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Sorteio, balanço e confraternização na festa de final de ano Jornal do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais Impresso Especial 9912163762/2007 DRMG Sind. dos Médicos Estado MG ...CORREIOS... Ano 6 - nº 32 - janeiro/fevereiro 2011 PÁG SAÚDE DA FAMÍLIA NOVOS GESTORES TRABALHO MÉDICO Sindicato luta por melhorias para médicos do PSF. Vínculos precários e sobrecarga de trabalho são as principais queixas Presidente do sindicato avalia a escolha do novo ministro e secretário estadual e fala das expec- tativas para a saúde PÁG 11 PÁG 5 PRESENTE DE NATAL Na noite de Natal, sindicato entrega cestas a médicos planton- istas de 16 unidades de saúde de BH e região LUTAS SINDICAIS PÁG 6 PÁG 7 PÁG 8 10 A festa de final de ano do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, dia 17 de dezembro, deu uma pausa nas lutas do ano de 2010. Foi um momento de confraternização e de balanço. O presidente do sindicato, Cristiano da Matta Machado, fez um discurso otimista sobre as expectativas para a saúde. Segundo ele, os governos estão devendo nessa área e chegou a hora de acabar com o pires na mão. O momento mais esperado do encontro foi o sorteio do Corsa Classic 2011. O feliz contemplado foi o médico pneu-mol- ogista Silvio Musman, de Belo Horizonte. Nesta edição, a diretoria exec- utiva fala também dos planos para o ano que se inicia. PÁGINA 12 Feliz, o pneumologista Silvio Musman exibe a chave do novo carro ENCONTRO NACIONAL PÁGINAS 3 e 4 Fórum das entidades debate importantes temas sobre a realidade da medicina O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) marcou presença no Fórum Nacional das Entidades Médicas, nos dias 8 a 10 de dezembro, em Aracaju (SE). Organizado pelas entidades médicas nacionais (AMB, CFM e Fenam), o evento reuniu cerca de 300 pes- soas, entre representantes de conselhos, sin- dicatos, associações e sociedades de espe-ciali- dade de todo o país. O objetivo do encontro foi estimular a refle- xão das entidades acerca de questões polêmicas e que têm impacto direto no dia a dia do médico, seja pelos aspectos relacionados à formação do profissional, seja pelos riscos da chamada preca- rização do trabalho na área. Avaliação do ensino e exame de habilitação; gestão do SUS e fundação estatal; e atualização e recertificação de título de especialista foram os principais temas abordados. Além do carro, sindicato sorteia brindes surpresa para os médicos presentes

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Page 1: Impresso TRABALHO MÉDICO Especialsinmedmg.org.br/arquivos/site/informacao/trabalho... · A festa de final de ano do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, dia 17 de dezembro,deu

Sorteio, balanço e confraternização na festa de final de ano

Jornal do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais

ImpressoEspecial

9912163762/2007 DRMG

Sind. dos Médicos Estado MG

...CORREIOS...

Ano 6 - nº 32 - janeiro/fevereiro 2011

PÁG

SAÚDE DA FAMÍLIA NOVOS GESTORES

TRABALHO MÉDICO

Sindicato luta por melhorias

para médicos do PSF. Vínculos

precários e sobrecarga de

trabalho são as principais queixas

Presidente do sindicato avalia

a escolha do novo ministro e

secretário estadual e fala das expec-

tativas para a saúde PÁG

11PÁG

5

PRESENTE DE NATAL

Na noite de Natal, sindicato

entrega cestas a médicos planton-

istas de 16 unidades

de saúde de BH e região

LUTAS SINDICAIS

Em AGE conjunta da PBH, Contagem eBetim, médicos mostram disposição de luta.Pauta já foi enviada aos prefeitos.

PÁG 6

Pesquisa realizada pelo sindicato em Betimrevela que condições de trabalho é a principal preocupação dos médicos

PÁG 7

A pedido do sindicato, CRM faz vistoria nasUAIs de Uberlândia. Relatório aponta 30Irregularidades. MP apura denúncias

PÁG 8

10

A festa de final de ano do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, dia 17de dezembro, deu uma pausa nas lutas do ano de 2010. Foi um momentode confraternização e de balanço. O presidente do sindicato, Cristiano daMatta Machado, fez um discurso otimista sobre as expectativas para a saúde.Segundo ele, os governos estão devendo nessa área e chegou a hora de

acabar com o pires na mão. O momento mais esperado do encontro foi osorteio do Corsa Classic 2011. O feliz contemplado foi o médico pneu-mol-ogista Silvio Musman, de Belo Horizonte. Nesta edição, a diretoria exec-utiva fala também dos planos para o ano que se inicia.

PÁGINA 12

Feliz, o pneumologista Silvio Musman exibe a chave do novo carro

ENCONTRO NACIONAL

PÁGINAS 3 e 4

Fórum das entidades debate importantestemas sobre a realidade da medicina

O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais(Sinmed-MG) marcou presença no FórumNacional das Entidades Médicas, nos dias 8 a10 de dezembro, em Aracaju (SE). Organizadopelas entidades médicas nacionais (AMB, CFMe Fenam), o evento reuniu cerca de 300 pes-soas, entre representantes de conselhos, sin-dicatos, associações e sociedades de espe-ciali-dade de todo o país.

O objetivo do encontro foi estimular a refle-

xão das entidades acerca de questões polêmicas eque têm impacto direto no dia a dia do médico,seja pelos aspectos relacionados à formação doprofissional, seja pelos riscos da chamada preca-rização do trabalho na área. Avaliação do ensinoe exame de habilitação; gestão do SUS e fundaçãoestatal; e atualização e recertificação de título deespecialista foram os principais temas abordados.

Além do carro, sindicato sorteia brindes surpresa para os médicos presentes

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TRABALHO MÉDICO - JANEIRO/FEVEREIRO 2011EDITORIAL2

EXPEDIENTE

Publicação do Sinmed-MG

Sindicato dos Médicos de Minas Gerais

Rua Padre Rolim, 120 - São Lucas 30130 090 - BH - MG Fone: (31) [email protected] – www.sinmedmg.org.br

Conselho Diretor - Diretoria Executiva:

Amélia Maria Fernandes Pessôa, André Christiano dosSantos, Cristiano Gonzaga da Matta Machado, FernandoLuiz de Mendonça, Jacó Lampert, Maria Madalena dosSantos Souza, Paulo Eustáquio Marra Pinto. Conselho Diretor - Demais Membros:

Adriano Faustino de Figueiredo, Ana Cristina FonsecaEspínola, Ariete do Perpétuo Socorro Domingues de Araújo,Artur Oliveira Mendes, César Miranda dos Santos, Djard Lisboa Moreira Filho, Edson Freixo, Eduardo Almeida Cunha Filgueiras, Eduardo Vial Faria,Geraldo José Coelho Ribeiro, Leonardo Belga Ottoni Porto,Márcio Costa Bichara, Margarida Constança Sofal Delgado,Milward Antônio de Faria. Conselho Fiscal: Andréa Chaimowicz, Érika Monteiro P.Mourão, José Alvarenga Caldeira, Josemar de Almeida Moura,Maria Luisa Vianna, Raidan de Carvalho Canuto.Ouvidoria Sindical: Ewaldo A. Fraga de MattosJúnior e Helena Pinheiro Garrido.Assessoria de Comunicação: Regina Perillo (MT11.697/SP)/Rosângela Costa (MT 11.320/MG)Jornalista Responsável: Regina Perillo (MT 11.697/SP)Textos e Edição: Regina Perillo (MT 11.697/SP) eLuciana Marcatti (MT 09.384/MG)Projeto gráfico: Zoo ComunicaçãoDiagramação e ilustrações: Genin GuerraFotos: Gláucia RodriguesImpressão: ImprimasetTiragem: 24.500 exemplares

OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE RESPONS-ABILIDADE DOS AUTORES

ARTIGO

A manifestação que realizamos em Bra-sília, no dia 26 de outubro de 2010, repre-senta o posicionamento definitivo das en-tidades médicas em relação às questõesimportantes que têm sido negligenciadas aolongo dos anos. A presença de liderançasmédicas de todos os Estados foi de rele-vância impar neste momento de nova ges-tão da esfera federal.

O governo que termina deixa uma po-pularidade altíssima e é reconhecido pelosbrasileiros como eficiente na esfera das políti-cas sociais. Ainda que os programas de trans-ferência de renda tenham elevado o padrão decidadania de vasta parcela da população,

Nossos desafiosquando observamos especifica-mente ocampo da saúde, verificamos um subfinan-ciamento crônico.

A área da educação teve algumas con-quis-tas, especialmente a extinção da Des-vincu-lação das Receitas da União (DRU) e outrasvinculações, que garantem recursos relativa-mente perenes. A saúde, que, ini-cialmentepela Constituição, teria 30% da seguridadesocial, teve essa vinculação extinta, e hoje adotação é menor que 15% do orçamento daseguridade social. A Emenda Constitucional29 não é regulamentada pela influência degovernadores que desviam recursos do setorpara outros fins. Enquanto isso, assistimos àreeleição ou eleição de par-tidários dessesmesmos governadores em seus Estados, oque demonstra que a preocupação da pop-ulação com a saúde, como indicam aspesquisas, não interfere na decisão do voto.

A mídia constantemente informa os pro-blemas que a população enfrenta no dia a dia,mas não faz uma reflexão consciente sobre osmotivos que levam a essa situação. Recen-temente, o ex-presidente da República, LuizInácio Lula da Silva, recebeu um grupo deblogueiros para uma entrevista e em duashoras de conversa sobre os mais variadostemas não houve uma única pergunta sobrea saúde. Isso demonstra o descolamento dotema da agenda política do país.

Esse, a meu ver, é o principal desafio dasentidades médicas: fazer com que a saúdeseja prioridade na agenda política. Um paísque pretende sediar Copa do Mundo eOlimpíadas, eliminar a pobreza absoluta e sera quinta maior economia do mundo não podemanter o setor com as carências apre-sen-tadas. Em todas as emergências do país,encontramos pacientes nos corredores e salaslotadas com pessoas entubadas aguardandovaga em terapia intensiva. Também faltammedicamentos, materiais, exames labora-tori-ais e profissionais de saúde, especial-mentemédicos. Terceirização de serviços e pre-carização de vínculos de trabalho são atônica em todo o país.

A Federação Nacional dos Médicos(Fenam) avançou significativamente nos

últimos anos. Estamos mais unidos, or-ganizados e presentes. A transferência dasede para Brasília já traz resultados posi-tivos na presença da federação junto àsesferas de poder. A Secretaria de Co-muni-cação desenvolve trabalho importante naqualificação e agilização de nossa es-tratégiade comunicação. A Secretaria de Finanças,com transparência e eficiência, garante otrabalho da federação com os recursosdisponíveis. A Secretaria de As-suntosJurídicos mantém o respaldo e as infor-mações jurídicas necessárias.

Entretanto, a inadimplência da contri-buição sindical é altíssima. Os Conselhos deMedicina, embora tenham a atribuição legalde fiscalizar o exercício profissional, igno-ram a contribuição sindical e não repassamseus bancos de dados para os sindicatosfazerem as cobranças.

Esse é outro grande desafio: garantir ofinanciamento equilibrado e perene parao movimento sindical médico. Não se fazpolítica sem recursos e é responsabilidadede toda a categoria garantir o aportenecessário. A saúde não será representadaà altura de sua importância sem um movi-mento sindical médico forte e combativo.É responsabilidade da liderança conquis-tar a confiança da categoria para per-enizar o financiamento.

A regulamentação da EC 29 em 2011deve ser o nosso principal foco. Devemostambém lançar uma grande campanhanacional para a retirada da DRU sobre asreceitas da saúde, como já foi feito com aEducação. Diversos economistas, inclusivegovernistas, já defendem o fim da DRUsimplesmente por ser desnecessária. Pre-cisamos acumular argumentos para conven-cer o Congresso Nacional e o go-verno daimportância desses recursos para a área. Porfim, outro grande desafio é tornar a Fenamprotagonista na interlocução da categoriamédica com o governo federal e o Con-gresso Nacional. Todos à luta!

Cristiano da Matta Machado, presidente do Sinmed-MG

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O médico Silvio Musman, CRMMG20.768, 47 anos, formado pela UFMG,foi o grande vencedor do sorteio rea-lizado na festa de confraternização, nasede do Sindicato dos Médicos de MinasGerais, dia 17 de dezembro.

Silvio concorreu com outros 5.728colegas que estão em dia com as con-tribuições sindical e social. Esse foi o 12ºcarro sorteado pelo sindicato nos últi-mos seis anos, uma forma de incentivare retribuir aos médicos que valorizam aatuação sindical.

A festa, que já se tornou tradicionalno calendário do Sinmed-MG, marcou ofim de mais uma etapa de lutas e con-quistas da categoria. Ao som de bossanova da cantora Ilka Bresscia, a noite deconfraternização foi muito agradável erecheada de boas conversas.

Premiados valorizam sindicato

Feliz com o seu Corsa Classic 2011,Silvio Musman conta que estava em suaresidência, em Rio Acima, quando re-cebeu a notícia. Até que um colega fosseao telefone, achou que era um trote. "Atéhoje, só fui sorteado para fazer plantãoem reveillon", brinca.

Com um extenso currículo, o feli-zardo da vez é pneumologista e mé-dico do esporte, proprietário da clínicaPulmonar, trabalha no Julia Kubits-chek e na Unimed. Além disso, exercea função de cônsul honorário de Israel.Já foi diretor da Associação Médica emembro da Comissão Estadual de De-fesa do Médico.

Sindicalizado há muitos anos, Silvio

conta que sempre valorizou a atuaçãodas entidades médicas. Para ele, o sin-dicato é fundamental para que o mer-cado não "engula" o médico, e as for-ças se equilibrem. "É impossível ummédico lutar sozinho contra uma pre-feitura e o Estado", afirma. Na suaopinião, ainda existem muitas con-quistas pela frente, como o piso da cat-egoria e o ato médico. "O papel dosindicato é fundamental para que elasaconteçam", diz.

Depois do carro, foi a vez do sor-teio de dois brindes surpresa para osmédicos presentes à confraternização.O aparelho de som microsystem con-templou o médico pediatra Paulo Ro-berto Sobreira de Carvalho, CRMMG29.680. O kit com dois aparelhos detelefones sem fios saiu para o clínicogeral José Augusto Ferreira, CRMMG18.447, presidente da Federação Na-cional das Cooperativas Médicas(Fencom). Uma auditoria independenteacompanhou todo o sorteio.

Paulo Roberto, médico de Betim,entre outros trabalhos, disse que essafoi a primeira vez que compareceu auma festa no sindicato. E justificou:"Vejo que a entidade está mais pre-sente e isso me motivou a vir. Este anopretendo me aproximar mais do sin-dicato e participar mais das lutas dacategoria", afirmou.

Já José Augusto é um frequentadorassíduo da casa. Ele conta que nunca dei-xou de participar de uma reunião do sin-dicato, entidade que considera uma gran-de parceira da Fencom na luta pela defe-sa e organização do trabalho médico.

Festa de confraternização marca encerramento

das lutas de 2010

"2011 é o marco de uma nova década: a da saúde"

SORTEIO

TRABALHO MÉDICO - JANEIRO/FEVEREIRO 2011ESPECIAL 3

Matta Machado fez um balanço de 2010 e falou sobre as expectativas para 2011

O clínico e presidente da Fencom, José Augusto Ferreira,recebe o prêmio do presidente do Sinmed-MG

O diretor Fernando Mendonça entrega oaparelho de som ao pediatra Paulo Roberto

O presidente do sindicato,Cristiano da Matta Machado,fez uma retrospectiva das prin-cipais campanhas de 2010, umano considerado atípico e difí-cil pelo dirigente. No campodo Estado, Matta Machadolembrou a luta dos médicos doJoão XXIII e dos médicos daSES, "que continuam enfren-tando uma situação de desres-peito, tanto por não terem ocargo de médico como pelossalários completamente defasa-dos até em relação aos pró-prios colegas".

Nas prefeituras da RegiãoMetropolitana também foi umano duro, segundo o presidente:"BH fez exclusivamente a re-posição da inflação e Betim im-pôs um acordo. Contagem, queestava com os salários muitodefasados, concedeu um ganhode 16%", relembrou. Ao mesmotempo, o presidente mostrou-seotimista com a disposição deluta e motivação percebidas naassembleia conjunta dos trêsmunicípios, realizada no dia 16de dezembro, no sindicato.

Sob o ponto de vista nacio-nal, o presidente destacou a uni-ão das entidades médicas, umaarticulação importante que au-

menta a representatividade dacategoria junto aos Poderes Le-gislativo e Executivo.

Depois de fazer uma retros-pectiva do país nas três últimasdécadas, Matta Machado disseacreditar que chegou a hora dasaúde: "Os anos 80 foram dereconquista da democracia, deconstrução de um arcabouçolegal que culminou com aConstituição de 88; nos anos90, o Brasil atingiu uma esta-bilidade econômica; na primei-ra década do século XXI,vimos o Brasil assumir a res-ponsabilidade sobre as classesmenos favorecidas. Agora éhora do país resolver algumasquestões que ficaram penden-tes e a saúde é a principal delas.O tratamento que é dado àsaúde tem que mudar. Não dápara continuar todo ano com opires na mão", afirmou.

Otimista, Matta Machadoenviou um recado aos médi-cos: "Tenho a convicção deque se tivermos capacidadede luta poderemos transfor-mar os próximos anos na dé-cada da saúde, e, para isso, ofortalecimento do sindicato ea união dos médicos são fun-damentais".

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"Em 2010,tivemos impor-tantes conquis-tas no interior,resultado de vá-rias negociaçõescom gestores.

Merecem destaque a campanha dosmédicos de Sete Lagoas, que tiveramtodos os itens da pauta de reivindica-ções atendidos; o reajuste nos plan-tões dos médicos do Hospital SãoJoão de Deus, em Divinópolis; e a iso-nomia de salários entre médicos con-tratados e concursados do HospitalMunicipal de Esmeraldas.

Em 2011, pretendemos ampliarainda mais a presença do sindicato nointerior, seja por meio da criação de del-egacias sindicais, coordenação das cam-panhas salariais, promoção de semi-nários e palestras de interesse local eassistência periódica aos médicos quetenham seus direitos desrespeitados.Também temos como objetivo pro-mover uma maior aproximação com opúblico universitário, para fortalecer,desde cedo, a união da categoria nabusca por seus direitos."

Maria Madalena dos Santos e Souza- Defesa Profissional

TRABALHO MÉDICO - JANEIRO/FEVEREIRO 2011ESPECIAL4

Diretoria executiva avalia o ano de 2010 e apresenta os principais projetos para 2011, todos com foco na maior proximidade com os médicos

"A comuni-cação é um de-p a r t a m e n t ovital dentro deuma entidade co-mo o Sindicatodos Médicos,

por isso a diretoria tem uma atençãoespecial com essa área. Já caminha-mos muito, mas o trabalho precisaser aprimorado a cada dia, até mesmoporque sempre estão surgindo novi-dades. O planejamento estratégico dodepartamento para esse terceiromandato do Cristiano teve, por isso,como principal foco aperfeiçoar oscanais de "ida" e "volta" da co-muni-cação com os médicos.

No primeiro aspecto, queremosnos aproximar cada vez mais dosmédicos, levando informações sobreas campanhas, legislação, sobre o queacontece na saúde pública e privada.Para isso, utilizamos atualmente onosso site, o twitter, o jornal “Traba-lho Médico”, folhetos, cartazes emensagens pelos celulares e por e-mail. Mas esse mecanismo precisaainda melhorar, por isso pensamosem uma newsletter eletrônica e emampliar o conteúdo do site.

Na outra ponta, a grande preo-cupação da comunicação é ouvir omédico, proporcionar a ele canaispara que possa dar sugestões e infor-mar sobre o que está acon-tecendoem seu local de trabalho. Nós temosno sindicato a ouvidoria, mas onosso departamento de Co-muni-cação também está à disposição.

Além disso, a comunicação tam-bém trabalha de forma positiva aimagem da categoria nos veículos decomunicação. A presença do sin-dicato na mídia tem aumentadomuito e hoje a instituição é sempreprocurada para se manifestar sobreassuntos ligados a condições de tra-balho e valorização profissional. Porisso, vamos aperfeiçoar essa inter-ação com a mídia, para mostrar asações do sindicato em defesa domédico e da população."

Fernando Mendonça -Comunicação

"A aquisiçãode uma nova se-de foi uma gran-de conquista de2010, um sonhoantigo que setornou rea-

lidade. Vamos poder ampliar os ser-viços prestados, oferecer mais con-forto aos médicos e melhores con-dições de trabalho aos funcionários.Foi uma excelente oportunidade e,antes de 'fechar negócio', fizemosuma avaliação de mercado precisa eum completo planejamento.

Devido a todo esse cuidado, o altoinvestimento não interferiu nas obri-gações financeiras. Continuamos comuma situação equilibrada, porém commais controle e otimização de custos, oque pode ser comprovado em nossas

DEPOIMENTOS

Diretoria fala de conquistas e planos para 2011

"A cada anocresce o núme-ro de médicossindicalizadosque procuram odepartamentoJurídico do sin-

dicato. Para atender essa demanda,aumentamos a nossa equipe de ad-

"O Sinmed-MG está cadavez mais forte eacreditado pelosmédicos. Provadisso está no au-mento do núme-

ro de filiados. Em 2010, foi feito umimportante planejamento estratégicocom o intuito de buscar novos as-socia-dos e ampliar os benefícios para osmédicos, o que foi muito positivo para aimagem da entidade. O sindicato tam-bém investiu num relacionamento maispróximo com residentes e es-tudantes.Apoiamos o movimento dos médicosresidentes e promovemos várias visitasde alunos de faculdades de medicina,mostrando aos futuros mé-dicos o nossotrabalho e estimulando, desde cedo, aconsciência de classe.

Para 2011, temos o projeto de ampli-ar ainda mais o número de sindicalizadose as ofertas de serviços. Quanto às cam-panhas, esperamos uma maior sen-sibi-lização dos gestores frente aos pro-ble-mas da categoria e que as dificul-dadesde negociação que tivemos em 2010não se repitam neste ano".

André Christiano dos Santos - Formação Profissional e Ações Sindicais

prestações de contas periódicas. A ga-rantia da transparência das ações é anossa maior preocupação. Quantomais médicos confiarem em nosso tra-balho, mais filiados conseguiremos equanto mais sindicalizados, mais forçateremos para lutar em defesa da classemédica e ampliar, cada vez mais, osnossos serviços e benefícios."

Jacó Lampert - Administrativo financeiro

"Em 2010,tivemos conquis-tas importan-tes, principal-mente em ter-mos de mobili-zação dos mé-

dicos e de confiança em nosso trabal-ho. Mas ainda temos muito queavançar e que lutar, para que o médicoseja mais respeitado e valorizado e porum sistema de saúde de maior qua-lidade. Por isso, o sindicato, em 2011,vai investir em uma proximidade maiorcom os médicos, ampliando o maillinge incentivando ainda mais as con-tribuições. Pretendemos mudar o sis-tema de registro, trazendo mais agili-dade e organização nos cadastros, fun-damental para manter os médicosinformados sobre a atuação da en-tidade que os representa.

As expectativas para 2011 são boas.Acredito na força e no dinamismo daatual diretoria, composta por médicosque têm espírito de luta, compreensãodos problemas da classe médica emuita disposição e vontade de defend-er o trabalho médico e melhorar o sis-tema de saúde como um todo."

Amélia Pessoa - Secretaria Geral

vogados e estagiários, que ficam à dis-posição dos médicos para consultas,que são realizadas pessoalmente, por e-mail ou telefone.

Entre as principais conquistas de2010 destaco as ações que concedemaposentadoria especial para médicos.Alguns já foram beneficiados pormeio de ações individuais. Agora,estamos aguardando junto ao STF aaprovação do mandado de injunçãocoletiva, para que a análise daaposentadoria especial seja estendidaa todos os médicos e um númeromaior de profissionais possa usufruirdo ganho. Em 2011, pretendemosexpandir ainda mais o atendimento.Algumas ações já estão sendo es-tudadas pelo departamento, para al-cançar novas vitórias para os mé-dicos sindicalizados".

Paulo Marra - Jurídico

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ESPECIAL TRABALHO MÉDICO - JANEIRO/FEVEREIRO 2011 5

Na noite de 24 de dezembro, oSindicato dos Médicos presenteou osplantonistas de 16 unidades de saúde deBelo Horizonte e Região Metropolitanacom uma bela cesta contendo sucos,biscoitos, frutas, chocolates e panetones.A entrega foi feita pelos próprios dire-tores e funcionários do sindicato, quecompareceram de surpresa aos hospitaisOdilon Behrens, João Paulo II, JoãoXXIII, Júlia Kubstchek, AlbertoCavalcanti, Hospital Municipal deContagem, Hospital Regional de Betim,Maternidade Odete Valadares, Ipsemg;e às UPA's Barreiro, Oeste, Nordeste,Norte, Pampulha, Venda Nova e Leste.

Além de ser uma forma de celebrar oNatal com a categoria, o presente, en-tregue pelo segundo ano consecutivo,reforça também a preocupação doSinmed-MG com a qualidade de tra-balho e vida dos médicos, e não apenascom a luta por melhores condições desalário. "Esses profissionais mereceramser lembrados, afinal, numa noite emque a maioria das pessoas festejava com

a família, eles estavam de plantão, pres-tando assistência à população", ressalta opresidente Cristiano da Matta Machado.

Segundo ele, o objetivo do sindicato éestar mais próximo da categoria e ampli-ar a parceria de respeito, confiança e lutaem defesa da dignidade do trabalho."E, em 2011, vamos continuar de portasabertas para nossos colegas".

Surpresa gratificante para os médicos

Vagner Carvalho Rocha, plantonis-ta do HPS João XXIII, afirma que éuma alegria ter a presença do Sinmed-MG na noite de Natal. "Essa iniciativamostra que o sindicato reconhece ovalor do médico, principalmente nessaépoca de confraternização, na qualdeixamos nossos familiares para cui-dar da população".

Quanto às expectativas para 2011,Vagner Rocha espera dar continuidade àparceria com o sindicato, para melhoraras condições de trabalho e lutar por uma

Um carinho especial para osplantonistas na noite de Natal

CONFRATERNIZAÇÃO

Médicos de 16 unidades de saúde de BH e região receberam cestas natalinas

RP Comunicação

O Sinmed-MG convidou o mate-mático Pedro-Waldo Fernandes deCunha para ministrar palestra paraseu corpo de diretores sobre umtema muito pertinente à atuação dosindicato: inflação, poder de comprae negociações na data-base.

Pedro-Waldo é pós-graduado naFundação Getúlio Vargas em Conta-bilidade e Finanças e em Gestão Em-presarial, é diretor administrativo daCooperativa dos Servidores de Cré-dito Mútuo da PBH (Crediserv) e pro-fessor na Prefeitura Municipal de BeloHorizonte.

Ao abrir o evento, dia 2 de de-zembro, o diretor administrativo fi-nanceiro do sindicato, Jacó Lampert,explicou que é objetivo da atualgestão promover palestras comtemas que ampliem os horizontes dadiretoria sobre a economia e sua

Matemático fala para diretoria sobre inflação e perdas salariaisPALESTRA

O matemático Pedro-Waldo ministrapalestra para diretores do sindicato

Entrega de cestas no Ipsemg (acima), UPA Norte e Hospital João XXIII

relação com os movimentos sindicais.Pedro-Waldo iniciou o encontro

definindo a palavra inflação: Inflarvem do latim "inflare", significa en-cher. "Na economia, a inflação acon-tece quando é necessário introduzirmais moedas no mercado. A conse-quência: aumento nos preços".

Ele explica que, para medir a infla-ção, os institutos pesquisam os preçosde determinadas cestas (conjuntos) deprodutos e serviços oferecidos ao con-sumidor, informações que alimentamdois grandes grupos sociais com forteinteresse no resultado apurado: opatronal (industriais, banqueiros, co-merciantes atacadistas, comerciantesvarejistas, governo etc.) e o laboral(metalúrgicos, comerciários, bancários,servidores públicos etc.).

Com a inflação, a moeda perdepoder de compra – compra menorquantidade. "Tal perda pode ser fa-cil-mente quantificada tendo-se em contaque, sob o ponto de vista for-mal, ainflação tem o mesmo tra-tamentoalgébrico da taxa de juros: apura-se aperda em um determinado períodocalculando-se a diferença entre asquantidades compradas nas datas de

início e de fim do período”, dizPedro-Waldo.

"Se na primeira data você compra10 quilos de feijão e na segunda com-pra 8 quilos de feijão, você perdeudois quilos de feijão e essa é a ideiaque eu trabalho com ela", diz.

Seguindo esse raciocínio, o mate-mático mostrou que, numa eco-nomia com inflação, se os saláriossão fixos ao longo do ano, existeuma perda por mês: doze salários,doze perdas que se somam.

A surpresa veio quando o ma-temático apresentou uma tabela deperdas salariais em um ano to-mando como base uma inflaçãopróxima da atual, de 5%: "Se a in-flação é 0,5% ao mês, cada mês eucompro menos, e ao final de umano vou ter uma perda de 31,1831no poder de compra", concluiu.

remuneração digna. "É tempo de lu-tarmos também pela humanização daprofissão, para melhorar a relaçãomédico-paciente e o atendimento àsaúde", finaliza.

A médica Eliana Leal Ciríaco, doHospital Infantil João Paulo II, também

se sentiu honrada com a surpresa."Ficamos muito felizes por saber que,mais uma vez, o Sinmed-MG mostrouque está se preocupando não apenascom o profissional médico, mas o serhumano que precisa de atenção,respeito e dignidade", comenta.

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Reativação imediata da comis-são de revisão dos critérios de clas-sificação do abono de fixação comdefinição de prazo para a con-clusão dos trabalhos;

Transição de todos os médicosceletistas do HOB para estatutários;

Resolução imediata das pendên-cias do Hospital Dia;

Fim da terceirização na rede daPrefeitura Municipal de Belo Horizonte;

Respeito à Portaria 648 do Mi-nistério da Saúde no que se refere àcarga horária e à possibilidade darealização dos plantões;

Publicação imediata da rela-ção dos médicos que fizeram aopção pelo cargo de 40h, semnenhum tipo de redução no ven-cimento, com reabertura do ter-mo de opção para aqueles queainda não o fizeram;

Garantia de 1º de janeiro comodata base da categoria;

Participação paritária dos traba-lhadores no Conselho Gestor doFundo Previdenciário Municipal;

Rediscussão da forma de realiza-ção dos estágios na rede da PBH eprofissionalização da preceptoria;

Participação paritária dos traba-lhadores na definição dos indica-dores de apuração de metas e re-sul-tados, inclusive com a definição demetas para a gestão;

Compensação dos médicos quetrabalham nos pontos facultativos;

Pagamento do 13º salário combase no vencimento do médico enão apenas no salário base, co-mo é feito;

Manutenção do pagamento doabono de urgência em caso delicença médica, como é praticadoatualmente com o Plus do PSF.

TRABALHO MÉDICO - JANEIRO/FEVEREIRO 2011LUTAS SINDICAIS6

A pauta foi definida em assembleia conjunta realizada em 16 de dezembro

PBH

Betim

Contagem

Efetivação imediata dos pontos pen-dentes da Campanha Salarial de 2010;

Aumento do valor nominal do valerefeição para R$20;

Correção dos valores de todos osabonos pelo mesmo índice de correçãosalarial que vier a ser aplicado sobre ovencimento básico;

Pagamento dos adicionais, gratificaçõese abonos nas férias, licença médica e 13º salário;

Garantia da progressão por esco-laridade que implique na mudança deníveis no Plano de Cargos, Carreira eVencimentos do município;

Criação de comissão permanentevisando à discussão e implantação demelhores condições de trabalho;

Revogação do artigo 8º, inciso II,da Lei Municipal 4.874/2009;

Regulamentação da atividade dedocência/preceptoria, conforme ca-pítu-lo 6, artigo 21 da Lei Municipal 2708,que trata do PCCV da saúde;

Pagamento do adicional de dedi-cação integral firmado na CampanhaSalarial de 2009.

Implantação e efetivação da MesaPermanente de Negociação do SUS,com realização de reuniões mensais;

Criação de comissão permanentevisando a discussão e implantação demelhores condições de trabalho;

Aprovação e implantação imediatado Plano de Cargos, Carreira e Saláriosdo município;

Extensão de todos os benefíciosconquistados nesta campanha aosmédicos contratados e vinculados àSecretaria Municipal de Saúde.

PAUTAS ESPECÍFICAS

Sinmed-MG antecipa envio de pauta de reivindicaçõesdos médicos de Betim, Contagem e PBH

O Sindicato dos Médicos de MinasGerais adotou uma estratégia di-fer-ente para dar início à campanha salar-ial 2011 de Belo Horizonte e dos doisprincipais municípios da região metro-politana – Contagem e Betim. Aoinvés de convocar as primeiras assem-bleias para o início do ano, e de formaseparada, realizou uma as-sembleiageral extraordinária (AGE) conjunta,dia 16 de dezembro.

O presidente do Sinmed-MG, Cris-tiano da Matta Machado, explicou queessa foi a primeira vez que o sindicatoconvocou uma assembleia reunindomédicos dos três municípios. O obje-tivo, segundo ele, foi levantar a pauta dereivindicações para envio, já no início de2011, para as respectivas prefeituras."Com essa estratégia, o sindicato quermarcar presença desde cedo nas agen-das das prefeituras, antes que elas anun-ciem qualquer tipo de reajuste para osservidores, sem ouvir os médicos, comoaconteceu no ano passado em Betim",explicou Matta Machado.

Durante a assembleia os médicosmanifestaram grande preocupaçãocom os rumos que a saúde públicaestá tomando, denunciando várias si-tuações de descaso, tanto nos serviçosde urgência como de atenção básica.Uma nova AGE, também conjunta,deverá ser marcada para a primeiraquinzena de fevereiro.

As pautas dos médicos servidoresda PBH e Hospital Municipal OdilonBehrens e dos médicos de Betim fo-ram protocoladas no dia 31 de de-zembro. A de Contagem foi entregueem janeiro.

O que os médicos reivindicam

As pautas possuem pontos comunse outros específicos de cada mu-nicí-pio, contemplando sempre dois aspec-tos importantes da luta sindical: mel-horia dos salários e melhoria dascondições de trabalho.

Quanto às condições de trabalho, sãopontos comuns a garantia de equipescompletas de serviços, com realizaçãode concurso público para preen-chi-mento das vagas; garantia da dis-poni-bilidade constante de medica-mentos,materiais e equipamentos mé-dicos emtodas as unidades de saúde; relação ade-quada do número médi-co/paciente emtodas as unidades de atendimento; epromoção de ações em conjunto comos órgãos competentes de forma agarantir condições mínimas de segu-rança para servidores e usuários emtodas as unidades de atendimento.

No aspecto salarial, os médicos dostrês municípios reivindicam a recom-posição dos vencimentos básicos cor-respondente ao salário mínimo profis-sional defendido pela Fenam, deR$8.594,35, para 20 horas semanais; cál-culo dos adicionais sobre o salário base;e extensão dos benefícios conquis-tadosaos médicos contratados.

Outros pontos comuns aos muni-cípios são: meta de, no máximo, 2 milhabitantes por grupo de PSF, con-forme campanha da SBMFC - "2 milnós damos conta"; e repasse integraldos valores estabelecidos na Portaria3839, do MS, de 7/12/2010, para osmédicos titulados em Medicina deFamília e Comunidade.

BETIM, CONTAGEM E PBH

Assembleia mostrou disposição de luta para as novas campanhas

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TRABALHO MÉDICO - JANEIRO/FEVEREIRO 2011 7LUTAS SINDICAIS

Sindicato pesquisa atuação do médico em Betim

Conhecer a fundo a realidade dosmédicos da Prefeitura de Betim. Comesse objetivo, o departamento de In-formações e Pesquisas do Sindicatodos Médicos de Minas Gerais (Sin-med-MG) realizou, em outubro últi-mo, importante pesquisa com mé-dicos do município, de diversas uni-dades e especialidades.

O questionário, desenvolvido e apli-cado pelo sindicato, aborda ques-tõesrelacionadas à especialidade dos médi-cos, tempo de formado, tempo de atu-ação em Betim, horas trabalhadas sem-analmente na cidade, vínculo tra-bal-

hista, grau de satisfação com o trabal-ho, principais problemas enfren-tadose comparação do emprego em Betimcom outros locais.

"São informações fundamentaispara embasar uma campanha. EmBetim, além de trazer novos dadossobre o perfil do médico que atuano município, o estudo compro-vou que a situação na saúde émuito séria e precisa mudar ur-gentemente", disse o diretor dosindicato e coordenador do depar-tamento responsável pelo traba-lho, Geraldo Ribeiro.

BETIM

O estudo mostra que as más condições de trabalho são o principal problema e que grande maioria

dos médicos está muito insatisfeita

Relatos sobre condiçõesde trabalho em Betim

Caracterização dos médicos entrevistados

A pesquisa pediu aos médicos queapontassem, em ordem decrescente, osquatro maiores problemas na sua áreade atuação. No total, foram relatados225 problemas, agrupados nas se-guintes categorias: más condições detrabalho (47,1%) e baixa remune-ração pelos serviços prestados (22,7%).

Grande maioria estáinsatisfeita com o trabalho

Comparação do empregoem Betim com os demais

Tempo de formado: 18% dos mé-dicos que atuam em Betim têm de 1 a5 anos de formado; 21,3% de 6 a 10anos; 36,1% de 11 a 15 anos; 18% de6 e 10 anos e 6,6% têm mais de 21anos de formado.

Tempo de serviço em Betim: 76,2%dos médicos atuam na cidade há, nomáximo, 10 anos, sendo que a maiorparcela (46%) trabalha há menos decinco anos no município.

Carga horária semanal: prevale-ce o regime de 24 horas, com 56,3%dos entrevistados.

Vínculo de trabalho: aproxima-damente 80% dos médicos parti-cipantes da pesquisa são efetivos e12,5% são contratados.

Especialidades: aproximadamen-te, metade dos médicos que res-ponderam à pesquisa é das espe-cialidades clínica médica (31,3%) epediatria (20,3%). A outra me-tade é formada por ortope-dis-tas; anestesiologistas; cirur-giões gerais, cardiovasculares epediátricos; ginecologistas-obs-tetras e neurocirurgiões.

PROBLEMAS RELATADOS

GRAU DE INSATISFAÇÃO

COMPARAÇÃO DO EMPREGO EM BETIM COM OS DEMAIS

condições de trabalho

remuneração

gestão do serviço

gestão municipal

segurança

outros

insatisfeitos

indiferentes

satisfeitos

Betim é o pior

Betim é o intermidiário

Betim é o melhor

2%6%6%

16%

23%

47%

27,419%

33%

6,452%

65%

2%

66,100%

Na questão de más condições de tra-balho, 42% dos médicos relataram ainadequação das escalas e equipes deplantão incompletas; 30% apontaram aestrutura física inadequada e 28% a faltade materiais, de exames complemen-tares e de equipamentos.

Ainda na aferição da insatisfação dosmédicos de Betim, a pesquisa constatouque, aproximadamente, dois terços dosmédicos participantes (63%) têm pelomenos mais dois empregos. O Sinmed-

Quanto à gestão municipal e de ser-viços, foi apontada a falta de trans-parên-cia, interlocução e organização ina-dequadas e insuficiência da rede de aten-ção no município.

Um quinto dos médicos declaroufalta de segurança para trabalhar.

77% dos médicos disseram que asequipes em que atuam estão incompletas.A pesquisa aponta os dias e as noites maiscríticos. Ainda em relação às equipes insu-ficientes, 80% dos médicos relataram queos plantões são feitos sem um ou doisprofissionais, enquanto 18,2% apontam acarência de até três colegas por plantão.

Do conjunto de 225 problemas, amaior queixa foi a de baixa remuneração.Cinquenta e um médicos relataram esseproblema, o que representa 78,5% dosque preencheram o questionário.

Demonstrados os problemas de con-dição de trabalho e de remuneração, o es-tudo passa a analisar a satisfação dos mé-dicos na sua atuação nos serviços de saúdede Betim", informa Geraldo Ribeiro.

Segundo o diretor, a grande maioriados médicos (66%) relatou a sua insa-tis-fação com o trabalho em Betim, en-quan-to 27% mantiveram uma posição deindiferença e apenas 6% relataram estarsatisfeitos com a atuação no município:"Enquanto 10% deram a nota mínima(totalmente insatisfeitos), nenhum deu anota máxima. No geral, 51,6% dos mé-dicos demonstram grande insatisfação notrabalho em Betim".

A pesquisa mostra também, segundo odiretor, que o grau de insatisfação é maiorentre os médicos que trabalham há maistempo no município. "Em geral é o con-trário, porque com o tempo a pessoa vaiconquistando benefícios, progressão fun-cional, melhores condições de trabalho,incentivos e outros fatores positivos",avalia o diretor. "Essa correlação entretempo de casa e insatisfação é um ter-mômetro importante da inadequação daspolíticas de gestão da saúde no municí-pio", conclui Ribeiro.

MG solicitou então aos médicos quecomparassem o emprego em Betimcom os demais empregos, utilizandouma escala de 1 a 3. Os resultadosmostram que 98,3% consideram oemprego em Betim intermediário oupior em relação aos outros. A grandemaioria afirmou que o trabalho emBetim é o pior dentre os locais ondetêm atuação médica.

Segundo o diretor Geraldo Ribeiro,as informações obtidas por meio des-sa pesquisa são de fundamental im-portância para o trabalho do Sinmed-MG. "Vamos utilizar o documentocomo ferramenta de luta pela me-lhoria das condições de trabalho dosmédicos e da assistência à saúde àpopulação de Betim. Queremos sen-sibilizar as autoridades e a sociedadeem geral para que providências sejamtomadas. Do jeito que está não podecontinuar", declara.

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TRABALHO MÉDICO - JANEIRO/FEVEREIRO 20118 LUTAS SINDICAIS

Sinmed-MG pede soluções para irregularidades nas UAIs

Durante reunião no Ministério Pú-blico de Uberlândia, no dia 14 de dezem-bro, o Sindicato dos Médicos de MinasGerais (Sinmed-MG) solicitou provi-dên-cias urgentes em relação às várias irregu-laridades nas Unidades de Atendi-mentoIntegrado (UAIs), constatadas peloConselho Regional de Medicina (CRM),em outubro de 2010. A vistoria foi real-izada a pedido do Sinmed-MG após ospediatras e clínicos denunciarem os pon-tos negativos das unidades que estão difi-cultando o trabalho e compro-metendo aassistência à população.

A advogada do sindicato Sônia Cou-to– que participou da reunião juntamen-tecom o presidente da entidade, Cris-tianoda Matta Machado; e as delegadas sindi-cais Sandra Faria e Juliana Markus – contaque o relatório emitido pelo CRM apon-tou cerca de 30 irregularidades em seisdas oito UAIs da cidade. Sobrecarga efalta de condições de trabalho para osmédicos plantonistas, falta de medica-mentos e equipamentos e estrutura físicadeficitária são os principais problemas.Além disso, segundo Sônia, foi cons-tata-do que as unidades dos bairros Lui-zote,

UBERLÂNDIA

Mobilização para campanha de 2011

O Sinmed-MG, representado pelodiretor Fernando Mendonça, e mé-dicos da Prefeitura de Ribeirão dasNeves participaram de reunião naSecretaria de Saúde do município, nodia 24 de novembro, para tratar dequestões salariais e melhoria dascondições de trabalho.

Durante o encontro, os médicosexpuseram que não estão exigindo nadamais do que a reposição salarial corre-spondente aos últimos três anos emesmo assim não foram atendidos. Asobrecarga de trabalho também foi umproblema apontado pelos servidores.

O secretário municipal de Saúde,João Marcelo Guimarães de Abreu,disse reconhecer que o salário estavadefasado, motivo da grande evasão demédicos, sobretudo no Centro de

Especialidades Médicas (Cemo), situa-ção que, segundo ele, beira ao caos.

O secretário afirmou que, apesardos esforços, a Prefeitura não con-seguiu repor as perdas em 2010, porfalta de receita e limites impostos pelaLei de Responsabilidade Fiscal, masadiantou que estão sendo tomadasvárias medidas para aumentar a receitae assim melhorar a condição salarialdos servidores em 2011.

Ao final da reunião, João Marcelopropôs que os médicos formatem e con-struam, junto com a Prefeitura, umpacote de “valorização da saúde”, paraser colocado em prática no início do ano.

"Ficou acertado que a Prefeitura faráuma consulta a médicos das diferentesáreas do município para conhecer asprincipais dificuldades e reivindicações.

Prefeitura propõe projeto para valorizar o médico e a saúde

RIBEIRÃO DAS NEVES

Sobrecarga e falta de condições de trabalho são os principais proble-

mas constatados nas vistorias

Cemo: situação beira ao caos

Após essa consulta, será realizada umanova reunião para discutir as propostas eencaminhamentos da campanha 2011",

conta o diretor Fernando Mendonça,lembrando que o sindicato vai ficar "deolho" nas promessas dos gestores.

São Jorge, Morumbi, Pampulha,Planalto e Roosevelt funcionam semalvarás sanitários.

Durante as visitas, o CRM tambémpôde comprovar a veracidade dasdenúncias apresentadas por cerca de50 pediatras das unidades, que elabo-raram uma carta aberta à população,relatando a redução do atendimento

pediátrico noturno, que é feito apenasem quatro das oito unidades, sobre-carregando os profissionais. "Ao rei-vindicarem a abertura de todas asunidades para o atendimento pediá-trico 24 horas, os médicos se apoiamna portaria 2048/02 do Ministério daSaúde, que prevê a presença de clíni-cos e pediatras em todo plantão mé-

dico em qualquer unidade de saúde",explica a advogada.

Todas as denúncias relatadas peloCRM estão sendo apuradas pelo Mi-nistério Público Estadual (MPE),que ficou de agendar uma reuniãoentre Secretaria de Saúde e repre-sentante dos médicos, para discutirpossíveis soluções.

Mobilizados e dispostos a lu-tar por melhores salários e con-dições de trabalho, os médicosda rede pública de Uberlândiaparticiparam, também no dia 14,de uma reunião com o Sindicatodos Médicos para avaliação dasituação atual das unidades desaúde e definição de estratégiasda campanha de 2011.

Aproveitando a oportunidade, osindicato fez uma retrospectiva domovimento de Uberlândia, desta-cando os principais ganhos e gar-galos desde 2006. Entre as con-quistas relembradas, mereceram

destaque a eleição de delegadossindicais, em 2006; o pagamentodo adicional de insalubridade doperíodo de agosto/2007 a abril/2009,em 2009; e o protesto dos pedia-tras das UAIs, que entregaram car-ta aberta à população, MinistérioPúblico, Prefeitura e CRMMG de-nunciando as precárias condiçõesde trabalho, em 2010.

"Foram importantes vitórias, masainda temos muito pelo que lutar.Melhores condições de trabalho esalários mais dignos continuamsendo nossas grandes bandeiras",declara o presidente do Sinmed-

MG, Cristiano da MattaMachado.

Durante a reunião, os médicossolicitaram a criação de uma dele-gacia sindical na cidade. "Temosdelegados muito atuantes e en-gajados, que precisam de uma es-trutura física para realizarem ummelhor trabalho", afirma MattaMachado. Segundo o presidente,no início do ano, o sindicato vaitomar as providências necessáriaspara a instalação.

A primeira Assembleia GeralExtraordinária da campanha de2011 será realizada em fevereiro,

RP Comunicação

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O Sinmed-MG comemora mais umaconquista em defesa da categoria mé-dica: o Tribunal de Justiça publicou, eminício de dezembro, decisão favorável aosindicato julgando improcedente a AçãoCivil Pública proposta pela FundaçãoHospitalar do Estado de Minas Gerais(Fhemig) contra o movimento reivindi-catório dos médicos do Hospital InfantilJoão Paulo II (HIJPII), em 2009.

Na decisão, o desembargador Car-reira Machado considera que durantea campanha reivindicatória não hou-ve desassistência à população, as pa-ralisações não feriram a Lei de Grevee os casos de urgência/emergênciaforam assegurados.

Além disso, "o não preenchimentodos formulários e a não utilização doSistema de Gestão Hospitalar (SIGH),apesar de eventualmente causaremprejuízos à autora, não colocam em

perigo iminente a sobrevivência, asaúde ou a segurança da população,previstas no parágrafo único do art. 11da Lei nº 7.783/89".

Cristiano da Matta Machado, presi-dente do Sinmed-MG, destaca que adecisão "abre um precedente impor-tante para as futuras campanhas dosindicato e reflete o trabalho que o de-partamento Jurídico vem fazendo emdefesa do médico".

Movimento do HIJPII

O movimento dos médicos doHIJPII começou no dia 29 de ju-lho/2009 como uma forma de protestocontra os baixos salários, as precáriascondições de trabalho, equipes incom-pletas e sobrecarga de atendimento.

Em agosto, os médicos iniciaram aoperação "caixa zero" com o objetivo

de pressionar internamente a admi-nistração do hospital. A operação in-cluía o não preenchimento das AIHs(Autorizações de Internação Hospi-talar), de guias de procedimentos dealto custo (quando realizados pelaFhemig) e não utilização do SIGH.

Sem retorno dos gestores, a ca-tegoria decidiu, em novembro domesmo ano, reduzir o número deatendimentos, ficando asseguradosprioritariamente os casos de urgência eemergência. Foi nesse período que aFhemig requereu a antecipação detutela e a procedência da ação paradeclarar ilegal e ilegítimo o movi-mento. Em 10 de novembro de 2009,o pedido da Fhemig foi indeferidopelo desembargador Carreira Macha-do. A publicação, no dia 1º de de-zem-bro de 2010, no Diário Oficial, reiteraa decisão do desembargador.

Falta de profissionais continua

Os médicos do João Paulo II encer-raram o movimento em abril de 2010,mas muitos dos problemas ainda nãoforam resolvidos, segundo a pediatrado hospital e suplente da Ouvidoria dosindicato, Helena Garrido. "Não obs-tante os compromissos firmados pelaadministração no decorrer das últimasnegociações salariais, até o momento,não foram apresentadas soluções con-cretas para a imediata recomposiçãodas equipes em todos os plantões",afirma Garrido.

Ela explica que, apesar da rea-liza-ção de concurso, as vagas não forampreenchidas e nem serão en-quantoo salário continuar como está:"Faltam médicos em todos ossetores e o resultado é uma grandesobrecarga de todos".

Justiça concede sentença favorável ao movimentodos médicos do Hospital Infantil João Paulo II

HIJPII

LUTAS SINDICAIS TRABALHO MÉDICO - JANEIRO/FEVEREIRO 2011 9

RP Comunicação

Os cerca de 150 médicos da Fun-dação Centro de Hematologia e Hemo-terapia de Minas Gerais (Hemominas)estão unidos na luta por seus direitos.Em Assembleia Geral Extraordinária,dia 17 de novembro, eles levantaramuma pauta de reivindicações contem-plando três pontos chaves: equiparaçãoimediata do vencimento básico com osmédicos da Fhemig, reenquadramentona carreira por escolaridade e com-petência da triagem de doadores.

O documento já está nas mãos dogovernador, Antônio Anastasia; do se-cretário Estadual de Saúde, AntônioJorge de Souza Marques; da secretáriaRenata Vilhena (Seplag) e da presidenteda Fundação Hemominas, Anna Bár-bara de Freitas Proiette.

No aspecto salarial, os médicos sequeixam de que o vencimento base doHemominas, que desde 2005 era igualao dos médicos da Fhemig, está hoje20% menor. A categoria pede reajustepara R$3.253, para jornada de 24 ho-ras semanais.

Médicos do Hemominas querem equiparaçãocom Fhemig e progressão por escolaridade

HEMOMINAS

Médicos se reúnem e elaboram pauta de reivindicações

Sobre a triagem, os médicos reivin-dicam que ela seja feita exclusivamentepor médicos e não por enfermeiros. NaAGE, os médicos lembraram um pa-recer do CRM dizendo que a triagem éum ato médico.

Promoção por escolaridade

A questão do reposicionamento ereenquadramento na carreira por esco-

laridade, conforme critérios já fixadosem lei, também foi discutida pelos médi-cos. O sindicato está atento a essaquestão e, inclusive, já encaminhou doisofícios à direção do Hemominas pe-dindo providências.

Segundo o advogado José Costa, noofício datado de 3 de novembro, oSinmed-MG solicitou a imediata pro-moção de todos os servidores da fun-dação que atendam as condições es-

tabelecidas no Decreto 44.308/06.Foi pedido também o pagamentoretroativo de todas as diferençasdos vencimentos que deveriam tersido reajustados desde a data emque tais servidores fizeram jus àreferida promoção.

O Decreto 44.308/06 coloca co-mo requisitos para a promoção a con-clusão do curso superior exigidopara o nível em que estiver po-sicionado na respectiva carreira até odia 30 de junho de 2010; o tempomínimo de dois anos de efetivo exer-cício no nível em que se encon-traposicionado; a conclusão do es-tágioprobatório, com comprovação daaptidão para o desempenho docargo; a apresentação dos docu-men-tos comprobatórios da escolari-dadeadicional; e o mínimo de ava-liaçõesde desempenho satisfatórias.

Os médicos que tiverem dúvi-das podem entrar em contato como departamento Jurídico do sin-dicato para esclarecimento.

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Sindicato presente nas principais lutas dos médicos do PSFFalta de concurso público, sobrecarga de trabalho e baixos salários são alguns dos principais desafios do PSF no Estado

O Sinmed-MG está constante-mente mobilizado para defender osinteresses dos médicos do PSF, in-clusive participando das reuniões damesa permanente de negociações doSUS, em Belo Horizonte.

Além da melhoria salarial e dascondições de trabalho e da im-plantação da jornada de 40h, outraimportante luta é pela retomadadas negociações sobre a revisão doabono de fixação das unidades desaúde. "Estrutura física, distância,equipes incompletas e risco de vio-lência são critérios que devem serlevados em consideração, afinal oobjetivo desse abono é recom-pen-

sar o profissional que trabalha emcondições mais precárias e queenfrentam mais dificuldades", afir-ma o diretor.

Sobre as conquistas, Santos des-taca a campanha vitoriosa do depar-tamento Jurídico contra o descontoprevidenciário indevido no Plus,abono pago ao PSF, que ocorreu atéo final de 2006. "O desconto noabono deixou de ser realizado, mas aPrefeitura não devolveu o valorcobrado indevidamente. O sindi-cato entrou com ação e vem con-seguindo a devolução do dinheiro.Muitos médicos já foram bene-fici-ados", conta.

Lutas e conquistas

TRABALHO MÉDICO - JANEIRO/FEVEREIRO 201110 DESTAQUE

RP Comunicação

SAÚDE DA FAMÍLIA

Em 5 de dezembro foi comemoradoo Dia Nacional do Médico de Família eComunidade. A data foi escolhida porser o nascimento da Sociedade Brasileirade Medicina de Família e Comunidade(SBMFC), em 2002. A SBMFC é únicaassociação nacional que possui o direitode promover concursos para obtençãode título de especialista em medicina defamília e comunidade.

Dados da Sociedade Mineira de Me-dicina de Família e Comunidade revelamque atualmente 10% dos médicos bra-sileiros se dedicam à especialização. "Noinício não havia profissionais preparadospara atuar na área - eram recém-forma-dos ou médicos já no fim da carreira",afirma o médico do Centro de SaúdeDom Bosco, em Belo Horizonte, e dire-tor de Formação Profissional e AçõesSindicais do Sinmed-MG, AndréChristiano dos Santos – que também as-sume a diretoria da Comissão de Con-dições de Trabalho da Associação Minei-ra de Medicina de Família e Comunidade.

Hoje, cerca de 32 mil equipes sãocadastradas no Ministério da Saúde eresponsáveis por dar assistência primáriaa 52,27% da população brasileira. EmMinas, são mais de 3 mil equipes; e, emBelo Horizonte, em torno de 540.

Apesar da evolução, o programaainda precisa superar uma série de di-ficuldades. Falta de concurso público,

sobrecarga de trabalho e baixos saláriossão, de acordo com o diretor, os prin-cipais desafios do PSF no Estado.

Contratos irregulares

A falta de concurso público é umproblema comum em Minas Gerais,sobretudo nas cidades do interior."O vínculo é muito precário, feito abase de contrato temporário, que nãoprevê direitos mínimos, como férias,décimo terceiro, fundo de garantia,

No posto de saúde Dom Bosco, cada equipe é responsável por mais de 4 mil habitantes

licença em caso de doença, entreoutros", afirma Santos.

Segundo ele, o maior empecilho paraa realização de concursos está na remu-neração para 40 horas, que exige umsalário mais alto se comparado ao dosmédicos que trabalham em plantão de20h/24h. "Por isso, a maioria dasprefeituras opta por contratos tempo-rários e quando resolvem fazer concur-so os salários são tão baixos que nãoatraem os médicos", explica o diretor.

Outro problema apontado porSantos é a terceirização do vínculo,como ocorre em Uberlândia e Betim."Em cidades grandes como essas não hájustificativas para a terceirização daatenção primária, uma importante aliadada saúde pública em termos de eficáciade atendimento, prevenção de agravo dedoença e, consequentemente, de redu-ção de custos", ressalta o médico.

Sobrecarga de trabalho

Em Belo Horizonte, a realidade éum pouco diferente. Existe um grandenúmero de concursados e tambémmuitas vagas preenchidas com con-trato. Entretanto, a quantidade de mé-dicos está aquém do necessário. "O nú-mero de habitantes por equipe é muitomaior do que a capacidade de aten-dimento do médico. A média hoje estáentre 4mil/4.500 habitantes, sendoque existem equipes com 6/7 mil pes-

soas sob a responsabilidade. "Além dasobrecarga de trabalho, traz uma sériede conflitos no dia a dia com a popu-lação, e a parte preventiva acaba fican-do mais sacrificada. Tudo isso afasta osmédicos", explica.

Segundo o diretor, o Ministério daSaúde estipula como ideal 3 mil habi-tantes por equipe. No entanto, aSociedade Brasileira de Medicina deFamília e Comunidade propõe que nãopasse de 2 mil pessoas e chegou, inclu-sive, a lançar recentemente a campan-ha "2 mil nós damos con-ta". OSinmed-MG concorda com aSBMFC e já incluiu essa questão napauta da categoria.

Jornada de 40h

Outra questão que o sindicato estáacompanhando de perto é a jornada detrabalho. "Nossa maior luta é pelaimplantação do cargo de 40h, que,mesmo já tendo sido votado e aprovadoem janeiro de 2010, ainda não foi adota-do efetivamente. Trabalhamos até hojecom um cargo de 20h, mais uma exten-são de 20h", conta.

Santos acredita que a explicaçãopara esse impasse esteja na pos-sibili-dade da redução do vencimento dequem optar pela nova jornada.Segundo informações do depar-tamen-to Jurídico da Prefeitura, o abo-no defixação não seria pago dobrado comoocorre hoje na extensão de jornada."Mas o sindicato está atento ecobrando a finalização do processopara a implantação real das 40h, semredução alguma no vencimento, oque será uma grande conquista para acategoria, pois teremos nossos di-reitos garantidos sobre esse mon-tante", declara.

O diretor ressalta, entretanto, que amudança para 40h precisaria vir acom-panhada de um aumento salarial. O sa-lário hoje é a metade do valor mínimodefendido pela Fenam. "Uma jornada de40h exige dedicação exclusiva, mas comoos salários estão muito baixos, os médi-cos acabam firmando outros vínculos etrabalhando mais de 60h por semana.Resultado: não têm tempo para a família,não conseguem se cuidar e adoecem",conclui.

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Padilha no Ministério e Antônio Jorge em Minas: desafios são muitos

TRABALHO MÉDICO - ANEIRO/FEVEREIRO 2011 11GESTÃO

SAÚDE

ERRATA - ACADÊMICOS

ENCONTRO

Fenam comministro

Uma pesquisa realizada pelo Ibo-pe e divulgada no dia 16 de dezem-bro, pouco antes do término do úl-timo mandato presidencial, mos-trava uma triste realidade para quemluta incansavelmente por melhoriasno setor, como o Sindicato dos Mé-dicos de Minas Gerais: apesar daenorme aprovação, Lula ficou adever nas realizações voltadas para aárea da saúde. Segundo a pesquisa,54% dos brasileiros desaprovaram aatuação do governo nessa área. O le-vantamento mostrava ainda que 51%dos brasileiros apontam a saúde co-mo o item que deve merecer aten-ção prioritária do governo Dilma,seguido de educação com 11% e se-gurança com 7%.

"São números que mostram agrande responsabilidade que o novoministro e os secretários de saúde emtodos os níveis têm pela frente", afir-ma o presidente do Sinmed-MG,Cristiano da Matta Machado, queparticipou da posse em Brasília donovo ministro da Saúde, AlexandrePadilha, dia 3 de janeiro. Jacó Lam-pert, diretor do sindicato e daFederação Nacional dos Médicos(Fenam), também esteve presente à

Dois dias após tomar posse, 5de janeiro, o ministro da Saúde,Alexandre Padilha, recebeu emseu gabinete diretores da Federa-ção Nacional dos Médicos (Fenam),entre eles o presidente, Cid Car-valhaes; e o secretário de SaúdeSuplementar, Márcio Bichara, quetambém é ouvidor do Sinmed-MG.

Durante o encontro, foram dis-cutidos assuntos importantes parao movimento médico brasileiro,como a regulamentação da me-dicina, salário mínimo do médico,papel da Agencia Nacional de Saú-de Suplementar (ANS), regula-mentação da Emenda 29 e o re-torno das entidades médicas aoConselho Nacional de Saúde.

"O diálogo com o ministro, jáno início do mandato, foi uma boaoportunidade de expor os pontosfundamentais que a Fenam defen-de para a política médica do país,além de mostrar que a repre-sen-tatividade da federação junto àsesferas de poder está cada vezmaior", afirma Bichara.

Divulgação Fenam

Segundo o presidente, AntônioJorge sempre considerou a valori-zação dos recursos humanos, espe-cialmente dos recursos humanos mé-dicos, o grande desafio do SUS. "Aexpectativa do sindicato é que agora,como titular escolhido para a pasta,ele tenha mais oportunidades derealizar mudanças e haja avançosconcretos nesta interlocução, já queno ano passado houve limitações porcausa da lei eleitoral, de abril até ofinal do ano", diz o presidente.

Matta Machado lembra que emreunião com a diretoria do sindicato,exatamente um ano atrás, AntônioJorge reconheceu que do jeito que ascoisas estão indo "daqui a algunsanos vamos ter que importar médicosde outros paises porque os nossosestão muito desvalorizados". Lembratambém que, na mesma reunião, oentão adjunto da pasta da saúdereconheceu que o piso reivindicató-rio da categoria, estabelecido pelaFenam, para 20 horas semanais, "nãoé nenhum absurdo, visto que muitascarreiras chegam a receber mais deR$20 mil por mês".

Sobre a indicação de AlexandrePadilha, Matta Machado considera onovo ministro "muito capaz tecnica-mente e com um ótimo trânsito não sódentro do governo, mas também noCongresso Nacional, como ex-minis-tro das Relações Institucionais". MattaMachado elogia a equipe que ele estámontando no Ministério, lembrando aescolha do mineiro Helvécio Maga-lhães para a importante Secretaria deAtenção à Saúde (SAS). "Por tudo isso,minha expectativa é muito positiva eestou confiante que, enfim, a saúdepassará a ser prioridade na agendapolítica do governo", afirma.

Médico infectologista, de 39 anos,Padilha é militante petista desde omovimento estudantil. Em setembrode 2009, assumiu a pasta das Rela-ções Institucionais, responsável pelaarticulação política, sendo o ministromais jovem do governo Lula. Na saú-de pública, o último cargo que ocu-pou foi na Diretoria Nacional de Saú-de Indígena da Funasa, entre agostode 2005 e março de 2006.

População considera que saúde deve ser a prioridade

número 1 dos novos governos

Em complementação à matéria“De portas abertas para os acadê-micos de medicina”, publicada naedição passada do “Trabalho Médi-co”, informamos que o sindicato re-cebeu por duas vezes a visita de aca-dêmicos da Faculdade de CiênciasMédicas, acompanhados do professore ouvidor sindical do Sinmed-MG,Ewaldo A. Fraga de Mattos Júnior.

cerimônia, que contou com a par-tic-ipação de várias entidades mé-dicasnacionais.

Dois médicos nas pastas

O governador Antônio Anastasiaoptou pela continuidade na escolha dosecretário estadual de Saúde, para operíodo 2011-2014. O mineiro de Juizde Fora Antônio Jorge Souza Marquesjá vinha, desde janeiro de 2010, ocu-pando a pasta. Uma novidade, anun-ciada junto com o novo secretariado, éa criação de cinco subsecretarias naSecretária de Saúde: Inovação e Lo-gística em Saúde; Políticas e Ações deSaúde; Regulação; Vigilância em Saúdee Gestão Regional.

Antônio Jorge é formado em me-dicina pela Universidade Federal deJuiz de Fora, foi consultor do Mi-nistério da Saúde, assessor da Secre-taria de Estado de Saúde e do Con-selho Nacional de Secretários de Saú-de. Foi secretário de Saúde de Juiz deFora em 1995.

Ao comentar a indicação, o pre-sidente do Sinmed-MG afirma queMarques já vem acompanhando hávários anos a trajetória de luta dosmédicos – primeiro como secretárioadjunto de Marcus Pestana e depoiscomo secretário de Saúde – e que issofacilita a interlocução.

Diretores da Fenam se reunem com o novo ministro

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TRABALHO MÉDICO JANEIRO/FEVEREIRO 2011

ENDEREÇO PARA DEVOLUÇÃO: Sindicato dos Médicos de Minas Gerais – Sinmed-MG

Rua Padre Rolim, 120 - São Lucas - CEP: 30130 090 - BH - MG

ENTIDADES MÉDICAS12

Entidades debatem temas importantes para o futuro da medicina e da saúde no país

FÓRUM NACIONAL

Avaliação do ensino e exame de habil-itação; gestão do SUS e fundação estatal;e atualização e recertificação de título deespecialista foram os principais temas doFórum Nacional das Entidades Médicas,nos dias 8 a 10 de dezembro, em Aracaju(SE). Organizado pelo Conselho Federalde Medicina (CFM), Associação MédicaBrasileira (AMB) e Federação Nacionaldos Médicos (Fenam), o evento reuniucerca de 300 representantes de consel-hos, sindicatos, associações e sociedadesde especialidade de todo o país. Do Sin-med-MG estavam presentes o pre-sidente, Cristiano da Matta Machado; eos diretores Jacó Lampert e MárcioBichara, que também representaram aFenam; e os diretores Geraldo Ribeiro,Eduardo Filgueiras, Ana Cristina Fon-seca, Paulo Marra e Margarida Sofal.

Segundo o secretário da Fenam eouvidor sindical, Márcio Bichara, aideia de se fazer um fórum específicosobre esses temas surgiu durante o XIIEncontro Nacional de Entidades Mé-dicas (Enem), realizado em julho, emBrasília. "Percebemos a necessidade dediscussões mais profundas para es-tim-ular a reflexão das entidades acerca dequestões polêmicas e que têm impactodireto no dia a dia do mé-dico", expli-ca.

Bichara faz uma avaliação bastantepositiva do fórum e destaca a impor-tância de eventos como esse para val-

Os debates sobre a aplicação deexame final para alunos dos cursosde medicina com o objetivo deavaliar a formação médica encer-raram o fórum, no dia 10. Foi con-senso entre os participantes que osegressos precisam passar por umaavaliação sequencial ainda durante aformação, e não somente após ocurso. No entanto, concluíram queas escolas médicas, com toda a

estrutura que envolve o apren-diza-do, também devem ser ava-liadas."Os alunos não podem ser penaliza-dos pelas más condições de for-mação oferecidas pelas insti-tuições", afirma o diretor do Sin-med-MG, Eduardo Filgueiras.

Segundo ele, a avaliação vai per-mitir que modificações sejam reali-zadas no processo de ensino-apren-dizado, visando o aprimoramento téc-

nico e uma melhor formação do pro-fissional da medicina, "o que vem deencontro aos interesses da sociedadeno que se refere à melhoria da quali-dade da assistência à saúde", completa.

Durante o fórum, as entidadesmédicas produziram um texto sobreo tema, para ser entregue aos parla-mentares relatores de projetos de leiem tramitação no Congresso. A pro-posta é que seja implantada, sob a

responsabilidade e coordenação doMEC e com a participação das enti-dades médicas, uma metodologiade avaliação dos alunos de todas asfaculdades de medicina brasileiras,ainda durante a formação, anali-sando o conhecimento e compor-tamento de cada um, o que per-mitirá que novos rumos sejam da-dos ao curso, caso seja identificadaalguma deficiência.

Fórum contou com a presença de cerca de 300 pessoas

orizar o diálogo entre os repre-sen-tantes do movimento médico e fortale-cer ainda mais a presença das entidadesno momento de atuar junto aostomadores de decisões. "Avaliamos osargumentos favoráveis e contrários acada uma das teses apresentadas com oobjetivo de buscar o melhor po-sicionamento e construir possíveisconsensos, sem imposição de de-cisões", aponta.

No primeiro dia do evento, as dis-cussões ficaram em torno da re-certifi-cação de título de especialista e área deatuação. A recertificação trata de aspec-tos ligados à Resolução CFM1.772/2005, pela qual os títulos de espe-cialista e os certificados de área de atu-ação obtidos a partir de 1º de janeiro

de 2006 passam a ter validade de cincoanos. Com a proximidade do fim doprimeiro ciclo obrigatório de recertifi-cação, cresce o interesse em torno doassunto.

Segundo Bichara, todos concor-dam que os médicos precisam semanter atualizados para assegurarao paciente um atendimento demelhor qualidade. "No entanto, acre-ditam que o atual programa deve serrevisto e aperfeiçoado, de forma adeixar ao médico o livre arbítrio defazer as atualizações. Devem serencontradas formas de estimularesse processo sem retirar o direitodos profissionais que já alcan-çaram essa habilitação", comenta.Gestão do SUS

Márcio Arruda

Avaliação dos egressos do curso de medicina

No dia seguinte, foram analisadas edebatidas as propostas de modelos degestão dos serviços públicos de saúde."Além do crônico problema do sub-financiamento da saúde no país, osmédicos estão cada vez mais pre-ocu-pados com a qualificação da gestão,com a adoção de práticas que garantamque o aporte desejado de recursosimplique em uma assistência de melhorqualidade", explica o secretário daFenam e ouvidor sindical.

Sobre as diferentes modalidadesde gestão contempladas pelas or-ganizações sociais e fundações esta-tais, que têm sido testadas em váriosestados, foram destacados os pontosfavoráveis e contrários. Na opinião deBichrara, a terceirização da gestãonão deveria ser implementada dentroda administração pública. "A Fenam eo Sinmed-MG defendem a carreira deEstado e o concurso público, nos-sasprincipais bandeiras de luta", diz.

Ele acredita que as organizaçõessociais e fundações estatais "tiram" doEstado a responsabilidade da execuçãodas ações de saúde. "A saúde precisaser tratada como uma questão deEstado e o Estado Brasileiro possuiinstrumentos e mecanismos suficientespara garantir a gestão dos serviços desaúde", afirma.