iluminismo

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Século XVIII as ruas de Paris ficam tomadas por ambulantes vendendo panfletos que incitavam a população a desejar uma ordem social, política e econômica diferente. ILUMINISMO

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Um mega resumo sobre as características desse pensamento reformador, além de questões cobradas pelos últimos vestibulares. Confira!

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Page 1: Iluminismo

S éc u lo X V I I I – a s r u a s d e Pa r i s f i c a m to m a d a s p o r a m b u la n tes ven d en d o p a n f le to s q u e in c i t ava m a p o p u la ç ã o a d ese ja r u m a o r d em so c ia l , p o l í t i c a e ec o n ô m ic a d i fe r en te .

ILUMINISMO

Page 2: Iluminismo

OBRA DE RAYMOND DUMOUX – O

SÉCULO DAS LUZES

A panfletagem com

ideias de uma nova

sociedade

Os filósofos e as suas

ideias (luzes)

Uma sociedade ávida

de mudanças e

desejosa da queda do

antigo regime (trevas)

Page 3: Iluminismo

Em 4 de ju lho de 1776, as t reze colôn ias que v ieram in ic ia lmente a cons t i tu ir os Es tados Unidos da Amér ica (EUA) dec laravam sua independência e jus t i f icavam a ruptura do Pacto Colon ia l . Em palavras profundamente subvers ivas para a época, af i rmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus d i re i tos ina l ienáveis : o d i re i to à v ida , à l iberdade e à busca da fe l ic idade. Af i rmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia a defesa daqueles d i re i tos , der ivava dos governados. Esses concei tos revoluc ionár ios que ecoavam o I luminismo foram retomados com maior v igor e ampl i tude t reze anos mais tarde, em 1789, na França. (Emí l ia V iot t i da Costa . Apresentação da co leção. In : Wladimir Pomar. Revolução Chinesa. São Paulo : UNESP, 2003 (com adaptações) ) .

Considerando o tex to ac ima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, ass inale a opção cor reta .

(A ) A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto h is tór ico, mas se baseavam em pr inc ípios e ideais opostos . (B) O processo revo luc ionár io f rancês ident i f icou -se com o movimento de independência nor te -americana no apoio ao absolut ismo esc larec ido. (C ) Tanto nos EUA quanto na França, as teses i luministas sustentavam a luta pelo reconhecimento dos d i re i tos cons iderados essenc ia is à d ignidade humana. (D) Por ter s ido p ioneira , a Revolução Francesa exerceu for te inf luência no desencadeamento da independência nor te -americana. (E ) Ao romper o Pacto Colonia l , a Revolução Francesa abr iu o caminho para as independências das co lônias ibér icas s i tuadas na Amér ica .

Page 4: Iluminismo

O iluminismo considerava digna uma vida voltada para o

esclarecimento, que se obtém por meio da razão, abandonando -

se o misticismo e a ignorância de outrora.

RESPOSTA C

Page 5: Iluminismo

Um jornalista de Berlim perguntou para Kant (1724-

1804), filósofo alemão, o que significava esse tal de

iluminismo que estava na boca do povo.

Resposta de Kant:

“A saída do homem de sua minoridade, do qual é ele próprio o

responsável. Minoridade, isto é, incapacidade de se servir do

seu entendimento sem a direção de outrem (...) Tem a coragem

de te servires do teu próprio entendimento. Eis aí a divisa do

Iluminismo .”

MAS COMO DEFINIR ESSE TAL DE

“ILUMINISMO”?

Page 6: Iluminismo

O movimento pretendia a laicização do mundo ocidental;

tornar le igo, desv inculado

das expl icações re l ig iosas .

A prevalência da razão sobre a religião;

O fim do absolutismo e a separação dos poderes;

A queda do antigo regime;

OU SEJA...

Page 7: Iluminismo

Cidadãos:

O homem nasceu para a fel icidade e para a l iberdade, e em toda parte é escravo e infeliz. A sociedade tem por fim a conservação de seus direitos e a per feição do seu ser, e por toda par te a sociedade o degrada e oprime. Chegou o tempo de chamá-la a seus verdadeiros destinos; os progressos da razão humana prepararam esta grande Revolução, e a vós especialmente é imposto o dever de acelerá -la. Para cumprir vossa missão, é necessário fazer precisamente o contrário do que exist iu antes de vós.

(Maximilien de Robespierre. Paris, 10 de maio de 1793.)

Maximilien de Robespierre foi um dos principais l íderes da corrente jacobina da Revolução Francesa. Ao discursar na Convenção acerca dos fundamentos que deveriam orientar a elaboração da primeira Constituição Republicana na história do país, Robespierre apl icou princípios i luministas para defender a construção de uma nova ordem polít ica e social .

a) Aponte uma medida adotada pelos jacobinos no contexto da radicalização do processo revolucionário francês (1792 -1794).

b) Expl ique um princípio i luminista presente no documento.

CAIU NA FVG EM 2007

Page 8: Iluminismo

a) Foram medidas adotadas pelos jacobinos no contexto da

radicalização do processo revolucionário: a política do

"terror"; a abolição dos escravos nas colônias; a "Lei do

Máximo".

b) Para importantes pensadores iluministas, "a organização

política da sociedade só é legítima quando defende os

direitos do homem". Esse princípio iluminista está presente

no discurso de Robespierre e deverá ser desenvolvido pelo

candidato.

RESPOSTA:

Page 9: Iluminismo

O menino suspenso nas cordas recebe estímulos elétricos nos

pés e assim, descobre-se que o corpo humano é um bom

condutor.

AS NOVIDADES QUE “COLOCARAM PILHA”

NO MOVIMENTO...

Page 10: Iluminismo

Lei da gravitação universal

Microscópio

Identificação dos vasos capilares e do trajeto da circulação

sanguínea

Reconhecimento do princípio da vacina

Invenção da primeira máquina de calcular

Surgimento da Geologia, que apresentou uma nova teoria

sobre o surgimento do mundo

RENASCIMENTO ILUMINISMO REVOLUÇÃO

INDUSTRIAL

Page 11: Iluminismo

Os filósofos iluministas viveram sob o Antigo Regime, ou

seja, quando havia uma monarquia absolutista, onde o rei, a

nobreza e o clero acumulavam privilégios, enquanto a

burguesia e os camponeses se esfolavam pagando impostos e

sustentando o luxo da nobreza, isso tudo sem poder participar

das decisões políticas do reino – e, se opunham radicalmente

a esse cenário. O iluminismo foi, portanto uma tentativa de

derrubar esse modelo de sociedade.

Na esfera econômica, os iluministas se opunham à

intervenção do Estado na economia, pois acreditavam que a

economia tem o poder de se autorregular através da lei da

oferta e da procura.

AS CRÍTICAS...

Page 12: Iluminismo

CHARGE IRONIZANDO A SOCIEDADE FRANCESA DO

SÉCULO XVIII

Page 13: Iluminismo

LIVRARIA MINERVA, VIENA- VENDA DE

LIVROS ILUMINISTAS

Page 14: Iluminismo

John Locke – (1632-1704)

Esse filósofo inglês é considerado o “pai do iluminismo” . Na

esfera política, condenava o absolutismo e o direito divino dos

reis, sendo favorável à liberdade dos cidadãos, à tolerância

religiosa, à propriedade privada e à livre- iniciativa econômica.

“Sendo os homens, (.. .) por natureza, todos livres, iguais e

independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e

submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento.

(.. .)”

Locke, John. Segundo tratado sobre o governo. In: Locke. São

Paulo, Abril, 1978. p. 43.

OS PENSADORES...

Page 15: Iluminismo

François- Marie Arouet – Voltaire

Além de filósofo, foi também dramaturgo. Voltaire era um

pseudônimo. Tornou-se um dos mais conhecidos pensadores do

iluminismo, já que se mostrava bastante radical contra o clero

católico e sua intolerância religiosa, assim como o poder

absoluto dos reis.

“Para se ter alguma autoridade sobre os homens, é preciso

distinguir-se deles. É por isso que os magistrados e os padres

têm gorros quadrados .”

Page 16: Iluminismo

Charles de Secondat Montesquieu

Foi um jurista cuja maior contribuição aos novos tempos que

estavam por vir, foi a sugestão da separação do poder real em

três poderes independentes: executivo, legislativo e judiciário.

Os burgueses consideraram bastante sensata e lógica sua

teoria, razão pela qual até hoje, a maior parte dos gvernos

democráticos, adota essa separação de poderes em suas

constituições.

“Quando os poderes Legislativo e Executivo ficam reunidos na

mesma pessoa ou instituição do estado, a liberdade desaparece

(.. .) .”

Montesquieu. O espírito das leis. São Paulo, Martins

Fontes, 1996. p.168

Page 17: Iluminismo

Jean Jacques Rousseau

Maior defensor da pequena burguesia -comerciantes, artesãos, etc. - sendo contrário à propriedade privada. Além disso, acreditava que o rei deveria agir de acordo com a vontade e a necessidade dos cidadãos, sendo assim um grande defensor da democracia.

“O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, disse isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para respeitá -lo. Quantos crimes, guerras, assassinatos, misérias e horrores teria evitado à humanidade aquele que, arrancando as estacas desta cerca (...) , tivesse gritado: Não escutem esse impostor pois os frutos são de todos e a terra é de ninguém.”

Rousseau, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. In: Rousseau . São Paulo, Abril , 1978. p. 259.

Page 18: Iluminismo

Objetivando tornar o homem mais instruído, um grupo defilósofos, organizados por Denis Diderot e Jean D’Alembert,publicou a primeira enciclopédia da história, composta por 35volumes e que levou cerca de vinte e um anos para serconcluída.

A ideia era reunir em uma só obra, todo o conhecimentoproduzido pela humanidade. Além dos filósofos mais ilustres daépoca terem contribuído, muitos artesãos também o fizeram,fornecendo informações sobre técnicas e equipamentos.

Em várias ocasiões, a Enciclopédia foi censurada. O rei daFrança, por exemplo, considerava tantas informações perigosasà segurança nacional.

Em uma época em que poucos sabiam ler, a Enciclopédia foium sucesso de vendas: contou com um investimento inicial de70 mil libras e um lucro de 2,5 milhões!

MARCO DO ILUMINISMO: A

ENCICLOPÉDIA

Page 19: Iluminismo
Page 20: Iluminismo

"Todavia, o recurso ao STF é um procedimento legítimo que não vem a interferir, mas a reforçar o equilíbrio entre os poderes.

Ao contrário do que afirmam os deputados, independência não é sinônimo de autonomia plena, mas de inter-relação e controle mútuo."

("Folha de S. Paulo", Editorial, 02.Nov.2005)

O texto nos lembra, mais especificamente:

a) Diderot.

b) Voltaire.

c) Montesquieu.

d) Hobbes.

e) Rousseau.

CAIU NA PUCPR EM 2006:

Page 21: Iluminismo

Com o objetivo de modernizar seus reinados, alguns monarcas procuramse orientar nas ideias i luministas.

Esta aliança de princípios fi losóficos e poder real deu origem ao quechamamos de despotismo esclarecido.

Os reis que se destacaram nesse contexto foram: Frederico II , da Prússia;Catarina II , da Rússia; José II , da Áustria, entre outros.

Frederico II , discípulo de Voltaire, implementou as seguintes ideiasi luministas em seu governo:

- l iberdade de rel igião ao seu povo;

- educação básica e gratuita à toda população;

- f im da tor tura e organização de um novo código de leis;

- l iberdade de expressão, mas com submissão ao rei .

No entanto, muitos déspotas esclarecidos colocaram em prática somenteas ideias que achavam conveniente à estabil idade do própriogoverno, não governando em benefício da maioria da população. Emfunção disso, muitas revoluções viriam acontecer. Mas isso é umahistória para a próxima unidade.

É POSSÍVEL UM DÉSPOTA SER

ESCLARECIDO?

Page 22: Iluminismo

O s p e n s a d o r e s i l u m i n i s t a s t e o r i z a v a m , d e b a t i a m e c o n c l u í a m q u e s o m e n t e a p a r t i r d o u s o d a r a z ã o , o s h o m e n s

a t i n g i r i a m o p r o g r e s s o p o l í t i c o , s o c i a l , m a t e r i a l e t c .

" P a r a a m a i o r p a r t e d o s f i l ó s o f o s i l u m i n i s t a s à m u l h e r f a l t a v a a r a z ã o o u , n a m e l h o r d a s h i p ó t e s e s , p o s s u í a m u m

r a c i o c í n i o i n f e r i o r .

S e g u n d o e l e s , n ã o e x i s t e m m u l h e r e s c a p a z e s d e i n v e n ç ã o , e l a s e s t ã o e x c l u í d a s d a g e n i a l i d a d e , a i n d a q u e p o s s a m

t e r a c e s s o e a l g u m s u c e s s o n o c a m p o d a l i t e r a t u r a e e m c e r t a s c i ê n c i a s m e n o r e s .

E s s a i n c a p a c i d a d e é b a s e a d a n u m a p s i c o l o g i a " n a t u r a l ” . A m u l h e r é u m s e r d a p a i x ã o e d a i m a g i n a ç ã o , n ã o d o

c o n c e i t o .

R o u s s e a u a t é a c r e d i t a v a q u e a m u l h e r n ã o f o s s e t o t a l m e n t e d e s p r o v i d a d e r a z ã o , m a s e s s a f a c u l d a d e é , n a

m u l h e r , m a i s s i m p l e s e e l e m e n t a r d o q u e n o s h o m e n s e d e v e m c u l t i v a - l a a p e n a s p a r a a s s e g u r a r o c u m p r i m e n t o d e

s e u s d e v e r e s n a t u r a i s ( o b e d e c e r a o m a r i d o , s e r - l h e f i e l , c u i d a r d a c a s a e d o s f i l h o s e t c . ) .

S e g u n d o R o u s s e a u , a m u l h e r m a n t é m - s e p e r p e t u a m e n t e n a i n f â n c i a ; e l a é i n c a p a z d e v e r t u d o q u e é e x t e r i o r a o

m u n d o f e c h a d o d a d o m e s t i c i d a d e q u e a n a t u r e z a l h e l e g o u , e d a í r e s u l t a q u e e l a n ã o p o d e p r a t i c a r a s " c i ê n c i a s

e x a t a s " .

A ú n i c a c i ê n c i a , p a r a a l é m d o s s e u s d e v e r e s d o m é s t i c o s , q u e e l a d e v e c o n h e c e r é a d o s h o m e n s q u e a r o d e i a m

e , e s s e n c i a l m e n t e , a d o s e u m a r i d o , e q u e é b a s e a d a n o s e n t i m e n t o .

O m u n d o d o m é s t i c o – a f i r m a R o u s s e a u – é o l i v r o d a s m u l h e r e s , e n ã o h á n e c e s s i d a d e d e q u a l q u e r o u t r a l e i t u r a . A

i n c a p a c i d a d e d e r a c i o c i n a r c o m o o h o m e m g e r a n a m u l h e r a i m p o s s i b i l i d a d e d e c o m p r e e n d e r e m a s s u n t o s d e o r d e m

r e l i g i o s a : é p o r e s s a r a z ã o q u e a f i l h a d e v e t e r a r e l i g i ã o d o p a i e t o d a a m u l h e r a d o s e u m a r i d o . A p r o c u r a d a s

v e r d a d e s a b s t r a t a s e e s p e c u l a t i v a s , o s e s t u d o s f i l o s ó f i c o s e m a t e m á t i c o s n ã o e s t ã o a o a l c a n c e d o r a c i o c í n i o d a s

m u l h e r e s . O s s e u s e s t u d o s d e v e m e s t a r r e l a c i o n a d o s á p r á t i c a ; a e l a s c a b e a p l i c a r a s s o l u ç õ e s e p r o p o s t a s q u e o

h o m e m , c o m s u a m e n t e p r i v i l e g i a d a , d e s c o b r i u .

U m a d a s p r e o c u p a ç õ e s d o " s é c u l o d a s l u z e s " é p e n s a r a d i f e r e n ç a f e m i n i n a , d i f e r e n ç a s e m p r e m a r c a d a p e l a

i n f e r i o r i d a d e . T r a t a - s e d e c o n f e r i r á s m u l h e r e s a p e n a s p a p é i s s o c i a i s : e s p o s a , m ã e , d o n a d e c a s a . . . . . É p o r e s s a

f u n ç ã o d o m é s t i c a q u e a m u l h e r p o d e , d e a l g u m m o d o , s e r c i d a d ã .

M a s c i d a d ã s e m a c o m p e t ê n c i a p a r a s e e n v o l v e r e m p o l í t i c a , c u j a a n á l i s e s ó p o d e r i a e s t a r a o a l c a n c e d o s h o m e n s .

P o d e m o s d i z e r q u e a i d e o l o g i a m a i s r e p r e s e n t a t i v a d o s é c u l o X V I I I c o n s i s t e e m c o n s i d e r a r q u e o h o m e m é a c a u s a

f i n a l d a m u l h e r .

OS LIMITES DO ILUMINISMO:

Page 23: Iluminismo

- o culto ao progresso;

- o apego à razão;

- a liberdade;

- valorização da ciência;

AS HERANÇAS...