Tadeu Marques da, O trabalho protegido do portador de deficiência (histórico). Advocacia pública e sociedade. São Paulo, VL, n. 1, Max Limonad, 1997. Publicação Oficial do Instituto Brasileiro de Advocacia Publica, p. 135-139. VYGOTSKI, Lev S. A. A formação social da mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores/L.S.Vygotski; organizadores Michel Cole.. tradução José Cipola Neto, Luis Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche , 6ª. Ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1999.

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APÊNDICE 1 - Pesquisa com a Família

Este questionário é um instrumento de coleta de dados para uma pesquisa

sobre a inclusão do Portador de Necessidades Especiais no mercado de trabalho,

desenvolvida no Curso de Especialização/Capacitação em Educação Especial, da

Faculdade Dom Alberto, os dados obtidos serão analisados, garantindo o anonimato

dos respondentes.

Família:

1- Qual sua idade?

2- Quem mora com seu filho?

3- No horário extraclasse o que ele faz?

4- Conte como foi o ingresso na escola para seu filho?

5- Como foi o ingresso do seu filho no mercado de trabalho?

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APÊNDICE 2 - Pesquisa com a Escola

Este questionário é um instrumento de coleta de dados para uma pesquisa

sobre a inclusão do Portador de Necessidades Especiais no mercado de trabalho,

desenvolvida no Curso de Especialização/Capacitação em Educação Especial, da

Faculdade Dom Alberto, os dados obtidos serão analisados, garantindo o anonimato

dos respondentes.

Escola:

1- Quais são os procedimentos que a escola especial utiliza para receber um

Portador de Necessidades Especiais?

2- Como a escola acompanha o desenvolvimento do Portador de

Necessidades Especiais durante o período escolar?

3- Como a escola prepara o Portador de Necessidades Especiais para ser

incluído no mercado de trabalho?

4- A escola auxilia no encaminhamento do Portador de Necessidades

Especiais para ingressar no mercado de trabalho? Qual é a relação que a escola

estabelece com a empresa durante o processo de inclusão e o que é feito?

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APÊNICE 3 - Pesquisa com a Empresa

Este questionário é um instrumento de coleta de dados para uma pesquisa sobre a

inclusão do Portador de Necessidades Especiais no mercado de trabalho,

desenvolvida no Curso de Especialização em Educação Especial, da Faculdade

Dom Alberto, os dados obtidos serão analisados, garantindo o anonimato dos

respondentes.

Empresa ;

1- Através de que ou de quem o Portador de Necessidades Especiais chegou

à empresa?

2- Qual a função que ele exerce?

3- Como foi à adaptação com o trabalho e com os colegas?

4- Como a empresa acompanha e atua durante o ingresso de um Portador de

Necessidades Especiais no mercado de trabalho?