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9 e 10 de setembro de 2011 PRÁXIS REVISTA ISSN: 1984-4239 ISSN: 1984-4239 Centro Universitário de Volta Redonda - Ano III Edição Especial - Setembro/2011 Centro Universitário de Volta Redonda - Ano III Edição Especial - Setembro/2011

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9 e 10 de setembro de 2011

PRÁXISREVISTA

ISSN: 1984-4239ISSN: 1984-4239

Centro Universitário de Volta Redonda - Ano IIIEdição Especial - Setembro/2011

Centro Universitário de Volta Redonda - Ano IIIEdição Especial - Setembro/2011

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Coordenação geral do simpósio

Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues

Comissão organizadora

Adilson da Costa Filho Aline Viviane de Oliveira

Andreza de Jesus Dutra Silva Angélica Aparecida Silva Arieira

Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues Daniel Marchi De Oliveira João Luiz Leão de Oliveira

Ligia Maria Fonseca Affonso Lijamar de Souza Bastos Luciana Sessa Generoso

Lucimar Teixeira da Silva Maria Auxiliadora Motta Barreto

Maria de Fátima Alves de Oliveira Mariane de Paula Gomes Mayara Athanázio Diogo

Renata Pereira Ribeiro Rosana Aparecida Ravaglia Soares Rosane Moreira Silva de Meirelles

Taís de Souza Santos

Comitê Científico

Andréa Carla de Souza Góes (UERJ) Andréa Espinola de Siqueira (UERJ)

Carlos Vítor de Alencar Carvalho (USS e UniFOA) Fábio Aguiar Alves (UFF)

Marcelo Paraiso Alves (UniFOA) Maria Auxiliadora Mota Barreto (UniFOA)

Maria de Fátima Alves de Oliveira (UniFOA) Ronaldo Figueiró Portella Pereira

Rosana Aparecida Ravaglia Soares (UniFOA) Rosane Moreira Silva de Meirelles (UniFOA)

Sergio Elias Vieira Cury (UniFOA) Waisenhowerk Vieira de Melo (UERJ / PMCRJ)

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Palestra de Abertura

Panorama Atual do Ensino de Ciências no Brasil e Perpectivas Futuras

Dra. Luzia Marta Bellini (UEM)

Mesa-redonda: Ensino de Ciências

Escola de Inclusão – (in)formando para melhor formar: atualização sobre pessoas com necessidades especiais

Dra. Helena Carla Castro (UFF)

A práxis educativa em ensino de ciências: atuação do IFRJ/Campus Volta Redonda

Dra. Marta Ferreira Abdala Mendes (IFRJ)

Experimentação em sala de aula

Msc. Waisenhowerk Vieira de Melo (UERJ)

Mesa-Redonda: Meio Ambiente

Aspectos da descentralização da Gestão Ambiental no Brasil

Msc. Francisco Jácome Gurgel Júnior (UniFOA)

Saúde e meio ambiente: desafios da saúde ambiental

Msc. Adriano Arnóbio José da Silva e Silva (UEZO)

Manejo de Fauna

Msc Leandro de Macedo Silva Reis (UFRJ)

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Sumário

A Educação Ambiental no cotidiano escolar: um estudo de caso no município de Volta Redonda, o projeto “aprendendo a reciclar” ....................................................................................................... 9

A formação de professores em ciências: representações e o fulereno - uma aplicação .................... 11

A interface entre o Diabetes Mellitus tipo II e a hipertensão arterial sistêmica: Aspectos bioquímicos .................................................................................................................................. 13

A matemática e o ensino médio noturno: uma experiência de Avaliação e de Aprendizagem......... 15

A Municipalização do Licenciamento Ambiental no Estado do Rio de Janeiro: avanços e perspectivas .................................................................................................................................. 17

Absorção de líquidos com materiais sustentáveis para aplicação em embalagens ........................... 19

Acolhimento na atenção primária: contribuições de profissionais de saúde .................................... 21

Agenda 21 do Colégio Estadual Doutor Joao Maia – Resende/RJ: Resgatando a nossa praça ........ 23

Ambientes virtuais de aprendizagem: criação e uso de um blog em educação ambiental. ............... 25

Análise dos parâmetros salivares de crianças portadoras de Artrite Idiopática Juvenil ................... 27

Aplicação da poliuretana derivada do óleo de mamona para moldes de feto .................................. 29

Aprendendo a Ensinar Zoologia com Jogos ................................................................................... 31

Associação entre memória e perda dentária em adolescentes ......................................................... 33

Atenção à Saúde do Idoso: Instrumentalizando o profissional de saúde na atenção primária .......... 35

Atividades lúdicas no ensino de Nutrição ...................................................................................... 37

Aulas de Genética: A intenção de proporcionar um letramento científico por meio de diferentes práticas metodológicas .................................................................................................................. 39

Aulas práticas virtuais como instrumento de aprendizagem no ensino de Química ........................ 42

Avaliação da declaração de nascidos vivos e a importância da orientação quanto as consultas de pré-natal e puericultura em uma unidade básica de Saúde da Família no município do Sul Fluminense ................................................................................................................................... 44

Avaliação da presença de extensões anteriores dos seios maxilares por meio de tomografia computadorizada por feixe cônico ................................................................................................. 46

Avaliação da saúde do escolar na percepção do Enfermeiro do Programa Saúde na Escola............ 48

Avaliação da translucidez de uma cerâmica dentária nacional com diferentes temperaturas de sinterização ................................................................................................................................... 50

Avaliação Motora: uma ferramenta de validação do trabalho do professor de Educação Física ...... 52

Balanço da implantação da Lei de Educação Ambiental (9795/99) na educação formal, após dez anos de existência. ........................................................................................................................ 54

Banco Ambiental: aprendendo a preservar .................................................................................... 57

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Campanha educativa para o consumo consciente de energia elétrica do centro Universitário de Volta Redonda .............................................................................................................................. 59

Compostagem nas escolas ............................................................................................................. 61

Confecção de cartilha para prevenção à carie precoce infantil ....................................................... 63

Considerações iniciais da implantação do espaço da ciência no município de Barra Mansa. .......... 65

Consumo da merenda escolar entre alunos de escolas públicas ...................................................... 67

Contribuições da política nacional de educação ambiental na formação profissional dos alunos do curso de Aprendizagem Industrial do SENAI de Vassouras / RJ .................................................... 69

Contribuições inovadoras para o ensino da Gestão do Sistema de Saúde no Brasil ........................ 71

Desenvolvimento de DVD educacional: “apresentamos: as enzimas” ............................................ 73

Desenvolvimento de estratégia educativa sobre aleitamento materno visando ao ensino entre acadêmicos da área de Ciências da Saúde ...................................................................................... 75

Desenvolvimento e avaliação de software educacional sobre Assistência Neonatal para curso Técnico Profissionalizante de Enfermagem ................................................................................... 77

Diagnóstico da possibilidade de incorporação do lodo da ETA Nova em cerâmica vermelha ......... 79

Ecoturismo e educação ambiental .................................................................................................. 81

Educação ambiental como agente transformador nas empresas de Volta Redonda ......................... 83

Educação ambiental do oprimido: estudo de caso em Volta Grande IV.......................................... 85

Educação Ambiental e Ensino: mediação através da história ......................................................... 87

Educação Ambiental em trilhas interpretativas .............................................................................. 89

Educação ambiental, social e cultural a enfermagem e a temática do meio ambiente ..................... 91

Educação Ambiental, sua relevância na Literatura Brasileira ......................................................... 93

Educação Ambiental: visões e ações ............................................................................................. 95

Efeitos do ruído ambiental em salas de aula .................................................................................. 97

Ementa de educação ambiental para as engenharias da UFF em Volta Redonda .......................... 100

Enfermagem e educação ambiental: uma nova proposta para o cuidar em Enfermagem. .............. 102

Ensino de Ciências: o uso de oficinas de cor luz e pigmento como estratégia pedagógica para um ensino contextualizado e interdisciplinar ..................................................................................... 104

Ensino de Enfermagem: proposta de um manual de práticas ........................................................ 106

Ensino em Ciências da Saúde e Neuroanatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular: proposta para o processo de ensino-aprendizagem na graduação de Medicina da UniFOA. ........................ 108

Esporte e natureza: produções metodológicas para o ensino da educação ambiental .................... 110

Evasão Escolar como consequência do aumento da incidência de gravidez na adolescência – análise do problema e propostas de solução ............................................................................................ 112

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Experiência docente na elaboração de manual de práticas para a disciplina de microbiologia industrial ..................................................................................................................................... 114

Facebook como plataforma de Ensino em Sáude ......................................................................... 116

GPS na educação ambiental ........................................................................................................ 118

Hidroelétrica de Simplício e o rio Paraíba do Sul: remoção e relocação do lixão de Sapucaia para o aterro sanitário e a contaminação da água .................................................................................... 120

História do basquetebol em volta redonda: Possível metodologia para o Ensino em Ciências da Saúde .......................................................................................................................................... 123

Hospital sentinela: uma rede a serviço da qualidade da formação em saúde ................................. 125

II Mostra de Ciências das Escolas Municipais de Barra Mansa .................................................... 127

(II MOCEM): Estudo preliminar da 1ª Etapa ............................................................................... 127

Instrumentalizando os Docentes do Ensino Fundamental quanto à sexualidade do Adolescente... 129

Kit sobre coleta seletiva de lixo ................................................................................................... 131

Lex Ambiente: uma ferramenta para o ensino da legislação ambiental......................................... 133

Livro Digital 3D de Embriologia Humana: uma experiência multidisciplinar. ............................. 135

Manual sobre o atendimento do adolescente para discentes de Medicina ..................................... 137

Meio ambiente e Ação: Uma proposta dinâmica e facilitadora no processo ensino aprendizagem no Ensino de Ciências e Biologia ..................................................................................................... 139

Meio ambiente e Educação Ambiental: a abordagem dos professores .......................................... 141

Método de Ensino de Endodontia de molares na graduação em Odontologia com auxílio de recurso audiovisual .................................................................................................................................. 143

Metodologia de ensino para acadêmicos de Enfermagem nas condutas do cuidar: vídeo-aula de exame físico abdominal ............................................................................................................... 145

Metodologia para o Ensino de Saúde e Meio Ambiente aos adolescentes do município de Resende: considerações iniciais .................................................................................................................. 147

Mídias escritas como suporte didático no ensino de Estatística para o 1° ano do Ensino Médio do Curso Normal ............................................................................................................................. 149

Mudanças pedagógicas no ensino de Semiologia para discentes de Medicina .............................. 151

Musicalização infantil: formação docente para Educação Ambiental ........................................... 153

Noções básicas de direito para estudantes de medicina e suas repercussões na relação médico-paciente....................................................................................................................................... 155

O Centro de Referência de Educação Ambiental De Resende – CREAR – no contexto de nossos dias ............................................................................................................................................. 157

O Enfoque CTS (Ciência - Tecnologia - Sociedade) e a Educação Ambiental – uma discussão emergente ................................................................................................................................... 159

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O Ensino de Ciências e a Literatura Infantil ................................................................................ 161

O Ensino em Ciências da Saúde na estratégia de Saúde da Família: metodologias aplicadas para a capacitação de agentes comunitários ........................................................................................... 163

O ensino interdisciplinar entre Física e Matemática: uma nova estratégia para minimizar o problema da falta dos conhecimentos matemáticos no desenvolvimento do estudo de física ....................... 165

O Ensino Médico Pediátrico no país e a necessidade de mudanças .............................................. 168

O processo de aprendizagem de surdos ....................................................................................... 170

O uso de dinâmicas de grupo e aulas-passeio no ensino de ciências ............................................. 172

Oficina de prevenção de acidentes na infância: a promoção da saúde no âmbito escolar .............. 174

Oficina itinerante: espaço de construção de conhecimento........................................................... 176

Oficinas de Ciências: interação entre o saber científico e o saber popular .................................... 178

Oficinas pedagógicas em microbiologia e biologia celular........................................................... 180

Organização de prontuários: contribuições de profissionais de uma Unidade Saúde da Família ... 182

Perspectivas da pedagogia da Práxis no ensino de Física ............................................................. 184

Práticas corporais no Centro de Atenção Psicossocial CAPS Nossa Casa – Cartografia de uma oficina terapêutica ....................................................................................................................... 186

Prevalência de lesões dentárias traumáticas em indivíduos com Autismo .................................... 188

Principais propostas do novo Código Florestal Brasileiro: uma análise crítica ............................. 190

Problemas na aprendizagem de escolares devido a ruídos no ambiente de estudo ........................ 192

Procedimentos responsáveis em relação ao descarte de medicamentos no ambiente doméstico .... 194

Prova Brasil: sugestões metodológicas para a Rede Pública......................................................... 196

Reabilitação cardiorrespiratória: Orientações para pratica de atividade física com supervisão indireta ........................................................................................................................................ 198

Relação entre o Jornalismo e a Educação Ambiental ................................................................... 200

Rotulagem de alimentos: decifrando termos técnicos ................................................................... 202

Saúde do idoso: o profissional de saúde na atenção primária e a medicina humanizada ............... 204

Sustentabilidade e práticas profissionais ...................................................................................... 206

Tendências psicossocias de mestrandos profissionalizantes ......................................................... 208

Tratamento químico de efluente contaminado com cromo para reuso em aulas práticas ............... 210

Ultrassonografia multimídia como estratégia de ensino para o rastreamento de aneuploidias e patologias fetais .......................................................................................................................... 212

Uma avaliação sobre a questão da sustentabilidade nos livros didáticos de biologia recomendados pelo PNLEM-2009 ...................................................................................................................... 214

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Uso de adoçantes dietéticos: Orientações para médicos, nutricionistas, professores e profissionais de saúde ........................................................................................................................................... 216

Utilização de materiais sustentáveis no desenvolvimento de compósitos ..................................... 218

Utilização da coluna de winogradsky para a demonstração do efeito dos metais pesados na microbiota oxidante de enxofre em ambientes aquáticos: uma abordagem experimental .............. 220

Uso da Tabela Periódica como aplicativo para o Ensino de Química ........................................... 222

A Abordagem da Microbiologia no Livro Didático ..................................................................... 224

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A Educação Ambiental no cotidiano escolar: um estudo de caso no município de Volta

Redonda, o projeto “aprendendo a reciclar”

Irinéa da Gloria Pereira Brígida*¹, Cláudia Piccinini²

¹ Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio

² Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

Faculdade de Educação/ Departamento de Didática

Palavras-chave: Educação Ambiental, Representações Sociais, Práxis.

INTRODUÇÃO

Apresentamos os resultados do estudo “A educação ambiental no cotidiano escolar: um estudo de

caso no município de Volta Redonda, o projeto “Aprendendo a Reciclar”, realizado em uma escola

da Rede Municipal de Ensino de Volta Redonda.

OBJETIVOS

Investigar as representações sociais de Educação Ambiental (EA) e de meio ambiente das

educadoras;

Compreender como as representações sociais de meio ambiente das educadoras

influenciaram nas práticas de Educação Ambiental escolar;

Verificar até que ponto estas práticas de EA escolar contribuíram para a transformação da

comunidade escolar e de seu entorno.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI,

2003) e o Estudo de Caso. Os métodos adotados para coleta de dados foram: entrevistas semi-

estruturadas, observação de aulas e de documentos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Comparando as representações de meio ambiente encontradas com as representações de EA,

percebemos o predomínio de ideias que compõem uma representação comportamentalista de EA.

As práticas pedagógicas nos informam a sobreposição de duas vertentes da EA que Carvalho (2001,

p.46) denominou EA comportamental e EA popular.

As práticas pedagógicas observadas privilegiam as mudanças no comportamento individual, em que

o meio ambiente é percebido como algo externo aos seres humanos. Essa concepção de acordo com

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10 Tozoni-Reis (2007, p.201), tem como eixo “a ação empírica, ativista e imediatista para a

conservação ambiental, desvinculada da ação política”.

CONCLUSÕES

Há uma sobreposição com as representações de EA comportamentalista, ativista e

sensibilizadora;

Houve uma grande participação da comunidade escolar no projeto;

Necessidade de privilegiar o aspecto formativo nesta dimensão da educação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, Isabel C. de M. Qual educação ambiental? Elementos para um debate sobre

educação ambiental e extensão rural. Revista Agroecologia e Desenvolvimento Rural

Sustentável. Porto Alegre: v.2, n.2 abr./jun., 2001.

MOSCOVICI, Serge.Representações sociais: investigações em psicologia social. RJ: Vozes, 2003.

TOZONI-REIS, Marília. Contribuições para uma pedagogia crítica na educação ambiental:

reflexões teóricas. In: Loureiro (org). A questão ambiental no pensamento crítico: natureza,

trabalho e educação. Rio de Janeiro: Quartet, 2007.

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11

A formação de professores em ciências: representações e o fulereno - uma aplicação

Edison de Sousa1*, Alexandre Yasuda Miguelote2 e Cristina Novikoff3. 1 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) 2 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) 3 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)

Palavras-chave: ciências, educação, formação, modelos.

INTRODUÇÃO

Considerando que a educação ainda sofre alguns problemas refletidos nas práticas pedagógicas,

esse trabalho procura discutir a formação inicial e continuada dos professores (GATTI &

BARRETO, 2009); procurando, também, fornecer subsídios a aos professores com um estudo de

caso visando refletir sobre as representações dos estudantes (MANUEL & MONTERO, 1995;

PINTO, FONSECA & VIANNA, 2007) e, finalmente, o desenvolvimento de uma atividade sobre

modelos, para uma feira de ciências, cujo nome é historia do fulereno (ROCHA-FILHO, 1996).

OBJETIVOS

Visando, então, não somente discutir a formação dos professores como também propor uma

atividade relacionada ao ensino de ciências (física), o presente trabalho tem por objetivo trazer um

tema recente (a molécula denominada fulereno), buscando contextualizá-lo através da

interdisciplinaridade.

METODOLOGIA

Primeiramente foram discutidas a formação inicial e continuada dos professores; depois, alguns

problemas envolvendo o ensino de ciências e física, um estudo de caso e, finalmente, a aplicação

referente ao fulereno. Todavia, para o desenvolvimento do trabalho com os estudantes, em cada

uma das cinco turmas da 1ª série de uma escola pública federal, foi discutido como as diferentes

disciplinas poderiam contribuir com a pesquisa e também foi apresentado um relato sobre a

molécula.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Durante a apresentação dos trabalhos na feira de ciências foram fotografadas as modelagens

confeccionadas pelos estudantes, feito registros e entrevistas pelo professor orientador para

posterior análise. Desse modo, observou-se que a integração entre as disciplinas ficaria na

dependência de um planejamento com bases reais, visando relacionar as concepções e os

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12 conhecimentos dos estudantes, aprofundando aspectos da vida cotidiana e mostrando que a visão

científica dos fenômenos naturais ocorre através de teorias e modelos.

CONCLUSÕES

Considerando-se os objetivos propostos no início dos trabalhos, pode-se concluir pelos assuntos

expostos, que o tema escolhido possibilita a integração entre as diferentes disciplinas escolares,

tanto em relação à aplicação de conhecimentos originados na escola quanto de informações de

outras fontes obtidas pelos estudantes.

REFERÊNCIAS

GATTI, A. B; BARRETO, E. S. de S. Professores do Brasil: Desafios e impasses. Brasília:

UNESCO, 2009.

MANUEL, J. de & MONTERO, A. M. Investigación educativa: dificuldades em la aprendizaje del

modelo Sol-Tierra, implicaciones didácticas. Enseñnza de las Ciencias de la Tierra, p.91-101, 1995.

PINTO, S. P. & FONSECA, O. M. da; VIANNA, D. M. Formação continuada de professores:

Estratégia para o ensino de astronomia nas séries iniciais. Caderno Brasileiro de Ensino de Física,

v.24, n.1, p.71-86, 2007

ROCHA-FILHO, R. C. Os fulerenos e sua espantosa geometria molecular. Química Nova na

Escola, n.4, p. 7-11, Nov, 1996.

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A interface entre o Diabetes Mellitus tipo II e a hipertensão arterial sistêmica: Aspectos

bioquímicos

Pedro Lopes Fraga1*, Bruno José Martini Santos1, Marise Ramos de Souza Oliveira2 1Acadêmico do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

2Docente do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Inibidores da ECA

INTRODUÇÃO

O retardo para o início do tratamento do Diabetes Mellitus pode acarretar no desenvolvimento de

doenças cardiovasculares, retinopatias, neuropatias autonômicas e periféricas, nefropatias, doença

vascular periférica, aterosclerose, doença cerebrovascular, hipertensão, susceptibilidade a infecções

e doenças periodontais (ARSA et al., 2009). É, portanto, de suma importância estabelecer a

correlação entre o diabetes mellitus tipo II e a hipertensão arterial, uma vez que ambas as patologias

possuem diversos efeitos sistêmicos e necessitam de um correto tratamento para maior sobrevida do

paciente com qualidade de vida.

OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é expor através de bases bioquímicas a possível interface entre o Diabetes

Mellitus Tipo II e a Hipertensão Arterial Sistêmica, tendo como principal enfoque a ativação da via

JAK/STAT/SOCS-3 nestas duas enfermidades.

METODOLOGIA

Foi feita a revisão de literatura em periódicos, livros e artigos a partir do ano de 1990 sobre o Cross

talk da via de sinalização da insulina e angiotensina II, o papel da proteína SOCS-3 sobre a

modulação do sinal intracelular da angiotensina II e as possíveis implicações moleculares.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Como revisto por Calegari (2006), as proteínas SOCS podem ser induzidas através da ativação da

via JAK/STAT por vários hormônios, como leptina, insulina, hormônio do crescimento, prolactina

e angiotensina II. Além disso, SOCS3 é capaz de se ligar diretamente às proteínas IRS e direcioná-

las para a degradação proteossômica (RUI et al., 2002). Desta forma, sugere-se que as proteínas

SOCS3 sejam potentes inibidores da sinalização da insulina. Este fato é de grande interesse, uma

vez que a expressão de SOCS3 está aumentada em várias situações associadas com resistência à

insulina (UEKI et al., 2005).

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14 Além disso, a indução da SOCS-3 pela angiotensina II impede a ativação da via JAK-2/STAT-5b

pela insulina. No nível funcional, o aumento da expressão de SOCS3 induzido pela angiotensina II

impede a translocação do GLUT intracelular para a superfície da membrana. Portanto, a SOCS3

representa uma interface nos sistemas de sinalização de insulina e angiotensina II.

CONCLUSÕES

Conclui-se que há correlação direta entre a angiotensina II e a resistência insulínica em portadores

de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus tipo II.

O controle farmacológico da hipertensão arterial sistêmica deve ser instituído, sempre que possível

com inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), com o propósito de diminuir a

ativação dos receptores AT1, pela angiotensina II, portanto, assim, minimizar os efeitos de

resistência insulínica desses pacientes oriundos da ativação da via JAK/STAT/SOCS-3.

REFERÊNCIAS

ARSA, Gisela et al. Diabetes Mellitus Tipo 2: Aspectos fisiológicos, genéticos e formas de

exercício físico para seu controle. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum. 2009, 11(1):103-

111

CALEGARI, Vivian Cristine. Papel da proteína SOCS3 sobre a modulação do sinal intracelular da

Angiotensina II e sobre o cross-talk entre a sinalização da Angiotensina II e da insulina em tecido

cardíaco de ratos. Campinas, SP : [s.n.], 2006.

RUI, L; YUAN, M; FRANTZ, D; SHOELSON, S; WHITE, M.F. SOCS-1 and SOCS-3 block

insulin signaling by ubiquitin-mediated degradation of IRS-1 and IRS-1. J Biol Chem 2002; 277:

42394-8

UEKI, K; KADOWAKI, T; KAHN, C.R. Role of suppressors of cytolkine signaling SOCS-1 and

SOCS-3 ind hepatic steatosis and the metabolic syndrome. HepatologyResearch 2005; 33: 185-92.

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15

A matemática e o ensino médio noturno: uma experiência de Avaliação e de Aprendizagem

Márcia Oliveira da Silva Gonçalves

Clícia Valladares Peixoto Friedmann

Palavras-chave: Avaliação Educacional, Educação Matemática, Ensino Médio Noturno e

Experiência Pedagógica.

INTRODUÇÃO

Podemos observar que a matemática constitui-se como uma disciplina que geralmente causa

preocupação aos alunos. Grande parte acredita que terá dificuldade para aprender e ignora que a usa

cotidianamente nas atividades mais simples, como a compra de um produto ou pagamento de uma

conta de serviços residenciais, como a luz e o gás. Se não bastasse tal cenário, vive-se hoje um

período de grande desenvolvimento tecnológico e a escola precisa cada vez mais orientar seus

alunos para viver e produzir nesse mundo globalizado, no qual a matemática exerce uma grande

influência. Mas a realidade que vivenciamos é bem distinta, a escola não tem sido capaz de habilitar

os alunos no uso de simples conceitos matemáticos.

OBJETIVOS

A presente pesquisa tem por objetivo apresentar uma proposta de avaliação, considerando como

elementos fundamentais o aluno, o professor, o conteúdo ensinado, o contexto social, o processo

educativo, ou seja, uma avaliação que abranja todo o contexto de aquisição do conhecimento do

educando. O ensaio dessa proposta foi efetuado numa experiência de avaliação em matemática,

realizada com os alunos do primeiro ano do Ensino Médio noturno regular de uma escola pública

estadual do Rio de Janeiro, localizada na Barra da Tijuca.

METODOLOGIA

Ao se desenvolver um estudo qualitativo, é sabido que não se encontrarão as experiências em ato,

os dados postos, uma realidade como resultado. Há que, diferentemente disto, se construir uma

leitura, de fornecer uma integibilidade aos dados e de tornar a realidade também como postulado

(Martins, 2002.)

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

No decurso da pesquisa pudemos observar que a escola verdadeiramente cidadã e de qualidade não

se restringe apenas a ofertar um número suficiente de matrículas, sua existência significa oferecer

aos seus alunos uma educação de qualidade e em sintonia com o seu cotidiano. Foi no intuito de nos

indagar que escola é vivenciada pelos alunos brasileiros que optamos por analisar o ensino noturno

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16 e as relações estabelecidas por seus alunos e a aprendizagem da matemática. Assim, destaca-se a

ausência de uma estrutura física, de número suficiente de professores e profissionais de apoio, de

materiais didáticos e condições de segurança. Identificamos também, nos alunos que participaram

das atividades propostas, uma séria defasagem dos conteúdos das séries anteriores, o que torna mais

complexo ainda mais o processo educativo desses alunos.

CONCLUSÕES

Na experiência organizada que serviu de observação para o nosso estudo, pudemos perceber ainda

que, quando os educandos são estimulados e é oferecido a eles material de apoio pedagógico, o

rendimento qualitativo aumenta consideravelmente e eles também se sentem mais confiantes em dar

continuidade aos seus estudos. Nesse sentido, realizar este estudo nos permitiu analisar de maneira

mais profunda as condições do ensino regular noturno da educação básica brasileira e a nossa

atuação como docente da área da matemática. Percebemos assim que a escola urge de melhores

condições de ensino e de aprendizagem. Ou seja, para efetivar uma nova proposta de escola, uma

proposta realmente democrática e solidaria é necessário à adaptação do projeto pedagógico ao seu

cotidiano, novas posturas quanto à prática em sala de aula e o processo de avaliação, e ainda a

construção de uma nova filosofia educativa.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Brasília: MEC, 2010.

LÜDKE, M. A O Papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. Campinas: Papirus,

2002.

MORAES, S. Avaliação do processo de ensino e aprendizagem em Matemática: contribuições da

teoria histórico-cultural. Tese. SP: USP, 2008.

TOGNI, A. C.; SOARES, M. J. C. A Escola Noturna de Ensino Médio no Brasil. Revista

Iberoamericana de Educación: Madrid, España, n.44, p.61-76, maio/ago 2007.

Page 19: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

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A Municipalização do Licenciamento Ambiental no Estado do Rio de Janeiro: avanços e

perspectivas

* Tiphane Andrade Figueira1, Débora Paiva2, Paulo Cesar Pereira3, Felipe da Costa Brasil4.

Graduanda em Eng. Ambiental, Universidade Severino Sombra,Vassouras, RJ. 1

Mestrando em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ. 2

Coordenador do Mestrado em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ3

Palavras-chave: Licenciamento Ambiental, Políticas Públicas e Gestão Ambiental.

INTRODUÇÃO

O Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental

responsável, licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e

atividades utilizadoras de recursos ambientais potencialmente ou efetivamente poluidoras,

considerando as disposições legais e regulamentares, e as normas técnicas relacionadas. Pela

Constituição Federal de 1988, compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local e

promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle de uso, do

parcelamento e ocupação do solo urbano. No Estado do Rio de Janeiro, a Resolução do Órgão

Ambiental Estadual, INEA n° 12, de 8 de junho de 2010, alterada pela Resolução INEA n° 26, de

23 de dezembro de 2010 dispõe sobre os empreendimentos e atividades cuja responsabilidade pelo

licenciamento ambiental foi transferida para os municípios, por meio de convênios (RESOLUÇÃO

CONAMA 237/97). Apesar desta descentralização trazer aos municípios uma perspectiva de maior

efetividade na utilização dos recursos ambientais, devido à proximidade para aferir os impactos

decorrentes dessas atividades, nem todos os municípios estão plenamente preparados para assumir

essas atividades.

O objetivo deste trabalho é avaliar o processo de municipalização do Licenciamento Ambiental nos

municípios da bacia do Rio Paraíba do Sul e suas adequações à Resolução INEA nº 12,

compreendendo as áreas das superintendências regionais do INEA de Volta Redonda, Itaguaí e

Petrópolis.

METODOLOGIA

Este trabalho esta sendo desenvolvido através de investigação exploratória documental junto as

fontes disponíveis do INEA, para a identificação dos principais cenários dos processos de

municipalização do licenciamento ambiental de parte da bacia do Rio Paraíba no Sul e compreende

municípios que estão compreendidos nas áreas das superintendências regionais do INEA de Volta

Redonda, Itaguaí e Petrópolis. Inicialmente foram levantados e analisados os dados socioambientais

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18 destes municípios e a formalização do convênio de municipalização do licenciamento ambiental,

analisando a formação das equipes técnicas, o código ambiental municipal e as classes poluidoras

que poderão ser licenciadas pelo município através da Resolução INEA 12 de 2010.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

O resultado preliminar obtido pelo trabalho demonstra uma desinformação e falta de estrutura

generalizada por parte das prefeituras e secretarias de meio ambiente. Entre os trinta e três

municípios que compreendem a bacia do Rio Paraíba do Sul, somente treze deles estão autorizados

a licenciar empreendimentos. Essa limitação se deve principalmente a entraves que impedem as

secretarias de meio ambiente de atender aos pré-requisitos exigidos pelo convênio do INEA para o

licenciamento das diferentes classes de potencial poluidor. As principais dificuldades encontradas

são a falta de estrutura física das secretarias de meio ambiente, a não contratação de pessoal

qualificado para formação do corpo técnico requerido, falta de um fundo para o meio ambiente,

desinteresse das prefeituras.

CONCLUSÕES

O licenciamento ambiental por parte dos municípios é uma importante ferramenta para agilizar e

incentivar a adequação de empreendimentos às leis ambientais instituídas. O cumprimento de tais

leis beneficia não só os empreendedores, como também os gestores municipais e cidadãos pela a

agilização deste procedimento. Os dados preliminares deste trabalho sugerem a necessidade de

intensificação desta pesquisa que já esta em andamento com o objetivo de auxiliar na detecção das

principais limitações e soluções para a consolidação dos convênios.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FIRJAN, Manual de Licenciamento Ambiental. Rio de Janeiro: SEBRAE, 2010. 36p.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237 de 19 de dezembro de 1997.

RESOLUÇÃO INEA Nº 12 de 08 de junho de 2010.

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Absorção de líquidos com materiais sustentáveis para aplicação em embalagens

Desiane de Carvalho M. Brum1, Marcelo Augusto Mendes da Silva1; Daniella Regina Mulinari1

1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

Palavras-chave: coroa do abacaxi, PEAD, sorção de líquidos

INTRODUÇÃO

Criar produtos capazes de substituir os tradicionais plásticos fabricados à base de petróleo é o

desafio de vários pesquisadores em seus laboratórios para obter material semelhante, tendo como

matriz de transformação os biopolímeros, que são encontrados em seres vivos, como plantas e

microrganismos (ALVES et al, 2010).

Atualmente algumas rotas internacionais feitas pela TAM Linhas Aéreas, na classe econômica,

estão utilizando embalagens biodegradáveis para as refeições. As embalagens plásticas foram

substituídas por recipientes feitos de bagaço de cana de açúcar, a qual foi reduzido em 47% a

utilização do plástico nas novas embalagens. Os biodegradáveis são as bandejas, caçarolas

completas e saladeiras (REVISTA SUSTENTABILIDADE, 2011).

No entanto, esta produção apresenta alguns fatores negativos, como a baixa resistência à umidade, o

que torna elevado o custo para a utilização destes materiais. Por ser um produto biodegradável ele

sofre com a ação da água, pois, em contato com o líquido, o material pode se deformar ou degradar.

Para o uso sem problemas dessas embalagens é preciso a realização de um processo de

impermeabilização, o que eleva o custo da produção (CARVALHO et al., 2010).

OBJETIVO

O objetivo deste projeto foi avaliar a absorção de diferentes líquidos em um material biodegradável

obtido a partir das fibras provenientes da coroa do abacaxi (Ananas comosus L. Merril) e polietileno

de alta densidade (PEAD).

METODOLOGIA

As fibras provenientes da coroa do abacaxi e o polímero (polietileno de alta densidade) foram

misturados em um homogeneizador de plásticos e triturados em um moinho granulador.

Posteriormente os compósitos moídos foram secos em estufa por 2 h a 800C e foram moldados

utilizando uma injetora Jasot 300/130 com dimensões de acordo com a norma ASTM D 638 – 03.

Foram realizados ensaios de absorção de água, suco, refrigerante e NUT conforme a norma ASTM

D570-96.

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20 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Os ensaios de absorção de água, refrigerante, suco e NUT no material a ser utilizado como

embalagem foi satisfatório, pois a absorção de umidade para os plásticos, em geral, é baixa,

enquanto que os materiais lignocelulósicos possuem a tendência de absorver umidade, pois estes

são constituídos principalmente por celulose, lignina e hemicelulose que absorvem a umidade

(hidrofílicos) entre 6 e 14%. No entanto, a água foi o líquido que menos sorveu.

CONCLUSÕES

Com base nos resultados foi possível concluir que o material desenvolvido possivelmente poderá

ser aplicado em embalagens para bebidas. Entretanto, serão necessários outras análises.

REFERÊNCIAS

ALVES, C.; et al. Ecodesign of automotive components making use of natural jute fiber

composites. Journal of Cleaner Production, v.18, p.313-327, 2010. Disponível em:

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959652609003503.

CARVALHO, K.C.C. et al. Chemical modification effect on the mechanical properties of

HIPS/coconut fiber composites. BioResources, v.5 (2), p.1143-1155, 2010. Disponível em:

http://ncsu.edu/bioresources/BioRes_05/BioRes_05_2_1143_Carvalho_MVC_Chem_Mod_Mechan

_Prop_HIPS_Cocon_Compos_867.pdf

REVISTA SUSTENTABILIDADE. Disponível em: <http://www.revistasustentabilidade

.com.br/blogs/pecados-verdes/tam-adota-embalagens-biodegradaveis-para-refeicoes.> Acesso em:

09 de março de 2011.

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Acolhimento na atenção primária: contribuições de profissionais de saúde

Maria de Fátima da Rocha Pinto1*, Isabella de Resende Henriques1, Ilda Cecília Moreira da Silva1,2,

Rosane M. S. Meirelles1,3

1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

3Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ

Palavras-Chave: Saúde da Família; Acolhimento; Produção do Cuidado.

INTRODUÇÃO

A atenção à saúde deve ser marcada pela humanização e o acolhimento representa um importante

instrumento para humanizar as ações desenvolvidas na Atenção Primária. Conforme a prática de

acolher acontece, define a forma de cuidar por meio da criação de vínculos entre usuários e

profissionais de saúde no espaço das unidades de saúde. O acolhimento é um instrumento que

permite também reorganizar os processos de trabalho nas Unidades de Saúde.

O acolhimento na Saúde da Família é aplicado de forma profissional por pessoal capacitado para

essa função, onde o enfermeiro e todo restante da equipe estão preparados para fazer esta acolhida.

O encontro entre profissionais de saúde e os usuários estabelece a produção de vínculo. Percebe-se

uma negociação visando a identificação de suas necessidades, com o objetivo de se estimular nesses

usuários a autonomia quanto à sua saúde, ou seja, serem sujeitos da própria ação de saúde.

(SCHIMITH et al, 2004)

A produção do cuidado se dá entre o binômio: trabalhadores de saúde e usuários. Deve ser

entendido como algo abrangente, um mundo de possibilidades e a prática do cuidado ocorre em

todo o lugar onde acontece o encontro de diferentes sujeitos. É no encontro com o outro que somos

afetados e só assim se produz cuidado e vida. (FRANCO et al, 2010)

Revendo a literatura algumas práticas de cuidar implicam e se baseiam em formas de cuidado

fragmentadas e sem a percepção do outro que é o alvo desse cuidado, limitando o espaço do

encontro à realização de procedimentos com uso de tecnologias e cumprimento de normas. ”É na

ação contextualizada que integralidade e cuidado se entrelaçam”. (PINHEIRO et al, 2008)

O objetivo principal foi relatar como profissionais de saúde sugerem a prática do acolhimento e

especificar como ensinariam o acolhimento nas unidades de saúde.

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22 METODOLOGIA

Utilizou-se a pesquisa de campo com abordagem qualitativa e descritiva. O cenário foram quatro

Unidades Saúde da Família. Os sujeitos foram 16 profissionais de saúde. A coleta de dados foi

através de entrevista com cinco perguntas abertas semi-estruturadas.

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O estudo foi organizado em quatro categorias de análise: Escuta qualificada; Condições

desfavoráveis e favoráveis ao acolhimento; Classificação de risco; Observação da prática do

acolhimento.

Os resultados mostraram que profissionais entendem e realizam o acolhimento o que favorece a

humanização das ações. Demonstram dificuldade ao classificar o risco. Sugerem a aprendizagem

observando o outro em sua prática, identificando o problema a partir da realidade vivenciada,

envolvendo a comunidade em um processo de ensino e aprendizagem pela troca de experiências

entre trabalhadores de saúde e usuários.

CONCLUSÃO

Permitiu perceber o consenso de profissionais no entendimento e na prática do acolhimento que está

relacionado à ação de ouvir, receber bem, resolver o problema e/ou encaminhar. Os participantes do

estudo evidenciaram a importância de se colocar no lugar do outro e de se problematizar a realidade

como forma de ensino e aprendizagem. Sugerem a capacitação de profissionais para essa prática e

que se estabeleça um protocolo como guia para a prática do para o acolhimento.

REFERÊNCIAS

SCHIMITH Maria Denise; LIMA Maria Alice da Silva. Acolhimento e vínculo em uma equipe

do Programa Saúde da Família. Nov/Dez. 2004 vol.20 (6) Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro.

FRANCO Túlio Batista; GALAVOTE Heletícia Scabelo. Em Busca da Clínica dos Afetos. In:

Franco TB & Ramos VC. Semiótica, Afecção e Cuidado em Saúde. Hucitec. São Paulo, 2010

PINHEIRO Roseni; MATTOS Rubem Araújo (org.). Cuidar do Cuidado: responsabilidades com

a integralidade das ações de saúde. In: Silva FH, Gomes RS. Cuidado, integralidade e ética: em

busca da produção do comum. 1ª ed. Rio de Janeiro: CEPESC – IMS/UERJ – ABRASCO: 2008. P.

297.

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23

Agenda 21 do Colégio Estadual Doutor Joao Maia – Resende/RJ: Resgatando a nossa praça

Genise de Moura Freitas Ferreira*, Pamela Ullio

Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ)

Palavras-chave: Cidadania; Educação Ambiental; Meio Ambiente

INTRODUÇÃO

A Agenda 21 Global é um documento que constitui a mais abrangente tentativa já realizada de

promover um novo padrão de desenvolvimento, em escala planetária. É um instrumento de

planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas,

conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. O Colégio

Estadual Doutor João Maia comunga dessa proposta e acredita que a Educação Ambiental é uma

ferramenta importante para a concretização desses valores. Desde 2006 realiza anualmente uma

Jornada de Educação Ambiental envolvendo a comunidade escolar, parceiros e voluntários. Práticas

educativas que privilegiem Cidadania e Preservação Ambiental fazem parte da missão da escola.

OBJETIVO GERAL

O trabalho tem o objetivo de relatar o processo de elaboração da Agenda 21 do Colégio Estadual

Doutor João Maia. A construção da Agenda Escolar fez parte do curso de extensão Educação

Ambiental e Agenda 21 Escolar: Formando Elos de Cidadania à Distância - promovido pela

Universidade do Estado do Rio de Janeiro e oferecido a alunos e professores da rede estadual de

ensino.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Inserir a temática socioambiental no Projeto Político Pedagógico da escola;

Criar um ambiente propício ao planejamento participativo na gestão escolar;

Estimular o envolvimento da comunidade na resolução dos problemas apontados no

diagnóstico socioambiental da realidade escolar.

MATERIAIS E MÉTODO

O diagnóstico socioambiental da realidade envolveu alunos de nove turmas, 20 professores, 32

responsáveis e 05 funcionários. Optou-se pela aplicação de um questionário simplificado, direto e

aberto, por abranger um número significativo de participantes e garantir o anonimato e a liberdade

das respostas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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24 Foram relacionados 45 tipos de problemas; sendo os mais citados: a ausência de uma quadra

esportiva e as más condições de infraestrutura e segurança da praça onde a escola está inserida. O

projeto de intervenção da Agenda 21 Escolar prioriza o resgate do caráter social da praça, atrelando

a isso a conquista da quadra para as aulas de Educação Física. O cronograma do projeto de

intervenção da Agenda vem sendo cumprido com êxito. A comunidade escolar participou da

audiência pública na Câmara de Vereadores de Resende sobre um projeto de revitalização da praça

da escola e também organizou duas reuniões: uma com o secretário de arquitetura e urbanismo e

outra com a comunidade do entorno da praça e representantes da segurança pública e da prefeitura.

Além disso, alunos e professores realizaram um ato público reivindicando que a escola fosse ouvida

e opinasse sobre as mudanças propostas para a praça. Por conta da repercussão dessa manifestação,

um grupo de professores foi recebido pelo prefeito, secretários e também pelos vereadores da

Comissão de Educação da Câmara de Resende, recebendo a promessa da inclusão da quadra da

escola no projeto da praça.

CONCLUSÃO

A elaboração da Agenda 21 Escolar colabora para aumentar o envolvimento de alunos e professores

nas questões de interesse comum e consolida o papel da escola como intermediadora entre a

comunidade do entorno e o poder público no trato das questões mais urgentes da sua Agenda 21

Escolar.

REFERÊNCIAS

Agenda 21 brasileira: ações prioritárias / Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e

da Agenda 21 Nacional. 2. Ed. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004.

GIACOMINI FILHO, Gino. Ecopropaganda. São Paulo: Editora Senac, 2004.

ONU. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento: Agenda 21

Global. Rio de Janeiro, 1992.

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Ambientes virtuais de aprendizagem: criação e uso de um blog em educação ambiental.

Fátima Helena da Fonseca Miranda1,2*, Rosana Aparecida Ravaglia Soares1

e Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1 1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

2Escola Municipal Noel de Carvalho

Palavras- chave: blog, educação ambiental, processo ensino aprendizagem.

INTRODUÇÃO

As novas tecnologias hoje estão sendo muito úteis na educação escolar e comunitária, pois já fazem

parte do cotidiano do sujeito contemporáneo (VALENTE, 1999). Dentre essas tecnologias da

Informação e Comunicação destacam-se os ambientes virtuais de aprendizagem, entre eles os blogs,

que vem sendo usados por professores como ferramentas que fazem parte do conjunto de possíveis

motivadores e facilitadores da aprendizagem na cultura digital (OLIVEIRA, 2006).

Neste trabalho, relata-se a criação de um recurso virtual, o blog “Educar para o Cuidado”, articulado

à educação ambiental em uma escola do Município de Resende, interior do Estado do Rio de

Janeiro.

OBJETIVOS

Criar e implantar um blog para trabalhar educação ambiental.

Usar os conhecimentos da tecnologia digital para promover a educação ambiental.

METODOLOGIA

Escolheu-se o Blogger (www.blogger.com), site de criação de blog, que pertence ao Google para

criar o Blog Educar para o cuidado por ser o popular e completo. Utilizou-se o passo a passo

disponível no site por oferecer facilidade e rapidez ao ser executado. Escolheu-se um design que o

personalizou de acordo com as necessidades da professora e dos alunos. O cabeçalho foi usado para

inserir o título e o objetivo do Blog. Em seguida iniciou-se a inserção dos conteúdos e atividades

relacionadas a educação ambiental.

Após a criação foi realizada a divulgação do blog, onde a docente apresentou sua proposta aos

alunos: usar o blog como um arquivo disponível on-line com o conteúdo e os materiais de textos,

vídeos e atividades relacionadas a educação ambiental. Depois lhes informou o endereço:

http://www.educarparaocuidado.blogspot.com/ para que pudessem acessá-lo, tanto na escola como

fora dela.

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26 DISCUSSÕES

A construção de um blog possibilita a interação entre os sujeitos e promove a troca de idéias e a

resolução de desafios de forma colaborativa (Mantovani, 2011). Em virtude da facilidade de criá-

los, essas ferramentas chamadas de diários virtuais estão se multiplicando e criando possibilidades

de serem exploradas. Na Educação além da facilidade de utilização, organização de conteúdos e

comentários, ampliam-se as possibilidades de complementar as aulas dos professores de forma

inovadora e atraente.

CONCLUSÃO

A criação do blog possibilitou uma interação entre alunos e docente nesta perspectiva, nota-se que

quando o educador aproveita ao máximo esse recurso e as diversas possibilidades por ele oferecidas

aumentam o interesse dos alunos pela construção do conhecimento. Percebe-se que este recurso tem

se tornado bastante eficiente no aprendizado em educação ambiental. Até o início do mês de agosto

de 2011, após treze meses da sua criação, já se contabilizou XXXX acessos, mostrando ser esta uma

ferramenta de ensino propícia a ser utilizada em espaços formais e não-formais.

REFERÊNCIAS

MANTOVANI, Ana Margô. Weblogs na Educação: Construindo Novos Espaços de Autoria na

Prática Pedagógica. Disponível em http://www.tise.cl/archivos/tise/02.pdf. Acesso em: 12 de junho.

2011.

OLIVEIRA, Rosa Meire Carvalho de. Aprendizagem mediada e avaliada por computador: a

inserção dos blogs como interface na educação: In Marco Silva& Edméa Santos (orgs.), Avaliação

da Aprendizagem em Educação Online. SãoPaulo: Loyola, 2006, p.333-346.

VALENTE, José Armando, organizador. O computador na sociedade do conhecimento. Campinas,

SP:UNICAMP/NIED, 1999. 156p.

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Análise dos parâmetros salivares de crianças portadoras de Artrite Idiopática Juvenil

Alice Rodrigues Feres de Melo *¹ ², Mariana Ferreira Leite ²

¹ Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

² Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL

Palavras-chave: artrite idiopática juvenil; saliva; IgA

INTRODUÇÃO

A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) é a doença inflamatória auto-imune mais comum em crianças, e

pode ser definida como uma artrite de etiologia desconhecida que começa antes de 16 anos de idade

e persiste por pelo menos 6 semanas, quando outras condições conhecidas são excluídas

(HILARIO, 2005).

O número de estudos sobre a experiência de cárie em pacientes com AIJ é pequeno, porém cada

uma dessas pesquisas relata um aumento da prevalência de cárie nesses indivíduos (WELBURY et

al, 2003). O aumento de lesões de cárie é desconhecido, mas é provável que seja multifatorial

como: alto envolvimento dos membros superiores levando à incapacidade funcional e má

escovação, envolvimento da ATM com limitada abertura da boca, dificultando o acesso para a

escovação, uso de medicamentos orais contendo açúcar e dificuldades no atendimento odontológico

(WALTON et al, 2000).

A saliva desempenha um papel crucial na manutenção da saúde da boca. Uma redução na produção

desse fluido resulta não apenas na deterioração da saúde bucal, mas também na qualidade de vida

do indivíduo. Os indivíduos que sofrem do sintoma de boca seca (xerostomia) apresentam

dificuldades para comer, engolir, na fonação, sensação de queimação na mucosa oral, alterações de

paladar, infecções bucais e aumento de lesões cariosas (EDGAR; DAWES; O`MULLANE, 2010).

Dentre as diversas funções da saliva, os mecanismos antimicrobianos específicos, como a

imunoglobulina A (Ig A), e não específicos, como a lactoferrina, a lisozima e a mieloperoxidase,

auxiliam no controle da microflora oral, mantendo um equilíbrio saudável para as defesas do

hospedeiro e o ataque microbiano (EDGAR; DAWES; O`MULLANE, 2010).

O presente trabalho é um projeto de pesquisa a ser desenvolvido no Programa de Doutorado da

UNICSUL, cujo objetivo é realizar análise dos parâmetros salivares de crianças portadoras de artrite

idiopática juvenil e comparar os resultados com os encontrados em crianças não portadoras de AIJ.

Os parâmetros estudados serão o fluxo salivar e a concentração de proteína total e imunoglobulina

A (IgA). Além disso, também será avaliada a condição clínica dental através do índice CPOD.

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28 METODOLOGIA

Será coletada saliva de crianças atendidas na Clínica de Odontopediatria do Curso de Odontologia

do Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA (grupo controle) e crianças atendidas no setor

de Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira - Universidade Federal do Rio de Janeiro

(grupo estudo). Serão analisados os valores de fluxo salivar, capacidade tampão, proteínas totais e

IgA, e comparados com o grupo controle.

REFERÊNCIAS

EDGAR M., DAWES, C., O`MULLANE, D. Saliva e Saúde Bucal: composição, funções e efeitos

protetores. Tradução de Nilson D. Martello. 3 ed. São Paulo: Santos, 2010.

HILARIO, M.O.E. Artrite idiopática juvenil. Sinopse de Reumatologia, v.7, n. 3, p. 67-73, 2005.

WALTON, A. G., WELBURY, R. R, THOMASON, J. M., FOSTER, H. E. Oral health and

juvenile idiopathic arthritis: a review. Clin Rheumatol. v. 39, p. 550–5, 2000.

WELBURY, R.R., THOMASON, J. M., FITZGERALD, J.L., STEEN, I.N., MARSHALL, N.J.,

FOSTER, H.E. Increased prevalence of dental caries and poor oral hygiene in juvenile idiopathic

arthritis. Oxford Journal. v. 42, n. 12, p. 1445-51, 2003.

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29

Aplicação da poliuretana derivada do óleo de mamona para moldes de feto

Elton de Oliveira Rodrigues1, Claudia Yamada Utagawa1; Daniella Regina Mulinari1*; Moacyr

Ennes Amorin1 1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

Palavras chaves: poliuretana, fibras de bagaço de cana, moldes de feto

INTRODUÇÃO

Atualmente o projeto Fetos 3D utiliza as tecnologias de modelagem tridimensional e prototipagem

rápida para o desenvolvimento de modelos físicos de fetos ainda no útero. O material usado para a

fabricação desses “bonecos fetos” é uma resina fotossensível e também um composto à base de

gesso e o resultado é uma contribuição efetiva para a ciência, com produção de modelos com

grande precisão e possibilidades de detalhamento para usos didáticos (LOPES, 2010).

Esta técnica consiste em digitalizar imagens geradas por exames tradicionais de ultrassonografia e

ressonância magnética, feitos durante a gravidez. As imagens são transformadas em modelos

matemáticos e, por meio de um programa de computador, produzem retratos em terceira dimensão

do bebê. É uma tarefa artesanal. A partir dos modelos tridimensionais são feitos os protótipos dos

fetos, de plástico ou de material mais resistente (LOPES, 2010).

Levando-se em consideração a conscientização da didática na medicina fetal e o desenvolvimento

sustentável, pesquisadores têm investigado novas técnicas e tecnologias com materiais compósitos

para diversas aplicações. Neste contexto os compósitos poliméricos reforçados com fibras naturais

têm recebido especial atenção devido às vantagens das fibras naturais quando comparadas às fibras

sintéticas (RODRIGUES, 2011).

OBJETIVO

Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o uso do biocompósito obtido a partir da

poliuretana derivada do óleo de mamona reforçada com fibras de bagaço de cana para moldes de

fetos.

METODOLOGIA

Para a obtenção dos moldes primeiramente foi testado os biocompósitos a fim de avaliar a

densidade ideal para o desenvolvimento dos moldes. A poliuretana à base de óleo de mamona foi

obtida pela mistura em massa, do poliol com o pré-polímero, com as seguintes relações

estequiométricas: 2:2; 2:1,5; 2:1; 2:0,5 em massa, de poliol e diisocianato, respectivamente. Os

reagentes foram misturados em um copo descartável, e em seguida foi adicionado 5% m/m de fibras

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30 de bagaço de cana por 3 minutos. A reação de polimerização foi exotérmica, ficando em torno de

45°C.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Após a expansão das poliuretanas derivada do óleo de mamona em diferentes proporções

estequiométricas para obter os biocompósitos, foi verificado que as proporções 2:1 e 2:0,5 não

foram adequadas. No entanto, os biocompósitos obtidos com as proporções de poliuretanas 2:2 e

2:1,5 apresentaram densidades satisfatórias para uso em moldes. Desta forma, somente as

poliuretanas nas proporções 2:2 e 2:1,5 serão utilizadas para o desenvolvimentos dos moldes.

CONCLUSÕES

Conclui-se que as poliuretanas utilizadas para aplicação em moldes de feto serão as poliuretanas

obtidas nas proporções 2:2 e 2:1,5.

REFERÊNCIAS

1. LOPES, J. Disponível em: http://oglobo.globo.com/diariosp/posts/2009/07/07/ exame-cria-

bebes-de-gesso-202565.asp. Acesso em: 22 de julho de 2010.

2. RODRIGUES, E F; et al. Tensile strength of polyester resin reinforced sugarcane bagasse fibers

modified by estherification. Procedia Engineering, v.10, p.2348-2352, 2011. Disponível em:

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S18777 05811005753.

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31

Aprendendo a Ensinar Zoologia com Jogos

Pamela Ullio 1

Maria Cristina Tavares M. Danelon 1, 2

1 Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ) 2 Associação Educacional Dom Bosco (AEDB)

Palavras-chave: Ensino de ciências; saúde e meio ambiente;

INTRODUÇÃO

A inserção de atividades lúdicas tem sido importante instrumento na formação de professores. Ao

vivenciar a atividade, o educador tem a oportunidade de experimentar para melhor direcionar a ação

educativa. Esta prática tem sido utilizada no ambiente escolar como instrumento de promoção do

aprendizado consciente e espontâneo pelo diálogo que o jogo permite ao abrir um espaço de

interação entre os participantes. A transformação da escola em um espaço de diálogo tem sido uma

exigência, sobretudo no ensino de ciências. Esta prática disciplinar permite o desenvolvimento do

pensamento crítico pela interação entre homem e meio ambiente. Um desafio, é o ensino de

Zoologia, que no ensino básico é baseado no estudo das características e nomenclaturas dos

animais, que ainda é tratado como se a natureza fosse algo à parte da realidade humana. Uma

solução possível é a integração da saúde-meio ambiente onde a participação social se dê num

diálogo reflexivo interdisciplinar.

OBJETIVO GERAL

Analisar a utilização de prática educacional dialógica baseada no uso do jogo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Estabelecer um ambiente construtivo para o aprendizado sobre as características

morfofisiológicas dos animais.

Orientar a construção de jogos didáticos sobre animais.

Avaliar dialogicamente o uso do material elaborado.

MATERIAIS E MÉTODO:

A pesquisa envolveu 30 alunos do terceiro ano do curso normal do Colégio Estadual Pedro Braile

Neto em Resende-RJ. Os alunos confeccionaram jogos didáticos artesanais sobre as características

morfofisiológicas dos animais. Tendo como fio condutor o diálogo constante, as etapas foram:

sensibilização, elaboração dos jogos, utilização e avaliação do grupo para o uso segundo a faixa

etária e discussão em torno das atividades vivenciadas.

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32 RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Percebeu-se que o diálogo estabelecido durante o processo foi um elemento necessário para o

aprendizado por possibilitar a troca de conhecimento e a integração da saúde e do meio ambiente ao

associar as características e os aspectos ecológicos como habitat, nicho, importância ambiental à

realidade humana, permitindo que os alunos chegassem à conclusão que o uso dos jogos devem

fazer parte do cotidiano escolar.

CONCLUSÃO:

Sendo o diálogo um elemento indispensável para o aprendizado consciente, o jogo se torna um

auxiliar para sua promoção no ambiente escolar, sobretudo na interação da saúde com meio

ambiente no ensino de ciências, devendo ser estimulado na formação de professores.

REFERÊNCIAS:

CORNELSEN, S. Uma criança autista e sua trajetória na inclusão escolar por meio da

psicomotricidade relacional. 200p. Dissertação. Pedagogia, UFPR, Curitiba.

MELIN, L. M.C. Cooperação ou competição? Avaliação de uma estratégia lúdica de ensino de

Biologia para o Ensino Médio e o Ensino Superior. 127p. Dissertação. Fundação Oswaldo Cruz,

Rio de Janeiro. 2009.

SANTOS, S. C. S. Meios e Recursos Didáticos Pedagógicos e o Ensino de Ciências: o caso da

Zoologia http://ensinodecienciasnaamazonia.webnode.com/meios-e-recursos-didatico-pedagogicos/,

acessado no dia 27 de julho de 2011.

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33

Associação entre memória e perda dentária em adolescentes

Maria Dorotéa Pires Neves Cury 1,2*; Danilo Antônio Duarte2

1 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2 Universidade Cruzeiro do Sul – UniCSul

Palavras-chave: memória; perda dentária; adolescente.

INTRODUÇÃO

Recentemente tem sido relatado na literatura que a mastigação produz efeito sobre os aspectos

cognitivos relacionados ao desempenho da memória, estando associada à ativação de várias regiões

do cérebro (ONO et al., 2010). Estudos mostraram a existência de uma associação entre perda

dentária e diminuição da memória em adultos e idosos (GRABE et al., 2009; OKAMOTO et al.,

2010) no entanto, muito pouco ainda se sabe a respeito dessa relação (ausência dentária-mastigação-

memória).

O objetivo do presente trabalho é o de avaliar a associação entre perda dentária e memória em

adolescentes, no intuito de se investigar se indivíduos nessa faixa etária e que possuam ausência de

dentes, apresentam diminuição no rendimento escolar, tendo o mesmo sido aprovado pelo Comitê

de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do UniFOA (Protocolo 081/11).

MATERIAL E MÉTODOS

A amostra constará de 40 alunos com idades entre 13 e 19 anos, do Colégio Estadual Barão de

Aiuruóca, na cidade de Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro. Através de uma consulta feita a

Psicopedagoga da escola, serão selecionados através de amostra aleatoriamente simples, 20 alunos

que apresentem dificuldade de aprendizado, e, na secretaria da escola, serão escolhidos 20 alunos

sem dificuldade. Após serem selecionados, os alunos e seus responsáveis assinarão o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Inicialmente o aluno participante responderá a um questionário de saúde no intuito de se conhecer

se o mesmo não se enquadra em nenhum critério de exclusão (uso de medicamentos para déficit de

atenção, hiperatividade, ou outra alteração cognitiva; alunos que apresentem problemas especiais).

Posteriormente será realizado o exame da cavidade oral, para avaliação da existência ou não de

perda dentária. O referido exame será realizado por um único examinador dentro da própria escola,

em ambiente claro, com utilização de afastadores bucais de madeira e luvas de látex descartáveis.

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34 Finalmente será aplicado o Teste de Memória – MMSE (Mini Mental State Examination), no intuito

de se averiguar se o participante apresenta ou não dificuldades em memorizar informações

(WAJMAN; BERTOLUCCI, 2006).

DISCUSSÃO

Projeto em fase inicial de execução, não apresentando ainda resultados ou discussão.

REFERÊNCIAS

GRABE HJ, SCHWAHN C, VÖLZKE H, SPITZER C, FREYBERGER HJ, JOHN U et AL. Tooth

loss and cognitive impairment. J Clin Periodontol. 2009 Jul; 36(7):550-7.

OKAMOTO N, MORIKAWA M, OKAMOTO K, HABU N, HAZAKI K, HARANO A, et al.

Tooth loss is associated with mild memory impairment in the elderly: the Fujiwara-kyo study.

Brain Res. 2010 Aug 19;1349:68-75. Epub 2010 Jul.

ONO Y, YAMAMOTO T, KUBO K, ONOZUKA M. Occlusion and brain function: mastication as

a prevention of cognitive dysfunction. J Oral Rehabil 2010 37; 624–40.

WAJMAN JR, BERTOLUCCI PHF. Comparison between neuropsychological evaluation

instruments for severe dementia. Arq Neuropsiquiatr 2006; 64(3-B): 736-40.

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35

Atenção à Saúde do Idoso: Instrumentalizando o profissional de saúde na atenção primária

FONSECA, M M A¹; RODRIGUES, M L A²; ESCADA, D A B³;

BAYLÃO, A G P4; ALVES-OLIVEIRA,M F A5 1, 2 , 3, 4, 5 Centro Universitário de Volta Redonda- UNIFOA

5 Fundação Oswaldo Cruz- FIOCRUZ

Palavras-chave: saúde do idoso; atenção primária; ensino

INTRODUÇÃO

No Brasil o envelhecimento se deu de forma rápida, com dificuldade de reorganização das áreas da

saúde, com carência de profissionais qualificados no cuidado ao idoso (Brasil, 2006). Este fato traz

uma grande preocupação para saúde pública devido o consequente aumento da prevalência de

doenças crônicas com limitações funcionais e incapacidades nos idosos (Giacomin, 2008).

Uma das consequências desse problema é o elevado índice de morbi-mortalidade na terceira idade

por quedas e complicações evitáveis de doenças crônicas, gerando perda da auto-estima,

comorbidades e aumento no custo dos sistemas de saúde.

Para buscar o objetivo de promover o envelhecimento saudável e manter os idosos com

independência pelo maior tempo possível, faz se necessário que os profissionais dos serviços de

atenção à saúde tenham disponíveis tecnologias que permitam realizar diagnósticos corretos da

situação de cada idoso. Assim, podem planejar as intervenções com segurança, uma vez que o

processo de envelhecimento assume características particulares em cada indivíduo.

OBJETIVO

Proporcionar ao profissional de saúde na Atenção Primária, através de uma estratégia educativa,

orientação e recursos propedêuticos para que possa realizar a avaliação funcional do idoso.

METODOLOGIA

Foi elaborado questionário sobre o conhecimento dos profissionais de saúde da ESF a respeito da

avaliação geriátrica ampla e sua formação em saúde do idoso, que está sendo aplicado aos

profissionais de nível superior da ESF do município de Pinheiral, no Rio de Janeiro. Os dados estão

sendo tabulados no Google doc.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Os resultados preliminares de 18 questionários respondidos mostram que 50% dos profissionais

referiram que tiveram na graduação aulas sobre abordagem ao idoso; 50% fazem a avaliação

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36 funcional do idoso; 94% sentem necessidade de informações sobre a saúde do idoso; 78% sentem

necessidade de um instrumento que permita melhorar sua prática com relação ao atendimento ao

idoso; 24% não conhecem instrumentos de avaliação funcional do idoso; 72% não conhecem o

caderno do Ministério da Saúde sobre saúde do idoso e apenas 2% o utilizam na sua prática com

idosos; as referências sobre um material educacional para suporte na sua prática cotidiana são de

47,82% para cartilhas e 30,43% para DVD.

CONCLUSÕES

Os profissionais sentem necessidade de maiores informações, atualizando seus conhecimentos sobre

saúde do idoso e de um instrumento que os instrumentalize para melhorar sua prática. Inicialmente

propomos a utilização de um vídeo como estratégia no processo de educação permanente da equipe

de saúde. Mas observamos até o momento a preferência pela cartilha.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.

Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, 2006. (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

(Cadernos de Atenção Básica nº 19).

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de saúde da pessoa idosa. Brasília, 2006.

Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/.

GIACOMIN, K C; PEIXOTO, S V; UCHOA, E; LIMA-COSTA, M F. Estudo de base populacional

dos fatores associados à incapacidade funcional entre idosos na Região Metropolitana de Belo

Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, 24(6): 1260-1270, jun, 2008. Rio de Janeiro.

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37

Atividades lúdicas no ensino de Nutrição

Georgianna Silva dos Santos ¹*, Maria de Fátima Alves de Oliveira ²

¹ Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ

² Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ

Palavras-chave: atividades diferenciadas, alunos, funções dos nutrientes.

INTRODUÇÃO

O processo educativo desenvolvido na escola não tem como única finalidade a transmissão de

conhecimentos, mas também a possibilidade de mudar atitudes, que colaborem de modo positivo no

comportamento do indivíduo, por se constituir em espaço que oportuniza experiências educacionais,

permite reflexões, debates, difusão de conceitos e disseminação de posturas que possam contribuir

para o desenvolvimento intelectual, cultural e pessoal do indivíduo (DEMO, 2003, CARVALHO E

COLS., 2004, KRASILCHICK, 2005).

Neste contexto, a utilização de recursos educativos é uma estratégia utilizada para despertar o

interesse dos alunos em detrimento das atividades de memorização que ocorrem em práticas

pedagógicas tradicionais (LEMOS, 2006). Um desses recursos pode ser o desenvolvimento de

atividades lúdicas, instigadores da capacidade de iniciativa, do trabalho em equipe e do

aproveitamento da potencialidade crítica que o lúdico possui (DEMO, 2003). Partindo deste

pressuposto, no primeiro momento, investigamos os hábitos alimentares de alunos de uma escola

pública situada no município do Rio de Janeiro e o resultado desta investigação nos induziu a

elaborar uma metodologia diferenciada para a construção do conhecimento sobre o tema

“Alimentos e Nutrição”, abordado no 8º ano do Ensino Fundamental.

Nesta perspectiva, este trabalho retrata o desenvolvimento de uma atividade diferenciada para

despertar o interesse do aluno em relação ao consumo de alimentos oferecidos na merenda escolar.

METODOLOGIA

Os alunos envolvidos no estudo são do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública

situada na zona oeste do Rio de Janeiro. Para identificarmos a freqüência de consumo e os itens da

merenda consumidos pelos alunos foi utilizado o questionário denominado de Agenda Alimentar

(AGA). Após a análise das AGAs das turmas citadas, observamos a necessidade de elaborarmos

uma atividade que despertasse a atenção dos alunos para o tema a ser abordado - “Alimentos e

Nutrição”, conteúdo de Ciências do 8º ano. A atividade foi desenvolvida em três momentos nas

turmas de 8º ano do Ensino Fundamental. Os alunos trouxeram rótulos de alimentos por eles

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38 consumidos. Calcularam o valor calórico dos nutrientes e buscaram as fontes corretas nos livros de

Ciências. A partir destas atividades desenvolveram cartazes e slogans sobre alimentação.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

A utilização da AGA permitiu identificar o número de alunos que consumia a merenda escolar a

cada dia e a freqüência com que o faziam. O baixo consumo de merenda não parece estar

relacionado diretamente aos alimentos oferecidos, mas provavelmente a falta de informação sobre

os mesmos.

Durante o desenvolvimento das atividades os alunos participaram ativamente e ficaram surpresos

tanto com o valor calórico dos nutrientes quanto com as funções por eles desempenhadas no

organismo. Ao final desta atividade os alunos passaram a conhecer tanto as funções dos nutrientes

quanto suas fontes.

CONCLUSÕES

É necessário inserirmos em nossas práticas atividades diferenciadas que viabilizem mudanças no

comportamento dos alunos, inclusive em relação aos seus hábitos alimentares.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Anna Maria Pessoa e cols. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São

Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

DEMO, P. Educar pela pesquisa. Coleção Educação Contemporânea. 6 ed. Campinas. São Paulo:

Autores Associados, 2003.

KRASILCHICK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. rev. e ampl. 1ª reimpr. São Paulo:

Editora da Universidade de São Paulo, 2005.

LEMOS, Maria Patrícia Freitas. O estudo do tratamento da informação nos livros didáticos das

séries iniciais do ensino fundamental. Ciência e Educação, v.12, n.2, p. 171-184, 2006.

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39

Aulas de Genética: A intenção de proporcionar um letramento científico por meio de

diferentes práticas metodológicas

Vieira, V. ¹*, Fonseca, M. da C. V. 1, 2,Viana, L. A. ¹* e Martins, G. A. ¹* 1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

2 Associação Educacional Don Bosco - AEDB

Palavras-chave: Alfabetização Científica, Mudança Conceitual, Ensino de Ciências

INTRODUÇÃO

De acordo com alguns autores, as grandes transformações sociais, políticas e econômicas que

marcaram presença a partir da metade do século XX atingiram diretamente o ensino, que precisa,

cada vez mais, se adaptar aos novos conhecimentos, e, principalmente, aos novos meios de

comunicação globalizados.

No âmbito do ensino de Ciências, é preciso compreender que a produção do conhecimento

científico não se caracteriza apenas por seu caráter cumulativo, e, sim, por rupturas de alguns

paradigmas (Cachapuz et al, 2005). Esta interpretação da ciência foge à percepção de muitos

professores. Além disso, esses mestres parecem também não atentar para o fato do aluno conviver e

interagir com fenômenos que são objetos de estudo dessas ciências para além dos muros das

escolas, apontando para a existência de um conhecimento prévio ao ensino. Portanto, muitos autores

sugerem mudanças em relação às atividades do ensino, no que tange aos papéis do professor, do

aluno e à formação daqueles profissionais. Ou seja, exorta-se uma renovação epistemológica,

acompanhada de renovação didática e metodológica.

No caso deste trabalho, sugerimos essas mudanças por meio de diversas ferramentas metodológicas

a serem trabalhadas na disciplina de Genética, no Ensino Superior, em prol de uma avaliação

formativa.

METODOLOGIA

O presente estudo foi realizado em três turmas de Ensino Superior, durante o período de um ano

letivo para cada turma. O local da pesquisa foi o Centro Universitário de Volta Redonda, RJ, onde

estudantes de Ciências Biológicas, do turno noturno, têm em sua matriz curricular a disciplina de

Genética, assim dividida: no segundo período, Genética Básica, e no terceiro período, Genética

Humana. Durante os dois referidos semestres, o mesmo professor atua nas duas disciplinas,

emprega conteúdos de acordo com o Projeto Político Pedagógico da Faculdade de Biologia, e

realiza duas avaliações por semestre, formais e teóricas. No decorrer desta pesquisa, por critério do

professor responsável pelas disciplinas de Genética, essas avaliações valiam até seis pontos, sendo

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40 que para compor os quarenta por cento restantes da nota, o professor aplicava diferentes meios

avaliativos, que variavam desde a discussão de artigos em grupo até a construção de mapas

conceituais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

No início dos semestres, aplicou-se nas turmas de segundo período uma primeira avaliação, com um

total de dez questões, que foram respondidas por 70 alunos. Essas questões abordavam conceitos

referentes a noções do senso comum e científicas da disciplina, com tópicos específicos. Esta foi a

primeira etapa da avaliação formativa, o levantamento do conhecimento prévio (Mortimer,

1994). Essa mesma avaliação foi repetida em outros dois momentos, no início (segunda avaliação) e

no final (terceira avaliação) do terceiro período, tendo respondido nessas duas etapas um total de 51

alunos. Foi possível, assim, realizar um mapeamento das questões referentes à disciplina de

Genética e pertinentes ao ensino de conteúdos científicos. Na análise quantitativa das respostas

dentro dessas três diferentes etapas, pôde-se notar que 60% das respostas evoluíram em direção aos

conceitos científicos.

Na segunda etapa desta proposta, textos que discutem aprendizagem significativa crítica (Moreira,

1996) e construção de Mapas Conceituais (Lemos, 2008) foram fornecidos aos alunos, no mesmo

momento que estudavam o conteúdo curricular, do terceiro período, “Heranças Genéticas”. Os

alunos divididos em grupos esboçaram na lousa o que seria um Mapa Conceitual de Herança

Genética. Ao total foram confeccionados três mapas conceituais sobre o mesmo conteúdo, em

diferentes ocasiões do semestre, arquivados para posteriores comparações.

Para a terceira etapa, planejaram-se diversos trabalhos de interdisciplinaridade, como leitura de

artigos científicos de conteúdos da grade curricular, lidos e discutidos na presença dos professores

de Genética, Bioquímica e Biologia Molecular. Foram feitos estudos dirigidos e discussões de

trabalhos, onde alguns alunos apresentavam e outros interrogavam os apresentadores, julgando as

apresentações. Ainda dentro desta perspectiva interdisciplinar, uma Turma teve a oportunidade de

visitar uma exposição (aula não-formal) (Vieira, 2005), ligada ao conteúdo de genética, na cidade

de Petrópolis, intitulada “Genômica”. Nas aulas teóricas, conceitos de genética e biologia molecular

se entrelaçavam, desde a apresentação dos genes até a compreensão de temáticas como mitose e

meiose, grupos e sistema sanguíneo e outros. Trabalhos com os temas “Origem Genética do

Câncer”, “Alimentos Transgênicos”, “A Genética e a Biodiversidade”, foram explorados por

professores de diferentes disciplinas. Os alunos, visitantes da exposição, como finalização dessa

atividade, trouxeram para seu curso diversas discussões iniciadas na visita, compartilhando o

conhecimento advindo daquela aula com as outras turmas.

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41 CONCLUSSÕES

A experiência aqui relatada não é suficiente para afirmar que essas ferramentas proporcionaram um

aprendizado significativo dos conceitos científicos propostos, ou resultaram na substituição das

concepções prévias por esses. No entanto, percebe-se, no contato direto com esses aprendizes, a

identificação de estímulos que os levam a uma fase embrionária do letramento científico (Martins,

2008).

REFERÊNCIAS

CAHAPUZ, A.; GIL-PEREZ, D.; CARVALHO, A. M. P.; PRAIA, J. E VILCHES, A. (orgs.) (2005)

– A necessária renovação do ensino de Ciências. São Paulo: Cortez.

MOREIRA, M. A. (1996) – Modelos Mentais. Investigações em Ensino de Ciências. 1(3): 123 –

139.

LEMOS, E. (2008) – O Aprender da biologia no contexto da disciplina de embriologia em um

curso de licenciatura em ciências biológicas. In Aprendizagem significativa: condições para

ocorrência e lacunas que levam a comprometimentos – orgs: Elcie Masini & Marco Antonio

Moreira – 1 ed. – São Paulo: Vetor.

MARTINS, I. (2008) – Alfabetização científica: metáfora e perspectiva para o ensino de

ciências. Artigo apresentado no XI Encontro de Pesquisa em Ensino em Física – Curitiba, PR.

MORTIMER, E. F. (1994) – Construtivismo, mudança conceitual e ensino de ciências: para

onde vamos? – Trabalho apresentado na III Escola de Verão de Prática de Ensino de Física,

Química e Biologia – Serra Negra, SP.

VIEIRA, V. (2005). Análise de Espaços Não-Formais e sua contribuição para o Ensino de

Ciências. Tese (doutorado) – Programa em Educação, Gestão e Difusão em Biociências. Instituto

de Bioquímica Médica – UFRJ, Rio de Janeiro.

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42

Aulas práticas virtuais como instrumento de aprendizagem no ensino de Química

Eloisa Vieira 1*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues 1,2 1 Centro Universitário de Volta Redonda, UniFOA 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ

Palavras-Chave: Ensino de química; experimentação; laboratório virtual; tecnologias.

INTRODUÇÃO

A química é uma ciência experimental que requer muita observação e análise. Segundo Santos e

Schnetzler (1996), um currículo para o ensino de química deve conter, dentre outras proposições, a

experimentação, por contribuir para a caracterização do método investigativo da ciência em

questão. Porém, nem sempre é possível a realização de experimentos, pois muitas escolas não tem

laboratório e quando tem, faltam vidrarias, reagentes, professor laboratorista, ou formação

insuficiente do professor para ministrar aulas de laboratório (NARDI, 1998).

Outro problema advindo da experimentação relaciona-se com as questões ambientais, pois nas aulas

práticas utilizam diversos reagentes, gerando resíduos tóxicos, que por falta de estrutura da própria

escola muitas vezes são descartados inadequadamente dentro das pias ou no lixo comum, causando

danos ao meio ambiente.

O presente trabalho tem como proposta investigar a contribuição das aulas práticas virtuais como

instrumento facilitador da aprendizagem no ensino de química para o Nível Médio. Nessa

perspectiva elaborou-se um software contendo aulas práticas virtuais de química, intitulado:

“Laboratório Virtual Química Fácil (LVQF)”.

ORGANIZAÇÃO DO SOFTWARE LVQF

Os conteúdos das aulas foram selecionados baseados na experiência dos autores. Procurou-se

abranger temas das três séries do ensino médio e também aqueles que os alunos em geral

apresentam dificuldades de compreensão. Além disso, buscaram-se temas de interesse ambiental

como, por exemplo, a questão da Chuva Ácida, inserida no tópico Reações Químicas. Este tema

específico possibilita abordagem interdisciplinar. As práticas interdisciplinares evitam que os

alunos construam uma visão reducionista das ciências naturais, permitem utilizar assuntos mais

interessantes para contextualizar as aulas, favorecem a integração de conteúdos e despertam o

interesse dos alunos para as ciências naturais (FREITAS, 2009).

Na página inicial de cada prática apresenta-se a opção de executar a prática ou retornar ao índice e

são disponibilizados links para relatório, exercícios, sites e vídeos sobre o assunto abordado.

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43 O produto deste trabalho será testado em escolas públicas e privadas no município de Volta

Redonda, no estado do Rio de Janeiro. A metodologia de avaliação do software levará em

consideração tanto o paradigma educacional como métodos aplicados na avaliação de softwares.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A idéia principal da elaboração do software LVQF é a utilização de novas tecnologias beneficiando

e promovendo a interação dos alunos e professores no aprendizado de química abordado em salas

de aula no nível médio. O software foi construído utilizando-se vários programas gráficos, a fim de

se obter a máxima qualidade de imagens e animações.

Acredita-se que utilização do laboratório virtual, aqui proposto, não venha substituir o laboratório

real, mas poderá contribuir para minimizar sobremaneira os óbices supra mencionados colaborando

como uma importante ferramenta no processo ensino aprendizagem de química.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, K. B. de. Estabelecendo relações entre conteúdos disciplinares por meio da

elaboração de mapas conceituais explorando o tema “Químico do amor”. São Paulo: USP,

2009. 98p. Dissertação de mestrado – Programa de Pós-Graduação Interunidades da Universidade

de São Paulo em Ensino de Ciências

NARDI, R. Questões Atuais No Ensino De Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.

SANTOS, W.L.P. e SCHNETZLER, R.P. Função Social: o que Significa Ensino de Química

para Formar o Cidadão? Química Nova na Escola. n. 4, p. 28-34, nov. 1996.

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44 Avaliação da declaração de nascidos vivos e a importância da orientação quanto as consultas

de pré-natal e puericultura em uma unidade básica de Saúde da Família no município do Sul

Fluminense

André L. Ribeiro Claudino*1, Carolline Ma. Oliveira Coutinho1, Emylle Jasmim Silva1, Renan

Konrad Borges1, Rodrigo L.de Jesus Alves1, Claudia Regina O. da Costa1. 1Fundação Oswaldo Aranha - UniFOA

Palavras-chave: Declaração Nascidos vivos, Baixo-peso.

INTRODUÇÃO:

A formação de um programa único de saúde foi, e ainda é, uma revolução na melhoria de vida e no

acesso à saúde de maneira universal. Nos últimos anos observa-se uma melhoria significativa no

que diz respeito à saúde do brasileiro, podendo ser dado ênfase aos altos índices de nascidos vivos.

OBJETIVO:

Descrever o perfil dos recém-nascidos e das mães da área de uma Unidade Básica de Saúde da

Família (UBSF), partindo das “Declarações de Nascidos Vivos” (DNVs).

METODOLOGIA:

Foi realizado um estudo descritivo transversal analisando 73 Declarações de Nascidos Vivos da

área adscrita de uma Unidade Básica de Saúde, localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro,

em 2010. Identificou-se o perfil dos recém-nascidos por: idade gestacional e peso ao nascimento; e

das mães por: idade, escolaridade, ocupação, situação conjugal, frequência às consultas de pré-natal

e tipo de parto.

RESULTADOS:

As informações dos nascidos vivos de uma região são essenciais na construção de indicadores de

saúde e demográficos, como coeficiente de mortalidade infantil, proporção de baixo peso ao nascer

e taxas de fecundidade. Com base nos dados obtidos no presente trabalho, em um total de 73

nascidos vivos da área adscrita da Unidade Básica de Saúde da Família, verificaram-se variações

etárias maternas de: 71,3% entre 20-34 anos; 15% >34 anos e 13,7% < 20 anos. Foram encontrados

níveis de escolaridade, em anos de estudo concluídos, de: 45,3% entre 8-11; 30,1% >11; 21,9%

entre 4-7 e 2,7% > 4. Um estudo de Monteiro (2000) mostrou que dentre os fatores desencadeantes

de baixo peso ao nascer podemos destacar a escolaridade materna. Em relação às consultas de pré-

natal, 90,4% fizeram 7 ou mais consultas. O nascimento pré-termo – antes da 37ª semana de

gestação – é o problema perinatal atual mais importante, pois está associado à morbidade e

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45 mortalidade significativas no início da vida (SAIGAL, S., et al., 2008). Quanto à idade gestacional

foi observado que 91,8% nasceram entre 37- 41 semanas, 5,4% entre 32- 36 semanas, 1,4% >41

semanas e 1,4% < 36 semanas. No Brasil, com as informações provenientes do Sistema de

Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), não é possível estimar-se sua prevalência devido à

baixa confiabilidade dos dados referentes à idade gestacional (THEME FILHA, M. M., et al.,

2004). Sendo assim, são necessários estudos populacionais para se avaliar a sua prevalência e

evolução ao longo do tempo. O peso ao nascimento variou de: 63% (3000- 3999g); 27,4% (2500-

2999g); 5,5% > 4000g e 4,1% (1500-2499g). No Brasil a taxa de baixo peso ao nascer variou de

7,7%, no ano de 2000 e 8,23% em 2006, com proporção média de 8,09% para o período. As

informações disponíveis pelo IBGE provêm de estimativas calculadas a partir de dados do Censo

Demográfico, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e de estimativas do registro civil.

Esse artifício quantifica o número de nascidos vivos, entretanto, inviabiliza o monitoramento e a

avaliação das ações em curso, já que as estimativas não permitem a observação do comportamento

da população (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).

CONCLUSÕES:

Por meio do estudo dos dados de nascidos vivos tem-se a possibilidade de conhecer as mães e os

recém-nascidos de uma região, revelando-se um instrumento para o monitoramento da realidade

local. O que possibilita o planejamento de intervenções de acordo com as necessidades da

população, bem como orientação quanto à importância das consultas de pré-natal e puericultura.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em saúde: dados e

indicadores selecionados 2004. Brasília: MS; 2004.

MONTEIRO CARLOS AUGUSTO; BENICIO MARIA HELENA D’ AQUINO;

SAIGAL, S.; DOYLE, L. W. An overview of mortality and sequelae of preterm birth from infancy

to adulthood. Lancet. v. 371 n. 9608, p. 261-269, 2008.

THEME FILHA, M. M.; GAMA, S. G. N.; CUNHA, C. B.; LEAL, M. C. Confiabilidade do

Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos Hospitalares no município do Rio de Janeiro, 1999-

2001. Cad Saúde Pública. V. 20, Supl 1, p.83-91, 2004.

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46

Avaliação da presença de extensões anteriores dos seios maxilares por meio de tomografia

computadorizada por feixe cônico

Roberta Mansur Caetano¹*, Jairo Conde Jogaib1, Alcemar Gasparini Netto1,

José Luiz Cintra Junqueira2, Márcio Yara Buscatti2

1* Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2 Faculdade São Leopoldo Mandic – Campinas – S.P.

Palavras-chave: Seio maxilar, Tomografia computadorizada por feixe cônico, Extensão anterior

INTRODUÇÃO

O seio maxilar é o maior dos seios paranasais, apresenta-se como uma cavidade preenchida por ar,

que se comunica com a fossa nasal através do óstio sinusal maxilar. Varia em relação à forma e ao

tamanho, em indivíduos diferentes, podendo apresentar variações entre os lados direito e esquerdo,

em um mesmo indivíduo. O seio maxilar pode ocupar toda a maxila com expansões em todas as

direções (ARIETA et al. 2005). A tomografia computadorizada por feixe cônico proporciona uma

avaliação precisa da localização dos seios maxilares, importante no planejamento cirúrgico para

instalação de implantes dentários (SILVEIRA et al., 2008).

OBJETIVOS

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a prevalência da extensão anterior dos seios maxilares em

pacientes de ambos os gêneros e diferentes faixas etárias, por meio da tomografia computadorizada

por feixe cônico.

METODOLOGIA

A amostra foi composta por 200 tomografias computadorizadas por feixe cônico, com intervalo

etário de 13 a 84 anos, 116 pertencentes ao gênero feminino e 84 ao masculino, totalizando 400

seios maxilares avaliados. O critério escolhido para classificar como extensão anterior, considerou

os seios maxilares que se estendiam da face distal do canino em direção à linha média.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Na amostra em estudo, a extensão anterior do seio foi verificada em 30 dos 200 exames

tomográficos avaliados, sendo assim, a prevalência da extensão anterior do seio maxilar foi de 15%

acima dos valores encontrados no trabalho de Arieta et al. (2005) que foi de 12%, contradizendo

Hauman, Chandler, Tong (2002) que afirmaram, em raros casos se estende até a região da raiz do

canino. Portanto, dos 400 seios maxilares avaliados, 50 apresentavam extensão anterior, sendo que,

em 48 casos a extensão foi até caninos e 2 até incisivos laterais.

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47 Não foi observada correlação da extensão anterior do seio maxilar com o gênero, com prevalência

nos exames de 13,8% no feminino e 16,7% no masculino e também não houve correlação com a

idade.

O limite anterior do seio maxilar, do total de 400 avaliados, foi de 38,8 % em 1º pré-molar, 37,3%

em 2º pré-molar, 11,5% em 1º molar, 12% em canino e 0,5% em incisivo lateral. A prevalência

maior foi em 1º pré-molar como na pesquisa de Kim et al (2003), que foi de 58% dos casos, porém,

os outros resultados foram bem diferentes, onde ele encontrou 33% na região de caninos e 8% na

região de 2º pré-molar.

CONCLUSÃO

A prevalência da extensão anterior do seio maxilar avaliada por tomografia computadorizada por

feixe cônico foi de 15% dos exames. Dos seios maxilares com extensão anterior, 96% se estendiam

a região de caninos e 4% a região de incisivos laterais. Não houve correlação com o gênero, nem

com a idade.

REFERÊNCIAS

Arieta LC, Silva MAA, Rockenbach MIB, Veeck EB. Extensões dos seios maxilares detectadas em

radiografias periapicais. Revista Odonto Ciência – Fac. Odonto/PUCRS. 2005 jan-mar; 20(47):

18-22.

Hauman CHJ, Chandler NP, Tong DC. Endodontic implications of the maxillary sinus: a review.

International Endodontic Journal. 2002; 35: 127-141.

Kim HJ, Yoon HR, Kim KD, Kang MK, Kwak HH, Park HD et al. Personal-computer-based three-

dimensional reconstruction and simulation of maxillary sinus. Surg Radiol Anat. 2002; 24:393-

399.

Silveira VM, Netto BA, Côsso MG, Fonseca LC. A utilização da tomografia computadorizada na

avaliação da comunicação bucosinusal. Arq Bras Odontol. 2008; 4(1): 24-27.

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48

Avaliação da saúde do escolar na percepção do Enfermeiro do Programa Saúde na Escola

Mariana da Silva Braga1,*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2 1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave: saúde na escola, enfermagem, ensino de ciências

INTRODUÇÃO

A escola é um dos locais em que a criança e o adolescente estão reunidos dentro de uma freqüência,

o que a torna um excelente local para o desenvolvimento das ações da saúde.

Seguindo este contexto, este projeto tem como objetivo principal levar a uma reflexão acerca da

análise dos efeitos da implantação da avaliação da saúde do escolar na percepção do enfermeiro do

Programa Saúde na Escola, tendo como objetivos específicos: Determinar a prevalência de doenças

oculares entre crianças e adolescentes matriculados em 3 (três) escolas da rede municipal de Barra

do Piraí RJ; Ensinar ao corpo docente, através de ações preventivas de saúde, sobre a necessidade

de uma avaliação ocular para se evitar futuras doenças; Realizar palestras educativas para o corpo

docente das escolas sobre medidas preventivas de doenças visuais e Elaborar vídeo educativo

acerca do tema.

METODOLOGIA

A pesquisa será realizada em três escolas municipais de Barra do Piraí: Escola Estadual Marieta

Vasconcelos Coutinho Coelho - Municipalizada; Escola Municipal Manoel Fonseca e Escola

Estadual São José do Turvo - Municipalizada. Os sujeitos da pesquisa assinarão termo de

consentimento livre esclarecido.

O desenvolvimento da Pesquisa de Campo ocorrerá em duas etapas: aplicação de Questionário aos

professores das escolas, com intuito de elaborar para o corpo docente métodos na aplicação de

ações preventivas de saúde sobre a necessidade de uma avaliação ocular para se evitar futuras

doenças visuais; avaliação de Acuidade Visual dos discentes destas escolas.

DISCUSSÃO TEÓRICA

Possivelmente, a visão seja o sentido humano mais importante, considerando-se que a maior parte

de nosso entendimento e contato com o mundo exterior realiza-se através dos olhos. Segundo Vieira

e Rodrigues (1995) a maioria dos casos de cegueira evitável ocorre nos países em desenvolvimento,

como o Brasil.

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49 De acordo com Kandel (2003) apud Estacia et al (2007) a visão é responsável pela maioria de

nossas impressões sobre o mundo e nossas memórias dele, sendo também essencial para o

aprendizado intelectual, e pela maior parte da informação sensorial que se recebe do meio externo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A assistência à criança se baseia na promoção da saúde, prevenção, diagnóstico precoce e

recuperação dos agravos à saúde. Portanto, o acompanhamento programado do crescimento e

desenvolvimento, completado por atividades de controle das doenças prevalentes na infância e na

adolescência e pelas ações básicas, como, atenção a saúde ocular, imunizações entre outras podem

contribuir para a promoção de uma boa qualidade de vida nestes grupos.

Assim, pode-se dizer que a visão é fundamental para o aprendizado intelectual. Nesse sentido,

insere-se o presente projeto, ao se implantar, em parceria com a escola e seus docentes, ações

preventivas de saúde através da avaliação ocular inserida no Programa Saúde na Escola.

REFERÊNCIAS

ESTACIA, P.; STRAMARI, L.M.; SCHUCH, S.B.; NEGRELLO, D.; DONATO, L.. Prevalência

de erros refrativos em escolares da primeira série do ensino fundamental da região Nordeste

do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro: Revista Brasileira de Oftalmologia, v.66, n.5, 2007.

VIEIRA, C., RODRIGUES, M.L.V.. Prevenção da cegueira nas escolas rurais da região de

Santa Bárbara D'Oeste. São Paulo: Revista Brasileira de Oftalmologia. 1995. Disponível em:

http//:www.scielo.com.br. Acesso em 12 mai 2011.

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50 Avaliação da translucidez de uma cerâmica dentária nacional com diferentes temperaturas de

sinterização

Habibe CH*, Santos C, Habibe AF, Habibe RCH, Costa L.

Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

Palavras-chave: cerâmicas dentárias, ZrO2(Y2O3), próteses, translucidez

INTRODUÇÃO

As próteses dentárias cerâmicas possuem uma série de vantagens em relação aos metálicos. Dentre

elas podemos destacar sua estética, biocompatibilidade elevada, ótima dureza e alta estabilidade

química. A função do sistema estomatognático é a mastigação. Em conseqüência, deve-se esperar

que as próteses dentárias possuam uma estética de excelência, conseguindo reproduzir os mínimos

detalhes prar que fique o mais próximo do dente natural. Com isso a translucidez passa a ser um

fator de suma importância pois quando temos uma passagem de luz pelo corpo cerâmico similar ao

dente humano temos uma maior confiabilidade e aplicação no meio odontológico

A translucidez apresentada pela zircônia é um dos maiores atrativos deste material visando

aplicações em próteses dentárias. Sua capacidade de permitir a passagem parcial de luz possibilita

ao produto final, excelente estética, a qual deve ser utilizada como ferramenta, pelos técnicos em

prótese, para obter resultados otimizados na estética final do paciente.

OBJETIVO

O presente trabalho visa identificar a variação da translucidez em função da temperatura final de

sinterização e do tempo de sinterização utilizados, e de como modificando esses parâmetros, pode-

se obter ótimos resultados estéticos.

METODOLOGIA

Neste trabalho foi analisada a translucidez de uma Cerâmica Nacional (ZrO2-Y2O3) variando as

temperaturas e tempos de sinterização, utilizada na confecção de próteses pela técnica CAD/CAM.

Blocos pré-sinterizados com dimensões aproximadas de 40x15x15mm, utilizados em sistemas

SIRONA-Cerec InLab® foram cortados de forma a obter corpos de prova com dimensões de

15x15x1mm. Estas peças foram desbastadas em lixa de SiC visando igualar sua espessura. Em

seguida as amostras foram sinterizadas em forno de sinterização ao ar, em temperaturas distintas

que variaram entre 1450 e 16000C, por tempos de 2 ou 4 h.

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51 Os corpos sinterizados foram submetidos a analise da translucidez através de uma caixa vedada que

obtinha um feixe de luz e um aparelho Luxímetro, onde este captava a passagem de luz através do

corpo cerâmico.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados indicam um efeito significativo do aumento da temperatura nos valores de

translucidez. Nas condições de menores temperaturas, 14500C e 15000C, não há percepção de

grandes ganhos de translucidez relacionados aos tempos de sinterização utilizados. Pode-se ainda

ser observado que as temperaturas de 15500C e 16000C possuem maiores valores de translucidez e

que assim como a temperatura, o tempo de patamar influencia os valores finais medidos. Do ponto

de vista de aplicação odontológica, deve ser salientado que estes resultados também estão sob

influência da espessura da parede do casquete que está sendo fabricado. Além disso, deve ser

lembrado que existe uma série de aplicações posteriores de porcelana em diferentes camadas e

cores, que poderão influenciar este resultado estético. Sendo assim, o profissional de próteses

dentárias deve estar atento às características mecânicas do material que está sendo desenvolvida,

pois os parâmetros de sinterização são fortemente influenciados por eles.

CONCLUSÃO

Fica claro, portanto, que a Zircônia apresenta uma translucidez excelente e esta é aumentada

conforme a temperatura e tempo de sinterização são elevados.

REFERÊNCIAS

ANUSAVICE, K. J., Phillips Materiais Dentários. 11a Ed. Rio de Janeiro, Elsevier Editora, 2005.

KELLY, J. R., DENRY, I., 2007, Stabilized zirconia as a structural ceramic: An overview,

Journal of Dentals Materials, doi:10.1016/j.dental.2007.05.005.

STEVENS R. An introduction to zirconia: zirconia and zirconia ceramics. 2nd ed. New York:

Twickenham Magnesium Electrum; 1986.

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52 Avaliação Motora: uma ferramenta de validação do trabalho do professor de Educação Física

RODRIGUES, Marisa de Almeida Silva¹, FALCÃO, Hilda Torres²

¹Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

²Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

Palavras-chave: Avaliação Motora; Educação Física Escolar; Desenvolvimento Motor.

INTRODUÇÃO

Esse estudo busca apresentar a aplicabilidade da avaliação motora de Ozeretsky no âmbito escolar,

especificamente nas aulas de Educação Física abrangendo a eficiência motora e as valências físicas:

velocidade, movimentos simultâneos, coordenação dinâmica geral, coordenação dinâmica de mãos

e coordenação estática dos alunos.

OBJETIVOS

Compreender a aplicabilidade da avaliação motora de Ozeretsky no âmbito escolar através do teste

de eficiência.

Discutir a relevância da avaliação motora de Ozeretsky na prática da Educação Física escolar.

METODOLOGIA

Este estudo é uma revisão de literatura que pretende estabelecer parâmetros condizentes com a

avaliação motora de Ozeretsky.

DISCUSSÃO TEÓRICA

A avaliação motora assume dentro da escola, caráter de ferramenta auxiliar sendo usada com a

finalidade de identificar e analisar as limitações existentes, qualificando assim a aprendizagem

motora a partir da interpretação e estudo dos dados coletados.

CONCLUSÕES

A avaliação motora de Ozeretsky pode ser considerada uma ferramenta a ser usada para

diagnosticar o estágio evolutivo em que se encontra o aluno e o que se pode fazer por ele no âmbito

da Educação Física escolar.

REFERÊNCIAS

GALLAHUE, David; OZMUN, John. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês,

crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2003.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

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53 OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque

psicopedagógico. 5ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

ROSA NETO, Francisco. Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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54

Balanço da implantação da Lei de Educação Ambiental (9795/99) na educação formal, após

dez anos de existência. Vânia Sueli da Costa¹; Patrícia Sampaio da Silveira Souza¹; Jesimar da Cruz Alves¹; Vania Filippi

Goulart Carvalho Pereira²

Discentes do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais da Universidade Severino Sombra;

Docente do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais da Universidade Severino Sombra.

INTRODUÇÃO

Tendo em vista já terem decorridos mais de dez anos de promulgação da Lei 9795/99, que dispõe

sobre a educação ambiental e podermos evidenciar que grande parte das instituições de ensino não

cumpre o disposto em seus artigos, propusemos uma pesquisa de campo, através da qual foram

levantados dados que permitiram analisar se há, ou não, inoperância da lei, em particular quando ela

cita em seu Art. 10 que: “A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa

integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal”.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi utilizada a pesquisa de opinião, expressa através de formulário contendo quatorze

questões relacionadas com o cotidiano de alunos da Fundação Educacional Unificada

Campograndense (RJ), sendo todos professores regentes nos diversos níveis de ensino e variados

componentes curriculares, lotados na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

RESULTADOS

Dos professores analisados 52% tiveram sua formação acadêmica posterior à promulgação da lei e

mesmo assim um total de 65% declarou que desconhecem o disposto em seus artigos. Dentre os

entrevistados, 52 % não consideram que o Poder Público cumpra seu papel de “promover a

educação ambiental em todos os níveis de ensino”, conforme declara o inciso I do Art. 3º da Lei.

Citam, ainda, que os órgãos governamentais atuam mais em projetos e propagandas ecológicas que

em efetivas ações ambientais. Observa-se que outros 42% acreditam que o cumprimento é parcial.

Considerando o inciso II, que trata da incumbência das instituições educativas de “promover a

educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem”, 56 %

concordam que o cumprimento tem sido parcial, apesar da apresentação de projetos fragmentados,

estanques e não integrados; a falta de cooperação de todos os envolvidos no âmbito escolar; da

dificuldade no domínio do assunto, alegada por alguns professores; da falta dos cursos de

nivelamento que permitiriam um melhor preparo para alcançar a integração e conscientização que

escasseiam nessas instituições, além de afirmarem que os programas que tratam da questão

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55 ambiental são mais freqüentes na TV fechada onde o acesso é restrito, assim como a maioria ocorre

em dias e/ou horários pouco acessíveis.

A maior agravante relativa ao cumprimento da lei se encontra, entretanto, no que se refere

ao caput do Art. 10 onde se lê que “a educação ambiental será desenvolvida como uma prática

educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal” e,

em particular, no que se refere ao § 3º, que declara: “nos cursos de formação e especialização

técnico-profissional, em todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental

das atividades profissionais a serem desenvolvidas”, 67% dos entrevistados afirmaram não terem

cursado nenhuma disciplina da área ambiental durante o curso de graduação. Causa espanto, porém

que 81% de todos os entrevistados afirmarem já ter proferido aulas sobre a preservação do meio

ambiente, sendo que destes, 79% não se sintam inteiramente capacitados para exercer essa função.

DISCUSSÃO

Os PCNs evidenciam a importância de incluir o tema de forma transversal para que sua abordagem

apresente múltiplos focos de aprendizagem e entendimento, promovendo maior “interação do ser

humano com a natureza, por meio de suas relações sociais, do trabalho, da ciência, da arte e da

tecnologia.”

Segundo Coimbra (2005), “a Educação Ambiental como disciplina integradora nos vários

segmentos educacionais, pode ser um enriquecedor exercício que antecede a inclusão dessa

perspectiva nas outras disciplinas clássicas do enfoque curricular.” Diante do exposto faz-se

necessária a indagação: por que, passada mais de uma década da promulgação da lei, ela ainda não

é cumprida? O que realmente falta para que o Poder Público, as Instituições Educativas e os Meios

de Comunicação de Massa exerçam suas respectivas incumbências?

CONCLUSÃO

Pode-se afirmar que apesar de todo aparato jurídico, quando se fala de proteção ambiental, esta só

será alcançada se existir um amplo programa de ação efetiva que eduque as diversas classes sociais

e etárias. Entretanto, os resultados da pesquisa demonstram que a falta de conhecimento específico

sobre o assunto, ligado às questões ambientais constitui fator limitante à execução de aulas

interdisciplinares no ambiente formal de educação. A ausência de disciplinas que versam sobre as

questões ambientais nos cursos de licenciatura ou no de formação de professores dificulta a

possibilidade de inserção do assunto na educação formal.

Para dirimir ou mesmo minimizar o problema é necessário que as Secretarias de Educação

observem com mais rigor a grade curricular dos cursos de graduação e antes de as aprovarem,

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56 façam valer não só a LDB, mas também a lei 9795/99. Provavelmente com essa providência

associada à capacitação dos professores, possamos acelerar o processo de conscientizar melhor

nossos alunos, através da educação formal, assim como da comunidade, através da educação não

formal, alcançando melhor índice na preservação do nosso planeta.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Governo Federal. Lei de Educação Ambiental nº 9795/99. Brasília: 1999.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC,

1997.

COIMBRA, Audrey de Souza. Interdisciplinaridade e Educação Ambiental: integrando seus

princípios necessários. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, Fundação

Universidade Federal do Rio Grande, v. 14, jan – jun de 2005. Disponível em:

<http://www.virtu.ufjf.br/artigo%201a2.pdf>. Acesso em 04 jan. 2009.

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57

Banco Ambiental: aprendendo a preservar

Lucas S. de Oliveira2, Juliana A. Nogueira2,

Waisenhowerk Vieira de Melo2 e Adilson da Costa Filho1,2

1- Mestrado Profissional em Ensino em ciências da Saúde e do Meio Ambiente – UniFOA

2- Departamento de Ensino de Ciências e Biologia – DECB – IBRAG – UERJ

Palavras-chave: ensino de ciências, educação ambiental, recurso didático.

INTRODUÇÃO

Uma das temáticas mais importantes na atualidade é a questão da conscientização e do incentivo a

práticas sustentáveis. Daí, também surge a necessidade de inserir no conteúdo de Ciências/Biologia

esse tipo de educação ambiental, que visa instigar nos alunos a preocupação com a preservação e

restauração da natureza, com a intenção de minimizar os impactos ambientais.

Segundo Guimarães (2007), a Educação Ambiental apresenta uma nova dimensão a ser incorporada

ao processo educacional, trazendo toda uma recente discussão sobre as questões ambientais e as

consequentes transformações de conhecimentos, valores e atitudes diante de uma nova realidade a

ser construída. A Educação Ambiental é um campo de conhecimento em construção e que se

desenvolve na prática do cotidiano dos que realizam o processo educativo.

A aplicação de um jogo didático é um recurso que tem a finalidade de estimular a participação dos

alunos; facilitar a comunicação, sendo um agente socializante; fortalecer o sentimento de união,

com a formação de grupos; impulsionar a criatividade e despertar curiosidade; motivar o exercício

das habilidades, e até mesmo, desenvolvê-las; além disso, propiciar a obtenção de melhores

resultados, funcionando como um apoio para construção do conhecimento. De acordo com Keim

(1984), a educação tradicional, abstrata e parcelada prepara mal os indivíduos, que terão de lidar

com a complexidade da realidade, então a educação ambiental deve reformular constantemente seus

métodos, conteúdos e orientações, esclarecendo as pessoas, grupos e novas situações que surgirem.

OBJETIVOS

A elaboração deste jogo tem como objetivos sensibilizar os alunos para temas importantes,

trabalhados nos conteúdos de Ecologia e Educação Ambiental; elucidando também, a necessidade

de preservar e restaurar a natureza, demonstrando que os desequilíbrios consequentes dos danos

causados por ação humana ameaçam a sobrevivência de vários seres vivos direta e indiretamente e,

mais ainda, que futuramente acabaria afetando a vida do próprio homem.

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58 METODOLOGIA

A elaboração do jogo foi baseada no famoso Banco Imobiliário. O tabuleiro utilizado no jogo

“Banco Ambiental” foi um quadrado de dimensões 64 x 64 cm, ou 4096 cm2, com diferentes

retângulos e quadrados, simbolizando as “casas”, de diferentes cores, separadas por região ou

estado. Cada retângulo colorido representa uma região ou local de preservação ambiental, o qual

pode se comprar Título de Adoção, indicando também a qual estado esta localidade se refere.

Diversas cores representam diferentes regiões geográficas do Brasil, bem como as áreas de

preservação ambiental. As casas dos cantos referem-se a: Detenção, que é a cadeia do jogo e quem

for preso fica detido lá por 1 rodada, e quem não for detido ao passar lá é para visitar um adversário

que esteja detido, ao Camburão, ou seja, quem parar nesta casa terá de ir direto para a Detenção, o

canto referente a “Destruição da Biodiversidade”, na qual o jogador ao parar terá de pagar uma

multa alta. O jogador terá chance de tirar uma carta “Sorte ou Azar”, que poderá o por a frente no

jogo ou prejudicá-lo, buscando o sucesso na administração de empresas ecologicamente corretas e

de alta sustentabilidade, assim como apoio a programas de reflorestamento e conservação de

parques florestais.

REFERÊNCIAS

KEIM, Ernesto Jacob. Abordagem das relações entre os componentes ambientais nos livros

didáticos de 1º grau. Rio de Janeiro, RJ: Faculdade de Educação, UFRJ, 1984. 128p. Dissertação de

Mestrado.

GUIMARÃES, M. A.; A Dimensão Ambiental na Educação, Papirus: Campinas, 2007.

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59

Campanha educativa para o consumo consciente de energia elétrica do centro Universitário

de Volta Redonda

Débora Cristina Lopes Martins1*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2

1Centro Universitário de Volta Redonda, UNIFOA 2Universidade Estadual do Rio de Janeiro, UERJ

Palavras-chave: Sustentabilidade, Campanha Educativa, Consumo Consciente.

INTRODUÇÃO

Ser uma empresa sustentável. Esse é um slogan cada vez mais adotado pelas empresas em suas

declarações de missão. Para ser sustentável não basta apenas criar campanhas criativas. É preciso,

antes, adotar práticas capazes de refletir seu comportamento ético perante a sociedade e ao meio

ambiente. Segundo Barbieri (2007), a Revolução Industrial é um marco histórico do processo de

degradação ambiental, tendo em vista a necessidade imediata de utilização de recursos naturais nos

processos produtivos das indústrias. Embora empresas prestadoras de serviço não gerem passivo

ambiental como a indústria, estas podem assumir uma postura mais sustentável, através da adoção

de práticas de redução de consumo.

Partindo desse princípio e da percepção da necessidade de tornar-se sustentável, garantindo o futuro

das próximas gerações, o Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA realizou, em 2009,

uma campanha educativa em prol do consumo consciente, com objetivo de obter reduções nos

gastos de energia elétrica. Iniciativas como essa trazem benefício, a médio e longo prazo, para o

meio ambiente e para a própria empresa que poderá reverter a economia de recursos financeiros em

benefício da comunidade acadêmica, bem como promover capacitação e melhorias de condições de

trabalho para seus funcionários.

OBJETIVOS

Despertar na comunidade acadêmica do Centro Universitário de Volta Redonda a prática do

consumo consciente. Reduzir em 10% o valor financeiro da conta de energia elétrica do Centro

Universitário de Volta Redonda.

METODOLOGIA

Utilizou-se os meios de comunicação disponíveis na instituição para realização da campanha

educativa. Para ter o alcance desejado, foram eleitos os seguintes meios de comunicação para serem

utilizados de forma integrada: Informativo Eletrônico Imprensa Agora, material impresso, jornal

Via Campus, área de trabalho dos computadores administrativos e acadêmicos e Rádio Web

UniFOA que utilizou a estratégia “flagrante de consumo consciente”.

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60 RESULTADOS

Durante o período de 09 de fevereiro a 30 de abril de 2009, a equipe da Rádio UniFOA flagrou 20

setores praticando atos de consumo consciente. Dentre aqueles que enviaram sugestões para

concorrer ao sorteio de camisetas, 105 foram contemplados com o brinde produzido em fibra de

garrafa PET.

Dentre as sugestões, destacaram-se aquelas que permitiram ação imediata ou implementação em

curto prazo pela direção do UniFOA. Algumas medidas institucionais foram adotadas pela direção

do UniFOA.

Tomando como referência abril de 2009, mês que finalizou a campanha educativa de energia

elétrica, pudemos perceber resultados positivos a partir da análise das contas de energia elétrica.

Nos meses de maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro de 2009, houve redução de

energia elétrica na ordem de 25%, 24%, 31%, 58%, 39%, 27% e 26% respectivamente. No mês de

dezembro de 2009, mês em que ocorreram obras no Campus Aterrado, a redução foi de apenas

10%, ainda assim significativa, considerando que essa era a meta de redução estipulada pela direção

do UniFOA.

CONCLUSÕES

Ao instituir o programa de consumo consciente, o UniFOA despertou na comunidade acadêmica o

desejo de contribuir com a causa, evitando que a economia de energia elétrica fosse entendida como

uma restrição imposta pela instituição. A comunidade acadêmica percebeu que essa prática traria

um benefício para seu próprio bem estar e para o meio ambiente. O objetivo maior de contribuir

para a sustentabilidade da empresa e do planeta através do uso de campanha educativa foi atingido e

demonstrou que o público interno pode ser um agente de mudança indispensável para obtenção de

vantagem competitiva para as organizações.

REFERÊNCIAS

BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007. 382 p.

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9ª ed. São Paulo: Gaia,

2004. 551 p.

KOTLER, Philip. ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 12ª ed. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2007. 600 p.

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Compostagem nas escolas

José Roberto Tavares de Paiva

Associação Ecológica Harmonia Ambiental

Centro de Referência de Educação Ambiental de Resende – CREAR/SME

Palavras-chave: educação ambiental, lixo orgânico, digestão aeróbica.

INTRODUÇÃO

Os resíduos domiciliares coletados nas cidades brasileiras são constituídos por uma grande

quantidade de matéria orgânica, superior a 60% em peso. Esse material, quando não tratado ou

disposto indevidamente no solo, provoca poluição dos recursos hídricos, pela formação de chorume

(liquido), e atmosférica, pela liberação de gases contribuintes do efeito estufa. Uma das mais

difundidas formas de tratamento dos resíduos sólidos urbanos é a compostagem. A compostagem é

um processo natural de decomposição da matéria orgânica pela ação de microorganismos. O

produto final do processo de compostagem aeróbica é o composto orgânico, material rico em húmus

e nutrientes minerais, que pode ser aplicado ao solo como fertilizante.

OBJETIVOS

Desenvolver técnicas de compostagem de lixo doméstico, aliado a um programa de Educação

Ambiental que promova a técnica nas escolas e incentive os alunos a praticarem nas suas casas,

desenvolver atividades pedagógicas sobre o lixo, reciclagem, coleta seletiva e ciclos da natureza,

reutilizar o composto na horta escolar ou no jardim da escola, criar hábitos e cultura de

sustentabilidade e cidadania e reduzir o lixo orgânico disposto no aterro sanitário.

METODOLOGIA

O projeto vem sendo desenvolvido pelo CREAR- Centro de Referência de Educação Ambiental de

Resende, da Secretaria Municipal de Educação, promovendo a compostagem como prática de

resgate de cidadania e preservação do meio ambiente; a aplicação vem sendo feita em escolas do

ensino fundamental da rede pública municipal. São usadas técnicas variadas, como o uso de leiras

abertas e o de composteiras, equipamentos simples usados para conter os resíduos orgânicos.

Todos os dias as merendeiras devem coletar os restos do preparo dos alimentos vegetais em um

recipiente, como um cesto de lixo, destinado a esse fim. Elas receberão os restos de cozinha e as

folhas resultantes da varredura e do corte de grama da escola.

A participação dos alunos deve ser incentivada: cada dia um grupo de alunos de turmas distintas

deve ter a incumbência de levar o cesto com os restos de cozinha para uma das composteiras. O

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62 grupo de alunos joga, espalhando os restos do cesto na área da composteira. Em seguida os restos

da cozinha devem ser cobertos com as folhas e aparas de grama que foram depositados ao lado da

composteira. Ao fim de um período de 4 a 6 meses, o composto estará pronto, podendo ser utilizado

na horta ou no jardim da escola.

RESULTADOS E DISCUSSÕES TEÓRICAS

Em várias turmas verifica-se o despertar de consciência de crianças que participam ativamente dos

processos de coleta, disposição dos resíduos e acompanham o trabalho das bactérias. Depois vêm e

aplicam o composto no jardim ou na horta da escola e percebem os ciclos da natureza e os conceitos

da agricultura orgânica. Ampliar o alcance do projeto poderá propiciar no futuro uma consciência

de separação do lixo que possa facilitar a implantação de usinas de compostagem, como as que

existem na Áustria, que coletam de 7 a 120 mil toneladas de resíduos orgânicos por ano, onde os

trabalhos começaram há 25 anos, com programas de Educação, num formato bastante semelhante

ao que estamos implantando em Resende.

REFERÊNCIAS

JahneL, Marcelo Cabral; Melloni, Rogerio ; Cardoso, Elke J. Maturidade de Compostos de Lixo

Urbano - Depto. de Solos e Nutrição de Plantas - ESALQ/USP. Depto. de Solos e Nutrição de

Plantas - ESALQ/USP, C.P. 09 - CEP: 13418-900 - Piracicaba,SP. Disponível em

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-90161999000200007

Toledo De Sá, Luiz. Guia de Compostagem Caseira. Disponível em

http://www.luiztoledo.net/page1.aspx

Compostagem: O que é? Site http://www.hortadaformiga.com/compostagem.cfm , Horta da

Formiga, Centro de Compostagem Caseira da cidade do Porto, Portugal.

Inácio, Caio de Teves. Projeto de Reciclagem de Resíduos Orgânicos na Grande Florianópolis.

Revista Limpeza Pública. Nº 49. Outubro de 1998. Publicação trimestral da Associação Brasileira

de Limpeza Pública – ABPL.

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Confecção de cartilha para prevenção à carie precoce infantil

Cecília Pereira Silva 1*, Júlio Cesar Soares Aragão 2 1, 2 Centro Universitário de Volta Redonda- UniFOA

Palavras-chave: Cárie precoce, prevenção, pediatria.

INTRODUÇÃO

A cárie dentária é uma doença infecciosa multifatorial, que pode, desde a primeira infância,

manifestar-se de forma agressiva.

A saúde bucal tem grande importância na manutenção do equilíbrio orgânico, e é, portanto,

importante que as mães tenham conhecimento sobre a cariogenicidade do leite, a transmissibilidade

da cárie e o momento de visita ao dentista.

É fundamental que o pediatra, por seu contato próximo com a criança e seus pais desde o

nascimento, conscientize-se de que a cárie é uma doença evitável, e a sua prevenção inicia-se no

consultório pediátrico

OBJETIVOS

Coletar dados junto aos pediatras sobre a cárie de acometimento precoce na infância e propor um

maior comprometimento na prevenção dessa patologia.

Estimular nos discentes do curso de Medicina o reconhecimento do seu papel na redução dos

índices da cárie precoce na infância.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa que é apropriada para medir tanto opiniões,

atitudes e preferências quanto comportamento.

DISCUSSÃO

Os pediatras podem exercer um importante papel, tanto direta quanto indiretamente, na prevenção

da cárie, uma vez que são capazes de promover precocemente o aconselhamento materno quanto às

práticas alimentares de seus filhos, evitando assim o surgimento da cárie tipo mamadeira. Esses

profissionais também podem reconhecer pacientes com alto risco de desenvolvimento da doença.

Considerando, ainda, a precocidade das consultas dos bebês aos pediatras deve-se ter em mente que,

muitas vezes, esses profissionais são os primeiros agentes de saúde a manipular as crianças e por

isso passam a ter importância fundamental, não apenas na educação, mas também no

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64 reconhecimento de situações que fujam à normalidade e, principalmente o encaminhamento precoce

aos odontopediatras.

CONCLUSÃO

O presente trabalho destina-se a confecção de uma cartilha que possa auxiliar na capacitação de

discentes, docentes e profissionais da saúde quanto à prevenção da cárie precoce e tópicos

correlatos de saúde oral.

REFERÊNCIAS

GALARNEAUS,C.; BRODEUR,JM. The cariogenic nature of childhood bedtime rituals. JODQ

Spplemente. Scientific Article, 2006.

LOSSO,EM; et al.Severe early childhood caries: an integral approach. J Pediatr (Rio J).

2009;85(4): 295-300.

PLUTZER,K; SPENCER,A. Efficacy of an oral health promotion intervention in the prevention of

early childhood caries. Community Dent Oral Epidemiol.2008; 36:335-46.

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Considerações iniciais da implantação do espaço da ciência no município de Barra Mansa.

SILVA, L. G. O. 1 *, RUTA, C.2, SOUZA, M. R.3, MORAES, C. A. B. A.4, RIBEIRO, L. M.5,

SILVA, G. A.6, SOUZA, L.G.S.7

1 Secretaria Municipal de Educação de Barra Mansa*

2 Universidade Federal do Rio de Janeiro

1,3,4,5,6,7 Centro de Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro – CEDERJ

Agência financiadora - FAPERJ

Palavras-chave: Divulgação Científica, Experimentação e Ensino de Ciências.

INTRODUÇÃO:

A Educação no Brasil vem sofrendo uma forte crise de origem metodológico-pedagógica e político-

social, sobretudo no ensino de Ciências para o nível fundamental. Uma das principais causas

apontadas para o fracasso é a maneira de ensinar a disciplina, que muitas vezes é apoiada em

concepções equivocadas e não desperta o interesse das turmas. Uma das estratégias utilizadas para a

melhoria do processo ensino-aprendizagem é a experimentação (BEVILACQUA E SILVA, 2007).

Para BORGES (2002), a formação de professores, assim como todo o sistema educacional do

Brasil, não tem sido considerada uma prioridade e esta é uma das causas que podem ser apontadas

para explicar a ineficácia do sistema escolar. Entre as ações destacadas por este autor como

necessárias à melhoria do ensino estão a valorização dos espaços educacionais, a valorização da

profissão docente e programas para o aperfeiçoamento e desenvolvimento do profissional.

A utilização de um espaço para ciência é importante para o enriquecimento da educação; tão

importante quanto a experimentação é a divulgação científica.

OBJETIVOS:

Consolidar o Espaço da Ciência em Barra Mansa, utilizando-o na formação continuada dos

docentes, despertando nos alunos o interesse pela Ciência e abrindo caminhos para sua

compreensão.

METODOLOGIA:

O Espaço da Ciência está sendo implantado e consolidado no CIEP 054 – Maria José M. de

Carvalho, Rua L, s/n° - Vila Maria. Barra Mansa, RJ. Foram liberados 03 espaços, totalizando cerca

de 150 m², para os diversos ambientes que serão utilizados para o estudo formal e não formal: Sala

multimídia com vários recursos audiovisuais; laboratório multidisciplinar e museu.

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66 Através de cursos, palestras, oficinas e aulas experimentais os professores de Ciências das 18

unidades escolares do município estão sendo auxiliados no seu aperfeiçoamento profissional,

participando ativamente de projetos de pesquisa e tendo acesso a materiais necessários para a

execução de atividades experimentais nas unidades escolares.

RESULTADOS PRELIMINARES:

O espaço recebeu os professores da rede municipal de Barra Mansa para participarem de diversas

oficinas em várias áreas do conhecimento.

O museu foi preparado para receber as coleções, algumas já foram montadas, como a de fósseis,

aracnídeos, moluscos e equinodermos. Essas coleções ficam expostas e podem ser visitadas pela

comunidade.

O espaço recebe agendamento para visitação orientada, oficinas e palestras através do e-mail

[email protected].

REFERÊNCIAS:

BEVILACQUA, GD, COUTINHO-SILVA, R. 2007. O Ensino de Ciências na 5ª Série. Através da

Experimentação. Ciência & Cognição, (10): 84-92.

BORGES AT. 2002. Novos Rumos Para o Laboratório Escolar de Ciências. Cad. Bras. de Ens. Fís.,

(19)3.

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Consumo da merenda escolar entre alunos de escolas públicas

Georgianna Silva dos Santos¹*, Maria de Fátima Alves de Oliveira²

¹Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ

²Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ

Palavras-chave: alunos, merenda escolar, atividades diferenciadas.

INTRODUÇÃO

O Brasil tem vivenciado uma transição nutricional muito grande, levando ao surgimento de

sobrepeso e obesidade nas diferentes classes sociais. Dados da coordenação da Política Nacional de

Alimentação e Nutrição (PNAN) informam que, ao mesmo tempo em que se observa o aumento de

calorias per capita e da participação de alimentos de origem animal na mesa do brasileiro, constata-

se a substituição de cereais, frutas, verduras e legumes por gorduras em geral e açúcares.

Para o Ministério da Saúde (BRASIL, 2002), a escola é um local onde muitas pessoas vivem,

aprendem e trabalham; compreende que o período escolar é fundamental para se trabalhar saúde na

perspectiva de sua promoção, desenvolvendo ações para a prevenção de doenças e para o

fortalecimento dos fatores de proteção, pois é um espaço no qual os programas de educação e saúde

podem ter grande repercussão.

Programas de promoção de saúde e nutrição nas escolas podem melhorar a aprendizagem e os

resultados educacionais das crianças, bem como a educação de qualidade pode conduzir aos

melhores resultados de saúde e nutrição (UNICEF, 2000). Assim, a sala de aula torna-se um espaço

social privilegiado para contextualizar os conteúdos a partir da interação entre os saberes

curriculares e os demais saberes da sociedade, proporcionando a cada aluno a possibilidade de

construir o conhecimento, vivenciando e desenvolvendo as suas competências e habilidades

individuais (TORRES, 2003).

Neste estudo investigamos os alimentos da merenda escolar consumidos pelos alunos do Ensino

Fundamental de duas escolas públicas situadas na região nordeste e sudeste do Brasil.

METODOLOGIA

Os alunos envolvidos no estudo estavam distribuídos nos 5º, 6º 7º e 8º anos do Ensino Fundamental

e freqüentavam escolas públicas situadas em 2 regiões geográficas do Brasil: 103 alunos de uma

escola, situada na zona oeste do município do Rio de Janeiro/RJ e 62 alunos de uma escola, situada

na região central do município de Caxias/MA. Utilizamos um questionário denominado de Agenda

Alimentar que foi preenchido por eles com os alimentos consumidos durante uma semana.

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68 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Os alunos que participaram do estudo (n= 165) são adolescentes. Os resultados mostraram que os

alunos pesquisados da região nordeste consomem os alimentos da merenda e não fazem seleção

entre os mesmos, enquanto os alunos selecionados da região sudeste fazem escolhas dentre os

alimentos oferecidos e não merendam todos os dias da semana. Preferem ingerir alimentos de baixo

valor nutricional, tais como biscoitos e guloseimas que trazem de casa.

A escola pode contribuir no sentido de estimular a alimentação saudável através do uso de

estratégias diferenciadas em relação ao tema “Alimento e Nutrição”, despertando a atenção do

aluno para o consumo de determinados alimentos, valorizando mais o consumo de alimento in

natura e reduzindo ao mínimo a presença de alimentos industrializados.

CONCLUSÕES

Percebemos que a maioria dos alunos da região sudeste se afasta dos alimentos in natura e que a

escola pode promover situações que despertem a atenção do aluno por uma alimentação saudável.

Deste modo, a escola cumpre parte de sua função social na promoção da qualidade de vida não

apenas no seu interior, mas também nas relações que o aluno estabelece entre os seus.

REFERÊNCIAS

BRASIL - MINISTÉRIO DA SAÚDE; SECRETARIA DE POLÍTICA DE SAÚDE, PROJETO

PROMOÇÃO DA SAÚDE – INFORMES TÉCNICOS INSTITUCIONAIS. A promoção da saúde

no contexto escolar. Revista de Saúde Pública. V.36, n.2, p.533-535, 2002.

TORRES, M. L. O compromisso social das escolas públicas com as novas tecnologias da

comunicação e da informação. Revista Tecnologia Educacional, Ano XXXI, n. 161/162, Abr/03-

Set/2003.

UNICEF – Fundo das Nações para a Infância. Focusing Resources on Effective School Health: a

FRESH Start to Improving the Quality and Equity of Education. Relatório final do Fórum Mundial

de Educação. Senegal, 2000. Disponível em: <http://

unicef.org/lifeskills/files/FreshDocument.pdf.>. Acesso em: 20/01/2011.

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69 Contribuições da política nacional de educação ambiental na formação profissional dos alunos

do curso de Aprendizagem Industrial do SENAI de Vassouras / RJ

Jesimar da Cruz Alves

Universidade Severino Sombra – USS

Centro de Tecnologia em Alimentos e Bebidas SENAI – CTS

Palavras-chave: Educação, Competência, Ambiental

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da sociedade, o avanço das tecnologias e a quebra das barreiras de

comercialização advinda da globalização, fizeram com que a sociedade atual desenvolve-se um

comportamento mais consumista e descartável dos recursos consumidos. De acordo com pesquisas

realizadas, o lixo no Brasil é composto de: 52% de lixo orgânico, 26% de papel e papelão (26%),

3% de Plásticos, 2% de metais, 2% de vidro e 15% de lixos tecnológicos e outros tipos.

Segundo JUCÁ (2002), o crescimento populacional, aliado à intensa urbanização, acarreta a

concentração da produção de imensas quantidades de resíduos e a existência cada vez menor de

áreas disponíveis para a disposição desses materiais. Percebe-se que estes meios não são

pulverizados de forma padrão pelos órgãos de educação, levando a uma formação técnica e

profissional e se distanciando da formação de valores humanos.

Conforme a LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999, que determina que a educação ambiental

seja um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de

forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-

formal. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo compreender os estudos voltados para a

linha da educação ambiental, que de certa forma se apresenta de forma simples e aplicável, levando

a refletir sobre os benefícios da educação ambiental na construção de valores, levando ao indivíduo

que podemos chamar de sujeito a refletir suas ações e como estas ações pode proporcionar impactos

ambientais futuros e uma convivência harmônica profissional com o mercado em que vai atuar.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento da pesquisa em questão, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica

minuciosa e aplicado de um questionário avaliativo, que teve como objetivo reconhecer o nível das

ações de educação ambiental desenvolvidas pela escola SENAI de Vassouras nos alunos de

aprendizagem.

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70 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Ao final da minha pesquisa, pude perceber que, a necessidade de educação ambiental é de total

importância para a humanidade, o grande vilão é que compreender que as ações de educação

ambiental são fundamentais para a sobrevivência do planeta talvez seja os maiores desafios das

instituições de educação formal e informal. Durante a aplicação do questionário investigativo, pude

perceber que mesmo com a intensidade das ações desenvolvidas pela escola SENAI de Vassouras,

os alunos tocados por estas ações ainda trazem com sigo uma resistência a mudança de valores

pessoais que são adquiridos no berço, ou seja, nos primeiros ensinamentos transmitidos pelos pais.

CONCLUSÕES

Ações voltadas para a educação ambiental devem ser inseridas no cotidiano da sociedade desde

berço até a fase escolar, pois já percebemos que uma educação ambiental correta é aquela que

poderá proporcionar mudanças de valores nos indivíduos e em conseqüência na sociedade do

futuro. Vale lembrar que este estudo não se esgota com a pesquisa realizada, fazendo com que a

inquietação quanto à aplicabilidade das políticas de educação ambiental sejam cada vez mais

exploradas, levando a ampliação em instituições de ensino superior.

REFERÊNCIAS

Brasil, LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999

CARVALHO, I. C. M. A invenção do sujeito ecológico: identidade e subjetividade na formação

dos educadores ambientais. In: SATO, M; CARVALHO, I. C. M. (org) Educação Ambiental:

pesquisa e desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005.

JUCÁ, J. F. T. Proposta de política de resíduos sólidos para o Estado de Alagoas –

Metodologia de atuação. XVIII CONGRESSO INTERAMERICANO – AIDIS, 2002. Anais...

João Pessoa-Paraíba. Disponível em: <http://www.grs-ufpe.com.br/downloads/publicacoes/xxviii-

aidis--politicas_al.pdf >. Acesso em: junho de 2011.

LOUREIRO, C. F. B. Educação Ambiental e “Teorias Críticas”. In: Guimarães, M. (org) Caminhos

da Educação Ambiental: da forma à ação. Campinas, SP: Papirus, 2006.

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71

Contribuições inovadoras para o ensino da Gestão do Sistema de Saúde no Brasil

Denize Duarte Celento1*, Cláudia Mara de Melo Tavares2

1- Universidade Federal Fluminense - UFF 2- Universidade Federal Fluminense - UFF

Palavras-chave: Educação em Enfermagem, Educação Médica, Gestão em Saúde

INTRODUÇÃO

A partir da nova Constituição da República, várias iniciativas institucionais, legais e comunitárias

foram criando as condições de viabilização plena do direito à saúde. O SUS tem como ideais: a

consolidação de vínculos com e entre diferentes segmentos sociais e atendimento com eficácia e

eficiência. A proposta deste novo modelo de gestão é centrá-lo na qualidade de vida das pessoas e

do seu meio ambiente e melhorar a relação da equipe de saúde com a comunidade.

As instituições formadoras têm perpetuado modelos essencialmente conservadores, centrados em

aparelhos e sistemas orgânicos e tecnologias altamente especializadas

Assim, reafirmando a formação dos profisisonais da sáude, as diretrizes curriculares para os cursos

de enfermagem e medicina, Resoluções CNE/CES nº 3 e nº 4de 7 de novembro de 2001,

respectivamente, que instituem a formação desses profisisonais dotados dos conhecimentos

requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais.

O objetivo geral desse estudo é o aprofundamento no processo de formação da equipe de saúde,

em especial, nos profissionais de enfermagem e medicina, que adquirem maior relevância na

relação com a comunidade. Como objetivos específicos buscaremos analisar o modelo adotado na

formação desses profissionais e o perfil preconizado pelo Sistema de Saúde no Brasil.

METODOLOGIA

Trata-se de estudo exploratório e descritivo, de busca na base de dados da SciELO, compreendendo

o período disponível de 1993 a 2010 buscando reconhecer como se dá o ensino de gestão do

sistema de saúde na formação dos profissionais de enfermagem e medicina. Sendo selecionados

para este trabalho 11 artigos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

No que diz respeito às inovações mencionadas destacam-se as realizações de mudanças de longo e

médio prazo dentro da estrutura curricular. Profundidade da reforma e ampliação dos princípios de

interdisciplinaridade, multiprofissionalidade, auto cuidado e presença significativa de docentes e

alunos juntos ao espaço comunitário (MACHADO, CALDAS E BORTONCELLO, 1997).

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72 Em um artigo que relatou a transformação de uma disciplina tradicional em ensino médico

(ROCHA, BAVA, REZENDE, 2006), voltada ao ensino da política e gestão de saúde com uso de

tecnologias de informação e comunicação: e-Learning.

A disciplina de saúde mental e psiquiatria em busca de novos caminhos de ensino para a atenção em

enfermagem de saúde mental e psiquiátrica, pontuando aspectos relevantes, potencialidades e

fragilidades, integração entre disciplinas da área com outras áreas (CARVALHO, CAMPOS,

OLIVEIRA, 2009).

Em experiência inovadora de ensino de administração de enfermagem, na formação do enfermeiro

por meio da interface entre a arte e a educação, desenvolvida pela disciplina de administração em

Saúde (FERREIRA, COTTA, OLIVEIRA, 2009).

CONCLUSÃO

Os achados deste estudo permitiram constatar que os conteúdos e focos temáticos de ensino da

gestão do sistema de saúde nos cursos de graduação de enfermagem e medicina permeiam a análise

crítica da educação que temos feito no setor de saúde e a construção de caminhos desafiadores.

A mudança se inicia com o rompimento do paradigma tradicional do processo de ensino

aprendizado. Uma estratégia viável é transpor as fronteiras da sala de aula por meio de modelo

pedagógico que equilibre a excelência técnica e a relevância social.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, S.R.; CAMPOS, G.W.S.; OLIVEIRA, G.N. Reflexões sobre o ensino de gestão em

saúde no internato de medicina na faculdade de ciências médicas da universidade estadual de

campinas- Unicamp. Interface 13(29): 455-465, ND.2009 Jun.

FERREIRA, M.L.S.M.; COTTA, R.M.M.; OLIVEIRA, M.S. Construção coletiva de experiências

inovadoras no processo ensino-aprendizagem na formação de profissionais de saúde.

Rev.bras.educ.med. 33(2): 240-246, TAB. 2009 Jun.

MACHADO, J.L.M.; CALDAS JR, A.L.; BORTONCELLO, N.M.F. Uma nova iniciativa na

formação dos profissionais de saúde. Interface 1(1): 147-156, ILUS.1997.Aug.

ROCHA, J.S.Y.; BAVA, M.C.G.C.; REZENDE, C.E.M. Pesquisa-aprendizagem no ensino da

política e gestão de saúde: relato de uma experiência com e-learning. Rev.bras.educ.med. 30(1):

73-78, ND.2006 Apr.

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73

Desenvolvimento de DVD educacional: “apresentamos: as enzimas”

Isabela M. de Lima1*, Felipe S. de Oliveira1, Patrícia S. de Oliveira1, Patrícia Farias1, Daniele

Maciel1, Viviane Andrare1, Claudia Y. Utagawa1,2 e M. Lucia Bianconi1 1Instituto de Bioquímica Médica – CCS/UFRJ

2 Centro Universitário de Volta Redonda – UNIFOA

Apoio Financeiro: FAPERJ e PR5/UFRJ

Palavras-chave: Recursos áudio-visuais, Educação em Ciência, Enzimas.

INTRODUÇÃO

O Ensino de Ciências tem um papel fundamental na estruturação da sociedade, facilitando a

compreensão de fenômenos e acontecimentos do cotidiano. A origem do trabalho experimental nas

escolas teve por objetivo melhorar a aprendizagem do conteúdo científico (GALIAZZI et al., 2001).

Entretanto, atividades experimentais na realidade escolar são pouco frequentes e, muitas vezes, a

forma como os conteúdos são apresentados aos alunos, inclusive no Ensino Superior, não culmina

em construção de conhecimento. Dessa forma, nosso grupo vem desenvolvendo materiais

alternativos que sirvam de subsídios a graduandos e profissionais que buscam formação continuada.

OBJETIVOS

Elaboração e distribuição de material paradidático e de divulgação científica abordando o tema

“enzimas”, direcionado a alunos de graduação, professores de Ensino Médio e profissionais da área

de Saúde.

METODOLOGIA

Estamos utilizando vídeos, animações e fotos na editoração de dois DVDs. O primeiro, direcionado

a graduandos das áreas biológicas e professores do Ensino Médio, contará com fundamentação

teórica, experimentos de baixo custo, explicações e curiosidades; o segundo apresentará, além da

fundamentação teórica, uma abordagem clínica, descrevendo enzimopatias, em particular, as

envolvidas com os erros inatos do metabolismo. Os roteiros literários do primeiro DVD já foram

concluídos, tendo sido empregada uma linguagem de fácil compreensão. O projeto encontra-se na

fase de edição de filmagem e elaboração de animações. O material está sendo avaliado por

professores de Ensino Médio e licenciandos da área biológica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Experimentos simples, que podem ser realizados sem a necessidade de laboratórios ou material

específico, foram filmados em diferentes enquadramentos e analisados por licenciandos de

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74 Biologia. A avaliação foi positiva e direcionou para o melhor enquadramento, o qual passou a ser

utilizado. O tema “enzimas” foi escolhido por despertar o interesse e a curiosidade, já que faz parte

do cotidiano e tem grande importância biotecnológica, em especial, na área da Saúde. Serão

mostrados experimentos que permitem o estudo de propriedades cinéticas das enzimas (efeitos de

pH, temperatura e concentração de substrato e de enzima). Foi incluída uma introdução, além das

explicações dos resultados obtidos. As animações estão em fase inicial de preparação. Os

avaliadores também comentaram a importância de um material deste tipo como um auxiliador na

aprendizagem.

CONCLUSÕES

As particularidades de um material didático em forma de DVD permitem explorar os assuntos

através de abordagens que geram interesse do aprendiz com o tema, possibilitando o contato de um

amplo número de pessoas com experimentos e equipamentos não corriqueiros. Segundo Gaspar &

Monteiro (2005), demonstrações experimentais têm a vantagem de serem utilizadas em meio à

apresentação teórica, mantendo a continuidade da abordagem conceitual, gerando motivação e

interesse que despertam os alunos para a aprendizagem. O uso da tecnologia em forma de

multimídia pode colaborar para um ganho conceitual significativo, por levar aos profissionais e

futuros profissionais um conteúdo de qualidade, com informações atualizadas.

REFERÊNCIAS

GALIAZZI et al. Objetivos das atividades experimentais no Ensino Médio: A pesquisa coletiva

como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, v.7, n.2, p.249-263,

2001.

GASPAR, A. MONTEIRO, I. C. C. Atividades experimentais de demonstrações em sala de aula:

Uma análise segundo o referencial da teoria de Vygotsky. Investigações em Ensino de Ciências. v.

10, n. 2, p. 227-254, 2005.

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75 Desenvolvimento de estratégia educativa sobre aleitamento materno visando ao ensino entre

acadêmicos da área de Ciências da Saúde

Claudia Regina O. da Costa1 , Dra Rosane M.S. de Meirelles2

1,2 Programa de Mestrado em Ensino em

Ciências da Saúde e do Meio Ambiente - MECSMA - UniFOA

Palavras-chave: aleitamento materno, ensino, ciências da saúde

INTRODUÇÃO

Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda

entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se

defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de

ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. Apesar de todas as evidências científicas

provando as vantagens da amamentação sobre outras formas de alimentar a criança pequena, e

apesar dos esforços de diversos organismos nacionais e internacionais, as taxas de aleitamento

materno, em especial as de amamentação exclusiva, estão bastante aquém do recomendado, e para

melhoria de seus índices faz-se necessário adequado aprendizado das mães com participação ativa

dos profissionais de saúde, proporcionando orientações e suporte oportunos para as gestantes e

lactantes.

Em 1993, foi realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde um estudo sobre aleitamento

materno nos currículos das escolas de saúde. Os resultados mostraram que o número de horas

dedicado ao tema é mínimo e insuficiente, e as entrevistas com alunos ao final do curso mostraram

que, se esses têm conhecimento de como resolver casos de complicações na lactação, isso não

decorre do que foi aprendido no currículo, mas sim da prática em atividades clínicas

extracurriculares.

Sabendo-se que a formação do profissional, na graduação, em relação ao aleitamento materno

precisa ser mais atendida, propomos este projeto de pesquisa que tem como objetivo geral

identificar as dificuldades de acadêmicos do curso de Medicina relacionadas ao tema Aleitamento

Materno sugerindo estratégia educativa a fim de facilitar as discussões sobre o tema.

METODOLOGIA

Este projeto será realizado inicialmente na forma de um estudo transversal, descritivo, através da

coleta de dados por meio de um questionário semi-estruturado sobre aleitamento materno, com

perguntas elaboradas de acordo com recomendações do Ministério da Saúde, dirigido aos

acadêmicos do internato do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda-RJ. O

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76 questionário conterá duas questões relativas ao conteúdo curricular, que serão respondidas por

extenso e quinze questões do tipo objetiva.

Após análise de tais resultados, realizaremos a segunda etapa do projeto que é a elaboração de uma

atividade didática sobre o tema aleitamento materno, com base nas respostas fornecidas pelos

discentes na coleta de dados iniciais. Está prevista a elaboração de uma oficina com etapas

organizadas de forma crescente com relação ao conteúdo e inserção de atividades de dinâmica de

grupo como pequenas esquetes e troca de papéis funcionais entre os participantes.

PERSPECTIVAS

Ainda não temos resultados pois o projeto começará sua execução a partir do 2º semestre de 2011.

Esperamos que a formatação de uma oficina sobre o tema Aleitamento Materno proporcione maior

discussão entre discentes e docentes para apropriação de medidas mais efetivas no aconselhamento

e prescrição dos processos de amamentação.

REFERÊNCIAS

GIUGLIANI, E.R.J. O aleitamento materno na prática clínica. J Pediatr (Rio J). 2000; 76(Supl

2):S238-52.

KROGSTRAND, K.S; PARR, K. Physicians ask for more problem-solving information to

promote and support breastfeeding. J Am Diet Assoc 2005; 105:1943-7.

______ . MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da Criança: Aleitamento Materno e Alimentação

Complementar. Brasília-DF, 2009. (Caderno de Atenção Básica, n.23)

OPAS/OMS. Encuesta sobre enseñanza de la lactancia materna en escuelas universitárias de

América Latina. Relatório mimeografado da OPS;1993.

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77

Desenvolvimento e avaliação de software educacional sobre Assistência Neonatal para curso

Técnico Profissionalizante de Enfermagem

Alessandra Amorim Machado¹*, Fábio Aguiar Alves2

1,2 Centro Universitário de Volta Redonda. UniFOA.

Palavras-chave: ensino em enfermagem, informática em enfermagem, enfermagem neonatal.

INTRODUÇÃO

A Educação de nível médio em Enfermagem precisa preparar os profissionais para adequada

inserção no mercado de trabalho, com conhecimentos básicos de informática para atualização ou

mesmo para atuação destes em sua área.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB no. 9394/96, Resolução CNE/CEB 4/99, define a

educação profissional como uma “modalidade de ensino que visa ao desenvolvimento de

competências básicas da pessoa e do cidadão, bem como a preparação geral para o trabalho como

dimensão da cidadania”. As ações pedagógicas devem se voltar à construção de saberes e ao

desenvolvimento de competências ligadas à leitura e á interpretação de informações, pesquisa,

análise e compreensão de princípios de bases tecnológicas disponibilizadas; à utilização fluente de

ferramentas básicas e usuais disponibilizadas pela informática; à internalização de atitudes de

responsabilidade e comprometimento com a saúde, como direito individual e dever com o coletivo e

com a preservação do meio ambiente (BRASIL, 1996, 1997, 1998).

A educação de nível Médio na Enfermagem baseia-se na aquisição de habilidades e competências

técnicas específicas para o atendimento das necessidades dos pacientes.

É necessário que as instituições de ensino apliquem conhecimentos de informática para adequada

utilização das ferramentas tecnológicas disponíveis, permitindo aos profissionais articular suas

atividades com os demais agentes de saúde, tomar decisões e relacionar-se com a equipe

multiprofissional. (BRASIL, 2000).

A utilização de tecnologias educacionais no ensino de enfermagem é uma necessidade profissional

diante das transformações que envolvem a sociedade moderna, nos aspectos políticos, sociais e no

mundo virtual (AGUIAR, 2006).

Neste contexto, o desenvolvimento de um software educacional para o ensino médio é uma

tentativa de atender as necessidades da sociedade tanto no campo da informática quanto no campo

da assistência à saúde.

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78 OBJETIVOS

Desenvolver, aplicar e avaliar um software educacional na temática de assistência neonatal em um

Curso técnico de Enfermagem da cidade de Volta Redonda.

METODOLOGIA

Construção de um software educativo para o ensino de cuidados básicos de assistência neonatal a

alunos de um curso profissionalizante de enfermagem e comparar a apreensão do conhecimento

antes e após a aplicação do software. Trata-se de pesquisa descritiva de abordagem quantitativa

tendo como fundamentação teórico-pedagógica para a construção do software a Teoria de Vigotsky.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

O tema da assistência neonatal foi escolhido devido à experiência da pesquisadora com a assistência

ao neonato e sua família em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. A motivação foi a dificuldade

de acharmos profissionais de curso técnico com experiência nesta área.

Este estudo tem como proposta o desenvolvimento, aplicação e avaliação de um software

educacional sobre assistência neonatal enquanto tecnologia educacional a alunos do Curso Técnico

de Enfermagem, atendendo as definições contidas nas Referências Curriculares Nacionais da

Educação profissional de nível Técnico.

O educador comprometido com a melhoria da educação e com a formação de profissionais

capacitados, necessita considerar as tecnologias disponíveis para aprimorar os recursos a serem

utilizados, no sentido de obter resultados positivos para o ensino de determinada área do

conhecimento (AGUIAR, 2006).

REFERÊNCIAS

AGUIAR, R.V. Desenvolvimento, implementação e avaliação de ambiente virtual de

aprendizagem em um curso profissionalizante de enfermagem. Dissertação (Doutorado em

Enfermagem). USP, Ribeirão Preto, 2006.

BRASIL. Lei 9394, 20 de dezemdro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Disponível em http://portal.mec.gov.br/. Acesso em 10.dez 2010.

BRASIL. Secretaria de Educação média e tecnológica. Referências Curriculares Nacionais da

educação profissional de nível técnico. Área profissional: Saúde. Brasília, 2000. Disponível em

http://portal.mec.gov.br. Acesso em 10.dez 2010.

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Diagnóstico da possibilidade de incorporação do lodo da ETA Nova em cerâmica vermelha

Raquel Rohr Madureira¹*, Pedro França Magalhães¹,Rosana Aparecida Soares Ravaglia¹ 1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA.

Palavras-chave: lodo de ETA; cálculo; cerâmica vermelha.

INTRODUÇÃO

A escolha da destinação final de resíduos, de modo geral, não deve almejar somente à redução de

custos, mas, principalmente, soluções ambientais que satisfaçam a atual visão ambiental de oferecer

aos resíduos a disposição mais nobre possível.

Considerado um passivo ambiental, o resíduo, também denominado de lodo, gerado no tratamento

de água bruta necessita de uma destinação adequada e ambientalmente segura a fim de evitar que

maiores impactos possam ocorrer com o descarte incorreto. A busca por alternativas

ambientalmente corretas para esse descarte visa um modelo de desenvolvimento sustentável, sendo

sua incorporação à matéria prima de cerâmica vermelha, como o tijolo, uma das mais estudadas.

Para confirmar sua atratividade é importante conhecer a quantia de lodo gerado para analisar a

viabilidade de tal alternativa.

METODOLOGIA

A ETA escolhida para estudo é a ETA Nova localizada em Barra Mansa, cidade sul fluminense,

responsável pelo abastecimento da maior parte de sua população. Os dados foram obtidos

diretamente com o SAAE – BM (Serviço autônomo de água e esgoto de Barra Mansa), empresa

responsável por essa estação, que forneceu dados necessários para a realização do cálculo. A

fórmula escolhida para ser empregada neste trabalho é a elaborada pela CETESB, conforme exposto

por Saron e Leite (2001), que usa a turbidez da água bruta e dados operacionais da estação como

vazão de água bruta tratada e dosagem de coagulante empregado no tratamento.

As fórmulas são apresentada como:

P = (0,23 x AS + 1,5 x T) x 10-3 W = 86400 x P x Q

Onde, P – produção de sólidos (kg de matéria seca / m³ de água bruta tratada); AS – dosagem de

sulfato de alumínio (mg/L); T – turbidez da água bruta; W – quantidade de sólidos secos (kg/dia); Q

– vazão de água bruta tratada (m3/ s)

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados obtidos referente à quantidade de lodo gerada na ETA Nova, são apresentados na

tabela abaixo:

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Mês (2010) Produção de Lodo (base

seca) (kg.dia-1) Mês (2010) Produção de Lodo (base seca)

(kg.dia-1)

Janeiro 11.638,02 Julho 1.251,64

Fevereiro 4.768,63 Agosto 576,09

Março 8.636,49 Setembro 338,69

Abril 3.678,90 Outubro 569,95

Maio 1.209,44 Novembro 832,89

Junho 913,55 Dezembro 19.787,25

Média mensal 4.516,79

É possível observar que a quantidade de lodo gerado nessa estação é relativamente alta, podendo

afirmar que, em termos quantitativos, essa incorporação é uma alternativa viável e vantajosa, pela

eliminação do despejo dessa quantidade de poluente no corpo hídrico, e economia desse mesmo

valor de argila a ser extraída, gerando um aumento da vida útil da jazida. Além do meio ambiente,

as empresas também são beneficiadas, já que a de saneamento oferece um destino correto ao seu

resíduo e a de cerâmica reduz seus custos de extração mineral e eleva a vida útil de sua jazida. Para

comprovar a real viabilidade de mistura desse tipo de resíduo ao material cerâmico é necessária a

realização de um estudo de caracterização do lodo para verificar sua compatibilidade e qual teor

deve ser utilizado.

CONCLUSÃO

A inclusão do resíduo gerado no tratamento de água da cidade de Volta Redonda à matriz de cerâmica

vermelha é uma alternativa viável quantitativamente, oferecendo diversos benefícios para o meio ambiente

e para as empresas envolvidas. É necessário, no entanto, a efetivação de estudo de caracterização desse

resíduo para verificar sua compatibilidade qualitativa.

REFERÊNCIAS

SARON, A.; LEITE, V.M.B. Quantificação de lodo em estação de tratamento de Água. In: 21º

Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, João Pessoa. Anais. ABES. 2001.

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Ecoturismo e educação ambiental

Glória Maria Santos Bonfim de Jesus1, Hugo Carlos Romero Novaes1, Kátia Alves Rodrigues1,

Ulisses dos Santos Lima1, Vânia Lucia de Oliveira1,2 1 Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM

2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ

Palavras-chave: ecoturismo, educação ambiental, atividade sustentável, atrativo turístico.

INTRODUÇÃO

O Ecoturismo é um dos tipos de turismo que utiliza os recursos naturais e que na teoria define-se

apenas como benéfico, porém, na prática, ficam expostos os impactos ambientais que são

provocados, levando-se em consideração os desgastes das áreas naturais que são utilizadas como

atrativo turístico.

Neiman e Rabinovich (2008) destacam a necessidade da Educação Ambiental (EA) no ecoturismo,

com isso a EA torna-se importante para a sua prática, não apenas conscientizando, mas contribuindo

com ações voltadas para mudanças de comportamentos preocupadas com a preservação da natureza.

OBJETIVOS

O objetivo do trabalho é analisar o Ecoturismo como uma atividade sustentável a partir da

preservação ambiental e evidenciar a Educação Ambiental (EA) como uma ferramenta fundamental

para que se possa realizar a prática do Ecoturismo de forma responsável.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste trabalho teve base no levantamento bibliográfico a partir de artigos

científicos e livros, além de sites sobre atividades de ecoturismo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

O Ecoturismo é uma atividade com duas faces, as quais demonstram seus lados positivo e negativo

em relação a natureza, sendo que a face que vai sobressair depende do planejamento que será

realizado para a sua prática (SANDERVILLE JR; SUGUIMOTO, 2010).

Portanto, para que o Ecoturismo seja tratado como uma atividade sustentável, precisa ser

desenvolvido com ideias voltadas para a preservação da natureza, educando e proporcionando aos

visitantes uma nova concepção sobre a forma de se portar junto aos ecossistemas, podendo-se

alcançar tal objetivo com a ação da EA. Nesse contexto “a Educação Ambiental pode possibilitar ao

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82 indivíduo o reconhecimento do seu papel como agente responsável dentro do sistema ecossocial”

(GAZZINELLI, 1993, p. 106).

CONCLUSÃO

A prática do Ecoturismo de forma responsável só será possível a partir da associação da EA,

garantindo o desenvolvimento da atividade sustentável.

Considerando que as mudanças que afetam o planeta estão relacionadas a ação do homem, a EA no

Ecoturismo assume o papel de orientar o desenvolvimento de condutas que formem gerações com

atitudes voltadas à busca de soluções para a problemática ambiental e que de fato contribuam para a

preservação da natureza.

REFERÊNCIAS

GAZZINELLI, M. F. Educação Ambiental: uma experiência bem sucedida (longe do ideal – perto

do exequível). Em Aberto, Brasília, ano 12, n. 58, 1993. Disponível em

<http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/862/774>. Acesso em: Maio de

2011.

NEIMAN, Z.; RABINOVICH, A. A Educação Ambiental através do Ecoturismo: o diferencial das

atividades de contato dirigido com a natureza. Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 3, n. 2 – pp.

77-101, São Paulo, 2008. Disponível em <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/pea/v3n2/05.pdf

>. Acesso em: Maio de 2011.

SANDERVILLE JR, E; SUGUIMOTO, F. T. Ecoturismo e (des)educação ambiental. Revista

Brasileira de Ecoturismo. v. 3, n. 1, p. 47-60, São Paulo. 2010. Disponível em

<http://www.sbecotur.org.br/rbecotur/artigos/artigo18.pdf >. Acesso em: Abril de 2011.

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Educação ambiental como agente transformador nas empresas de Volta Redonda

Lizandro Augusto Leite Zerbone¹, Maria Auxiliadora Motta Barreto,2

1,2 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

Palavras-chave: Educação ambiental; Desenvolvimento sustentável; empresas.

INTRODUÇÃO

A sociedade, atualmente, está preocupada com várias e relevantes questões que terão papel

importante no futuro da humanidade. As questões ambientais vêm despertando a atenção de todos

os países, em paridade com o fato de que os avanços tecnológico, mercantil, dentre outros, são

salutares para o desenvolvimento social. Dessa forma, as empresas, sejam de grande, médio ou

pequeno porte, possuem participação importante nesta seara.

Apesar de louváveis estas iniciativas de crescimento empresarial, aqueles que enveredam por estes

caminhos, não devem tomar decisões sem uma análise prévia dos impactos que terão no meio

ambiente. A aliança desenvolvimento e respeito sustentável deve constituir os alicerces das

organizações para os próximos tempos. A ênfase preventiva ao resultado pretendido será a principal

ferramenta das empresas para o planejamento, desenvolvimento e execução das ações norteadoras

do sucesso empresarial.

Os protocolos até então estabelecidos, serão, em breve, meros instrumentos norteadores para análise

e avaliação das questões ambientais, em face de criação de normas específicas por parte de cada

organização, de acordo com a sua atividade.

Neste contexto, o resgate paulatino do crescimento econômico da região do Sul Fluminense nos

últimos anos, chama a atenção. Instalação de empresas de diversos segmentos, processos de

reestruturação e modernização das que estão presentes, e novas linhas de produção desenvolvidas,

fazem com que observemos desconhecimento aliado a certo comodismo quanto aos problemas

ambientais que vem acontecendo continuamente, como: vazamento de poluentes em leitos de rios,

emissão de gases nocivos, construções irregulares, entre outros. Assim, surge a necessidade de

desenvolvermos e aprimorarmos o conhecimento sobre questões ambientais junto ao segmento

empresarial do Sul Fluminense, adequando uma nova cultura aos processos aplicados pelas

empresas.

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84 OBJETIVO

Desenvolver estratégias que fomentem uma cultura consciente sobre o meio ambiente junto à

comunidade empresarial do Sul Fluminense, sem prejuízo ao crescimento econômico, facilitando o

desenvolvimento sustentável.

METODOLOGIA

Será feita revisão bibliográfica sobre o tema e pesquisa de campo em três empresas de cada setor

econômico (primário, secundário e terciário), visando análise de como as empresas aplicam a

problemática ambiental dentro e de acordo com os seus processos; de que forma transmitem aos

funcionários os conceitos e necessidade de preservação do meio ambiente; qual impacto da sua

produção no meio ambiente; e como é feita a recuperação de áreas degradas. Após a coleta de

dados, será desenvolvido um laudo específico para cada empresa investigada, a fim de desenvolver

um processo sistêmico de capacitação profissional a ser elaborado, estruturado e aplicado pela

universidade junto às demais empresas do sul fluminense.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Como resultado da pesquisa pretende-se criar um curso de Capacitação profissional dos

colaboradores de empresas que atuam em Volta Redonda.

CONCLUSÃO

O projeto encontra-se em fase inicial de desenvolvimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ART, H. (ed. geral). Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais. São Paulo: Melhoramentos,

1998.

MACHADO, P. A. L. Sistema orgânico para a gestão ambiental. Revista de Serviço Público

III/69-82, n. 4, Brasília, 1983.

MACHADO, P. A. L. O Ensino do Direito Ambiental – Meio de Participação Social. Revista do

Direito Ambiental 5, ano 2, janeiro-março de 1997.

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Educação ambiental do oprimido: estudo de caso em Volta Grande IV

GUIMARÃES, Lucas Peres*, ARAÚJO, Marcus Vinícius Faria

Centro Universitário Geraldo Di Biase-UGB

Centro Universitário de Volta Redonda-UNIFOA

Palavras-chave: Práticas Educativas, Educação Ambiental, Pedagogia do Oprimido.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo trazer uma nova reflexão sobre a práxis da Educação

Ambiental, à luz da releitura das idéias de Paulo Freire, notadamente no que se refere à obra

intitulada: “Pedagogia do Oprimido”. Nesse sentido buscamos neste trabalho a formulação de novas

propostas que busquem a inclusão dos oprimidos que são atingidos por desastres ambientais nesse

processo tão essencial e emergencial que é a Educação Ambiental para assim se tornar uma

alternativa eficaz contra toda a questão ambiental que preocupa o Brasil. Para tanto foi realizado um

estudo de caso no condomínio Volta Grande IV em Volta Redonda/RJ que passa por um conflito

ambiental com a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).

METODOLOGIA

A fim de testar a veracidade quanto à existência de um gap entre teoria e prática da Educação

Ambiental foi realizado um estudo de caso sobre um dano ambiental causado por um vazamento de

resíduos perigosos que estavam depositados em duas células de propriedade da Companhia

Siderúrgica Nacional (CSN) situadas a menos de 20 metros do bairro Volta Grande IV em Volta

Redonda/RJ. Este trabalho analisou a forma com que os moradores se organizaram e lutaram frente

a um problema ambiental, analisando assim se estes são educados ambientalmente o suficiente para

combater esse dano. Para isso acompanhamos os processos vinculados ao Ministério Publico

Federal desses onze anos e algumas reuniões que aconteceram entre os moradores e a CSN no ano

de 2010.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Um aspecto que deve ser enfatizado é a grande falta de informação e formação que os moradores

possuem com relação ao tema ambiental. Uma das principais funções da Educação, especificamente

em nosso caso, a ambiental, é ser um instrumento de mudança, transformador, libertador e de

alguma forma muitos moradores de Volta Grande IV passaram pela escola e não conseguiram ter

uma formação que seja capaz de contribuir para a transformação de sua realidade se tornando assim

cidadãos passivos em uma sociedade que prioriza o pensamento fragmentado e vazio. Morin (2000)

destaca que o dever principal da educação é de armar cada um para o combate vital para lucidez.

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86 CONCLUSÃO

Por isso um ponto que deve ser citado neste dano ambiental é que para se discutir meio ambiente, é

preciso saber de meio ambiente. Portanto um grande fator colaborador para que se evitem novos

casos como o de Volta Grande IV é a reformulação da maneira de se ensinar. É fato que hoje o

ensino em sua visão fragmentada resulta em cidadãos passivos incapazes de reagir contra uma

ordem opressora.

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro:Paz e Terra,1992.

GUIMARÃES, Mauro. A formação de educadores ambientais. Campinas: Papirus, 2004

MORIN, Edgar (2000). Saberes globais e saberes locais: O olhar transdisciplinar. Rio de Janeiro:

Garamond.

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Educação Ambiental e Ensino: mediação através da história

Maria Wilma dos Santos Mynssen1*, Marcelo Paraiso Alves 1,2 (UniFOA) 1Centro Universitário de Volta Redonda – UNIFOA 2Centro Universitário de Volta Redonda – UNIFOA

Palavras-chave: Educação Ambiental, Catálogo, História, Ensino.

INTRODUÇÃO

Vivemos num tempo paradoxal, com diversas mutações produzidas pela globalização, a sociedade

do consumo, e da sociedade da informação. Simultaneamente, um tempo de estagnação, parado na

impossibilidade de pensar uma mudança no processo civilizatório, radical. Para Santos (2002),

nunca foi tão grande o distanciamento da possibilidade técnica de uma sociedade mais justa e

solidária. Esta ambigüidade cria-nos a sensação de estagnação. O interesse pelo presente projeto de

pesquisa decorre da possibilidade de sensibilização dos alunos através do uso de imagens do

impacto ambiental ocasionado (passado e presente) da cidade de Volta Redonda.

OBJETIVOS

Identificar indícios dos impactos ambientais ocasionados ao longo da história no município de

Volta Redonda;

Refletir sobre a complexidade ambiental, por intermédio de iconografias e depoimentos oral,

proporcionando a abertura de espaços para a formação de sujeitos ecológicos compromissados com

a sustentabilidade regional;

Criar um catálogo iconográfico possibilitando a identificação dos problemas ambientais

ocasionados pela relação do homem com a natureza na região de Volta Redonda;

METODOLOGIA

O presente trabalho opta metodologicamente pelo paradigma indiciário na intenção de captar os

sinais, as pistas e os indícios (GINZBURG, 1989) das práticas dos sujeitos que refletem a forma

como estabelecem a sua relação com o ambiente em que estão inseridos. O sujeito histórico dialoga

com o sujeito ecológico e através deste diálogo de imagens ou indícios busca-se a integração e

possível sensibilização do público-alvo envolvido. Os instrumentos utilizados para a compreensão

das referidas práticas, serão produzidos por intermédio da observação da iconografia (passada e

presente) e do depoimento oral de moradores de Volta Redonda, na tentativa de investigar os

sintomas, como diria Bauman (1998), do mal estar da pós modernidade e sua relação com o meio

ambiente. O paradigma indiciário valoriza a aproximação emocional do observador com o seu

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88 objeto, os traços e o conhecimento individuais em detrimento à generalização. A verdade é o que se

consegue provar, às vezes, com auxílio da sensibilidade (emoção) e da razão, porque o absoluto é

inatingível. As provas extra-técnicas, ou seja, indícios mudos, também são passíveis de

averiguação. Para tal, o autor chama atenção para a combinação entre prova e retórica na tradição

filosófica ocidental desde Aristóteles e o quanto essa tradição é importante e por vezes,

imprescindível, para o ofício do historiador.

DISCUSSÃO TEÓRICA

A conflitualidade do passado, enquanto campo de possibilidades e decisões humanas é assumido

como um projeto educativo como conflitualidade de conhecimentos, e veículo que possibilitará a

sociedade perceber as conquistas e as possíveis perdas que sociedade e natureza vêm sofrendo com

o decorrer dos anos. O homem moderno, urbano, esquece que ele é parte de um todo que vem se

modificando. É necessário que essas transformações sejam percebidas pela sociedade para que

possamos rever algumas posturas e atitudes, mas de forma consciente, amadurecida e encontrarmos

alguns caminhos que permitam esse reencontro (SANTOS, 2002). O uso da História nos permitirá

um diálogo com as imagens para podermos extrair das mesmas as possíveis transformações no

“ethos” civilizatório para a sociedade atual.

REFERÊNCIAS:

BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

GINZBURG, Carlo. “Sinais: raízes de um paradigma indiciário” IN Mitos, emblemas, sinais:

Morfologia e História. 1ª reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

SANTOS, Boaventura de Souza. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da

experiência. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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89

Educação Ambiental em trilhas interpretativas

TUBBS, Vanusa de Souza ¹*, SOARES, Rosane Aparecida Ravaglia 1,2

1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

2 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

Palavras-chave: Parque Natural, Mata Atlântica, Ecologia.

INTRODUÇÃO

O objeto do presente estudo é a interpretação de trilhas ecológicas em um Parque Natural, para

implementação de práticas de ensino, através de estudos de campo. Uma Interpretação de trilhas

ecológicas se fundamenta, na captação e tradução de informações referentes ao meio ambiente para

quem vivencia. Contudo, um estudo de campo não lida apenas com a obtenção de informações, mas

com significados, buscando firmar conhecimentos e despertar para novos. Segundo Pádua (1997), a

interpretação nas trilhas pode incluir atividades dinâmicas e participativas, em que o público recebe

informações sobre recursos naturais, exploração racional, conservação, aspectos culturais, históricos

e outros.

As trilhas são guiadas e durante o percurso o monitor interpreta o ambiente utilizando as placas e o

material de apoio, estimulando sempre a participação do grupo alvo e despertando o interesse do

mesmo. Assim, o grupo deixa de ser passivo para ser ativo “descobridor” do meio natural. Este

estudo se justifica pela importância das trilhas ecológicas residirem em estimular alunos e visitantes

acerca da preservação da natureza, o que deveria ser providencial em um país como o Brasil, onde

há uma alta diversidade biológica e uma grande escassez de recursos. Portanto, o objetivo do estudo

é desenvolver de uma educação ambiental, visando abranger educadores, alunos do ensino

fundamental e médio de escolas do Município de Volta Redonda e grupos de visitantes em geral.

METODOLOGIA

O estudo será realizado em trilhas ecológicas no Parque Natural Municipal Fazenda Santa Cecília

do Ingá, localizado no bairro Santa Cruz, no município de Volta Redonda. Compreende 211

hectares e constitui-se no maior remanescente de Mata Atlântica do município. A metodologia a ser

utilizada, será através de estudo casos, onde se estuda sobre determinado indivíduo e/ou grupos,

examinando aspectos variados da vida. O estudo é do tipo descritivo, pois trabalha sobre os fatos

onde os dados são colhidos da própria realidade e com uma forma de abordagem quantitativa,

traduzindo em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los, utilizando-se de

métodos estatísticos. Seguindo-se metodologias apresentadas por (MARCONI & LAKATOS,

2006). Será feitas excursões ao local, para determinação do trajeto, partindo-se de um percurso pré-

Page 92: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

90 determinado com base no caminho feito pelos funcionários até a sede administrativa.

Posteriormente seguirá um plano de ação do ponto de vista teórico e prático, começando pelo

levantamento dos recursos para subsídios dos eixos temáticos.

As espécies de maior importância ecológica classificadas nas famílias reconhecidas pelo

“Angiorperm Phylogeny Group II” (APG, 2003), receberão plaquetas informativas, indicativas ou

de sinalização e educativas, feitas de alumínio ou de metal e fixadas ao solo. Serão produzidas em

laboratórios e oficinas da UniFOA, após produção, as plaquetas serão encaminhadas ao laboratório

de Biologia da Sede do Parque, onde ficarão armazenadas, para posterior colocação pelos alunos e

visitantes, ao longo das margens das principais trilhas, alternadamente em ambos os lados, sendo

todo processo registrado através de fotografias e filmagens, para um possível documentário ao final

do projeto.

REFERÊNCIAS

APG. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny classification for the orders and families of

flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society 141:399-436.

MARCONI, M. de A. e LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2006.

PÁDUA, S.M. 1997. Cerrado casa Nossa: um projeto de educação ambiental do jardim botânico

de Brasília. Brasília. UNICEF. 35p.

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91

Educação ambiental, social e cultural a enfermagem e a temática do meio ambiente

Katio Heguilar dos Santos Oliveira1,*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2 1 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, Programa de Pós-graduação em Ensino em

Ciências da Saúde e do Meio Ambiente 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave: sustentabilidade, educação; promoção da saúde

INTRODUÇÃO

O estudo trata da educação ambiental, social e cultural através da análise do contexto histórico

nacional e internacional dos marcos legais brasileiros de proteção ambiental, da analise do processo

saúde-doença, correlacionando com as diferentes definições de saúde, tendo como cenário a

realidade sócio-econômica, política e cultural dos alunos da graduação em enfermagem.

Os conceitos básicos das Ciências Ambientais; a ação do homem sobre o ambiente; os problemas

ambientais da atualidade; a educação ambiental; o desenvolvimento sustentável; o processo ensino

aprendizagem fará parte da formação do futuro enfermeiro.

O interesse acerca desta temática surgiu durante a discussão de uma proposta de ensino a alunos da

graduação de enfermagem com foco no meio ambiente e na promoção da saúde.

OBJETIVOS

Contribuir para a formação de discentes com responsabilidade ambiental responsável por manter o

meio ambiente sustentável para as gerações futuras. Construir, colaborativamente, conhecimento

ambiental, de acordo com os princípios da Educação Ambiental; ter conhecimento dos marcos

referenciais na questão ambiental e os documentos produzidos por eles, bases para nosso agir

presente e futuro; partir para a ação, tendo conhecimento de metodologias específicas para a

Educação Ambiental; sensibilizar e conscientizar o aluno da importância da questão ambiental no

Brasil e no mundo; refletir sobre o processo ensino / aprendizagem analisando o ontem e o hoje na

educação.

METODOLOGIA

A exploração temática será desenvolvida com os alunos da graduação do curso de enfermagem do

Centro de ensino Superior de Valença; será desenvolvida uma pesquisa qualitativa observacional,

com a formulação e implantação de um questionário pré estruturado, onde será solicitada a

autorização prévia dos indivíduos para participarem da pesquisa.

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92 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2007) uma das principais responsabilidades do

setor saúde é a proteção do bem-estar público com a garantia de um ambiente físico e social

saudável, que possibilite o desenvolvimento humano sustentável — quer dizer, melhora das

condições materiais para responder às necessidades da atual geração, sem comprometer a resposta

às necessidades das gerações futuras — e que proteja as pessoas mais vulneráveis da sociedade.

Para tal fim, o setor saúde precisa colaborar com outros setores, ambiente, trabalho, agricultura e

educação, entre outros.

Desta forma uma equipe de enfermagem poderá atuar nas comunidades locais, individual e

coletivamente, monitorar e rebater as muitas causas da deterioração ambiental, além de trabalhar a

promoção da saúde através do ensino da educação ambiental.

CONCLUSÃO

Como afirma Paulo Freire (2002) “Outro saber de que não posso duvidar um momento sequer na

minha prática educativa crítica é o de que, como experiência especificamente humana, a educação é

uma forma de intervenção no mundo”.

Portanto ao instrumentalizar os alunos, a partir da formação dos futuros enfermeiros, levando-os a

refletir a questão ambiental dentro de sua prática profissional, estaremos propiciando a mais uma

parcela da população a desenvolver práticas sustentáveis que vão preservar o nosso meio ambiente e

a garantia de condições de vida saudáveis para futuras gerações.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, ICM; GRUN, M; TRAJBER, Rachel. Pensar o Ambiente: bases filosóficas para a

Educação Ambiental. Brasília. Ministério da Educação, 2009

LEFF, H. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 6º edição,

Petrópolis RJ: VOZES, 2008.

REIGOTA, M. O que é educação ambiental. 2º Ed. São Paulo – SP: Brasiliense, 2009 Bruce B.

Duncan: Medicina ambulatorial/Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências 3ª Edição

Artmed 2006.

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93

Educação Ambiental, sua relevância na Literatura Brasileira

ALMEIDA, Bianca Costa de1; PAIVA, Francis Gomes de2 1Mestranda da Universidade Severino Sombra (USS);

²Acadêmico da Universidade Severino Sombra (USS).

Palavras-chave: Educação Ambiental, Saúde Ambiental, Meio Ambiente e Saúde Coletiva.

INTRODUÇÃO

Vem de alguns anos a crescente preocupação com as questões que envolvem o meio ambiente, pois

elas estão intimamente relacionadas com a saúde humana.

Objetiva-se com este estudo identificar na literatura científica nacional a importância deste

instrumento de educação em saúde, pois o enfoque na educação ambiental é multidisciplinar

conforme verificado nas palavras de PATO (2009) apud CARVALHO, (2006, p. 33),

“[...] Essa temática, originária do campo das ciências biológicas, vem se

consolidando no campo das ciências humanas, em especial no da educação, ao

tempo em que se caracteriza pela ausência de um fundamento único, garantindo,

assim, a multiplicidade de sentidos em disputa.”

E todo o conhecimento gerado deve ser obviamente repassado no intuito de uma melhora a nível

social, onde possa haver uma melhora da qualidade de vida de todos, afirmado por LOUREIRO

(2009),

“[...] em que a comunidade acadêmica tem uma responsabilidade de socializar os

conhecimentos produzidos para o "povo excluído e miserável", pois este é o grande

agente das mudanças sociais.”.

METODOLOGIA

O presente estudo foi realizado através das publicações pertinentes ao tema em estudo, que de

acordo com MARCONI & LAKATOS (2005, p.185), neste método “a pesquisa bibliográfica não é

mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema

sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”. Foi levantado dados de

artigos indexados nas bases de dados BVS e LILACS, através do descritor: Educação ambiental.

A inclusão dos artigos obedeceu aos seguintes critérios: artigos brasileiros disponíveis na íntegra,

em língua portuguesa, com tema relacionado ao objetivo da pesquisa e com ano de publicação igual

ou superior ao ano de 2007.

Page 96: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

94 Foi encontrado um total de vinte e dois artigos indexados nas bases de dados já citadas, os quais

representam a amostra desse estudo. A análise dos dados deu-se a partir da classificação em duas

etapas, sendo uma referente a dados quantitativos (ano de publicação), e a outra referente a dados

qualitativos dos artigos, onde emergiu a importância nos processos educativos, como principal

núcleo temático.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

A amostra obtida teve do total três publicações no ano de 2007, três publicações no ano de 2008,

treze publicações no ano de 2009 e três publicações no ano de 2010, conforme demonstrado na

tabela 1.

Tabela 1. Artigos encontrados por ano e região.

Ano Publicação Região da Pesquisa 2007 03 2008 03 2009 13 2010 03 2011 00

Em relação ao núcleo temático dos artigos, surgiu a importância do estudo de Educação Ambiental

a partir do ensino básico e ênfase no ensino superior.

REFERÊNCIAS

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia

científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 185 p.

LOUREIRO, Carlos Frederico B. et al . Contribuições da teoria marxista para a educação

ambiental crítica. Cad. CEDES, Campinas, v. 29, n. 77, Apr. 2009.

PATO, Claudia; SA, Lais Mourão; CATALAO, Vera Lessa. Mapeamento de tendências na

produção acadêmica sobre Educação Ambiental. Educ. rev., Belo Horizonte, v. 25, n. 3, dez.

2009.

Page 97: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

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Educação Ambiental: visões e ações

Elisangela Nascimento Fernandes Gomes1; João Carlos da Silva Soares2; Maria das Graças

Guimarães Ávila3; Paulo Cesar Pereira4; Vania Filippi Goulart Carvalho Pereira5

1 Mestranda em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ.

2 Mestrando em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ.

3 Mestranda em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ.

4 Mestrando em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ.

5 Professora do Curso de Mestrado Profissional em Ciências Ambientais, Universidade Severino

Sombra, Vassouras, RJ.

Palavras-chave: Educação Ambiental, Sustentabilidade, Legislação Educacional.

INTRODUÇÃO

No Brasil, como em todo o mundo, a questão ambiental tornou-se tema preocupante para a

humanidade, deixando ser de interesse apenas de ambientalistas ou pessoas vinculadas às questões

ecológicas, para ser vista como uma problemática que perpassa toda a sociedade. A Educação

Ambiental apresenta um caráter holístico por não considerar apenas a preservação e da natureza,

mas “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente,

bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL,

1999). A abordagem transdisciplinar das questões ambientais parece ser o melhor modelo do

ensino/aprendizagem da Educação Ambiental, uma vez que envolve o estudante nas diversas

esferas atingidas pelo tema dos recursos naturais. Este trabalho pesquisou como os graduandos dos

Cursos de Ciências Biológicas e Engenharia Ambiental, da Universidade Severino Sombra,

construíram em sua trajetória escolar e vivencial a abrangência e onde se deve aprender, ensinar e

aplicar os conhecimentos adquiridos em Educação Ambiental.

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada através de questionários fechados e autoaplicáveis, diretos com os

graduandos, a fim de obter dados sobre alguns aspectos envolvidos na realização de ações em

Educação Ambiental, com 17 (dezessete) itens abordando conscientização, atitudes e retorno

educativos, individuais e coletivas; o nível de conhecimento sobre as legislações que contemplem a

Educação Ambiental e onde deveriam ser trabalhados os valores da Educação Ambiental.

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96 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Entre as concepções e visões detectadas encontrou-se, entre os respondentes (acima de 70,0%), que

a realização de ações em Educação Ambiental, estaria em: aproveitamento do lixo, coleta seletiva

de lixo, reciclagem de material, redução da quantidade de lixo gerado, tratamento de esgoto e

tratamento do lixo. Na dimensão política, encontrou-se predominância em “campanhas

educacionais com palestras”. A maioria dos participantes informou ter pouco conhecimento sobre a

legislação ambiental, 80,0%. Segundo os participantes, a Educação Ambiental deve ocorrer nas

escolas, o espaço social e o local onde se sensibiliza o aluno para ações ambientais, quando no dia-

a-dia da vida escolar apreende, na prática, comportamentos ambientalmente corretos e os transcende

para a comunidade. A transformação de matéria-prima em produtos e em resíduos, que geram mais

resíduos, a custa de bens gratuitos como ar, água e solo que alimentam a competição, a expansão e a

dominação devem ser prioridade nos estudos acadêmicos, pois a interdependência do homem com a

natureza, a parceria e a diversidade da vida fundamentam a sustentabilidade e a preservação da

espécie humana e do planeta.

CONCLUSÕES

Este trabalho demonstrou que ainda há muito a ser feito em relação à Educação Ambiental, servindo

apenas para tornar visível que muitos aspectos devem ser aprofundados, tanto no desenvolvimento

de ações relativas ao meio ambiente como na formação de profissionais que educarão para práticas

ambientais corretas e atuarão na recuperação, preservação e sustentabilidade do meio ambiente. Há

de se buscar caminhos que forneçam subsídios para que práticas sejam reflexos de pesquisa,

produção e disseminação de conhecimentos sobre a manutenção da vida e do ambiente no qual se

desenvolve.

REFERÊNCIAS

BONOTTO D. M. B.; SILVA, L. F.; SANTANA, L. C.; CARVALHO, L. M.; CAVALARI, R.M.

F.. Grupo de Pesquisa a Temática Ambiental e o Processo Educativo: concepções e práticas.

Rev. Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 5, n. 2 – pp. 41-48, 2010. Disponível em:

http://www.epea.tmp.br/revipeafiles/ revipea v5n2a3.pdf. Acessado em: 12 jul. 2011.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Coordenação de Educação Ambiental A

Implantação da Educação Ambiental no Brasil. Brasília: MEC, 1998.

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Efeitos do ruído ambiental em salas de aula

Franco, W. O.

Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave: poluição sonora, inteligibilidade da fala, conforto acústico.

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento tecnológico da humanidade trouxe benefícios e qualidade de vida, mas tem

levantado questões que devem ser tratadas em nível de sustentabilidade e gestão ambiental no que

diz respeito aos altos índices de ruído aos quais o cidadão está sujeitado no seu ambiente de

trabalho, no seu ambiente de estudo e pesquisa, na sua residência, na sua rua e no seu ambiente de

lazer.

OBJETIVOS

O trabalho objetiva investigar, analisar e caracterizar as influências do ruído ambiental em

ambientes de aprendizagem, e nas pessoas inseridas nestes ambientes, propondo soluções

alternativas visando o conforto acústico do cidadão.

METODOLOGIA

Os níveis de pressão sonora (NPS) foram medidos em diversos locais de Colégios e Escolas. As

medidas são realizadas in sito, durante a realização das aulas ministradas, utilizando-se um

decibelímetro ICEL MANAUS DL-4020, com certificação de calibração segundo as normas

pertinentes.

A partir das medições, estima-se o nível de pressão sonora equivalente (LEQ) do ambiente,

comparando-o com aqueles previstos na NBR10152, reguladora dos níveis de pressão sonora em

ambientes de aprendizagem. Concomitantemente, analisam-se os efeitos fisiológicos do ruído sobre

o ser humano, como previsto na literatura pertinente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A tabela abaixo mostra os resultados obtidos em uma medição realizada em escola pública estadual

na cidade do Rio de Janeiro.

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TABELA

NPS/SINAL-RUÍDO/INTELIGIBILIDADE DA FALA/QUALIDADE ACÚSTICA(I)

NPS(dBA) S/R(dBA) IDF QA

SALA 1 76 19 90% ÓTIMA

SALA 2 76 19 90% ÓTIMA

SALA 3 77 20 90% ÓTIMA

SALA 4 67 9 70%-75% REGULAR

SALA 5 67 9 70%-75% REGULAR

SALA 6 72 15 85%-90% MUITO BOA

SALA 7 66 8 70%-75% REGULAR

SALA 8 64 6 60%-70% MÁ

Onde os índices de Inteligibilidade da Fala e Qualidade Acústica Ambiental, foram estabelecidos

através de indicações da literatura. Verifica-se dos resultados medidos e analisados, que todos os

NPS estão acima do previsto pela NBR10152 para ambientes de aprendizagem. A medida da

relação sinal-ruído indica que o parâmetro de inteligibilidade da fala favorece uma boa relação

ensino-aprendizagem, visto que a qualidade acústica ambiental é superior a regular.

CONCLUSÕES

A análise das medidas de NPS indica que os ambientes pesquisados estão em níveis de ruído

superior àqueles preconizados pela norma. Há boa relação sinal-ruído, favorecendo a

inteligibilidade da fala e as relações ensino-aprendizagem, acontecendo presumivelmente devido a

elevação do nível de voz do Professor, o que prejudica a sua saúde vocal e física, além de submeter

os discentes a níveis de ruídos prejudiciais à sua saúde auditiva.

Há necessidade de atenção e pesquisa na questão ambiental sonora, criando-se programas de

controle de ruído objetivando a conscientização da comunidade escolar e da população, a fim de

minimizar o ruído ambiental. É viável a proposição de minimização do ruído em sala de aula,

através da utilização de materiais acústicos como vidros especiais para as janelas e cortiça para

revestimento de paredes.

REFERÊNCIAS

1 - FERNANDES, J. C. Padronização para as condições acústicas em salas de aula. Disponível

em http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/823.pdf Acesso em Agosto/2011.

2 - GONÇALVES, V. S.B., SILVA L. B., COUTINHO, A. S. Ruído como agente

comprometedor da inteligibilidade da fala dos Professores. Disponível em

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99 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010365132009000300005&lng=pt&nrm=

i&tlng=pt Acesso em Setembro/2011.

3 - OITICICA, M. L. G. R., GOMES, M. L. B. O estresse do Professor acentuado pela

precariedade das condições acústicas das salas de aula. XXIV ENCONTRO NACIONAL DE

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Florianópolis, SC, Brasil, 03-05 de Nov de 2004.

4 - PIRES, R. R. Os ruídos do ambiente interno e externo e as influências no cotidiano escolar:

Um estudo de caso. No prelo, comunicação pessoal, 2012.

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Ementa de educação ambiental para as engenharias da UFF em Volta Redonda

Machado, Mônica T. da Costa ¹*, Soares, Rosana A. Ravaglia ²

¹Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA)

²Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA)

Palavras-chave: Educação Ambiental, Engenharia e Meio Ambiente

INTRODUÇÃO

A Lei 6.938 de 17 de janeiro de 1981 dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins

e mecanismos de formulação e aplicação, e apresenta outras providências. Em seu Artigo 2º

estabelece que esta Política tenha por objetivo a preservação, melhoria, e recuperação da qualidade

ambiental propícia à vida, visando assegurar no País, condições ao desenvolvimento sócio-

econômico, aos interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade da vida humana.

A Educação Ambiental traz a importância de inserir a dimensão ambiental no cotidiano

profissional, despertando uma análise crítica dos problemas que a humanidade atravessa, e

buscando estratégias que possam garantir melhoria da qualidade de vida e um Planeta mais

sustentável.

A Educação Ambiental é ainda um processo participativo, através do qual o indivíduo e a

coletividade constroem valores sociais, adquirem conhecimentos, atitudes e competências voltadas

para a conquista e manutenção do direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado.

O desenvolvimento sócio-econômico ligado à natureza deve ser enfatizado, como justificativa para

a conscientização dos alunos a fim de evitar desperdício e degradação dos recursos naturais nas

ações profissionais, predominando a visão de natureza entendida como recurso para o ser humano.

OBJETIVOS

O objetivo deste estudo é elaborar uma ementa para a Disciplina de Educação Ambiental a ser

ministrada na Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda da Universidade

Federal Fluminense nos Cursos de Graduação em Engenharia Metalúrgica, Mecânica, de Produção

e de Agronegócios.

Esta ementa será elaborada com base em parâmetros comparativos entre a da Disciplina de Gestão

Ambiental aplicada atualmente nos cursos da EEIMVR e as linhas de ação do PRONEA e análise

curricular de EA de quatro Universidades Americanas, que posteriormente serão correlacionados

entre si.

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101 METODOLOGIA

O método a ser utilizado é a pesquisa quantitativa, a ser aplicada na Escola de Engenharia Industrial

Metalúrgica para discentes do 5º ao 10º períodos e para professores das áreas de conhecimento de

Metalurgia, Produção e Agronegócios.

DISCUSSÃO TEÓRICA

A discussão teórica será baseada em Legislação, Programa Nacional de Educação Ambiental e em

autores como Freire, Reigota, Tozoni-Reis, Sorrentino e Leff.

CONCLUSÃO

A definir.

REFERÊNCIAS

LEFF, 2002, p. 247. In: HOEFFEL,JL; FADINI, AAB; MACHADO, MK; REIS,JC. Trajetórias

do Jaguary–Unidades de conservação, percepção ambiental e turismo: um estudo na APA do

Sistema Cantareira. São Paulo. Ambiente&Sociedade. Campinas. V.XI,n.1,p.131-

148.2008.ISSN1414-753X. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/asoc/v11n1/09.pdf. Acesso:

em 01 jun. 2011.

Freire, 1987, 1996; Freire; Faundez, 1985. In: LIMA, AT; REIGOTA, MAS; PELICIONI, AF;

NOGUEIRA, EJ. Frans Krajcberg e sua contribuição à educação ambiental pautada na teoria

das representações sociais. Campinas. vol.29,no.77,2009.ISSN0101-3262.Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext. Acesso: em 01 jun.2011.

LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm. Acesso em: 24 mai. 2011. ProNEA - MEC. Educação Ambiental – Programa Nacional de Educação Ambiental. Ministério do

Meio Ambiente. Ministério da Educação. Brasília. 2005. Disponível em:

portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao1.pdf. Acesso em: 26 mar. 2011.

Page 104: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

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Enfermagem e educação ambiental: uma nova proposta para o cuidar em Enfermagem.

Andreza de Jesus Dutra Silva1,2 , Rosane Moreira Silva de Meirelles1

1Programa de Mestrado Profisional em Esnino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente - UniFOA 2Centro Universitário Geraldo Di Biasi – UGB

Palavras-chave: Enfermagem, Educação Ambiental e Educação em Saúde.

INTRODUÇÃO

Questões ambientais são atualmente um problema de saúde. Os indivíduos são responsáveis pelos

danos causados a natureza, por isso se torna necessário a reflexão acerca do bem-estar ecológico e

humano. A enfermagem está diretamente relacionada ao cuidado humano e à qualidade de vida por

meio de ações de promoção da saúde, pois objetiva manter o ambiente saudável.

A Educação Ambiental é um tema que engloba o bem-estar humano, sendo necessárias ações de

promoção da saúde que capacitem o indivíduo e a comunidade. A enfermagem, ainda que Florence

Nightingale tenha recomendado atenção ao ambiente na prestação da assistência de enfermagem,

poucos estudos têm abordado a temática ambiental em Enfermagem. Entretanto, tal lacuna deve ser

preenchida para que a enfermagem contribua para a sustentabilidade do planeta.

OBJETIVOS GERAIS

Investigar o conhecimento de acadêmicos de enfermagem sobre o tema Educação Ambiental a fim

de se criar parâmetros para a elaboração de ações educativas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Levantar a percepção de estudantes sobre educação ambiental

Elaborar um Curso de Extensão sobre Educação Ambiental.

METODOLOGIA

Será realizada uma coleta de dados junto a estudantes do curso de enfermagem, utilizando como

instrumento um questionário semi-estruturado. Estes dados subsidiarão a elaboração de um Curso

de Extensão em Educação Ambiental para estudantes de Enfermagem.

RESULTADOS ESPERADOS

Este trabalho ainda está em fase de adequação e elaboração de etapas. Esperamos como resultados:

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103 1ª fase- Análise dos conhecimentos prévio de alunos sobre Educação Ambiental: esperamos

levantar dados que possam ser discutidos à luz de outros autores que defendem a importância do

ensino do tema por alunos de cursos da área de ciências da saúde.

2ª fase- Elaboração de um Curso de Extensão sobre o tema: esperamos que as informações

coletadas e o levantamento bibliográfico subsidiem a elaboração desta ferramenta didática, a qual

será apresentada a coordenadores e docentes de cursos de enfermagens como proposta didática para

o ensino do tema Educação Ambiental.

REFERÊNCIAS

Gein EAT. Ambientar arte na Educação. In: Fhilippi Júnior A. Pellicion MCF, editores. Educação

ambiental e sustentabilidade. Barueri: Manole; 2005 p.102-13.

Moradilio EF, Oki MCM. Educação ambiental na universidade: construindo possibilidades.

Quim Noova 2004; 27 (2): 332 -6.

Silva KL, Sena RR, Sena RR, Grillo Mic. Horta NC, Prado PMC. Educação em enfermagem e os

desafios para a promoção de saúde. Revista Brasileira de Enfermagem 2009; 62 (1): 86-91.

Ministério da Saúde (BR). Promoção da saúde: carta de Otawa. Declaração de Adelaide Sunsvall

e Santa de Bogotá. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.

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Ensino de Ciências: o uso de oficinas de cor luz e pigmento como estratégia pedagógica para

um ensino contextualizado e interdisciplinar

Tatiana Santos Mello *¹ Cristina Novikoff2 Alexandre Yasuda3 1,2,3 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)

Palavras-chave: Ensino de Ciências, Formação Continuada; Oficina de cor e luz.

INTRODUÇÃO

As dificuldades e problemas que os alunos apresentam particularmente no Ensino de Física não são

recentes. Muitas metodologias e técnicas de ensino levam professores a refletirem sobre as causas e

consequências das dificuldades na aprendizagem dos alunos. Acredita-se que este trabalho possa

contribuir para o trabalho dos professores e entendimento maior dos alunos, visto que a proposta do

mesmo é indicar uma nova perspectiva de oficina pedagógica para o entendimento de cores e luz

em situações contextualizadas. Cabe retomar Sócrates que nos lembra que quanto mais sabemos

mais consciência temos que nada sabemos, a autora reflete que pesquisar, aprender a aprender, e

capacitar-se devem ser uma constante em nossa vida profissional.

Esse artigo é fruto de estudo de mestrado que foi desenvolvido com a preocupação e o propósito de

auxiliar e promover uma formação continuada para professores em Ensino de Ciências através de

oficinas interdisciplinares e contextualizadas com ênfase em cor luz e pigmento.

OBJETIVOS

O objetivo principal foi discutir práticas pedagógicas interdisciplinares para o Ensino de Ciências

mediado por professores do Ensino Fundamental de Colégios Estaduais de Niterói, bem como

propor atividades inovadoras para o Ensino de Ciências através de oficinas com luzes e cores.

METODOLOGIA

O desenho de investigação pautou-se nas dimensões Novikoff (2010), com abordagem mista. A

coleta de dados foi mediante questionário semiestruturado, a aplicação de experimento qualitativo

focando a interação da interdisciplinaridade com oficinas pedagógicas de cor e luz, baseados

Pedrosa (1989) e o registro via anedotário. A pesquisa foi realizada em 2011 com 15 professores

aproximadamente distribuídos em três escolas da rede Pública Estadual de Niterói/RJ. Enfim, A

análise dos resultados obtidos foi estruturada a partir do encontro interdisciplinar e da oficina

pedagógica de cor e luz.

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105 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

De maneira mais didática, estruturamos a análise dos resultados a partir do questionário

semiestruturado, em seguida o encontro pedagógico interdisciplinar e por fim a oficina de cores e

luz para professores do Ensino Fundamental. Em termos percentuais, o questionário revelou que

69% são professores formados em Biologia, 15% são de Física, porém não atuam no Ensino

Fundamental, e 8% são de química e matemática. Constatou-se a ausência de professores de Física

para o Ensino Fundamental, pois dos entrevistados apenas dois tem habilitações para Física. Dos

professores pesquisados, 61% continuaram seus estudos após a graduação conforme suas

especialidades. Historicamente a Formação continuada no Brasil tem avançado muito nos últimos

10 anos. Com baixos salários o professor busca em outras instituições sua complementação

financeira, deixando cada vez mais o seu tempo curto para um curso de formação continuada ou

planejamento e pesquisa. Assim 62% deles trabalham em outros locais. A oficina pedagógica

cativou os professores principalmente no contexto e na interdisciplinaridade do Tema: espalhando

cores por toda parte. Essa oficina mostrou claramente que as dificuldades que os professores

enfrentam no ensino de ciências desaparecem quando o trabalho é conjunto e adequado a sua

realidade. Essa conclusão ficou evidenciada através dos resultados obtidos pela pesquisa, no

encontro pedagógico e pela interação da teoria junto à prática interdisciplinar da oficina.

CONCLUSÕES

Observou-se que parte dos professores que tem jornada dupla, não conseguem trabalhar com a

interdisciplinaridade, alegando falta de tempo. Mostrou também a importância em participar desses

encontros e a troca de ideias com outros professores. Por igual verificou-se que o ensino de ciências

na perspectiva pedagógica sócio-histórica, supera os aspectos conceituais e metodológicos

desenvolvendo a sensibilidade para aprender a gostar e praticar ciência no ensino fundamental.

Partindo desses dados nos foi possível ampliar a discussão sobre a importância da formação

continuada e de estratégias de ensino que auxiliem os professores de Ciências no desenvolvimento

de suas reflexões sobre o cotidiano em sala de aula.

REFERÊNCIAS

PEDROSA, Israel. Da cor á cor inexistente. 5ª ed. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial Ltda.,

1989.

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Ensino de Enfermagem: proposta de um manual de práticas

Clarice Mayremi Toshimitu Hoyashi1,*, Maria de Fátima Alves de Oliveira1,

Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2 1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave: Enfermagem, Central de Material e Esterilização, Reprocessamento de artigos,

Manual Didático, Ensino

INTRODUÇÃO

As ações de enfermagem devem ser constantes e voltadas para a preocupação do ambiente

hospitalar e o controle de infecções (SANTOS, 2005). Tendo visto que todo paciente, quando

hospitalizado, fica suscetível a contrair um quadro infeccioso, devido à baixa resistência do próprio

indivíduo enfermo e aos microrganismos resistentes no meio ambiente. Desta forma, o

processamento de artigos na CME ocupa um lugar importante no hospital, estando relacionado com

a qualidade do produto final, ou seja, interfere significativamente no controle das infecções

hospitalares (Tipple et al, 2005).

Neste trabalho, sobre o ensino da assistência de enfermagem aborda-se a importância da

esterilização de materiais hospitalares, como parte do cuidado indireto que se destina oferecer

artigos de qualidade no atendimento ao paciente hospitalizado.

O objetivo principal foi produzir um manual para acadêmicos de enfermagem, que possa auxiliá-los

na prática dos procedimentos da CME, como instrumento de apoio didático na graduação de

enfermagem.

METODOLOGIA

Os Instrumentos de coleta de dados foram dois questionários: o primeiro visou levantar

conhecimento prévio do aluno sobre a atuação do enfermeiro na CME, antes de ser implementada a

disciplina de Atenção à Saúde Adulto II, onde a temática é abordada. No segundo, buscou-se

analisar o nível de conhecimento adquirido durante as aulas expositivas e quais os conteúdos que

estes julgavam importantes de ser contemplados no manual.

RESULTADOS

O primeiro questionário identificou que a maioria dos alunos possuía um bom conhecimento prévio

à disciplina, quanto à finalidade e o papel do enfermeiro na CME, mesmo aqueles que nunca

atuaram no setor. O segundo questionário aplicado, que ocorreu posteriormente ao conteúdo

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107 apresentado em sala de aula e aulas práticas, mostrou que a maioria relatou dificuldades em associar

ensino teórico à prática, relacionando-as a pouca carga horária na disciplina dada e dificuldade para

assimilar os procedimentos técnicos à prática em campo.

Os instrumentos didáticos sugeridos pelos alunos para contribuir para o desenvolvimento da prática,

citados pela maioria, foram vídeos, aulas práticas em hospitais e laboratório de habilidade da

universidade. Entretanto, a proposta para a melhoria desse ensino, é um instrumento que possa ser

acessível a todos os alunos, independente do local, ensino teórico ou prático, em hospital ou

laboratório.

O manual constitui-se em um material educativo, contendo 68 páginas, com dimensão 24x18 cm,

impressas na cor preta e verde, contendo fotos coloridas, presas por espiral. O manual foi

denominado “Manual de Práticas para Enfermagem – Central de Material e Esterilização”.

A idealização do Manual teve como princípio a descrição de pontos significativos da

operacionalização da prática com a descrição de textos simples e de fácil compreensão.

CONCLUSÃO

A intenção do instrumento é fornecer informações objetivas, porém com todo o conteúdo escolhido

pelos alunos.

O manual elaborado será utilizado na disciplina de Atenção à Saúde do Adulto II e com o patrocínio

de uma empresa de saúde suplementar servirá como ferramenta de trabalho. Além disso, ficará à

disposição para consultas de profissionais enfermeiros, orientando o trabalho na CME e áreas afins.

REFERÊNCIAS

SANTOS, Nívea Cristina Moreira. Enfermagem na Prevenção e Controle da Infecção

Hospitalar. 2ª ed. Revisada e Atualizada. São Paulo: Iátria, 2005.

TIPPLE, A. F. V.; SOUZA, T.R.; BEZERRA, A.L.Q.; MUNARI, D.B.. O trabalhador sem

formação em enfermagem atuando em centro de material e esterilização: desafio para o

enfermeiro. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v.39, n. 2, 2005. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v39n2/07.pdf. Acesso: 11 jul. 2010.

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108

Ensino em Ciências da Saúde e Neuroanatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular:

proposta para o processo de ensino-aprendizagem na graduação de Medicina da UniFOA.

BASTOS, Lijamar de Souza 1* PARAÍSO ALVES, Marcelo 2

Programa de Mestrado em Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente – UniFOA

Palavras-chave: Ensino em Ciências; Neuroanatomofisiologia; Ensino-aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Historicamente a disciplina de Anatomia Humana tem se colocado como um desafio nos cursos da

área de Saúde: se um lado disponibiliza um conteúdo indispensável para os discentes dessa área, por

outro se apresenta como uma disciplina que possui índices de reprovação extremamente altos. De

acordo com a experiência acadêmica como docente do ensino superior, percebe-se duas questões

complementares: a primeiro, que parte da responsabilidade desse baixo desempenho se deve

à ausência de uma metodologia apropriada utilizada pelos professores, que não recebem uma

formação específica em pedagogia na sua formação profissional; a segunda parte do pressuposto de

que a carência de um processo de ensino e aprendizagem na área de anatomia necessita ter um

caráter dialógico, onde o professor ensina e aprende com trocas de vivências reais e cotidianas e,

que o aluno traga uma leitura do mundo atual à aula que se procede. A busca por uma educação

dialógica, problematizadora, ao invés de uma educação bancária que estimula a memorização

mecânica de conteúdos, propondo uma educação que estimula a criticidade e a autonomia do

aprendiz (Moreira, 2011) como uma estratégia facilitadora de ensino-aprendizagem.

OBJETIVO

O projeto de pesquisa tem como objetivo discutir e propor um processo de ensino-

aprendizagem para a disciplina de Neuroanatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular

para alunos de ensino superior.

Criar um Manual de Neuroanatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular para a

disciplina de Anatomia para cursos de graduação em Medicina.

METODOLOGIA

O estudo desenvolver-se-á a partir de uma abordagem quanti-qualitativa, buscando estratégias de

investigação com influências marcantes em procedimentos não uniformes (CERVO E BERVIAN,

2006). A opção por tal ótica metodológica - pesquisa quanti-qualitativa – decorre do fato de

permitir a inserção no cenário a ser investigado, portanto, onde o pesquisador vai realizar a

pesquisa: no espaço de vivência do participante. A referida metodologia é basicamente

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109 interpretativa, os pesquisadores procuram compreender os dados coletados, a partir das narrativas

dos sujeitos que vivenciam os conflitos, tensões e problemáticas estudadas. Os sujeitos envolvidos

na pesquisa serão discentes da turma de medicina da UniFOA. A opção deve-se pela necessidade de

investigar, por meio da elaboração de questionário semi-estruturado, os discursos que emergem do

depoimento de discentes envolvendo a dificuldade no processo de ensino-aprendizagem em

Neuroanatomofisiologia do sistema auditivo e vestibular.

DISCUSSÃO TEÓRICA

Na visão da teoria cognitivista de aprendizagem, para Ausubel (SOUBHIA; RUFFINO, 1992) a

aprendizagem significativa “é um processo no qual a nova informação é relacionada a um aspecto

relevante, já existente, na estrutura cognitiva do indivíduo”. O conhecimento anterior

é fundamental para a assimilação de novas informações e/ou novo conhecimento. A aprendizagem

significativa ocorre por subsunção que envolve diferenciação progressiva e reconciliação

integrativa, mediados por três fatores decisivos: características do material a ser estudado,

desenvolvimento da estrutura cognitiva e disposição para aprender. Por exemplo: a hipoacusia e

lesão das células ciliadas são conceitos diferentes que estão relacionados com a anatomia do

Sistema Auditivo. Neste caso, o aluno aprende e retem mais facilmente o conceito de disfunção

auditiva ou hipoacusia, se aprendeu anteriormente a anatomia da orelha, relacionando o novo

conceito com conhecimentos já adquiridos.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MOREIRA, M.A. Teorias de Aprendizagem. EPU. 2011. SOUBHIA, Zeneide;

RUFFINO, Marcia Caron. Aprendizagem Significativa e suas Implicações para o Ensino de

Enfermagem. Semina: Ci.Biol./Saúde, Londrina,v.13,n.2,p.81,jun.1992;

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA R. Metodologia Científica – 6ª Edição - São Paulo –

Editora Pearson – Prentice Hall – 2006.

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110

Esporte e natureza: produções metodológicas para o ensino da educação ambiental

ALVES, Marcelo Paraíso*; SILVA, Wagner Francisco Marinho da; PILLAR,

Fábio Murat do; PORTO, Paulo Roberto de Araújo

1 - Programa de Mestrado em Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente –

MECSMA/UniFOA e Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus Volta Redonda.

2 - Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus Volta Redonda.

3 - Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus Volta Redonda.

4 - Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus Volta Redonda.

Palavras-chave: Educação Ambiental; Ensino; Metodologias; Esporte.

INTRODUÇÃO

O contexto no qual a experiência se desenvolverá é o curso de Automação Industrial do Instituto

Federal do Rio de Janeiro campus Volta Redonda (RJ). Como parte de um projeto de ensino e

extensão com princípios interdisciplinares, implementado na forma de Visitação Técnica, Ensino

de Ciências e Esporte na Natureza, este trabalho será desenvolvido de agosto de 2011 a julho de

2012, nas disciplinas de educação física, geografia, filosofia do curso de automação industrial

envolvendo estudantes e professores do referido curso desta instituição. Neste trabalho, serão feitas

descrições e discussões de uma das intervenções deste projeto em duas direções: primeiro, no

sentido da promoção de um conjunto de iniciativas e de propostas, que contenham elementos para

uma revisão crítica do modelo moderno de percepção da realidade; segundo a formação dos sujeitos

(CARVALHO, 2004) voltada para educação ambiental.

OBJETIVOS

- Discutir a interdisciplinaridade como um caminho possível para repensar o ensino de ciências e

respectivamente da educação ambiental.

- Elaborar estratégias metodológicas com princípio interdisciplinar, entrelaçando os conhecimentos

científicos desenvolvidos no IFRJ-VR para a constituição de possíveis intervenções em educação

ambiental;

- Propor estratégias para o ensino em ciências, ciências da saúde e educação ambiental no ensino

médio; Confeccionar um vídeo sobre a inserção em Áreas de Proteção Ambiental.

METODOLOGIA

Pautados nos pressupostos da pesquisa-ação (THIOLLENT, 2005), estabeleceremos algumas etapas

na realização da referida pesquisa: a primeira etapa se constitui na inserção da análise, discussão e

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111 debate sobre educação ambiental com as turmas do 2º período de Automação Industrial do campus

Volta Redonda, na intenção de compreender o processo de constituição do ethos civilizatório que

configura a relação do homem com a natureza na sociedade atual. A segunda etapa representa o

desenvolvimento do trabalho de campo. Especificamente as aulas com o conteúdo de Educação

Ambiental e Esporte na Natureza articuladas aos conteúdos das disciplinas de Educação Física,

Filosofia e Geografia. A terceira etapa constituir-se-á através de visitas técnicas (Parte Baixa e Parte

Alta do Parque Nacional do Itatiaia) para as turmas envolvidas na pesquisa e filmagens de

entrevistas e roteiros para o vídeo. A quarta e última etapa será configurada pela produção do vídeo.

DISCUSSÃO TEÓRICA

Partindo do pressuposto que, para a dimensão do planejamento, da gestão e da avaliação de projetos

ambientais, são considerados atualmente elementos de dinâmica biológica, ecológica,

socioambiental, bem como princípios de sustentabilidade ambiental, econômica e social como

critérios de participação dos grupos sociais envolvidos, buscaremos adotar uma perspectiva

complexa (LOUREIRO; LAYRARGUES; CASTRO, 2011) na intenção de romper com a limitação

de análises dicotômicas que limitam a compreensão da realidade. Segundo Santos (2002) o processo

pelo qual se formularam as bases do pensamento moderno introduziu no âmbito da cultura humana

transformações profundas, especialmente na relação entre o homem e a natureza. É para a

especificidade dos efeitos desse processo sobre esta relação, que voltaremos o olhar nesse estudo,

buscando estabelecer os parâmetros de uma fundamentação em dois sentidos: em relação à questão

ambiental − e para toda e qualquer perspectiva teórica superveniente a ela dirigida −, e, para uma

interpretação do lugar (sentido) da natureza no universo das práticas corporais, notadamente das

atividades esportivas, na tentativa de formular outras metodologias para o ensino em ciências da

saúde.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. São

Paulo: Cortez, 2004.

LOUREIRO, C. B.; LAYRARGUES, P.P.; CASTRO, R.S. Pensamento Complexo, dialética e

educação ambiental. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-ação. 14ª edição. São Paulo: Cortez Editora, 2005.

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Evasão Escolar como consequência do aumento da incidência de gravidez na adolescência –

análise do problema e propostas de solução

Ligia Maria Fonseca Affonso

Fundação Oswaldo Aranha – UNIFOA

Palavras-chave: evasão escolar, gravidez, adolescência

INTRODUÇÃO

A incidência de adolescentes grávidas vem crescendo ao longo dos últimos anos, o que acarreta

sérios impactos, não só sociais como também biológicos, familiares, econômicos e emocionais,

limitando, adiando ou impedindo definitivamente, o desenvolvimento e o ingresso destas jovens na

sociedade. Algumas consequências: menos oportunidades de emprego, menor remuneração,

dependência financeira, discriminação social, uso de drogas, prostituição, desagregação familiar,

complicações hormonais, aumento da freqüência de doenças sexualmente transmissíveis (DST),

maior incidência de abortos, depressão, ansiedade e até a morte, causada por problemas durante a

gravidez, parto e puerpério.

OBJETIVOS

O objetivo geral do estudo é a identificação da correlação entre a gravidez precoce e a evasão

escolar no município de Resende, propondo soluções que permitam a minimização ou eliminação

do problema.

Os objetivos específicos são: (1) Levantar os índices de evasão escolar no município de Resende;

(2) Levantar dados referentes aos índices de gravidez na adolescência; (3) Cruzar os dados de

evasão e gravidez, identificando a relação de causa e efeito existente; (4) Identificar os mecanismos

envolvidos na decisão de abandonar a escola, tanto sob a ótica do adolescente quanto de sua

família; (5) Pesquisar as ações em uso nas escolas, postos de saúde, conselho tutelar e demais

atores envolvidos, analisando sua eficácia; (6) Identificar junto aos atores a necessidade de outras

ações que visem obter resultados efetivos quanto à diminuição da evasão escolar.

METODOLOGIA

Levantar junto às Secretarias de Educação e Saúde os índices de evasão escolar e de gravidez na

adolescência nos últimos cinco anos no município de Resende, verificando a existência de

correlação;

Entrevistar adolescentes gestantes e adolescentes-mães recentes e suas famílias, buscando

identificar as razões do abandono escolar, e entrevistar profissionais da área da educação das

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113 escolas públicas da cidade, profissionais da saúde ligados a programas voltados para os

adolescentes e Conselheiros Tutelares sobre a eficácia de práticas educativas e preventivas

existentes no município, bem como suas críticas e sugestões, as quais servirão de base para um

modelo a ser proposto para a solução do problema da pesquisa;

Geração de propostas/modelos para práticas e políticas visando a solução do problema e submissão

aos principais atores envolvidos (tomadores de decisão nas Secretarias de Educação e Saúde).

DISCUSSÃO TEÓRICA

O número de adolescentes e jovens brasileiras grávidas é hoje dois por cento maior do que na

última década. Dados preliminares da Unesco mostram que 25% das meninas entre 15 e 17 anos

que deixam a escola, o fazem por causa da gravidez, mostrando que a maternidade antecipada já é a

principal causa de evasão escolar de meninas nesta faixa etária. Isso significa dizer que 254 mil

meninas entre 15 e 17 anos de idade param anualmente de estudar.

CONCLUSÕES

Devido a todos os riscos e suas conseqüências, às mudanças físicas, psíquicas e sociais, a

gravidez na adolescência é um problema que demanda ações pró-ativas.

REFERÊNCIAS

CHABON, B.; FUTTERMAN, D.; HOFFMAN, N.D. HIV and AIDS in adolescents. Pediatric

Clin. North Am. 2000.

CRESPIN, J. Gravidez e abortamento na adolescência - novos dados, velhos desafios. Rev. Paul.

Pediatr. 1998.

FOSTER, C.; MILLER, G. Adolescent pregnancy: a challenge for counselours. Persp. Guid. J.

1980.

Page 116: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

114 Experiência docente na elaboração de manual de práticas para a disciplina de microbiologia

industrial

Telma Temóteo dos Santos*1, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues2,3

1 Ciências Biológicas, UERJ-CEDERJ 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ 3 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

Palavras-chave: aulas práticas, docência, material didático,

INTRODUÇÃO

O conteúdo teórico da disciplina de Microbiologia Industrial necessita de uma carga horária

complementar de praticas laboratoriais. No entanto, a carga horária disponível para a realização das

práticas é curto, o que demanda do aluno um conhecimento das rotinas laboratoriais, dos

equipamentos e vidrarias utilizados e principalmente as normas de segurança.

Visando atender esta necessidade elaborou-se manual de práticas: “Microbiologia Industrial -

Roteiros das Aulas Práticas”. Este trabalho foi desenvolvido como parte das atividades de Estágio

Interno Supervisionado, nas instalações da Faculdade de Tecnologia da UERJ.

METODOLOGIA

O trabalho foi dividido em três etapas:

Na primeira foram realizadas pesquisas bibliográficas de novas práticas a serem inseridas no

manual, estudos dos temas contidos nas Notas de Aula da disciplina e formulação de textos

introdutórios para as práticas já implementadas. Para a pesquisa foram consultadas páginas na

internet e livros didáticos (BORZANI, 2001; LIMA, 2001; PELCZAR, CHAN, KRIEG, 1997).

Em uma segunda etapa foram testadas no laboratório, práticas a serem inseridas no manual. O trabalho

consistiu em: cronometrar o tempo para a realização das práticas e para a obtenção dos resultados;

quantificar e qualificar os produtos utilizados; preparar meios de cultura e materiais necessários; testar

meios de cultura em substituição aos que não são encontrados no laboratório; adequar as práticas para

que os alunos possam acompanhar e/ou obter resultados em no máximo uma semana, a fim de

elaborarem relatórios para as práticas realizadas.

A terceira etapa do projeto consistiu na produção de imagens realizadas no Laboratório: vidrarias,

equipamentos (bico de Busen, autoclave, vortex, estufa, câmara de Neubauer, dentre outros),

manobras assépticas realizadas em Microbiologia, preparação dos meios de cultura e normas de

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115 biossegurança. Nesta etapa, redigiu-se os manuais e finalizou-se os exercícios dirigidos propostos

para o final das práticas.

RESULTADOS

Para a realização deste trabalho, foi dada continuidade ao trabalho anterior de elaboração da

Apostila Teórica de Microbiologia Industrial, o que permitiu um aprofundamento nos temas

abordados. Quanto à elaboração do manual de prática, obteve-se trabalho coeso com a teoria,

permitindo a participação ativa na escolha de novas praticas, desde a seleção dos materiais a serem

utilizados, até a obtenção de resultados consistentes que permitissem um entendimento da teoria das

disciplinas.

O manual encontra-se em fase de publicação e obtenção de ISBN.

CONCLUSÃO

O material didático é uma das ferramentas de transmissão do conhecimento. O trabalho docente

consiste não apenas na transmissão do conhecimento pronto e de outros autores, mas é também um

trabalho de pesquisa no qual o professor tem que atuar como pesquisador e construir sua percepção

quanto aos saberes encontrados.

Enquanto aluna do Curso de Ciências Biológicas do CEDERJ, o projeto teve importância, porque

permitiu ao aluno de licenciatura produzir o material didático e não apenas utilizar o conhecimento

já existente em outros livros ou apostilas.

REFERÊNCIAS

BORZANI, W.; Biotecnologia Industrial, v.1, Fundamentos, Ed. Edgard Blücher, Rio de Janeiro,

2001.

LIMA, U.A.; Biotecnologia Industrial, v.3, Processos Fermentativos e Enzimáticos, Ed. Edgard

Blücher, Rio de Janeiro, 2001.

PELCZAR JR, M.J.; CHAN, E.C.S.; KRIEG, N.R. Microbiologia, conceitos e aplicações. Makron

Books, 2ed., v. 2, 1997.

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116

Facebook como plataforma de Ensino em Sáude

Amélia Milagres Fumian¹*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2

1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave: Facebook; Ensino; Profissionais de Saúde; Novas Mídias.

INTRODUÇÃO

A falta de qualificação de profissionais de emergência é uma questão gritante no Brasil, muitos

profissionais atuantes na área encontram dificuldades no exercício de sua profissão, apresentando

dúvidas durante a assistência e não possuindo tempo ou recursos financeiros para buscar uma

capacitação na área.

O Facebook pode minimizar a dificuldade de qualificação através de sua capacidade de alcance,

facilidade de acesso e recursos extremamente funcionais que são peças para o uso deste meio como

ferramenta de ensino. Esta ferramenta permite a troca de informações e experiências em tempo real,

além de ser capaz de trazer em voga as principais dificuldades no exercício profissional. A relação

Facebook e ensino de emergência torna-se objeto de estudo quando surge a necessidade de

maximizar o ensino através de novas mídias gerando e disseminando conhecimentos.

OBJETIVOS

Desenvolver mecanismo didático com parâmetros éticos e funcionais para utilização do Facebook

como ferramenta de ensino, e produção de e-book cujo conteúdo seja relativo à emergência em

saúde e auxilie na prática profissional.

Dentre os objetivos específicos estão: Produzir de manual portátil para consulta sobre emergência

no formato de e-book auxiliando o profissional Enfermeiro em sua pratica diária; Desenvolver

mecanismo didático para o uso do Facebook no ensino de emergência em saúde e promover a troca

de informações relativas a situações e/ou procedimentos em emergência clinica por parte de

graduandos e graduados de Enfermagem.

METODOLOGIA

A abordagem da pesquisa a ser utilizada será qualitativa e o estudo será do tipo descritivo

fundamentando-se na busca da melhor forma de interação entre profissionais e nas características

do Facebook como ferramenta de ensino. O cenário será a rede social Facebook, e os sujeitos da

pesquisa serão os profissionais de saúde presentes na pagina do Facebook. Para a obtenção dos

dados necessários será utilizado a observação participante da funcionalidade do Facebook como

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117 ferramenta de ensino em emergência. A análise dos dados se dará pela caracterização dos mesmos

com o objetivo de aferir os aspectos relevantes da mídia levando ao fomento de um mecanismo

didático para utilização do mesmo.

DISCUSSÃO TEÓRICA

Com o avanço do setor de saúde no Brasil, em termos de ampliação da cobertura e níveis de

atendimento. A capacitação de recursos humanos é imprescindível, a superlotação das emergências

é constante e em muitos serviços não utilizam protocolos de atendimento (O’DWYER et al, 2011).

A informação tem sofrido profundas transformações e as mídias interativas como recursos

pedagógicos oferecem ao professor uma estratégia de ensino e aprendizagem (SANTIAGO et al,

2011). Várias pesquisas de mercado vêm apontando o crescimento na utilização de ferramentas de

comunicação instantânea e gerenciamento de redes sociais (SILVA e SILVEIRA, 2011). Evoluindo

para a mais de 90 milhões de usuários ativos o Facebook pode ser utilizado em ambientes

acadêmicos para promover serviços de biblioteca, grupos de leitura e estudos em grupo.

REFERÊNCIAS

O’DWYER, Gisele Oliveira; et al. Avaliação dos serviços hospitalares de emergência do programa

QualiSUS. V. 13. Ciênc. saúde coletiva, n 5. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232008000500027&script=sci_arttext> Acesso em:

maio de 2011.

SANTIAGO, LC; et al. Multimedia interactiva como recurso de enseñanza de semiología en

enfermería. Enfermeira Global. n16. [S.L.] junho 2009 Disponível em: <

http://scielo.isciii.es/pdf/eg/n16/docencia3.pdf> Acesso em: Maio de 2011.

SILVA, Waldemar Mazza; SILVEIRA, Ismar Frango. A influência da utilização do Orkut e

Messenger no processo de Ensino de Matemática com alunos do Ensino Médio da Rede

Pública. São Paulo: Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências e

Matemática- Universidade Cruzeiro do Sul, [2009]. Disponível em:

<bibliotecadigital.sbc.org.br/download.php?paper=1264> Acesso em: março de 2011.

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118

GPS na educação ambiental

Daniel de Sampaio1 Alves- Oliveira, MFA 2

1 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) 2 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA)

Palavras-chave: Educação Ambiental, GPS e Alfabetização Cartográfica

INTRODUÇÃO

Este trabalho foi realizado na tentativa de diminuir o grande hiato que há entre os conteúdos

ensinados em sala e sua real aplicabilidade no cotidiano dos alunos. A incorporação tecnológica na

educação é uma ferramenta a mais para promover novas metodologias de ensino que se aproximem

mais do cotidiano dos alunos que estão inseridos em uma sociedade cada vez mais dinâmica e

conectada.

Reigota (2009) observou que os problemas ambientais foram criados por homens e mulheres e deles

virão as soluções. Estas não serão obras de gênios, de políticos ou tecnocratas, mas sim de cidadãos

e cidadãs. Por isso trabalhar a educação ambiental na escola é um importante caminho de

conscientização ambiental e de construção da cidadania. Para Pontuschka (2001), a Geografia no

ensino fundamental e médio precisa formar uma criança e um jovem que deverão se movimentar

bem no mundo de hoje, com a complexa realidade deste final de milênio, e prepará-los para

enfrentar outras transformações que estão por vir.

A construção de mapas aliados a projetos de educação ambiental ajudam o aluno a perceber melhor

o local onde vive, estabelecer novas relações e desenvolver senso crítico. Este foi o nosso objetivo.

METODOLOGIA

Utilizamos uma metodologia diferenciada com os alunos do 1º ano do Ensino Médio de uma escola

pública, localizado em Barra Mansa, Rio de Janeiro, porque o currículo desta referida série abrange

o ensino de Cartografia e de questões ambientais. No primeiro momento, os alunos tiveram aulas

teóricas sobre cartografia, funcionamento do GPS e meio ambiente. Após essa etapa, o professor e

os alunos foram para as ruas no entorno do colégio para aprender a usar o GPS, utilizando como

atividade, a marcação de todos os bueiros das ruas A, 13 de Maio e 21 de Abril. Para cada situação

encontrada nos bueiros os alunos criaram signos para identificar o problema e uma fotografia foi

tirada.

Com os dados coletados, retornaram à escola com o professor e foram até o laboratório de

informática onde os dados do GPS e da câmera digital foram transferidos para o computador. O

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119 professor apresentou o programa GPS TrackMaker e os alunos puderam observar o caminho

percorrido, os pontos marcados e gerar mapas. Utilizando um dos recursos do software que mostra a

região percorrida em 3D, através do Google Earth, os alunos compararam os mapas produzidos com

a imagem de satélite e inseriram as fotos nos locais onde foram tiradas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

O trabalho realizado mostrou-se adequado para produzir mapas ambientais, pois os comentários que

surgiram sobre os mesmos nos permitiu indicar que o objetivo da atividade foi atingido, uma vez

que os mapas ficaram prontos os alunos discutiram os principais elementos cartográficos

apresentados nos mesmos, aplicando os conceitos de cartografia trabalhados em sala. Também

foram capazes de realizar leitura/interpretação dos signos e significados para produzirem, a partir

dessa interpretação, as possíveis estratégias que poderiam ser adotadas para sanar os problemas

verificados nos mapas.

CONCLUSÕES

A metodologia diferenciada mostrou-se eficaz, pois a partir da construção dos mapas os alunos

puderam trabalhar de forma prática os conhecimentos que antes só eram trabalhados na teoria como

forma de cumprir o currículo exigido.

REFERÊNCIAS

PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A geografia: pesquisa e ensino. In CARLOS, Ana Fani Alessandri

(org). Novos Caminhos da Geografia. São Paulo: Contexto, 2001.

REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2009.

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120

Hidroelétrica de Simplício e o rio Paraíba do Sul: remoção e relocação do lixão de Sapucaia

para o aterro sanitário e a contaminação da água

FERNANDES, Margareth1, SILVA, Julio César da2 1 e 2UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA – USS

Palavras-chave: Hidroelétrica, contaminação, lixão e aterro sanitário.

INTRODUÇÃO

A produção de energia elétrica no Brasil é um tema que vêm sendo discutido por muitos estudiosos

no assunto, principalmente depois do acidente na Usina de Fukushima, no Japão, em razão do

Tsunami, uma vez que o Governo brasileiro pretende fazer crescer o potencial energético no País,

que se associa ao aumento da produção de energia à capacidade e ao desenvolvimento econômico e

tecnológico da região. Segundo Martins (2008),

[...] a hidroelétrica é como energia limpa, é menos arriscada, quando comparada com outras

formas de geração de energia, a hidroelétrica tem sido a forma mais utilizada pelo Brasil

para prover sua demanda por energia, correspondendo a 90% da produção de energia no

Brasil. (MARTINS, 2008, p. 2)

A hidroelétrica quando comparada, por exemplo, com uma usina nuclear, tem vantagens com

relação aos custos e as técnicas. A usina hidroelétrica também provoca severas transformações nos

locais onde as grandes usinas e barragens são construídas. Parte do objeto de estudo foi realizado

em 20 de abril de 2011. A AHE Simplício – Queda Única está localizada na bacia do Rio Paraíba

do Sul, ligação com os Rios Piabanha e Paraíbuna, nos municípios de Três Rios e Sapucaia (RJ) e

Chiador e Além Paraíba (MG). É gerenciada por FURNAS Centrais Elétricas SA e construída com

recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. A

AHE de Simplício – Queda Única é formada por duas hidrelétricas: a do Distrito de Anta, em

Sapucaia/RJ e de Simplício, entre Sapucaia/RJ e Além Paraíba/MG.

OBJETIVOS

Discutir a contaminação do Rio Paraíba do Sul, em razão da construção e alagamento da AHE de

Simplício – Queda Única localizado no Rio Paraíba do Sul, na região sudeste, nos Municípios de

Três Rios e Sapucaia no Estado do Rio de Janeiro e o Município de Além Paraíba no Estado de

Minas Gerais. Todo o lixão que existia no Município de Sapucaia, esta sendo relocado em um aterro

sanitário construído por Furnas, que constrói a UHE de Anta e Simplício. A área do lixão será

alagada sem que haja um estudo preliminar da água de subsolo, lençol freático e da água de

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121 superfície do Rio Paraíba do Sul, que abastece todo Município, levando em consideração a

construção do sistema de tratamento de esgoto, uma vez que com a diminuição do volume do Rio

Paraíba no Sul, em 30 km, afetará a qualidade da água do Rio Paraíba do Sul.

METODOLOGIA

O estudo se propõe a verificar os impactos ambientais em decorrência a instalação da Hidroelétrica

de Simplício, em Sapucaia/RJ. Esta pesquisa pode ser classificada como de campo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Para a construção das UHEs de Anta e Simplício, desde a década de 60, retomada por Furnas a

partir dos anos 80, vários protocolos foram propostos tendo tem vista a legislação ambiental,

respeitando a biodiversidade dos ecossistemas, a população local e a atividade pesqueira. Um dos

aspectos importantes na construção das UHEs de Anta e Simplício foi a tecnologia usada,

principalmente com o aproveitamento dos materiais de escavação dos túneis e canais e o

aproveitamento da topografia local para o direcionamento das águas, minimizando os impactos

ambientais na construção, alagamento e operacionalização das UHEs no Rio Paraíba do Sul, no

Município de Sapucaia/RJ.

CONCLUSÃO

Apesar dos inúmeros esforços para que os impactos ambientais não fossem sentidos, observa-se nas

instalações UHEs de Anta e Simplício a relocação do lixão de Sapucaia/RJ, que será alagado.

Apesar da transferência do lixão para o aterro sanitário, que foi construído por Furnas, o solo que

foi há anos exposto pelo chorume produzido no lixão poderá contaminar o lençol freático, como a

água de superfície pela diminuição do volume na área de localização das UHEs no Rio Paraíba do

Sul. A pressão no solo pela água poderá contaminar o lençol freático, comprometendo a água para

consumo.

Recomenda-se um estudo mais especializado no solo do lixão, que será alagado, para quem o lençol

freático não seja contaminado, muito menos a água do Rio Paraíba do Sul que serve para consumo.

REFERÊNCIAS

LAKATOS, E. M. e MARCONI, M. A. Fundamentos da Metodologia Científica. 5a. ed. São Paulo:

Atlas, 2003.

MARTINS, Renato D. F. Sobre o território e os atingidos por barragens: a resistência às

hidrelétricas no Vale do Ribeira (SP/ PR). 32º Encontro da ANPOCS. Caxambu, 2008. Disponível

em http://www.abet-trabalho.org.br/docs/anaisanpocs2010.pdf Acesso em 04 de Junho de 2011.

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122 PINHO, Luiz Antonio B.; GÓZ, Rogério Sales. AHE Simplício – Queda Única. 2008. Disponível

em http://www.themag.com.br/Docs/Usina%20CD.pdf Acesso em 04 de Junho de 2011.

REVISTA FURNAS nº 376 - dezembro/janeiro 2011 / (02/2011).

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História do basquetebol em volta redonda: Possível metodologia para o Ensino em Ciências

da Saúde

BRITTO, Marcelo Dantas de; PARAISO ALVES, Marcelo

Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA

Palavras-chave: Ensino; História da Educação Física; Basquetebol.

INTRODUÇÃO

A Educação Física no Brasil emerge em uma configuração estabelecida a partir das instituições

médicas e militares (SOARES, 1992), acarretando consequências no processo de ensino e

aprendizagem ao longo de sua história: Higienismo, Militarismo, Pedagogicismo, Competitivismo.

A referida prática pedagógica influenciou significativamente o sistema de ensino escolar,

instaurando o que Caparroz (2007) denominou de esporte da escola. Para o autor, essa concepção

subordina a Educação Física escolar aos princípios do esporte, constituindo uma relação entre

professor e aluno, na ótica do professor-treinador e aluno-atleta. Portanto, o esporte adentra o

cotidiano escolar como um modelo, uma referência, um padrão de movimentos, regras,

comportamentos a ser alcançado pelos docentes e discentes.

Assim, seguindo a mesma perspectiva, o que tenho percebido, por intermédio de minha prática na

docência no Ensino Fundamental e Superior, é que o conteúdo teórico da Educação Física escolar

na atualidade, tem buscado reproduzir, especificamente no ensino do basquetebol, apenas a origem

e as conquistas do selecionado brasileiro. Dessa forma, o conteúdo é descontextualizado e não

estabelece relações com os alunos e a comunidade local onde a escola está inserida.

Nesse sentido, o projeto de pesquisa busca investigar as singularidades da história do basquetebol

do município de Volta Redonda, permitindo ao profissional da área proporcionar e ampliar o

conhecimento do aluno, por meio de reflexões através de fatos e depoimentos históricos, para que o

discente dê a esse conteúdo sentido e significado a sua prática esportiva não desperdiçando as

experiências produzidas ao longo da história (SANTOS, 2002).

Assim, o conhecimento da história local pode influenciar os alunos para que possam escolher o

sentido de sua prática esportiva partindo da melhoria na qualidade de vida, passando pela simples

prática esportiva com fins recreativos, até a busca pelo desporto de alto nível, o que promoverá a

diferença entre o esporte na escola e o esporte da escola é a possibilidade da escolha autônoma dos

sujeitos para as suas intencionalidades.

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124 OBJETIVOS

- Investigar a história do basquetebol no município de Volta Redonda;

- Identificar o processo de ensino da história do basquetebol nos Anos Finais do - Ensino

Fundamental no município de Volta Redonda;

- Criar um DVD, propondo uma metodologia de ensino do Basquetebol, por intermédio da história

local, para as aulas de Educação Física escolar;

METODOLOGIA

O caminho metodológico será desenvolvido através de dois percursos complementares: Primeiro, a

pesquisa de campo de cunho qualitativo descritivo (CERVO E BERVIAN, 2006), utilizando como

instrumentos de produção de dados o questionário com perguntas abertas e fechadas e depoimento

oral. O questionário será aplicado aos profissionais de Educação Física e coordenadores de

Educação Física do município de Volta redonda, na tentativa de apreender o processo de ensino e

aprendizagem do Basquetebol na rede do referido município. Segundo, entrevistas com sujeitos que

participaram da construção da história do basquete no município de Volta Redonda. O material

produzido durante as entrevistas será utilizado para a criação de um documentário em forma de

DVD para ser disseminado como metodologia de ensino para a educação física escolar nas redes da

região Sul Fluminense.

REFERÊNCIAS

CAPARROZ, F.E. Entre a Educação Física na escola e a Educação Física da escola. Vitória:

CEFD/UFES, 1997.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA R. Metodologia Científica. 6ª Ed. São Paulo:

Editora Pearson, 2006.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A Crítica da razão indolente contra o desperdício de experiências.

São Paulo: Cortez, 2000.

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125

Hospital sentinela: uma rede a serviço da qualidade da formação em saúde

Daniely Aparecida Ferreira da Silva¹*, Evandro Floriano Gomes da Silva 1,2

1 Fundação Educacional Dom André Arco Verde – FAA

Palavras-chave: Qualidade da Assistência à Saúde, Tecnovigilância, Hospital Sentinela.

INTRODUÇÃO

De acordo com (Anvisa), os hospitais sentinela são capacitados para notificar eventos adversos e

queixas técnicas de produtos de saúde. O projeto também visa prevenir óbitos e complicações não

esperados em pacientes hospitalizados e avaliar o desempenho de produtos de saúde o que é

primordial para manutenção ou retirada destes do mercado caso haja evidência de agravos à saúde.

OBJETIVOS

Objetivou refletir sobre a importância dos hospitais sentinela no monitoramento da qualidade da

assistência à saúde prestada à população e na formação profissional.

METODOLOGIA

De acordo com a legislação da Anvisa (2002) aponta os hospitais sentinela como núcleo irradiador

de práticas profissionais adequadas, por trabalharem com a GRH (Gerencia de Risco Hospitalar),

que busca a segurança, com o uso de produtos hospitalares sem defeitos e problemas, com a

qualidade dos fármacos e das ferramentas que monitoram os hemoderivados. As deficiências, em

qualquer um dos três itens avaliados, são notificadas a Vigilância Sanitária no sentido de melhorar a

qualidade dos processos e dos produtos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

A análise dos dados no período estudado possibilitou evidenciar o aumento do número de

notificações pelo Projeto Hospitais Sentinela à ANVISA. Isso foi possível devido à implementação

de um novo instrumento (ficha de rastreamento) e melhor divulgação do projeto no âmbito

hospitalar. Além disso, verificou-se também maior qualidade das informações para o

desenvolvimento das atividades de notificação do PHS, sendo possível rastrear as irregularidades e

garantir maior consistência das mesmas. E o profissional de saúde que mais notifica é o enfermeiro.

Isto pode ser explicado pelo seu vasto conhecimento na área de Tecnovigilância e por ser o

profissional que mais utiliza os produtos de saúde.

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126 CONCLUSÕES

Os Hospitais Sentinela contribuem para o aperfeiçoamento da assistência e da formação de

profissionais de saúde, na medida em que lhes possibilita aprendizagem associada à qualidade dos

produtos hospitalares e às ferramentas da aprendizagem em serviços de saúde.

As demais se tornam imprescindível à realização de pesquisas que busquem melhorar a qualidade

dos materiais adquiridos, no sentido de prevenir riscos, agravos ou mesmo seqüelas a saúde, por

conta da segurança dos indivíduos envolvidos.

REFERÊNCIAS

SPADELLA CT. Gerenciamento do risco sanitário na área de tecnovigilância do HC da UNESP de

Botucatu. Boletim Informativo-Projeto Hospital Sentinela, Botucatu, ano IV, nº 20, p.4-5,

junho/julho 2005.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Cartilha de Notificações em

Tecnovigilância Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003. 30p.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária Rede Sentinela.

Disponível em URL: http://www.anvisa.gov.br.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR).portal.saude.gov.br/portal/saúde.

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127

II Mostra de Ciências das Escolas Municipais de Barra Mansa

(II MOCEM): Estudo preliminar da 1ª Etapa

SILVA, L. G. O.1, MORAES, C. A. B. A.2*

1 Secretaria Municipal de Educação de Barra Mansa 2 Centro de Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro – CEDERJ

Agência financiadora - CNPq

Palavras-chave: Feiras de ciências; experimentação, divulgação científica.

INTRODUÇÃO:

As feiras de Ciências podem receber diversas denominações como “mostras de ciências”; “feiras

tecnológicas” e “feira de talentos”. Segundo Farias (2006), elas possibilitam uma ampliação na

visão de mundo dos participantes, contribuindo para socialização e troca de experiências com a

comunidade.

São eventos sociais, científicos e culturais, realizados em escolas ou comunidades com a intenção

de expor trabalhos de experimentação desenvolvidos e oportunizar diálogo com visitantes

(MANCUSO, 2000). Para Netto (2011) todos os estudantes devem realizar a divulgação científica

do que aprenderam e as feiras de Ciências são os mais eficazes meios para isso.

A II Mostra de Ciências das Escolas Municipais de Barra Mansa (II MoCEM) é um projeto

financiado pelo CNPq através do Edital nº 051/2010. O projeto é dividido em duas etapas, sendo:

1ª – realização de feira de ciências nas unidades escolares; 2ª – exposição dos trabalhos

selecionados na 1ª etapa.

OBJETIVOS:

Identificar a realização da primeira etapa da II MoCEM e também verificar as impressões dos

estudantes, as observações dos professores quanto ao interesse e participação dos alunos e a reação

dos visitantes.

METODOLOGIA:

Foram realizadas reuniões com professores, orientadores e diretores a fim de apresentar e motivar o

desenvolvimento do projeto. Também foram realizadas reuniões com a equipe de implementação do

projeto para discussão de estratégias de ação.

Na terceira semana de junho de 2011 as 18 unidades escolares da rede municipal de Barra Mansa

participaram da 1ª etapa do projeto, cada uma das escolas realizou uma feira de Ciências, onde

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128 foram apresentados trabalhos de alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Na ocasião, uma

equipe formada por funcionários da escola, avaliou os trabalhos e selecionou os três melhores.

A equipe de implementação do projeto visitou as feiras de ciências nas escolas e aplicou 180

questionários aos alunos, 16 aos professores de ciências e 72 aos visitantes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA:

A primeira etapa da II MoCEM mobilizou mais de 5000 alunos e muitas famílias. Entre os alunos,

39,4% disseram que a maior ajuda na realização do projeto foi dada por estas. Esse fato confirma o

que dizem Barcelos et.al. (2010): feiras de Ciências são eventos institucionais que mobilizam

muitas pessoas da comunidade escolar e de outros espaços. Durante o questionário, os alunos

realizaram uma auto-avaliação e 54,6% atribuíram nota dez ao seu interesse em participar da feira,

97,8% informaram que gostariam de participar novamente de eventos deste tipo. Entre os

professores, 16 responderam que a feira irá mudar a visão dos alunos em relação à Ciência. Desses,

9 disseram que o motivo da mudança é a possibilidade de experimentação. Entre os visitantes

entrevistados, 72 acharam as feiras muito interessantes.

REFERÊNCIAS:

BARCELOS, N. N. S.; JACOBUCCI, G. B.; JACOBUCCI, D. F. C. Quando o cotidiano pede

espaço na escola, o projeto da Feira de Ciências “Vida em Sociedade” se concretiza. Ciência &

Educação. Bauru. V. 16, n.1, p. 215-233. 2010.

FARIAS, L. N. Feiras de Ciências como oportunidades de (re)construção do conhecimento pela

pesquisa. 89 f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas) – Núcleo

Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006.

MANCUSO, R. Feiras de Ciências: produção estudantil, avaliação, consequências. In Contexto

Educativo. N. 6. Abril de 2000. Disponível em <http://contexto-educativo.com.ar/2000/4/nota-

7.htm> Acesso em 28/06/2011.

NETTO, Luiz F. Feira de Ciências. Disponível em <http://www.feiradeciencias.com.br> Acesso

em: 29 de maio 2011.

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129 Instrumentalizando os Docentes do Ensino Fundamental quanto à sexualidade do Adolescente

Souza, Ana Lúcia T. Devezas1, Alves- Oliveira, MFA2

1 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) 2 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA)

Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz

Palavras-chave: Ensino Fundamental, Sexualidade e Adolescentes.

INTRODUÇÃO

Falar sobre adolescência é falar da pessoa que vivencia mudanças relacionadas às alterações físicas,

emocionais, sociais e culturais que estarão sendo manifestadas por estímulos hormonais e também

influência do meio em que vive. Na fase da adolescência este encontra-se em busca da sua

identidade, pois está numa passagem da fase infantil para a fase adulta. Como um mecanismo de

proteção os adolescentes buscam seus pares para dividirem seus sonhos, dúvidas e projetos.

Ao definir adolescência, destacamos o início de mudanças fisiológicas e que ao chegar na vida

adulta ocorre o amadurecimento e à partir daí o seu corpo encontra-se pronto para reprodução. Ao

vivenciar as mudanças que estão acontecendo com o seu corpo e seu modo de pensar, começa a

querer expressar opinião, o que pode levar a momentos de conflitos familiares e escolares. Neste

momento cabe ao educador perceber condutas de isolamento, agressividade, desinteresse, abandono

escolar e assim saber acolher e até mesmo encaminhar este adolescente para atendimento

profissional.

Portanto a escola tem sido reconhecida como um espaço adequado para o cumprimento de um papel

integrador e organizador da comunidade. Promovendo socialização entre os adolescentes, através de

ambientes saudáveis para discussão de temas relacionados ao desenvolvimento, sexualidade,

vivencias e responsabilidades, além de contribuir para a educação em saúde, propondo cuidados

com o corpo e nas relações biopsicossociais.

Neste sentido pretende-se com este estudo levar aos docentes do Ensino Fundamental a

instrumentalização para que possam através da transversalidade proposta pelos Parâmetros

Curriculares Nacionais, criar iniciativas positivas através de parcerias com vários segmentos,

profissionais da saúde e da sociedade, provendo a construção de práticas educativas capazes da

promoção de um crescimento e desenvolvimento saudável. Têm-se como objetivo neste artigo:

Identificar a visão do docente sobre a sexualidade dos adolescentes e elaborar um material didático

para docentes, relacionado à sexualidade e suas transformações durante o período da adolescência.

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130 METODOLOGIA

O método utilizado para a realização deste produto será uma pesquisa descritiva com abordagem

qualitativa, pois pretende-se buscar através de pesquisa de campo as principais dúvidas dos

professores do ensino fundamental das escolas públicas municipais de Barra Mansa e esclarecê-las

através do manual que será confeccionado como produto final, à partir da análise de um

questionário composto com perguntas abertas e fechadas para que possamos identificar as principais

dúvidas dos mesmos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Pretende-se promover através elaboração do manual a instrumentalização dos docentes, utilizando-

se do mesmo para oportunizar momentos de construção e discussão sobre a sexualidade do

adolescente que poderão ajudar no dia-a-dia do docente que encontra-se diariamente com o mesmo

num espaço de construção do conhecimento.

Através desta instrumentalização será possível apoiar os docentes no esclarecimento de possíveis

dúvidas dos adolescentes, podendo apoiar ações de orientação e esclarecimento das dúvidas no

momento que surgirem.

REFERÊNCIAS

Ensinando a cuidar da criança / organização Nébia Almeida de Figueiredo - São Caetano do Sul,

SP: Difusão Enfermagem, 2003.

Brasil. Ministério da Saúde. Estatuto da Criança e do Adolescente / Ministério da Saúde. – 3. ed. –

Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008.96 p.

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131

Kit sobre coleta seletiva de lixo

Ensino didático da responsabilidade social e ambiental

Patrícia Soares Rocha Alves1*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2

1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave: Coleta Seletiva – Didática – Meio Ambiente

INTRODUÇÃO

Não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção, reduzindo o desperdício,

reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva. É

importante conhecer o processo e as regras quando queremos fazer a diferença. Segundo o site

WWF Brasil (2008) uma tonelada de latinhas de alumínio, quando recicladas, economiza 200

metros cúbicos de aterros sanitários.

A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia do destino em aterros

sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser reciclados. Segundo o site lixo.com.br, no

artigo sobre Coleta Seletiva e Planejamento no Brasil existe coleta seletiva em cerca de 135 cidades,

de acordo com o Professor Sabetai Calderoni (autor do livro Os Bilhões Perdidos no lixo Ed.

Humanitas). Na maior parte dos casos a coleta é realizada pelos Catadores organizados em

cooperativas ou associações.

A falta de informação por parte da população em separar o lixo dificulta o trabalho dos catadores e

das empresas coletoras de lixo. Trata-se de uma questão cultural, introduzindo a cultura de

separação de lixo como material didático nas escolas acredita-se que assim os alunos irão incentivar

os pais a importância da coleta contribuindo para o desenvolvimento sustentável do município e

melhorando assim a qualidade de vida da população.

Este estudo busca identificar porque a forma de acondicionamento de lixo reciclado na cidade de

Volta Redonda não está sendo feita corretamente pela população. Pretende-se educar e

conscientizar a população em geral através dos alunos das escolas de ensino fundamental sobre a

importância e relevância para o meio ambiente da maneira correta de se fazer a separação dos

resíduos.

OBJETIVOS

Conscientizar a população sobre a forma correta e a importância da realização da coleta seletiva

para o desenvolvimento social sustentável, através do Kit Coleta Seletiva.

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132 METODOLOGIA

O estudo tomará como base relatos de funcionários da empresa responsável pela coleta seletiva de

lixo no município de Volta Redonda sobre a procedência e eficácia da Coleta Seletiva.

Será desenvolvido o Kit coleta seletiva como produto do Mestrado Profissional em Ensino em

Ciências da Saúde e do Meio Ambiente do UniFOA. A composição do kit contará com três itens:

Jogo didático direcionado para alunos do ensino fundamental, cartilha voltada para o adulto e

lixeira de cozinha seletiva para incentivo da coleta dentro de casa.

Uma escola municipal do município de Volta Redonda será escolhida para aplicabilidade do Kit.

CONCLUSÃO

O processo de coleta seletiva do município a ser estudado é auto-sustentável, pois parte do lixo

arrecadado vai para duas cooperativas de reciclagem e a outra para a empresa que fornece os

plásticos para a coleta seletiva.

Espera-se que ao final deste estudo haja conscientização relevante da população quanto à

importância da coleta seletiva não só como questão essencial ao desenvolvimento sustentável do

município, mas também como meio de contribuição ao desenvolvimento de ações ambientais a

nível global.

REFERÊNCIA

WWF BASIL. Conheça os benefícios da coleta seletiva. Junho 2008. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/participe/acao/dicas/?14001> Aceso em: Maio de 2011.

Lixo.com.br. Artigo Coleta Seletiva e Planejamento, Pólita Gonçalves.

http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=134&Itemid=241. Aceso

em: Junho de 2011

CALDERONI, Sabetai, Os Bilhões Perdidos no lixo. Ed. Humanitas

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133

Lex Ambiente: uma ferramenta para o ensino da legislação ambiental

Daniel Ferreira Jordão1 e Adilson da Costa Filho1,2

1- Mestrado Profissional em Ensino em ciências da Saúde e do Meio Ambiente – UniFOA

2- Departamento de Ensino de Ciências e Biologia – DECB – IBRAG – UERJ

Palavras-chave: ensino de ciências, educação ambiental, recurso didático

INTRODUÇÃO

Segundo Leff (2006), os problemas ambientais não são resultado de catástrofes ecológicas e

sim de uma crise cultural observada no ocidente e da sua racionalidade, cujo conhecimento ao invés de

contribuir para o entendimento do mundo objetivo, passou a ser um conjunto de artefatos que intervém e

transformam o real, refletindo na relação entre homem e natureza. Gazzinelli (2002), infere que o

princípio em que se apóia a relação entre o homem e o meio ambiente tem valor apenas quando existe

algum interesse utilitário envolvido, tendo a idéia de dominação.Sendo que a partir do questionamento

relativo às possíveis posturas e práticas dos sujeitos são construídos novos modos de pensamentos da

relação entre homem e o ambiente.

A educação ambiental (EA) é definida como um processo no qual são incorporados critérios sócio-

ambientais, ecológicos, éticos e estéticos nos objetivos didáticos da educação para construir novas

formas de pensar a realidade. (LEFF, 2001)

Ao longo de nossa prática profissional, observamos grande dificuldade, por parte da população de

uma forma geral, no entendimento e percepção dos contextos associados aos conteúdos legais em

quaisquer situações. Entendemos, pois, que existe uma necessidade de se promover o acesso à

legislação de uma maneira mais simplificada. Optamos aqui, por sua relevância indiscutível, nos

ater à Legislação Ambiental, uma vez que estando em evidência constante nos meios de

comunicação, suscita um grande número de dúvidas e questionamentos. Imaginamos e entendemos

o acesso ao conhecimento como parte da EA crítica que tem como objetivo, a melhoria da

qualidade de vida, inserindo a humanidade no mundo natural se consolidando através de uma

abordagem transformadora e emancipatória.

Dentro deste enfoque imaginamos uma maneira de, além de viabilizarmos o conhecimento do

ambiente em si, permitirmos de modo interessante e atual, o acesso à informações sobre a legislação

ambiental fomentando uma discussão sobre seus conteúdos e contextos.

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134 OBJETIVOS

Este projeto tem como objetivo geral desenvolver um software que promova a possibilidade de

qualquer pessoa que tenha interesse, entenda, discuta e adquira conhecimentos sobre a legislação

ambiental de nosso país.

METODOLOGIA

Na construção do DVD-ROM pretendemos utilizar o programa Microsoft Access para funcionar em

plataforma Microsoft Windows na versão “XP” 2003 ou posteriores.

Conforme Bernardo (1996), embora os avanços tecnológicos nos permitam a geração de produtos

de qualidade, não se descartando o esforço e dedicação, quatro etapas são fundamentais para o

desenvolvimento de um software: (1) definição do escopo, (2) planejamento, (3) produção e (4)

implantação.

PERSPECTIVAS

Esperamos que esta ferramenta didática possa ser utilizada nos mais diversos níveis de ensino, por

professores e alunos, facilitando o acesso à informação sobre a legislação ambiental, sobre diversos temas.

Inicialmente focaremos os assuntos relacionados à Engenharia Genética e sua relação com o Ambiente

(módulo 1). Posteriormente enfocaremos diversos outros assuntos como, por exemplo, a legislação

associada aos recursos hídricos e zonas costeiras, poluição, crimes ambientais dentre outros (módulos

sequenciais). Mais ainda, pretendemos promover, dentro do espírito da EA crítica, indivíduos mais

completos e conscientes de seu papel na sociedade e na defesa do ambiente, atuando como multiplicadores

do conhecimento legal em suas comunidades.

REFERÊNCIAS

BERNARDO, Valéria. Metodologia para desenvolvimento de projeto multimídia aplicado ao

ensino da medicina. [dissertação] São Paulo (SP): Universidade Federal de São Paulo - Escola

Paulista de Medicina; 1996.

GAZZINELLI, M. F., Representações do professor e implementação de currículo de Educação

Ambiental Cadernos de Pesquisa, n 115, p. 173-174 março/2002.

LEFF, E. Saber Ambiental. Petrópolis-RJ: Vozes, 2001.

_______ Racionalidade Ambiental e a reapropriação social da natureza Record: Rio de janeiro,

2006.

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135

Livro Digital 3D de Embriologia Humana: uma experiência multidisciplinar.

Claudia Y. Utagawa1, Tarcísio S.S. Lima1, João Marcos C. Ferreira1, Bárbara S. Domingues1,

Débora F. Lauriano1, Dimas S.Rico Junior1, Melissa Villardo1, Sabrina K. Honório1, Victor Hugo

C. Benalia1, Nathália R. Santos1, Carla C. P. Almeida1, Arthur O.R. Villela1, Matheus F.O.

Guerra1, Darwin R. Mota1, Cristiana A. Fernandes1, Rafael T. Santos1, Douglas B. Goncalves1,

Marcos T. Souza1, Thiago B. Carvalho2, Maria Aparecida R. Gouvêa1, Júlio C.S. Aragão1

1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

2 Universidade Federal do Rio de Janeiro–UFRJ

Palavras-chave: Embriologia, Materiais de ensino, Recursos Audiovisuais.

INTRODUÇÃO

A abordagem do tema sobre o desenvolvimento humano requer uma maior abstração do estudante

no que concerne a compreensão e visualização tridimensional dos diversos estágios embrionário e

fetal. Isso requer a utilização de novos recursos didáticos ou ferramentas que os apóiem,

principalmente as que não utilizem material humano. O objetivo deste trabalho é relatar a

experiência na elaboração do Livro 3D de Embriologia Humana, um projeto multidisciplinar e

apresentar o resultado final do projeto.

METODOLOGIA

A equipe foi composta por 9 professores e 15 alunos dos cursos de graduação em Medicina, Design,

Sistemas de Informação, Letras e Comunicação Social do Centro Universitário de Volta Redonda –

UniFOA, subdivididos em núcleos. O livro, em formato digital, possui 10 capítulos, subdivididos

em generalidades que envolvem a concepção do embrião, seguido de capítulos que abordam o

desenvolvimento embrionário por semanas de gestação. Os 4 últimos capítulos contam com

imagens virtuais tridimensionais dos embriões e narração do desenvolvimento de estruturas

anatômicas humanas. O conteúdo do livro foi discutido e escolhido para ser escrito pelos alunos do

curso de Medicina. A revisão ortográfica e gramatical foi realizada pelos graduandos do curso de

Letras. Após a finalização do conteúdo, os colaboradores do curso de Comunicação Social

gravaram, em estúdio, a narração do livro que foi ilustrado pelos alunos dos cursos de Medicina e

Design. As imagens em 3 dimensões foram construídas utilizando o software Autodesk 3ds Max

pelos alunos do curso de Design. Ficou sob responsabilidade dos colaboradores dos cursos de

Design e Sistemas de Informação a construção do livro através do programa Adobe Premiere

ProCs3. Cada núcleo de alunos, por curso, tinha pelo menos um professor orientador dentro de sua

área de conhecimento que revisava e supervisionava as etapas de realização.

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136 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

A maior dificuldade encontrada pela equipe foi a construção dos objetos tridimensionais, que exigiu

a interação constante do núcleo da Medicina com o do Design para que as imagens virtuais fossem

as mais próximas da realidade e tecnicamente corretas. Outra dificuldade superada pelo grupo foi a

terminologia técnica utilizada pelo núcleo de Medicina, revisada pelo núcleo de Letras e narrados

pela equipe de Comunicação Social. Temas como semiótica e reforma ortográfica tiveram que ser

debatidos entre os alunos e professores dos diferentes cursos, tornando o projeto um aprendizado

ainda maior para o grupo.

CONCLUSÕES

Consideramos que a forma da elaboração do livro digital foi exitosa, principalmente por fomentar a

construção coletiva e a interrelação de alunos e professores oriundos de universos de conhecimento

diferentes.

REFERÊNCIAS

McClean, P., Johnson et al. Molecular and cellular biology animations:development and impact on

student learning. Cell Biology Education 4: 169-179, 2005.

Mias, M. C.et al. The design of virtual practicals in anatomy learning: one experience. J. Anat 210:

619, 2007.

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137

Manual sobre o atendimento do adolescente para discentes de Medicina

Clea Ribeiro Nunes do Vale1*, Júlio Cesar Soares Aragão2 1,2 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

Palavras-chave: Adolescência, Medicina do Adolescente, Ensino e Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas a adolescência vem sendo objeto de estudo, destacando-se não somente as

particularidades dessa faixa etária, mas também a população adolescente.

No Brasil, a população adolescente e jovem corresponde a 33% da população, tratando-se assim de

um grupo com grande expressividade populacional. (Instituto de Geografia e Estatística, 2007)

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência corresponde a uma etapa

evolutiva caracterizada pelo desenvolvimento biopsicossocial, delimitada pela faixa etária entre 10

e 19 anos. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é considerado

adolescente o indivíduo entre 12 e 19 anos de idade. (Lei Federal nº 8069 de 13 de Julho de 1990)

A adolescência é um período extremamente relevante para a construção do sujeito, marcada por

importantes transformações biopsicossociais, mas também de grande vulnerabilidade e exposição a

fatores de risco. (Saito, 2001)

Diante deste cenário, ressaltamos a importância do desenvolvimento de ações de promoção de

saúde e prevenção de doenças nesta população, através da organização de serviços e capacitação de

profissionais.

Por que então não investir na capacitação destes profissionais durante o seu curso de graduação?

Esta proposta se adéqua as novas Normas de Diretrizes Curriculares (DNC) dos cursos da área de

saúde em geral, e especificamente dos cursos de graduação em Medicina, valorizando tecnologias

pedagógicas desenvolvidas na área de educação, para aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem.

OBJETIVOS

Coletar dados sobre a importância da Medicina do Adolescente na formação médica e avaliar a

aquisição de conhecimentos na área Medicina do adolescente pelos discentes do curso de Medicina,

estimulando os discentes a adquirir habilidades e competências para atender o adolescente,

compreendendo as suas particularidades.

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138 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa quantitativa, apropriada para medir opiniões e conhecimento sobre a

Medicina do Adolescente. Será realizada no campus da UniFoa, nas dependências da Policlínica,

com alunos do 8º ao 12º período do Curso de Medicina.

As informações serão coletadas por meio de um questionário estruturado contendo 15 perguntas

claras, para garantir a uniformidade dos entrevistados.

DISCUSSÃO

Embora os adolescentes gozem de boa saúde física, estão mais vulneráveis e expostos a fatores de

risco. Estas questões deixam clara a importância da construção de um sistema de saúde preparado

para atender de forma integral e com profissionais habilitados a lidar com os problemas específicos

desta faixa etária.

A elaboração de um programa, que inclui a Medicina do Adolescente no internato de Pediatria para

os discentes do curso médico, torna-se extremamente importante na formação de profissionais

habilitados para atender o adolescente. Eles aprendem a conduzir uma consulta, a vencer os desafios

de lidar com uma faixa etária repleta de particularidades, com características diferentes dos

pacientes das demais faixas etárias.

CONCLUSÃO

O presente trabalho destina-se a confecção de um manual que possa auxiliar os discentes na

capacitação de atender o adolescente.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, A.; ROCHA, R.L.; Armond, L.C. O grupo de adolescentes na escola: a percepção dos

participantes. Reme Rev Min Enferm. 2008; 12 (2):207-12.

BRASIL. Lei nº8069 de 13 de julho de 1990. Dispõem sobre o Estatuto da Criança e do

Adolescente. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 1990.

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139

Meio ambiente e Ação: Uma proposta dinâmica e facilitadora no processo ensino

aprendizagem no Ensino de Ciências e Biologia

*Ana Lúcia Rodrigues da Costa¹, Thaís Brainer Conceição¹ e Vinícius Amaral Corrêa¹

¹ Alunos de Graduação de Ciências Biológicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

- UERJ

Palavras-chave: Seres vivos, Meio Ambientes, Jogos, Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Segundo, Mendes et al, (2007) o processo tradicional de se ministrar as disciplinas de ciências e

também biologia envolve conteúdos abstratos prevalecendo assim a dissociação com o cotidiano.

Para Morin (2003) o ser humano é tratado como Homo ludens, além de Homo sapiens. O jogo é

uma atividade lúdica comum em nossa cultura, envolvendo adultos e crianças, representando um

elemento cultural integrador. Reunimo-nos para torcer ou participar de equipes e paramos de

trabalhar para assistir a um jogo de Copa do Mundo ou às Olimpíadas.

Já para Vygotsky, os Jogos não são apenas inerentes ao seres humanos, pois os animais também

brincam; por isso, esse fato deve ter algum sentido biológico.

No primeiro semestre no ano de 2011, no Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio

de Janeiro (Cap-UERJ), na disciplina de graduação Instrumentação para o Ensino Lúdico oferecida

para os alunos do curso de Ciências Biológicas foi elaborado o jogo didático batizado com o nome:

Meio Ambiente e Ação.

METODOLOGIA

O jogo didático Meio Ambiente e Ação foi produzido com o objetivo de favorecer o processo ensino

aprendizagem dos alunos pertencente a séries do 7º ano do ensino fundamental e 2° ano do ensino

médio que abordam os seguintes temas relacionados aos seres vivos e a diversidade biológica com

ênfase nos cinco grandes reinos encontrados na natureza como: reino monera, reino protista, reino

fungi, reino plantae e reino animal além de tratar temas transversais encontrados nos parâmetros

curriculares nacionais (PCNs) como meio ambiente e saúde.

O jogo segue as regras do jogo imagem e ação, um tradicional jogo usado para entretenimento de

jovens e adultos. O jogo constitui-se em um tabuleiro com tamanho de 60x45cm que contém como

plano de fundo a ilustração colorida dos reinos: monera, protista, fungi, plantae e animalia, além de

conter letras correspondentes ao nível de dificuldade do jogo.

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140 O tabuleiro do jogo foi elaborado usando os recursos do PowerPoint presente no sistema

operacional Windows.

O material didático contém: um tabuleiro, uma ampulheta de 1min 30 seg que pode ser facilmente

encontrada em papelaria e armarinhos, dezoito cartas que foram produzidas no Word, um dado que

também pode ser facilmente comprado ou produzido. Para iniciar o jogo o aluno (jogador) deve

levar o peão até a última casa chamada todos jogam e ser a primeira equipe a adivinhar a palavra.

O jogo deve ser praticado em equipes com quatro ou mais jogadores, divididos em quatro a seis

equipes.

A equipe vencedora é aquela que primeiro percorrer todo o trajeto do tabuleiro (uma volta inteira).

Os peões são movimentados quando os integrantes da equipe que está jogando conseguem entender

e acertar o que um integrante da sua própria equipe quer dizer através de desenhos feitos no quadro

da escola ou por meio de mímicas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O jogo Meio Ambiente e Ação apresenta um modo eficiente de se trabalhar como a fixação e a

aprendizagem dos próprios alunos, ou seja, o jogo foi feito como um mecanismo de revisão do

conteúdo anteriormente já abordado pelo professor.

È importante destacar que os jogos didáticos auxiliam ao professor na dinâmica de sala de aula,

porém, se aplicado de forma não paralela ao conteúdo torna-se um recurso insuficiente. Jorge V. L.,

(2008)

REFERÊNCIAS

VIGOTSKI, Liev Semionovich; Psicologia pedagógica. Brasil, p.21, 2003.

MENDES Camila F; et al. Jogo didático ecológico aplicado a alunos do quinto ciclo: conhecendo a

nossa fauna. Rio de Janeiro, p. 3, 2007.

JORGE Viviane Loureiro; et al. Biologia limitada. Rio de Janeiro, p. 3, 2007.

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141

Meio ambiente e Educação Ambiental: a abordagem dos professores

Cristianni Antunes Leal1*, Maria José da Silva de Oliveira Quirino1*,

Sabrina Bessa da Costa Ferreira1*, Vânia Lucia de Oliveira1,2*

1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ 2Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM

Palavras-chave: Meio ambiente, Educação ambiental, Ensino, Professores.

INTRODUÇÃO

A reflexão sobre questões ambientais é necessária entre os atores da comunidade escolar

(professores e alunos), sendo imprescindível a iniciativa de trabalhar as suas unidades temáticas.

Entretanto, apesar de se ver na prática o senso comum de que os temas ambientais são

responsabilidade dos professores de Biologia e Ciências, tal situação já está mudando.

Considerando que os temas envolvendo o Meio Ambiente (MA) e a Educação Ambiental (EA)

estão intrinsecamente ligados a ação do homem sobre a natureza e que “(...) o processo de EA,

como em geral ocorre com todo o processo educacional, exige a participação dos professores, pois

implica tarefa didática e pedagógica” (CAMARGO; PRADO, 2008, p. 3), torna-se necessário que

professores de diferentes áreas do saber, participem ativamente desse processo.

OBJETIVOS

O objetivo do trabalho é analisar como os professores, que não são das áreas de Biologia/Ciências,

abordam a temática MA/EA durante suas aulas para a educação básica e como tal abordagem pode

ser aperfeiçoada a partir da troca de experiência entre eles.

METODOLOGIA

A pesquisa utilizou a aplicação de questionários para o levantamento de dados primários, tais

questionários foram submetidos a quinze professores das seguintes formações: Geografia (2), Artes

(1), Letras (7), Matemática (2), Pedagogia (1) e Química (2); em duas escolas públicas, uma

municipal e outra estadual, localizadas no Estado do Rio de Janeiro. De posse dos dados, foi

realizada a análise do trabalho.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

A pesquisa mostrou que apenas 6% dos professores que responderam ao questionário, não abordam

a temática EA, enquanto que 94% abordam a EA trabalhando os seguintes assuntos: lixo, 91,7%;

poluição das águas, 91,7%; extinção e caça, 6%; poluição do ar, 75%; poluição do solo, 83,3%;

desmatamentos e queimadas, 91,7%; outros temas não especificados, 25%. Mesmo abordando

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142 diferentes temas, Grun (2010) coloca que não é tarefa fácil adquirir uma abordagem holística sobre

o tema, como a que faz necessária hoje, por conta do contínuo processo de degradação ambiental.

Quando os professores foram questionados sobre que matéria(s) deve(m) trabalhar com a temática

ambiental na escola, 75% responderam que devem ser todas as matérias do ensino básico.

CONCLUSÃO

Foi possível perceber que os professores pesquisados compreendem a importância da abordagem do

tema em suas aulas, mas, no entanto, a EA foi identificada como sinônimo de MA.

A abordagem do tema se dá a partir de alguns assuntos que são inseridos durante as aulas,

evidenciando-se assim que, não há troca de experiência entre eles, o que poderia facilitar o trabalho

e contribuir para um resultado positivo do ensino sobre a temática ambiental.

REFERÊNCIAS

CAMARGO, R.; WOLF, R. A. P. Educação ambiental e cidadania no currículo escolar. Revista

Eletrônica Lato Sensu UNICENTRO, Ed. 6, p. 1-23, 2008. Disponível em

http://web03.unicentro.br/especializacao/Revista_Pos/P%C3%A1ginas/6%20Edi%C3%A7%C3%A

3o/Agrarias/PDF/5-Ed6_CA-Educa.pdf. Acesso em Abril de 2011.

GRÜM, M. Ética e educação ambiental: a conexão necessária. Papirus: São Paulo, 2010.

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143

Método de Ensino de Endodontia de molares na graduação em Odontologia com auxílio de

recurso audiovisual

Renata Pereira Ribeiro*¹, Fábio Aguiar Alves²

¹ Centro Universitário de Volta Redonda – UniFoa

² Centro Universitário de Volta Redonda – UniFoa

Palavras-Chaves: Endodontia; molares; recurso audiovisual

INTRODUÇÃO

De acordo com Berger (2002), a Endodontia é a especialidade dentro da Odontologia que se ocupa

da prevenção, do diagnóstico e do tratamento de doenças ou injúrias da polpa dental.

Assim sendo, Machado (2007) relata que a prática da Odontologia, e assim da Endodontia, requer

conhecimentos, habilidades e bom senso.

Para Sayão (2007), antes de se pensar em realizar qualquer operação no endodonto, é necessário ter

o conhecimento do todo, bem como das partes que o constituem, que são bem pequenas. É

necessária a familiarização com todas as partes e a íntima relação entre elas.

Segundo Gadotti (2000), a evolução tecnológica tem imposto uma grande mudança no processo

educacional. Cada vez mais a linguagem audiovisual tem contribuído para a consolidação do

processo educativo moderno.

As novas gerações de alunos crescem em um contexto social onde são influenciados por conteúdos

audiovisuais. Esses são considerados elementos básicos para o desenvolvimento de novas

tecnologias educacionais e pode, quando bem empregado, ser utilizado para persuadir o jovem a

aprender a pensar.

Sendo assim, a utilização de recursos audiovisuais como o DVD ajudaria os alunos da graduação de

Odontologia aprender com mais facilidade a Endodontia de molares e as etapas que a constituem.

OBJETIVOS

O ensino da endodontia visa qualificação e treinamento dos acadêmicos do 8º período do curso

noturno de Odontologia do Centro Universitário do UniFoa no diagnóstico e tratamento de dentes

molares multirradiculares, com auxilio de meios audiovisuais como facilitador do aprendizado

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144 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo qualitativo descritivo da rotina prática dos procedimentos realizados para o

tratamento endodôntico de dentes molares multirradiculares pelos alunos do 8º período do Curso de

Odontologia Noturno do Centro Universitário do UniFOA.

Para o trabalho prescrito serão utilizados conceitos e técnicas de tratamento endodôntico de molares

em modelos laboratoriais e a elaboração de um DVD como produto final.

RESULTADO

Espera-se que o desenvolvimento do projeto de extensão juntamente com o recurso de audiovisual,

no caso o DVD, sejam facilitadores no aprendizado da endodontia e que os alunos do 8º período do

curso de Odontologia Noturno possam se valer desses meios para melhor compreensão e execução

do tratamento endodôntico de molares.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERGER, C. Endodontia Clínica. São Paulo: Pancast, 2002.

GADOTTI, M. Perspectivas atuais em Educação. São Paulo: Em Perspectiva, 14 (2), 2000.

MACHADO, M. E. L. Endodontia da Biologia à Técnica. São Paulo: Santos, 2007.

SAYÃO, S. Endodontia – Ciência, Tecnologia e Arte: do Diagnóstico ao Acompanhamento. São

Paulo: Santos, 2007.

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145

Metodologia de ensino para acadêmicos de Enfermagem nas condutas do cuidar: vídeo-aula

de exame físico abdominal

GOMES, Mariane de Paula1*, AGUIAR-ALVES, Fábio1,2

1Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA 1,2Universidade Federal Fluminense - UFF

Palavras-chave: Metodologia de Ensino, Acadêmicos de Enfermagem, Vídeo-Aula, Exame Físico

Abdominal.

INTRODUÇÃO

O processo de ensino-aprendizagem há tempos vem procurando se adequar as necessidades do

mundo contemporâneo. Neste contexto, visando atender tais necessidades que cada vez mais

docentes, buscam maneiras distintas de ministrar seus conteúdos, deixando de ser apenas o

transmissor de conhecimento, passando a ser o mediador/facilitador de tal construção. Na

enfermagem não é diferente. Deslumbrado com um mundo complexo e exigente que é o ser

humano, associado a todo o ambiente que o cerca, o acadêmico de enfermagem muitas vezes

durante sua prática, se depara com uma gama de dificuldades e exigências que acabam por

minimizar/bloquear o conteúdo adquirido, sendo impedido, muitas vezes, de exercer um bom

cuidado.

Um recurso amplamente utilizado e difundido nos diversos ambientes de ensino, a vídeo-aula como

instrumento didático, permite aos acadêmicos, maior possibilidade de assimilação de conteúdos.

Neste momento, os sentidos são utilizados, uma vez que escuta e visualiza o procedimento sendo

realizado simultaneamente, o que favorece principalmente a associação teoria e prática.

O exame físico se dá por uma avaliação complexa na qual o examinador utiliza técnicas/manobras e

instrumentos para coletar dados objetivos, exigindo de quem executa instruções em diversas áreas

do conhecimento.

De acordo com Barros & Cols (2010) é necessário que os enfermeiros, além de dominarem as

técnicas propedêuticas de inspeção, palpação, percussão e ausculta, tenham uma profunda

compreensão da fisiologia normal, de patologia clínica e de diagnóstico por imagem, o que lhes

permitirá extrapolar e analisar criticamente os dados coletados e oferecer cuidados e intervenções

adequados à evolução positiva da saúde do paciente.

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146 OBJETIVOS

- Elaborar vídeo-aula de exame físico abdominal como instrumento de ensino nas condutas do

cuidar para acadêmicos de enfermagem e,

- Validar o instrumento elaborado junto a acadêmicos de enfermagem que cursam estágio curricular

supervisionado que praticam o exame físico abdominal.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de campo; de abordagem quantitativa; de caráter descritivo; onde os dados

serão coletados a partir de observação sistemática, direta e não-participante.

O cenário será um curso de graduação em enfermagem de uma instituição de ensino superior do

município de Volta Redonda, estado do Rio de Janeiro. O estudo de campo iniciará após aprovação

do Comitê de Ética e Pesquisa envolvendo Seres Humanos – CoEPS, do Centro Universitário de

Volta Redonda – UniFOA. Será aplicado um teste prático antes e após vídeo-aula de exame físico

abdominal, durante o qual a investigadora utilizará como instrumento de coleta um “Check-List”

em todas as fases de atuação do acadêmico de Enfermagem, desde o preparo do material, ambiente

e paciente, até a fase de evolução no prontuário, por meio de um roteiro coerente com questões

estruturadas e fechadas de acordo com seus objetivos. Os sujeitos deste estudo serão todos os

acadêmicos de Enfermagem em estágio curricular supervisionado, que assinarem previamente o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Destes acadêmicos, serão excluídos os que

acertarem a técnica de exame físico abdominal e as condutas do cuidar, o que desconsiderará a

necessidade de assistir a vídeo-aula.

PERSPECTIVAS

Temos como perspectiva ampliar conhecimentos acerca da temática, posteriormente publicar artigo

e, divulgar o produto, contribuindo com os acadêmicos de enfermagem no tocante do

aprofundamento de conhecimentos acerca da realização do exame físico abdominal e as condutas

adotadas para uma assistência qualificada junto aos pacientes.

REFERÊNCIAS

BARROS & COLS. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2ª

ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.

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147

Metodologia para o Ensino de Saúde e Meio Ambiente aos adolescentes do município de

Resende: considerações iniciais

Ligia Maria Fonseca Affonso1*, Rosane Moreira Silva de Meirelles 1

1 Fundação Oswaldo Aranha – UNIFOA

Palavras-chave: Adolescência, Vulnerabilidade, Educação em saúde

INTRODUÇÃO

O alto índice de gravidez na adolescência, de DST/AIDS, da drogadição, da evasão escolar, da

violência domestica, do abuso sexual, da degradação ambiental e redução dos níveis de qualidade

de vida são alguns dos riscos aos quais os adolescentes estão expostos e que os deixam em situação

de vulnerabilidade, impedindo-os de desenvolver plenamente suas capacidades e potencialidades na

transição para vida adulta.

Como meio de minimizar parte desses riscos, o presente estudo busca estabelecer processos

estruturados para disseminar as informações necessárias aos adolescentes, tendo como premissa o

conceito de que, por meio da informação seria possível influenciar positivamente os envolvidos.

Justifica-se, portanto, o desenvolvimento do presente estudo, cuja contribuição esperada é

estabelecer os passos do processo de envolvimento, informação e colaboração dos atores-chave

envolvidos na saúde física, mental e emocional dos adolescentes.

OBJETIVOS

O objetivo geral do estudo é a construção de uma metodologia para o ensino de ciências da saúde e

meio ambiente, a ser utilizada em escolas do ensino médio.

Os objetivos específicos são: (1) Identificação das práticas educativas relacionadas à saúde e meio

ambiente utilizadas atualmente nas escolas municipais de ensino médio no município de Resende;

(2) Identificar lacunas e oportunidades no desenvolvimento de metodologia para o ensino de saúde

e meio ambiente; (3) Desenvolver modelo piloto da citada metodologia; (4) Validar o modelo piloto

junto aos professores e alunos.

METODOLOGIA

Este projeto está em fase inicial de elaboração de procedimentos. Serão confeccionados

questionários e roteiros de entrevistas para coleta de dados junto a professores e alunos de três

escolas municipais no município de Resende/RJ, para levantamento de informação a respeito da

existência de práticas educativas relacionadas à saúde e meio ambiente e sua adequação às

necessidades identificadas.

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148 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

O presente estudo encontra-se na fase embrionária: os referenciais teóricos estão ainda sendo

pesquisados, de forma a estabelecer o arcabouço teórico da pesquisa, além de nortear a elaboração

dos instrumentos de pesquisa (questionários e roteiro de entrevistas).

CONCLUSÕES

As conclusões do presente estudo serão estabelecidas a partir dos achados obtidos da coleta de

dados descrita na metodologia e na análise dos resultados obtidos.

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz

e Terra, 2002.

______. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. São Paulo. Ed. Cortez. (Coleção Magistério

Formação do Professor) 1994. p. 183.

MULLER, Laura. Altos papos sobre sexo. São Paulo: Globo, 2009.

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149 Mídias escritas como suporte didático no ensino de Estatística para o 1° ano do Ensino Médio

do Curso Normal

Paulo Apolinário Nogueira*¹, Eline das Flores Victer2 Cristina Novikoff3 1,2,3 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)

Palavras-chave: Mídias Impressas, Ensino de Estatística, Didática.

INTRODUÇÃO

Trata da questão do ensino de estatística a partir de uma abordagem didática pragmática que utilize

mídias escritas nas aulas de matemática, na primeira série do Ensino Médio, na Modalidade Curso

Normal. Tal proposta está de acordo com a Reorientação Curricular da Secretaria de Educação do

Estado do Rio de Janeiro em sua versão 2010, que colocou a Estatística como componente do

currículo da primeira série do Ensino Médio.

A Estatística está presente no cotidiano dos alunos por intermédio das diferentes mídias e, ainda

assim, eles mostram grande dificuldade em responder questões que envolvam conceitos dessa

subárea da matemática ou quando competências ligadas a essa subárea são necessárias em provas de

vestibulares e concursos públicos.

OBJETIVOS

Objetivou-se a elaboração de um Caderno com uma Sequência Didática para o Ensino de Estatística

com o uso das mídias impressas. A proposta foi proporcionar o ensino de estatística com a

participação direta dos alunos no manuseio de jornais, revistas e outras publicações impressas. Este

possibilita ao professor trabalhar variados tipos de habilidades e competências preconizadas nas

Matrizes de Referência do Sistema de Avaliação do Estado do Rio de Janeiro (SAERJ) e do Exame

Nacional do Ensino Médio (ENEM).

METODOLOGIA

A pesquisa de campo envolveu a aplicação de testes com questões do exame Nacional de Ensino

Médio - ENEM e o uso de revistas e jornais nas aulas de Matemática. As mídias impressas serão a

fonte que proporcionará ao aluno a oportunidade de (re)descobrir, analisar, discutir, apropriar-se de

conceitos e formular suas próprias ideias. Para melhor desenvolver cada etapa da pesquisa adotamos

os referenciais de Novikoff (2010) propondo um modelo de planejamento, desenvolvimento e

apresentação de pesquisa dialeticamente estruturada. Os 118 sujeitos da pesquisa (alunos do curso

de Formação de Professores), após aplicarmos o Teste Diagnóstico e produzirmos a Intervenção

Didática com o uso das mídias impressas, passamos à terceira etapa, a Avaliação, objetivando

produziras informações para estabelecer parâmetros de comparação para as etapas anteriores. Para

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150 isto foi aplicado um Teste Avaliativo, composto por 16 itens selecionados nas provas da série

histórica do ENEM.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Os resultados do estado do conhecimento revelou: 1)Durante a busca pelas dimensões teóricas,

além das obras e textos que discutem o ensino e a didática (FACCI, 2004; GHIRALDELLI, 2002)

foram encontrados diversos trabalhos com historicidade, críticas e sugestões relativas à Educação

Estatística, Lopes (2005), Batanero (2001), entre outros. Aqui nos chamou a atenção, o fato de que

os trabalhos que envolvem o uso dos jornais são voltados para Língua Portuguesa com o enfoque na

leitura e na escrita e não foram encontrados trabalhos voltados para a matemática com o uso das

Mídias Impressas, como por exemplo, jornais, denotando a relevância do presente texto. Daí o valor

em ressaltar a importância crescente da Estatística e do Tratamento da Informação na Educação

Básica, indicando os jornais como um recurso para auxiliar e enriquecer seu ensino. 2) O uso de

uma didática pragmática levou a um acerto de aproximadamente 32,5% nas questões do ENEM,

demonstrando que o Teste Diagnóstico com 5,2 de acerto subiu para 8,1 no Teste Avaliativo.

CONCLUSÕES

Em síntese, trazemos uma conclusão esperando contribuir de maneira efetiva para o fortalecimento

da Educação Estatística, utilizando o potencial das mídias escritas, contribuindo para uma formação

mais ajustada com as necessidades do educando no que se refere às competências e habilidades, em

particular, nas questões referentes ao exercício da cidadania.

REFERÊNCIAS

ABRANTES, P.; SERRAZINA, L. & OLIVEIRA, I. - A Matemática na educação básica. Lisboa:

Ministério da Educação, 1999. 130p.

BATANERO, C. Didáctica de la Estadística. Granada: Universidad de Granada, 2001. LOPES, C.

A. E.; CARVALHO, C. Literacia Estatística na Educação Básica, In: LOPES, C. E.;

NACARATO, A. M. (Orgs.) Escrituras e Leituras na Educação Matemática. Belo Horizonte:

Autêntica, p. 77-92, 2005.

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151

Mudanças pedagógicas no ensino de Semiologia para discentes de Medicina

Werneck, S.M.B.V1,2, Alves, M.F.O2,3

1 Universidade Severino Sombra – USS

2 Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA

3 Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz

Palavras-chave: Ensino médico, cenários de prática, mudanças pedagógicas

INTRODUÇÃO:

As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação de Medicina determinam

modificações pedagógicas no currículo do curso e orientam para um novo modelo de prática

docente e o perfil do médico formado (DCN 2001). Este novo modelo comporta as metodologias

ativas. Segundo Mitre e colaboradores (2008) as metodologias ativas utilizam a problematização

como estratégia de ensino-aprendizagem, com o objetivo de alcançar e motivar o discente, pois

diante do problema, ele se detem, examina , reflete, relaciona a sua história e passa a ressignificar as

suas descobertas.

OBJETIVO:

Investigar a respeito de novas técnicas de ensino e de novos cenários de práticas no Programa de

Aproximação a Prática Médica do Curso de Medicina de uma instituição superior para o ensino da

Semiologia Médica, desde o primeiro semestre do curso.

METODOLOGIA:

Os discentes envolvidos estavam cursando o quarto período do Curso de Medicina de uma

instituição de ensino superior, localizada na cidade de Vassouras/Rio de Janeiro. Estes discentes

foram escolhidos por terem sido inseridos na nova matriz curricular desde o primeiro período e por

ser o local de trabalho da autora. Para avaliarmos os resultados deste novo modelo entre os alunos,

utilizamos o questionário com questões objetivas e subjetivas sobre as novas metodologias

desenvolvidas no curso. Esse questionário foi aplicado aos alunos na sala de aula no final do

semestre. Nesse estudo foram avaliadas apenas dois dos novos métodos de ensino: As oficinas que

consistem em uma reunião de um pequeno grupo de alunos com interesses comuns, a fim de estudar

e trabalhar para o conhecimento ou aprofundamento de um problema, e a metodologia da resolução

de problemas que envolveram o caso, e o uso do laboratório de habilidades.

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152 RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Foram analisados 65 questionários, no qual foram avaliadas algumas das metodologias utilizadas no

Programa desde o primeiro período. A maioria dos discentes investigado acharam válida a

realização da oficina de anamnese, como uma metodologia utilizada para rever o conteúdo estudado

no semestre anterior e 64,61% dos discentes disseram não necessitar de um professor para orientá-

los na execução do conteúdo.

Outro ponto questionado foi a utilização do laboratório como pré requisito para as aulas práticas a

beira do leito de Semiologia Cardiovascular e Respiratória, 84,61% disseram que é importante. Um

dos argumentos utilizados para justificar essa resposta foi que realizando a técnica efetuada

primeiro no manequim e depois no paciente, faz com que se sentiam mais seguros. Por outro lado

os que não aprovaram a técnica disseram que os motivos são que os manequins não são como os

pacientes, pois a relação não fica pessoal e por isso preferem as aulas diretamente a beira do leito

com o paciente. Segundo Pezzi e Pessanha Neto (2008), para aprender a clinicar efetivamente, os

estudantes de Medicina e médicos devem ter acesso a essa importante ferramenta de ensino-

aprendizagem (o laboratório de habilidades) que, inevitavelmente, fará parte do arsenal didático

obrigatório de todas as escolas médicas e hospitais do Brasil.

CONCLUSÕES

As mudanças no ensino médico, a partir dos objetivos propostos pelas DCN do Curso de Graduação

de Medicina, propõem nova construção didática pedagógica. Nesse sentido foi oportuno avaliar

uma dessas mudanças instituídas em nosso programa de ensino da Semiologia Médica, onde

podemos observar que houve uma boa aceitação por parte dos discentes nas novas praticas de

ensino e que estão receptivos as mudanças na construção do seu conhecimento.

REFERÊNCIAS:

CRESWELL, JOHN W. Projeto de Pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. São

Paulo: Artmed, 2009.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais do

Curso de Graduação de Medicina. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 4/2001.

Diário Oficial da União. Brasília, 09 de novembro de 2001. Seção 1, p. 38.

PEZZI, Lucia, NETO, Sílvio Pessanha. O laboratório de habilidades na formação médica.

Cadernos ABEM, Vol. 4, Out., 2008.

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153

Musicalização infantil: formação docente para Educação Ambiental

Herica Cambraia Gomes* e Cristina Novikoff**

*Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA

**Universidade do Grande Rio – UNIGRANRIO

Palavras-chave: musicalização Infantil, formação docente, educação ambiental

INTRODUÇÃO

Discute-se o estado do conhecimento sobre musicalização e educação ambiental a partir da

percepção da necessidade de se pensar estes conceitos de modo a interagi-los na Educação Infantil.

Objetiva-se discutir a compreensão do impacto da musicalização, como procedimento didático-

pedagógico no processo ensino-aprendizagem da Educação Infantil (0 a 5 anos) para desenvolver a

Educação Ambiental. Para se alcançar este objetivo foi trabalhado o mapeamento dos conceitos

acerca de formação continuada e de sua trajetória histórico-política, analisando seus pressupostos

teóricos e limites empíricos, bem como sobre a legislação que aborda a educação ambiental. A

ancoragem teórica para tratar da musicalização buscam-se Granja (2008), Gordon (2000) Willems

(1968) e Gardner (1995). Toma-se o entendimento de Educação Ambienta de Lucy Sauvé (1997) e

de formação de professores Gatti, (2003, 2008, 2009); Zeichner e Diniz-Pereira (2005). A

metodologia qualitativa se apóia nas dimensões Novikoff (2010) com denso estudo do

conhecimento (ROMAWISKI e ENS, 2006). A contribuição se ajunta ao pressuposto de que

valores, atitudes, comportamentos e habilidades adquiridas na infância podem ter impacto

duradouro na vida adulta, assim a educação deverá ocupar objetivamente um lugar importante nos

movimentos planetários para o desenvolvimento sustentável e um caminho prudente para o sujeito

ecológico.

METODOLOGIA

Considerando que a pesquisa qualitativa, segundo Creswell (2007, p.35, apud NOVIKOFF, 2007,

p.53) é aquela “em que o pesquisador configura os conhecimentos pautando-se nos significados

diversos das experiências individuais ou sociais e historicamente construídos”, a proposta em

apreciação é qualitativa. Igualmente, o pesquisador procurará apreender e compreender a

aprendizagem significativa do ensino do meio ambiente, utilizando-se como estratégia de ensino a

musicalização no processo de formação continuada de professoras da rede municipal de ensino de

Porto Real. Os participantes, professoras da educação infantil, participarão das atividades

levantando problemas no ensino de meio ambiente e criarão as soluções em grupo. Portanto, o

fenômeno (aprendizagem significativa) será desenvolvido e observado segundo a perspectiva dos

participantes da situação estudada e, a partir daí apresenta sua interpretação. Portanto, não enumera

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154 nem mede eventos, bem como não se prende a instrumental estatístico para suas análises, mas o usa

para dar visibilidade aos dados. Entendendo que na pesquisa qualitativa, segundo Novikoff (2007)

“o foco de interesse do pesquisador qualitativo é diversificado e busca a obtenção de dados

descritivos mediante contato direto e interativo com a situação objeto de estudo”, reafirma-se que a

pesquisa aqui é desta natureza. Enfim, a pesquisa qualitativa que possui caráter mais exploratório,

descritivo e indutivo é o propósito em questão pois parte da vivência em formação continuada junto

às professoras de Educação Infantil.

ETAPAS:

Observação do comportamento que ocorre naturalmente no âmbito real;

Criação de situação artificial (formação continuada) para levantar problemas frente ao ensino do

meio ambiente e observar o comportamento diante das tarefas definidas para essas situações;

Questionamentos sobre o comportamento e seus estados subjetivos;

Observação o comportamento em atividade pós-facto (pós-oficina) em sala de aula.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Pesquisa em andamento, com algumas discussões significativas:

Criação do conceito de impressão sonora ambiental (Cambraia, 2011), como uma das estratégias

didático-pedagógica do processo de musicalização para a formação do Sujeito Ecológico

(CARVALHO, 2008), na educação infantil.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, I.C.M. (2008). Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. 3. ed. São

Paulo: Cortez

GARDNER, H. (2001). Inteligência Um conceito Reformulado. Rio de Janeiro: Objetiva

GORDON, E. E. (2008). Teoria da Aprendizagem Musical para recém-nascidos e crianças em idade

pré-escolar. Lisboa. Gulbenkian Educação.

NOVIKOFF, C. (2010). Dimensões Novikoff: um constructo para o ensino aprendizado da

pesquisa. In: ROCHA, J. G.; NOVIKOFF, C. (orgs) Desafios da práxis educacional à promoção

humana na contemporaneidade. Rio de Janeiro: Espalhafato Comunicação.

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155 Noções básicas de direito para estudantes de medicina e suas repercussões na relação médico-

paciente

¹Carlos José Pacheco, ²Maria Auxiliadora Motta Barreto

¹´²Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

Palavras-chave: educação, estudantes de medicina, direito.

INTRODUÇÃO

Nas instituições de ensino superior, apesar das diversas áreas acadêmicas possuírem suas

particularidades, seus caminhos, direta ou indiretamente, se cruzam, tendo em vista a amplitude e

dimensão do conhecimento. Neste contexto, entre o Direito e a Medicina existe uma íntima relação,

pois os atos praticados pelo profissional da Medicina incidem sobre o bem mais precioso do ser

humano - a vida -, tutelado por diversas normas jurídicas e assegurado na Constituição Federal de

1988. Por consequência, apesar da relação médico-paciente ser, em regra, uma obrigação de meio, e

não de resultado, o paciente, ou seus familiares, entendendo ter sofrido um dano por ação ou

omissão por parte do profissional médico, ou não ter alcançado a satisfação pretendida, poderá

acionar o Poder Judiciário para tutelar seus direitos e/ou reparar eventuais danos. É crescente, nos

Tribunais de nosso país, o número de ações de responsabilidade civil por não terem, os médicos,

proporcionado aos seus pacientes o resultado desejado, ou por não terem observado preceitos

jurídicos em determinadas ações diante de casos concretos, deparando-se com sanções civis, penais

e éticas. Não raro, isso reflete ausência de conhecimentos sobre aspectos legais que deveriam ser

respeitados na relação médico-paciente. Neste viés, apesar dos cursos de Medicina possuírem

disciplinas que, em conjunto, contribuem na formação global de seus discentes, é fundamental

proporcionar uma formação multidisciplinar com outras áreas. Assuntos como autonomia da

vontade, consentimento informado do paciente, dever de sigilo, prontuário médico, imprudência,

imperícia e negligência, danos iatrogênicos e opções religiosas do paciente, dentre outros, reclamam

conhecimento de normas jurídicas cíveis, penais e éticas. Esse conhecimento se prestará a

fundamentar ações e evitar dissabores futuros quando decisões forem questionadas diante dos

diversos direitos e deveres existentes na relação médico-paciente.

OBJETIVOS:

Trata-se de dissertação de mestrado profissional que tem por objetivo demonstrar a importância do

aprendizado de conhecimentos básicos em Direito, por acadêmicos dos Cursos de Medicina, sobre

diversos preceitos jurídicos e éticos que envolvem a relação médico-paciente.

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156 Evitar questionamentos judiciais ou perante os Conselhos de Classe de certas ações ou omissões,

por ausência de conhecimento e cumprimento de deveres legais.

METODOLOGIA:

Será feita revisão bibliográfica extensa sobre direito médico e assuntos afins, além de pesquisa de

campo, junto aos discentes do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda –

UniFOA, com questionário para levantamento de conhecimentos sobre questões atuais que

interligam a prática médica com o Direito.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA:

Pretende-se desenvolver, como produto de mestrado, um curso de extensão e/ou proposta de criação

pedagógica de tema transversal no currículo do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta

Redonda – UniFOA, sobre aspectos legais e éticos que disciplinam a relação médico-paciente.

CONCLUSÕES:

Pelo fato da atuação médica envolver bens jurídicos amplamente tutelados pelo Direito – vida

humana – e transcender conhecimentos técnicos e científicos, acreditamos que proporcionar noções

sobre aspectos legais e éticos da relação médico-paciente, aos graduandos de Medicina, venha ao

encontro de uma formação completa.

REFERÊNCIAS:

BARROS JÚNIOR, E. A. Código de ética Médica 2010: comentado e interpretado: (resolução

CFM 1.931/2009). 1. ed. São Paulo: 2011

DINIZ, M. H. O Estado Atual do Biodireito. 8. ed. rev. aum. e atual. São Paulo: Saraiva, 2011.

FRANÇA, G. V. de. Direito Médico. 10. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2010.

KFOURI NETO, M. Responsabilidade Civil do Médico. 7. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,

2010

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157

O Centro de Referência de Educação Ambiental De Resende – CREAR – no contexto de

nossos dias

Cláudia Luiza de Oliveira*1, Krishna Govinda Simpson2 1Secretaria Municipal de Educação de Resende – SME/EDUCAR

2Centro de Referência de Educação Ambiental de Resende- CREAR/EDUCAR

Palavras-chave: educação ambiental, projetos educacionais

INTRODUÇÃO

O Centro de Referência de Educação Ambiental de Resende (CREAR) foi instituído pelo Decreto

nº 045 de 04 de abril de 2000. A característica principal deste trabalho é a atuação de um professor

acompanhando e promovendo trabalhos de educação ambiental nas escolas, com suporte técnico

pedagógico da equipe de referência da Secretaria Municipal de Educação.

OBJETIVO

Elaborar e encaminhar as Diretrizes da Política Municipal de Educação Ambiental, promover a

Educação Ambiental Formal e Não Formal, fomentar, iniciar e encaminhar a Agenda 21 Local,

instituir a “Equipe Referência de Educação Ambiental” da Rede Municipal de Educação, elaborar

materiais estratégicos com enfoque pedagógico, voltados para a Educação Ambiental e ser um

ponto de referência com suporte teórico-científico nos temas relacionados à Educação e Meio

Ambiente.

METODOLOGIA

A metodologia aplicada do CREAR é a atuação nas escolas Municipais da Equipe de Referência,

formada por professores de diversas áreas do saber, que possuam afinidade com a temática

ambiental. Cada um desses professores recebe tempos extras (remuneração no salário) para a

realização de atividades de educação ambiental, as quais podem ocorrer no turno ou no contra-

turno. Ocorrem atividades como vídeo-aula, caminhadas ecológicas, plantio de mudas arbóreas

dentro da escola e no entorno desta, mutirões de limpeza, montagem de hortas e jardins, confecção

de composteiras para matéria orgânica, separação de resíduos sólidos, em orgânicos e inorgânicos,

campanhas de arrecadação de “pet” e demais recipientes plásticos, coleta de óleo de cozinha usado,

combate à dengue, com a realização de gincanas, palestras e passeatas, incentivo à economia de

água nos banheiros e refeitórios, entre outras. Atualmente os esforços estão voltados também para a

implantação da Agenda 21 Escolar em cada unidade, além de se aproveitar a reformulação dos

Projetos Políticos Pedagógicos de algumas escolas para inserir os objetivos e metas ambientais no

corpo de documento. O CREAR/SME conta com diversas parcerias: Viva Óleo, SOS4PATAS, INB

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158 (Indústrias Nucleares do Brasil), Harmonia Ambiental, Ampla, WSPA, Associação Educacional

Dom Bosco e diversas Secretarias de Resende.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

O principal resultado obtido pelo trabalho do CREAR é a continuidade das atividades dentro das

Escolas Municipais por ter se tornado um Decreto de Lei. As Escolas têm autonomia de elaborar os

projetos de acordo com a realidade local e com o diagnóstico do Projeto Político Pedagógico.

Alguns projetos de educação ambiental: coleta seletiva, turismo ecológico, horta escolar, projetos

pedagógicos com temas pré-determinados, Educação Humanitária em Bem Estar Animal,

compostagem de resíduos orgânicos, Projeto Aquecedor Solar de Baixo Custo, oficinas ecológicas e

formação continuada dos professores.

CONCLUSÃO

Este trabalho de educação ambiental é um processo contínuo que depende da continuidade, do

compromisso e envolvimento de toda comunidade escolar, e espera-se como resultado que o aluno

aprenda e pratique na escola, sendo multiplicador de ideias de modo a despertar para uma

consciência ambiental e ecológica, gerando assim a mudança de comportamento.

REFERÊNCIAS

Decreto de lei Municipal nº 045 de 04 de abril de 2000.

Lei 9.795 de 1999 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental

Lei de Diretrizes e Bases, 1966.

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159

O Enfoque CTS (Ciência - Tecnologia - Sociedade) e a Educação Ambiental – uma discussão

emergente

*Taís Conceição dos Santos1, Elienae Genésia Correa Pereira2

1 Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ 2 Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro – SME-RJ

Palavras-chave: CTS, Educação Ambiental e Ensino de Ciências

INTRODUÇÃO:

Atualmente vivemos em um mundo bastante influenciado pela ciência e pela tecnologia. Este

cenário tem levado a uma valorização de uma abordagem educacional que interligue os conteúdos

científicos aos aspectos políticos, econômicos, sociais e ambientais.

A proposição de um ensino de ciências que habilite o aluno a compreender a realidade ao seu redor,

de modo que o mesmo possa participar de forma crítica dos debates e decisões da sociedade na qual

o mesmo está inserido, é o foco do ensino CTS.

Esta perspectiva enfatiza a alfabetização científica da população e fornece subsídios para que o

ensino de ciências se torne relevante para os alunos. Desta forma, as disciplinas escolares além de

propiciar o conhecimento dos fenômenos da natureza devem desenvolver nos alunos a capacidade

dos mesmos assumirem posições em relação a problemas do mundo atual.

Os docentes têm um papel de destaque na implantação da Educação Ambiental na formação de

futuros cidadãos com uma conduta crítica face às questões socioambientais, além da formação de

uma cidadania ambiental que os mobilize para a questão da sustentabilidade. Dentro deste contexto,

incluem-se os problemas ambientais. Cabe ressaltar que Aikenheade foi um dos pioneiros em

integrar a dimensão ambiental ao movimento CTS (Farias e Freitas, 2007).

Sendo assim, este trabalho, fruto de um curso apresentado durante a Semana de Química em uma

Universidade Pública, se propôs a discutir com os alunos de graduação a inserção da temática

ambiental e do enfoque CTS na educação básica.

METODOLOGIA:

Para a execução deste trabalho primeiramente foi realizada uma conversa informal com o

coordenador do curso em questão com a finalidade de descobrir as necessidades dos alunos do

curso de graduação em Química desta Universidade. Diante das demandas optou-se por realizar um

mini-curso voltado para o enfoque CTS e a temática ambiental no campo educacional.

Page 162: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

160 Num segundo momento foi realizado um levantamento bibliográfico em literatura pertinente a área

de Ensino de Ciências buscando apresentar aos discentes um panorama do enfoque CTS e da

temática ambiental na educação desde seu surgimento até os dias atuais. Neste levantamento

buscou-se informações acerca do surgimento, dos objetivos, do desenvolvimento, da viabilidade;

além de exemplos de aulas pautadas nestas temáticas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Através deste trabalho pode-se evidenciar que a abordagem CTS ainda é muito pouco discutida nas

graduações, o que acaba por perpetuar o modelo de prática docente atual. Faz-se necessária uma

maior discussão destes temas para derrubarmos de vez a visão ingênua de progresso cientifico e

tecnológico, por parte dos futuros professores. Esta conclusão é alarmante, haja vista que as

licenciaturas estão diretamente envolvidas com a formação de novos docentes. Discutir de maneira

singela o enfoque CTS e a Educação Ambiental dificulta a inserção destas temáticas na prática

docente e dificulta a alfabetização científica dos alunos do nível básico.

As discussões geradas durante o curso permitiram uma maior reflexão por parte dos futuros

docentes em relação à temática ambiental e o enfoque CTS na educação.

CONCLUSÕES:

Para as autoras ficou evidente que a discussão a respeito da inserção da temática ambiental e do

enfoque CTS na educação está apenas no início. É indispensável que estes temas tenham um maior

espaço para debates ao longo da formação docente, de modo que os professores possam ter

ferramentas para promoverem mudanças significativas no ato de lecionar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AULER, D. Enfoque Ciência – Tecnologia – Sociedade: Pressupostos para o contexto brasileiro.

Ciência & Ensino, vol. 1, número especial, novembro de 2007.

SANTOS, W. L. P e MORTIMER, E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C-T-S

no contexto da educação brasileira. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, vol. 2, n. 2,

dezembro de 2002.

FARIAS, C. R. O e FREITAS, D. Educação ambiental e relações CTS: uma perspectiva

integradora. Ciência & Ensino, vol. 1, número especial, novembro 2007.

Page 163: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

161

O Ensino de Ciências e a Literatura Infantil

Paula Teixeira Araujo¹*, Luís Paulo de Carvalho Piassi 1,2

1 Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP – EACH - USP 2 Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP – EACH - USP

Palavras-chave: literatura infantil, alfabetização, ecologia, animais.

INTRODUÇÃO

Nas séries iniciais do Ensino Fundamental a preocupação com o processo de alfabetização – ler e

escrever – é sempre muito enfatizada em relação a outros aspectos da aprendizagem. Porém, outras

disciplinas poderiam ajudar neste processo visto que auxilia no desenvolvimento de habilidades

importantes para essa etapa.

Nesse sentido os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem o uso de literatura ligado ao ensino

de ciências “incentivo à leitura de livros infanto-juvenis sobre assuntos relacionados às ciências

naturais é uma prática que amplia os repertórios de conhecimentos da criança, tendo reflexos em

sua aprendizagem” (BRASIL, 1997, p. 81). Sendo assim, a utilização da literatura infantil voltada

ao ensino de ciências, pode se configurar como uma ferramenta útil para o desenvolvimento tanto

de alfabetização científica, quanto para o processo de aquisição do código - leitura e escrita.

OBJETIVOS

O objetivo desse trabalho consiste em verificar se o uso de literatura infantil com temas de ciências,

em uma atividade didática, pode contribuir tanto para o processo de alfabetização, quanto para o

despertar de noções de ciências.

METODOLOGIA

A estratégia utilizada para incorporar os livros de literatura infantil aos processos de ensino-

aprendizagem em sala de aula foi a elaboração e aplicação uma atividade a um grupo de 1º ano do

ensino fundamental – idade entre 6 e 7 anos, utilizando os livros “O Falcão bateu asas e voou”

(Maia, 1998) e “O passeio de Rosinha” (HUTCHINS, 2004) Nos dois casos, o foco central estava

em temas ligados à ecologia e aos animais, e o meio em que vivem.

A realização da atividade em grupo foi escolhida por proporcionar às crianças oportunidade de troca

de informações e o contato com diferentes compreensões a partir do livro apresentado. Segundo o

referencial da teoria sócio-histórica de Vigotski (2003) essa estratégia “funciona como meio de ação

na interação entre o parceiro mais capaz com outros”.

Page 164: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

162 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Após a leitura inicial realizada pelo grupo, de maneira autônoma, foram dirigidas algumas

perguntas problematizadoras, para verificar a compreensão dos alunos, referente aos temas de

ciências, como: habitat natural, extinção dos animais e cadeia alimentar.

Em relação ao habitat natural, verificou-se que as crianças compreendiam a importância de respeitar

a vida dos animais, para que os mesmos não corram o risco de serem extintos. Quanto à cadeia

alimentar, foi possível notar que os alunos, devido a identificação com os personagens, denotam

cunho sentimental ao fato de um animal querer, ou comer, o outro. Por meio da discussão dirigida,

os próprios alunos convenceram uns aos outros a necessidade de tal atitude, para sobrevivência das

espécies. Ambos os grupos se identificaram com a história, devido a presença de animais

conhecidos.

CONCLUSÕES

Com a aplicação dessa atividade, foi possível perceber que o livro infantil pode se configurar como

um estímulo não apenas ao interesse pela leitura, mas também à interação entre os alunos em torno

de temas de ciências.

REFERÊNCIAS

VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2003. MAIA, V. O

Falcão Bateu Asas e Voou. Coleção Fantasias Ecológicas. São Paulo: Difusão Cultural do Livro,

1998.

HUTCHINS, P. O Passeio de Rosinha. Coleção Crianças Criativas. São Paulo: Global, 2004.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências

Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.

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163

O Ensino em Ciências da Saúde na estratégia de Saúde da Família: metodologias aplicadas

para a capacitação de agentes comunitários

DIOGO, Mayara Athanázio*, ALVES, Marcelo Paraíso – UniFOA

Palavras-Chave: Ensino, Capacitação, Agente Comunitário, Saúde.

INTRODUÇÃO

A educação do Agente comunitário de saúde surge do reconhecimento da necessidade de

sistematizar e socializar os saberes fundamentais à formação desses profissionais, saberes estes que

transcendem o nível local e confrontam uma base comum ao trabalho. O presente projeto de

pesquisa busca como ponto de partida investigar o discurso dos Agentes Comunitários de Saúde

(ACS) dos Programas de Agentes Comunitários (PACS) e Estratégia de Saúde da Família de Angra

dos Reis, a respeito da forma como organizam suas atividades. A intenção é apreender, por

intermédio do discurso, as carências por parte dos agentes comunitários das competências

necessárias ao exercício profissional na interioridade dos PACS e ESF no referido município.

OBJETIVO

Compreender o papel do Agente Comunitário de Saúde (ACS) na Estratégia de Saúde da Família

(ESF) no município de Angra dos Reis, por intermédio de observação sistemática, propondo um

curso de capacitação e elaboração de um manual para tal segmento profissional.

METODOLOGIA

Como opção metodológica utilizar-se-á um estudo de característica exploratório de abordagem

qualitativa, o instrumento proposto para a produção dos dados será o questionário semi-estruturado

com questões abertas. Pretende-se com este estudo, partir das questões teórica, epistemológica e

metodológica, contribuir para a melhoria do ensino, da pesquisa e em decorrência da prática

profissional para desdobrar-se em duas direções complementares: primeiro, possibilitar aos

profissionais de saúde, principalmente aqueles envolvidos com atenção básica, um olhar que

compreenda a complexidade em seu entorno; segundo, sensibilizar e conscientizar as autoridades

competentes no que refere a necessidade imediata de capacitação dos Agentes Comunitários de

Saúde visto que, os agentes são a mola propulsora para a consolidação do Sistema Único de Saúde,

a organização e a prática regionalizada e hierarquizada de assistência, na estruturação dos distritos

sanitários.

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164 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

O presente projeto de pesquisa opta pela discussão das questões que influenciam o Ensino em

Ciências da Saúde na Estratégia de Saúde da Família, mais especificamente atravessado pelas

metodologias de capacitação dos Agentes Comunitários. Partindo desse pressuposto, as

competências dos ACS serão consideradas basilares para o desenvolvimento do produto a ser

gerado, um curso de capacitação que possibilite aos agentes comunitários as seguintes ações:

planejar, organizar ações, e posteriormente, ser capaz junto a equipe da ESF acompanhar e avaliar

seus resultados. Para tal procedimento é relevante ressaltar as seguintes questões norteadoras: O que

é ser Agente Comunitário de Saúde? Qual importância do ACS para o serviço de saúde e para

sociedade? Como o ACS organiza suas atribuições diárias?

Pretende-se com este estudo, partir de questões teóricas, epistemológicas e metodológicas,

contribuir para a melhoria do ensino, da pesquisa e em decorrência da prática profissional para

desdobrar-se em duas direções complementares: primeiro, possibilitando aos profissionais de saúde,

principalmente aqueles envolvidos com atenção básica, um olhar que compreenda a complexidade

em seu entorno; segundo, sensibilizar e conscientizar as autoridades competentes no que refere a

necessidade imediata de capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde, visto sua importância

para a consolidação do Sistema Único de Saúde, a organização e a prática regionalizada e

hierarquizada de assistência, na estruturação dos distritos sanitários. Enfim, o trabalho é concebido

como um princípio educativo na área do Ensino em Ciências da Saúde e na formação profissional

como um processo contínuo, no qual a pesquisa e o ensino se articulam com uma única finalidade: o

processo de trabalho permanente com qualidade.

REFERÊNCIA

MINAYO, M.C.S Pesquisa Social.Teoria Método e Criatividade 23º edição. Editora Vozes

Petropolis 2004.

MOROSINI, Márcia Valéria G.C..Modelos de atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro:

EPSJV/Fiocruz, 2007. 11p

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165

O ensino interdisciplinar entre Física e Matemática:

uma nova estratégia para minimizar o problema da falta dos conhecimentos matemáticos no

desenvolvimento do estudo de física

Willis Sudário de Lima Neto ¹*, Luiz Eduardo Silva Souza 2

1 Universidade do Grande Rio -UNIGRANRIO

2 Universidade do Grande Rio -UNIGRANRIO

Palavras-chave: ensino, interdisciplinaridade, Física.

INTRODUÇÃO

Durante o dia a dia de sala de aula observa-se uma situação muito preocupante em relação ao ensino

de Física e muitas razões influenciam nesses resultados. Neste trabalho tentamos contribuir para a

solução de um desses problemas, a falta dos conhecimentos matemáticos que influenciam

diretamente na não compreensão adequada dos conteúdos apresentados na disciplina de Física.

Muitas vezes esses conteúdos matemáticos são estudados nos anos finais do Ensino Fundamental e

quando o aluno chega ao Ensino Médio não se lembra mais desses conhecimentos que são de

fundamental importância para a compreensão e desenvolvimento do estudo da Física. Na maioria

dos casos o aluno também não tem onde relembrar estes conteúdos, pois seus livros se perderam.

OBJETIVOS

Neste trabalho propomos a aplicação de um material que apresentasse o conteúdo de Física ligado a

todo o embasamento matemático necessário ao desenvolvimento desse estudo. Buscou-se descobrir

se esse embasamento teórico, com toda a revisão de Matemática necessária ao estudo da Física,

faria com que o desempenho dos alunos em Física melhorasse, não apenas em relação às notas, mas

também em motivação e interesse pelo estudo das ciências.

METODOLOGIA

Foram utilizadas três turmas, uma turma A, onde o material proposto não foi aplicado e duas turmas

B e C onde foi aplicada a nova proposta para o ensino de Física no primeiro ano do ensino Médio.

A pesquisa se deu em três etapas: a primeira com a aplicação de um questionário para a avaliação

do público alvo; uma segunda etapa, onde o material foi aplicado e uma terceira, onde foram

avaliados os resultados obtidos pela aplicação do material. Nesta terceira etapa foram utilizadas

duas ferramentas de avaliação, um teste com três exercícios nos mesmos moldes dos aplicados na

aula e um questionário de avaliação da atividade.

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166 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Na primeira etapa da atividade foram percebidos vários fatos interessantes e que apóiam nosso

trabalho. Dentre estes cabem destacar que as três disciplinas que os alunos sentem mais dificuldades

são: Física, Matemática e Química, respectivamente. Oitenta e oito por cento declararam sentir

dificuldades na disciplina de Física.

Com relação ao seu processo de ensino/aprendizagem, setenta e três por cento dos alunos

consideram regular, ruim ou muito ruim. Enquanto setenta por cento dos entrevistados acreditam

que a maioria dessas dificuldades são consequencia da falta de conhecimentos matemáticos

adequados. Também declaram sentir dificuldades na resolução dos problemas de Física, assim

como, na interpretação dos exercícios.

Ao analisar o fato dos alunos possuírem algum material de Matemática que possa servir como apoio

para revisar conteúdos necessários ao estudo da Física, sessenta e um por cento dos alunos

declararam não possuir nenhum material do Ensino Fundamental, daí se justifica a importância do

material aqui proposto. Também se deve destacar que a maioria dos alunos declarou ter muita

vontade de adquirir o material, pois acreditam que uma das suas maiores deficiências no ensino de

Física seja a falta da Matemática e declaram que uma revisão poderia ajudar bastante, mas que

devido às suas condições financeiras esse material deve ter um preço acessível.

Na segunda etapa da atividade, os alunos se mostraram muito interessados e participativos e

declararam em vários momentos que a aula era bem diferente e se esta forma não poderia ser

repetida em outros momentos do ano. Deve-se destacar que muitos alunos quiseram ficar com o

material aplicado e até mesmo perguntaram se não poderiam reproduzir ou comprar, o que não foi

permitido, pois não queríamos que nenhum aluno das três turmas tivesse um contato maior com o

material do que os outros.

Na terceira etapa da atividade, os alunos foram submetidos a um teste de três questões no mesmo

formato de questões feitas em sala durante a aplicação da segunda etapa. Na turma A, onde o

material não foi aplicado, dos seis alunos avaliados apenas um aluno conseguiu resolver as três

questões, todos os outros apenas conseguiram montar a equação, porém sem conseguir resolvê-las.

Devemos destacar que estes cinco alunos, devido a uma troca de dados na terceira questão, não

conseguiram nem montar corretamente a equação.

Na turma B, um aluno acertou totalmente a primeira questão e quatro acertaram quase que

totalmente a questão, esquecendo apenas do segundo pedido da questão, em que era necessário apenas

somar o comprimento final. Na segunda questão três alunos acertaram totalmente e um parcialmente a

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167 questão. Já na terceira questão, nenhum aluno acertou a questão, todos apresentaram dificuldades de

mondar a equação devido à mudança dos dados do problema.

Na turma C, cinco alunos acertaram totalmente a questão e quatro acertaram parcialmente, o que

nos mostra que apenas um aluno não conseguiu fazer a questão. Na segunda questão, seis alunos

acertaram totalmente e um aluno acertou parcialmente a questão. Na terceira questão, ocorreu o

mesmo fato da turma B, nenhum aluno acertou a questão.

CONCLUSÕES

Foi observado que o desempenho dos alunos das turmas em que a nova estratégia e o material

foram usados foi melhor do que o dos alunos da turma em que não houve inovação na forma de se

ensinar. Portanto, os resultados obtidos mostram que um melhor embasamento matemático melhora

o desempenho dos alunos e pode facilitar muito a situação do professor que não precisará parar sua

aula para revisar esses conteúdos, pois eles já terão sido revisados anteriormente, permitindo que o

professor se preocupe somente com o ensino da Física.

REFERÊNCIAS

ALEGRO, Regina Célia. Conhecimento prévio e aprendizagem significativa de conceitos históricos

no ensino médio. Tese (Doutorado em Educação). UNESP, Marília, 2008.

ALVES, Raimunda F.; BRASILEIRO, Maria do Carmo E. ; BRITO, Suerde M. de O.

Interdisciplinaridade: Um conceito em construção. In: Episteme, Porto Alegre, n. 19, p. 139-

148, jul./dez. 2004.

FAZENDA, Ivani (Org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008.

FORTES, Clarissa Corrêa. INTERDISCIPLINARIDADE: ORIGEM, CONCEITO E VALOR.

Disponível em: www3.mg.senac.br/NR/rdonlyres/.../Interdisciplinaridade.pdf Acesso em

15/10/2010.

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168

O Ensino Médico Pediátrico no país e a necessidade de mudanças

Maria Valdília N. Torres, Ilda Cecilia Moreira, Rosane M.S. Meirelles

Programa de Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente – UNIFOA.

Palavras-chave: Ensino Médico Pediátrico; formação, prontuário médico.

INTRODUÇÃO

O presente resumo pretende mostrar a importância da aquisição e do desenvolvimento de

habilidades no Ensino Médico Pediátrico no Brasil. Nesse contexto, após análise acerca do

preenchimento e completude do prontuário médico pediátrico, de pacientes egressos, agendados

para primeira revisão pós-alta hospitalar nas Unidades Ambulatoriais da Rede do SUS, em parceria

com o UniFOA entre janeiro de 2006 a dezembro de 2008, ficou evidenciada a importância do

correto preenchimento do prontuário médico. Para sanar esse problema sugere-se a utilização de um

Manual que, uma vez implementado, pode permitir uma efetiva articulação entre as políticas de

saúde elaboradas e a educação, com vistas à formação de profissionais mais adequados às

necessidades da população a ser tratada e aos preceitos do Sistema Único de Saúde. (SUS)

METODOLOGIA

O método utilizado para o estudo foi de caráter descritivo e abordagem quantiqualitativa,

exploratória, com pesquisas de campo, comparativa, aleatória e bibliográfica. Foram selecionados

100 prontuários. Foi observado que 5% dos analisados não mencionavam os nomes completo dos

pacientes; 11% ignoravam dados referentes às mães dos pacientes; 47%, o nome do pai; 7% não

citavam a data do nascimento; 16% deixavam de citar o sexo do paciente; 3% não apresentavam

dados acerca do endereço e telefone do paciente. Também, quanto à anamnese, em 37% não havia

alusão à queixa principal; 24% não caracterizavam a doença 94% dos prontuários nada informavam

quanto a avaliações auditivas, visuais e orais; Com relação ao exame, apenas 22% dos prontuários

analisados apresentavam dados referentes ao estado geral, a nutrição e hidratação dos pacientes.

Quanto aos dados antropométricos dos pacientes, apenas em 28% dos prontuários examinados os

apresentavam; e 82% dos prontuários não faziam referência aos sinais vitais e 25% não traziam

registro de exame clinico. O diagnóstico foi corretamente registrado em 66% dos prontuários, assim

como o plano terapêutico foi em 64% dos prontuários, embora 34% prontuários não fizessem alusão

à prescrição realizada: 11%s não constavam carimbo do médico;10% sem assinatura e 44% nada

mencionassem acerca de encaminhamentos realizados a posteriori.

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169 DISCUSSÃO

O ensino, na graduação em Pediatria, deve fazer frente ao desafio e responder às modificações a que

foram submetidos os currículos médicos no País, na busca de formar um profissional médico

humanista, dotado de capacidade crítica e de poder de reflexão (BRASIL, 2002; PUGA;

BENGUIGUI, 2003; LESLIE et al., 2000). Dentre os problemas, a que o profissional deve

responder, emerge o preenchimento inadequado do Prontuário Médico Pediátrico (BRASIL, 2011).

CONCLUSÃO

A busca de alternativas para o Ensino Médico Pediátrico deve continuar, visando o aprimoramento

do ensino, a qualidade da formação profissional/pesquisa e o compromisso com os preceitos

constitucionais que informam o Sistema Único de Saúde. Nesse sentido, acredita-se que um Manual

de Preenchimento de Prontuário Médico Pediátrico pode ajudar na instrumentalização do

profissional para que ele enfrente os problemas mais comumente encontrados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PUGA, T.F.; BENGUIGUI, Y. Ensino de pediatria em escolas de medicina da América Latina.

Washington: OPAS; 2003.

LESLIE, L.; RAPPO, P.; ABELSON, H.; JENKINS, R.R.; SEWALL, S.R.; CHESNEY, R.W.;

MULVEY, H.J.; SIMON, J.L.; ALDEN, E.R.. Final report of the FOPE II education of pediatric

generalists of the future workgroup. Pediatrics, n. 106, p. 1175-98, 2000.

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170

O processo de aprendizagem de surdos

Livia Ferreira Vidal¹, Maria Auxiliadora Motta Barreto² 1,2 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

Palavras-chave: Aprendizagem, Surdos, Tecnologias adaptáveis.

INTRODUÇÃO:

É considerando a evolução de diversas concepções em torno do desenvolvimento humano que

somos capazes de colaborar com as práticas educativas que podem facilitar os processos de

aprendizagem. Isso se dá com as pessoas em geral, independente das classificações a elas

atribuídas.

A disseminação da informação baseada em tecnologias adaptáveis pode suprir necessidades

diversas. Para isso, é muito importante que ferramentas de ensino sejam utilizadas de forma

adequada, ou seja, como parte integrante do enfoque educacional. A tecnologia deve se adequar à

abordagem educacional, e não o contrário. (RIBEIRO, 2003). O uso dos recursos tecnológicos

educacionais estimula a percepção e oferece maiores possibilidades de exploração, quando

desafiadora para a criança, permitindo que o conhecimento adquirido reflita em seu comportamento.

No caso de pessoa deficiente auditiva, ela está, normalmente, em grande desvantagem e arrisca-se a

viver em condições de isolamento. Este não é causado pelo fato de ela ser surda, mas pelo fato de

que outras pessoas são acostumadas a ter relações rápidas através do código verbal. (GOTTI, 1992).

Para facilitar a adaptação num mundo em que a maioria ouve, o desenvolvimento de estratégias

educativas para os surdos se mostra como alternativa para diminuição das diferenças. A partir dessa

idéia, está sendo desenvolvido um produto de dissertação de mestrado que virá ao encontro da

proposta de aprimorar a aprendizagem de surdos.

OBJETIVOS:

- Auxiliar na ampliação do conhecimento de surdos.

- Criar um instrumento que torne pessoas surdas capazes de praticar a leitura, favorecendo o contato

com novas ferramentas, através do desenvolvimento de um produto com linguagem funcional.

- Facilitar a leitura de surdos, sem a necessidade de intérprete.

METODOLOGIA:

Revisão bibliográfica em artigos publicados em periódicos indexados e livros sobre o tema: surdez,

aprendizagem de surdos, aprendizagem, desenvolvimento de software educativo. Visitas a

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171 instituições especializadas em ensino para surdos e outras que inserem alunos surdos, mesmo não

sendo especializadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Está sendo desenvolvido um produto de dissertação que constituirá um software educacional

apresentado como um livro interativo. Nele o aluno seleciona um dos objetos existentes e cria uma

história sobre os assuntos disponíveis no ambiente.

Conforme aponta Larman (2003), o processo de desenvolvimento de um software tem como

principal objetivo contextualizar a análise e projeto dentro de uma metodologia de desenvolvimento

que define quem faz o que, quando e como, para atingir um certo alvo.

CONCLUSÕES:

O projeto ainda se encontra em desenvolvimento, mas acreditamos que uma proposta de

aprendizagem para surdos, que leves em conta as necessidades concretas de pessoas surdas,

favorecerá que os projetos político-pedagógicos não fiquem restritos à implantação de novas

práticas nas escolas, e efetivamente possam aprofundar e criar as condições necessárias para o

desenvolvimento da aprendizagem.

REFERÊNCIAS:

GOTTI, Marlene de Oliveira. Português para Deficiente Auditivo. Brasília, DF: Universidade de

Brasília, 1992.

LARMAN, C. Utilizando UML e Padrões: uma introdução à análise e projeto orientados a

objetos. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.

RIBEIRO, Angela; GRECA Ileana. Simulações computacionais e ferramentas de modelização em

educação química: uma revisão de literatura publicada, 2003.

VIANNA, P.M; RAMOS M. I; D’Ávila Márcia. Psicologia do desenvolvimento e da linguagem do Deficiente Auditivo. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2008.

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172

O uso de dinâmicas de grupo e aulas-passeio no ensino de ciências

*Elienae Genésia Corrêa Pereira1, *Taís Conceição dos Santos2 1Secretaria Municipal de Educação – SME/RJ

2Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ

Palavras-chave: Práticas pedagógicas, ensino de ciências, interdisciplinaridade.

INTRODUÇÃO

A escola atual deve estar sintonizada com a vida e com currículos abrangentes, proporcionando

experiências cognitivas, sociais, culturais e afetivas para que possibilite a formação global do

educando. Para Piaget (1977), o professor deve proporcionar ao aluno a descoberta e a elaboração

dos saberes através da participação ativa, exercendo o papel de mediador entre o conhecimento e o

aluno, de modo que favoreça a construção de sua aprendizagem em integração com o mundo. Freire

(1994), por sua vez, insiste no uso do diálogo entre professor e alunos e alunos entre si objetivando

de problematizar a realidade, admitindo uma pedagogia libertadora e humanista (e não humanitária)

e uma práxis (ação/reflexão). Neste sentido, as ações pedagógicas que serão abordadas – dinâmicas

de grupo, aula-passeio – proporcionam espaço para a ocorrência de um mapeamento ambiental e de

discussões em grupo, que irão assegurar ao aluno a captação dos significados socialmente

compartilhados em determinado contexto.

Alguns julgam que, para que ocorra aprendizagem, o aluno precisa estar sempre quieto. Contudo,

privilegiar a mente e relegar o corpo pode levar a uma aprendizagem empobrecida. Segundo Freinet

(1974), é preciso ver o homem como ser total e único que quer aprender de forma dinâmica,

prazerosa. Para o autor não podemos condenar a criança a ficar imóvel porque certamente

falharíamos e a prejudicaríamos. Desta forma, é importante que a produção de conhecimentos

contemple as inter-relações do meio natural com o social e a análise do papel dos diversos atores

envolvidos e determinantes do processo (JACOBI, 2003). Neste contexto, foi realizado um mini-

curso com o objetivo de disseminar e discutir o uso das dinâmicas de grupo e de aulas-passeio com

alunos de licenciatura em Química da UERJ, durante a Semana de Química.

METODOLOGIA

Após sondagem junto aos organizadores da Semana de Química da UERJ/2010 quanto às

necessidades dos alunos do curso de Licenciatura em Química, decidiu-se pela realização de um

mini-curso abordando metodologias facilitadoras do aprendizado significativo em Ciências. Assim,

baseando-se em referenciais teóricos relacionados à esta temática e em práticas pedagógicas e

pesquisas das autoras, elaborou-se seu planejamento e respectivas atividades, das quais incluía

Page 175: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

173 apresentação da temática e sua discussão, realização de algumas dinâmicas de grupo e descrição de

aulas-passeio realizadas com alunos do Ensino fundamental e discussão de seus resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Mediante este estudo pôde-se observar que o grupo, constituído por alunos do 5º-8º períodos,

apresentava dificuldades em articular a teoria com a prática pedagógica (mesmo aqueles que já

estavam estagiando), o que, segundo eles, era devido ao fato dos professores não os orientarem

efetivamente para a prática escolar, ministrando os conteúdos dissociados da atual problemática

escolar, além de também não conhecer as atividades propostas enquanto práticas pedagógicas, que

podem ser usadas nos variados episódios da prática de ensino (incentivação, atividade introdutória

ou de fixação e avaliação). Em contrapartida, as atividades realizadas no curso proporcionaram aos

sujeitos um espaço para esclarecimento e ampliação de suas percepções quanto à importância da

área de ensino de Ciências.

CONCLUSÕES

Neste estudo, concluiu-se que os sujeitos conseguiram rever seus conceitos, percebendo a

necessidade de repensar suas responsabilidades, tendo consciência de que seus atos poderão

interferir na sociedade enquanto profissionais de ensino, estando mais conscientes de seu papel. Em

contrapartida, ficou clara a necessidade de que se proporcionem mais oportunidades para alunos de

licenciatura de discutirem amplamente a realidade de uma sala de aula contribuindo para o

desenvolvimento de uma proposta de ensino de Ciências ampliada, concreta (inserida na realidade)

e contextualizadora.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREINET, C. Conselho aos pais. 2 ed. Lisboa: Estampa, 1974.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 23 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.

JACOBI, PR. Educação Ambiental, cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n. 118,

mar, p. 190-193, 2003.

PIAGET, J. Psicologia da inteligência. Rio de Janeiro: Zahar; 1977.

Page 176: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

174

Oficina de prevenção de acidentes na infância: a promoção da saúde no âmbito escolar

Alessandra Amorim Machado ¹, Angélica Cristina Monteiro ², Cecília Pereira Silva3*,

Cléa Ribeiro Nunes do Vale 4, Maria de Fátima Alves 5 1,2,3,4,5 Centro Universitário de Volta Redonda. UNIFOA.

Palavras-chave: oficina, acidentes na infância, prevenção de acidentes.

INTRODUÇÃO

Sabemos que os acidentes são situações inevitáveis, não desejadas pelas pessoas e até acreditamos

que nunca acontecerão conosco. Porém, quando enfrentamos um acidente podemos perceber que,

na maioria das vezes, ele poderia ser evitado.

À medida que se intensificam os métodos preventivos contra as doenças infecciosas mediante o

progresso das medidas de higiene e elevação do nível de vida dos povos, o mundo observa um

aumento importante da morbidade e mortalidade envolvendo crianças em acidentes. (SOUZA,

1999)

A prevenção consiste em antecipar os acontecimentos, evitando que algum dano aconteça, mediante

o exercício de cuidados físicos, materiais, emocionais e, mormente sociais, motivo pelo qual as

precauções se fazem necessárias, devendo ser compreendidas e praticadas pelas famílias. (SOUZA,

1999)

A prevenção deve ser abrangente, incluindo as ações dos profissionais de saúde e educação, dos

especialistas e dos responsáveis pela viabilização das estruturas socioeconômicas. (SOUZA, 1999)

A sociedade tem estabelecido redes de saberes e práticas. Os espaços de conexão têm se redobrado

à medida que o fluxo das informações e atividades se intensifica, em resposta à demanda crescente

de novos acordos sociais na vida dos povos. A Saúde, rediscutida nessa complexidade, abre-se à

realização de suas possibilidades e limites mediante a construção, contínua, de formas de olhar e

pontos de contato. (MALTA, 2007)

OBJETIVOS

Favorecer a promoção e adoção de comportamentos e ambientes seguros e saudáveis.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa, realizada em julho de 2011

na Escola Estadual Vila Maria no município de Barra Mansa, RJ. Os participantes eram alunos do

ensino fundamental, médio e seus professores. Foi realizada uma dinâmica de socialização com os

participantes, seguindo-se de explanação oral sobre o tema de prevenção de acidentes na infância.

Totalizados 14 participantes, divididos em três grupos que, ao final da apresentação, deveriam

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175 elaborar um modelo de “uma casa segura”, a partir de material de escritório disponibilizado. O

instrumento de avaliação foi relatório escrito respondido pelos participantes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

A oficina favoreceu a integração e participação de alunos e professores. Enfatizou a importância da

presença do Mestrado Profissional no contexto escolar. A Abordagem de um tema complexo com a

prevenção de acidentes na forma de oficina permitiu ao aluno construir representações complexas

para uma melhor compreensão do seu cotidiano.

CONCLUSÕES

A iniciativa de oficina permite abertura para criação de futuros espaços para o debate sobre

prevenção de acidentes na infância.

REFERÊNCIAS

MALTA, Deborah Carvalho; et al. Iniciativas de vigilância e prevenção de acidentes e volências no

contexto do Sistema único de Saúde (SUS). Epidemiologia e Serviços de saúde, 16 (1):45-55,

2007.

SOUZA, Luiza J.E.X; BARROSO, Maria G.T. Revisão Bibliográfica sobre acidentes com crianças.

V 33. Rev. Esc. Enfermagem USP, n 2. São Paulo, 1999.

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176

Oficina itinerante: espaço de construção de conhecimento

Alves-Oliveira, MFA¹*; Alves, FA²; Barreto, MAM³; Soares, RAR4; Vieira, VS5

1*, 2, 3, 4, 5 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

Palavras-chave: Estratégias de ensino, Oficina Itinerante, espaço de aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A preocupação com o meio ambiente e com a saúde está presente nos valores sociais, fazendo parte

do cotidiano dos estudantes e da população em geral. Na concepção de Costa et al (2001), tais

valores podem e devem ser trabalhados na escola com os alunos, porque eles necessitam interagir

na comunidade rompendo os limites físicos da sala de aula, levando consigo informações que

possam inserir no cotidiano tornando-se agentes de mudanças na família.

Para facilitar a aprendizagem em relação aos diferentes temas abordados no ensino de Ciências,

buscamos apresentá-los de um modo diferenciado da prática tradicional, uma vez que os critérios de

seleção de conteúdos adotados refletem demandas que se formam na sociedade ao longo dos anos,

assim como as políticas educacionais conduzidas no país (KRASILCHICK, 2000). No ensino de

Ciências a abordagem dos conteúdos precisa ser contextualizada e conectada ao cotidiano a ponto

de oferecer mais significado ao que se aprende (CARVALHO, 2004). Nesse contexto, buscamos

identificar a receptividade de uma Oficina Itinerante entre alunos e professores da Educação Básica.

METODOLOGIA

A 1ª Oficina Itinerante foi desenvolvida em uma escola pública do município de Barra Mansa, Rio

de Janeiro, com duração de duas horas e meia. Os Oficineiros foram os alunos do Mestrado

Profissional em Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente que construíram recursos didáticos,

a partir de alguns conteúdos trabalhados nas disciplinas. Os participantes das oficinas foram alguns

alunos e professores da Educação Básica de uma escola do interior do estado do Rio de Janeiro.

A Oficina se desmembrou em: Prevenção de acidentes na infância, Ressuscitação cardiopulmonar

no cotidiano e Educação ambiental: novos olhares, diferentes caminhos. A apresentação foi

simultânea em salas de aula distintas. Foram utilizados recursos áudio-visuais e, com participação

ativa dos alunos e professores da escola, desenvolveu-se a problematização da questão e suas

impressões sobre o assunto. Ao final da Oficina, os participantes responderam a um questionário e

apresentaram de forma lúdica o que haviam entendido do que foi apresentado. Para confecção dos

produtos foram ofertados materiais como: cola, lápis de cor, revistas para recorte, cartolinas, papel

pardo, etc. Foram disponibilizados 45 minutos para a conclusão da atividade, que foi apresentada

por dois relatores de cada grupo.

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177 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Todos participaram ativamente das Oficinas questionando os oficineiros e focaram nos seus

cartazes o que assimilaram durante a atividade. Nas suas falas se colocaram como responsáveis em

disseminar esse conhecimento na comunidade.

Em relação às respostas dadas nos questionários, a maioria relata que a oficina correspondeu às suas

expectativas “Porque eu não sabia muitas coisas e vocês me ensinaram”, “Aprender mais coisas

sobre o mundo em que vivemos hoje”, “Eu acho que de vez em quando poderia ter mais dessas

oficinas, pois elas são muito interessantes”. As oficinas pedagógicas em ensino de ciências da saúde

são momentos privilegiados de reflexão entre os participantes. Os temas científicos podem ser

explorados em atividades interativas e lúdicas, integrando docentes e discentes em espaços formais

e não formais que propiciem a aprendizagem.

CONCLUSÃO

A realização da Oficina Itinerante é uma experiência que possibilita aproximação do mestrando em

ensino de ciências da saúde e meio ambiente com a realidade das comunidades escolares,

proporcionando uma maior interação entre o mundo científico e acadêmico com a população.

REFERÊNCIAS

COSTA E.Q. et al. Programa de alimentação escolar: espaço de aprendizagem e produção de

conhecimento. Revista de Nutrição, Campinas, 14(3):225-229, set/dez, 2001.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa e cols. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São

Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino de Ciências. São Paulo em

Perspectiva, São Paulo, 14 (1), 2000.

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178

Oficinas de Ciências: interação entre o saber científico e o saber popular

Fonseca,MMA¹*; SILVA, E. A²; Braga, MS3;

Werneck, SMBV4; Costa, CRO5; Alves-Oliveira,MFA6

1,2,3,4,5,6 Centro Universitário de Volta Redonda- UNIFOA

Palavras-chave: oficina; ensino de ciências; acidentes na infância.

INTRODUÇÃO

Um problema quase crônico na educação é o distanciamento entre as questões teóricas e aquilo que

a realidade suscita (Charlot, 2010). As oficinas para o ensino de ciências da saúde podem ser uma

estratégia na tentativa de minimizar esse problema. A prevenção de acidentes na Infância foi

escolhida como tema devido à sua importância no cotidiano de uma comunidade, sendo a escola e o

professor atores no processo de orientação e divulgação do tema. Para elaboração desta estratégia

de ensino nos apoiamos na teoria de Aprendizagem Significativa de Ausubel, que ocorre quando a

nova informação relaciona-se com várias outras informações já presentes na estrutura cognitiva do

aluno (Moreira, 1998; Pelizzari, 2002). Mitre (2008) refere que “a aprendizagem que envolve a

auto-iniciativa, alcançando as dimensões afetivas e intelectuais, torna-se mais duradoura e sólida.”

Os objetivos deste trabalho são: sensibilizar alunos e professores da educação básica ao

engajamento na prevenção de acidentes na infância, através de uma oficina, espaço aberto para a

discussão e reflexão do tema, tornando-os multiplicadores dos processos educativos, identificando

os fatores de acidentes na infância e suas formas de prevenção.

METODOLOGIA

A Oficina sobre Acidentes na Infância foi realizada em uma escola pública do estado do Rio de

Janeiro. Os participantes foram alunos e professores da educação básica. A oficina constou de sete

etapas: 1.dinâmica onde foram ressaltados os sentimentos de medo, ansiedade, curiosidade,

responsabilidade, e relacionados aos prováveis sentimentos das crianças quando expostas ao perigo

ou às novas descobertas; 2.socialização de experiências e conhecimentos dos participantes sobre

acidentes na infância; 3.explanação sobre o tema com recursos visuais; 4.divisão de grupos de

trabalho para confecção de uma casa ou escola segura, a partir do conhecimento disseminado;

5.apresentação dos trabalhos pelos participantes; 6.dinâmica de encerramento com as conclusões de

cada grupo e posterior distribuição de folder sobre o tema; 7.Os participantes responderam a um

questionário avaliativo. Os dados estão sendo tabulados e analisados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Page 181: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

179 Ao final da Oficina os participantes produziram cartazes, ilustrados com recortes de revistas e

objetos que promovem os acidentes na infância. Abordaram os temas bullying e a segurança nas

escolas como uma responsabilidade social e política. A experiência extra-escolar foi trazida para as

discussões valorizando o conhecimento prévio dos participantes. E nas suas falas se colocam como

responsáveis em disseminar esse conhecimento na comunidade. Evidenciou-se um processo

dinâmico com interação entre o conhecimento prévio, saber popular e o conhecimento científico,

permitindo a modificação do saber.

CONCLUSÕES

A oficina para o ensino de ciências da saúde pode ser um momento privilegiado de reflexão pelos

participantes, devendo ser desenvolvido como prática. A realização de oficinas é uma experiência

que possibilita uma aproximação do mestrado profissional em ensino de ciências da saúde com a

realidade das comunidades escolares e proporciona uma maior interação entre o mundo científico e

a comunidade.

REFERÊNCIAS

CHARLOT, B. Desafios da educação na contemporaneidade: reflexões de um pesquisador.

Entrevista concedida a Teresa Cristina Rego e Lucia Emilia Nuevo Barreto Bruno. Educação e

Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. especial, p. 147-161, 2010 p. 150.

MOREIRA, M A. Aprendizagem significativa. Brasília: Ed. da UnB, 1998.

PELIZZARI, A; KRIEGL, M L; BARON, M P; FINCK, N T L; DOROCINSKI , SI. Teoria da

aprendizagem significativa segundo Ausubel. Revista do Programa de Educação Corporativa,

Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002.

MITRE, SM. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde:

debates atuais. Ciência e saúde coletiva. vol.13 suppl.2, Rio de Janeiro. Dec. 2008.

Page 182: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

180

Oficinas pedagógicas em microbiologia e biologia celular

Nayara Torres Cardoso2, Adilson Costa Filho1,2

1- Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente – UniFOA

2- Departamento de Ensino de Ciências e Biologia – DECB – IBRAG – UERJ

Palavras-chave: Inclusão, modelo didático, integração.

INTRODUÇÃO:

A ciência biológica consiste na fundamentação da experimentação e observação dos seres vivos e

de fenômenos naturais, porém para alunos cegos a compreensão de fenômenos naturais ou de

estruturas anatômicas de tamanho mensurado como micro ou microorganismos torna-se inviável

pelo uso único do discurso oral. Ao decorrer de uma aula sobre citologia ou microorganismos

causadores de patologias a preferência do professor regente tende a ser o uso do quadro negro unido

ao discurso oral, onde este apresenta o conteúdo aos alunos, o que para os alunos cegos torna a

aprendizagem e compreensão impossível, por este, que consiste no método tradicional de ensino,

visualização unida ao discurso oral. Para a integração deste é necessário que o professor utilize

recursos onde o aluno possa tocar o modelo destas estruturas ou microorganismos.

Com a utilização de recursos didático-pedagógicos, pensa-se em preencher as lacunas que o ensino

tradicionalmente geralmente deixa, e com isso, Além de expor o conteúdo de uma forma

diferenciada, fazer dos alunos participantes do processo de aprendizagem (Castoldi e Polinarski,

2009). A criação de modelos como recursos possibilita a integração dos alunos deficientes visuais e

compensa a infra-estrutura deficiente em recursos para a experimentação e observação de estruturas

observáveis apenas a microscópio óptico. Mediante Constituição da República Federativa do Brasil

o art. 206, inc. I que diz que todos devem ter acesso à educação de forma igual. E a lei de inclusão

dos alunos portadores de deficiências, alunos cegos podem estudar em escolas comuns. Sabe-se que

há um grande déficit na infra-estrutura na rede publica de ensino, o que torna aulas práticas para

alunos de saúde plena inviáveis, no entanto estas aulas de caráter observatório não poderiam

alcançar alunos cegos.

OBJETIVOS:

Proporcionar a um deficiente visual a possibilidade gerada por recursos didáticos de compreender

estruturas morfologicamente e em dimensão aproximada de células e bactérias.

Produzir material didático-pedagógico objetivando minimizar as carências encontradas pelo

profissional dentro da estrutura de ensino.

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181 METODOLOGIA:

Trata-se de uma pesquisa para produção de recursos didático-pedagógicos nas áreas de biologia

celular e microbiologia para a sala de aula em instituições publicas de ensino visando à integração

de alunos portadores de deficiência visual aos demais. Tem como instrumento de análise a

observação da compreensão dos alunos mediante ao material exposto, serão analisados caracteres

como: interesse, compreensão e fixação do conteúdo ministrado pelo professor. O trabalho

encontra-se em fase de confecção do material, e experimentação de materiais que melhor se

adéqüem a critérios estabelecidos, como segurança, custo ao professor e toxicidade. O processo de

montagem pretende antes de aplicar averiguar a aplicabilidade do modelo, para o uso em sala de

aula. Se este realmente pode ser esclarecer por consulta a alunos cegos.

PERSPECTIVAS FUTURAS:

Montar uma oficina pedagógica onde haja a interação do futuro professor com o portador de

deficiência, promovendo debates e a busca do aperfeiçoamento das técnicas. Tornando o

aprendizado dinâmico, com maior relevância para uma possível publicação. Aplicar as oficinas para

alunos graduandos e alunos do ensino médio, cada um enfocando um ponto do ensino.

REFERÊNCIA:

Castoldi R. Polianarski C. A.(2009) A utilização de recursos didáticos-pedagógicos na motivação

da aprendizagem. Ι simpósio Nacional de ensino e ciência e tecnologia. ISB: 978-85-7014-048-7

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, Centro

Gráfico (promulgada em 05/10/1988), 1988.

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182 Organização de prontuários: contribuições de profissionais de uma Unidade Saúde da Família

Maria de Fátima da Rocha Pinto1,2*, Eliz Regina de O. Silveira1, Rosimere H. Guedes1 1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

2Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda – SMS/VR

Palavras-chave: Saúde da Família. Processo de Trabalho. Prontuários.

INTRODUÇÃO

As atividades assistenciais representam a principal função e a mais valorizada pelos usuários na

Saúde da Família. Pode-se apontar com igual importância as funções de planejamento das ações, a

promoção e vigilância, o trabalho interdisciplinar em equipe, com destaque para a organização do

processo de trabalho e o registro das informações de saúde no prontuário dos usuários. (BRASIL,

2001).

Pela organização do processo de trabalho, profissionais de saúde se instrumentalizam pelos

protocolos que adotam, portanto apresentando maior autonomia nas funções que exercem, podendo

decidir sobre suas ações, exatamente no momento em que elas ocorrem e integradas ao trabalho em

equipe. (FRANCO et al, 1999).

Os prontuários representam importantes fontes de informação. Deve-se valorizar e dar credibilidade

a esse instrumento. São documentos construídos pela equipe multidisciplinar pelos registros de toda

a assistência prestada aos usuários por todos os profissionais. Também oferece segurança para todos

que se apropriam desse instrumento, seja em seu aspecto clínico como no aspecto legal.

Revendo a literatura, autores afirmam que na Saúde da Família: “Um dos requisitos fundamentais

do programa é o uso do prontuário familiar enquanto instrumento de trabalho, garantindo

informações e permitindo, de forma ágil o acesso às ações realizadas pela equipe de saúde”.

(PEREIRA et al, 2008).

O objetivo principal foi construir um roteiro para a organização de prontuários com base na

contribuição de profissionais de saúde e nas políticas que embasam o Sistema Único de Saúde

(SUS).

METODOLOGIA

Os dados foram obtidos por pesquisa descritiva com abordagem qualitativa e pesquisa – ação. O

instrumento de coleta de dados foi um questionário com quatro perguntas abertas. Os sujeitos foram

10 trabalhadores de saúde que compõem a equipe mínima de uma unidade Saúde da Família.

Page 185: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

183 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O estudo apreendeu cinco categorias de análise: Ordenar as informações do prontuário; Ordem

lógica e cronológica das anotações pelos profissionais; Continuidade no cuidado pela sequência dos

prontuários da família; Arquivar informações nos formulários; Falta de Padronização na ordem dos

prontuários. Os resultados mostraram que profissionais entendem a organização de prontuários e

apontam facilidades como: a continuidade no cuidado pela sequência dos prontuários por entender

que compõem a assistência e o cuidado ao usuário. Referem-se ao arquivamento e guarda de

informações, a facilidade no manuseio e o ganho de tempo como fatores contribuintes para a

organização dos prontuários. Identificaram uma dificuldade que se refere à falta de padronização na

ordem das informações e no mesmo momento afirmam que pode ser sanada com o envolvimento de

todos numa ação conjunta como a que se propuseram a fazer e fizeram com resultados positivos.

CONCLUSÃO

Sugerem que se construa um roteiro com a ordem proposta na reunião de equipe e se socialize para

todos os profissionais das demais unidades de saúde. A intenção do roteiro é favorecer a consulta

quando se fizer necessário, principalmente na chegada de novos componentes à equipe e

recomendam ainda que fique em local de fácil acesso.

Conclui-se que a organização dos prontuários beneficia tanto a equipe de profissionais de saúde

quanto os usuários, buscando desta forma possibilitar a compreensão das necessidades desses

profissionais em ter acesso a um prontuário organizado, facilitando o manuseio e o registro das

informações e a continuidade do cuidado. Recomenda-se uma auditoria semestral para manter a

organização dos prontuários.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia prático do Programa

Saúde da Família. Brasilia, Ministério da Saúde, 2001.

FRANCO, Túlio Batista; BUENO, Wanderlei Silva; MERHY, Emerson Elias. O acolhimento e os

processos de trabalho em saúde: o caso de Betim (MG). “Cadernos de Saúde Pública – N 15”,

ENSP – Rio de Janeiro, Junho de 1999.

PEREIRA ATS; NORONHA J; CORDEIRO H; DAIN S; PEREIRA TR; CUNHA FTS. O uso do

prontuário familiar como indicador de qualidade da atenção nas unidades básicas de saúde.

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24 Sup 1:S123-S133, 2008; Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/csp/v24s1/17.pdf.

Page 186: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

184

Perspectivas da pedagogia da Práxis no ensino de Física

Vera Lucia Lavrado Cupello Cajazeiras *¹ Cristina Novikoff2

1,2 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)

Palavras-chave: Ensino de Física, Pedagogia da Práxis, Tecnologias

INTRODUÇÃO

Apresenta-se o estudo de mestrado desenvolvido com a preocupação de apresentar outras

alternativas para o ensino de Ciências, buscando desenvolver o interesse do aluno pelo

conhecimento de Física e uma aprendizagem significativa crítica e, consequentemente a cidadania.

Esse é o caminho preconizado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e objetivado

nos PCNs de se alcançar uma educação escolar que assegure ao educando a formação indispensável

para o exercício da cidadania, além da qualificação para o trabalho e para a continuidade dos

estudos (BRASIL, 1996). Para percorrer tal caminho apresentamos alguns pontos de reflexão sobre

a Pedagogia da Práxis de Gadotti (2004), mediada pelas novas tecnologias, que nos darão o suporte

teórico necessário para uma aprendizagem significativa e crítica, que acreditamos ser a marca de

uma escola engajada na construção do conceito de cidadania.

OBJETIVOS

O objetivo principal foi compreender o papel da pedagogia da práxis, mediada por tecnologias de

informação e comunicação no ensino de Física, com foco na aprendizagem significativa crítica para

propor estratégias pedagógicas de ensino-aprendizagem, integrando o ensino de Física com a

questão da cidadania, de modo a despertar no aluno maior interesse pelo conhecimento. O produto é

CD-Rom de aulas.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada é de natureza quanti-qualitativa foi pautada nas dimensões Novikoff,

organizada didaticamente passando por cinco etapas: epistemológica, teórica, técnica, morfológica e

analítico-conclusiva (NOVIKOFF, 2010). Entre os procedimentos metodológicos adotamos como

instrumental de coleta de dados para os alunos: questionários, pré e pós-teste, auto-avaliação e para

o professor pesquisador: diário de observação.

A proposta pedagógica desenvolvida utilizou o conteúdo curricular de Física sugerido para o

primeiro bimestre no 1° ano do ensino médio, na perspectiva da práxis pedagógica, ou seja,

preparar os alunos para compreender o papel da ciência na sociedade, pensar criticamente, resolver

problemas, participar de debates e tomar decisões. Utilizamos alguns instrumentos tecnológicos

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185 (animações e vídeos do YouTube) como ferramenta pedagógica para desenvolver o projeto. A

amostra envolveu uma turma do 1° ano de uma escola estadual de ensino médio do turno da tarde,

formada por vinte e sete alunos de 14 a 16 anos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

A análise dos resultados, estruturada de acordo com os instrumentos de coleta de dados, possibilitou

estabelecer parâmetros de comparação entre o conhecimento prévio dos alunos antes da proposta

pedagógica e depois. O resultado do pré-teste evidencia que nenhuma das questões obteve acerto

superior a 40%. Já no pós-teste, após o desenvolvimento da proposta pedagógica, observou-se

acerto em 80% das questões, o que representa uma aprendizagem significativa do conteúdo mediada

por uma práxis pedagógica diferenciada e com utilização das novas tecnologias. Fato esse

confirmado na análise da auto-avaliação dos alunos.

Comparando todos os instrumentos utilizados, percebemos que apesar de mais de 95% dos alunos

informarem inicialmente no questionário que a disciplina era de difícil aprendizagem, a proposta

pedagógica desenvolvida proporcionou aprendizagem do conteúdo escolar, posicionamento crítico e

reflexivo diante de questões do mundo e da ciência e demonstração de interesse pelo estudo de

Física.

CONCLUSÕES

Ensinar para a cidadania é propiciar ao aluno condições para construção de seu próprio

conhecimento, fazendo suas próprias inferências, levantando hipóteses e tirando conclusões de

forma independente, além de analisar e interpretar informações veiculadas através dos diversos

meios de comunicação. Assim, a melhoria da educação está estreitamente ligada à reelaboração da

prática pedagógica.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei 9.394. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, dez.1996.

GADOTTI, M. Pedagogia da Práxis: A Escola Como Projeto Sócio-Cultural. São Paulo: Cortez,

2004.

MEC – Ministério da Educação; Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio; Brasília:

MEC/Secretaria de Educação Básica, 2000.

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186 Práticas corporais no Centro de Atenção Psicossocial CAPS Nossa Casa – Cartografia de uma

oficina terapêutica

CARVALHO, Maria Fernanda P. da S*; PARAISO ALVES, Marcelo

Centro Universitário UniFOA

Centro Universitário UniFOA/IFRJ – VR

Palavras-chave: Saúde Mental, Práticas Corporais, Qualidade de Vida, Prevenção.

INTRODUÇÃO

Com o advento da Reforma Psiquiátrica iniciada no Brasil no final da década de 70, o modelo de

atenção em saúde mental passou por significativas mudanças no que tange ao cuidado oferecido aos

portadores de transtornos mentais (Brasil, 2005). É neste contexto de busca por novos paradigmas

que surge a crítica ao modelo hospitalocêntrico pautado na doença e promotor de exclusão social,

caracterizado por retirar destas pessoas a possibilidade de ocupar diferentes espaços na sociedade.

Assim, novas práticas passam a compor o cenário do cuidado àquele que sofre, buscando a

desconstrução da lógica manicomial, além da criação de um novo lugar social para a loucura

(ALVES et al, 2009, p. 93).

De acordo com Alves (2009, p. 93), a reinserção social passa a ser o principal objetivo da Reforma

Psiquiátrica, na medida em que procura dar ao portador de transtorno psíquico a possibilidade do

exercício de sua cidadania, tendo em vista potencializar a rede de relações do sujeito.

No município de Barra do Pirai/RJ, em consonância com as atuais políticas públicas de saúde, o

Centro de Atenção Psicossocial CAPS Nossa Casa é um dispositivo extra-hospitalar de cuidados em

saúde mental, componente da rede de serviços sanitários do Sistema Único de Saúde - SUS, que

oferece assistência integral aos portadores de transtornos mentais graves. Neste sentido, busca

estender suas ações para a construção da cidadania e reinserção social pautadas no movimento da

Reforma Psiquiátrica, através da realização das oficinas terapêuticas.

Este estudo procura acompanhar a Oficina de Caminhada enquanto dispositivo terapêutico de

cuidado no território, além da promoção de práticas corporais diversificadas que contemplem

também a corporeidade destes usuários.

OBJETIVOS

- Compreender as experiências que emergem do Programa de Saúde Mental, por intermédio das

práticas corporais desenvolvidas no Caps Nossa Casa do município de Barra do Piraí;

Page 189: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

187 - Ampliar a discussão sobre os programas de saúde mental, trazendo a intervenção da Oficina de

Caminhada;

- Analisar os processos e melhorias na qualidade de vida dos sujeitos participantes da Oficina

enquanto um dispositivo que interfere no cuidado, a partir da inserção no território.

METODOLOGIA

O estudo centra suas investigações a partir do método cartográfico, fundamentada na obra de Giles

Deleuze e Felix Guatarri (1995), com o seu potencial voltado para a análise e acompanhamento da

Oficina de Caminhada do Centro de Atenção Psicossocial Nossa Casa, localizado em Barra do

Piraí/RJ. Como opção de instrumento para a produção dos dados utilizar-se-á o caderno de campo

na intenção de atuar na pesquisa com uma perspectiva de processualidade, a intenção é observar

sistematicamente os sujeitos envolvidos na caminhada na intenção apreender indícios e sinais de

mudanças comportamentais e melhorias na qualidade de vida dos usuários do CAPS Nossa Casa. A

referida opção metodológica busca apreender os conflitos e tensões que possam emergir no

processo, apreender os diálogos informais que possam auxiliar o estudo proposto.

REFERÊNCIAS

ALVES, Carlos Frederico de Oliveira et al. Uma breve história da reforma psiquiátrica. Revista

de Neurobiologia, v. 72 (1) p. 85-96, jan./mar., 2009.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Geral de Saúde

Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à

Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas.

OPAS. Brasília, novembro de 2005. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal

/arquivos/pdf/relatorio_15_anos_caracas.pdf.> Acesso em: 25 de abril de 2011.

DELEUZE, Gilles & Guattari,Félix. Mil Platôs. São Paulo. Editora 34, 1997.

Page 190: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

188

Prevalência de lesões dentárias traumáticas em indivíduos com Autismo

Rosiléa Chain Hartung Habibe *¹ ², Maria Teresa Botti Rodrigues dos Santos ²

¹ Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

² Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL

Palavras-chave: trauma dental, autismo, lesões dentárias traumáticas.

INTRODUÇÃO

As injúrias dentárias traumáticas constituem um problema de saúde pública que vem sendo

negligenciado (OLIVEIRA et al., 2007), apresentando-se com alta prevalência, especialmente em

populações jovens (SORIANO et al., 2004). Representam um sério problema, afetando muitos

aspectos da vida do paciente. A maioria dessas injúrias envolve dentes anteriores, comprometendo a

aparência, linguagem e mastigação (CALDAS; BURGOS, 2001).

Muito se tem estudado sobre a prevalência do trauma dental em crianças e adolescentes. Porém,

poucos estudos são encontrados na literatura descrevendo a prevalência de trauma dental em

indivíduos com necessidades especiais.

O autismo é considerado um distúrbio de desenvolvimento complexo, definido de um ponto de vista

comportamental, de etiologia desconhecida, com comprometimentos qualitativos na interação

social, linguagem e comportamento imaginativo. Apesar de muitos fatores influenciarem o risco

individual ao trauma dental, não há evidências suficientes que determinem se o autismo é um fator

de risco para injúrias traumáticas dentárias (ALTUN et al.,2010).

O presente trabalho é um projeto de pesquisa a ser desenvolvido no Programa de Doutorado da

UNICSUL, cujo objetivo é avaliar a prevalência de traumatismo dentário em crianças e

adolescentes com autismo e comparar os resultados com os encontrados de prevalência de trauma

dental em crianças e adolescentes não autistas.

METODOLOGIA

Serão analisadas crianças e adolescentes autistas e não autistas, de 0 a 17 anos, através de

questionário aos responsáveis e exame clínico visual, realizado por um único cirurgião-dentista

calibrado a identificar trauma nos tecidos dentários, com o auxílio de espátulas de madeira, espelho

e lanterna.

Por intermédio de questionário serão coletados, no caso do grupo de autistas (GA), os dados

pessoais, o diagnóstico médico, o uso de medicamentos, e a história de trauma dental. Para o grupo

controle (GC) serão coletados os dados pessoais e a história de trauma dental.

Page 191: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

189 Através de exame visual serão observados e registrados em fichas próprias os sinais de trauma

dentário nos dentes anteriores (4 incisivos superiores e 4 incisivos inferiores).

Os dados dos questionários e os registros clínicos obtidos pelo exame visual serão submetidos à

análise de distribuição de freqüência.

REFERÊNCIAS

ALTUN, C.; GUVEN, G.; YORBIK, O.; ACIKEL, C. Dental Injuries in Autistic Patients. Pediatr

Dent. v. 32 n. 4 p 343-6, 2010.

CALDAS JR, A. R.; BURGOS, M. E. A. A retrospective study of traumatic dental injuries in

Brazilian dental trauma clinic. Dental Traumatology. v. 17, n. 6, p. 250-3; 2001.

OLIVEIRA, L. B.; MARCENES, W.; ARDENGHI, T. M.; SHEIHAM, A.; BONECKER, M.

Traumatic dental injuries and associated factors among Brazilian preschool children. Dent

Traumatol. v. 23, n. 2, p. 76-81, 2007.

SORIANO, E. P.; CALDAS, A. F.Jr.; GOES, P. S. Risk factors related to traumatic dental injuries

in brazilian schoolchildren. Dent Traumatol. v. 20, n. 5, p 246-50, 2004.

Page 192: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

190

Principais propostas do novo Código Florestal Brasileiro: uma análise crítica

*Julio Rezende Mauricio Neto 1, David Vilas Boas Campos2, Felipe da Costa Brasil2.

Engenheiro Ambiental, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ. 1*

Docente do Curso Mestrado Profissional em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra,

Vassouras, RJ. 2

Palavras-chave: Lei 4771/65, APP, Degradação Ambiental.

INTRODUÇÃO

Desde o início das atividades busca-se a ocupação de maiores faixas de terras florestadas. Este fato

foi marcante na época da colonização portuguesa em nosso país, que gerou consequentemente um

grande impacto sobre a flora e fauna brasileira. Apenas no século XX, em 1934 foi criado o

primeiro Código Florestal brasileiro no governo de Getúlio Vargas, em plena expansão das

fronteiras agrícolas e da revolução industrial brasileira. Somente em 1965 foi sancionada a Lei

Federal 4771referente ao segundo Código Florestal que visou preencher as lacunas deixadas pelo

código anterior. Os processos de ocupação urbana-industrial-portuária e da expansão agrícola

brasileira (BRITO & SOUZA, 2005), também não foram compatíveis com as restrições de uso

previstas neste novo Código. O Deputado Federal Aldo Rebelo relator do Projeto de Lei Federal

1.876 de 1999, apresentou algumas propostas para revisão do código atual, que se tornou motivo de

intensas discordâncias, debates e polêmicas de pontos delicados do código de 1965, como as Áreas

de Preservação Permanente (APPs), a Reserva Legal, o Reflorestamento e a Anistia aos

desmatadores.

O objetivo geral deste trabalho foi avaliar os principais pontos positivos e negativos da proposta de

mudança do código florestal brasileiro em relação aos códigos florestais de 1934 e 1965.

METODOLOGIA

Este trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas e análise das informações atuais

produzidos pelo Congresso Nacional e a mídia popular. Foi traçado um comparativo dos pontos

evolutivos e retroativos em relação aos códigos existentes e a essa nova proposta do Deputado

Federal Aldo Rebelo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Em relação às APPs, essas áreas ficariam reduzidas a preservação de 15 metros em rios com largura

inferior a 10 m. Nas encostas será permitido o cultivo de algumas culturas e o pastoreio no topo dos

morros elevados (> 1.800 m). Para a Reserva Legal manterá os mesmos percentuais da legislação

atual, porém altera o cálculo da reserva legal dentro da propriedade. Antes as APPs eram somadas

Page 193: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

191 as reservas, na proposta a reserva legal já inclui as APPs, sendo assim será reduzido os percentuais

de preservação dos biomas. Em relação ao Reflorestamento cada medida varia de acordo com a

região do país (Norte de 50 a 100 hectares, Nordeste de 15 a 90 hectares, Centro-Oeste de 5 a 110

hectares, Sul de 5 a 40 hectares, Sudeste de 5 a 70 hectares) não precisam recompor a vegetação das

áreas de reserva legal exploradas, sendo assim, libera o produtor de recuperar a área desflorestada

por ele anteriormente e continuaríamos tendo clareiras abertas em nossas matas. Para a Anistia a

proposta prevê que quem desmatou as florestas de reservas legais até julho de 2008 fica livre de

multas e sanções. No dia 24 de maio de 2011 ocorreu a votação das propostas, com 410 votos a

favor, 63 contra e 1 abstenção quanto essas propostas. Agora o processo de votação seguiu para o

Senado, poderá retornar para os Deputados ou seguirá diretamente para a presidente que poderá

usar o seu veto para a reformulação do Código Florestal (Rezende, 2011).

CONCLUSÕES

O Código Florestal de 1965 ainda mais restritivo que o de 1934, não foi suficiente para a resolução

dos problemas Florestais no Brasil. Esta nova proposta poderá proporcionar um crescimento

econômico nas áreas de APP, além da redução das áreas de Reserva Legal. Estas alterações poderão

ser extremamente prejudiciais às áreas florestadas do país, com inúmeros prejuízos à ocupação das

áreas de APPs.

REFERÊNCIAS

BRITO, F. & SOUZA, J. Expansão urbana nas grandes metrópoles: o significado das migrações

intrametropolitanas e da mobilidade pendular na reprodução da pobreza. São Paulo Perspec., São

Paulo, v. 19, n. 4, p.48-63, out/dez, 2005.

REZENDE, J. Análise Critica da Proposta do Novo Código Florestal Brasileiro: Potencialidades e

Fragilidades. Vassouras: Universidade Severino Sombra, 2011. 37p.

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192

Problemas na aprendizagem de escolares devido a ruídos no ambiente de estudo

Luiz Fernando Ferreira dos Santos ¹

¹Graduando da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavra-chave: Ruído, Ambiente de estudo, Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, com a pavimentação de ruas, calçadas e construção de grandes edifícios cresceu a

preocupação com planejamento e análise de impactos ambientais das edificações, todavia a

qualidade acústica das vias e ambientes fechados não acompanhou este progresso, que agora é de

extrema relevância (Murgel, 2007). O presente trabalho visa identificar e classificar as fontes de

ruído em ambientes de aprendizagem, assim como analisar os efeitos das fontes de ruído sobre

educadores e alunos.

METODOLOGIA

Foi feita uma revisão bibliográfica das fontes relacionadas ao tema.

CONCEITOS SOBRE RUÍDO E AMBIENTES DE APRENDIZAGEM

Pode-se afirmar que o ruído é um som não harmônico de frequências e níveis de intensidade

variados (OITICICA, 2003). Assim o som de um instrumento é diferente do ranger de uma porta.

Nas escolas, entende-se que a principal fonte de sinal é a voz do professor e tudo que compete com

ela é classificado como ruído. Logo, este ambiente deve favorecer a oratória do professor para que o

mesmo não se desgaste ao exercer o seu trabalho. Por isso, entende-se que a inteligibilidade da fala

do professor deve ser próxima de ótima afim de não distorcer a mensagem. É interessante que o

tempo de reverberação seja baixo e o ambiente esteja bem isolado de ruído externo

(NASCIMENTO, 2009).

DESCONFORTO AUDITIVO/ PROBLEMAS AUDITIVOS

Em recentes estudos, comprovou-se que indivíduos têm alterado o grau de irritabilidade e

problemas auditivos quando expostos continuamente a ruídos de alto nível de intensidade sonora.

Este incômodo pode se manifestar em dores de cabeça ou em falta de concentração. Em algumas

situações, as exposições excessivas podem causar danos irreversíveis como, surdez parcial ou total

(NASCIMENTO, 2009).

DISCUSSÃO E RESULTADOS

Estudos recentes sobre a questão da poluição sonora em ambientes de aprendizagem diversos da

cidade do Rio de Janeiro têm mostrado que docentes e discentes estão sujeitos a altos níveis de

Page 195: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

193 pressão sonora, que podem ser prejudiciais às relações de ensino-aprendizagem em salas de aula e à

saúde e bem estar de profissionais de ensino e estudantes. (FRANCO, 2010).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando-se em conta as possíveis consequências fisiológicas, percebe-se que estes problemas

ocorrem mais frequentemente nos indivíduos inseridos nos ambientes com exposição intensa aos

altos níveis de intensidade sonora (NASCIMENTO, 2009). Logo, é preciso analisar melhor os

padrões destes ambientes, implantar medidas para identificar como os efeitos fisiológicos afetam o

desempenho destes sujeitos e propor as devidas medidas que minimizem o problema.

REFERÊNCIAS

MURGEL, Eduardo Fundamentos da Acústica Ambiental São Paulo: Editora SENAC São Paulo,

2007.

OITICICA, Maria Lúcia; Duarte, Elisabeth Albuquerque Cavalcanti; Silva, Luiz Bueno da Análise

da inteligibilidade da fala de uma sala de aula em situações diversas de climatização dentro do

contexto acústico In: VII ENCONRO NACIONAL SOBRE CONFORTO NO AMBIENTE

CONSTRUIDO III CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA SOBRE CONFORTO E

DESEMPENHO ENERGÉTICO DE EDIFICAÇÕES, Curitiba, PR, Brasil, 2003. p 479 - 486.

NASCIMENTO, Ludimila Souza A influência do ruído ambiental no desempenho de escolares

nos testes de padrão tonal de frequência e padrão tonal de duração, 2009, 193f. Monografia de

fim de curso título de graduação em fonoaudiologia. Universidade Federal de Minas Gerais,

Faculdade de Medicina, Belo Horizonte, 2009.

FRANCO, Wislanildo Oliveira Efeitos do ruído em ambientes de aprendizagem. Trabalho

parcial submetido a 62° Reunião anual SBPC, Natal, RN, Brasil, julho 2010.

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194 Procedimentos responsáveis em relação ao descarte de medicamentos no ambiente doméstico

SANTOS, Taís de Souza¹, SOARES, Rosana Aparecida Ravaglia1

1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

Palavras-chave: descarte final de medicamentos, meio ambiente, resíduos de medicamentos,

contaminação do meio ambiente.

INTRODUÇÃO

Segundo Rodrigues (2009) o Brasil junto com os Estados Unidos, França e Alemanha constituem os

maiores consumidores de medicamentos do mundo.

Esses mesmos medicamentos são descartados diariamente. De acordo com a ANVISA (2011) cerca

de 20% dos medicamentos adquiridos no Brasil são descartados de maneira inadequada. É um

material tóxico, também chamado de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), e, portanto, não deve

seguir o mesmo caminho do lixo comum. Tratar incorretamente esses resíduos, como depositá-los

em aterros comuns ou despachá-los pela rede de esgoto, pode ocasionar contaminação de solo,

lençóis freáticos, lagos, rios e represas, atingindo também a fauna e flora que participam do ciclo de

vida da região afetada.

De acordo com Resolução CONAMA nº 358/05, os resíduos oriundos da produção, formulação,

preparação e utilização de produtos farmacêuticos, bem como resíduos de medicamentos, estão

enquadrados como resíduos perigosos e devem ser tratados com a devida atenção. (RODRIGUES,

2009)

Os órgãos responsáveis e regulamentadores buscam estabelecer normas e programas para que o

destino desses materiais seja o mais adequado possível, minimizando os efeitos ao meio ambiente e

ao ser humano. Entretanto, a legislação é direcionada apenas para os estabelecimentos de saúde e

não engloba a população geral, não havendo coleta adequada por parte das prefeituras ou outros

órgãos específicos, evidenciando a ineficiência desta lei.

Como mostra a pesquisa realizada por SILVA (2005) 88% da população fazem uso de

medicamentos em casa; 83% despejam seu remédio vencido no lixo domiciliar comum, conhecido

como lixo sem nenhum tipo de tratamento; 58% sugerem uma coleta especial para os

medicamentos; quanto ao hábito de ler a bula 63% da população estudada o fazem e 30%

eventualmente. Ao perguntar ainda aos participantes se já foram orientados pela bula quanto ao

descarte deste produto, quando vencido, obtivemos e quase unânimes que 95% nunca foram

orientados pelas mesmas.

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195 À sociedade atribui-se uma parcela de responsabilidade, que diz respeito à vigilância da qualidade

dos medicamentos, o que inclui data de vencimento, aspecto do medicamento e integridade da

embalagem. Essa atenção se justifica pelo fato de que medicamentos em suas formas intactas

podem ser usados indevidamente, e mesmo que não utilizados por outras pessoas, ao serem

dispersos no ambiente podem se tornar disponíveis ao homem através da água, do solo, e do ar e,

consequentemente, causar impactos sobre a natureza e a saúde pública. (FALQUETO et al. 2010)

Diante do exposto entende-se que este estudo é relevante, pois permite que a população seja

informada sobre o correto destino que deve ser dado aos medicamentos para que, no futuro, estes

não venham a contaminar o meio ambiente. Sendo assim este trabalho tem como objetivo a

conscientização das pessoas em relação ao que deve ser feito com medicamentos que não serão

mais utilizados

METODOLOGIA

Com a população do UniFOA e entorno será feita uma pesquisa de caráter qualiquantitativa através da

aplicação de questionário, com duração aproximada de seis meses.

REFERÊNCIAS

ANVISA. Anvisa discute formas de regulação – Coleta de remédios vencidos. Disponível em:

<http://189.28.128.179:8080/descartemedicamentos/news/anvisa-discute-formas-de-regulacao>

Acesso em julho de 2011

FALQUETO, Elda; KLIGERMAN, Débora Cynamon; ASSUMPÇÃO, Rafaela Facchetti. Como

realizar o correto descarte de resíduos de medicamentos? Ciência & Saúde Coletiva, 15(Supl. 2)

:3283-3293, 2010. Disponível em: <www.aonp.org.br/fso/O_LEGAL _004.DOC > Acesso em

julho de 2011

RODRIGUES. Carla Regina Blanski. Aspectos legais e ambientais do descarte de resíduos de

medicamentos. Ponta Grossa. 2009. Disponível em: <http://www.pg.utfpr.edu.br/

dirppg/ppgep/dissertacoes/arquivos/121/Dissertacao.pdf> Acesso em julho de 2011

SILVA, Evelyn Ribeiro da. Problematizando o Descarte de Medicamentos Vencidos: para onde

destinar? - Rio de Janeiro – 2005. Disponível em:

<http://www.epsjv.fiocruz.br/beb/Monografias2005/evelyn.pdf > Acesso em julho de 2011

Page 198: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

196

Prova Brasil: sugestões metodológicas para a Rede Pública

Luiz Carlos Marinho da Silva *¹ Eline das Flores Victer2 Cristina Novikoff3

1,2,3 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)

Palavras-chave: Prova Brasil. Matemática. Análise de Erros. Prática Docente.

INTRODUÇÃO

Apesar da expansão do ensino fundamental, o sistema educacional brasileiro é afunilado,

apresentando altas taxas de retenção, revelando que o país ainda não conseguiu oferecer à

população o pleno acesso a todos os níveis de ensino. E, os estudos acadêmicos recentes e

avaliações formais sobre os sistemas educacionais brasileiros demonstram o fracasso do ensino

aprendizado de Matemática. Apesar de ser uma ferramenta fundamental para que o cidadão

desenvolva uma correta leitura do mundo que o cerca, e, isso “significa desenvolver a capacidade

do aluno para manejar situações reais, que se apresentam a cada momento, de maneira distinta”

(D’AMBROSIO, 1990, p. 16), a matemática exclui e retém mais alunos que as outras matérias.

Esse artigo é fruto de estudo de mestrado que foi desenvolvido com a preocupação e o propósito de

auxiliar os educadores em desvelar as implicações de uma educação matemática que parta de um

diagnóstico sério embasado sobre os erros, enquanto processo de ensino e aprendizagem.

OBJETIVOS

O objetivo principal foi estruturar um livreto sobre a Prova Brasil, adaptado aos professores para o

ensino de matemática. Partiu-se da análise quantitativa e qualitativa dos “erros” cometidos pelos

alunos na simulação da Prova Brasil, com a finalidade de propor estratégias para superar as

dificuldades de aprendizagem da matemática na educação básica.

METODOLOGIA

A pesquisa de abordagem mista (NOVIKOFF, 2010) apropriou-se de um Simulado de Matemática

da Prova Brasil disponibilizado pelo INEP/MEC, com o intuito de identificar, quantificar, analisar

e, de maneira interpretativa, bem como discutir os resultados apresentados pelos alunos nessa

avaliação, em especial os “erros”. Neste trabalho, foram adotadas as dimensões Novikoff (2010)

como caminho teórico-metodológico do pensar-fazer pesquisa científica. A pesquisa foi realizada

em 2009 junto a duzentos e cinquenta e sete alunos distribuídos em oito turmas de 9º ano do ensino

fundamental, matriculados em seis escolas da rede Pública Municipal de Duque de Caxias/RJ.

Enfim, A análise dos resultados obtidos foi estruturada a partir dos quatro temas presentes na Matriz

de Referência de Matemática para o 9º ano do Ensino Fundamental.

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197 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

De maneira mais didática, estruturamos a análise dos resultados a partir dos quatro temas presentes

na matriz de referência de Matemática para o 9º ano do ensino fundamental. Em termos percentuais,

o Simulado privilegia o Tema III (Números e Operações/ Álgebra e Funções) com

aproximadamente 61% dos itens. Em seguida temos o Tema I (Espaço e Forma) com cerca de 27%

dos itens. Os Temas II (Grandezas e Medidas) e IV (Tratamento da Informação) estão presentes em

apenas 4% e 8% dos itens, respectivamente. Essa distribuição embora pareça injusta, é proporcional

ao número de Descritores presentes em cada um dos Temas. Historicamente o ensino e a

aprendizagem de geometria representam um dos grandes fatores de dificuldade para professores e

alunos. Os itens relativos a esse Tema obtiveram uma média de 59% de distratores. O resultado só

não foi pior porque o Item 01 do Bloco 1 representou o Item com o maior percentual individual de

acerto (84,4%), o que acabou por diminuir essa média. Se desconsiderássemos esse Item,

elevaríamos o percentual de distratores para cerca de 67%. A análise dos resultados mostrou

claramente a dificuldade dos alunos com questões relativas à geometria. A ausência de visão

espacial, de conceitos e propriedades elementares ficou evidenciada através dos resultados obtidos

pela pesquisa.

CONCLUSÕES

Observou-se o baixo desempenho dos estudantes no Tema I (Espaço e Forma) e Tema II

(Grandezas e Medidas), o que nos mostrou claramente a dificuldade dos alunos com questões

relativas à geometria, evidenciando a ausência de visão espacial, do domínio de conceitos e

propriedades geométricas elementares. Partindo desses dados nos foi possível ampliar a discussão

teórico-epistemológica sobre a educação matemática e indicar estratégias de ensino que auxiliem os

professores de Matemática no desenvolvimento de suas reflexões sobre o cotidiano em sala de aula.

REFERÊNCIAS

D'AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática – elo entre as tradições e a modernidade. São Paulo,

Brasil: Ática, 1990.

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198 Reabilitação cardiorrespiratória: Orientações para pratica de atividade física com supervisão

indireta

Angélica Cristina Teixeira Monteiro ¹ *, Fabio Alves Aguiar 1

1- Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA

Palavras-chave: reabilitação cardíaca, atividade física, eficiência, saúde.

INTRODUÇÃO

A diretriz de reabilitação cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC, 2005) descreve a

reabilitação cardíaca como o somatório das atividades necessárias para garantir aos pacientes

portadores de cardiopatia as melhores condições física, mental e social, de forma que eles

consigam, pelo seu próprio esforço, reconquistar uma posição normal na comunidade e levar uma

vida ativa e produtiva. Esta mesma diretriz recomenda a estratificação de risco e a medida da

capacidade aeróbica antecedendo a prescrição da reabilitação cardíaca, pois, apesar dos benefícios

da atividade física regular no sistema cardiovascular, durante a pratica de exercício físico intenso, o

risco relativo de eventos cardiovasculares é maior que em atividades habituais.

No Brasil existe escassez de centros estruturados para reabilitação cardíaca com supervisão médica

para os pacientes de maior risco, o que gera grande demanda reprimida de pacientes crônicos

estáveis (SBC, 2006). Deve-se, portanto, considerar a possibilidade de que a reabilitação cardíaca

seja aplicada por meio de programa de reabilitação não supervisionada, ou de supervisão indireta,

onde a prescrição individualizada de exercícios pelo médico responsável é preservada, mas com

acompanhamento, através de protocolos de atendimento, por profissionais da área de treinamento

físico (professores de educação física e/ou fisioterapeutas). Esta prática bem orientada reduzirá

riscos e aumentará benefícios.

Este estudo pretende avaliar se profissionais de educação física estão sendo formados para integrar

uma equipe multidisciplinar de um programa de reabilitação cardíaca e orientar as atividades dos

mesmos em programas de exercício sem supervisão médica direta, mas mantendo eficiência,

eficácia e segurança necessários nos programas de exercícios em portadores de doenças

cardiovasculares.

OBJETIVOS

Orientar profissionais de saúde e educadores físicos na prescrição de atividade física para

portadores de doenças cardiovasculares.

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199 Discutir a importância da execução orientada da atividade física em portadores de doença crônica

na Unidade de Atenção Básica do Programa Saúde da Família.

METODOLOGIA

Para alcançar os objetivos, pretende-se aplicar questionário de questões fechadas a alunos do curso

de Educação Física do UniFoa e, analisar os dados baseados no estado da arte a cerca do tema .

DISCUSSÃO TEÓRICA

De acordo com Araújo (2004) dados indicam uma redução de 20% a 30% na mortalidade de

pessoas que participam de programas formais de reabilitação cardiovascular.

É importante destacar o caráter multiprofissional que deve ter um programa de reabilitação

cardiovascular, para que esse possa exercer influência positiva em várias esferas da vida do

paciente. Neste estudo o enfoque é a atuação do profissional de Educação Física no processo de

reabilitação cardiovascular com ênfase no exercício.

CONCLUSÕES

Os programas de reabilitação cardiovascular com ênfase em exercícios físicos são importantes

formas de controle das Doenças cardiovasculares, apresentam bom custo efetividade, e podem ser

expandidos com segurança de maneira a ampliar seus benefícios.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Claudio Gil Soares de (Ed.). Normatização dos equipamentos e técnicas da reabilitação

cardiovascular supervisionada. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo, Nov. 2004. v. 83.

n. 5.

Diretriz de Reabilitação Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Arq. Bras.

Cardiol., São Paulo, v. 84, n. 5, May 2005 .

Diretriz de reabilitação cardiopulmonar e metabólica: aspectos práticos e responsabilidades (SBC).

Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 86, n. 1, Jan. 2006.

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200

Relação entre o Jornalismo e a Educação Ambiental

Angélica Aparecida Silva Arieira1, Cristina Novikoff1,2 1 Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA)

2 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)

Palavras-chave: Divulgação, Ciência, Jornalismo.

INTRODUÇÃO

O estudo trata da relação entre o Jornalismo e a Educação Ambiental (EA), considerando as

problemáticas da divulgação desta área. Embora haja no Brasil uma crescente produção de trabalhos

científicos, segundo Moreira (2006), há pouca aplicabilidade e divulgação dos mesmos. Após

verificação junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES, 2000 a

2010), percebeu-se a ausência de estudos sobre o tema em questão, o que reflete o valor desta

pesquisa no Mestrado em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente (MECSMA), em

especial na linha de pesquisa: “Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente”.

Vê-se que os meios de divulgação propostos ainda estão aquém da necessidade da academia e de

quem usufrui de sua produção da EA, tanto de conhecimento, quanto de tecnologias, pois estes

meios, quando existem, são excludentes, ora pelo acesso, ora pela linguagem que apresentam.

Propõe-se, por tanto, analisar a criação de um programa de TV que seja capaz de levar o estudo,

práticas e tecnologias acerca da EA. Pretende-se delinear um produto de natureza transdisciplinar,

onde o Jornalismo se articulará com o Meio Ambiente para tratar de práticas que envolvam o ensino

e recursos didáticos e tecnológicos da EA. Enfim, a proposta de estudo é implementar esta

ferramenta de divulgação no UniFOA.

OBJETIVO

- Discutir a relação entre o jornalismo e a EA com a finalidade de criar um programa televisivo no

UniFOA, de modo a divulgar os conhecimentos e tecnologias voltados tanto para a academia

quanto para as escolas de Ensino Fundamental.

METODOLOGIA

Pesquisa de campo de natureza quanti-quali (NOVIKOFF, 2010), será criado um programa de TV,

com três eixos (Desastres, Entrevistas e Ações Educativas) para experimento qualitativo com os

professores e mestrandos do UniFOA e professores de escolas de Ensino Fundamental de Volta

Redonda. A escolha destas pessoas decorre de que são estes os sujeitos, em especial, que deveriam

desenvolver os conhecimentos científicos gerados no UniFOA; em segundo pela necessidade de

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201 transmissão de conhecimento acerca da EA. A pesquisa será feira no Campus Três Poços, no

período de dois meses e com 30 pessoas, que avaliarão o programa como ferramenta de EA.

DISCUSSÃO TEÓRICA

Glaci T. Zancan (2000) em seu artigo sobre a educação científica, assinala que é necessário

expandir a atividade prática científica e fazer com ela seja percebida e absolvida por mais pessoas e

não apenas elitizá-las. A criação de um veículo de comunicação, por tanto, com técnicas

jornalísticas teria como deixar as produções de EA mais interessantes, não só para pesquisadores ou

quem já está em cursos de pós-graduação, mas para quem poderá, futuramente, se interessar pela

pesquisa, a exemplo de alunos da Educação Fundamental. E, deste modo, democratizar a EA como

Zancan (apud Unesco, 2000), aponta, ou seja, que a ciência não é distribuída entre todos como

deveria, ora por falta de incentivo, ora por falta de interesse.

REFERÊNCIAS

MOREIRA, Ildeu de Castro. A inclusão social e a popularização da ciência e tecnologia no Brasil.

Inclusão Social, Vol. 1, No 2 (2006). Disponível em:

<http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao/article/view/29/50> Acesso em: julho de 2011.

novikoff, Cristina. “Dimensões Novikoff: um constructo para o ensino-aprendizado da

pesquisa”. ROCHA, José Geraldo e NOVIKOFF (orgs.). – Rio de Janeiro: Espalhafato

Comunicação, 2010.

ZANCAN, GLACI T.. Educação científica: uma prioridade nacional. São Paulo Perspec.

[online]. 2000, vol.14, n.3, pp. 3-7. ISSN 0102-8839. doi: 10.1590/S0102-88392000000300002.

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202

Rotulagem de alimentos: decifrando termos técnicos

Paula Alves Leoni1, Vanessa de Souza Castro1, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2 1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave: Rotulagem de alimentos, termos técnicos, nutrição.

INTRODUÇÃO

De acordo com a definição da ANVISA (RDC n°259/02), rotulagem “é toda inscrição, legenda,

imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica, escrita, estampada, gravada, gravada em relevo ou

litografada ou colada sobre a embalagem do alimento”, com isso entende-se que o rótulo é a forma

de comunicação entre o produto e o consumidor.

A rotulagem dos alimentos tem como principal função orientar o consumidor sobre a qualidade e

sobre a quantidade dos constituintes nutricionais dos produtos para que estes possam fazer as

melhores escolhas quanto à uma alimentação saudável. (CÂMARA et al.,2008)

Dados do Ministério da Saúde apontam que muitas pessoas tem o hábito de ler os rótulos dos

alimentos, mas que a grande maioria não entende seu significado visto que muitos termos usados na

rotulagem são técnicos e que a população em geral desconhece (Manual do consumidor – ANVISA,

2005)

Desta forma o objetivo desta pesquisa é fazer um levantamento dos produtos mais consumidos pela

população em geral, fazendo uma comparação com a legislação vigente e formulando um glossário

com os termos técnicos encontrados para posterior utilização em espaços formais e não-formais de

ensino.

METODOLOGIA

Foram coletados dados contidos nos rótulos de 48 produtos nos supermercados da cidade de Volta

Redonda RJ e em sites dos fabricantes de alguns destes produtos. Esses dados foram comparados

com a legislação vigente. Posteriormente será publicado um glossário com alguns termos

encontrados nesses rótulos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos ainda não foram totalmente conclusivos, pois a pesquisa se encontra em

andamento. As análises feitas até o momento permitem identificar a diferença entre a legislação

vigente e o que realmente é posto em prática nas embalagens de acordo com a regulamentação dos

rótulos de alimentos e bebidas.

Page 205: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

203 Sob tais condições, os rótulos avaliados, freqüentemente apresentam informações que podem causar

dúvidas dispondo de termos técnicos que não satisfazem o conhecimento do consumidor em relação

ao produto, além de levar consumidores vulneráveis como diabéticos, hipertensos, e outros que

necessitam de cuidados na alimentação ao engano e colocar a saúde dos mesmos em risco.

CONCLUSÃO

O curso de nutrição possui uma disciplina sobre a importância da compreensão dos rótulos, tanto no

que diz respeito à lista dos ingredientes como na rotulagem nutricional obrigatória., pois essas

informações muitas vezes influenciam o consumidor na hora da compra. Sob esse ponto, de vista a

principal conclusão que chegamos até o momento é que é preciso haver uma maior fiscalização das

autoridades competentes quanto à aplicação da legislação sobre a rotulagem e uma clareza nas

informações contidas nos rótulos para melhor compreensão por parte dos consumidores. Diante

disso, acredita-se que o glossário em elaboração será útil para discentes de cursos de nutrição e

áreas afins, e também para o público em geral.

REFERÊNCIAS

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº259, de 20 de setembro

de 2002. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/

connect/36bf398047457db389d8dd3fbc4c6735/RDC_259.pdf?MOD=AJPERES > Acesso em abr

de 2011.

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Orientação aos consumidores.

Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/

662e6700474587f39179d53fbc4c6735/manual_consumidor.pdf?MOD=AJPERES> Acesso em abr

de 2011.

CÂMARA, Maria Clara Coelho; et al. A produção acadêmica sobre rotulagem de alimentos no

Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública vol.23 nº1. Washington, 2008. Disponível em: <

http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1020-49892008000100007

&lng=pt&nrm=iso> Acesso em abr de 2011.

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204

Saúde do idoso: o profissional de saúde na atenção primária e a medicina humanizada

BAYLÃO, A. G. do P.¹*, FONSECA, M. M. A.², ESCADA, D. A. B.³, RODRIGUES, M. L. A.4 &

ALVES - OLIVEIRA, M. F.5

¹,2,3,4,5Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda – Centro Universitário de Volta Redonda

(ECMVR/ FOA – UNIFOA) 5Fundação Oswaldo Cruz (IOC/ FIOCRUZ)

INTRODUÇÃO:

O Envelhecimento é um processo natural, inerente a qualquer ser humano influenciado por

condições sócio-econômicas, geográficas, habitacionais, discriminação/ exclusão associadas a

gênero e etnia (BRASIL, 2006). E o conceito de saúde da pessoa idosa é a interação entre a saúde

física, a saúde mental, a independência financeira, a capacidade funcional e o suporte social

(RAMOS, 2002).

No entanto, a realidade da atenção aos idosos no Brasil é problemática em virtude da incorporação

de um número crescente de idosos na população geral, cerca de 650 mil/ano e, por conseguinte

aumento do número de doenças e/ ou agravos crônico-degenerativos (IBGE, 2000). Isso traz

impacto no sistema de saúde, com necessidade de mais recursos e profissionais para atuar por mais

tempo, isto é, uma elevação dos custos de atendimento pelo sistema público e complementar.

Segundo Stewart e colaboradores (2010), muito mais do que valorizar a doença do indivíduo é

preciso valorizar a “experiência da doença”, ter empatia e compaixão pelo outro - “sentir o

sofrimento, angústias, medos e preocupações” deste. Na medicina centrada na pessoa a prática do

profissional deve levar em consideração a perspectiva do sujeito que procura atendimento, suas

expectativas, angústias e perdas funcionais. Tendo o idoso, dentro do seu contexto sócio-cultural,

como foco do cuidado deve-se pensar em processos de qualificação dos trabalhadores da saúde que

tenham como referência as necessidades de saúde desses sujeitos.

O nosso trabalho tem como objetivo desenvolver material para a educação continuada e permanente

para os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), sobre atenção à saúde do idoso baseado

nos princípios da medicina centrada na pessoa.

METODOLOGIA:

Foi elaborado e aplicado um questionário para os profissionais de saúde da Estratégia Saúde da

Família (ESF) do município de Pinheiral, Rio de Janeiro (RJ), inquirindo sobre sua formação e

atualização em atenção à saúde do idoso. Os dados estão sendo tabulados utilizando-se o Sistema

Google Docs.

Page 207: II Simpósio MECSMAsites.unifoa.edu.br/praxis/numeros/simposio/II... · comunidade escolar e de seu entorno. METODOLOGIA A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das

205 RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Os resultados preliminares de dezoito (18) questionários evidenciam: 50% dos profissionais tiveram

na graduação, aulas sobre abordagem e avaliação propedêutica do idoso; 50% fazem a avaliação

funcional do idoso; 94% sentem necessidade de informações sobre a saúde do idoso; 78% sentem

necessidade de um instrumento que permita melhorar sua prática com relação ao atendimento ao

idoso; 24% não conhecem instrumentos de avaliação funcional do idoso; 72% não conhecem o

caderno do Ministério da Saúde sobre saúde do idoso e apenas 2% o utilizam na sua prática com

idosos; as referências sobre um material educacional para suporte na sua prática cotidiana são de

47,82% para cartilhas e 30,43% para DVD.

CONCLUSÃO:

Os profissionais sentem necessidade de maiores informações, atualizando seus conhecimentos sobre

a saúde do idoso e de um instrumento que os instrumentalize para melhorar sua prática. Praticando-

se uma abordagem humana, consegue-se maior credibilidade ao sistema de saúde, maior a adesão a

terapêutica adequada proposta, menor risco de complicações, redução significativa dos custos e,

sobretudo melhoria da qualidade de vida dos indivíduos idosos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de saúde da pessoa idosa. Brasília (DF). 2006. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf. (Acesso em Março de 2011). Brasil. IBGE. http://www.ibge.gov.br/censo/ (Acesso em Março de 2011). Ramos, L. R. - Epidemiologia do envelhecimento in: Tratado de Geriatria e Gerontologia, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro (RJ), 2002. Cap. 7, p. 72 - 78. Stewart, M & et al. – Medicina Centrada na Pessoa, Transformando o Método Clínico, 2ª. Edição, Editora Artmed, Porto Alegre (RS), 2010.

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206

Sustentabilidade e práticas profissionais

Luciana Sessa¹*, Maria Auxiliadora Motta Barreto,2

1,2 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

Palavras-chave: Meio Ambiente, Práticas Profissionais, Sustentabilidade, Distribuição de

Medicamentos

INTRODUÇÃO

Este trabalho parte de estudos existentes sobre os efeitos do comportamento das pessoas sobre o

meio ambiente, que comprovadamente está relacionado ao uso indevido dos recursos renováveis e

não renováveis.

Recentemente, algumas pesquisas investigaram um grupo específico de compostos químicos

presentes no meio ambiente que são responsáveis por causar perturbações no sistema endócrino

(hormonal) de organismos humanos e animais: são os chamados perturbadores endócrinos. Dentre

esse grupo de substâncias estão os estrogênios naturais e contraceptivos. Alguns autores relatam

que, dependendo da dose e do tempo de exposição, é possível que essas substâncias estejam

relacionadas com doenças como câncer de mama, testicular e de próstata, ovários policísticos e

redução da fertilidade masculina (BILA e DEZOTI, 2003).

Embora não existam normas ou leis que fiscalizem e orientem a forma adequada do descarte de

medicamentos para distribuidoras e farmácias, acreditamos que através da informação divulgada

por uma estratégia adequada se obtenha uma valiosa ferramenta de influência positiva para o

comportamento sustentável de profissionais dessa área, que poderão agir diretamente na melhoria

da qualidade do meio ambiente.

OBJETIVO

Desenvolver uma abordagem que proporcione um entendimento significativo de profissionais de

distribuição de medicamentos em relação ao ensino de Meio Ambiente, provocando mudança de

comportamento nesses indivíduos.

METODOLOGIA

Será feita revisão bibliográfica sobre o tema e pesquisa de campo em uma distribuidora de

medicamentos do interior do Rio de Janeiro, visando análise do conhecimento que os colaboradores

dessa empresa têm sobre a problemática ambiental que envolve o produto com o qual elas

trabalham; de que forma transmitem aos clientes finais os conceitos e a necessidade de preservação

do meio ambiente; qual impacto da sua produção no meio ambiente; e como é feito o descarte dos

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207 produtos que são inutilizados, para não causar danos ao meio ambiente. Após a coleta de dados,

será elaborado um laudo específico para a empresa investigada, a fim de desenvolver um processo

sistêmico de capacitação profissional com possibilidade de ser aplicado a outras empresas do

mesmo seguimento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Como resultado da pesquisa pretende-se criar um curso de Capacitação profissional dos

colaboradores de empresas que atuam nesse seguimento, que se configurará no produto de um

mestrado profissional.

CONCLUSÃO

O projeto encontra-se em fase inicial de desenvolvimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ART, Henry (ed. geral). “Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais”. São Paulo:

Melhoramentos, 1998.

MACHADO, Paulo Afonso Leme “O Ensino do Direito Ambiental – Meio de Participação Social”.

Revista do Direito Ambiental 5, ano 2, janeiro-março de 1997.

BILA, Daniele Maia; DEZOTTI, Márcia. Fármacos no meio ambiente. Quím. Nova, São Paulo, v.

26, n. 4, Aug. 2003. Available from <http://www.scielo.br

/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422003000400015&lng=en&nrm=iso>. access on 18

Aug. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422003000400015.

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208

Tendências psicossocias de mestrandos profissionalizantes

Eliara Adelino da Silva1*, Cristina Novikoff2 1Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA)

2 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)

Palavras-chave: Formação de Professores; Enfrentamento; Mestrado Profissional

INTRODUÇÃO

Trata-se de estudo acerca da formação de professores em nível de mestrado a partir da análise do

discurso e das formas de enfrentamento de professores nesse processo formativo. O estudo delimita-

se dentro da linha de pesquisa “Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente: Metodologia de

Avaliação em Ensino e Recursos Didáticos e Tecnológicos de Ensino em Ciências da Saúde”.

Segundo Facci (1995) os efeitos da mudança social sobre a atividade dos professores vem marcado

pela desvalorização social, mudanças do conteúdo curriculares, a relações professor - aluno e o

aumento das exigências em relação ao papel do professor, contribuindo para o mal estar docente, e

afetando a saúde e o exercício da docência. Diante deste contexto problematizado questiona-se:

Quais são as representações sociais de formação continuada para professores que estão se

qualificando em cursos de mestrados profissionais? Como os professores compreendem a própria

formação? Quais os enfrentamentos são adotados pelos professores? Quais os apoios que estes

professores buscam para o enfrentamento?

OBJETIVOS

Elaborar um livro sobre as Tendências Psicossociais de mestrandos do Programa de Mestrado

Profissional, perspectivando contribuir com/para o processo dessa formação.

METODOLOGIA

Pesquisa de campo de natureza qualitativa baseada na Etnografia, que segundo Erickson (2009) é

um método de investigação dos problemas educacionais, com o potencial para desvelar as crenças,

valores, interesses, perspectivas dos sujeitos envolvidos no processo educacional. Para dar conta e

razão foi delineada nas Dimensões Novikoff (2010). Teve aprovação do Comitê de Ética do

UniFOA. Os instrumentos de coleta de dados para 20 sujeitos da pesquisa (mestrandos

profissionalizantes) foi o questionário sócio cultural e o inventário de Valoração e Enfrentamento.

DISCUSSÃO TEÓRICA

Adotou-se o referencial teórico da Teoria das Representações Sociais de Moscovici (2003), na

compreensão do agir de um mesmo grupo ou indivíduo apoiado em seus valores, conceitos e

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209 crenças. Também ancora-se em Duarte (2001), para compreender as políticas educacionais ao qual

estamos inseridos e a valorização do professor com respaldo a pedagogia histórico crítica. Nota-se,

assim o valor para a educação, em especial, para a formação de professores que segundo Gatti

(2003), os sujeitos são eles mesmos que falam, refletem e intervém no processo em estudo. A

dialética marca a pesquisa e tem potencial de sua intervenção para superar o vazio teórico em

tempos “profissionalizantes”, ressaltando os valores e as formas de enfretamento de mestrandos do

Programa de Mestrado profissional”.

REFERÊNCIAS

DUARTE, Newton. Vigotski e o Aprender a Aprender: Críticas as Apropriações Neo-liberais e

Pós- Moderna da Teoria Vigotskiana. Campinas São Paulo: Autores Associados, 2001.

FACCI, Marília G. Dias. Valorização ou esvaziamento do trabalho do professor? Um estudo

crítico-comparativo da teoria do professor-reflexivo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana.

Campinas, SP: Autores Associados, 2004.

GATTI, Bernadete Angelina. Grupo Focal na Pesquisa em Ciências Sociais e Humanas.

Brasília: Liber Livro, 2005.

MOSCOVICI, Serge. Representações Sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis:

Ed.:Vozes, 2003.

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210

Tratamento químico de efluente contaminado com cromo para reuso em aulas práticas

Douglas Martins Torres1*, Anderson Antonio Rosa1, Carlos Eduardo Cardoso1 1* Universidade Severino Sombra - USS

Financiamento: PIBIC-USS, FUSVE.

Palavra-chave: Cromo Hexavalente, Matéria Orgânica, Método Walkley-Black.

INTRODUÇÃO

A análise química do solo é um dos métodos mais utilizados na avaliação da fertilidade deste para

fins de recomendação de adubação e calagem. A matéria orgânica do solo (MOS) é definida como

um conjunto de resíduos de plantas e animais decompostos que melhora as propriedades químicas,

físicas e biológicas do solo. O Laboratório de Química Analítica Aplicada (LaQAAp) da USS

desenvolve projetos de pesquisa relacionados a diferentes tipos de solos, gerando resíduos químicos

altamente tóxicos para o ser humano e o meio ambiente. O dicromato de potássio em meio acido,

que age como oxidante da matéria orgânica, gera cromo tri e hexavalentes, entre outros rejeitos. Os

estados de oxidação 3+ e 6+ do cromo são os mais estáveis e o cromo hexavalente (Cr6+) é uma

espécie altamente tóxica podendo causar ulceração nasal, dermatite, lesões mutagênicas,

carcinogênicas e leucemia.

Assim, este trabalho teve como objetivo desenvolver um tratamento químico capaz de reduzir a

toxicidade do efluente gerado nas análises de MOS realizadas no LaQAAp. Adicionalmente, o

trabalho visou otimizar um procedimento de conversão do hidróxido de cromo (III) precipitado em

óxido de cromo (III) para que este pudesse ser utilizado nas aulas práticas do curso de química

industrial da USS.

METODOLOGIA

Foram utilizadas amostras de solo adquirido no comércio local da cidade de Vassouras, RJ. O

procedimento de secagem seguiu a metodologia EMBRAPA (1997) e as análises de MOS foram

feitas segundo o método de Walkley-Black Modificado (EMBRAPA, 1997). No procedimento

foram utilizados ferro metálico e palha de aço como agentes redutores. A purificação foi feita

precipitando-se novamente o hidróxido de cromo e lavando-se o precipitado com hexano e água.

Posteriormente, o sólido foi filtrado, seco em estufa a 105 °C por 2 horas e calcinado em mufla a

400ºC por 2 horas. Após secagem em dessecador, a calcinação foi repetida até massa constante.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As análises foram realizadas separadamente em cada solução contaminada e para todos os

experimentos foram feitas medições do pH e do tempo reacional e avaliados os agentes redutores. A

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211 melhor faixa de pH para precipitação do Cr3+ foi de 10,0 a 11,0, utilizando-se um volume otimizado

de 30 mL de hidróxido de sódio (NaOH). A adição de iodeto de potássio (KI) 10 g L-1 permitiu

verificar a presença de Cr6+ e a eficiência do processo de redução. No tratamento químico

utilizaram-se dois agentes redutores: a palha de aço e ferro metálico. A massa de “palha de aço”

gasta para total redução do Cr6+ em Cr3+ foi de 0,65 g, com tempo reacional de 10 minutos. Assim,

para tratar 10 L de solução foram usados 130,0 g de “palha de aço” com custo aproximado de R$

3,90. Utilizando-se ferro metálico, foram necessários 0,45 g para reduzir o mesmo volume de

efluente. Para 10 L de efluente foram necessários 90 g de ferro metálico (R$ 5,40) com tempo

reacional de 7 minutos.

CONCLUSÕES

A metodologia desenvolvida se mostrou eficiente na remoção de cromo de efluentes gerados na

determinação de MOS podendo-se concluir que é mais vantajoso utilizar a “palha de aço” para

promover a redução do contaminante. Em função dos bons resultados alcançados, da simplicidade

do processo químico e do baixo custo dos materiais o uso desta técnica em laboratórios de analise

de solo apresenta boas perspectivas para o tratamento de efluente, evitando seu descarte no meio

ambiente. Alem disso, com a reutilização do óxido de cromo (III) gerado, pretende-se introduzir a

recuperação pelos próprios alunos dos resíduos por eles gerados nas disciplinas, a fim de capacitá-

los a definir estratégias adequadas e conscientizá-los da importância das questões ambientais,

inerentes ao trabalho do químico..

REFERÊNCIAS EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisas do Solo (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de análise do

solo. Rio de Janeiro, 1997. 212 p.

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212 Ultrassonografia multimídia como estratégia de ensino para o rastreamento de aneuploidias e

patologias fetais

Guilherme de Almeida Bastos1, Rosane M. S. de Meireles1,2 , Júlio César Soares Aragão1

1 Centro Universitário de Volta Redonda (Unifoa) 2 Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Palavras-chave: ultrassonografia, diagnóstico, rastreamento, ensino.

INTRODUÇÃO

A assistência médica à gestante, desde a consulta mais simples até a medicina fetal, representado

por exames e procedimentos altamente sofisticados de ultrassonografias (USG) ajudam a

diagnosticar complicações durante a gestação. O exame ultrassonográfico é um método diagnóstico

não invasivo, sem liberação de radiações ionizantes e não deletério para o feto, a gestante e o

operador envolvido. A ferramenta multimídia tem a finalidade de proporcionar aos alunos uma

visão da feitura da ultrassonografia no primeiro trimestre de gestação com a finalidade de identificar

patologias e aneuploidias fetais.

OBJETIVOS

Desenvolver multimídia (DVD) para o ensino de medicina obstétrica, contemplando a visualização

de imagens sugestivas das aneuploidias fetais, através da USG.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo aplicado, desenvolvido entre as áreas de medicina obstétrica e informática

em saúde. Está em fase de desenvolvimento uma ferramenta multimídia (DVD) baseada no modelo

proposto por Bernardo (1996) que contempla as seguintes fases: a. definição do escopo; b.

planejamento; c. produção e implantação.

RESULTADOS E DISCUSSÂO

Com base nos dados teóricos levantados sobre o tema foi produzido um primeiro protótipo do

DVD. Os resultados deste produto poderão ser utilizados em atividades discentes da área de

ciências da saúde. O exame ultrassonográfocpo se torna um importante marcador de aneuploidias e

malformações estruturais fetal, principalmente cardiopatias, com resultados adversos para essa

gestação, e um aumento do risco de abortamento, óbito intrauterino e neonatal. Um estudo que

contribua para o ensino médico nesta temática é relevante, uma vez que pode ser acrescentada uma

ferramenta de discussão e melhoria do ensino-aprendizagem sobre o tema.

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213 CONCLUSÕES

Espera-se com este estudo contribuir para o ensino-aprendizado do futuro discente da área de

ciências, no que tange a solicitação e interpretação da USG obstétrica, na idade gestacional

preconizada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAETANO, R. A imagem em progresso: estudo da trajetória tecnológica do tomógrafo

computadorizado. 1996. 181f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) Instituto de Medicina

Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1996.

CRANE, J P. Routine obstetrical ultrasound screening – is it appropriate? Ultrasound Update, v. 2

p. 3 oct. 1933.

FREITAS F. et al., Rotinas em obstetrícia. 2006, 5ª edição, Editora ARTMED.

SKLANSKY, M. et al. New dimensions and directions of fetal cardiology. Current Opinion in

Pediatrics, v. 15 n 5, p 463-471, 2003.

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214

Uma avaliação sobre a questão da sustentabilidade nos livros didáticos de biologia

recomendados pelo PNLEM-2009

Tatiana Galdino da Silva1*, Bruno Leite Moreira1, Hélio Moulin Curti1 1Universidade Federal do Rio de Janeiro, Consórcio CEDERJ, Polo de Piraí/RJ

Palavras-chave: Sustentabilidade, Educação Ambiental, Livros Didáticos.

INTRODUÇÃO:

No Ensino Médio brasileiro, o livro didático é o material pedagógico mais utilizado nas salas de

aula e é suporte para a organização curricular na maioria das instituições de ensino. Loreto e Sepel

(2003 apud XAVIER et al., 2006), colocam como papel fundamental do livro didático reduzir, ou

mesmo eliminar, o abismo entre a ciência e a cidadania. Considerando que a cidadania plena está

vinculada a ações que visem a sustentabilidade, este trabalho pretende avaliar a forma como esta

questão é discutida nos livros didáticos de Biologia.

METODOLOGIA:

Foram analisados os livros didáticos de Biologia do Ensino Médio recomendados pelo MEC através

do PNLEM - 2009 (BRASIL, 2008), verificando a existência de textos que abordassem as questões

relacionadas a sustentabilidade. Os livros avaliados estão dispostos na tabela abaixo:

Autor Apresentação Editora

Sérgio Linhares e F. Gewandsznajder Volume único Editora Ática

José Arnaldo Favaretto e C. Mercadante Volume único Editora Moderna

J. Laurence Volume único Ed Nova Geração

Augusto Adolfo, Marcos Crozetta e Samuel Lago Volume único Editora IBEP

César da Silva Júnior e Sezar Sasson Volumes 1, 2 e 3 Editora Saraiva

José M. Amabis e Gilberto R. Martho Volumes 1, 2 e 3 Editora Moderna

Wilson Roberto Paulino Volume único Editora Ática

Sônia Lopes e Sergio Rosso Volume único Editora Saraiva

Oswaldo Frota-Pessoa. Volumes 1, 2 e 3 Editora Scipione

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Nas três obras avaliadas que fazem referência à questão da sustentabilidade, em duas percebe-se

uma discussão muito superficial deste tema, havendo apenas uma definição do termo

desenvolvimento sustentável, afirmando a necessidade de se buscar este tipo de desenvolvimento.

Tanto o autor Frota-Pessoa, quanto o Paulino definem desenvolvimento sustentável como o

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215 processo dinâmico voltado para a satisfação das necessidades humanas sem comprometer as

necessidades das futuras gerações. No livro de Favoretto e Mercadante, não existe um texto

discutindo diretamente a sustentabilidade, mas a abordagem da questão aparece em alguns textos.

Este tipo de discussão passa longe do ideal, pois os livros didáticos deveriam trabalhar textos que

exemplificassem atitudes e iniciativas que contribuam para a sustentabilidade e o desenvolvimento

sustentável. Uma das formas de se trabalhar essas questões no seria o estudo de casos. Ou seja, os

livros poderiam apresentar textos que mostrem algumas iniciativas de empresas, comunidades ou

até mesmo ONGs que contribuam para uma vida sustentável, propondo aos alunos uma reflexão

sobre iniciativas capazes de promover a sustentabilidade dentro da sua própria comunidade.

CONCLUSÃO

Cabe ao educador buscar outras ferramentas pedagógicas para desenvolver dentro da sala de aula o

necessário debate sobre a sustentabilidade, lembrando que a Educação Ambiental para uma

sustentabilidade eqüitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas

as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação

humana e social e para a preservação ecológica. (Tratado de Educação Ambiental para Sociedades

Sustentáveis e Responsabilidade Global).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Biologia: catálogo do Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio: PNLEM/2009.

Secretaria de Educação Básica, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – Brasília:

Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

XAVIER, M.C.F., Freire, A.S., Moraes, M.O. A nova (moderna) Biologia e a genética nos livros

didáticos de Biologia do Ensino Médio. Ciência & Educação, v. 12, n. 3, p. 275.

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216

Uso de adoçantes dietéticos: Orientações para médicos, nutricionistas, professores e

profissionais de saúde

Danúzia Pacheco Natividade¹*, Denise Celeste Godoy Rodrigues1,2, Valéria Vieira1 1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFoa

2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave: Aspartame, Ciclamato de Sódio, Sacarina Sódica, Cartilha.

INTRODUÇÃO

O uso de adoçantes dietéticos no mercado brasileiro ocorreu, principalmente, a partir de 1988,

quando a legislação deixou de classificar os produtos dietéticos como fármacos, ou seja, produtos

destinados para portadores de doenças específicas, e passou a aceitá-los como passível de consumo

pela população em geral. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos

(ABIAD) o mercado para esses produtos cresce 10% ao ano (TROMMER, 2010).

O Aspartame, o Ciclamato de Sódio e a Sacarina Sódica, foram os pioneiros no mercado,

atualmente, conhecidos como adoçantes dietéticos, pois se tornaram alimentos para fins especiais de

acordo com a ANVISA, mas por conterem substâncias químicas em suas formulações, é necessário

que se tenha alguns cuidados no uso.

O uso abusivo e continuo dessas substâncias químicas é capaz de produzir uma determinada

resposta tóxica a um organismo vivo, em consequência da frequência da dose e sua interação com o

organismo, características físicas e genéticas da população exposta e também seus hábitos

alimentares (TOCCHETTO, 2007).

Diante do exposto, surgiu o interesse por montar uma cartilha com orientações e esclarecimentos

sobre o uso dos adoçantes dietéticos e suas possíveis possibilidades de reações adversas, para ser

usada por tutores, orientadores, professores e profissionais da área.

METODOLOGIA

Participaram da pesquisa 112 gestantes, entre o primeiro e o oitavo mês de gestação, que assinaram

termo de consentimento livre e esclarecido.

Foi aplicado um primeiro questionário, com o propósito de verificar o nível de conhecimento das

participantes sobre a temática. Logo após, a gestante recebeu uma cartilha intitulada “Saiba mais

sobre os adoçantes artificiais: Aspartame, Ciclamato de Sódio e Sacarina Sódica”. Foi aplicado um

segundo questionário para avaliar se o uso da cartilha desempenhou algum tipo de aprendizagem.

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217 Nesta etapa também houve perguntas acerca do conteúdo e da disposição gráfica do mesmo na

cartilha.

RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Das gestantes entrevistadas, 86 (76.8%) utilizam o açúcar para adoçar e somente 26 (23,2%) usam

adoçantes, sendo que, entre as que usam, 11 (42.30%) o fazem por iniciativa própria e 15 (57.70%)

por recomendação médica.

Dentre as entrevistadas, noventa e três (93) leram a cartilha e dezenove (19) não leram. Das que

leram, sobre a pergunta quais informações contidas na cartilha desconheciam sessenta e três

responderam que todas; quatorze que tinha algum conhecimento; quatro desconheciam muitas

coisas; as demais deram outras respostas.

Verificou-se que a cartilha foi bem avaliada em relação à organização, parte gráfica, assunto

abordado e possibilidade de utilização, com a maioria das respostas sendo ótima e boa.

CONCLUSÕES

Nos resultados observou-se que muitas pessoas desconhecem que a utilização de adoçantes

dietéticos deve obedecer a certos critérios de ingestão e que muitos produtos, inclusive os

destinados ao público infantil, possuem em sua composição estes edulcorantes, sem, no entanto,

apresentar qualquer menção em destaque na embalagem.

REFERÊNCIAS

TOCCHETTO, Marta Regina Lopes. Toxicologia e Segurança de Laboratório. Caderno Didático

2007. Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Química. Setor de Química Industrial

e Ambiental. Disponível em: http://marta.tocchetto.com/site/?q=node/34

http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/547/utilizacao-cultura-celulas-monitoramento-toxicidade-

xenobioticos/. Acesso em: 15 mai. 2009.

TROMMER, Renata. Consumo de adoçantes durante a gravidez e lactação é seguro?

Disponível em:

http://www.nutrociencia.com.br/upload_files/arquivos/artigo_ado%C3%A7antes_lacta%C3%A7%

C3%A3o_final.pdf. Acesso em: 29 jul 2011.

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218

Utilização de materiais sustentáveis no desenvolvimento de compósitos

Juliana Marques Resende1, Franciny Lima de Oliveira1; Daniella Regina Mulinari1*

1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

Palavras-chave: coroa do abacaxi, fibra de vidro, polipropileno.

INTRODUÇÃO

A busca por novas tecnologias têm acarretado alterações irreversíveis ao meio ambiente e com

consequências cada vez mais impactantes (ALVES et al, 2010).

Dessa forma as empresas têm investido em novas tecnologias para substituição de fibra de vidro por

fibra natural. O uso de fibras naturais como reforço em polímeros têm aumentado devido ao seu

baixo custo, abundância e por produzir materiais com boas propriedades mecânicas (CARVALHO

et al, 2010). E dentre as diversas fibras naturais a coroa do abacaxi é bem interessante, por ser um

produto descartado, é uma ótima alternativa para reforço em compósitos poliméricos.

No entanto, para que as fibras naturais e a matriz polimérica atuem conjuntamente em uma

determinada aplicação, o contato interfacial entre elas deve ser adequado. Desta forma, várias

modificações têm sido realizadas na superfície para diminuir seu caráter hidrofílico (RESENDE et

al, 2011).

OBJETIVO

O objetivo desse projeto foi avaliar o efeito da modificação das fibras provenientes da coroa do

abacaxi com solução alcalina para avaliar o comportamento mecânico dos compósitos de

polipropileno (PP) reforçados com fibras modificadas (5 % m/m). Também foram avaliados os

compósitos de polipropileno (PP) reforçados com fibras de vidro (5 % m/m) e os compósitos

híbridos de polipropileno reforçados com fibras de vidro (2,5 % m/m) e fibras modificadas (2,5 %

m/m).

METODOLOGIA

As fibras e o polímero foram misturados em um homogeneizador de plásticos e triturados em um

moinho granulador. Posteriormente os compósitos moídos foram secos em estufa por 2 h a 800C e

foram moldados utilizando uma injetora Jasot 300/130 para os ensaios de tração, flexão e impacto

com dimensões de acordo com a norma ASTM D 638 – 03, ASTM D 790 – 03 e ASTM D6110- 06.

Também foram realizados ensaios de absorção de água, conforme a norma ASTM D570-96.

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219 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Os compósitos apresentaram melhores propriedades mecânicas quando comparado ao polímero

puro. No entanto, os compósitos híbridos apresentaram valores de resistência à tração, flexão e ao

impacto intermediários quando comparados aos demais compósitos. Nos ensaios de absorção de

água foi observado comportamento semelhante, sendo que os compósitos praticamente não

absorveram água. Este fato pode ser explicado pela boa interação fibra/matriz. Desta forma, pode-se

afirmar que os compósitos híbridos são materiais que apresentam bom sinergismo entre os reforços.

CONCLUSÕES

Com base nos resultados dos compósitos e do PP puro, foi possível concluir que os compósitos

híbridos apresentaram melhores propriedades mecânicas e absorção de água se comparadas aos

compósitos reforçados com fibras de vidro e aos compósitos reforçados com fibras provenientes da

coroa do abacaxi tratadas.

REFERÊNCIAS

ALVES, C.; et al. Ecodesign of automotive components making use of natural jute fiber

composites. Journal of Cleaner Production, v.18, p.313-327, 2010. Disponível em:

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959652609003503.

CARVALHO, K.C.C. et al. Chemical modification effect on the mechanical properties of

HIPS/coconut fiber composites. BioResources, v.5 (2), p.1143-1155, 2010. Disponível em:

http://ncsu.edu/bioresources/BioRes_05/BioRes_05_2_1143_Carvalho_MVC_Chem_Mod_Mechan

_Prop_HIPS_Cocon_Compos_867.pdf.

RESENDE, J M et AL. Avaliação de compósitos híbridos para aplicações em engenharia.

Cadernos UniFOA, v.15, p.11-18, 2011. Disponível em:

http://www.unifoa.edu.br/cadernos/index.html.

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Utilização da coluna de winogradsky para a demonstração do efeito dos metais pesados na

microbiota oxidante de enxofre em ambientes aquáticos: uma abordagem experimental

Anderson Gomes1*, Lara dos Santos Osório1

1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

Palavras-chave: microbiologia, coluna de winogradsky, metais pesados.

INTRODUÇÃO

A importância de conhecer o efeito da ação de metais pesados aos microrganismos presentes em

ambientes aquáticos nas condições próximas daquelas existentes na natureza é de vital importância

no ensino da Microbiologia no curso de Engenharia Ambiental, em contraste ao estudo dos

microrganismos em condições in vitro. Isto se dá devido à diversidade de espécies microbianas

envolvidas na ciclagem de nutrientes num ecossistema. Por este motivo é necessário um

instrumento apropriado para a demonstração dessas condições em ambientes naturais. A coluna de

Winogradsky é um modelo interessante que simula as condições de ecossistemas naturais.

OBJETIVOS

O presente trabalho teve como objetivo a montagem de colunas de Winogradsky, utilizando as

amostras de sedimento e de água coletadas em um manancial e contaminando-as com metais

pesados e o monitoramento do desenvolvimento das sulfobactérias nestes ambientes contaminados,

de forma que possa ser avaliada a alteração da diversidade da microbiota presente nesta coluna.

Verificar se os efeitos da contaminação por metais pesados nas colunas de Winogradsky podem ser

observados sem a utilização de instrumentos ópticos, de forma que possa ser utilizada como

demonstração didática em aulas práticas de Microbiologia Aplicada.

METODOLOGIA

A amostra de sedimento e água para a confecção da coluna foi retirado no córrego Secades, bairro

Conforto na cidade de Volta Redonda/RJ. As colunas foram confeccionadas utilizando 100 g do

sedimento fresco, como fonte de carbono orgânico (carboximetilcelulose), como fonte de carbono

inorgânico (CaCO3) e como fonte de enxofre (CaSO4) e diluído com a água coletada no manancial.

Nas colunas foram adicionados os metais pesados, tendo como referencia a portaria CONAMA 357

de 2005, sendo adicionada a cada coluna uma concentração de metal pesado, dez vezes a

concentração máxima estabelecida na portaria. Monitorado o desenvolvimento das colônias por um

período de 60 dias e registrar as alterações ocorridas nas cinco colunas, e comparar com a coluna

que não recebeu a contaminação (branco).

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221 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA

Observou-se que nas colunas contaminadas com mercúrio e cromo VI, as bactérias que habitam o

sedimento e a zona anaeróbia tiveram o desenvolvimento retardado em relação à coluna sem

contaminação. Na coluna contaminada com chumbo, houve inibição de bactérias fotossintetizantes

oxigênicas, devido à coloração negra formada ao longo da coluna. Na coluna contaminada com

cádmio não apresentou uma alteração no desenvolvimento das colônias microbianas quando

comparado com a coluna sem contaminação, sugerindo que a concentração de cádmio adicionada

não causou tanto impacto nos microrganismos presentes na coluna.

CONCLUSÕES

Através das colunas de Winogradsky foi possível demonstrar a interdependência da diversidade

microbiana presente num ecossistema, e que a presença de determinados metais pesados na água,

afeta a sobrevivência e desenvolvimento desta comunidade.

A coluna de Winogradsky se mostra como um eficiente instrumento didático a ser adotado numa

aula de microbiologia para um curso de engenharia ambiental, pois nele é possível formular

infinitas variações de contaminantes onde se pode verificar virtualmente qualquer processo de

desenvolvimento ou inibição de comunidades microbianas.

REFERÊNCIAS

APHA – AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard methods for examination

of water and wastewater. 20 ed. Washington D.C., 1998, 1316p.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. 2005. Resolução Conama nº

357. Disponível em:< www.mma.conama.gov.br/conama> Acesso em 24/04/2011.

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Uso da Tabela Periódica como aplicativo para o Ensino de Química

Juliana Arbex Montenegro1*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2

1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave: Ensino de química; Softwares educacionais; Tabela Periódica.

INTRODUÇÃO

O interesse do presente estudo decorre da prática docente nos últimos 10 anos em colégios do

estado do Rio de Janeiro e em colégios da rede particular onde se observou a dificuldade do

aprendizado da química por alunos do ensino médio por acharem essa uma matéria abstrata e bem

distante do seu cotidiano.

De acordo com o próprio texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicado em 1999

(BRASIL, 1999, p. 207), o Ensino Médio deve

(...) envolver, de forma combinada, o desenvolvimento de conhecimentos práticos, contextualizados, que respondam às necessidades da vida contemporânea, e o desenvolvimento de conhecimentos mais amplos e abstratos, que correspondam a uma cultura geral e a uma visão do mundo. Para a área das Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, isto é particularmente verdadeiro, pois a crescente valorização do conhecimento e da capacidade de inovar demanda cidadãos capazes de aprender continuamente, para o que é essencial uma formação geral e não apenas um treinamento específico.

É, portanto, "preciso objetivar um ensino de Química que possa contribuir para uma visão mais

ampla do conhecimento, que possibilite melhor compreensão do mundo físico e para a construção

da cidadania, colocando em pauta, na sala de aula, conhecimentos socialmente relevantes, que

façam sentido e possam se integrar à vida do aluno” (BRASIL, 1999, p. 241).

No entanto, utilizar os Parâmetros Curriculares Nacionais não se constitui uma missão corriqueira

segundo André Pimentel (G1, 2011):

É preciso utilizar novos recursos como o computador, jogos interativos e novas metodologias de ensino só assim os alunos vão conseguir ser atraídos pela disciplina. Se o professor ficar só no giz não vai conseguir atrair a atenção do estudante. Hoje, o aluno precisa que o assunto que está sendo ensinado seja transmitido numa forma diferente, com muita tecnologia.

A utilização das novas tecnologias de informação e comunicação no ensino, especificamente a

Internet e softwares educacionais, tem sido alvo de grande interesse. O computador precisa ser

utilizado como uma ferramenta para auxiliar a construção do conhecimento (VEIT e TEODORO,

2002).

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223 OBJETIVOS

Desenvolver uma tabela periódica interativa que possibilitará ampliar o conhecimento do aluno. O

aplicativo permitirá ao usuário extrair dados e informações a respeito dos elementos químicos, além

de suas utilizações, constituição das moléculas e suas implicações no meio ambiente. Pretende-se

que, através do uso de técnicas de ensino mais integradas à realidade, o aluno tenha uma melhor

qualidade no ensino aprendizagem visto que a química é uma matéria difícil de ensinar e de

aprender.

METODOLOGIA

O aplicativo será desenvolvido utilizando-se vários programas. Após a etapa de construção da

Tabela Periódica esta será testada e avaliada através de questionários por professores do ensino

médio e profissionais de informática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa em questão se encontra baseada na dificuldade do aprendizado de química ressaltada

neste trabalho. Esse software a ser desenvolvido poderá ser aplicado em todas as séries do ensino

médio tanto em escolas estaduais quanto em escolas particulares.

REFERÊNCIAS

1 - BRASIL. MEC. SEMTEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília, DF,

1999.

2 - G1 Vestibular e Educação. Disponível em: <http://g1.globo.com/vestibular-e-

educacao/noticia/2011/05/professores-buscam-alternativas-para-fazer-alunos-gostarem-de

quimica.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis> Acesso em: 25

mai 2011.

3 - VEIT, E. A; TEODORO, V. D. Modelagem no ensino/ aprendizagem de Física e os novos

parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio. Revista Brasileira de Ensino de Física,

v.24, n.2, 2002.

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A Abordagem da Microbiologia no Livro Didático

Telma Temóteo dos Santos*1, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues2,3

1 Ciências Biológicas, UERJ-CEDERJ 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ 3 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA

Palavras-chave: microbiologia, ensino, livro didático.

INTRODUÇÃO

Desde as primeiras observações de micro-organismos realizadas por Antoni van Leeuwenhoek no

século XVII, os estudos na área da Microbiologia têm se expandido graças às novas tecnologias. A

Microbiologia é uma ciência que se dedica ao estudo de micro-organismos – bactérias, vírus, algas,

protozoários – e graças a estes estudos, novas técnicas e novos produtos foram produzidos –

vacinas, alimentos, bebidas e fármacos (MADIGAN; MARTINKO; PARKER 2004).

Mesmo com vários produtos obtidos graças à aplicação biotecnológica desses micro-organismos na

indústria, vários textos didáticos abordam apenas os conceitos de saúde – os malefícios que os

micróbios causam.

Este trabalho foi uma proposta do curso de extensão Microbiologia Básica, com carga horária de 30

horas, oferecido à distância pelo Cecierj – Cederj. Teve como objetivo analisar a abordagem da

Microbiologia no livro didático, os conteúdos apresentados e os conceitos errôneos.

METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho, foi analisado o livro didático utilizado no Ensino Médio de uma

escola pública, situada no município de Resende, RJ. Foi escolhido o livro didático: Biologia,

volume único de Sônia Lopes e Sérgio Rosso, da Editora Saraiva.

A análise procurou responder os seguintes quesitos:- Quais os conceitos abordados de

Microbiologia? - Quais os conceitos errôneos referentes à Microbiologia? - Quais os conceitos que

não foram abordados?

RESULTADOS

Em relação à quais conceitos de Microbiologia são abordados no livro, foram encontrados: Capitulo

2 – Das origens até os dias de hoje, subtópicos 1 e 2, os quais abordam o surgimento dos primeiros

seres vivos; as bactérias e o surgimento das células mais complexas, com ênfase na teoria da

endossimbiose. Os capítulos 13, 14 e 15 tratam dos vírus, o reino Monera e o reino Protista

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225 respectivamente. O livro traz abordagens direcionadas nos capítulos, com ênfase nos temas saúde e

meio ambiente.

No que diz respeito aos conceitos errôneos referentes à Microbiologia verificou-se: ao abordar a

transmissão de doenças, o livro não traz a informação de que nem todas as pessoas são suscetíveis

aos vírus e bactérias. Para que os micro-organismos causem virulência, dependem de que as células

do hospedeiro possuam um complexo enzimático capacitado para o estabelecimento,

desenvolvimento e multiplicação destes micro-organismos (CHAN; KRIEG; PELCZAR JÚNIOR,

2005). Por tratar de enzimas e metabolismo, seria essencial estabelecer a relação entre virulência e

capacidade enzimática da célula.

No quesito – Quais conceitos não foram abordados – o livro faz uma rápida abordagem das

aplicações na indústria, produção de fármacos e recuperação do meio ambiente. A abordagem

desses temas ficou restrita a quadros informativos, ou a exercícios retirados de questões dos últimos

vestibulares.

CONCLUSÃO

Concluiu-se que apesar da importância dos micro-organismos na ciclagem dos elementos,

manutenção e recuperação dos ecossistemas e obtenção de diferentes produtos, os conhecimentos

sobre os micro-organismos, no livro analisado, ainda são restritos à área da saúde. Isto se deve ao

fato que a sociedade sofreu danos e perdas com os grandes surtos de doenças nos séculos passados

– peste negra, malaria, cólera, dentre outras. A importância da área de saúde é indiscutível, mas é

necessário que as pessoas também tenham conhecimento dos amplos benefícios que estes seres

trazem para a sociedade atual.

REFERÊNCIAS

CHAN, E. C. S; KRIEG, Noel R; PELCZAR JÚNIOR, Michael J . Microbiologia. conceitos e

aplicações. 2.ed. São Paulo: Makron Books. 2005. 2.v

MADIGAN, Michael T; MARTINKO, John M; PARKER, Jack. Microbiologia de Brock. 10.ed.

São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2004. 608p.

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