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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE – Unifebe EDILSON MENDES DA SILVA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA TPM EM PRENSAS HIDRAÚLICAS NO SETOR DE CONFORMAÇÃO NA EMPRESA ZEN TECNOLOGIA - INDÚSTRIA METALÚRGICA BRUSQUE

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Trabalho executado no setor de produção,TCC. Sendo colocado em prática na empresa ZEN/SA

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Page 1: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE – UnifebeEDILSON MENDES DA SILVA

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA TPM EM PRENSAS HIDRAÚLICAS NO SETOR DE CONFORMAÇÃO NA EMPRESA ZEN TECNOLOGIA - INDÚSTRIA

METALÚRGICA

BRUSQUE

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2010

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EDILSON MENDES DA SILVA

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA TPM EM PRENSAS HIDRAÚLICAS NO SETOR DE CONFORMAÇÃO NA EMPRESA ZEN TECNOLOGIA - INDÚSTRIA

METALÚRGICA

Relatório Final de Estágio apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Administração no Centro Universitário de Brusque – Unifebe.

Orientador: Prof. Walter Gomes dos Santos

BRUSQUE

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EDÍLSON MENDES DA SILVA

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA TPM EM PRENSAS HIDRAÚLICAS NO SETOR DE CONFORMAÇÃO NA EMPRESA ZEN TECNOLOGIA - INDÚSTRIA

METALÚRGICA

Relatório Final de Estágio aprovado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel no Curso de Administração do Centro Universitário de Brusque – Unifebe, sendo aprovado com a nota 9.00 nove pela seguinte Banca Examinadora, em 17de Dezembro de 2010.

_______________________________Prof. MSc. Walter Rodrigues Gomes

(Orientador)

__________________________________Prof. MSc.Vanessa de Souza Fraga

(Membra)

__________________________________Prof. DR.Ivanir Schroeder

(Membro)

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Dedico este trabalho à minha família, Regiane, esposa, e à minha filha, Aline, por entenderem a minha ausência em certas ocasiões, e por não desfrutarem de alguns momentos que poderíamos estar juntos, já que parte de minha

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atenção estava voltada às atividades acadêmicas.

2

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a DEUS por dar-me condições em todos os

sentidos, para esta longa caminhada.

A toda minha família, por acreditar em meu potencial, pela força e incentivo

para conclusão do curso.

Aos meus colegas de classe por sempre colaborar durante as atividades

acadêmicas, ao longo desta jornada acadêmica.

Aos Professores(as) por ter-nos transmitido seus conhecimentos práticos e

teóricos, baseados na realidade do dia a dia.

Ao orientador de estágio Professor MSc. Walter Rodrigues Gomes, pela

disponibilidade de seu tempo, atenção compreensão e colaboração para a

conclusão deste trabalho.

A empresa ZEN S.A. que me incentivou para buscar novos conhecimentos,

disponibilizando recursos ao meu favor, para estagiar nesta organização.

Ao orientador na empresa, o supervisor Alexandro Vieira Sousa, a gerente

de RH Schirlei Knihs Freitas, que não mediram esforços para que este trabalho

fosse concluído.

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RESUMO

Este relatório trata da implantação do sistema TPM no setor de conformação em prensas hidráulicas, da empresa ZEN S.A. A implantação desse sistema se faz necessário devido ao crescimento tecnológico especializado na cadeia produtiva na área de produção, no setor de conformação a frio. Para essa implantação, necessita-se do método de pesquisa qualitativa para que se possam implantar treinamentos operacionais no posto de trabalho, bem como as metodologias do sistema TPM. Por meio da implantação dessa ferramenta precisam-se identificar os pontos necessários para treinamentos operacionais, conforme previamente descritos ou digitalizados pela definição do sistema.

Palavras-Chave: TPM. Sistemas. Produção. Treinamentos. Trabalho.

Page 10: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

LISTAS DE FIGURAS

Figura 1: Elementos do sistema de Produção...........................................................................20Figura 2: Fluxograma de processos..........................................................................................28Figura 3: Elementos do sistema de Produção...........................................................................39Figura 4: Vista Parque fabril.....................................................................................................42Figura 5: Impulsor Inercial.......................................................................................................43Figura 6: Impulsor Maxitorque.................................................................................................44Figura 7: Impulsor de Lamelas.................................................................................................44Figura 8: ...................................................................................................................................44Figura 9: Polias de roda livre....................................................................................................45Figura 10: Impulsor inercial......................................................................................................45Figura 11: Componentes básicos do impulsor..........................................................................45Figura 12: Mapa de localização ...............................................................................................46 Figura 13: Clientes do mercado original .................................................................................47Figura 14: Organograma da empresa .......................................................................................49Figura 15: Fluxograma do processo produtivo.........................................................................50Figura 16: Prensa 121-22..........................................................................................................52Figura 17: Prensa 121-22..........................................................................................................53Figura 18: Formulário anotação do tempo de set-up................................................................54Figura 19: Formulário anotação do tempo de set-up................................................................55Figura 20: Modelo Sistema TPM..............................................................................................60Figura 21: Pontos de lubrificação.............................................................................................68

Page 11: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Indicador do tempo de set-up conformação – ago/2010..........................................56Gráfico 2: Indicadores mensal da eficiência produtiva conformação/2010..............................58

Page 12: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................11

1.1 SISTEMA DE PRODUÇÃO...................................................................................12

1.3 OBJETIVOS..........................................................................................................14

1.3.1 Objetivo geral 14

1.3.2 Objetivos específicos 14

1.4 JUSTIFICATIVA....................................................................................................14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................15

2.1 ADMINISTRAÇÃO................................................................................................15

2.2 ELIMINAÇÃO TOTAL DA PERDA E MELHORIAS FUNDAMENTAIS................18

2.2.1 Conceitos básicos para melhorias em sistema de produção 19

2.3 PROJETO E MEDIDA DO TRABALHO................................................................22

2.3.1 Conceito de projeto do trabalho 23

2.3.2 Especialização da Mão de obra 23

2.3.3 Projeto do trabalho e satisfação dos empregados 24

2.4 ANÁLISE DE MÉTODOS DE TRABALHO...........................................................25

2.5 FLUXOGRAMA DOS PROCESSOS....................................................................27

2.6 MEDIDA DO TRABALHO ....................................................................................30

2.6.1 Estudo de tempos com cronômetros 31

2.6.2 Tempos históricos 32

2.7 DECORRÊNCIA DA TEORIA NEOCLÁSSICA....................................................33

2.8 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL..............................................................................36

2.8.1 Características da organização funcional 36

2.8.2 Vantagens da organização funcional 37

2.8.3 Desvantagens da organização funcional 38

3 MATERIAL E MÉTODO.....................................................................................................403.1 FINALIDADE DE PESQUISA................................................................................40

3.2 TIPO DE PESQUISA.............................................................................................40

3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................41

4.1 CARACTERIZAÇÕES DA EMPRESA..................................................................42

4.2 PRODUTOS DA EMPRESA ZEN S.A..................................................................43

4.3 OS COMPONENTES DO IMPULSOR.................................................................45

4.4 MAPA DE LOCALIZAÇÃO....................................................................................46

Page 13: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

4.5 CLIENTES: MERCADO ORIGINAL .....................................................................47

4.6 POLÍTICA DE QUALIDADE E VALORES............................................................47

4.7 organograma da empresa.....................................................................................49

5 SISTEMA DE PRODUÇÃO DO SETOR DE CONFORMAÇÃO......................................505.1 CISALHAMENTO..................................................................................................51

5.2 RECOZIMENTO/TRATAMENTO SUPERFICIAL.................................................51

5.2.1 Forjamento 52

5.3 MODELO ATUAL DO SISTEMA DE CONTROLE DE SET-UP E EFICIÊNCIA . 53

5.4 SITUAÇÕES DA EFICIÊNCIA PRODUTIVA........................................................56

5.4 INDICADORES DA EFICIÊNCIA PRODUTIVA....................................................58

6 APRESENTAÇÃO DO MODELO PROPOSTO PARA IMPLEMENTAÇÃO DO TPM. .606.1 APLICAÇÕES DAS TÉCNICAS DE TPM.............................................................61

Page 14: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

1 INTRODUÇÃO

Na Década de 70 nasceu no Japão, uma ferramenta chamada Manutenção

Produtiva Total (Total Productive Maintanence – TPM). Esta ferramenta teve como

objetivo aumentar as eficiências das Máquinas pelas eliminações de falhas, por

quebras de Máquinas. Sendo assim, diminuindo o tempo gasto com reparos dos

equipamentos, mantendo uma constante velocidade de trabalho, reduzindo as

pequenas paradas e melhorando a qualidade do trabalho operacional e dos

produtos (WILLINOT, 1994). O sistema TP visa criar ambientes empresariais

capazes de responder positivamente ao clima organizacional em constantes

mudanças dos negócios, ao avanço tecnológico.

A Manutenção Produtiva Total visa a um aprofundamento diante de um

conjunto de atividades de manutenção, que compreende a melhorias de

produtividades geral do equipamento e da organização.

A palavra “Total” significa que todos os colaboradores da empresa estão

envolvidos com o sistema, compreendendo desde a gerência até o operador de

Máquina.

O programa TPM precisa ser difundido e aceito por todos da corporação,

pois as pessoas envolvidas necessitam de total apoio para que possam executar

suas atividades, a fim de que os grupos entendam, e correspondam com aquilo que

o sistema preza, porque os bons resultados dependem de todas as pessoas.

Segundo O Japan Instituti of Plant Maintenance (JIPM) o TPM visa:

• Criar uma cultura corporativa que persiga constantemente à melhoria da

eficácia de sistema produtivo.

• Construir um sistema para prevenir qualquer tipo de perda para atingir o

“zero- defeito e zero - falha zero acidente”, em todo ciclo de vida de um

sistema de produção.

• Abranger todos os departamentos, incluindo: Produção, desenvolvimento,

marketing e administração.

• Exigir envolvimento completo, desde a direção até o chão de fábrica.

• Atingir perda-zero pelas atividades de pequenos grupos.

Page 15: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

1.1 SISTEMA DE PRODUÇÃO

Define-se “sistemas de produção” como um conjunto de atividades e

operações inter-relacionadas, envolvidas na produção de bens (caso Indústria). O

sistema de produção é uma entidade abstrata, porém extremamente útil para dar

uma ideia de totalidade, que é conveniente para a apresentação de inúmeros

conceitos.

Distinguem-se no sistema de produção alguns elementos constituintes

fundamentais. São eles os insumos, o processo de criação ou conversão, os

produtos ou serviços e o subsistema de controle.

Os insumos são os recursos a serem transformados diretamente em

produtos, como as matérias-primas, e mais os recursos que movem o sistema,

como a mão de obra, o capital, as máquinas e equipamentos, as instalações o

conhecimento técnico dos processos (MOREIRA, 1999).

Antes de implantar o sistema TPM será necessário identificar as perdas no

processo produtivo, sejamos por extravios, paradas desnecessárias, paradas não

programados,paradas por manutenção, etc: Pode definir também como paradas e

perdas o desvio de condições ideais e reais.

O sistema Toyota de produção classifica as perdas em sete categorias

(MOREIRA, 1999).

a) Transporte;

b) Estoque;

c) Espera;

d) Movimentação;

e) Correção;

f) Processamento;

g) Superprodução

a) Transporte: Utilização de recursos para a movimentação de materiais,

produtos em processo ou acabados. Geralmente ocorre quando as

distâncias entre postos de trabalho são muito grandes.

Page 16: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

b) Estoque: Caracterizado pelo excesso de inventário entre processos, de

matéria-prima e de produtos acabados. Muitas vezes são utilizados para

minimizar o impacto das ineficiências produtivas.

c) Espera: Tempo desperdiçado por paradas de equipamentos e mão de

obra para esperar pelo próximo ciclo de trabalho, consertos, ajustes, etc.

As quebras de equipamentos levam a grandes perdas por espera.

d) Movimentação: Desperdício relacionado às movimentações dos

operadores. Grandes distâncias entre os comandos dos equipamentos,

local de alimentação de material e posições de operação são as principais

causas de geração desse tipo de desperdício.

e) Correção: Também denominada como retrabalho, é qualquer tipo de

atividade realizada com o objetivo de corrigir alguma falha, seja, no

produto, no ajuste dos equipamentos ou em suas características.

f) Processamento: Atividades de fabricação que não agregam valor ao

produto final. Incluem-se aqui as anotações, marcações indicativas,

amarração de lotes que são feitas pelo operador e que não incorporam

nenhuma característica ao produto.

1.2 PROBLEMA

Muitas empresas ainda não adotaram a implantação da ferramenta TPM

em suas máquinas, tendo em vista a falta de conhecimento ou ainda pouca

informação do resultado que poderá gerar. Esta ferramenta poderá minimizar em

alguns equipamentos gargalos, e perdas de produção. Portanto, o que poderá ser

feito para que mais organizações adotem estes sistemas para ganhar

produtividade e satisfação operacional? )Especialmente em empresas do ramo

Metal Mecânico).

Page 17: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

1.3 OBJETIVOS

Constituem-se objetivos deste trabalho: geral e específicos.

1.3.1 Objetivo geral

Criar uma metodologia para implantação do TPM no setor de conformação

na prensa hidráulica.

1.3.2 Objetivos específicos

1. Identificar as necessidades do sistema;

2. Definir metas para controle de eficiência;

3. Criar metodologia de trabalho;

4. Padronizar os recursos operacionais.

1.4 JUSTIFICATIVA

Aprofundar os conhecimentos adquiridos na universidade e aplicar os

conceitos da TPM (Total Productive Maintenance) como administrador. Também a

estreita ligação da vida do acadêmico com a área produtiva, bem como a

contribuição para melhorar as informações sobre o assunto tratado, tendo como

perspectiva o crescimento profissional.

Page 18: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo é apresentado o embasamento teórico dos principais tópicos

abordados no desenvolvimento do trabalho.

2.1 ADMINISTRAÇÃO

De acordo com as tecnologias e mudanças radicais no mercado de trabalho,

cada vez mais há necessidade de opções diferentes para administrar os negócios.

As pessoas que estão à frente da liderança nas organizações e no mercado de

produtos ou serviços precisam estar preparadas para enfrentar as alterações dos

processos dentro de um mundo competitivo, pois a cada dia novas estratégias de

mercado são lançadas como desafios para os administradores. Portanto, o

administrador precisa estar bem preparado para diagnosticar situações que podem

ser fundamental para as ações de um bom trabalho.

A fabricação de produtos ou a prestação de serviços são atividades

controladas pelas organizações ou conduzidas e planejadas por pessoas. São

empregados recursos não humanos, mais como: matéria-prima financeira,

tecnologias mercadológicas, etc.

A sociedade moderna passa seu ciclo de vida, lutando pela sobrevivência,

vivem em benefício de si e das organizações em que é inserida. Além das

organizações lucrativas, que chamamos de empresas, existem as organizações

não-lucrativas, que são as Igrejas, entidades filantrópicas organizações não-

governamentais, ONGs, etc. Conforme as organizações vão evoluindo, se faz

necessários ocupações de cargos hierárquicos, a fim de que cada função seja

administrada conforme um aparato de estratificação para cada nível

(CHIAVENATO, 1987).

A administração é uma chave principal dentro das organizações, pois as

pessoas exercem seus cargos de acordo com o planejamento da empresa.

Administrar significa que cada um precisa planejar o futuro da organização, a

administração torna-se imprescindível para a existência e sobrevivência das

organizações.

Page 19: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

O bom administrador de uma organização monta suas estratégicas,

diagnosticando cada caso, para que possa traçar e dimensionar processos de

melhorias no intuito de resolver problemas, gerando inovações e desenvolvendo

competitividade para alcançar os objetivos planejados segundo a sua capacidade

de poder, dentro da empresa que está inserido. Não existe uma receita pronta que

diz como ser um administrador correto ou seja, o profissional traça seus objetivos

conforme suas habilidades e competências, gerando condições específicas e

dirigindo vários comportamentos diferentes dentro da organização (CHIAVENATO,

1987).

Administração é a maneira de governar organizações ou parte delas. É o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz. Dentro da organização as pessoas devem ter atitudes que resume no comportamento pessoal do administrador frente às situações com que se defronta no seu trabalho. A atitude representa o estilo pessoal de fazer as coisas acontecer, a maneira de liderar, de motivar, de comunicar e de levar adiante (CHIAVENATO, 2004, p. 22).

Para Katz 2004, o sucesso do administrador depende mais do seu

desempenho e da maneira como lida com pessoas e situações do que de seus

traços particulares de personalidades. Depende daquilo que ele consegue fazer e

não daquilo que ele é. Este autor apresenta três tipos de habilidades técnicas

importante para o desempenho do administrador.

a) Habilidade técnica: depende de seus conhecimentos especializados e de

suas técnicas para conduzir os seus trabalhos, seguindo os

procedimentos de realizações, as habilidades técnicas estão relacionadas

com o que fazer dentro dos procedimentos traçados pelo administrador.

b) Habilidades humanas: está relacionada diretamente em saber lidar com

pessoas, já que o administrador deve ser o líder; as pessoas que as

conduzem devem segui-las de forma confiável seja individual ou em

grupos, o administrador precisa ter perfil para lidar e relacionar com as

pessoas, e necessário saber comunicar motivar coordenar para que o

grupo seja unido, sendo assim, fica fácil de desenvolver projetos, tendo a

participação de todos os integrantes da equipe.

c) Habilidades conceituais: é o conceito de cada organização, trabalhar com

ideias novas. O administrador precisa conhecer as habilidades

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Page 20: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

conceituais para que possa desenvolver técnicas relacionadas ao seu

ambiente de trabalho. Essas habilidades estão relacionadas ao pensar

como raciocinar como diagnosticar as situações e formações de

alternativas de soluções de problemas.

O administrador precisa conhecer a missão e empregar a visão para que

possa desenvolver projetos que ainda ninguém desenvolveu dentro da organização,

com isso ele garante sua empregabilidade. Diante disso, ele conquista espaço e

confiança dentro de seu posto de trabalho. À medida que as pessoas sobem de

cargo, precisam desenvolver habilidades conceituais, pois para cada nível

hierárquico há necessidade de trabalhar com raciocínios e não somente com os

conhecimentos técnicos, ou seja, técnicas que ficam dimensionadas para o chão de

fabrica, área em que os processos são executados.

Para que o administrador seja bem-sucedido em sua carreira, ele precisa

desenvolver três competências duráveis:

O conhecimento;

• A perspectiva;

• A atitude

O administrador deve constantemente atualizar seus conhecimentos, porque

a cada dia, novas técnicas de trabalhos são desenvolvidas no mundo. Para quem

quiser ficar e manter sua estabilidade profissional é preciso se atualizar e pôr em

prática os seus conhecimentos, isso em benefício das organizações. Ter

conhecimentos e habilidades não necessariamente significa ser um bom

administrador, mas necessita colocar-se à disposição da empresa em que atua,

para que possa ser um profissional bem-sucedido.

Perspectiva enquanto habilidade conceitual significa colocar em prática todo

seu conhecimento, ter raciocínio lógico, fazer análises para que possa resolver

problemas com facilidade, ser um referencial em relação aos demais. A perspectiva

diz que o administrador tem que dispor de seus conhecimentos para inovar, criar e

desenvolver formas de melhorar projetos. O conhecimento e a perspectiva não são

suficientes para que seja um bom administrador. Além disto preciso ter atitudes,

comportamento ativo e proativo; ter ações que sempre deve ser realizada junto com

os membros de sua equipe, compartilhar problemas e achar soluções para resolvê-

17

Page 21: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

las; ter forte impulso para que todos participem com entusiasmo e determinação,

fazendo que o trabalho seja sinônimo de motivação e compromisso de todos.

2.2 ELIMINAÇÃO TOTAL DA PERDA E MELHORIAS FUNDAMENTAIS

SHINGO SHEGEO

As melhorias dentro das cadeias produtivas são constantes, porque os

processos não param de ser modificados ou inovados. A cada dia novos desafios

são lançados para eliminar perdas dentro dos processos de fabricação, as

empresas trabalham fortemente para diminuir seus custos para tornar mais

competitivas.

Na década de 1890, Taylor, Frank B. Gilbreth e sua esposa Lillian Gilbreth

desenvolveram um sistema de melhorias com algumas técnicas e métodos para

eliminar perdas durante os processos.

Taylor utilizava técnicas analíticas e temporais, usando o raciocínio científico.

Os Gibrith analisavam os métodos que iam ao encontro do objetivo, que era

desmembrar o status em unidades elementares dos movimentos chamados

Therbligs. Esses métodos são feitos devido ao fator trabalho, sendo que são

desenvolvidos pelas análises de tempos e métodos, ou seja, cronometragens das

atividades desenvolvidas pelos operadores. Essas análises são desenvolvidas e

acompanhadas por amostragens instantâneas, por meio de histogramas e gráficos

de controle para definição do quadro atual da qualidade.

Além dos sistemas citados tem algumas ferramentas que auxiliam na

diminuição e redução dos tempos de set-up (trocas de ferramentas) Quais sejam:

controle de qualidade zero (CQZ), zero de defeito, as quais são inspecionados os

produtos diretamente no posto de trabalho, e controlados pelo sistema POK-YOKE

(Prova de erros).

18

Page 22: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

2.2.1 Conceitos básicos para melhorias em sistema de produção

De acordo com Willinot (1994) o sistema de melhorias de produção se dá

devido aos trabalhos desenvolvidos na Toyota, no Japão. Os processos de

melhorias levam as empresas, que estão acomodadas, a despertarem para a

redução dos custos internos, pois os concorrentes estão batalhando para que

consiga colocar produtos com baixo custo e alta qualidade. A competitividade,

atualmente, está sendo cada vez mais um fator preocupante para empresas que

não desenvolve programas de qualidade e redução de custos.

Segundo Augusto (1999), o sistema de produção é definido como um

conjunto de atividades para produzir bens e serviços, sendo operações inter-

relacionadas. Este sistema é um conjunto de atividades técnicas que desenvolve

alguns processos básicos, tais como o processo de criação e conversão os

produtos ou serviços e o subsistema de controle. Os insumos como matéria-prima,

por exemplo é transformada em produtos de acordo com os processos existentes

para cada ramo de atividade, com a função e operação de máquinas e

equipamentos pessoas, ou seja, mão de obra. Todas essas atividades juntas

transformam a matéria-prima em produtos acabados, que serão expostos no

mercado, atendendo às expectativas dos clientes e consumidores finais.

INFLUÊNCIAS E RESTRIÇÕES

INSUMOS PRODUTOS

E/OU SERVIÇOS

19

PROCESSOS DE

CONVERÇÃO

Page 23: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

SUBSISTEMA DE CONTROLE

Figura 1: Elementos do sistema de ProduçãoFonte: PETER,(2002).O sistema, ilustrado na figura 1, visa seguir o fluxo correto das atividades

dentro dos processos produtivos. As atividades devem ser seguidas conforme os

programas internos das organizações. Esse sistema deve ser obedecido de forma

que as programações cumpram os padrões, e os recursos de controle precisam ser

seguidos para ter eficácia dentro do controle de qualidade desejado.

O sistema de produção não executa as atividades sozinhas, precisa

promover um monitoramento, no entanto existem três elementos básicos para obter

a produção. Esse sistema sofre influência de fatores internos e externos. No caso

do ambiente interno, o processo produtivo depende de atividades de outros setores

da empresa ou outras áreas funcionais, tais como: Marketing, Finanças, Recursos

Humanos, etc., sobre estas áreas todas podem ocasionar impactos dentro da

organização.

A área de Marketing é responsável pela demanda para os produtos da

empresa, assegurando ou satisfazendo as necessidades dos clientes, e

desenvolvimento de novos produtos e visualizando novas oportunidades de

mercado.

A área de Finanças deve preocupar-se em adquirir recursos para novos

investimentos na empresa, bem como controlar o financeiro de forma que a

empresa possa ter capital de giro para não passar por dificuldades financeiras.

Os recursos humanos, por fim, precisam complementar sua ação dentro de

sua área, fazendo a contratação de mão de obra, assim como treinando e

capacitando para exercer suas funções dentro de cada posto de trabalho, além de

fazer negociações com sindicatos, salários dos colaboradores, etc.

Ainda dentro do sistema de produção tem-se a classificação, sobretudo em

função de fluxo do produto, sendo um acompanhamento do planejamento de

produção e seguindo as técnicas existentes. Como função particular alguns

projetos que possibilitam racionalizar a apresentação didática, sendo que os

sistemas de produção são agrupados em três grandes categorias Willinot (1994)

Sistema de produção contínua ou de fluxo em linha;

a) Sistema de produção por lotes ou por encomenda (fluxo intermitente);

b) Sistema de produção de grandes projetos sem repetição.

20

Page 24: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

O sistema de produção contínua ou de fluxo em linha precisa ser obedecido

conforme os padrões estipulados dentro dos processos produtivos. Para cada

operação existe um roteiro de fabricação padronizado que deve seguir todas as

etapas de cada posto de trabalho, de uma sequência lógica e prevista. Cada

operação deve ter seu tempo exato, para que a operação subsequente não pare os

processos por falta de material.

No caso do sistema de produção intermitente, a empresa fabrica os produtos

em lotes, conforme pedidos e especificações dos clientes. Após o término da

produção nas máquinas, automaticamente o operador coloca outro tipo de produto,

sendo que o produto anterior só voltará a produzir mediante pedido pelo cliente.

Para esse tipo de sistema, os operadores e equipamentos são tradicionalmente

organizados em centros de trabalhos, por tipo de habilidades, operações ou

equipamentos, agrupados em conjunto, definindo um tipo de arranjo físico

conhecido como funcional ou por processos. Para esse tipo de processo, os

operadores precisam ter uma capacidade técnica aguçada, a fim de efetuar

bastantes trocas de produtos, pois de acordo com a diversidade de produtos

existem vários set-up (Troca de ferramentas) durante a jornada de trabalho.

O sistema de produção de grandes projetos sem repetição normalmente é

bastante diferenciado dos outros dois anteriores, sendo que a produção é única, o

produto levará um longo período para ser produzido, normalmente não há

repetitibilidade, a mão de obra é muita especializada, e não há fluxo do produto.

As organizações encaravam a diminuição de custos: Compra de matéria-

prima mais barata, custo mais baixo com mão de obra, custos indiretos mais baixos.

Por outro lado, reconheceu-se que uma das reduções de custos estava ligada com

os estoques altos. A Toyota, por exemplo, observou que diminuindo os estoques o

custo automaticamente diminuía desta forma, produzir somente o necessário teria

um capital de giro maior dentro das organizações.

Para implantar o sistema de estoque zero, a Toyota traçou alguns objetivos

concentrados em duas políticas especificas: P eter, (2002)

Reduzir drasticamente os tempos de atravessamento, ou seja, reduzir o

tempo de set-up (troca de ferramentas), sendo que dando condições para que o

operador execute a troca de ferramentas em menor tempo possível.

Evitar a superprodução, fabricando lotes mínimos, pois ao diminuir os lotes

faz que o tempo de entrega passa ser rápido.

21

Page 25: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Reduzir os tamanhos dos lotes significa: Redução de tempo de produção,

diminuição no transporte, redução de refugos e diminuição de mão de obra.

A técnica da troca rápida de ferramentas (TRF) visa reduzir ao máximo o tempo gasto em set-up, ou seja, na preparação da máquina. O tempo de set-up é o tempo que decorre desde a saída da última peça boa da produção do lote anterior até a primeira peça boa do lote seguinte Cabe ressaltar que, neste trabalho, o tempo de set-up foi considerado como o tempo transcorrido entre o preparador iniciar a preparação da máquina e a produção da primeira peça com as características solicitadas. Deste modo, foi desconsiderado o tempo transcorrido desde a fabricação da última peça do lote anterior até o início da preparação para fabricar o lote seguinte. Essa definição foi adotada, visto que, este intervalo de tempo não necessariamente pode ser gerado por ineficiência de processo de set-up, mas, por exemplo, de um intervalo entre turnos de trabalho. Além disso, cabe salientar que a definição adotada neste trabalho não considera os set-ups realizados durante a produção, tais como a troca de uma ferramenta danificada por uma nova (BLACK, 1998,).

2.3 PROJETO E MEDIDA DO TRABALHO

É sem dúvida dizer que as empresas dependem exclusivamente de seus

colaboradores, pois sem eles, os planejamentos organizacionais não existiriam.

Ninguém duvida de que funcionários bem-motivados conduzem à elevação dos

resultados obtidos em uma organização. Se eles estiverem bem entrosados e

animados com o trabalho, influenciam diretamente na produtividade e qualidade dos

produtos e serviços, fazendo que a empresa seja totalmente competitiva. As metas

e objetivos pessoais muitas vezes não são da mesma proporção que as das

empresas, mas cada um deve estabelecer seus objetivos para alcançar suas metas

e, consequentemente, as metas das organizações, já que cada indivíduo tem suas

necessidades, assim como as empresa. Todas as pessoas sabem que existe um

conflito em humanos e organizações, as pessoas ficam frustradas pelos deveres

que chefes impõem sobre elas e, às vezes, ficam mal-humoradas, e acham que a

cada mudança de processo ou atividades merecem ser reconhecidas por meio de

remuneração salarial.

Gozzi (1991) diz que devemos deixar de lado tais problemas de adequação

ao trabalho apenas porque existem outros talvez mais imediatos, O problema

homem – trabalho deve ser atacado dentro da companhia antes mesmo que se

torne crítico, até mesmo antes que se manifeste em nível preventivo.

22

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2.3.1 Conceito de projeto do trabalho

O conceito trabalho, às vezes, é visto de uma forma vaga, sendo que

achamos que trabalho somente é executado por pessoas que estão registradas em

organizações e atendimento de serviços gerais. Às vezes compreende-se o trabalho

com uma tarefa, embora possa acontecer de que pessoas estejam desempenhando

algum grupo de tarefas totalmente diferente, ou até mesmo dois ou mais trabalhos

diferentes, sendo associado para cada indivíduo, um conjunto específico de tarefas

as quais chama-se de trabalho.

Cada organização tem seu método de trabalho espalhados pela fábrica, cada

método corresponde a um critério pelas unidades funcionais. O objetivo do trabalho

é desenvolver e planejar projetos que criem um ambiente produtivo; no qual cada

pessoa saiba o que fazer e como fazer no momento certo.

O projeto do trabalho pode ser visto e perguntado de três ângulos diferentes,

Gozzi.

1. Quais os requisitos do projeto do trabalho em relação à satisfação dos

funcionários?

2. Como sistematizar a busca dos métodos de trabalhos, isto é, quais são as

técnicas desenvolvidas tanto para documentar um método atual quanto

para propor outros métodos alternativos?

3. Como efetuar a medida do trabalho, ou seja, registro de tempo necessário

para fazer o trabalho de maneira que possam ser estabelecidos padrões

de tempo contra os quais comparam o desempenho do empregado?

2.3.2 Especialização da Mão de obra

É fundamental observar os fundamentos que fazem parte sobre a ênfase de

colocar a tarefa a ser executada por pessoas e adequar o homem a ela. A

especialização das pessoas são características do mundo moderno, quando trata o

homem especialista dizemos que ele se forma em uma determinada área

específica, sendo que perguntamos: em que se formou? Se for médico, mecânico,

23

Page 27: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

químico entre outros. Quando se trata de especialização de um trabalho dentro de

uma área fabril ou em serviços, o sentido é que ligeiramente define-se uma

diferença entre pessoas especializadas como: advogado, médico veterinário, etc.

Embora as raízes de especialização já passa décadas, atualmente ainda

temos defasagem de mão de obra especializada e qualificada. Muitas pessoas

entram no mercado de trabalho sem qualquer noção ou especialização,quando

ainda não definiram o que querem. As vezes ficam de um lado para o outro,

procurando trabalho, mas no sentido de receber salários e não em focar em

determinada área que possa definir qual o seu ramo de atuação, ou qual a sua

especialidade. Além da vantagem da especialização, a pessoa preparada traz uma

rentabilidade e produtividade. Se ela estiver qualificada em uma determinada área,

além de adquirir habilidades que possam favorecer a si mesma dentro da

organização organizacional, Gozzi.

2.3.3 Projeto do trabalho e satisfação dos empregados

O projeto do trabalho consiste na especialização de atividades altamente

repetitivas, com isso pode gerar certo grau de insatisfação, absenteísmo, e às

vezes pouca produtividade por parte de quem executa. Uma das estratégicas que

devem ser verificadas nas organizações é pagar salários melhores, prêmio por

participação nos resultados, prêmios de produção. Em consequência, existirá o

aumento de produtividade. Isso é uma forma de satisfazer e incentivar o

empregado, mas às vezes essas técnicas nem sempre devem ser empregadas,

pois as empresas podem adotar outras maneiras para despertar e motivar os

colaboradores. Essas outras técnicas podem chamar de técnicas motivacionais.

Diante disso conta com algumas que podem ser empregadas nas organizações.

Essas alteração do trabalho poderão torná-los mais atraentes, poderão ser

divididas em duas categorias básicas.

• Técnicas que aumentam a variedade do trabalho;

• Técnicas que atuam sobre a duração do trabalho.

Além das técnicas existentes pode citar outras estratégicas que podem

contribuir com o aumento de satisfação dos empregados.

24

Page 28: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Pode delegar mais atividades no trabalho, além daquelas que o empregado

já executa. Para o acrescento dessas atividades, o empregado não precisam ter

mais habilidade para executar, pois essas atividades adicionais necessitam da

mesma habilidade dos serviços anteriores.

Para esta nova técnica, os operadores precisam trabalhar em forma de

revezamento, trocando constantemente de funções dentro do seu próprio setor de

trabalho. Esse procedimento tem sido usado, especialmente em linhas de

montagens, com isso aumenta o nível de conhecimentos dos funcionários, porque

assim conhecem diversas áreas de atuação no posto de trabalho, facilitam para o

gestor, a substituição da mão de obra, em caso de ausência do trabalhador no

posto de trabalho.

Segundo Herzberg,2000 existem fatores que inibem a satisfação do

trabalhador, denominada por ele de fatores de higiene. A presença de fatores como:

boa condição de trabalho e ambiente, salários justos e supervisão adequada, são

imprescindíveis para que haja condições de satisfação. Por outro lado, fatores como

oportunidades de auto realização, reconhecimentos pela qualidade e dedicação no

trabalho, gera atratividade do próprio trabalho.

2.4 ANÁLISE DE MÉTODOS DE TRABALHO

Nas organizações, tornou-se prática analisar os métodos de trabalhos já

existentes, sendo também analisados os métodos dos projetos que já estão em

fase de desenvolvimento. No caso de empresas do ramo industrial ficam a cargo

dos engenheiros da fábrica e engenheiros industriais, sistemas de métodos,

tempos e métodos, a responsabilidade para estas análises de métodos de

trabalho. Em caso de alguma particularidade nos processos de trabalho, todos

conversam para tomar alguma ação de forma que chegue a um denominador

comum.

Se a forma de trabalho já estiver operando de forma normal, o analista de

métodos estará avaliando para que possa melhorá-los, com base em alguns

critérios, que tenha que melhorar o sistema de metodologia de trabalho, bem como

a produtividade em situações diversas.

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Segundo alguns especialistas, o profissional analista de métodos precisa

desenvolver técnicas para aumentar a produtividade em 15% sem comprar novos

equipamentos, apenas com a análise racional. Esse valor é baseado em

experiências já vividas dentro das organizações, mas ainda podem ser sugeridos

debates para chegar a um valor mais aguçado, porém para refiná-lo, a

organização precisa trabalhar com outras ferramentas que possam atacar em

detalhes específicos, tais como arranjo das ferramentas e utensílios no local dos

trabalhadores. E os movimentos do operador ao realizar o seu trabalho. Existem

outras formas e fontes mais comuns que podem auxiliar nestes estudos de

métodos dentro da área produtiva. Uma das formas utilizadas é a mudança dos

equipamentos ou ferramentas, as alterações no projeto do produto ou serviço

processos e alterações na utilização de novos materiais.Drucker 1986.

Podem existir outros critérios que justificam uma análise de trabalho, que

pode ser sugerido por gerentes ou supervisores, e que esta análise necessita que

seja constado algum tipo de problema. Ela pode ser feita, valendo-se de algum

plano mais geral, tendo uma revisão de métodos ou melhorias de produtividade.

Também pode ser um estudo de quaisquer trabalhos altamente repetitivos, ou que

depende do fator humano, ou alguma dependência que possa ser prejudicial para

o trabalhador, que pode evolver o fator segurança (ruído, poeira, etc.). Para estas

análises existem alguns passos que devem ser seguidos, Drucker.

A identificação da operação a ser estudada, e implica em conhecer o local

de trabalho, identificar e obter informações sobre os equipamentos e ferramentas

utilizadas, descriminar o roteiro de fabricação dos trabalhos, identificarem os

materiais utilizados, e levantar dados que o especialista julgue necessários para

que possa aprofundar na situação em que está sendo analisada, Drucker.

Sejam operações antigas ou projetos em desenvolvimentos, os analistas e

engenheiros precisam ouvir os operadores nos postos de trabalhos, pois são eles

que estão no dia a dia, executando as tarefas, desta forma consegue levantar

informações precisas para que facilite o trabalho de análise e métodos.

O próximo passo é a documentação das operações, as quais são

apresentadas por meio de fluxogramas. Se essas operações já possuem

fluxograma, demonstram o método inicialmente utilizado, caso a operação não

exista, estando no plano da previsão ainda, a documentação é necessária, o que

pode ser feito, com base nas informações já existentes.

26

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2.5 FLUXOGRAMA DOS PROCESSOS

O fluxograma de processos é uma representação gráfica, que se consegue

visualizar com maior precisão o que ocorre com o material ou conjuntos de

materiais. Nessa visualização é possível incluir peças e subconjuntos de montagem,

sendo uma sequência bem-definida para cada fase dos processos produtivos. Por

intermédio do fluxograma pode visualizar-se as principais atividades da empresa, o

que possibilita compreender como o trabalho é executado identifica-se ainda

redundâncias de interações tanto no âmbito interno quanto, no plano à organização.

VANTAGENS DO FLUXOGRAMA

Uma das vantagens do fluxograma se assemelha à de usar mapas. Por

exemplo, tanto o mapa quanto o fluxograma mostra como os diversos elementos se

relacionam, conforme exemplificado na figura 2.

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Page 31: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Figura 2: Fluxograma de processosFonte:http://www.eps.ufsc.br

Para a montagem do fluxograma tem-se alguns símbolos que caracterizam

sua função Peter, (2002)

Operação: Retângulo: Usa-se este símbolo sempre que ocorrer uma

mudança no item. Ela pode ocorrer pela execução de trabalho, atividade de uma

máquina ou pela combinação de ambos. É usado para mostrar uma atividade de

qualquer natureza, desde fazer um furo na peça até o processamento de dados

num computador. Normalmente, inscreve-se no retângulo uma curta descrição de

atividade realizada. Peter, (2002)

Descrever a atividade

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Page 32: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Movimento/ transporte: Seta grossa. Usa-se uma seta grossa para indicar

movimento da saída entre localidades (por exemplo, mandar peças para o

almoxarifado, postar ema correspondência).

Ponto de decisão: Losango. Utiliza-se um losango no ponto do processo em

que a decisão deve ser tomada. As sequências de atividades a seguir dependerão

da decisão tomada. Por exemplo: Se a carta estiver correta, ela será assinada. Se

estiver incorreta, será redatilografada. Tipicamente, as saídas do losango são

assinaladas com as opções (por exemplo, sim - não, verdade-falsa).

Inspeção: Circulo grande. Use um círculo grande para indicar que o fluxo

do processo é interrompido, para que a qualidade da saída possa ser avaliada.

Normalmente envolve uma operação de inspeção realizada por alguém que não

seja a pessoa que executou a atividade anterior. Pode também indicar o ponto em

que uma assinatura de aprovação se torne necessária.

Documento impresso: Retângulo com fundo ondulado. Este símbolo

para mostrar quanto à saída em uma atividade inclui informações registradas em

papel (por exemplo, relatório escrito, cartas, listagens de computador).

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Page 33: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Espera: Retângulo de lados arredondados. Use este símbolo, que às

vezes é chamado de bala (munição), quando um item ou pessoa precisa esperar,

ou quando um item é colocado num estoque temporário, antes que a atividade

programada a seguir seja executada (por exemplo, esperar um avião, esperar uma

assinatura).

2.6 MEDIDA DO TRABALHO

Até o momento analisa-se os estudos dos trabalhos operacionais de forma a

satisfazer suas expectativas, visualizados pelo fluxograma do processo, diagramas

homem-Máquina e estudos sobre o movimento do operador no seu posto de

trabalho. Agora precisamos medir o intervalo de tempo em que leva entre uma

operação e outra de forma completa. Para essa análise precisa-se determinar o

tempo padrão que é obtido por vários métodos, e levando em conta várias

considerações tanto para o operador como para o método de trabalho. Para

determinar o tempo padrão necessita-se efetuar uma tarefa que possui pelo menos

duas grandes utilidades.

1. Serve para estudos posteriores que visem determinar o custo industrial

associado a um determinado produto.

2. Serve para analisar, pela redução ou não do tempo padrão, se houver

melhorias de trabalho quando se faz um estudo de métodos.

Para determinar o tempo padrão, existem quatro formas de medir o obter os

resultados Peter, (2002)

Estudo de tempos com cronômetros;

a) Tempos históricos;

b) Dados padrões pré-determinados;

c) Amostragem do trabalho.

Para cada uma dessas análises existe uma forma específica, tendo

vantagens e desvantagens, adaptando-se melhor ou pior às situações práticas.

30

Page 34: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Pode citar alguns estudos que leva a cronometragem, introduzindo alguns

conceitos que serão úteis na explanação das demais formas de medida.

2.6.1 Estudo de tempos com cronômetros

Para que possam chegar ao tempo padrão de uma operação, temos dois

tempos que podemos determinar sobre a mesma operação: O tempo real e o tempo

normal.

O tempo real é aquele decorrente da execução de uma operação executada,

sendo que a medida é obtida pela cronometragem do próprio operador, e que pode

variar de acordo com cada operador ou em ocasiões distintas, já que o operador

pode estar bem em um dia, e no outro ele pode estar cansado, ou com algum tipo

de problema, assim, o resultado pode ser diferente. De acordo com esses fatos, o

cronometrista deve fazer um número maior de cronometragem, a fim de que possa

ter uma média de tempo suficiente para obter um valor médio real com certo grau

de confiança. Peter, (2002)

O tempo normal é aquele que é requerido para um operador completar sua

atividade ou operação, com uma velocidade normal de trabalho. Essa velocidade

deve ser obtida pelo operador de eficiência média durante todo o dia de trabalho,

mesmo nos momentos de fadiga, se o operador trabalha em ritmo normal, dizemos

que ele tem uma eficiência de 100%. Esta eficiência não corresponde ao operador

acima da média, pois se ele tiver uma velocidade maior, dizemos que este operador

produz acima de 100%; sendo que temos operadores mais lentos que poderá

produzir abaixo, e o que dizemos é que não atingiu a quantidade programada. Ao

mesmo tempo em que o analista cronometra o tempo real, ele registra a eficiência

do operador. Este registro a princípio não é para julgar o operador, mas para avaliar

se o treinamento do cronometrista está sendo eficaz, porque de uma pessoa para

outra ou de um cronometrista para o outro, pode haver diferenças de valores de

produção durante a execução do trabalho. Esta experiência mostra que, após certo

número de tentativas e repetições, diferentes pessoas tendem a convergir em seu

julgamento do ritmo.

É prática corrente de muitas organizações a análise de métodos de trabalho, tanto em se tratando de trabalhos que já estão sendo realizados como de trabalhos que ainda estão sendo projetados. Em organizações

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Page 35: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

industriais. Essa análise geralmente foca a cargo de um setor designado com Métodos e Sistemas. Tempos e métodos ou alguma variante envolvendo essas palavras. Ainda de forma genérica, esse setor costuma subordinar-se à engenharia de fábrica, engenharia industrial ou engenharia de manufatura (AUGUSTO, 2002, p. 288).

2.6.2 Tempos históricos

Os tempos históricos são denominados os que são próprios de estudos de

tempos daqueles derivados da própria empresa. Com o passar dos anos novos

produtos e processos irão aparecendo, portanto existem operações semelhantes às

existentes, mediante essa concepção os analistas de tempos não precisam analisar

a operação, mas sim somente mantê-los. A cada vez que essas operações

aparecem, o analista consulta do arquivo os registros. A cada vez que essas

operações aparecem, o analista consulta do arquivo os registros somente para

especificar o tempo, sendo que os passos para o uso desse arquivo são os

seguintes: Peter, (2002)

Analisar a operação a ser cronometrada, para identificar os seus elementos.

Quando possível as operações deverão ser medidas em classe, de acordo com a

semelhança que possui.

• Baixa dos arquivos quais são os elementos que são parecidos ou que já

possuem.

• Cronometrar as operações para os ciclos que ainda não possuir.

• Fazer a somatória dos tempos dos elementos para que possa ter o tempo

normal da operação completa.

• Obter e aplicar a tolerância necessária para ter o tempo padrão.

Às vezes, o tempo normal pode acontecer de associar a um dado elemento

que possa ter variação em função da característica especial de cada operação ou

até do próprio material em que está sendo utilizado. Em caso do elemento precisar

se removido do local, o tempo dependerá da distância em que deve ser movida,

dessa forma pode acontecer com algum produto que passa por operações manuais.

Um exemplo é um corte em um cano com serra manual, o tempo dependerá do

diâmetro do cano.

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2.7 DECORRÊNCIA DA TEORIA NEOCLÁSSICA

Para Ferreira (1967), uma das características da Teoria Neoclássica é a

demasiada ênfase dada à estrutura, sendo a chamada organização formal. Os

autores clássicos resistiam aos aspectos formais das organizações da época, sendo

a divisão do trabalho, as especializações, hierarquia, autoridade, responsabilidade,

coordenação, etc. Esses aspectos foram abordados pelos autores clássicos tendo

como termos normativos e prescritivos. A abordagem foi feita em função dos

interesses da organização com objetivo de alcançar o máximo de eficiência

possível.

A organização formal é composta por camadas hierárquica ou níveis

funcionais, e que são estabelecidos por organogramas compostos pela

organização, conforme ênfase nas funções e tarefas estabelecidas ao cargo. As

organizações formais compreendem estruturas organizacionais, diretrizes, normas e

regulamentos da organização, rotinas e procedimentos. Enfim, todos os aspectos

que exprimem como a organização deseja que seja o relacionamento entre os

órgãos, conforme os cargos que ocupam, com o propósito de alcançarem os seus

objetivos e que os equilíbrios internos sejam mantidos, Ferreira.

Em resumo, a organização formal é a determinação dos padrões de inter-

relações com os órgãos ou cargos de cada ocupante, e definidos, logicamente, por

meio de normas, diretrizes e regulamentos da própria organização. De acordo com

os regulamentos e estruturas organizacionais obtidas, se torna um meio confiável

para que atendam os requisitos e objetivos traçados pela organização.

Basicamente, a característica mais importante de uma organização formal é o

racionalismo, Ferreira.

Em se tratando de uma corporação organizacional, a organização é um

conjunto de cargos hierárquico, que para cada membro do grupo devem se sujeitar

conforme as normas de comportamentos.

Para cada conjunto de princípios básicos todo integrante da organização

necessita de comportamentos básicos dentro do limite de cada cargo, visto que há

certo comportamento prescrito para cada um deles. Dentro de cada cargo funcional

hierárquico, há uma formulação de conjuntos lógicos que está baseada no principio

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Page 37: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

de que as pessoas vão funcionar efetivamente de acordo com este sistema racional

(CHIAVENATO, 2004).

Dentre os tipos de organizações, temos a do tipo linear que constitui a forma

mais simples e antiga, que foi formada no tempo dos antigos exércitos e na

organização eclesiástica dos tempos medievais. O nome organização linear

significa que existem linhas diretas e únicas entre os cargos superiores com

autoridade aos subordinados. Seu formato piramidal implica que cada gerente

passa as informações de forma rígida, conforme a competência de sua área, tendo

uma comunicação clara e objetiva.

A organização linear tem algumas características. (CHIAVENATO, 2004).

a) Autoridade linear ou única;

b) Linhas formais de comunicação;

c) Centralização das decisões.

Autoridade linear ou única

Os subordinados de cada área respondem exclusivamente ao seu superior,

sendo que é a única pessoa que ele pode reportar. Esse tipo de organização

chama-se de comando, típico das organizações militares.

Linhas formais de comunicação

As comunicações desses órgãos são feitos exclusivamente por meio do

organograma, todo órgão ou cargo possui dois terminais de comunicação. Um

orientado para cima, é o que liga exclusivamente ao órgão ou cargo superior,

representando sua responsabilidade, o que está direcionado para baixo, é o que

liga os órgãos ou cargos diretamente subordinados.

Centralização das decisões

É definido que a comunicação liga cada órgão ou cargo ao seu superior e,

sucessivamente, até a cúpula da organização, a autoridade linear que comanda

toda a organização, pois ela se centraliza no topo do organograma, e os canais de

responsabilidade são conduzidos por meio dos superiores de forma convergentes.

34

Page 38: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Vantagens da organização linear

a) Como um pequeno número de órgão ou cargo, a cúpula tem apenas um

órgão ou cargo centralizador, e o subordinado só se relaciona

formalmente com seu superior. As comunicações ao superior são rápidas

e simples de forma restrita.

b) Clara delimitação das responsabilidades dos órgãos e uma notável

precisão de jurisdição.

Nenhum órgão ou cargo intervém em área alheia, de modo que as

atribuições e responsabilidade são claramente definidas e delimitadas.

c) Facilidade de implantação

A organização linear oferece facilidade em seu funcionamento, controle e

disciplina. Um pequeno número de relações formais, a estrutura simples e a clara

delimitação da responsabilidade eliminam qualquer dificuldade no funcionamento

desse tipo de organização.

d) Facilidade

Graças à centralização de comando da organização que permite um bom

funcionamento, e uma rigidez na disciplina garante uma unidade de comando.

e) Tipo de organização indicado para pequenas empresas.

Tanto para sua fácil operacionalidade quanto pela economia de sua estrutura simples, Fayol.

Desvantagem da organização linear, Fayol.

a. Estabilidade e constância das relações formais. Pode haver uma

dificuldade de inovação da organização linear. Como as relações formais

não alteram a tendência para manutenção do status quo e para o

continuísmo é inaceitável.

b. Autoridade linear baseada no comando único e direto. Pode haver rigidez

na disciplina das pessoas, provocando dificuldade na cooperação e nas

iniciativas pessoais.

c. A organização linear exagera a função de chefia de comando. Por ser

uma organização centralizadora de informações pode ocorrer

insatisfação, pois somente o chefe delega o comando, eles se tornam

generalistas portadores de decisões, e autocratas. Todas as informações

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Page 39: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

passam por ele, sendo um gargalo de entrada e saída de comunicação.

Ele possui um monopólio de comunicação no seu setor.

d. À medida que a empresa cresce, a organização linear provoca o

congestionamento das linhas formais de comunicação, principalmente nos

níveis de cúpula da organização, que centralizam as decisões e o controle

já que não utilizam assessoria auxiliar.

e. As comunicações por serem lineares tornam-se demoradas, sujeitas à

intermediária e à distorção, Fayol.

2.8 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

É aquela que aplica a função de estrutura organizacional com princípios de

especialização das funções. As antigas organizações utilizavam este método

organizacional para diferenciação de atividades ou função. O princípio fundamental

separa, distingue e especializa: é o germe de staff.

As dificuldades decorrentes do variado volume de atribuições dadas aos mestres de produção em uma siderurgia americana que adotava a organização linear. O mestre de produção era o chefe absoluto dos seus operários. A qualquer problema (de reparação da maquina, por mestre de produção que, por sua vez, encaminhava a solicitação ao mestre geral. Esse passava a solicitação ao mestre de manutenção, que transmitia a ordem ao seu subordinado (o mecânico) para executar o serviço solicitado. Após a execução do serviço, o percurso da informação era exatamente o inverso, o subordinado (o mecânico) informava o mestre de manutenção, o qual informava o mestre geral, que comunicava ao mestre de produção a providencia tomada. Aí, o mestre de produção ordenava ao operário o retorno a sua atividade, uma vez que a maquina já estava preparada.

Alem do tempo gasto na comunicação, havia a necessidade de envolver o mestre de produção o mestre geral e o mestre de manutenção em um simples problema de menos rotina. Assim, Taylor substituiu a supervisão linear dos mestres de produção pela supervisão funcional (TAYLOR, 1906. p.189).

2.8.1 Características da organização funcional

Com a organização funcional, o mestre de produção tornou um especialista

em assuntos de produção, deixando de ser procurado pelos operários para cuidar

de outros problemas.

36

Page 40: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

De acordo com Leite (1967, p. 189), a organização apresenta as seguintes

características:

a) Autoridade funcional ou dividida;

b) Linhas diretas de comunicação;

c) Descentralização das decisões;

d) Ênfase na especialização.

Autoridade funcional ou dividida

Existe autoridade funcional ou dividida na organização funcional, que é

bastante relativa baseada na especialidade de cada indivíduo. Neste caso, funciona

como autoridade do conhecimento, ou seja, cada subordinado responde por muitos

superiores, cada um com seu grau de conhecimento ou por especialidade.

Linhas diretas de comunicação

A comunicação neste caso não precisa de intermediário para ir adiante, elas

são feitas diretamente. A organização funcional busca a maior rapidez possível nas

comunicações entre os diferentes níveis hierárquicos.

Descentralização das decisões

As decisões ficam a cargo dos órgãos especializados sendo que eles

possuem certo grau de conhecimento necessário para atuá-los. A organização

funcional caracteriza-se pela descentralização das decisões, para cada área

responsável, e que tenham plena capacidade de atuação com responsabilidade.

Ênfase na especialização

A organização funcional compreende e baseia-se no primado da

especialização de todos os órgãos ou cargos, em todos os níveis da organização.

2.8.2 Vantagens da organização funcional

a) Proporciona o Máximo de especialização nos órgãos ou cargos da

organização;

b) Permite a melhor supervisão técnica pessoal;

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Page 41: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

c) Desenvolve comunicação direta sem intermediação;

d) Separa as funções de planejamento e de controle das funções de

execução.

a) Proporciona o Máximo de especialização nos órgãos ou cargos da

organização: Ela concentra diretamente no órgão de sua especialidade,

dentro do setor de trabalho, não se preocupando, com o trabalho e tarefas

das demais áreas.

b) Permite a melhor supervisão técnica pessoal: Cada órgão representa

a especialidade em seu campo de atuação.

c) Desenvolve comunicação direta sem intermediação: A comunicação

flui com maior rapidez sem riscos de distorções durante a transmissão.

Com a organização funcional, permite contato direto entre organização ou

cargos interessados.

Separa as funções de planejamento e de controle das funções de execução: Neste caso há uma complexidade no planejamento e no controle, bem como na execução, permitindo plena concentração em cada atividade, sem necessidade de voltar atenção aos demais. Cada órgão realiza especificamente a sua atividade, sem ter acompanhamento aos demais órgãos,Leite.

2.8.3 Desvantagens da organização funcional

a) Diluição e consequente perda de autoridade de comando;

b) Subordinação múltipla;

c) Tendência à concorrência entre os especialistas;

d) Tendências à tensão e conflitos dentro da organização.

a) Distribuição e consequente perda de autoridade de comando

A mudança da organização linear para a funcional traz sérios fatores

negativos que passam a desestruturar o órgão organizacional. Pode ocorrer a falta

de obediência das pessoas e a imposição da disciplina no ambiente de trabalho.

b) Subordinação múltipla

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Page 42: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Como há uma delimitação de responsabilidade na organização funcional o

subordinado reporta funcionalmente a muitos superiores, sendo que cada um deles

determina em uma dada função, com isso pode haver perigo de subordinado

procurar orientação do especialista menos indicado para o problema.

c) Tendências à concorrência entre os especialistas

Como os especialistas conhecem melhor sua capacidade linear, eles impõem

à organização seu ponto de vista, de forma que fortalece sua abordagem. Essa

visão do especialista tem uma abordagem negativa na organização, pois ele acaba

tendo um detrimento dos pontos de vista dos outros especialistas.

d)Tendência à tensão e conflitos dentro da organização

Podem ocorrer conflitos entre especialistas dentro da organização, pois há

uma concorrência aliadas à perda de visão de conjunto da organização, que levam

a divergência e a multiplicidade de objetivos, que podem criar tensões entre eles.

Organização linear Organização funcional

Figura 3: Elementos do sistema de ProduçãoFonte: PETER, F.Drucker 2002.

Princípio da autoridade linear Princípio funcional

Autoridade única ou unidade de comando Autoridade funcional ou

Generalização comando

Especialização

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15

3 MATERIAL E MÉTODO

Este capítulo descreve o material e os métodos de pesquisa, que seguem,

conforme descrição relacionada na pesquisa que evolve a gestão da produção

existente nos processos produtivo na empresa Zen S.A.

3.1 FINALIDADE DE PESQUISA

Esta pesquisa tem por finalidade, adequar-se a um método de gestão que

identifique e elimine as perdas existentes no processo produtivo na Empresa ZEN

S.A., Além disso, desenvolve conhecimentos capazes de reeducar as pessoas para

ações de prevenção e de melhorias contínuas, garantindo o aumento da

confiabilidade dos equipamentos e da capacidade dos processos sem investimentos

adicionais.

Trata-se de uma pesquisa aplicada no setor específico, no qual o estudo está

relacionado a um assunto específico, para que possa sugerir uma solução de

problemas práticos, existentes no chão de fábrica. A pesquisa objetiva gerar

conhecimentos para aplicações práticas, dirigidas à solução de problemas

específicos.

Envolvem pessoas a titulo de conhecerem as verdades e interesse locais

(TAFNER; SILVA; WEIDUSCHAT, 2003, ).

3.2 TIPO DE PESQUISA

O método de pesquisa apresentado tem como base de dados aqueles

coletados na produção, anotados em diários de bordos pelos operadores.

Para esta pesquisa temos os pontos importantes que podemos acrescentar.

O primeiro é que a maioria dos pesquisadores que usa esta metodologia

provavelmente espera que seu trabalho tenha relevância direta ou potencial, tanto

para o público não acadêmico, quanto acadêmico. Isso porque a metodologia

ordena que se leve muito a sério as palavras e as ações das pessoas, estudantes,

ou como expressado intensamente por Fisher, citado Naines, (1991), “Vi que o fato

Page 44: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

de ser um intelectual não precisava ser removido da vida das pessoas, que isso

poderia estar direta mente conectado ao local onde elas estavam no mundo e ao

que eles pensavam sobre isso”.

A abordagem de pesquisa é classificada como qualitativa. Queremos dizer

que qualquer tipo de pesquisa que produza resultado não alcançado pelos

procedimentos estatísticos ou de outros meios de quantificação, pode se referir à

pesquisa sobre a vida das pessoas, sentimentos e, também, a pesquisa sobre

funcionamento organizacional, movimentos sociais, fenômenos culturais e

interações, como no caso de censo ou de informações históricos, sobre pessoas ou

objetivos estudados, mas o grosso da análise é interpretativa. Alguns

pesquisadores reúnem dados por meio de entrevistas e observações, técnicas

normalmente associados aos métodos quantitativos.

Porém, eles codificam os dados de uma forma que permita que sejam

estatisticamente analisados.

Para exemplo, ver Becher,1970; Charmaz,1983, 1995; Lofland, 1971; Miles e

Huberman, 1994.

Os métodos qualitativos são baseados no julgamento e na experiência de pessoas que possam, por suas próprias características e conhecimentos, emitir opiniões sobe eventos futuros de interesse. Neste sentido, o uso de julgamento pessoal não se restringe de forma alguma às previsões da demanda, podendo ser usado para analisar movimentos de comercio internacional, rumos da tecnologia, tendências de novos produtos, futuras condições econômicas e políticas (MOREIRA. 2004 p. 319).

3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A amostragem dos dados foi efetuada no setor de conformação por meio dos

registros de diário de bordo alimentados manualmente pelo operador. Esses dados

eram lançados no sistema, gerando um gráfico no qual visualizava o alto tempo de

set-up e a baixa eficiência produtiva do equipamento, sendo que existem muitos

problemas de processos e de manutenção corretiva.

Os dados relacionados a pesquisa foi realizados no ano de 2009, no

período de janeiro a Fevereiro com o acompanhamento e avaliados da coordenação

e supervisão do setor de conformação.

41

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.1 CARACTERIZAÇÕES DA EMPRESA

A Empresa está com uma área construída de mais 33 mil metros quadrados,

cerca de 900 funcionários. A Zen S.A. destaca-se como uma das mais importantes

indústrias do ramo de autopeças do país. Dentre os produtos da Zen S/A,

sobressaem-se os impulsores de partida. São aproximadamente 1.000 (mil)

modelos diferentes, utilizados em carros, motos, caminhões, tratores e até mesmo

em embarcações, como barcos com motores de popa e jet’s ski.

A Zen S/A é uma empresa competitiva, líder nacional e com grande

abrangência no mercado mundial, sendo que mais da metade de sua produção

destina-se à exportação, atingindo por volta de 60 países. Produz impulsores de

qualidade garantidos pelos certificados ISO 9000/1 e ISO TS 16949, para o

mercado original de autopeças, com importantes clientes como: BOSCH, VALEO,

DELCO REMY, VISTEON, entre outros, fornecedores das grandes montadoras.

Para continuar competitiva, a empresa não só procura manter seu atual

mercado, zelando pelo bom atendimento aos grandes clientes mas também é

constante a corrida pela conquista de novos mercados e, para isso a Zen investe

maciçamente em programas de qualidade, mão de obra qualificada e tecnologia de

ponta. Isso faz com que seja uma empresa modelo e em constante crescimento. A

figura 4 ilustra a empresa Zen S.A.

Figura 4: Vista Parque fabril.Fonte: Empresa Zen S.A.www.zensa.com.br

42

Page 46: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

O quadro 1 mostra a cronologia do desenvolvimento da empresa ZEN S.A.

Quadro 1: Cronologia de desenvolvimento da empresa ZEN S.AFonte: Empresa ZEN S.A.

4.2 PRODUTOS DA EMPRESA ZEN S.A.

Alguns dos produtos da empresa podem ser vistos nas figuras a seguir:

Figura 5: Impulsor InercialFonte: www.zensa.com.br,

Fundada pelos irmãos Hylário e Nelson Zen, uma pequena fábrica de peças para rádio, ocupava um galpão de 30 m2 em São Paulo.

1963 Início da produção de Impulsores de Partida.1973 Transferência da Zen S.A. para a cidade de Brusque, terra natal de seus fundadores.

Situada no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, a cidade é altamente industrializada e um importante pólo têxtil do país.

1975 Início da aplicação de tecnologia de conformação maciça a frio para a confecção dos principais componentes dos impulsores.

1976 Primeira exportação direta dos produtos da Zen1984 Implantação de fornos de atmosfera controlada para tratamento térmico.1985 Fundação de Centro de Treinamento Técnico Operacional Zen (CTZ).1986 Fornecimento de peças para montadoras de veículos.1989 Implantação da linha de mancais, polias, ventoinhas e porta escovas aplicada em

alternadores, dínamos e motores de partida.1991 Aquisição de vários centros de torneamento CNC.1993 Início da implantação do Programa de Qualidade Total Zen (QTZ).1995 Aquisição de vários centros de usinagem CNC e prensas automatizadas.1996 Obtenção do certificado ISO 9001 pelo ABS-QE.1998 Conquista do certificado QS 9000, e Joint-Venture entre Zen S.A. e Delco Remy

International (surge a Delco Remy Brasil).2002 Conquista do Certificado ISO/TS 16949, 2003 Aquisição de prensas de conformação horizontal progressiva.

43

Page 47: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Figura 6: Impulsor MaxitorqueFonte: www.zensa.com.br,

Figura 7: Impulsor de LamelasFonte: www.zensa.com.br ,

Figura 8: Fonte: www.zensa.com.br,

44

Page 48: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Figura 9: Polias de roda livreFonte: www.zensa.com.br,

Figura 10: Impulsor inercialFonte: www.zensa.com.br , 2006.

Figura 11: Componentes básicos do impulsorFonte: www.zensa.com.br ,

4.3 OS COMPONENTES DO IMPULSOR

A tabela 1 a seguir lista todos os materiais empregados na produção do

impulsor descrito. Nota-se que nem todos os itens são produzidos internamente,

45

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pois alguns são terceirizados. Esses itens estão marcados com (*). Os demais itens

dependem cada um de um tipo específico de matéria-prima, listados na tabela 1.

N. COMPONENTE CÓDIGO QTADE01 ANEL DE PRESSÃO 007.0001.0 0102 ARRASTE 012.0442.0 0103 BUCHA (*) 065.0079.2 0204 CAPA PROTETORA 111.0016.0 0105 ENCOSTO DO ANEL 226.0032.0 0106 ENCOSTO DA MOLA 226.0031.0 0107 GAIOLA 321.0001.0 0108 GUIA DA MOLA (*) 330.0002.2 0509 GRAXA (*) 331.0005.2 16g10 MOLA INTERNA (*) 528.0129.2 0511 MOLA EXTERNA 528.0026.0 0112 PINHÃO 639.0838.0 0113 ROLETE 728.0001.0 0514 SEMI-ARRUELA 766.0005.0 02

Tabela 1: Lista todos os materiais empregados na produção do impulsorFonte: Zen S.A Indústria Metalúrgica (2008).

4.4 MAPA DE LOCALIZAÇÃO

Figura 12: Mapa de localização Fonte: www.zensa.com.br,

46

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4.5 CLIENTES: MERCADO ORIGINAL

LUSCAS-TVSREMYJOHNSON ELECTRICINGERSOLL-RANDPRESTOLITE ELECTRICVALEOLUCAS ELEKTRIKMAGNET MARELLI

Figura 13: Clientes do mercado original Fonte: www.zensa.com.br

4.6 POLÍTICA DE QUALIDADE E VALORES

A Zen Indústria Metalúrgica S.A. tem por missão Gerar valor para acionistas,

colaboradores, fornecedores e comunidade por meio de sistemas e componentes

metal-mecânico.Além disso tem como visão,

VISÃO: Excelência em sistemas e componentes Metal-mecânico.

Clientes: Atender necessidades e expectativas;

Honestidade: agir com transparência;

Qualidade: Adequar às exigências do mercado;

Eficiência: Otimizar recursos;

Reconhecimento: Conduzir as atividades zelando pela boa reputação;

Colaboradores: Reconhecer e desenvolver as competências individuais e da

organização;

Inovações: Desenvolver em todas as atividades da organização.

Como uma empresa sólida, competitiva, que investe constantemente em

novas tecnologias, equipamentos e programas de qualidade, na busca incansável de

oferecer aos seus clientes produtos e serviços de qualidade, adequando-se às

novas exigências de mercado, adota a seguinte Política de Qualidade:

• Proporcionar um contínuo desenvolvimento do ambiente de trabalho,

mantendo nossos colaboradores comprometidos com a organização.

47

Page 51: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

• Oferecer produtos e serviços que associam segurança, performance e

confiabilidade reconhecidas pelo mercado.

• Obter resultados que permitam um contínuo desenvolvimento da

organização e dos colaboradores, em harmonia com a comunidade e o

meio ambiente.

• Promover um relacionamento duradouro os fornecedores, assegurando o

desenvolvimento mútuo.

• Manter os clientes competitivos e consumidores satisfeitos, gerando

fidelidade à marca.

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Page 52: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

4.7 ORGANOGRAMA DA EMPRESA

COMITÊEXECUTIVO

GERENTEFINANCEIRO

GERENTE DERH

Supervisor doSESMT

DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO

Supervisor deApoio

Supervisor deConformação

Supervisor deUsinagem

Supervisor deTrat. Térmico

Supervisor deMontagem

Supervisor deManutenção

Turno

Supervisor deProcessos II

Supervisor deProcessos I

Supervisor deFerramentaria

Supervisor deDes. Produto

Supervisor daGar. Qualidade

Supervisor deCompras

Supervisor deLogística

SupervisorAdm. Vendas

GERENTE DEPRODUÇÃO

GERENTE DEENG. PROCESSOS

GERENTETÉCNICO

GERENTECOMERCIAL

GERENTE DELOGÍSTICA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIRETOR SUPERINTENDENTE

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO

DIRETORES PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE

28/05/2004

Figura 14: Organograma da empresa Fonte: www.zensa.com.br,

49

Page 53: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

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5 SISTEMA DE PRODUÇÃO DO SETOR DE CONFORMAÇÃO

A conformação mecânica para a produção de peças metálicas inclui um

grande número de processos que, entretanto, em função dos tipos de esforços

aplicados, podem ser classificados (CHIAVERINI, 1986, ) em apenas categorias, a

saber:

a) processos de compressão direta (laminação e forjamento);

b) processos de compressão indireta (trefilação de fios e tubos,

estampagem profunda e extrusão);

c) processos de tração;

d) processos de dobramento;

e) processos de cisalhamento.

O sistema típico de produção da conformação de uma empresa produtora de

impulsor de partida possui basicamente três setores produtivos, como seguem:

cisalhamento, recozimento/tratamento superficial e conformação. A Figura 15 mostra

a sequência de processos de conformação para a produção de vários componente.

Figura 15: Fluxograma do processo produtivoFonte: Zen S.A (2010).

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5.1 CISALHAMENTO

O cisalhamento envolve a aplicação de esforços de cisalhamento que

levam à ruptura ou corte do metal. O processo se inicia no cisalhamento, pela

qual a matéria-prima aço 10B22M é cisalhado com o peso ideal conforme

estipulado pela engenharia de processo.

Tabela 2: Componentes e respectivos pesosFonte: Banco de dados Zen S/A

5.2 RECOZIMENTO/TRATAMENTO SUPERFICIAL

O recozimento tem por objetivo a homogeneização da estrutura, isto é,

anular o efeito de qualquer tratamento térmico ou deformação que a peça

tenha sofrido anteriormente. Nesse processo, as peças são aquecidas a certa

temperatura, a qual dependendo do material (teor de carbono principalmente),

mantendo-as nessa condição por um determinado tempo, que varia

normalmente entre 2 a 6 horas, deixando resfriar lentamente, de preferência

dentro do forno.

Também se obtém como resultado do recozimento uma redução da

dureza do material, melhorando sua usinagem, além de regenerar a estrutura e

eliminar tensões internas nas peças de aço ou ferro fundido.

Por fim, para se chegar à temperatura de recozimento (TR) de um aço

ao carbono comum, contendo até 0,80% C, deve-se empregar a fórmula

COMPONENTES PESO EM GRAMAS6390655.1 440 +-0,5 g6390594.1 425 +-0,5 g0120093.1 399 +-1 g0120076.1 417+- 1 g0120143.1 440 +- 3 g0120122.1 473 +- 3 g

00070003.1 975 +- 10 g0120230.1 490 +- 3 g0120022.1 280 +- 1 g0120085.1 322 +- 1 g0120138.1 192 +- 1 g

51

Page 55: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

(CHIAVERINI, 1986) que dará a condição ideal de processamento.

Conforme relatado anteriormente como matéria-prima utilizada, sendo o

aço 10B22M e o teor de carbono variando de 0,18%C a 0,22%C, obteve-se a

média para a seguinte temperatura de recozimento, visto a seguir.

Após o recozimento, as mesmas recebem um tratamento superficial

(camada de ZWEZLUB MD 235), para que, quando as peças forem forjadas,

não provoquem arranhões e outros fatores que possam interferir na vida útil

das ferramentas.

5.2.1 Forjamento

O forjamento é o processo de conformação mecânica pelo

martelamento ou pela prensagem (CHIAVERINI 1986). Em princípio, há dois

tipos gerais de equipamentos para o forjamento:

a) os martelos de forja ou martelos de queda; e

b) as prensas.

Figura 16: Prensa 121-22

52

Page 56: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Fonte: Zen S/A (2010)

Figura 17: Prensa 121-22Fonte: Zen S/A (2010)

5.3 MODELO ATUAL DO SISTEMA DE CONTROLE DE SET-UP E EFICIÊNCIA

Neste sistema pretende-se apresentar um modelo atual do sistema de

controle de eficiência produtiva e controle do tempo de troca rápida de

ferramentas (set-up) no setor de conformação, na empresa Zen S/A, mais

especificamente no processo de conformação. Esse modelo e todas as suas

etapas são aqui descritas. Os conhecimentos dos tempos atuais de setup

serão importantes, pois indicará à equipe da TPM onde se deseja chegar e

quais as metas a serem estabelecidas, obviamente trazendo benefícios para a

empresa.

53

Page 57: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Figura 18: Formulário anotação do tempo de set-upFonte: Zen S/A (2010).

O formulário mostrado na figura 18 refere-se ao local onde os operadores

registram o tempo em que leva para efetuar uma troca de ferramentas, bem

como as anomalias que ocorrem durante sua execução (Set-up: é o tempo

decorrido para a troca de ferramentas, programas, equipamento) de um processo

em execução até a inicialização do próximo processo.

54

Page 58: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Figura 19: Formulário anotação do tempo de set-upFonte: Zen S/A (2010).

A figura 19 ilustra o Formulário 2, de anotação de tempo de set-up,

preenchido durante o set-up são, registros compilados do formulário

preenchido manualmente, pelos operadores e digitados pelo auxiliar

administrativo.

55

Page 59: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Gráfico 1: Indicador do tempo de set-up conformação – ago/2010.Fonte: Conformação 2010

O gráfico 1 indica o atingimento ou não das metas estipuladas para

uma troca de rápida de ferramentas (set-up).As figuras verdes sinalizam para

atingimento da meta. E o Rosto vermelho não atingimento da meta.

5.4 SITUAÇÕES DA EFICIÊNCIA PRODUTIVA

As análises apontam os seguintes dados relativos à eficiência produtiva

no setor de conformação na empresa ZEN S/A.

Para cada gráfico, conforme indicado, existe uma meta de eficiência

anual para ser atingida; as metas mensais iniciam com uma porcentagem

menor, é vai aumentando de forma crescente a cada mês.

O gráfico mostra o período em que está sendo acompanhada a

56

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eficiência produtiva do equipamento, bem como o indicador da eficiência

acumulada, a capacidade de produção diária, a produção atingida mensal.

Abaixo do gráfico relata-se as falhas que ocorrem durante o mês e o

não atendimento da eficiência produtiva. Esses relatórios são cobrados para

cada área responsável.

57

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5.4 INDICADORES DA EFICIÊNCIA PRODUTIVA

Acompanhamento Eficiência Produtiva- Prensa 121-22 (1550)

Período média 2009

jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10

nov/10

dez/10

Média Meta

Eficiência Mensal 59,52%

74,71% 54,84% 75,61% 77,95% 78,05% 85,81% 40,47% 69,63%60%

Eficiência Acumulada

74,71% 129,55%

205,16%

283,11%

361,16% 446,97%

487,44%

Meta 59,56% 59,60% 59,64% 59,68% 59,72% 59,76% 59,80% 59,84%

59,88%

59,92%

59,96%

60,00%

Capacidade Máxima

74.573 103.573 133.589 119.722 165.718 130.122 131.689

Produção Mensal

55.716 56.797 101.009 93.321 129.338 111.654 53.301

STATUS

Gráfico 2: Indicadores mensal da eficiência produtiva conformação/2010.Fonte: Empresa Zen S/A(2010)

O gráfico 2 indica o atingimento ou não da meta estipulada para a eficiência

produtiva no setor de conformação. Rosto verde indica atingimento da meta. Rosto

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Page 62: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

vermelho não atingimento da meta.

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Page 63: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

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6 APRESENTAÇÃO DO MODELO PROPOSTO PARA IMPLEMENTAÇÃO DO TPM

O sistema TPM, além de ser uma ferramenta eficaz para aumentar a

produtividade na fabricação de produtos industrializados, serve para aumentar a vida

útil do equipamento, bem como se torna um ambiente saudável para trabalhar. Os

funcionários seguem à risca os trabalhos que são implantados por eles mesmos. Os

operadores são responsáveis pelos dados alimentados nos formulários padrão do

programa, as soluções dos problemas são gerenciadas pelos membros da equipe

que forma o sistema TPM.

Figura 20: Modelo Sistema TPMFonte: Zen S/A (2010).

O modelo proposto, cujos indicadores esquemáticos, que são

apresentar a seguir, iniciam-se com a etapa de Divulgação da TPM e Apoio da

Direção da Empresa. Nesta etapa apresenta-se as vantagens competitivas e

Page 64: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

retornos de eficiência produtiva como um ambiente saudável para os

operadores de máquinas, conforme cronogramas do sistema TPM. Na etapa

seguinte, apresenta-se as definições Estratégicas de Implantação da TPM para

Equipe de Conformação. A intenção e deixá-los cientes do projeto que será

realizado e das facilidades operacionais que este traz para os colaboradores

que naquele setor trabalham especificamente na prensa 121-22.

Uma vez apresentada a ferramenta TPM à direção da empresa e à

equipe de conformação, a etapa seguinte será a Formação da Equipe de

Trabalho junto com os possíveis treinamentos, que é responsável pela

operacionalização e difusão dos conhecimentos gerados neste trabalho. Com a

equipe formada, passa-se para a etapa de Conhecer os Tempos Atuais de

Setup e eficiência, sendo de primeiro passo, a formação da equipe e o

estabelecimento de Meta, Trata-se de um levantamento realizado pela equipe

de trabalho que visa conhecer os dados necessários e, a partir desses tempos,

definir meta a ser atingida. Conhecido os números atuais e a partir da geração

de históricos dos números futuros inicia-se a etapa de Aplicação das Técnicas

de TPM, a equipe de trabalho fará uso da sua experiência profissional e,

principalmente, da revisão bibliográfica e das técnicas sobre TPM

desenvolvidas.

Após a aplicação dos trabalhos desenvolvidos pela equipe, faz-se uma

avaliação, conforme, questiona se a Redução no tempo de setup, aumento da

eficiência e redução de quebras do equipamento, eliminação de fonte de

sujeiras, e local de difíceis acessos.

6.1 APLICAÇÕES DAS TÉCNICAS DE TPM

A inserção das técnicas da TPM será mediante as reuniões periódicas

do grupo de trabalho da conformação. Sob orientação do líder, a reunião

inaugural deve avaliar as respostas obtidas nas questões colocadas na

primeira etapa e realizar alguns estudos, a fim de determinar dados a serem

relatados. Este relatório, além de trazer um plano de ação inicial a ser seguido

pela equipe, traz também importantes informações sobre o panorama atual do

setor de conformação na empresa Zen S/A.

61

Page 65: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Quadro 2: Cronograma de reuniões semanaisFonte: Elaborado pelo autor Edilson

Este cronograma de reuniões, representado o quadro 2, indica as datas e

local onde serão feitas as reuniões semanais pelo grupo autônomo.

62

Page 66: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Quadro 3: Cronograma de acordos de metas 1ª etapa Fonte: Elaborado pelo grupo MA

O quadro 3 apresenta o cronograma de ``acordos´´ de metas pelo grupo

autônomo indica as metas que a equipe deve cumprir durante a primeira etapa do

programa TPM.

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Quadro 4: Cronograma acompanhamento de LPPs Fonte: Elaborado pelo grupo MA

No quadro 4 ilustra-se o cronograma acordo de metas de (Lição ponto a

ponto), LPPs que serve para os integrantes do grupo MA fornecer melhorias para o

equipamento, sendo de responsabilidade de todos o atingimento das metas.

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Page 68: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Quadro 5: Cronograma de plano de limpeza e inspeçãoFonte: Elaborado pelo grupo MA

Observa-se no quadro 5 o cronograma do plano de limpeza e inspeção,

no qual indica as atividades que o operador deve executar conforme cada item

indicado na tabela

65

Page 69: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Quadro 6: Cronograma Check list de limpeza e inspeçãoFonte: Elaborado pelo grupo MA

O Check list mostrado no quadro 6 indica os dias em que será feita a

limpeza e inspeção do equipamento, conforme legenda listado acima.

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Page 70: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Quadro 7: Cronograma Plano de lubrificaçãoFonte: Elaborado pelo grupo MA

O plano de lubrificação indica os pontos em que o operador deverá

lubrificar e inspecionar a máquina, conforme ilustra o quadro 7.

67

Page 71: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

Quadro 8: Cronograma Check list plano de lubrificaçãoFonte: Elaborado pelo grupo MA

Este cronograma, ilustrado no quadro 8, indica as atividades que o

operador irá executar, nos dias respectivos, conforme as cores indicadas pela

legenda.

A figura 21 apresenta os pontos de lubrificação.

Figura 21: Pontos de lubrificaçãoFonte: Empresa ZEN S.A

68

Page 72: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

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7 RECOMENDAÇÕES

Por meio da experiência profissional adquirida na realização deste

trabalho, foi possível citar algumas recomendações a serem desenvolvidas em

trabalhos futuros, conforme descritos a seguir:

• Ramificação expansão do modelo proposto com algumas

modificações, nos outros setores da empresa, podendo ser

comprovado o aumento da produtividade através dos indicadores,

gerando lucros;

• A implantação de novas filosofias poderá ser discutida pela direção

da empresa, com o foco na obtenção dos lucros;

• Manter a filosofia e conscientizar toda área fabril/administrativa da

importância das novas mudanças, fazendo que todas estas causas

contribua para que traga benefícios para todos;

Possibilidade de adaptação do modelo de TPM na área de serviços

pode ser outra oportunidade de pesquisa, pois o sucesso deste negócio

depende muito de fatores como: atendimento, agilidade, qualidade,

comodidade, os quais podem ser consideravelmente melhorados por meio da

TPM, especialmente no que se refere à agilidade.

Com relação aos trabalhos executados pelos operadores, há um

aumento de conhecimento e aperfeiçoamento técnico, quanto à ferramenta

TPM, outro fator a considerar é a satisfação em participar do desenvolvimento

das atividades do sistema.

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70

8 CONCLUSÕES

O aumento de produtividade foi um dos conceitos que levou a ZEN a

desenvolver um modelo baseado na aplicação da TPM, focando o setor de

conformação, especificamente na prensa 121-22 considerada um dos

gargalos do referido setor.

Assim, após a elaboração do modelo proposto e sua efetiva

implantação, boa parte das expectativas foram superadas, reafirmando a

resposta provisória levantada durante a atuação e efetivação do projeto, de

que é possível implantar o conceito de TPM no setor de conformação. Por

meio desta confirmação foi possível levantar algumas conclusões sobre este

trabalho e sugerir recomendações futuras.

Referente ao primeiro objetivo específico descrito no capítulo 1, de

analisar via revisão bibliográfica na área de TPM, as técnicas passíveis de

serem empregadas na montagem do modelo, pode-se considerá-lo alcançado,

pois apesar de não ser constatado nenhum modelo específico voltado para a

aplicação do conceito de TPM, no setor de conformação em prensas

hidráulicas, obteve-se trabalhos e sugestões de outros setores (setor do Lean

Manufecturi.) para estruturar o modelo proposto.

Já o segundo objetivo específico, que pretendia estudar a inserção das

técnicas de TPM no setor de conformação, também ocorreu de forma positiva

e decisiva, pois a inserção dessas técnicas se constituiu na etapa mais

importante do modelo, ou seja, a Aplicação das Técnicas de TPM.

O terceiro objetivo específico trata-se em confirmar a adaptabilidade e

eficiência do modelo desenvolvido no setor de conformação, verificando

aplicação prática. Esse objetivo foi, alcançado, porque por meio da revisão da

literatura e da própria aplicação prática, percebeu-se que a meta

preestabelecida ficou muito próxima de ser alcançada, mesmo assim trouxe

resultados significantes para empresa. Esse modelo pode ser aplicado

principalmente em empresas do ramo metalúrgico, e também em qualquer

outra empresa, obviamente fazendo algumas modificações. Estes estágios

conceituais formam a base do conceito de TPM e são, sobretudo simples e de

fácil compreensão e aplicação.

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REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução á teoria geral da administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 3. ed. Rio de Janeiro:

Elsevier,2008.

CORRÊA, Henrique L.; GIANESI, Irineu G. N.; CAON, Mauro. Planejamento, programação e controle da produção 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

FAYOL,Henri,.Administração industrial e geral:previsão,organização,

comando,coordenação e controle. ed. São Paulo: Atlas, 1987.

LIMA, Manolita Correia. A engenharia da produção acadêmica. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva,

MOREIRA, A. Daniel. Administração da produção e operações. 4. ed. São Paulo: Editora ABDR, 1999.

PETER, F. Druncker. Administrando em tempos de grandes mudanças.3.ed. São Paulo:

PETER, F. Druncker;LEVITTE,THEODORE. O novo papel da administração. Nova cultura 1986.p.106

SHINGO,Shigeo. Sistemas de produção com estoque zero: O sistema Shingo

para melhorias contínuas. Porto Alegre: Bookman, 1996.

Taylor.

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Page 75: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

ANEXO 1

Respons.: Tarcisio Paza Data:

09/08/10

Folha:1/1

Meta:

Diminuir o tempo de SET-UP da prensa 121-22 para 26,00 min até dezembro de 2010.

Plano Nº:

SITUAÇÃO ATUAL DA META

O tempo de SET-UP no mês de julho apresentou 36,7 min ficando 10.7 min acima da meta de (26 min)

MEDIDAS / AÇÕESSITUAÇÃO ATUAL DAS MEDIDAS / AÇÕES

plano:

Após analise de horas gastas no tempo de set-up constatou-se 45 min falta de AG 559.40 minu com problema de paralelismo,95 min variação de peso.

ANÁLISE

CAUSAS PROVÁVEISCONTRAMEDIDAS ADICIONAIS

RESPONSÁVEL PRAZOS

Componente 639 0655.1ext do tucho com variação de peso na conformadora.

.Tomar ação disciplinar quanto ao comportamento

Botamelli

Ação imediata20/07/201

Componente 012 0085.1 ext da evolvente com problema de paralelismo nas cavidades da evolvente.

Foram trocados os parafusos da e centrado a base da máquina em relação à parte superior.

Edinaldo Ação

concluída 14/07/2010

Fonte: Zen S/A (2010)

ANEXO 2

Não atendimento no tempo de SET-UP no

mês de julho não atendimento 36,7

minuto objetivo 26,0 min

Componente 012 0085.1ext da evolvente com problema de processo na ext da evolvente

. Componente 639.0655.1 operação ext do tucho com falta de ferramenta

Componente 639 0665.1ext do tucho com variação na cota “ D “

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Page 76: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

RELATÓRIO DE ANOMALIAGPD - Gerenciamento pelas Diretrizes

Respons. Alessandro Vieira de Souza Data 10/07/2010 Folha:

Meta: Atingir a eficiência de75% até dez/2010 Plano Nº:

SITUAÇÃO ATUAL DA META

A eficiência atingida no mês de junho na prensa 121-31 foi de 60.48 %, sendo 10.74 % abaixo da meta estipulada de 71.22% .

MEDIDAS / AÇÕES SITUAÇÃO ATUAL DAS MEDIDAS / AÇÕES

Após as analises de horas no mês de junho constatamos 53.9 horas paradas por manutenção corretiva. 8.83 horas por problemas de processos.

ANÁLISE

Relatório de anomalia da não eficiência produtivaFonte: Empresa Zen S/A (2010)

Relatório de anomalia registra o motivo no qual não houve atingimento da

meta de eficiência produtiva no setor de conformação, bem como um plano de ação

para os responsáveis de cada área atuar na causas raízes.

– Instrução Operacional (IO EFB 218 Setup Interno)

CAUSAS PROVÁVEIS

CONTRAMEDIDAS ADICIONAIS

RESPONSÁVEL

PRAZOSCONCLUSÃO (%)

Rompimento na camisa do cilindro central

Conserto da Camisa do cilindro central

Pedro30/06/2010

OK

Variação de pressão na bomba

Trocar a bomba Pedro 20/07/10OK

Manutenção corretiva

Não atendimento da meta de 71.22 % no mês de junho

Problemas de processos

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Page 77: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

ANEXO 3

1 OBJETIVO

Esta instrução tem como objetivo estabelecer uma metodologia de preparação de

máquina no processo de conformação maciça para Prensa Excêntrica 126-08.

NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Folha de Operação e/ou Tabela Complementar e/ou Projeto Referencial da

Ferramenta (Prático Padrão e Plano de Montagem do componente a ser fabricado).

CONDIÇÕES GERAIS

3.1 Responsabilidades

A responsabilidade na execução desta IO é dos Preparadores e Operadores de

Máquina.

3.2 Segurança

Sempre que operar a máquina usar sapatos e óculos de segurança, luvas e protetor

auricular.

CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

4.1 Cuidados

Para qualquer intervenção no ferramental ou ajuste das garras, manter o botão de

EMERGÊNCIA acionado.

4.2 Procedimento

a) Antes do início do setup trazer carrinho verificação para o lado da frente da

máquina (OBS: TER O MÁXIMO DE CUIDADO COM OS INSTRUMENTOS NO

CARRINHO);

b) Retirar réguas da produção anterior;

c) Retirar ferramental superior;

d) Afrouxar a porca de fixação do ferramental inferior;

e) Retirar ferramental do bloco;

f) Limpar bloco;

g) Colocar ferramental no bloco conforme plano de montagem;

h) Com a extração na posição inferior, executar ciclo completo para verificar o

funcionamento da extração antes de apertar a porca;

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Page 78: Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na empresa zen tecnologia   indústria metalúrgica

i) Colocar a porca e dar aperto com a chave especifica de apertar e após colocar a

trava;

j) Colocar a pressão de regulagem específica da Prática Padrão;

k) Montar ferramental superior e ajustar a pressão até obter peças conforme o

especificado;

l) Liberar peças conforme FO;

m) Quando necessário através da FO, fazer registro de cotas no relatório de

inspeção de processo;

n) Colocar régua na máquina;

o) Verificar abertura e fechamento da régua juntamente com a centragem das peças

e sincronismo da máquina com o transfer CNC;

p) Quando necessário ajustar todo o conjunto de transfer para o perfeito

sincronismo;

q) Bater algumas peças no ciclo 2 (semi-automático), verificando possíveis falhas;

r) Verificar se todas as chaves se encontram no painel de ferramentas;

s) Colocar a máquina em modo 3 (automático) aumentando a velocidade

gradativamente conforme necessário;

t) Levar carrinho de verificação para o local de acompanhamento da produção.

Nota 1: Se a operação + componente não tiver a Prática Padrão, o item l, seguem

sem a mesma até obter enchimento da peça conforme “FO”.

Nota 2: Não havendo da Prática Padrão, os dados devem ser coletados no final da

produção pelo operador.

Nota 3: A cada Setup efetuado, ajustar os valores do programa de inspeção de cotas

(conforme FO), no CLP ou dispositivo poka-yoke da máquina.

Nota 4: O tempo disponível para café, almoço, reuniões, treinamento, parada

estratégica PCP/ mudança de PCP/ supervisão, testes/lote piloto, manutenção

corretiva/preventiva, aguardando peças do fosfato e peças com lubrificação

deficiente, deverão ser desconsiderados do tempo total de set-up.

– Instrução Operacional (IO EFB 219 Setup Externo)

1 OBJETIVO

Esta instrução tem como objetivo estabelecer uma metodologia de preparação de

máquina no processo de conformação maciça para Prensa Excêntrica 126.08.

2 NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

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Folha de Operação e/ou Tabela Complementar e/ou Projeto Referencial da

Ferramenta (Prática Padrão e Plano de Montagem do componente a ser fabricado).

3 CONDIÇÕES GERAIS

3.1 Responsabilidades

A responsabilidade na execução desta IO é dos Auxiliar de Setup Intermediário.

3.2 Segurança

Sempre que operar a máquina usar sapatos e óculos de segurança, luvas e protetor

auricular.

4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

4.1 Procedimentos

4.1.1 Antes de iniciar o setup

a) Verificar se a peça passou pelo processo de fosfatização ou lubrificação;

b) Pegar Folhas de Operação, gabaritos e relatório de inspeção do processo e

prepara-los sobre o carrinho de verificação;

c) Pegar ordem de serviço e ferramental no almoxarifado de ferramental;

d) Montar ferramental completo conforme Plano de Montagem e Prática Padrão;

e) Posicionar carrinhos ao lado e na frente da máquina;

f) Preparar e verificar réguas para a operação posterior.

4.1.2 Após início do setup

a) Montar dispositivos de alimentação (calhas, sensores, cilindro pneumático quando

necessário etc.).

4.1.3 Após o Término do setup

a) Inspecionar as calhas, as réguas (sensores, parafusos, porcas empenamento,

garra, molas, placas do ferramental anterior, etc.) e ferramental da produção

anterior, verificando a existência de defeitos;

b) Não havendo defeitos, limpar e guardar acessórios verificados no item “ 4.1.3 letra

a”;

c) Organizar área de trabalho, limpar e devolver aos seus respectivos lugares GB’s

FO, dispositivos, ferramental, etc., da operação anterior que não serão utilizados na

operação posterior;

d) Verificar CARDZ de parafusos, painel de ferramentas e repor parafusos se

necessário.

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