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A PRAXE ACADÉMICA

A Praxe Académica é um conjunto de

tradições geradas entre estudantes universitários e que já há séculos vêm a ser transmitidas de geração em geração. É um “modus vivendi” característico dos estudantes e que enriquece a cultura lusitana com tradições criadas e desenvolvidas pelos que nos antecederam no uso da Capa e Batina. Praxe Académica é cultura herdada que nos compete a nós preservar e transmitir às próximas gerações.

É preciso não esquecer o verdadeiro propósito e filosofia da Praxe Académica. Esta serve para ajudar o recém-chegado a integrar-se no ambiente universitário, a criar amizades e a desenvolver laços de sólida camaradagem. É através da Praxe que o estudante desenvolve um profundo amor e orgulho pela instituição que frequenta, a sua segunda casa.

Mas a Praxe Académica também ajuda o indivíduo a preparar-se para a futura vida profissional. Através das várias «missões impossíveis» que o praxado tem de desempenhar, este vai tornando-se cada vez mais desinibido, habituando-se a improvisar em

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situações para as quais não estava preparado.

A função educativa/pedagógica também está presente na Praxe Académica. A interligação de temas do conteúdo programático dos cursos à praxe, a sanção de rapar um caloiro quando apanhado na rua a partir de certas horas tem origem na intenção de o obrigar a estudar. Para que se lembre a alma mais controversa... a praxe não é brincar com coisas sérias; é sim, a sapiência de ensinar coisas sérias brincando...

Não se pode confundir Praxe Académica com as «pseudo-praxes», executadas apenas por indivíduos ignorantes na matéria. A Praxe não pode nunca ser sinónimo de humilhação ou de actos de violência barata levados a cabo por uns quantos frustrados que não sabem o que são as tradições académicas e só usam um traje para se pavonearem na esperança de serem conspícuos. São indivíduos destes os responsáveis pelo actual estado moribundo da verdadeira Praxe Académica que tem vindo a dar lugar a ditaduras absurdas, um pouco por todo o lado, que partem de ignorantes que desejam que a Praxe seja aquilo que lhes apetecer. O espírito académico não se resume nem se sequer se deve notar apenas pelas festas e pelos copos.

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A Praxe Académica e o uso da Capa e Batina representam humildade e o respeito pelos outros, que não terminam na academia, mas sim se iniciam para uma vida futura de posturas de grande dignidade.

O Traje Académico deve ser usado com orgulho, mas nunca com arrogância ou vaidade, pois este simboliza a igualdade entre todos os estudantes.

A Praxe Académica tem uma mecânica inerente que, ao ser desrespeitada, acaba por culminar em verdadeiros insultos à tradição. A própria palavra latina PRAXIS significa prática, modo de agir, o que revela uma estrutura e regras que lhe são características.

Aos caloiros, aqueles que ainda se sentem injustiçados, descriminados, maltratados, felizes, sedentos de repreensões, o meu conselho é peremptório, vivam o que têm para viver das maneiras mais bonitas que a praxe lhes ensina. Aproveitem e aprendam, porque caloiro, por mais instituições que passem, por diversas praxes que atravessem, só se é uma vez na vida. Orgulhem-se por aquilo que passaram e dignem-se no que irão praticar.

Aos alunos em geral, rejam-se pelas vossas e nossas mais lustres e nobres ideologias.

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Aos finalistas, mais uma fornada preparada, da sem dúvida melhor massa existente, na culinária da educação. Os meus votos de prosperidade e sucesso vão directamente a estes, que como os que lhes antecederam o merecem, não somente pelo que passaram, mas pelo que praticaram de bom em prol do seu futuro, da instituição e da Praxe Académica.

A eles mais uma vez, um universo de grandes oportunidades e realizações pessoais.

A Praxe é dura, mas é a Praxe

DVRA PRAXIS SED PRAXIS

CAPÍTULO I

TÍTULO I Da noção de Praxe

Artigo 1.ºConstitui Praxe Académica, o

conjunto de usos e costumes tradicionalmente existentes entre os estudantes da cidade do Porto e os que forem decretados pelo Conselho de Veteranos do Instituto Superior de Ciências da Saúde – Norte.

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TÍTULO III Da vinculação à Praxe

Artigo 3.ºSó o estudante da cidade do Porto

está, em princípio, vinculado à praxe.Os estudantes de qualquer outro

estabelecimento de ensino superior do País,   quando acidentalmente do ISCS-N e usando capa e batina (ou casaco preto), ficam de igual modo a ela passivamente vinculados nas seguintes condições:

- Sendo universitários, na parte aplicável aos bichos;

- Não sendo universitários, na parte aplicável aos bichos;

- Sendo universitários e já estando matriculados no ISCS-N na parte correspondente ao seu grau hierárquico de acordo com o Título V.

TÍTULO VDa hierarquia da Praxe

Artigo 5.ºA hierarquia da praxe, em escala

ascendente, é a seguinte: I – Bichos – Pertencem à categoria

de bichos: - Os alunos dos liceus e colégios

particulares. - Os alunos dos cursos médios não

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universitários, só o sendo quando tenham usado Capa e Batina após a matricula, não obstante serem sempre considerados estudantes.

- Os alunos que, embora não matriculados nos liceus ou colégios particulares, tenham um ou mais explicadores das matérias versadas, se usarem ou já tiverem usado Capa ou Batina, ainda que só fora da cidade do Porto.

- Não a tendo usado ainda no ano lectivo em curso, mas tendo-a usado na última Queima das Fitas, continuarão a ser considerados como bichos, se porventura continuarem a estudar no ensino liceal.

III – Pára-quedistas – Pertencem a esta categoria:

- Os alunos do ano zero da Universidade Católica.

- Os alunos do ano zero da Universidade Livre.

- Os alunos que tenham entrado no ISCS-N, mas que ainda não tenham efectuado a respectiva matricula na secretaria deste Instituto.

V – Caloiros – pertencem a esta categoria: - Os alunos de cursos superiores que na ISCS-N estejam matriculados  pela primeira vez, sem que antes se tenham matriculados em qualquer

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estabelecimento se ensino superior, português ou estrangeiro.

VII – Caloiros Estrangeiros – Pertencem a esta categoria:

- Os alunos que, embora já tendo estado matriculados num estabelecimento de ensino superior, português ou estrangeiro, estando todavia matriculados no ISCS-N pela primeira vez.

IX – Pastranos – Pertencem a esta categoria: - Os alunos que foram caloiros nacionais durante o ano lectivo anterior, no espaço que medeia entre o dia do cortejo da queima das fitas e três dias antes da abertura oficial do ISCS-N no ano lectivo seguinte.

XI – Semi-Putos – Pertencem a esta categoria:

- Os alunos que estejam inscritos pela segunda vez no ISCS-N sem nenhuma outra matricula em qualquer outro estabelecimento de ensino superior, português ou estrangeiro, sendo-o:

- Durante o ano lectivo completo, no espaço que medeia entre a  abertura oficial das aulas do ISCS-N e o respectivo fecho, nos cursos de três e quatro anos de duração.

- Durante o espaço que medeia entre a abertura oficial das aulas do ISCS-N e o principio do segundo

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semestre do ano lectivo, nos cursos com quatro anos de duração.

XIII – Putos – pertencem a esta categoria: - Os alunos que estejam matriculados pela terceira vez no ISCS-N sem nenhuma outra matricula em qualquer outro estabelecimento de ensino superior, português ou estrangeiro, nos cursos de três e quatro anos de duração;

- Os alunos que tenham três matriculas em estabelecimentos de ensino superior, pelos quais duas, pelo menos, no ISCS-N, nos cursos de três e quatro anos de duração.

XV – Terceiranistas ou Doutores de Merda – Pertencem a esta categoria: - Os alunos com três matriculas no ensino superior, sendo duas das quais, pelo menos, no ISCS-N, pertencentes a cursos com quatro anos de duração.

XVII – Quartanistas ou Merda de doutores – Pertencem a esta categoria: - Os alunos com quatro matriculas no ensino superior sendo duas das quais, pelo menos, na ISCS-N.

XXIII – Veteranos – Pertencem a esta categoria:

- Os alunos que tenham, no ISCS-N, um número de matriculas superior ao necessário para tirar normalmente o curso, e que tenham usado o grelo três dias, seguidos ou não.

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- Os alunos que como tal tenham sido considerados pelo Conselho de Veteranos, por mérito académico.

* Único- Nas licenciaturas bi-etápicas o “curso” corresponde ao grau de licenciatura.

XXV – Dux–Institutus - Pertence a esta categoria:

- O veterano que tiver sido eleito como tal pelo Conselho de Veteranos do ISCS-N.

TÍTULO VII De diversos quanto à hierarquia da Praxe

Artigo 7.ºConstitui “matrícula” a inscrição,

como aluno, na Secretaria da Universidade.A matrícula na Secretaria do ISCS-N, seguida de transferência para qualquer outro estabelecimento de ensino superior antes de findo o primeiro semestre escolar, não consta como matrícula feita no ISCS-N.

Artigo 9.ºConstitui “curso superior” o que

assim for considerado pela lei.Artigo 11.ºO primeiro semestre conta-se a

partir da abertura oficial do ano lectivo no ISCS-N até ao inicio das aulas do segundo semestre.

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O segundo semestre termina com o fecho oficial do ano lectivo no ISCS-N.

Artigo 13.ºConsidera-se como “uso de

insígnias pessoais” o mero direito de usar grelo ou fitas no decurso do ano lectivo, ainda que não tenha havido participação na respectiva Latada ou Cortejo de imposição de insígnias, e só a partir desta se conta para efeitos da atribuição das categorias de doutor de merda e merda de doutor.

Artigo 15.ºSe à categoria de Doutor de merda

ou merda de Doutor corresponder simultaneamente outra categoria superior segundo a hierarquia da Praxe, será esta que prevalecerá para todos os efeitos para além do uso das insígnias.

Artigo 17.ºAs categorias de “bicho” e “caloiro”

têm a designação genérica de “animais”, e as de “semi–puto” ou superiores a de “Doutores”.

Artigo 19.ºOs que não forem estudantes ou

antigos estudantes do ISCS-N têm a designação de “futricas” e não estão vinculados à Praxe, salvo arrogando-se direitos por ela consignados exclusivamente a estudantes.

Artigo 21.ºOs que se formem no ISCS-N ficam

para sempre, se tiverem preenchido os

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requisitos do artigo 5º – XXIII, com a categoria de Veteranos.

No caso  de não se terem formado ou não terem preenchido os requisitos do artigo 5.º – XXIII, ficam com o grau hierárquico que tinham no dia do Cortejo da Queima das Fitas do ano da sua última matricula.

Artigo 23.ºOs que tiverem estudado no ISCS-N

e dele se tenham afastado para estudarem em qualquer outro estabelecimento de ensino superior, no caso de àquela regressarem, terão na hierarquia da praxe a categoria que lhes for dada pelo seu número de matrículas, tal como se nunca tivessem abandonado o ISCS-N.

TÍTULO IX Da hierarquia das Faculdades

Artigo 25.ºA hierarquia das Faculdades,

baseia-se nos seguintes critérios:1º- Faculdades2º- Institutos e Escolas3º- Cursos ou Faculdades mais

antigos4º- Duração escolar (anos)

TÍTULO XI Da hierarquia dos Doutores

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Artigo 27.ºA hierarquia dos Doutores em

ordem crescente é a seguinte:- Semi–Putos, Putos, Terceiranistas,

Quartanistas, Doutores de Merda, Merda de Doutores, Veteranos, Dux–Institutus.

TÍTULO XIII Da hierarquia dos animais

Artigo 29.ºA hierarquia dos animais em ordem

crescente é a seguinte:- Polícia, bicho, pára-quedista,

caloiro, caloiro estrangeiro, pastrano, cão.

CAPÍTULO III

TÍTULO I Da condição de Futrica

Artigo 31.ºAos futricas é vedado o uso de Capa

e Batina e pasta da Praxe.A infracção a esta norma

corresponde a uma sanção a aplicar:- Ou por trupes ordinárias;- Ou por trupes especialmente

constituídas para esse fim, após decisão do conselho de veteranos;

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- Ou pelos Doutores que estiverem presentes no momento em que é decidida a sanção.

* Único – Se a trupe for ordinária deverá apreender a pasta, a batina e a capa, consoante a infracção e rapar o infractor. Nas outras hipóteses, a sanção será a que tiver sido aprovada em votação por maioria simples.

TÍTULO III Da condição de Pára-quedista

Artigo 33.ºOs pára-quedistas têm uma

condição idêntica à do futrica, salvo a possibilidade do uso de capa e batina.

* Único – usando ou tendo usado capa e batina no decurso do 12º ano de escolaridade ou após ele, ficam equiparados aos bichos.

TÍTULO V Da condição de Bicho

Artigo 35.ºOs bichos não podem ser

mobilizados, mas ficam sujeitos a praxe de trupe nos termos aplicáveis aos caloiros.

Artigo 37.ºAos bichos é vedado o uso de pasta

de praxe, mas poderão utilizar-se de outras de qualquer modelo, desde que

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não haja possibilidade de confusão com aquelas.

A infracção será punida com a captura da pasta por trupe, por qualquer doutor na praxe ou por veterano, mesmo à futrica.

* Primeiro – estando presentes diversos Doutores, todos devem participar na aplicação da sanção.

* Terceiro – A pasta será entregue a um Veterano do Conselho de Veteranos, que decidirá o destino a dar-lhe.

Artigo 39.ºÉ vedado aos bichos, a transposição

da porta do ISCS-N.No caso de infracção, o bicho será

montado por um caloiro por indicação de um doutor na praxe, ou de um Veterano, mesmo à futrica, desde o local onde se encontra, até à porta principal da ISCS-N.

* Único – para efeitos deste artigo, constitui ISCS-N todo o edifício reservado a fins docentes Universitários, quer tenham ou não esse nome.

TÍTULO VII Da condição de Caloiro

Artigo 41.ºOs caloiros estão sujeitos à praxe

de trupe após as 21 horas.* Primeiro – Os caloiros que forem

elementos de organismos académicos

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não estão sujeitos a qualquer sanção nos 30 minutos anteriores ou seguintes aos respectivos ensaios, treinos ou espectáculos, desde que se dirijam para suas casas ou delas venham, pelo caminho considerado mais curto.

* Terceiro – A praxe de trupe por infracção ao que se dispões neste artigo, traduzir-se-á em rapanço se as crinas do animal tiverem mais de dois dedos de altura, ou sanção de unhas no caso contrário.

Artigo 43.ºAos caloiros é vedado o uso da

pasta da praxe ou de qualquer outro modelo.

A infracção será punida pela captura da pasta e sanção de unhas, a aplicar por trupe ordinária ou extraordinária, por qualquer Doutor na Praxe, ou por Veterano, mesmo à futrica.

* Único – A pasta apreendida será entregue ao Conselho de Veteranos que decidirá do destino a dar-lhe.

Artigo 45.ºOs caloiros têm por dever fornecer o

substrato necessário para que, quem exerça a praxe, possa dar largas à sua veia artística. O uso de produtos não cosméticos para a obtenção das obras-primas está interdito. Os caloiros não podem assistir à aplicação de sanções, salvo nos casos em que lhes seja

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concedida autorização para tal por parte dos veteranos presentes. A infracção será punida com sanção de unhas pelos Veteranos presentes, pela trupe que estiver a aplicar a sanção, ou por uns e outros conjuntamente, cabendo a primazia aos Veteranos.

Artigo 47.ºEm céu aberto e no ISCS-N, é

vedado aos caloiros pegarem na Pasta da Praxe, com ou sem insígnias. À infracção corresponde sanção de unhas a aplicar pelo proprietário da pasta, por qualquer Doutor na Praxe, ou por Veterano, mesmo à futrica, que esteja presente.

* Único – podem todavia pegar nela, livres de sanção, se entre esta e as suas mãos interpuserem qualquer peça do seu vestuário ou lenço.

TÍTULO IX Da condição de Caloiro Estrangeiro

Artigo 49.ºSão aplicáveis aos caloiros

estrangeiros os artigos 43º, 45º, 47º.Artigo 51.ºAos caloiros estrangeiros é vedada

a permanência na via pública após as 21 horas e até às 7 horas do dia seguinte. À infracção corresponde sanção de unhas a aplicar por trupe.

Artigo 53.º

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Quando se verifiquem todas as condições necessárias ao uso de grelo, os que durante o ano lectivo tiverem sido caloiros estrangeiros poderão usa-lo, desde o início da queima das fitas até ao dia do Cortejo, e, nesse dia e dia seguinte, pôr fitas.

Cabendo-lhes o uso de fitas, apenas as poderão usar desde o início da queima das fitas até ao dia do cortejo, e, nesse dia e dia seguinte, usar cartola e laço da praxe.

Artigo 55.ºOs caloiros estrangeiros a quem

convenha usufruir nos anos seguintes as regalias dos que foram caloiros nacionais, poderão optar por esta categoria mediante pedido dirigido ao Conselho de Veteranos, que a concederá por decreto.

TÍTULO XI Da condição de Pastrano

Artigo 57.ºAos pastranos é permitido o uso de

pasta da praxe nas condições estabelecidas para os semi–putos.

TÍTULO XIIIDa condição se Semi-Puto

Artigo 59.º

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Aos semi–putos é permitido o uso de pasta da praxe, só podendo usá-la na mão, tendo o braço completamente estendido.

Artigo 61.ºAos semi–putos é vedado dobrar a

pasta da praxe, virar a abertura para cima ou usar monograma.

Artigo 63.ºOs semi–putos apenas poderão

mobilizar um caloiro de cada vez e terão de o acompanhar sempre, sob pena da mobilização ficar sem efeito.

Artigo 65.ºOs semi–putos não podem exercer a

praxe em mobilizações ou aplicar sanções sem ter a capa sobre os ombros e a pasta da praxe.

Artigo 67.ºOs semi–putos não podem trazer

consigo insígnias da praxe, mas poderão utilizar-se delas, quando a isso tiverem direito desde que nelas agarrem protegendo-as com qualquer peça de vestuário ou lenço.

Artigo 69.ºOs semi–putos não podem proteger

nem ser protegidos.Artigo 71.ºAos semi–puto é vedada a

permanência na via publica após as 24 horas; à infracção corresponde sanção de unhas, que poderá ser aplicada por

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trupe ou por qualquer doutor da hierarquia superior ou igual a puto.

Artigo 73.ºOs semi–putos só podem aplicar

sanção de unhas nos seguintes casos:1.º - Caso estejam em trupe e a

sanção se aplique a alguém de categoria inferior na escala da praxe.

3.º - Quando se estiver a exercer praxe sobre ele e o que a exerce a infringir também, caso não esteja presente um doutor de grau hierárquico igual ou superior a puto, a quem caberia aplicar a sanção.

5.º - Quando se aplique uma sanção a bicho/caloiro por uso da pasta da praxe.

* Único – no caso do n.º 3 deste artigo, estando presentes vários doutores de hierarquias diferentes, apenas poderão aplicar a sanção aquele ou aqueles que tiverem hierarquia superior.

TÍTULO XV Da condição de Puto

Artigo 75.ºAos putos é permitido exercerem a

praxe em mobilizações, sem necessidade de terem a capa sobre os ombros ou a pasta da praxe.

Artigo 77.º

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Aos putos é permitido o uso do monograma na pasta, dobra-la em espiral, e virar a abertura para cima. No caso de terem a pasta dobrada em espiral, o monograma deve ser visível.

Artigo 79.ºOs putos, não estando em trupe, ou

julgamento, só podem aplicar sanção de unhas, estando de capa caída sobre os ombros.

Artigo 81.º Aos putos é vedada a permanência

na via pública após as 3 horas da manhã.

A infracção corresponde sanção de unhas a aplicar por trupe ou por qualquer outro doutor de hierarquia igual ou superior a quartanista, salvo se este tiver sido caloiro no mesmo ano.

Artigo 83.º Os putos apenas podem mobilizar

apenas dois caloiros de cada vez.

TÍTULO XVII Da condição de Terceiranista

Artigo 85.ºOs terceiranistas estão sujeitos aos

artigo 75º, 77º, 79º, 81º, 83º.

TÍTULO IXX Da condição de Quartanista

Artigo 87.º

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Aos quartanistas é permitido dobrarem a pasta de modo a que as duas abas se inclinem para dentro.

Artigo 89.º Os quartanistas podem mobilizar

um número indefinido de caloiros.Artigo 91.º Aos quartanistas é vedada a

permanência nas vias públicas após as 6 horas da manhã. À infracção corresponde sanção de unhas a aplicar por trupe ou por qualquer doutor de hierarquia igual ou superior a quartanista, salvo se este tiver sido caloiro no mesmo ano.

TÍTULO XXI Da condição de Doutores de Merda

Artigo 93.ºOs doutores de merda podem usar

grelo na respectiva pasta após a sua latada ou cortejo de imposição de insígnias.

Artigo 95.ºSó os doutores de merda podem

fazer parte das comissões da queima das fitas.

TÍTULO XXIIIDa condição de Merda de Doutores

Artigo 97.º

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Os Merda de Doutores podem usar fitas na respectiva Pasta após a sua Latada ou Cortejo de imposição de insígnias.

Artigo 99.ºSó os Merda de Doutores podem

usar Pasta de Luxo.Artigo 101.ºAos Merda de Doutores é vedado

atravessar ou permanecer nos Leões ao badalar da Meia–Noite.

À infracção corresponde sanção de unhas a aplicar por qualquer Doutor na Praxe ou por Veterano.

* Único – Tendo assistido à infracção aquele ou aqueles vários Doutores de hierarquias diferentes, apenas poderão aplicar a sanção aquele ou aqueles que, simultaneamente, tiverem o mesmo e mais elevado grau hierárquico.

TÍTULO XXV Da condição de Veterano

Artigo 103.ºAos Veteranos é permitido exercer

Praxe trajando à futrica (somente de Capa).

Artigo 105.ºAos Veteranos, e só estes, compete

passar revista às trupes e aplicar sanções respectivas quando algum dos componentes não estiver na praxe ou a infringi-la de modo activo.

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Artigo 107.ºSó os Veteranos podem mandar

descalçar o sapato a um infractor, ainda que não sejam eles a aplicar a sanção.

Artigo 109.ºOs Veteranos, estando de Capa e

Batina (ou casaco preto), ao passarem revista a uma trupe não carecem de estar de capa traçada.

Artigo 111.ºOs Veteranos nunca descalçam o

sapato, salvo para ir às unhas de outros Veteranos.

Artigo 113.ºQuando um Veterano infringir

qualquer preceito da praxe, ser-lhe-á aplicada a sanção de unhas por qualquer Doutor na Praxe de hierarquia superior a semi–puto.

No caso de estarem presentes vários Doutores, deverá aplicar a sanção de unhas aquele ou aqueles que, simultaneamente, tiverem o mesmo e mais elevado grau hierárquico.

* Único – Não havendo colher, só é permitido o uso do sapato se aquele ou aqueles que aplicarem a sanção forem Veteranos. Se a infracção for cometida em face de uma trupe, apenas o chefe daquela terá legitimidade para aplicar a sanção.

Artigo 115.ºPara escalonar antiguidades entre

Veteranos, atende-se em primeiro lugar

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ao número de matrículas, e, sendo estas as mesmas, ao ano de imposição de insígnias, e finalmente à hierarquia das faculdades.

TÍTULO XXVII Da condição de Dux-Institutus

Artigo 117.ºAo Dux–Institutus compete presidir

ao Conselho de Veteranos do ISCS-N a que pertence e assinar os respectivos decretos e convocatórias.

Artigo 119.ºO mandato do Dux–Institutus cessa

automaticamente quando cessar a sua qualidade de estudante da ISCS-N, embora salvaguardando o tempo necessário para a integração de um sucessor, ou ainda quando for aceite a sua demissão ou deliberada a sua expulsão pelo Conselho de Veteranos da ISCS-N.

1º - O pedido de demissão será dirigido ao Concelho de Veteranos da Faculdade, expressamente reunido para esse fim por Convocatória assinada pelo Dux-Institutus.

3º - A expulsão será feita pelo Conselho de Veteranos do ISCS-N, reunido por Convocatória assinada por um mínimo de dez Veteranos dessa Escola e cuja mesa seja constituída na forma estabelecida no artigo 297º deste

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código. Aos mesmos Veteranos compete, por convocatória pessoal, solicitar a comparência do Dux-Institutus.

Artigo 121.ºVisando o Conselho de Veteranos do

Instituto expulsar o Dux-Institutus, o Presidente da Mesa referirá as razões que levam a tal procedimento, dando em seguida a palavra ao Dux-Institutus e aos Veteranos que a pedirem.

* Único – Não comparecendo o Dux-Institutus, e a menos que se trate de factos do conhecimento geral e notoriamente verdadeiros, deverá o Conselho de Veteranos do ISCS-N diligenciar no sentido de se realizar nova reunião a fim de aquele ser ouvido.

Artigo 123.ºAo Dux-Institutus é vedada a

permanência nos Leões ao badalar da Meia–Noite. Se aí for encontrado, ser-lhe-á aplicada sanção de unhas por qualquer Doutor na Praxe ou por Veterano, mesmo à futrica, que esteja presente.

* Único – Tendo assistido à infracção vários Doutores de hierarquias diferentes, apenas poderão aplicar a sanção aquele ou aqueles que, simultaneamente, tiverem o mesmo e mais elevado grau hierárquico.

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TÍTULO XXIX Da condição de Professor

Artigo 125.ºAos professores Universitários com

direito ao uso de Borla e Capelo é vedado atravessar ou permanecer nos Leões ao badalar da Meia – Noite.

À infracção corresponde sanção de unhas, a aplicar por qualquer Doutor na Praxe ou por Veterano, mesmo à futrica.

* Único – Tendo assistido à infracção vários Doutores de hierarquias diferentes, apenas poderão aplicar a sanção aquele ou aqueles que, simultaneamente, tiverem o mesmo e mais elevado grau hierárquico.

TÍTULO XXXIDe diversos quanto às condiçõesArtigo 127.ºA qualquer grau hierárquico cabe

sempre os direitos consignados às categorias inferiores e ainda os que a Praxe para ele especificamente estabelece.

Artigo 129.ºOs alunos dos Mestrados, salvo o

uso de Capa e Batina e regalias delas derivadas, têm todas as regalias dos Veteranos do activo até ao dia do Cortejo da Queima das Fitas desse ano lectivo.

Artigo 131.º

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Os recém – licenciados têm todas as regalias dos Veteranos no activo, salvo o uso de Capa e Batina e regalias delas derivadas, até seis meses após o dia da sua formatura.

CAPÍTULO V

TÍTULO I Das condições do exercício da Praxe

Artigo 133.ºSó podem exercer a praxe os que

estiverem matriculados no ISCS-N.Artigo 135.ºEstão na praxe os que obedecerem

aos seguintes requisitos:- Terem sapatos ou botas e meias

pretas;- Terem sapatos que, quando tenham atacadores, os ilhós sejam em número ímpar;

- Terem calça preta, com ou sem porta; - Terem colete preto, não de abas ou de cerimónia;

- Terem batina preta, de botões pretos;- Terem camisa branca e lisa, com colarinhos de modelo comum, gomada ou não, e com ou sem punhos; - Terem gravata preta e lisa;

- Terem Capa preta, com ou sem cortes na parte inferior e com ou sem

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distintivos na parte interior. No caso de existirem distintivos devem ser em número ímpar;

- Não terem distintivos na lapela;- Não terem lenço visível no bolso

do peito;- Não usarem luvas nem pulseiras;- Não usarem boina;- Todos os elementos do traje

devem estar livres de etiquetas;1º- O colete e a batina, deverão ter

um número de botões pregados correspondente ao número de casas, incluindo nestas a da lapela.

3º- O bolso posterior da calça, tendo casa, tem de ter botão.

5º- A batina deve ter pregados, na parte posterior, dois botões de tamanho maior e apresentar em cada uma das mangas de um a quatro botões, mas de modo a que o número destes seja o mesmo num e noutro punho. Os aspectos respeitantes aos punhos também se aplicam ao casaco.

7º- É proibido o uso de botins ou botas altas.

9º- É facultativo o uso de gorro da Praxe, o qual não tem borla nem termina em bico.

11º- A roupa interior e os bolsos não estão sujeitos a revista.

13º- Os distintivos da Capa não podem ser visíveis estando esta traçada ou sobre os ombros.

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15º- A capa deverá permanecer sempre a uma distância nunca superior a 6969 mm.

17º- O traje não pode ser fragmentado e a gravata deverá permanecer sempre no colarinho.

* Único – A utilização ofensiva do traje académico incumbe nas penas de “Gravis Ofendus”, excepto por autorização prévia do Conselho de Veteranos e/ou Dux-Institutus.

Artigo 137.ºNão é incompatível com o uso da

Capa e Batina o uso simultâneo de lenço visível no bolso esquerdo, desde que seja branco, ou de distintivos na lapela, salvo para efeitos de exercício de Praxe.

Artigo 139.ºDebaixo de tecto só pode exercer-se

Praxe no ISCS-N.* Único – Aos Veteranos é todavia

permitido mobilizar para trabalhos domésticos, se estes se efectuarem em suas casas e em proveito próprio.

Artigo 141.ºNão obstante o disposto no anterior

artigo, o Dux-Institutus pode exercer a praxe debaixo de qualquer tecto sempre que o entenda e o Conselho de Veteranos pode, em casos especiais, autorizar o exercício da Praxe em qualquer outro local.

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TÍTULO III Das Mobilizações

Artigo 143.ºSó os caloiros podem ser

mobilizados e gozados e só os Doutores os podem mobilizar e gozar.

Artigo 145.ºQualquer Doutor pode anular uma

mobilização a outro, desde que este lhe seja inferior na hierarquia da Praxe em dois graus, salvo estando o caloiro mobilizado para Cortejo Académico.

* Único – Para efeitos deste artigo, constitui graus, em sentido ascendente, apenas os seguintes:

- Caloiro, Semi–Puto, Puto, Terceiranista, Quartanista, Doutor de Merda, Merda de Doutor e Veterano.

 Artigo 147.ºAs mobilizações para o Cortejo

Académico podem fazer-se com qualquer antecedência e por decreto.

Artigo 149.ºNo caso de mobilização com

antecedência, deverá ser entregue ao caloiro um “mobilizatus documentum”.

Na falta deste, nem por isso a mobilização se considerará sem efeito, mas nem o caloiro a poderá invocar em face de nova mobilização nem o que anteriormente tiver mobilizado poderá fazer valer os seus direitos.

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* Único – Não carece de “mobilizatus documentum” as mobilizações para Cortejos Académicos e Sessões Solenes.

Artigo 151.ºOs caloiros não podem ser

mobilizados nos dias em que não haja aulas nem quando estejam de luto por morte de parentes próximos, ou sendo casados, funcionários do estado ou militares, milicianos ou não, fardados ou à paisana.

* Único – Se o caloiro estiver acompanhado de pai, mãe, avô ou avó, apenas o poderá ser por contrafé, mas nunca para mobilização imediata à entrega desta.

Artigo 153.ºNenhum caloiro, onde se efectue

uma mobilização, pode a esta assistir sem estar a ser gozado ao mesmo tempo.

Artigo 155.ºSó os Veteranos podem mobilizar

para trabalhos domésticos.

TÍTULO V Das Trupes

Artigo 157.ºAs trupes podem ser ordinárias ou

extraordinárias. Constituem trupes ordinárias os grupos de três ou mais estudantes, subordinados a um ou dois chefes, que

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têm por fim zelar pela observância da Praxe.

Constituem trupes extraordinárias as que, obedecendo às características das trupes ordinárias, se propõem executar sentença de algum tribunal ou decisão dos concelhos de veteranos.  

Artigo 159.ºOs componentes das trupes não

podem deslocar-se em veículos, motorizados ou não excepto se a viatura for de transporte colectivo e visando a perseguição do infractor da Praxe que nele se desloca.

Para a aquisição de bilhetes nas trupes que se desloquem em transporte colectivo, o chefe deverá autorizar um dos elementos da trupe a sair dela.

1º - Qualquer informação a ser prestada será fornecida pelo chefe ao elemento que saiu e dada depois por este.

 3º - A infracção a qualquer destas disposições, terá como consequência, a dissolução da trupe.

Artigo 161.ºO número mínimo de elementos de

uma trupe é três, salvo se a chefia competir a dois putos, em que será de quatro. Não há limite máximo.

Artigo 163.ºA trupe considera-se legalmente

constituída se, simultaneamente,

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satisfizer a todos os seguintes requisitos:  

1º - Ser legitimamente chefiada. 3º - Ter todos os seus elementos na

praxe e não serem visíveis os colarinhos nem quaisquer emblemas interiores da capa.

5º - Fazer-se o chefe da trupe acompanhar das insígnias da praxe.

7º - Ter sido constituída em qualquer dos seguintes locais:

Portas principais do ISCS-N;Praça dos Leões;Porta principal da Matriz Velha (Sé);Em qualquer local, mesmo fora da

cidade do Porto quando tal seja decidido pelos Veteranos presentes, se estiver em jogo o prestígio da praxe e se tratar de caso que requeira solução imediata;

Pia Baptismal.9º - Terem os componentes da trupe

conservados ininterruptamente de capa traçada, após a sua constituição.

11º - Ter o chefe da trupe, no acto da sua formação, dado três pancadas com a moca ou colher em qualquer uma das portas indicadas no n.º 4, ao mesmo tempo que diz: EN NOMINAE SOLENISSIMA PRAXIS TRUPE FORMATA/ABERTA EST.

* Único – Os componentes da trupe deverão esforçar-se para que os punhos da camisa não sejam visíveis. No caso de o serem, qualquer doutor na praxe ou

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veterano, mesmo à futrica, pode chamar à atenção para esse facto, sem qualquer outra consequência.

Artigo 165.ºA trupe considera-se legitimamente

chefiada:   - Quando é chefiada por dois putos

- Quando seja por quartanista ou de hierarquia superior.

- Quando ocupar a posição de chefe o que, dentro da trupe tiver maior grau hierárquico. - Quando for o chefe o portador das insígnias.

Artigo 167.ºCabendo a chefia a dois putos,

competirá ao de hierarquia mais elevada ou a idade dos mesmos, ser portador das insígnias.

Artigo 169.ºAs insígnias da praxe consideram-se

na praxe quando:Moca – For de pau e não tiver

saliências na cabeça.Colher – For de pau e tiver escrito

na parte interior “DURA PRAXIS SED PRAXIS”, podendo ainda ter qualquer desenho alusivo à vida académica.

Tesoura – Não tiver bicos nem for desmontável.

Penico – For de metal e tiver uma única pega do lado direito de fora, por onde terá de ser segurado, tendo nele inscrito do lado de fora “DURA PRAXIS

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SED PRAXIS” podendo ter um desenho alusivo ao seu serviço.

1º - As insígnias da praxe podem ser de qualquer tamanho.

3º - Na falta de Moca, esta poderá ser substituída por um pau de fósforo com a cabeça por queimar.

Artigo 171.ºPara a aplicação das sanções

somente as insígnias do chefe podem ser utilizadas, não podendo este trazer consigo insígnias duplas. É, todavia, permitido a qualquer outro componente da trupe trazer insígnias com vista a desdobramento ou qualquer outro fim.

Artigo 173.ºDepois de formada a trupe, se

algum dos seus elementos quiser sair, terá de pedir autorização ao chefe. No caso de sair sem essa autorização, ou destraçar a capa antes de o pedir, a trupe considera-se desfeita.

Artigo 175.ºDestraçando-se uma capa na

perseguição a um infractor, a trupe não se considerará desfeita.

Artigo 177.ºSe algum doutor estranho a uma

trupe já constituída, dela quiser fazer parte, deverá comunicar ao respectivo chefe a sua pretensão que, por sua vez, poderá ou não recusar a sua entrada. Se o que quiser entrar tiver grau hierárquico inferior ao do chefe,

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apanhará nas unhas deste. Tendo o mesmo grau ou superior entrará sem sanção, ficando a chefia da trupe sujeita ao disposto no artigo 165º.

Artigo 179.ºSe uma trupe infringir a praxe, só o

chefe ou veterano poderá ordenar a sua dissolução.

Artigo 181.ºAs trupes ordinárias podem levar

consigo um caloiro, que servirá de “cão de fila” e às quais se aplicam os seguintes preceitos:

- O caloiro não poderá dirigir-se a alguém, mas só apontar.

- Enquanto a trupe estiver a aplicar uma sanção, o caloiro ficará automaticamente fora dela, podendo, entretanto ser apanhado por outra trupe. - Se a trupe não rapar nenhum animal, o caloiro “cão de fila” será rapado antes desta se desfazer, se o chefe da trupe assim o decidir.

1º - Para efeitos do disposto no artigo 161º, o caloiro não conta como elemento.

3º - Nenhum caloiro pode ser obrigado a fazer trupe.

TÍTULO VII Do desdobramento das Trupes

Artigo 183.º

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Constitui desdobramento de trupes o fraccionamento, em qualquer local, de uma trupe validamente constituída, e de modo a que ambas se considerem na Praxe.

Artigo 185.ºNo acto de desdobramento, o chefe

da nova trupe deverá dizer:EN NOMINAE SOLENISSIMA PRAXIS

TRUPE DESDOBRATA EST.Artigo 187.ºO chefe da nova trupe deverá ser o

que, dentro da trupe inicial, tinha um grau hierárquico igual ou imediatamente inferior ao do chefe, tendo em conta a hierarquia dos cursos.

Artigo 189.ºA trupe desdobrada poderá reunir-

se à trupe inicial sempre que o deseje, sem prejuízo de novos desdobramentos.

TÍTULO IX Das Trupes de Terceiranistas ou de Quartanistas

Artigo 191.ºAs trupes de terceiranistas ou de

quartanistas são constituídas unicamente por terceiranistas ou quartanistas, respectivamente, e por semi–puto, que servirá de “cão de fila”.

Para efeitos do disposto no artigo 161º, o semi–puto não conta como elemento.

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Artigo 193.ºAs trupes de terceiranistas ou de

quartanistas terão de anunciar a sua saída com uma mortalha colocada na porta principal da igreja matriz velha e só aí se podem constituir, sob pena de serem consideradas trupes ordinárias.

Na mortalha utilizada deverá escrever-se:

TRUPE TERCEIRANISTORUM (OU QUARTANISTORUM) FORMATA EST.

Artigo 195.ºNo mesmo dia apenas poderá

formar-se uma trupe de terceiranistas ou quartanistas. Se outra ou outras se formarem desconhecendo o facto, deverão, logo que se encontrarem juntar-se ou ficar desfeita aquela cujo chefe tiver grau hierárquico inferior.

Pretendendo juntar-se e tendo os chefes o mesmo grau, resolverão de comum acordo. Na falta de entendimento, passam ambas à categoria de ordinárias.

* Único – Se algum dos elementos da trupe primeiramente formada puder provar que a outra ou outras não desconheciam que a primeira já fora formada nesse dia, a trupe ou trupes constituídas posteriormente considerar-se-ão dissolvidas.

Artigo 197.ºPara trupes de terceiranistas ou

quartanistas não há protecções.

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Artigo 199.ºAs trupes de terceiranistas ou

quartanistas só estão sujeitas a revista por parte do Dux-Institutus.

Artigo 201.ºAs trupes de terceiranistas ou

quartanistas podem interferir em quaisquer outras trupes não exclusivamente constituídas por veteranos, e ir às unhas de todos os seus componentes, salvo os fitados e veteranos que dela fizerem parte.

Sendo a trupe ordinária chefiada por veteranos, é-lhe feito pedido de dissolução, que este poderá ou não aceitar. Neste caso, os seus componentes ficam sujeitos a nova sanção de unhas e se deslocarem para uma distância superior a 100 metros do local onde a primitiva tiver sido aplicada, ou após 5 minutos se se conservarem no mesmo local ou não tiverem percorrido aquela distância.

Tendo o chefe da trupe hierarquia inferior à de veterano, a trupe ficará desfeita.

TÍTULO XIDas Trupes de Veteranos

Artigo 203.ºConstituem trupes de veteranos as

que forem constituídas exclusivamente

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por veteranos e tendo um puto como “cão de fila”.

Artigo 205.ºAs trupes de veteranos não

precisam de anunciar a sua saída.Artigo 207.ºAs trupes de veteranos só estão

sujeitas a revista por parte do Dux–Institutus.

Artigo 209ºPara as trupes de veteranos não há

protecções.

TÍTULO XIII Do modo de agir das Trupes

Artigo 211.ºOs componentes de uma trupe,

antes de aplicarem qualquer sanção, devem perguntar ao presumível infractor o que é que ele é pela praxe (Quid Praxis?).

Perante a resposta, e havendo infracção, o componente que o tiver inquirido declará-lo-á debaixo de trupe e apelará para o auxílio dos restantes companheiros por assobio ou por outro sinal combinado pedindo ao infractor logo de seguida que se coloque na sua posição natural.

Caloiro de 4;Semi-puto de 6;Puto, etc. de 6;Veterano em posição de cavaleiro.

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Colocada a trupe em volta do infractor, o chefe repetirá a pergunta e, confirmada a infracção, aplicará a sanção respectiva, fazendo-o preceder destas palavras: EN NOMINAE SOLENISSIMA PRAXIS... (aplicando) SANÇÂO APLICATA EST (encerrando) SANÇÂO TERMINATA EST.

* Único – O componente da trupe que tiver inquirido, ou o chefe em seu lugar, pode sempre pedir a palavra de honra, como modo de confirmar a declaração prestada.

Artigo 213.º Quando a palavra de honra tiver

sido dada em falso e o chefe da trupe a isso se aperceber, aplicará a sanção correspondente à natureza da infracção e à hierarquia do infractor.

Artigo 215.ºNo caso do presumível infractor não

querer dar a palavra de honra ou não querer dizer o que é pela praxe, será considerado caloiro.

Artigo 217.ºAo chefe de trupe é vedado decidir

a aplicação de uma sanção sem que tenha envidado todos os esforços para determinar a categoria hierárquica dentro da praxe, se o presumível infractor não lha souber dizer.

Artigo 219.ºSe à palavra de honra do inquirido

se opuser a palavra de honra dum dos

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componentes da trupe, prevalecerá esta e será aplicada a sanção de acordo com o grau hierárquico e a infracção cometida.

* Único – A vítima poderá interpor recurso para o Dux-Institutus, e em último caso, para o Conselho de veteranos do ISCS-N, que se poderá reunir especificamente para esse fim.

Artigo 221.ºO caloiro que ficar debaixo de trupe

para lhe ser aplicada uma sanção pode desafiar o chefe para a pancada antes desta actuar, mas só a jogará depois daquela lhe ser aplicada. Ao infractor é vedado indagar quem é o chefe da trupe antes de se lhe propor jogar à pancada.

Artigo 223.ºA todos os componentes de uma

trupe, sem distinção de hierarquia, é lícito perguntar aos presumíveis infractores o que são pela praxe, salvo quanto aos caloiros “cães de fila”.

* Único – Aos semi–putos é vedado porem a mão em veteranos no momento de inquirirem. Nao o caso de o fazerem, este, servindo-se da colher de pau da trupe ir-lhe-á ás unhas. Se se tratar do Dux–Institutus, além desta sanção, a trupe considerar-se-á desfeita.

Artigo 225.ºSe uma trupe estiver a aplicar

sanção de unhas, qualquer Veterano que a ela assista pode também aplicá-la,

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embora carecendo de autorização do chefe, que não lha pode negar.

1º - Este preceito aplica-se mesmo que seja sanção a aplicar a um qualquer membro da trupe.

3º - O Veterano terá que aguardar que toda a trupe tenha aplicado a sanção.

Artigo 227.ºSó pode ser colocado debaixo de

trupe um infractor de cada vez.Artigo 229.ºNa aplicação de qualquer sanção, os

chefes de trupe devem atender sempre aos casos especiais que plenamente justificam a permanência do infractor na via pública.

Artigo 231.ºSe um doutor se tiver proposto

proteger um caloiro ou um bicho, e uma trupe não considerar eficaz a protecção, se o doutor se oferecer em substituição do caloiro, a trupe poderá aceitá-la, aplicando imediatamente a sanção ao doutor.

Poderá ainda aplicá-la ao caloiro 5 minutos depois ou logo que este se afaste 100 metros do local do incidente.

Artigo 233.ºQuando o que estiver debaixo de

trupe se recusar receber sanção que a Praxe determina, o chefe de trupe não poderá mudar a natureza da sanção mas

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poderá lançar mão de outros meios de a aplicar.

Artigo 235.ºOs componentes de uma trupe,

salvo nos casos “ad libitum”, apenas poderão dar um número de tesouradas inferior em uma às que o chefe tiver dado, podendo, no entanto, cada um por si, abster-se de aplicar a sanção.

Artigo 237.ºOs componentes de uma trupe

apenas poderão dar um número de colheradas inferior em 2 às que o chefe tiver dado, podendo no entanto cada um por si, abster-se de aplicar a sanção.

Artigo 239.ºNa aplicação das sanções, observar-

se-á sempre, a hierarquia seguinte:Chefe ou chefes de trupe,

Veteranos, Merda de Doutores, Doutores de Merda, Quartanistas, Putos, Semi-Putos, escalonados dentro de cada grau hierárquico consoante a hierarquia na Faculdade.

Artigo 241.ºFazendo parte de uma trupe Semi-

Putos ou Putos que estejam em infracção por já ter passado a hora em que podiam permanecer na via pública, o chefe desta deverá aplicar-lhes sanção de unhas de 100 em 100 metros ou, permanecendo a trupe parada ou não se afastando daquela distancia após 5 minutos.

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1º - A sanção vai se aplicando até ao momento da trupe se dissolver.

3º - Se um Veterano ou Veteranos assistirem à aplicação da sanção, podem nela participar depois de pedirem autorização ao chefe nesse sentido, que não a poderá recusar.

5º - Os Veteranos podem dar um número de colheradas que quiserem, mas sempre em número impar.

7º - A trupe que infringir o disposto no corpo e *1º deste artigo não pode aplicar quaisquer sanções, e pode ser desfeita pelo Veterano.

Artigo 243.ºQuando façam parte de uma trupe

Semi-Putos ou Putos que estejam em infracção por já terem passado da hora em que podiam permanecer em via pública e tendo o respectivo chefe cumprido o disposto no artigo anterior, só podem aplicar sanções os que dentro da trupe tenham uma hierarquia superior ao infractor.

TÍTULO XV Da revista às Trupes

Artigo 245.ºSó os Veteranos têm a faculdade de

passar revista ás trupes.Artigo 247.ºSe um Veterano, ao passar revista a

uma trupe, encontrar algum dos seus

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membros sem estar na Praxe, vai às unhas a todos excepto ao chefe, se este for Veterano.

Artigo 249.ºSendo o chefe da trupe um

Veterano, este pode impedir qualquer revista alegando, sob palavra de honra, que a trupe está na Praxe.

Artigo 251.ºSe o chefe da trupe, estando o

Veterano de capa e batina reconhecer que este não está na Praxe, não deixará passar revista. Pondo-se o Veterano na Praxe, a nova revista poderá fazer-se a 100 metros do local do incidente, ou após 5 minutos se se conservar no mesmo local ou não tiver percorrido aquela distância.

Artigo 253.ºSe um Veterano, ao passar revista a

uma trupe revelar ignorância da Praxe, o chefe da trupe impedirá a continuação da revista.

* Único – Divergindo de opinião quanto a qualquer preceito da Praxe, prevalecerá nesse momento a opinião do chefe da trupe, podendo todavia o Veterano recorrer para o Conselho de Veteranos.

Artigo 255.ºDepois de um Veterano pedir para

passar revista, nenhum infractor da Praxe poderá ficar debaixo de trupe enquanto aquela não se fizer.

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Artigo 257.ºNenhum Veterano que tenha

assistido à revista de uma trupe pode passar nova revista enquanto a trupe permanecer no local ou desta se não ter afastado mais de 100 metros, a menos que novos membros sejam nela incorporados.

Artigo 259.ºNenhum Veterano pode passar

revista se a trupe já tiver consigo algum infractor, ainda que a aplicação da sanção se não tenha iniciado.

TÍTULO XVII Das Protecções

Artigo 261.ºDum modo geral, constitui

protecção o auxilio dado por doutores ou futricas aos caloiros ou Bichos para os livrar da praxe.

Artigo 263.ºA protecção dada pelos doutores

está sujeita às seguintes condições: Putos – Protegem saltando para o dorso do animal e dizendo:

NOS QUOQUE GENS SUMUS ET BENE CAVALGARE SABEMUS; ao mesmo tempo que se dirigem para debaixo de telha. No caso de porem um ou ambos os pés no chão antes de atingirem a telha, a protecção considerar-se-á sem efeito, ficando o animal debaixo da trupe.

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Quartanistas – Pedem protecção para um.

Doutores de Merda – Protegem um e podem pedir protecção para outro, estando de braço dado com ele.

Merda de Doutores – Protegem quantos lhe couberem debaixo da capa, tendo esta pelos ombros, mas a protecção só será eficaz se nem a cabeça nem os ombros dos protegidos ficarem visíveis.   Veteranos – Protegem todos os “animais” que estiverem ao alcance simultâneo da voz e da vista.

1º - Os Semi-Putos não podem proteger.

3º - A trupe é sempre obrigada a conceder a protecção pedida pelos quartanistas.  5º - Os Doutores que não forem Veteranos só podem proteger estando na Praxe. Os Veteranos que estiverem de Capa e Batina, deverão igualmente estar na Praxe.

Artigo 265.ºA protecção dada pelos futricas está

sujeita às seguintes condições:1º - Ser o protector pai, mãe, avô,

avó, irmão ou irmã do animal.3º - Ser o protector uma senhora

que tenha a cabeça coberta por chapéu ou lenço e traga meias.

5º - Ter o protector uma sopeira e avental.

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* 1º- A protecção do número 1º deste artigo constitui a chamada “protecção de sangue”.

* 3º- As protecções dos números 1º e 3º deste artigo só são eficazes se o animal enfiar uma das patas superiores no braço do protector.

* 5º- A protecção do número 3º só será eficaz desde que o animal se coloque debaixo do avental.

* 7º- Todos os antigos estudantes da ISCS-N que tenham tido a categoria de Veteranos podem, para efeitos de protecção, invocar essa qualidade.

Artigo 267.ºEm faces de trupes ordinárias, as

protecções de sangue são sempre eficazes.   As outras protecções não são eficazes nos seguintes casos:

- Nos três dias anteriores à abertura oficial das aulas no ISCS-N.

- Nos dias em que saiam trupes de Veteranos.

* Único – No dia da sua formatura, o recém-licenciado, e só ele, pode, proteger como Veterano, ainda que não o seja.

Artigo 269.ºNão têm qualquer espécie de

protecção os animais contra os quais haja sentença de condenação por julgamento à revelia.

Artigo 271.º

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Os vãos das portas protegem quando o animal tiver a chave da porta, bem como assim as portas dos cafés, hotéis, pensões, cinemas e outras casas públicas se não estiverem encerradas ao público.

1º- O abrigo da paragem de autocarros e eléctricos, bem assim como todos os telheiros e alpendres, não protegem.

3º- De igual modo os urinóis abertos não protegem, mas ao infractor só pode ser aplicada a sanção depois de ter urinado, ainda que não tenha sido esse o motivo que aí o levou.

TÍTULO XIXDas auto-protecções

Artigo 273.ºOs animais que levarem consigo

guitarra ou viola e demonstrarem perante a trupe que sabem tocar, ficam protegidos, salvo nos dias em que só há protecção de sangue.

Esta protecção tem o nome de protecção de instrumento.

Artigo 275.ºTodos os que estiverem

embriagados ficam auto-protegidos, ainda que só haja protecção de sangue.

Esta protecção tem o nome de protecção do “Deus Baco”.

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TÍTULO XXIDas Sanções

Artigo 277.ºAs sanções da Praxe podem ser

aplicadas por Doutores na Praxe, Veterano à futrica, trupes ordinárias ou trupes extraordinárias.

Artigo 279.ºAs sanções normais da Praxe são:- Unhas ou colheradas.- Rapanço. * Único – O Dux-Institutus, o

Conselho de Veteranos e as Reuniões de Veteranos podem estabelecer, com vista a determinados casos, sanções especiais.

Artigo 281.ºAs sanções de unhas só são

aplicadas, em princípio, com a colher da Praxe.

Não havendo colher, poderá esta ser suprida por um sapato, se um Veterano ordenar ao infractor que o descalce a fim de com este ser aplicada a sanção e ainda que ele dispense a sua aplicação.   * Único – O sapato será utilizado nas condições em que o seria a colher.

Artigo 283.ºNa aplicação das sanções normais, o

número de colheradas é sempre impar.À infracção correspondem as

seguintes sanções:

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- Se o infractor é chefe de uma trupe, esta considerar-se-á.

- Se o infractor é componente duma trupe, terá a sanção de unhas a aplicar pelo chefe e Veteranos presentes.

- Se o infractor não é componente duma trupe, aquele a quem estiver a aplicar a sanção repeti-la-á na pessoa desse infractor, mas não poderá exceder o número de colheradas mais uma.

- Se se tratar de um Veterano que tiver invocado o direito de também ir às unhas a um infractor debaixo da trupe, terá a sanção de unhas a aplicar pelo chefe de trupe.

Artigo 285.ºNa aplicação de uma sanção de

unhas, o infractor não pode sujeitar-se a ela apresentando-se de luvas.

Artigo 287.ºNa aplicação de uma sanção de

unhas, tanto o infractor como o que a aplica têm que ter os cotovelos encostados ao corpo.

Artigo 289.ºNa aplicação de sanção de unhas, é

permitido bater tanto de baixo para cima como de cima para baixo, mas só é permitido a segunda modalidade se o infractor colocar as mãos de maneira e com o intuito de dificultar a sanção.

Artigo 291.ºOs rapanços podem ser:

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AD LIBITUM – Em que qualquer membro da trupe ou do tribunal pode dar um número qualquer de tesouradas.

SECUNDUM PRAXIS – Em que cada componente da trupe ou do tribunal dá uma tesourada a menos que o chefe da trupe ou o Presidente do tribunal.

SIMBOLICA – Em que só o chefe ou o Presidente do tribunal dá uma tesourada.

Artigo 293.ºSe o que estiver a aplicar uma

sanção não for componente de uma trupe e cometer, por sua vez, uma infracção diferente da instituída no artigo 149º, aquela suspender-se-á, e tanto o infractor como os Doutores que estiverem na Praxe podem ir-lhe às unhas.

Artigo 295.ºSempre que se não estabeleçam

neste código sanções especiais, estas constituirão em sanções de unhas a aplicar por todos os Doutores presentes que estejam na Praxe, ou Veteranos, mesmo à futrica.

Artigo 297.ºSó pode aplicar sanções, o que não

estiver em infracção.Artigo 299.ºTodo o animal que tiver dado a sua

palavra de honra em falso pode ser rapado à revelia durante todo esse ano lectivo, mesmo sem ter sido julgado

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posteriormente. Deverá, todavia, fazer parte da trupe extraordinária que para tal se constituir, pelo menos um dos Doutores que tal tenha presenciado, a fim de evitar possíveis enganos quanto à identidade do animal.

Artigo 301.ºSe algum Doutor pretender aplicar

uma sanção, o infractor tem o direito de, antes, lhe perguntar o grau hierárquico e verificar se ele está na Praxe. Não o estando, recusar-se-á a aceitar a sanção.

* Único – este preceito não se estende aos componentes das trupes.

Artigo 303.ºSe na aplicação da sanção de unhas,

a menos que se trate de trupe, estiverem presentes vários Doutores, todos eles podem participar na aplicação as sanção, desde que estejam na Praxe, e outra coisa não se estatua neste código.

CAPÍTULO VII

TÍTULO IDa Comissão de Praxe

Artigo 305.ºA Comissão de Praxe do ISCS-N é o

órgão constituído nas condições e

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finalidades que resultam dos artigos seguintes.

Artigo 307.ºÉ da obrigação da Comissão de

Praxe:- Aplicar e fazer aplicar todos os

decretos do Conselho de Veteranos e/ou Dux-Institutus;

- Controlar a espécie do caloiro, eliminando ou replicando os mesmos, seja por genocídio ou clonagem, respectivamente;

- Assegurar o bom funcionamento de todas as actividades praxísticas;

Artigo 309.ºIntegram a Comissão de Praxe

Doutores, exclusivamente do ISCS-N, em número de 21.

* Único – Os Veteranos não pode integrar a Comissão de Praxe e o Conselho de Veteranos simultaneamente.

Artigo 311.ºA Comissão de Praxe será eleita

pelo Conselho de Veteranos mediante as listas apresentadas para o efeito em data por este estabelecida.

Artigo 313.ºÀ Comissão de Praxe, e aos

elementos que a constituem, é-lhes conferido soberania nas acessibilidades de causa às mais altas patentes da praxe, i.e., Conselho de Veteranos e Dux-Institutus.

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CAPÍTULO IX

TÍTULO I Do Conselho de Veteranos do ISCS-N

Artigo 315.ºO Conselho de Veteranos do ISCS-N

(C.V.C.S.) é a Assembleia constituída exclusivamente por Veteranos, nas condições e nas finalidades que resultam dos artigos seguintes.

* Único – É da competência do Dux-Institutus decidir se o número de Veteranos presentes é suficiente para proferir uma decisão.

Artigo 317.ºAs reuniões do C.V.C.S. são sempre

precedidas duma convocatória assinada pelo Dux-Institutus ou, sendo difícil contactar com ele ou estando vago o cargo, por um Veterano de cada curso ministrado nessa Faculdade ou ainda por nove Veteranos do ISCS-N.

* 1º- Caso exista mais de uma convocatória, uma delas será obrigatoriamente afixada na porta principal do ISCS-N.

* 3º- Achando-se vago o cargo de Dux-Institutus, a rubrica primeira ordem do dia será dedicada à sua eleição.

* 5º- Visando a convocatória a reunião do C.V.C.S. para apreciar o

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pedido de demissão ou expulsão do Dux-Institutus, a rubrica segunda será dedicada à eleição do novo Dux-Institutus. * 7º- Sempre que haja substituição da assinatura do Dux-Institutus, os Veteranos que o substituírem ficam solidariamente responsáveis perante o C.V.C.S. pela autenticidade do impedimento.

Artigo 319.ºO C.V. reunirá sempre sob a

presidência do Dux-Institutus, desde que este se ache presente. Estando o cargo vago, não tendo o Dux-Institutus comparecido ou visando o Conselho a sua demissão ou expulsão, assumirá a presidência o Veterano presente que maior número de matrículas tenha no ISCS-N ou, caso exista empate, pelo que tiver maior idade.

Sob a sua orientação será constituída a Mesa da Presidência, dela devendo fazer parte tantos Veteranos quantos os cursos ministrados nessa faculdade, sendo, sempre que possível, um de cada um desses cursos e, em relação a estes, o que tiver maior número de matriculas.

No caso de não haver representante de cada curso, o Presidente substitui-lo-á como melhor entender.

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* Único – Estando o Dux-Institutus presente, a constituição da mesa far-se-á do mesmo modo.

Artigo 321.ºVisando o C.V.C.S. eleger o Dux-

Institutus, depois de constituída a mesa nos termos do artigo anterior, o Presidente desta iniciará consultas no sentido de conseguir os elementos indispensáveis à sua eleição.

Artigo 323.ºO Dux-Institutus deverá indicar um

sucessor tendo em conta o número de matrículas, apesar de este não ser um factor decisivo. O Conselho de Veteranos decidirá da aprovação, por votação, do nomeado.

* Único – O C.V.C.S., quando necessário, pode nomear uma comissão encarregada de fazer consultas Extra – Conselho visando fazer comparecer na reunião seguinte um Veterano que, reunindo as condições necessárias para ocupar o cargo, tal se proponha aceitar.

Artigo 325.ºNão estando vago o cargo de Dux-

Institutus e não estando este presente, o Presidente da mesa exporá as razões da sua ausência, se delas tiver conhecimento e sendo caso de imperiosa necessidade, apresentará a proposta da reunião prosseguir. Conseguida uma votação unânime positiva, a Assembleia dará início à ordem do dia.

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* Único – O Presidente da mesa não carecerá de invocar a “imperiosa necessidade” se for de presumir que o Dux-Institutus nem conhecia a realização da reunião nem se achava impedido de comparecer.

Artigo 327.ºNão estando presente o Dux-

Institutus a uma reunião do C.V.C.S., e tendo alegado falsamente o seu impedimento, as deliberações tomadas nesse conselho só serão válidas se novo conselho validamente constituído as sancionar.

Artigo 329.ºOs Conselhos de Veteranos, do

ISCS-N reunidos por convocatória que não obedeçam aos requisitos dos artigos 415 a 419, não poderão efectuar-se ou, efectuando-se, não terão validade as suas decisões.

Artigo 331.ºAs decisões tomadas pelo C.V.C.S.

deverão constar de decreto redigido pelo Presidente da mesa de colaboração com os restantes membros desta e publicado no final da reunião ou nas 24 horas seguintes ao termo desta, sob pena de não serem válidas.

Artigo 333.ºSó Veteranos ou Veteranas podem

assistir aos trabalhos do C.V.C.S., embora o voto só pertença aos primeiros.

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* Único – Os que tiverem estudado no ISCS-N e tido a categoria de Veteranos podem assistir às reuniões do Conselho, mas sem direito a voto.

Artigo 335.ºTodas as decisões do C.V.C.S. são

tomadas por votação, não havendo lugar a votos de qualidade.

* Único – O C.V.C.S. não pode decidir por escrutínio secreto.

Artigo 337.ºQuando haja empate nas votações,

o Presidente da mesa pode prolongar a discussão da causa e, após ela, proceder a nova votação.

Artigo 339.ºO C.V.C.S. que aceitar a demissão

ou deliberar a expulsão do Dux-Institutus deverá proceder a imediata eleição do novo Dux-Institutus antes de entrar na discussão da parte restante da ordem do dia, havendo-a.

Não havendo a possibilidade de eleger nessa mesma sessão o novo Dux-Institutus, o Presidente conciliará os artigos 313 e 315.

Artigo 341.ºAntes da ordem do dia poderão ser

abordados artigos nela não contidos, mas o conselho não poderá tomar decisões imediatas sobre eles.

Artigo 343.ºTendo o mesmo Conselho procedido

à eleição do Dux-Institutus e tomadas

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outras deliberações, serão publicados dois decretos no final da sessão, sendo um deles dedicado à eleição do Dux-Institutus e o outro às restantes deliberações.

* 1º- No decreto onde se consigna a eleição do Dux-Institutus, este assinará na qualidade de mero Veterano, devendo os componentes da mesa assinar no local de ordinário destinado à assinatura do Dux-Institutus.

* 3º- No outro decreto o Dux-Institutus assinará já nessa qualidade.

Artigo 345.ºAo C.V.C.S. compete servir de

tribunal de apelação, eleger ou demitir ou ainda expulsar o Dux-Institutus, autorizar a conversão dos caloiros estrangeiros em caloiros nacionais nos termos do artigo 53.º, fixar os termos em que a praxe deve subsistir no ISCS-N, e ainda tomar decisões relacionadas com a praxe.

TÍTULO III Das reuniões de Veteranos

Artigo 347.ºConstituem reuniões de Veteranos o

conjunto de Veteranos acidentalmente presentes num mesmo local e à mesma hora que, em face de um caso não previsto na Praxe ou sobre o qual não sejam claras as consequências que esta

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estabelece, chamam a si a decisão de aplicação imediata.

Artigo 349.ºA reunião de Veteranos é permitida

pelo Veterano presente com maior número de matrículas no ISCS-N e as decisões por ele tomadas só terão força vinculativa se seguidas de imediata execução.

Artigo 351.ºAs decisões das reuniões de

Veteranos não são passíveis de recurso, mas os Veteranos que nelas tenham tomado parte são solidariamente responsáveis, perante qualquer Conselho, pelas decisões tomadas.

CAPÍTULO XI

TÍTULO I Dos Julgamentos

Artigo 353.ºOs julgamentos são actos solenes

realizados prioritariamente no ISCS-N, e ainda em locais que se julguem convenientes, por tribunal com a constituição, finalidade e ambiente que resulta dos artigos seguintes.

Artigo 355.ºOs tribunais são constituídos por

um júri, um promotor de justiça e um oficial de diligências.

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Artigo 357.ºA sala onde se realiza o julgamento

deve preencher os requisitos:- Estar privada de luz natural.- Ser iluminada por uma vela que

tenha por castiçal uma caveira.- Ter pelo menos duas mesas, sendo

uma delas destinada ao júri e outra, colocada à direita desta, destinada ao promotor de justiça.

- Ter as mesas cobertas com capas.- Ter as insígnias da Praxe bem

como as Pastas dos Fitados que constituem o júri na mesa a este destinada.

- Ter as pastas com as fitas para fora.

- Ter na mesa do promotor de justiça a respectiva pasta com grelo.

- Ter como banco dos réus um penico cheio de água.

Artigo 359.ºO júri será constituído por 3 Merda

de Doutores, representando pelo menos dois cursos.

Artigo 361.ºO promotor de justiça será um

grelado de qualquer curso, do ISCS-N.Artigo 363.ºO oficial de diligências será um

semi-puto do ISCS-N.Artigo 365.ºSó podem assistir aos julgamentos

os Doutores que estiverem na Praxe e

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tiverem a Capa traçada pela cabeça, de forma a só ficarem visíveis os olhos.

Artigo 367.ºOs réus podem comparecer à futrica

nos julgamentos, mas serão “ornamentados” de acordo com as ordens do júri.

Artigo 369.ºAntes de iniciar o julgamento e a

fim de verificar se todos estão na Praxe e se têm a capa pela cabeça, os membros do júri devem passar revista a todos os Doutores de hierarquia mais elevada ou daquele a quem é aplicada.

Se o que não está na Praxe é membro do júri, renunciará a essa função abandonando a sala.

* Único – Se assim o entenderem, os juizes poderão passar revista apenas no final do julgamento.

Artigo 371.ºCompete ao juiz Presidente abrir a

sessão proferindo as seguintes palavras, em tom solene e destacado: EN NOMINAE SOLENISSIMA PRAXIS AUDIENTIA ABERTA EST.

Artigo 373.ºAberta a sessão e tendo feito

comparecer o réu ou réus, o juiz dará palavra ao promotor público que fará a acusação. Esta poderá ser feita simultaneamente contra um ou todos os réus, consoante a natureza e unidade

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dos delitos praticados ou de acordo com o que melhor entender o promotor.

Terminada a acusação, ordenará ao oficial de diligências que faça comparecer o advogado ou advogados de defesa, a quem de seguida será concedido o uso de relincho.

* Único – Só os caloiros podem ser advogados de defesa.

Artigo  375.ºFindas as acusações e as defesas, o

juiz suspenderá a sessão, proferindo as seguintes palavras: EN NOMINAE SOLENISSIMA PRAXIS AUDIENTIA INTERROMPIDA EST AD JUDICES DELIBERARENT.

Artigo 377.ºFeita a deliberação entre os

membros do júri, o juiz reabrirá a sessão dizendo: EN NOMINAE SOLENISSIMA PRAXIS AUDIENTIA REABERTA EST e, após breve intervalo acrescentará: EN NOMINAE SOLENISSIMA PRAXIS JUDICES DELIBERARENT, seguindo-se a leitura das sentenças após a identificação de cada um dos réus. * Único – As sentenças não são passíveis de recurso, mas os réus podem apelar para o Dux-Institutus no sentido deste aplicar sanções ao tribunal se este tiver cometido graves infracções à Praxe.

Em último caso, pode mesmo apelar para o Conselho de Veteranos do ISCS-N,

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que poderá, se assim o entender, aplicar sanções mais fortes ao réu ou réus.

Artigo 379.ºEmbora todos os réus possam estar

em conjunto presentes à leitura das sentenças, a execução far-se-á isoladamente para cada um deles.

Artigo 381.ºA fim de dar comprimento às

sentenças, todos os Doutores presentes deverão ter capas traçadas, salvo os semi-putos, que as deverão ter pela cabeça.

Artigo 383.ºNa aplicação das sanções obedecer-

se-á à hierarquia da Praxe salvo a prioridade dos juizes, embora quanto a estes se deva obedecer também a essa hierarquia.

* Único – Ainda que faça parte da mesa do júri um Veterano, terá prioridade o juiz Presidente.

Artigo 385.ºO não comparecimento de um réu

não impossibilita o tribunal de tomar conhecimento das acusações que sobre ele pesem e proferir a respectiva sentença. Salvo o preceituado no artigo seguinte, estas poderão depois ser executadas a todo o tempo e a qualquer hora.

Artigo 387.ºAs sentenças que tiverem sido

proferidas no decurso de determinado

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ano lectivo prescrevem no 1º dia da Queima das Fitas.

Artigo 389.ºA não comparência de um réu ou

advogado de defesa a um julgamento constitui severa agravante.

TÍTULO III Da tourada ao Lente

Artigo 391.ºConstitui “Tourada ao Lente” a

recepção feita pela academia ao professor Universitário Doutorado, nacional ou estrangeiro, no momento em que este se disponha a dar no ISCS-N a sua primeira aula teórica a alunos Universitários.

Artigo 393.ºHaverá uma “comissão de

recepção” constituída por 5 caloiros que tomará assento na mesa de Presidência.

Artigo 395.ºO Lente toureado no decurso da

cerimónia, tem a categoria de animal, como tal devendo ser tratado.

Artigo 397.ºÀ comissão de recepção compete

elaborar um tema em latim macarrónico para a tese que o animal irá defender perante o auditório, bem como brindá-lo com um farto pasto de palha.

Artigo 399.º

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A cerimónia considerar-se-á extinta quando um fitado apadrinhar o toureado colocando-lhe a pasta sobre a cabeça.

* 1º- Não tendo havido ainda uma imposição de insígnias ou não estando nenhum fitado presente qualquer doutor na praxe o poderá apadrinhar, cobrindo-lhe a cabeça com a ponta de uma capa que deverá ter sobre os ombros.

* 3º- Se o toureado não estiver a “dar gozo”, o apadrinhamento não poderá fazer-se antes de decorridos 15 minutos. Não obstante, se algum doutor o fizer, este considerar-se-á válido, sem prejuízo de, em reunião de Veteranos imediata se deliberar a aplicabilidade duma sanção ao padrinho.

Artigo 401.ºApenas podem assistir às touradas:- Os caloiros que constituem a

comissão de recepção.- Os Doutores que estiverem de

capa e batina.- Os Veteranos ou Veteranas mesmo

à futrica.- Os alunos e alunas do professor

nessa cadeira.* 1º- Todos os que estiverem de

capa e batina têm de estar na Praxe.  * 3º- À infracção corresponde

sanção de unhas a aplicar por todos os Veteranos presentes, finda a tourada.

Artigo 403.º

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Depois do apadrinhamento, todos os Doutores presentes devem felicitar o professor, tendo já em atenção a sua verdadeira categoria social e posição dentro do ISCS-N.

CAPÍTULO XIII

TÍTULO I Dos Decretos

Artigo 405.ºConstituem decretos todos os

textos redigidos em latim macarrónico que contenham deliberações de qualquer conselho ou se destinem a suspender a praxe, nos termos neles contidos, por um ou mais dias.

Artigo 407.ºOs decretos de qualquer conselho,

quando este tenha decorrido sob a presidência de um Dux-Institutus, só são válidos se obedecerem a todos os requisitos seguintes:

1º- Serem redigidos em latim macarrónico, embora, se necessário, com palavras isoladas em português.   3º- Terem a assinatura do Dux-Institutus e de todos os Veteranos presentes à reunião de Conselho.

5º- Serem afixados à porta da respectiva faculdade quando emanados do conselho de Veteranos da Faculdade.

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7º- Terem a data referida às Kalendas e em numeração romana.

* Único – A assinatura de um Dux-Institutus será posta à esquerda em local bem destacado, e será a única a figurar nessa coluna. As restantes assinaturas serão colocadas na coluna da direita. As colunas são as que resultam de uma passagem de uma linha imaginária pelo centro do papel, no sentido vertical.

Artigo 409.ºOs decretos provenientes de um

conselho quando este tenha decorrido sem a presença de um Dux-Institutus só são válidos se forem preenchidos os requisitos 1º, 5º e 7 º do artigo anterior e se a sua assinatura for substituída pela dos componentes da mesa da presidência.

Artigo 411.ºOs decretos não provenientes dos

concelhos só são válidos se forem preenchidos os requisitos 1º, 5º e 7º e parte primeira do n.º 3º do artigo 397.º e se a parte segunda do n.º 3º do mesmo artigo for substituída por Veteranos representativos de todos os cursos do ISCS-N.

Em nenhum caso poderá o mesmo Veterano assinar nas duas colunas de um decreto.

Artigo 413.º

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Os requisitos de validade de um decreto não podem ser sanados depois da sua afixação se já tiverem decorrido 24 horas.

Artigo 415.ºA infracção a qualquer dos

requisitos de validade implica a inexistência de todo o seu texto.

Artigo 417.ºO conteúdo dos decretos

provenientes de um conselho pode ser alterado a todo o tempo se houver possibilidade material disso e se não ofender o espirito das decisões tomadas pelo conselho em questão.

Artigo 419.ºAs assinaturas nos decretos são em

latim macarrónico, seguidas da indicação da faculdade ou curso que o Veterano frequenta, e não podem ser feitas em folhas anexas. O Veterano indicará o curso no caso dele ser originário do C.V.C.S.

Artigo 421.ºAs assinaturas que substituírem a

de um Dux-Institutus devem ser encimadas pelas expressões: EN VACATIO DUXIS, ou EN IMPEDIMENTUS DUXIS, conforme os casos.

Artigo 423.ºTodos os decretos publicados serão

propriedade do ISCS-N.

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TÍTULO IIIDas Convocatórias

Artigo 425.ºAs convocatórias são documentos

destinados a convocar um Conselho.Artigo 427.ºConstituem requisitos de validade

das convocatórias os seguintes:- Serem redigidos em latim

macarrónico.- Serem assinadas pelo Dux-

Institutus ou, no seu impedimento, por um Veterano de cada curso do ISCS-N, caso a convocatória vise reunir o conselho de Veteranos do ISCS-N.

- Terem a data em que são feitas, em numeração romana.

- Conterem a ordem do dia, o local, data e hora da reunião.

- Serem afixadas com uma antecedência mínima de 48 horas.

Artigo 429.ºQuando visem reunir o C.V.C.S.

deverá ser afixada uma cópia na porta principal do ISCS-N.

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TÍTULO V Contrafés

Artigo 431.ºAs contrafés são documentos

destinados a intimar a comparência de caloiros no ISCS-N ou em casa de Veteranos, ou ainda de caloiros ou Doutores num Conselho de Veteranos.

Artigo 433.ºAs contrafés só podem ser redigidos

pelos Veteranos pertencentes ao ISCS-N ou à casa ou onde o caloiro deve comparecer ou, quando se vise a comparência de um caloiro ou Doutor num dado Conselho pelo Dux-Institutus desse conselho.

Artigo 435.ºConstituem requisitos de validade

das contrafés os seguintes:- Serem redigidos em latim

macarrónico.- Conterem o nome do destinatário.- Serem assinados por um Veterano

ou pelo Dux-Institutus.- Conterem o nome do ISCS-N, do

Conselho, a direcção da casa, a data e a hora a que devem comparecer.

- Conterem a data em que foi passada referida às Kalendas e em numeração romana.

- Conterem a finalidade a atingir.

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- Serem entregues com uma antecedência superior a seis horas.

* Único – Destinando-se a convocatória a fazer comparecer um caloiro para efeitos de um julgamento como réu ou advogado de defesa, deverão ser assinadas pelo promotor de justiça respectivo.

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TÍTULO VII Das Cartas de Alforria

Artigo 437.ºConstitui carta de alforria o

documento redigido em latim macarrónico pelo qual um Conselho de Veteranos exime um caloiro das sanções da praxe a que normalmente esteja sujeito.

* Único – O Conselho de Veteranos de uma faculdade apenas pode passar cartas de alforria a caloiros dessa faculdade.

Artigo 439.ºA carta de alforria deve conter o

nome do caloiro a que é concedida, a faculdade onde pertence, as razões da concessão da carta, a data em que é concedida e ser assinada pelo Dux-Institutus e também pelo Conselho de Veteranos quando por este for concedida.

Artigo 441.ºA carta de alforria só pode ser

passada a caloiros que tenham prestado relevantes serviços à academia.

Artigo 443.ºUm conselho pode reunir

exclusivamente para passar uma carta de alforria.

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TÍTULO IX Do “Mobillizatus Documentum”

Artigo 445.ºConstitui “mobilizatus

documentum” o documento redigido em latim macarrónico destinado a assegurar a prioridade de uma mobilização com antecedência.

Artigo 447.ºO “mobilizatus documentum”

deverá conter o nome do caloiro, a instituição a que pertence, o local, e hora, e o dia em que este deve comparecer, a data em que é passado e o nome e o grau hierárquico do que o passa.

Artigo 449.ºSó os Veteranos podem passar

“mobilizatus documentum”.Artigo 451.ºNão obstante a existência dum

“mobilizatus documentum” os prazos de antecedência das mobilizações não podem exceder as 72 horas.

TÍTULO XI Do “Salvus Conductus”

Artigo 453.ºConstitui “salvus conductus” o

documento redigido em latim macarrónico e concedido a caloiros para os proteger das sanções da praxe em dia

Page 78: Codex Praxis

e no espaço de tempo nele mencionados.

Artigo 455.ºO “salvus conductus” deverá ter o

nome do caloiro a que é concedido, a data em que é passado, o nome e o grau hierárquico de que o passa, as razões por que é passado e o espaço de tempo dentro do qual é válido.

* Único – O espaço de tempo de validade é o que se calcular necessário tendo como base as razões por que é passado.

Artigo 457.ºSó os Veteranos podem conceder

“salvus conductus”, tendo em conta que a sua validade nunca deva ser superior a uma hora.

Page 79: Codex Praxis

CAPÍTULO XV

TÍTULO ÚNICO Da Praxe às Raparigas

Artigo 459.ºAs raparigas estão, sujeitas à Praxe

só que na aplicação das sanções, deverá ter-se em especial consideração o sexo, a natureza da infracção e a tradição académica.

* Único – As raparigas não podem ser sujeitas a rapanço ou simples tesourada sendo substituído esse preceito por banho efectuado com o penico da Praxe.

Artigo 461.ºAs raparigas só podem ser

mobilizadas para trabalhos domésticos por Veteranas.

Artigo 463.ºAs caloiras nacionais ou

estrangeiras não podem usar pasta da praxe nem de qualquer outro modelo, sob pena de esta ser apreendida, por qualquer Doutor na Praxe ou Veterano mesmo à futrica e entregue a um conselho, que decidirá do destino a dar-lhe.

Artigo 465.º

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As raparigas só podem usar as suas insígnias pessoais estando de traje, devendo este ser constituída por:

- Sapato preto de qualquer modelo.- Saia, casaco preto e de modelo

simples. Camisa branca.- Laço ou gravata.- Capa.1º- As meias deverão ser de cor

preta e nunca completamente opacas.3º- O casaco pode ou não ter

bandas de seda, mas não terá gola de pele.

5º- A saia não pode ser rodada e deve, em comprimento, ficar à altura do joelho.

7º- A capa deverá permanecer sempre a uma distância nunca superior a 6969 mm.

9º- O traje não pode ser fragmentado e a gravata deverá permanecer sempre no colarinho.

* Único – A utilização ofensiva do traje académico incumbe nas penas de “Graves Ofendus”, excepto por autorização prévia do Conselho de Veteranos e/ou Dux-Institutus.

CAPÍTULO XVII

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TÍTULO I Do uso da Pasta da Praxe

Artigo 467.ºSó aos Doutores e Doutoras é

permitido o uso da pasta da praxe, na forma consignada nos títulos XI a IXX do capítulo terceiro.

Artigo 469.ºOs que usarem pasta de Praxe

devem trazer dentro dela, pelo menos, um livro de estudo, uma sebenta ou um caderno de apontamentos ou, na falta destes, um papel com o mínimo de 5 palavras escritas pelo portador; à infracção correspondem as sanções dos artigos 453.º e 493.º consoante a natureza do sexo.

TÍTULO III Das Insígnias Pessoais

Artigo 471.ºAs insígnias pessoais são a

Semente, a Nabiça, o Grelo, e as Fitas.Artigo 473.ºOs portadores de insígnias pessoais

usá-las-ão com as seguintes cores:Medicina Dentária – Amarelo e

Amarelo TorradoPsicologia Clinica – LaranjaCiências Farmacêuticas – RoxoCiências da Ed. Física, S. e Desp. –

Castanho

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Prótese Dentária – Amarelo e Castanho

Enfermagem – Amarelo e BrancoFisioterapia – Amarelo e CinzentoPodologia – Amarelo e BordeauxArtigo 475.ºAs insígnias que se irão usar no

decurso do ano lectivo são postas no dia da latada ou cortejo respectivo às 11 da manhã. A latada de um ano ou curso só pode efectuar-se depois de terminados os exames de sua época de Outubro e terá lugar em dia combinado entre todos ou segundo data indicada pelo C.V.C.S. respectivo.

Artigo 477.ºA Semente é constituída por uma

fita de 2,5cm de largura e 19 cm de comprimento total, dobrada em duas.

A Nabiça é um laço feito com uma fita de 2,5cm de largura e 12,5 cm de comprimento.

Artigo 479.ºAs insígnias dos grelados são

constituídas por uma fita de 3,5 cm de largura e 19 cm de comprimento, circundando a pasta e terminando em laço.O laço só pode ter, no máximo, 3 nós.

Artigo 481.ºSe o laço do grelo de um Doutor de

Merda colocado na pasta, se desfizer quando puxado por uma das pontas, ser-lhe-á aplicado a sanção de unhas.

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Artigo 483.ºNo grelo pode escrever-se o dia em

que se foi buscar, o dia da latada e um ponto de interrogação.

Artigo 485.ºAs insígnias pessoais dos fitados

são constituídas por 8 fitas de 7,5cm de largura e 41 cm de comprimento, presas em volta da pasta.

Artigo 487.ºNa falta de uma das fitas na pasta

de um Merda de Doutor, a menos que estas se encontrem recolhidas, ser-lhe-á aplicada a sanção de unhas.

Artigo 489.ºAos Merda de Doutores só é

permitido fazerem assinar as suas fitas após as férias da Páscoa.

A distribuição das fitas tendo-se a pasta inteiramente aberta e com a parte inferior virada para baixo, é a seguinte:Junto ao monograma da parte de baixo da pasta, professores; a partir desta, e para a direita e sucessivamente: Pais, noivo, noiva, marido ou mulher, colegas, amigos, parentes próximos, irmãos e colegas de curso.

Artigo 491.ºOs que tenham ido buscar insígnias

e não tenham obtido nos finais desse ano lectivo resultados que permitam o seu uso no ano seguinte, não poderão ir buscá-las novamente na queima das fitas seguinte.

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Artigo 493.ºA mesma espécie de insígnias

pessoais só pode ser usada no dia do cortejo da queima das fitas, no dia seguinte a este e durante um ano lectivo, a partir do dia da latada do ISCS-N até ao dia do cortejo da queima das fitas.

* Único – Os que se apresentem a exame final de licenciatura podem usar as fitas tantas vezes quantas as que se apresentem a exame.

Artigo 495.ºApós as 21 horas é vedado o uso

das insígnias pessoais aos grelados e fitados havendo praxe, a menos que estas se encontrem devidamente recolhidas. De igual modo não podem ser usadas insígnias pessoais:

- Nos Domingos e dias feriados.- No decurso das férias do Natal,

carnaval e páscoa.- Fora dos limites da cidade do

Porto.Artigo 497.ºO uso da pasta com insígnias

pessoais dentro de automóveis, fora da cidade do Porto, só constitui infracção quando o seu proprietário as tiver na mão.

Artigo 499.ºAos Doutores de Merda ou Merda de

Doutores levando consigo as suas insígnias pessoais é vedado

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transportarem consigo volumes de grandes dimensões.

Artigo 501.ºOs que não tenham sido caloiros

estrangeiros só podem usar fitas depois de terem usado grelo, pelo menos três dias.

Artigo 503.ºA sanção de unhas a aplicar aos

Merda de Doutores ou Doutores de Merda por motivo das suas insígnias pessoais, pode ser aplicada por trupe ou por qualquer Doutor na praxe ou Veterano, mesmo à futrica. Estando presente um Veterano, é ele que dá nas unhas e só com a sua autorização os restantes Doutores presentes não Veteranos podem aplicar também essa sanção.

TÍTULO V Da vigência da Praxe

Artigo 505.ºA Praxe inicia-se 3 dias antes da

abertura oficial das aulas do ISCS-N, e termina no último dia da Queima das Fitas.

* Único – Estes períodos podem ser alterados mediante Decretum.

Artigo 507.ºQuando não há aulas, não há Praxe

excepto nas férias do Carnaval, no três primeiros dias posteriores ao início das

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férias do Natal e Páscoa e nos três dias anteriores ao início do segundo semestre lectivo e aos Domingos.

CAPÍTULO XIX

TÍTULO I Graves Ofendus

Artigo 509.ºDo emaranhado ignóbil de

atentados ao juízo e moral da nossa sociedade, importa destacar aqueles actos que nem em pensamentos devem ser magicados:

1º- Ser caloiro.3º- Ser caloira.5º- Ofender a Academia ou qualquer

um dos seus membros.7º- Furtar-se à Praxe.9º- Macular o solo.11º- Ser encontrado fortemente

embriagado.13º- Andar trajado antes da

Imposição das Insígnias.15º- Andar nu.17º- Vestir a pele de animais

considerados em vias de extinção.19º- Usar propositadamente roupa

deteriorada.

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21º- Usar incorrectamente o Traje Académico.

DURA PRAXISSED PRAXIS