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  • ii

    REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    SECRETARIA DE OPERAÇÕES INTEGRADAS DIRETORIA DE OPERAÇÕES

    Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública

    DNAISP

    Proposta de Doutrina Nacional.......

    2ª edição

    Brasília – DF

    2019

  • iii

    Copyright ©Secretaria de Operações Integradas - SEOPI, 2019.

    Capa: Alcione Rogério de Freitas Haselein Organização, revisão e formatação: Adonival Coelho de Souza Júnior, Antônio Edgard Santos Jesus e Clelcimar

    Santos Rabelo de Sousa

    Equipe de revisão e atualização da 2ª Edição – DNAISP

    Adonival Coelho de Souza Junior - Ten Cel PMMT Antonio Edgard Santos de Jesus - Cel PMBA Augusto Cesar Torquato Junior - Ten Cel PMSC Bruno Rezende Cabral – Ten Cel PMMT Carlos Antonio Galvão Almeida - Cap PMPI Cícero Domingos dos Santos - Cap PMAL Cláudio José Martins - Sgt PMMT Clelcimar Santos Rabelo de Sousa - Cel PMMT Dário Bertoldo Pinheiro - Ten Cel PMMA Edinéia Santos Chagas - DPC RR Elizeu José dos Santos - APC TO Glauco de Lima da Silva - Sub Ten PMERJ Henrique de Souza Lima Júnior – Cel PMTO Fabíola Barbosa Silva - Maj PMAP Ivan Fredovino Ramos Junior - Cel CBMPE Kelli Maria Souza Santos - Cb PMSE Leonardo Farias Le-Roy - Maj PMERJ Luis Gustavo Rosa Coelho -Ten Cel PMRO

    Luiz Carlos Valadares Veras Júnior - Ten Cel PMTO Manoel Alves de Araujo - Maj PMSE Marcelo Gayer Barboza - Ten Cel PMRS Ozevaldo Santos de Melo - Ten Cel PMMS Pablo de Oliveira Rodriguez – CAP PMPR Paulo Fernandes - Ten Cel PMAC Renato de Araújo Cardoso – DPC MG Ricardo Godoi Alcântara - Cap PMGO Samuel Fernandes Soares - Cap PMESP Sandra Mara Guaglianoni Neto - DPC RS Valterlins Dutra de Sousa - Cel PMPB Valério de Oliveira da Costa Alvarenga – DPC PA Vera Lúcia Sousa Santos - Cap PMBA Wagner de Oliveira Soares - Cap PMRN Wanius de Amorim - Cel BMRJ Willyam Becker Demartini - Maj PMMT

  • iv

    Equipe de estudo e contribuição para revisão da DNAISP

    GRUPO DE TRABALHO 1 (Capítulo I)

    Águeda Bueno Nascimento Homem – DPC MG Argemiro Pereira dos Santos – Cel. PMAC Aritanã Lisboa de Rosário – Cel. PMMA Aylon José de Oliveira Júnior – Cel. PM RR GO Diego França – DPF COT Endrigo Veiga Marques – DPC RS Fábio Pinto Cardoso – Ten. Cel. BMSE Felipe Teixeira Gabriel – APC DF Francimar Vieira da Costa – Ten. Cel. BMMS George Stephenson B. Benício – Ten. Cel. PMCE Ivan Fredovino Ramos Júnior – Cel. BMPE (Coord.) Jobasine Almeida Barbosa – Cap. PMAL Leonardo de Alcantara Merigueti – Ten. Cel. BMES Leonardo Farias Leroy – Maj. PMERJ (Coord.) Nilton Rodrigues de Souza – Cel. EBRN Pedro Borges – EPF COT Rafael Francisco França - DPF Raimundo Luis S. de Cerqueira – Ten. Cel. PMBA Valéria de Souza Pereira – Maj. BMAP Victor Paulo Fortes Pereira – Cel. PMMT Wagner de Oliveira Soares – Cap. PMRN (Coord.)

    GRUPO DE TRABALHO 2 (Capítulo II)

    Alexandre Mascarenhas dos Santos – Ten. Cel PMPA Cícero Domingos dos Santos – Cap. PMAL (Coord.) Davi Moroni de Souza – Cel PMRRRO Eduardo Haroldo de Lima – Ten. Cel. BMSC Flavio de Sousa Dias – Maj. PMCE Flavio Henrique dos Santos Lima – Ten. Cel. BMRN Izael salazar Rocha Jansem – Cap. PMRR José Inephanio de Souza Cardoso – DPC SE Marcelo Gaier Barboza – Ten. Cel. PMRS (Coord.) Marta Suelene da Silva – DPC PE Paulo Almeida da Silva Martins – Cel. PMPB Renan de Oliveira Libório – Cap. PMAM Rodrigo Perin de Lima – Maj. PMPR Ronaldo Macêdo de Araújo – Ten. Cel. BMPI Willyam Becker Demartini – Maj. PMMT (Coord.)

    GRUPO DE TRABALHO 3 (Capítulo III)

    André Luís Gossain – DPC MA Antônio de Arruda Brayner Neto – DPC PB Celso Luiz Pinheiro – Acessor Tec. SSPSP Fabíola Barbosa Silva – Maj. PMAP (Coord.) Flávia Costa Tarchetti – Maj. BMDF Guilherme Pacífico da Silva – DPC ES Kleber Haddad Lane – Cel. PMMS Lúcio Ponte Torres – DPC CE Luis Gustavo R. Coelho – Ten. Cel. PMRO (Coord) Marco Antônio de Oliveira Cidon – Cel. PMPA Moisés Magalhães de Sousa – Maj BMMG Orleiso Ximenes Muniz – Ten. Cel. BMAM Paulo Fernandes – Ten. Cel. PMAC (Coord.) Ricardo César Santana Lima – Ten. Cel. PMBA Ricardo Ribeiro Dias - APC AL Sandro Mendonça – Maj. PMGO Túlio Pereira Motta – DPC TO

    GRUPO DE TRABALHO 4 (Capítulo IV)

    Alexandre Lemos Carneiro – Ten. Cel. BMRJ Alexandre Luis de Freitas Almeida – Cel. PMRO Anderson Puglia – Maj. PMPR Carlos André da Silva – Cel. PMDF Cristianne Germano Rodrigues - Cap. PMAP Dimar Freitas de Mesquita Junior – DPC RR Hermes Silva de Macedo – Cel. PMAM (Coord.) Isandré Antunes de Souza – Maj. BMRS Luciano Dias Fonseca – Ten. Cel. PMAC Marcilio Rossine da Silva – Cel. BMPE Nilton Rodrigues de Souza Ricardo Godoi Alcântara – Cap. PMGO (Coord.) Rielder Batista dos Santos Reinaldo – DPC PI Sandra Mara Guaglianoni Neto – DPC RS (Coord.) Silvio Cesar Aragão – Ten. Cel. PMSE Tiago Eloi Santos Sarraf – 1º Ten. BMSC Vera Lúcia Sousa Santos – Cap. PMBA (Coord.) Zacarias Conceição Vitalino – Ten. Cel. PMMT

    GRUPO DE TRABALHO 5 (Capítulo I)

    Carlos Renato Machado Paim – Ten. Cel. PMDF Cleber José Borges Sobrinho – Maj. PMTO Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas – Cel. EB R1 (MG) Ilma Leonor Magarão Paiva – DPC BA Jones Miguel Pereira da Silva – Cel. PMAP José Augusto Pivolli de Almeida – Ten. Cel. PMES José Nildson de Oliveira – Cel. BMCE Juliano Sousa Leite - PRF Manoel Alves de Araújo – Maj. PMSE (Coord.) Manoel Leandro da Silva – DPC GO Márcio Robert Feitosa Araújo – Cel. BMMA Marcus José da Silva Cabral – DPC AC Ozevaldo Santos Melo – Ten. Cel. PMMS (Coord.) Paulo Sergio Pilz e Campos Mello – DPC SP Valterlins Dutra de Sousa – Cel. PMPB (Coord.) Walfranio da Silva Bispo – Cel. BMAL Wellington Clay Porcino Silva – DPF DF

    GRUPO DE TRABALHO 6 (Capítulo II)

    Antônio Carlos Folha Leite – Maj. PMTO Augusto C. Torquato Jr – Ten. Cel PMSC (Coord.) Cleilson de Araújo Pinho – Maj. PMCE (Coord.) Fábio Henrique Cordeiro de Souza – Ten. Cel. PMPI Fábio Oliveira Barucke – DPC RJ Getúlio de Morais Vargas – DPC PR Gewrly Batista Melo – Cel. BMRR Humberto Freire de Barros – DPF PE Lucas Severiano de Lima Medeiros – Cel. BMPB Luis Antônio Sá Braga – Ten. Cel. PM MS Mairton Dantas Castelo Branco – Ten. Cel. PMRN Paulo César G. Duarte – Ten. Cel. PMES (Coord.) Ramiro Mathias Ribeiro Queiroz – DPC MT Régis Rocha da Rosa – Cel. PMRS Rodrigo Galende Marques de Carvalho – DPC PA

  • v

    GRUPO DE TRABALHO 7 (Capítulo III)

    Adriana Silveira de Arruda – DPC CE Alexandre Marcos Caproni -MAJ BMPR (Coord.) Antônio Carlos Martins Junior – DPC MA Carlos Alberto de Camargo Junior – Maj. PMSP Carlos Antônio Galvão Almeida – CAP PMPI (Coord.) Cátia Simone Gonçalves Emanuelli – APC CE Edineia Santos Chagas – DPC RR (Coord.) Fábio José Martins – Ten. Cel. PMSC Gilberto Cardoso da Silva – DF Jairison Correa de Mello – Cel. PMRRAL James Clei Silva de Carvalho – Ten. Cel BMAC Jeremias dos Santos – DPC ES João de Deus Dias de Figueiredo – Ten. Cel. PMAM Marcelo Santos Falcão Queiroz – DPC TO Nelzito Coelho Oliveira – Ten. Cel. BMBA Reginaldo Pinheiro dos Santos - Ten. Cel. BMPA Wanderson Junho G. Reis – Ten. Cel. BMGO

    GRUPO DE TRABALHO 8 (Capítulo IV)

    Adriano Garcia Geraldo – DPC MS Álvaro Sales Rodrigues - 3º SGT PMAMFN Carla Caldas Fontineli Brizze Lima – DPC PI Diego Gonçalves de Azevedo – DPC SC Ellan Wagner Oliveira de Souza – APC RR Elziovan Matias Moreno Lima – Ten. Cel. PMDF José Roberto de Santana – Cel. PMPE Lavozier José de Souza – Ten. Cel. BMPB Lindoval Rodrigues Leal – Cel. BMRO Odilon Teodósio dos Santos Filho – DPC RN Paulo Correia Rodrigues – Ten. Cel. BMMT Samuel Fernandes Soares – Cap. PMSP (Coord.) Sandro Alex Canuto Gonçalves – Maj. PMMG Thiago William Tolentino – 1º Ten. BMPR Valério de Oliveira Alvarenga – DPC PA (Coord.) Vanius Cesar Santa Rosa – Ten. Cel. PMRS

  • vi

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 7

    SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 13

    INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13

    1 FUNDAMENTOS DA ATUAÇÃO INTEGRADA .................................................... 14

    1.1 Finalidade ........................................................................................................... 14

    1.2 Premissas .......................................................................................................... 14

    1.3 Princípios ........................................................................................................... 14

    1.4 Diretrizes ............................................................................................................ 16

    1.5 Atividade de Inteligência de Segurança Pública ............................................ 16

    1.6. Atuação Integrada nas Atividades Investigativas ......................................... 17

    1.7 Modelo de Liderança ......................................................................................... 17

    1.8 Processo Decisório ........................................................................................... 18

    1.8.1 Conceito ..................................................................................................... 18

    1.8.2 Situação de normalidade ........................................................................... 18

    1.8.3 Situação de crise........................................................................................ 18

    1.9 Status Operacionais .......................................................................................... 18

    1.9.1 Status Operacional Ordinário – SOO ......................................................... 18

    1.9.2 Status Operacional Mínimo – SOM ............................................................ 19

    1.9.3 Status Operacional Pleno – SOP ............................................................... 19

    1.9.4 Observações comuns aos três status ........................................................ 19

    1.10 Fluxo de Informação e Comunicação ............................................................ 19

    1.10.1 Fluxo de Informação ................................................................................ 19

    1.10.2 Fluxo de Comunicação ............................................................................ 20

    1.10.3 Comunicação Social ................................................................................ 20

    1.10.4 Padronização de Linguagem, Terminologias e Símbolos ........................ 20

    1.11 Áreas de Interesse Operacional e Impactadas ............................................. 21

    1.11.1 Áreas de Interesse Operacional – AIO´s .................................................. 21

    1.11.2 Áreas Impactadas – AI´s .......................................................................... 21

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 8

    2 O SISTEMA INTEGRADO DE COORDENAÇÃO, COMUNICAÇÃO, COMANDO E

    CONTROLE (SIC4) ................................................................................................... 22

    2.1 Transição do SICC dos grandes eventos para o SIC4 na segurança pública ... 22

    2.2 Conceitos e definições básicas ....................................................................... 22

    2.2.1 SIC4 ........................................................................................................... 22

    2.2.2 Coordenação ............................................................................................. 23

    2.2.3 Comunicação ............................................................................................. 23

    2.2.4 Comando e Controle .................................................................................. 23

    2.3 Objetivos ............................................................................................................ 24

    2.3.1 Geral .......................................................................................................... 24

    2.3.2 Específicos ................................................................................................. 24

    2.4 Níveis de responsabilidade do SIC4 ................................................................ 24

    2.4.1 Nível Político .............................................................................................. 24

    2.4.2 Nível Estratégico ........................................................................................ 25

    2.4.3 Nível Tático ................................................................................................ 25

    2.4.4 Nível Operacional....................................................................................... 25

    2.5 Estruturação e composição do SIC4 ............................................................... 25

    2.5.1 Estrutura .................................................................................................... 25

    2.5.2 Composição do SIC4 em nível nacional .................................................... 26

    2.5.3 Composição do SIC4 em nível estadual/distrital ........................................ 26

    2.5.4 Composição do SIC4 em nível municipal ................................................... 27

    2.6 Governança e Gestão........................................................................................ 28

    2.7 Etapas para implantação da Atuação Integrada ............................................. 29

    2.7.1 Sensibilização política e institucional ......................................................... 29

    2.7.2 Elaboração da Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança

    Pública ................................................................................................................ 29

    2.7.3 Acordos de cooperação para implantação do SIC4 ................................... 29

    2.7.4 Nivelamento, capacitação e treinamento técnico ....................................... 30

    2.7.5 Modernização e expansão de CICCs......................................................... 30

    2.7.6 Monitoramento e avaliação ........................................................................ 30

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 9

    3 PROCESSO DE ATUAÇÃO INTEGRADA – PAI .................................................. 31

    3.1 Definição ............................................................................................................ 31

    3.2 Ciclo de Planejamento ...................................................................................... 32

    3.2.1 Ações Preliminares e Preparatórias ........................................................... 32

    3.2.2 Levantamento preliminar dos riscos........................................................... 32

    3.2.3 Elaboração dos planos e documentos integrados ..................................... 33

    3.2.4 Organização da operação .......................................................................... 34

    3.2.5 Nível de Criticidade .................................................................................... 35

    3.3 Ciclo de Execução ............................................................................................. 36

    3.3.1 Início do ciclo operacional .......................................................................... 36

    3.3.2 Coordenação e monitoramento da operação ............................................. 36

    3.3.3 Término do ciclo operacional ..................................................................... 37

    3.3.4 Operação Extraordinária ............................................................................ 37

    3.4 Ciclo de Avaliação ............................................................................................. 37

    3.4.1 Início do ciclo de avaliação ........................................................................ 37

    3.4.2 Envio dos formulários de avaliação............................................................ 38

    3.4.3 Recebimento e análise dos dados ............................................................. 38

    3.4.4 Elaboração de relatório .............................................................................. 38

    3.5 Ciclo de Consolidação ...................................................................................... 38

    3.5.1 Debriefing geral da operação ..................................................................... 38

    3.5.2 Elaboração do relatório geral da operação ................................................ 39

    4 CENTROS INTEGRADOS DE COMANDO E CONTROLE ................................... 40

    4.1 Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN) ........................ 40

    4.1.1 Definição .................................................................................................... 40

    4.1.2 Composição ............................................................................................... 40

    4.1.3 Estrutura .................................................................................................... 40

    4.1.4 Competências ............................................................................................ 41

    4.2 Centro Integrado de Comando e Controle Estadual ou Distrital (CICCE e

    CICCD) ...................................................................................................................... 41

    4.2.1 Definição .................................................................................................... 41

    4.2.2 Composição ............................................................................................... 41

    4.2.3 Estrutura .................................................................................................... 41

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 10

    4.2.4 Competências ............................................................................................ 42

    4.3 Centro Integrado de Comando e Controle Municipal (CICCM) ...................... 42

    4.3.1 Definição .................................................................................................... 42

    4.3.2 Composição ............................................................................................... 42

    4.3.3 Estrutura .................................................................................................... 42

    4.3.4 Competências ............................................................................................ 43

    4.4 Requisitos dos Centros Integrados ................................................................. 43

    4.4.1 Performance .............................................................................................. 43

    4.4.2 Segurança .................................................................................................. 43

    4.4.3 Ergonomia .................................................................................................. 44

    4.4.4 Infraestrutura .............................................................................................. 44

    4.4.5 Confiabilidade ............................................................................................ 44

    4.4.6 Perenidade ................................................................................................. 44

    4.4.7 Modularidade ............................................................................................. 44

    4.5 Procedimento Administrativo Padrão (PAP) ................................................... 44

    5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 45

    REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 46

    APÊNDICES ............................................................................................................. 48

    Apêndice A: Plano Estratégico de Atuação Integrada ...................................... 48

    Apêndice B: Plano Operacional de Atuação Integrada .................................... 49

    Apêndice C: Protocolo de Atuação Integrada .................................................... 50

    Apêndice D: Matriz de Atividades ...................................................................... 50

    Apêndice E: Plano de Comunicação ................................................................. 52

    Apêndice F: Ordem de Serviço dos CICCs/similares ........................................ 53

    Apêndice G: Relatório de Reunião .................................................................... 54

    Apêndice H: Relatório Diário do Ciclo Operacional ........................................... 55

    Apêndice I: Relatório Final do Ciclo Operacional .............................................. 56

    Apêndice J: Relatório Geral da Operação ......................................................... 57

    Apêndice K: Procedimento Administrativo Padrão – PAP ................................. 57

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 11

    ANEXOS ................................................................................................................... 59

    Anexo A: Manual do Processo de Atuação Integrada da DIOP ......................... 59

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 12

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ABIN – Agência Brasileira de Inteligência C4 – Coordenação, Comunicação, Comando e Controle CBM – Corpo de Bombeiros Militar CICC – Centro Integrado de Comando e Controle CICCD – Centro Integrado de Comando e Controle Distrital CICCE – Centro Integrado de Comando e Controle Estadual CICCM – Centro Integrado de Comando e Controle Municipal CICCN – Centro Integrado de Comando e Controle Nacional DEPEN – Departamento Penitenciário Nacional DIOP – Diretoria de Operações DNAISP – Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública GM – Guarda Municipal MD – Ministério da Defesa MJSP – Ministério da Justiça e Segurança Pública NOC – Núcleo de Operações Centrais OISP – Operações Integradas de Segurança Pública PAI – Processo de Atuação Integrada PAP – Procedimento Administrativo Padrão PC – Polícia Civil PF – Polícia Federal PLACOM – Plano de Comunicação PM – Polícia Militar PNSPDS – Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social PRF – Polícia Rodoviária Federal SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SENAD – Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas SENASP – Secretaria Nacional de Segurança Pública SESGE – Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos SIC4 – Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle SOM – Status Operacional Mínimo SOO – Status Operacional Ordinário SOP – Status Operacional Pleno SSP – Secretaria de Segurança Pública SUSP – Sistema Único de Segurança Pública TI – Tecnologia da Informação

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 13

    APRESENTAÇÃO

    Esta publicação trata-se da versão 2.0 da Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP revisada e atualizada em decorrência da reunião de alinhamento ocorrida em Brasília/DF nos dias 21 e 22 de março de 2019, com a participação de representantes dos órgãos de segurança pública dos níveis federal, estadual e distrital.

    INTRODUÇÃO

    A Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP, foi elaborada, a partir da experiência do conceito de Comando e Controle dos grandes eventos, contando com a contribuição dos representantes da segurança pública dos estados da federação, presentes no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional – CICCN, através do estudo e análise da prática de atuação operacional integrada em várias operações1 coordenadas pelo CICCN no ano de 2018.

    A DNAISP preenche uma lacuna, do governo federal, na gestão do processo de atuação integrada com os órgãos de segurança pública, apresentando uma proposta de padronização e orientação para o desenvolvimento dos ciclos de planejamento, execução, monitoramento, avaliação e consolidação das ações e operações integradas de segurança pública e defesa social no Brasil.

    Buscando fomentar e promover a realização de operações integradas de segurança pública, com o compartilhamento de informações, tecnologias e boas práticas de gestão e governança entre instituições das três esferas de governo, entende-se como necessário estabelecer uma doutrina nacional que possa fortalecer a atuação integrada, mantendo e respeitando a autonomia dos entes federativos e as atribuições institucionais.

    Nesse sentido, esta publicação é orientadora para o desenvolvimento da atuação integrada em operações e atividades integradas de segurança pública e defesa social realizadas pelos órgãos de segurança pública e/ou órgãos convidados.

    O primeiro capítulo apresenta a finalidade da DNAISP e estabelece os fundamentos a serem observados na atuação integrada: premissas, princípios, diretrizes, modelo de liderança, processo decisório, status operacionais e fluxo de informação e comunicação entre os centros integrados e os órgãos envolvidos na operação ou atividade integrada.

    O capítulo 2 define os objetivos, níveis de responsabilidades, estruturação, composição, governança e gestão e etapas para implantação do Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle (SIC4).

    Já no capítulo 3, temos a descrição da metodologia do Processo de Atuação Integrada (PAI), detalhando as principais etapas e atividades realizadas durante os ciclos de planejamento, execução, monitoramento, avaliação e consolidação.

    E no capítulo 4 apresenta-se os conceitos, estruturas, competências, requisitos e procedimento administrativo padrão dos Centros Integrados de Comando e Controle.

    1Fórum Mundial da Água; Paralisação dos Caminhoneiros; Esforço Integrado na Fronteira; Eleições; Enem.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 14

    1 FUNDAMENTOS DA ATUAÇÃO INTEGRADA 1.1 Finalidade

    Estabelecer a base doutrinária para o Processo de Atuação Integrada (PAI) na realização de ações e operações de segurança pública e defesa social, operacionalizando o Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle (SIC4) nas três esferas de governo.

    A DNAISP apresenta a metodologia de aplicabilidade nos ciclos de planejamento, execução, monitoramento, avaliação e consolidação para as operações integradas de segurança pública e defesa social, realizadas entre os órgãos de segurança pública. 1.2 Premissas

    As premissas de Atuação Integrada estão alinhadas às competências e

    atribuições da Secretaria de Operações Integradas (SEOPI) do Ministério da Justiça e Segurança Pública em consonância com os objetivos e estratégias colimadas na Política Nacional de Segurança Pública, e serão levadas em consideração nas ações e operações integradas de segurança pública e defesa social, baseando-se nos seguintes pressupostos:

    I) Respeito à autonomia dos entes federativos e atribuições legais dos órgãos

    de segurança pública e defesa social;

    II) Respeito à cultura organizacional de cada agência/instituição, otimizando a habilidade e conhecimento técnico;

    III) Integração dos órgãos de segurança pública e interoperabilidade dos

    sistemas;

    IV) Utilização de um ambiente, preferencialmente, comum2 para gestão e monitoramento das ações e operações integradas; e

    V) Avaliação sistemática das ações integradas de segurança pública e defesa

    social. 1.3 Princípios

    São os fundamentos da atuação integrada do Sistema Integrado de

    Coordenação, Comunicação, Comando e Controle (SIC4) a serem observados durante os ciclos de planejamento, execução, monitoramento, avaliação e consolidação das ações e operações integradas. Dentre esses princípios, destacam-se:

    2 Considera-se ambiente comum os Centros Integrados de Comando e Controle ou estruturas similares utilizadas

    pelo estado que tenham condições de acomodar e realizar a gestão e o monitoramento das operações e atividades

    integradas.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 15

    I) Coordenação, Comunicação, Comando e Controle (C4): atuação integrada sob a ótica da liderança situacional, observando-se as atribuições constitucionais, a partir de ambiente comum com o uso de sistemas de monitoramento compartilhados e o fluxo de comunicação estabelecido;

    II) Continuidade: habilidade de operar ininterruptamente no planejamento, na

    coordenação e na execução de operações integradas, ou ainda em operações específicas, observando-se os ciclos previstos, suas peculiaridades e status de mobilização. O planejamento deverá contemplar a utilização de redundância de meios, a fim de se mitigar problemas que possam comprometer a aplicação desse princípio;

    III) Consenso: mecanismo de eleição de preferências coletivas, baseado no tipo

    de atividade integrada realizada para definição de objetivos, metodologias e tomadas de decisões durante a atuação, no qual as agências devem se comprometer com as decisões tomadas pelo colegiado;

    IV) Eficiência: governabilidade de otimizar os recursos disponíveis para a

    realização das operações integradas, ou seja, máximo poder de força que deve ser aplicado em momento e local oportuno para se alcançar um resultado positivo;

    V) Flexibilidade: capacidade de adaptação do planejamento, das estruturas, da

    organização e das funcionalidades, de modo a acompanhar a evolução nos processos das operações integradas;

    VI) Integração: perspectiva de atuação integrada multiagência com respeito as

    atribuições legais dos órgãos e das instituições envolvidas numa atividade, mediante coordenação e fluxo de comunicação integrada dos ciclos de planejamento, execução, monitoramento, avaliação e consolidação;

    VII) Interoperabilidade: capacidade de promover a comunicação entre os sistemas (informatizados ou não), compartilhando dados e informações entre os órgãos envolvidos para gerar conhecimento e assessorar a gestão e a tomada de decisão; e

    VIII) Liderança Situacional: atribuição de competência decorrente do caráter específico de uma atividade, visando a coordenação integrada das ações, respeitadas as atribuições dos órgãos e instituições envolvidos.

    IX) Oportunidade: atuar de maneira eficaz e pontual com informações

    preventivas, possibilitando o melhor emprego das forças; X) Objetividade: atuação e emprego dos recursos das agências com foco no

    propósito da operação que deve possuir objetivos claramente definidos e mensuráveis;

    XI) Priorização: definição clara das atividades a serem desenvolvidas alinhadas

    ao atingimento dos objetivos em virtude das limitações de recursos para atender a todas as demandas; e

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 16

    XII) Segurança: Capacidade de estabelecer medidas protetivas para garantir a segurança dos operadores, orgânica3, cibernética4, lógica5 e a segurança da informação e comunicações6 dos ambientes de atuação integrada.

    1.4 Diretrizes

    A atuação integrada multiagências, a partir da metodologia do PAI, observará os

    ciclos de planejamento, execução, monitoramento, avaliação e consolidação das ações e operações de segurança pública e defesa social, por meio das seguintes diretrizes:

    I) Articulação política para fortalecer a doutrina de atuação integrada, visando a

    implantação e operacionalização do SIC4;

    II) Fomento à integração dos órgãos de segurança pública para a utilização da metodologia do Processo de Atuação Integrada de segurança pública e defesa social;

    III) Fomento à elaboração de projetos de inovação tecnológica para

    modernização e expansão das estruturas de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle; e

    IV) Promoção de nivelamento, capacitação e treinamento técnico para o

    desenvolvimento de competências e consolidação da doutrina de atuação integrada do SIC4.

    1.5 Atividade de Inteligência de Segurança Pública A Atividade de Inteligência de Segurança Pública tem como principal entrega a produção e salvaguarda de conhecimento para subsidiar a tomada de decisão, por esse espectro, seu produto é de suma importância para o êxito das operações integradas a cargo das multiagências encarregadas da prevenção e repressão delitiva.

    O planejamento e execução das operações integradas em muito dependem de uma atividade de inteligência eficiente, no que concerne ao levantamento e difusão das informações indispensáveis ao conhecimento do contexto local, aonde estas irão se desenvolver.

    3 Segurança orgânica se refere às medidas adotadas a fim de restringir o acesso das instalações dos

    CICCs/similares com a adoção de medidas eficazes de controle de acesso, bem como da adoção de um conjunto de medidas destinadas a prevenir e obstruir as ações de qualquer natureza que ameacem a salvaguarda de dados, conhecimentos e seus suportes do sistemas.

    4 Segurança cibernética se refere a estas medidas nos meios virtuais, garantindo seus ativos de informação e suas infraestruturas críticas.

    5 Segurança lógica é o conjunto de métodos e procedimentos automatizados, destinados a proteger os recursos computacionais contra sua utilização indevida ou desautorizada, intencional ou não.

    6 Segurança da informação e comunicações são as ações que objetivam viabilizar e assegurar a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e a autenticidade de dados e informações. (conceito do MD 35-G-01 – Glossário das Forças Armadas) As medidas de segurança se desenvolvem através da contrainteligência, definida como atividade que objetiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar a inteligência adversa, espionagem e ações de qualquer natureza que constituam ameaças à salvaguarda de dados, informações, conhecimento de interesse e da segurança ou patrimônio dos CICCs e das agências no processo de atuação integrada.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 17

    A inteligência possui sistema (SISBIN – Sistema Brasileiro de Inteligência) e doutrina própria (DNISP – Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública), que balizam o desenvolvimento da atividade. 1.6. Atuação Integrada nas Atividades Investigativas Se o resultado de uma Atividade de Inteligência eficiente é de suma importância para o êxito das operações integradas, dependendo do escopo da operação, o mesmo pode se dizer da cooperação técnica entre as Polícias Judiciárias, por meio das Forças Tarefas, que em sua peculiaridade constituem-se em verdadeira atuação integrada na atividade investigativa, em consonância com o conceito desenvolvido na presente DNAISP. Nesse sentido, nos últimos anos o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) tem integrado as Forças-tarefas essencialmente por meio de seus órgãos federais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário, visando o desenvolvimento de atividades investigativas e operacionais de combate a crimes graves praticados pelo crime organizado e suas subespécies: organizações ou e/ou associações criminosas. Aos órgãos federais têm-se juntado os órgãos de segurança e de sistema prisional dos Estados, que por meio de Acordo de Cooperação Técnica pactuam enfrentar conjuntamente a mesma atividade delitiva. Resultados positivos advindos dessa união de esforços já começam a ser colhidos em várias unidades federativas. Percebe-se assim, que a atuação integrada no âmbito das atividades investigativas sob responsabilidade das Polícias Judiciárias, inclusive a militar, sendo um processo incipiente, depende das rotinas de efetiva atuação conjunta direcionada e balizada segundo os critérios de colaboração e complementaridade necessários à apuração de infrações penais. 1.7 Modelo de Liderança

    O modelo de coordenação adotado no SIC4 é o da liderança situacional,

    observando-se o escopo da missão a ser desempenhada. Neste modelo, as atribuições legais dos órgãos são respeitadas, sendo que o órgão que está na liderança situacional é apoiado pelos demais órgãos para o cumprimento dos objetivos comuns de uma operação ou atividade integrada. O líder situacional do ciclo de planejamento é o responsável pela gestão e coordenação da elaboração de planos e documentos integrados necessários ao cumprimento da missão.

    O líder situacional do ciclo operacional é o responsável pela gestão e coordenação das ações durante a realização das operações e atividades integradas.

    É fundamental a escolha pela instituição que estiver atuando na liderança

    situacional de um coordenador com perfil articulador, agregador, conciliador, respeitador, motivador, com poder de decisão no âmbito de sua instituição e que tenha pleno domínio e conhecimento das atividades que serão realizadas, devendo delegar

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 18

    ações para a inclusão e participação efetiva de cada instituição na atividade integrada. Este perfil de liderança facilitará o processo de integração e impulsionará as ações e participações das instituições com o comprometimento dos demais representantes institucionais no processo. 1.8 Processo Decisório

    1.8.1 Conceito

    É a proposição da solução de um problema mediante a avaliação diagnóstica de causas e cenários, de modo a definir alternativas para tomada de decisão.

    No processo decisório deve-se avaliar as alternativas existentes para a escolha da melhor solução dos problemas, de modo a minimizar as improvisações definindo linhas de ação que dão mais segurança sobre o resultado que deve ser alcançado.

    1.8.2 Situação de normalidade

    O processo de tomada de decisão da atuação integrada observará o contexto da situação a ser decidida e sua repercussão, nos níveis estratégico, tático e operacional, considerando o âmbito nacional e regional.

    Sempre que houver o envolvimento de duas ou mais instituições, a decisão deverá ocorrer de forma consensual pelos seus representantes nos CICCs/similares, observando-se os objetivos, diretrizes, atribuições e responsabilidades previstas nos planos, protocolos e demais documentos integrados.

    1.8.3 Situação de crise

    Não havendo consenso ou sendo extrapolada a competência dos representantes dos órgãos nos CICCs/similares no processo de tomada de decisão, o fato será levado, via coordenador do CICC/similares, ao escalão superior, conforme escalonamento da situação/crise e protocolos de acionamento dos dirigentes institucionais e autoridades políticas.

    1.9 Status Operacionais

    Nos ambientes comuns na atuação integrada devem ser estabelecidos status operacionais para fins de linguagem, procedimentos e padronização do comportamento e rotinas das multiagências durante os ciclos do processo de atuação integrada, sendo eles: Status Operacional Ordinário (SOO), Status Operacional Mínimo (SOM) e Status Operacional Pleno (SOP).

    1.9.1 Status Operacional Ordinário – SOO

    É a condição de atuação dos órgãos integrantes dos CICCs/similares no dia-a-dia, por meio da produção de conhecimento e monitoramento das ações das agências de segurança pública e de defesa social nas três esferas.

    De acordo com a análise e evolução dos cenários críticos, este status poderá ser modificado, passando diretamente para o SOP.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 19

    1.9.2 Status Operacional Mínimo – SOM É a condição de atuação dos órgãos nos CICCs/similares, iniciada com a com a ativação do ciclo operacional de uma operação específica, em lapso temporal a ser definido que precede o SOP.

    Durante o SOM os órgãos envolvidos na operação integrada atuam com

    recursos humanos, logísticos e tecnológicos minimizados, garantindo o seu funcionamento através da coordenação, comunicação, comando e controle operacional, monitorando as atividades planejadas e realizando se necessário, a antecipação do SOP.

    1.9.3 Status Operacional Pleno – SOP

    É a condição de atuação plena dos órgãos nos CICCs/similares, podendo ser antecipado em função de análise procedida durante o SOM e/ou durante o SOO.

    Durante o SOP os órgãos envolvidos na operação integrada atuam com

    recursos humanos, logísticos e tecnológicos, conforme planos operacionais integrados, implementando a plenitude de funcionamento da coordenação, comunicação, comando e controle operacional. 1.9.4 Observações comuns aos três status

    Realizam o monitoramento das atividades planejadas, fazendo os ajustes

    necessários, cadastrando dados de recursos empregados, ocorrências, produtividades etc., para subsidiar a elaboração dos relatórios previstos para o ciclo de execução e monitoramento. 1.10 Fluxo de Informação e Comunicação

    1.10.1 Fluxo de Informação É o volume de informações que trafega em uma estrutura de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle, utilizando-se de um canal específico, que será operacionalizado pelo fluxo estabelecido no plano de comunicação para facilitar a veiculação da informação interna e externa no âmbito dos CICCs/similares. 1.10.1.1 Fluxo de Informação Vertical

    É realizado pela transmissão de informações entre os níveis hierárquicos

    superiores e subordinados. As informações recebidas/encaminhadas aos níveis hierárquicos superiores

    devem observar o escopo estratégico e gerencial. Já as informações recebidas/encaminhadas aos níveis hierárquicos

    subordinados devem observar o escopo operacional.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 20

    1.10.1.2 Fluxo de Informação Horizontal

    É realizado pelo nivelamento das informações recebidas/encaminhadas do fluxo vertical para manter a consciência situacional dos órgãos que atuam nos CICCs/similares. 1.10.2 Fluxo de Comunicação

    O fluxo de comunicação será definido pelo Plano de Comunicação (PLACOM),

    cuja finalidade é estabelecer a rotina, ferramentas, sistemas e meios de comunicação entre os órgãos envolvidos nas operações e atividades integradas.

    São ferramentas e meios comuns de comunicação geralmente utilizados para

    estabelecer contato e fluxo de comunicação entre os CICCs/similares e órgãos envolvidos nas operações integradas:

    I) Telefonia fixa e móvel;

    II) Correio eletrônico;

    III) Videoconferência;

    IV) Radiocomunicação;

    V) Sistemas monitoramento e gerenciamento; e

    VI) Outros conforme disponibilidade.

    Todas as informações devem obedecer aos critérios legais de classificação e de sigilo.

    1.10.3 Comunicação Social Pontos comuns de comunicação social devem ser definidos e desenvolvidos

    antes do início das atividades integradas, devendo o planejamento incluir a identificação de pontos de contato e dos porta-vozes autorizados de cada instituição para repassar informações da sua instituição na atividade, de forma adequada e coordenada, para suprir demanda por notícias por parte dos meios de comunicação.

    Sempre que possível devem ser definidas regras claras e simples de

    declarações e entrevistas realizadas de forma integrada através de coletiva de imprensa ou fazendo uso de release e/ou de notas conjuntas à imprensa. 1.10.4 Padronização de Linguagem, Terminologias e Símbolos

    Apesar de se tratar de uma ação articulada entre instituições que integram o Sistema de Segurança Pública, cada órgão/instituição possui suas peculiaridades, conceitos e cultura organizacional. Faz-se necessário a padronização de uma linguagem, terminologias e símbolos comuns entre os profissionais e entidades dessa atividade interinstitucional, de modo que as comunicações essenciais ao seu exercício ocorram de forma harmônica, sem distorções ou incompreensões.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 21

    Haja vista a DNAISP se aplicar a uma atuação interinstitucional, quando necessário, é fundamental que ocorra o desenvolvimento comum de protocolos de atuação integrada no quesito da comunicação para padronização de linguagem, terminologias e símbolos no campo do planejamento, do operacional, do material, do técnico e do administrativo, conforme a atividade a ser desenvolvida. No entanto, sempre devem ser preservados e empregados em operações integradas os conceitos, definições, siglas e demais orientações já existentes na própria DNAISP, pois já estabelecem padrões mínimos para a realização do Processo de Atuação Integrada. 1.11 Áreas de Interesse Operacional e Impactadas

    1.11.1 Áreas de Interesse Operacional – AIO´s As AIO’s são os espaços geográficos que possuem relação direta com o ambiente que se desenvolverão as ações ou operações de segurança pública e defesa social. Essas áreas podem ser escolhidas em virtude da realização de eventos de grande envergadura ou de acordo com a problemática a ser combatida. 1.11.2 Áreas Impactadas – AI´s

    As AI´s são os espaços geográficos que não possuem relação direta com os ambientes onde se desenvolverão as ações ou operações integradas de segurança pública e defesa social, mas que podem ser impactados, e, por isso, merecem atenção especial.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 22

    2 O SISTEMA INTEGRADO DE COORDENAÇÃO, COMUNICAÇÃO, COMANDO E CONTROLE (SIC4) 2.1 Transição do SICC dos grandes eventos para o SIC4 na segurança pública

    A doutrina de atuação integrada teve como protagonista inicial a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (SESGE), cuja missão foi coordenar atividades integradas de segurança das autoridades, atletas, turistas e residentes nas chamadas “Áreas de Interesse Operacional” e “Áreas Impactadas” dos grandes eventos7.

    Com o término das atividades da SESGE em 31/07/2017, conforme § 2º do

    decreto nº 7.682, de 28 de fevereiro de 2012, a Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP – assumiu oficialmente as competências da SESGE, conforme art. 10, do Decreto 9150, de 4 de setembro de 2017.

    A Lei nº 13.675/2018 do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP),

    estabeleceu dentre suas diretrizes estratégicas que é responsabilidade da União promover e coordenar a atuação integrada nas três esferas de governo, definindo o Ministério da Justiça e Segurança Pública como o órgão central desse sistema.

    Já o Decreto 9.662, de 1º de janeiro de 2019, criou a Secretaria de Operações

    Integradas – SEOPI – que passou a promover a integração operacional entre os órgãos de segurança pública federais, estaduais, municipais e distrital, coordenando o planejamento e a execução das operações integradas de segurança pública.

    Nessa transição, o escopo do SICC delimitado para atuação integrada em áreas

    esportivas, foi ampliado para o escopo do SIC4 para atuação em operações integradas multiagências, visando fortalecer as políticas e estratégias de segurança pública e defesa social.

    Para tanto os processos de comando e controle do SICC dos grandes eventos

    foram revisados, atualizados e complementados com os processos de coordenação e comunicação no SIC4, passando a chamar-se de Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 – da segurança pública e defesa social.

    2.2 Conceitos e definições básicas 2.2.1 SIC4

    É a sistematização dos processos e rotinas de um Centro Integrado/similiar, por meio da metodologia do Processo de Atuação Integrada8 que facilite a coordenação, comunicação, comando e controle das atividades e operações integradas de segurança pública e defesa social.

    7 Jornada Mundial da Juventude – JMJ – 2013; Copa das Confederações – FCC – 2013; Copa do Mundo – FWC

    – 2014; Jogos Olímpicos – JO – 2016. 8 É realizado com base nos ciclos de gestão do planejamento, execução, monitoramento, avaliação e consolidação

    para promover a atuação integrada dos órgãos em ações e operações de segurança pública.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 23

    O princípio básico em utilização do SIC4 é o monitoramento e a execução das atividades integradas sob a ótica da liderança situacional, observando-se as atribuições constitucionais, a partir de ambiente comum, mesmo que existam instalações específicas de algumas agências funcionando paralelamente, de modo que possa haver a interoperabilidade entre elas com o uso de sistemas de monitoramento compartilhados e o fluxo de comunicação estabelecido.

    Importante frisar que o SIC4 produz informações relevantes ao

    desenvolvimento da atividade integrada, as quais devem permanecer para posterior consulta e análise para fomento e ampliação da integração entre as agências.

    2.2.2 Coordenação

    É a forma de se conduzir a gestão das atividades multiagências, de uma operação integrada de segurança pública e defesa social, observando-se o princípio da liderança situacional e as atribuições legais dos órgãos envolvidos.

    É obtida por meio da conjugação harmônica de esforços de elementos distintos,

    visando alcançar um mesmo fim e evitando a duplicidade de ações, a dispersão de recursos e a divergência de soluções.

    2.2.3 Comunicação

    É o meio pelo qual se estabelece as ferramentas e o fluxo de comunicação para operacionalizar o recebimento e o envio de informações internas e externas das operações integradas multiagências no âmbito dos CICCs/similares.

    No seu aspecto mais amplo, não se restringe tão somente aos meios e/ou aos

    equipamentos por onde transitam as informações, mas também num processo de aproximação, reciprocidade, estabelecimento de confiança, sinergia e de efetiva interação entre as agências, respeitando-se os níveis de acesso ao conhecimento, aos fluxos e à segurança orgânica.

    2.2.4 Comando e Controle

    No escopo de atuação do SIC4, o comando e controle deve ser aplicado a todas as agências que estejam participando da atividade integrada, podendo ser governamental ou não, militar ou civil, nacional ou internacional, respeitando-se a autonomia de cada órgão e sua respectiva estrutura organizacional.

    No SIC4 o Comando significa o poder de decisão que cada representante do

    colegiado possui em sua instituição, ou seja, deve ser individualizado e independente, seguindo sua própria cultura organizacional com relação à hierarquia e à estrutura de poder, de modo que não haja interferência de outra agência na sua autoridade.

    Já o Controle no SIC4, diz respeito aos mecanismos de domínio e poder de

    fiscalização e administração dos recursos empregados pelas agências numa atuação integrada e das atividades que estão sendo desenvolvidas num ambiente comum.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 24

    2.3 Objetivos O Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle

    (SIC4), possui os seguintes objetivos:

    2.3.1 Geral

    Promover e coordenar a integração dos órgãos de segurança pública, nas três esferas de governo, para a implementação de políticas e realização de operações integradas de segurança pública, utilizando-se a DNAISP.

    2.3.2 Específicos

    I) Difundir a doutrina de atuação integrada do SIC4 nas instituições de segurança pública e defesa social das três esferas de governo;

    II) Promover a integração dos órgãos de segurança pública e a

    interoperabilidade dos sistemas de comunicação e informação; III) Regulamentar a operacionalização do SIC4; IV) Propor a padronização de estruturas físicas para a expansão dos CICCs; V) Difundir a doutrina nos cursos de capacitação específica aos órgãos de

    segurança pública, promovidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e/ou pelos próprios órgãos estaduais; e

    VI) Promover a modernização, informatização, coleta e integração de bancos de dados relacionados à operação.

    2.4 Níveis de responsabilidade do SIC4 A operacionalização SIC4 favorece a gestão integrada, a consciência situacional

    e a tomada de decisão compartilhada, mantendo-se o poder de decisão e as atribuições dos órgãos. Para tanto, deve contemplar quatro níveis de responsabilidade: o Político, o Estratégico, o Tático e o Operacional, considerando a envergadura/dimensão da operação a ser realizada, a fim de não restringir a atuação integrada nos diversos níveis. 2.4.1 Nível Político

    Na doutrina da Atuação Integrada, aos representantes do nível político caberá o estabelecimento dos objetivos políticos da operação, a celebração de acordos de cooperação entre as instituições/agências, bem como a formulação de diretrizes para a execução das ações estratégicas.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 25

    2.4.2 Nível Estratégico

    Aos representantes do nível estratégico dos órgãos de segurança pública, caberá a incumbência de transformar os princípios e diretrizes políticas em ações a serem desenvolvidas pelos órgãos para o cumprimento da missão.

    Neste nível ocorre a elaboração do plano estratégico de atuação integrada das operações, observando-se os objetivos, missão geral, diagnóstico dos fatores de riscos, matriz de responsabilidades institucionais dos órgãos e metas. 2.4.3 Nível Tático

    No nível tático ocorre a convocação e a coordenação das reuniões integradas para elaboração do Plano Operacional Integrado, observando-se a missão dos órgãos, o período da operação, protocolos de atuação integrada, matriz de atividades, sistemas de monitoramento e fluxos de comunicação. 2.4.4 Nível Operacional

    No nível operacional ocorre a elaboração dos planos de execução9 (ordens de serviço, de missão, de execução ou documentos similares adotados pelos respectivos órgãos) com base nas diretrizes, objetivos, missões e atribuições estabelecidas nos Planos Estratégicos de Atuação Integrada e nos Planos Operacionais Integrado.

    2.5 Estruturação e composição do SIC4

    A proposta de estruturação do SIC4, dar-se-á a partir da modernização e expansão dos Centros Integrados de Comando e Controle/similares de cada ente federado com o fomento da União.

    O SIC4 será criado e regulamentado por norma específica.

    2.5.1 Estrutura O SIC4 possui a seguinte estrutura:

    I) Centro Integrado de Comando e Controle Nacional – CICCN;

    II) Centros Integrados de Comando e Controle Estaduais (CICCE)/Distrital (CICCD) ou similares; e

    III) Centros Integrados de Comando e Controle Municipais (CICCM);

    IV) Centros Integrados de Operações de Fronteira (CIOF); V) Centros Integrados de Inteligência de Segurança Pública (CIISP); e

    9 Denominação genérica do documento que será elaborado pelos órgãos envolvidos na operação em observância

    aos objetivos, diretrizes, missões, atribuições etc. dos planos operacionais integrados.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 26

    VI) Outros Centros das Agências participantes.

    Os conceitos, requisitos, procedimentos padrão, rotinas e fluxo de comunicação dos CICCs/similares estão descritos no capítulo 4. 2.5.2 Composição do SIC4 em nível nacional

    O órgão central do SIC4 em nível nacional é a SEOPI, por meio da Diretoria de Operações, utilizando o ambiente do CICCN, e sua rotina de funcionamento será definida em regimento interno.

    A composição do SIC4 pelos órgãos que farão parte das atividades integradas

    será definida conforme escopo de cada operação ou de forma permanente, mediante adesão por meio de ajustes específicos, acordos de cooperação e/ou convênios.

    2.5.2.1 Órgãos que compõem o SIC4 nacional

    Seguindo as diretrizes de atuação integrada, consubstanciada na Lei do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), a composição do SIC4 em nível nacional será:

    I) Secretaria de Operações Integradas (SEOPI);

    II) Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP);

    III) Polícia Federal (PF);

    IV) Polícia Rodoviária Federal (PRF); V) Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN);

    VI) Secretarias Estaduais de Segurança Pública (SSP), por representantes designados; e

    VII) Convidados: além dos órgãos de natureza substancial vinculada a

    segurança pública, a depender do escopo da operação, poderão compor o SIC4 órgãos convidados que farão parte dos respectivos comitês e CICCs/similares.

    2.5.3 Composição do SIC4 em nível estadual/distrital

    O órgão central do SIC4 em nível estadual/distrital será definido pela Unidade Federativa, conforme a estrutura organizacional local, utilizando a estrutura de um CICCE/D ou similar e será coordenado pela Secretaria de Segurança Pública ou órgão similar definido pelo estado.

    A composição do SIC4 pelos órgãos que farão parte das atividades integradas

    em nível estadual será definida conforme escopo de cada operação ou de forma

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 27

    permanente, mediante adesão por meio de ajustes específicos, acordos de cooperação e/ou convênios.

    Sua estrutura organizacional e composição serão definidas em legislação

    específica do governo estadual/distrital. A rotina de funcionamento será definida em regimento interno. 2.5.3.1 Órgãos que compõem o SIC4 estadual/distrital

    Seguindo as diretrizes de atuação integrada a composição do SIC4 estadual poderá adotar a seguinte estruturação:

    I) Secretaria Estadual de Segurança Pública/Similar;

    II) Polícia Militar (PM);

    III) Polícia Civil (PC);

    IV) Corpo de Bombeiros Militar (CBM); V) Proteção e Defesa Civil;

    VI) Órgãos dos Sistema Penitenciário;

    VII) Órgãos de Trânsito;

    VIII) Institutos oficiais de criminalística, medicina legal e identificação;

    IX) Polícia Federal;

    X) Polícia Rodoviária Federal; e

    XI) Convidados: além dos órgãos de natureza substancial vinculada a segurança pública, a depender do escopo da operação, poderão compor o SIC4 órgãos convidados que farão parte dos respectivos comitês e CICCs/similares.

    2.5.4 Composição do SIC4 em nível municipal

    Em nível municipal, o SIC4 será operacionalizado pelos Centros Integrados de

    Comando e Controle Municipal (CICCM), sendo suas estruturas, composição e rotinas definidas em norma específica.

    O órgão central do SIC4 em nível municipal será definido pelo Prefeito Municipal,

    conforme a estrutura organizacional local, utilizando a estrutura de um CICCM ou similar e será coordenado pela prefeitura municipal.

    A composição do SIC4 pelos órgãos que farão parte das atividades integradas a

    nível municipal será definida conforme escopo de cada operação ou de forma

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 28

    permanente, mediante adesão por meio de ajustes específicos, acordos de cooperação e/ou convênios.

    Sua estrutura organizacional e composição serão definidas em legislação

    específica do município. A rotina de funcionamento será definida em regimento interno. 2.5.4.1 Órgãos que compõem o SIC4 municipal

    Seguindo as diretrizes de atuação integrada a composição do SIC4 municipal poderá adotar a seguinte estruturação:

    I) Secretaria Municipal de Segurança Pública ou equivalente;

    II) Guarda Municipal;

    III) Defesa Civil;

    IV) Órgão Municipal de Trânsito; V) Órgão Estadual de Trânsito;

    VI) Polícia Federal;

    VII) Polícia Rodoviária Federal;

    VIII) Órgãos Municipal e Estadual de Meio Ambiente e Vigilância Sanitária;

    IX) Órgãos do Sistema Penitenciário;

    X) Serviço de Atendimento Médico de Urgência – SAMU;

    XI) Polícia Militar;

    XII) Polícia Civil;

    XIII) Corpo de Bombeiros; e

    XIV) Convidados: além dos órgãos de natureza substancial vinculada a segurança pública, a depender do escopo da operação, poderão compor o SIC4 os órgãos convidados que farão parte dos respectivos comitês e CICCs/similares.

    2.6 Governança e Gestão

    Caberá aos estados e municípios analisar e decidir sobre a necessidade de criação de Comitês Integrados de Governança do SIC4 ou a utilização de comitês e gabinetes estratégicos locais de segurança pública já existentes, para promover a governança e a gestão do sistema.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 29

    O comitê integrado será criado e regulamentado10 por norma específica nas

    respectivas esferas de governo, observando-se as particularidades locais.

    A definição do modelo de gestão dos comitês integrados será orientada pelas seguintes atribuições:

    I) Definir o direcionamento estratégico;

    II) Definir objetivos e metas;

    III) Estabelecer indicadores e sistemas de monitoramento;

    IV) Promover a atuação integrada;

    V) Gerenciar conflitos; e

    VI) Avaliar e propor alterações à doutrina do sistema em observância às leis e normas já existentes.

    2.7 Etapas para implantação da Atuação Integrada 2.7.1 Sensibilização política e institucional

    A etapa de sensibilização será realizada pela articulação política e institucional

    dos governantes e dirigentes dos órgãos de segurança pública, observando-se: I) Agendas com os governantes: governadores, secretários estaduais de

    segurança pública e prefeitos; e

    II) Agendas com os conselhos representativos dos órgãos de segurança pública.

    2.7.2 Elaboração da Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública

    Estabelecer a base doutrinária de operacionalização do SIC4, definindo os

    fundamentos da atuação integrada; os conceitos, objetivos, governança, estruturação e composição do SIC4; e a metodologia do processo de atuação integrada para padronizar e orientar a realização das operações integradas de segurança pública no Brasil. 2.7.3 Acordos de cooperação para implantação do SIC4

    Trata-se de complementação da etapa de sensibilização política e institucional e será realizada pela revisão e adequação dos atuais Acordos de Cooperação entre o governo federal e os governos estaduais/distrital e municipais para contemplar

    10 Estrutura organizacional, composição, funcionamento, competências e atribuições.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 30

    objetivos, metas, direitos, deveres, contrapartidas e indicadores necessários à implantação do SIC4. 2.7.4 Nivelamento, capacitação e treinamento técnico Necessidade de realização de seminários e encontros técnicos para difusão e nivelamento da DNAISP com os representantes dos setores de planejamento dos órgãos de segurança pública, bem como a inclusão do conteúdo nos cursos de especialização que tratem de atuação integrada. 2.7.5 Modernização e expansão de CICCs

    Esta etapa poderá ocorrer de forma paralela às etapas anteriores e destina-se a promover a modernização dos CICCs já existentes e apresentação de projetos de expansão para os estados que não possuem essa estrutura.

    2.7.6 Monitoramento e avaliação

    A doutrina de atuação integrada do SIC4 deve ser metódica e ao mesmo tempo dinâmica e flexível, de modo que possa se adaptar às possíveis mudanças ocorridas para responder adequadamente as demandas planejadas.

    Para tanto, o sistema deverá:

    I) Ser submetido a avaliação periódica com a participação dos atores e gestores que utilizam a metodologia de atuação integrada;

    II) Analisar críticas e sugestões sobre a metodologia de atuação integrada para

    consolidar as melhores práticas e ajustar os pontos de desconformidade das premissas, princípios, diretrizes e objetivos do sistema; e

    III) Analisar os resultados e estatísticas para subsidiar a elaboração de indicadores com aplicabilidade em políticas, programas, projetos e ações de segurança pública.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 31

    3 PROCESSO DE ATUAÇÃO INTEGRADA – PAI

    Compreende toda ação e operação realizada com a participação de órgão e/ou instituição envolvendo o compartilhamento do mesmo ciclo de gestão em razão da convergência de interesse, preservada a integralidade de suas competências e o respeito à autonomia das suas funções e atribuições. 3.1 Definição

    O PAI é a metodologia de gestão aplicada à segurança pública e defesa social que promove atuação integrada, a sinergia de esforços multiagências e a interoperabilidade de sistemas, visando o alcance de objetivos comuns na realização de ações e operações integradas.

    O PAI será desenvolvido, observando-se os seguintes ciclos: 1) Planejamento; 2) Execução; 3) Avaliação; e 4) Consolidação.

    O monitoramento se aplica a todos os ciclos do processo.

    Figura 1: Ciclos do Processo de Atuação Integrada

    Fonte: CGPO/DIOP/SEOPI. Nota: Figura adaptada do PDCA.

    Nesse contexto, a coordenação e a atuação integrada favorecem a tomada de decisão dos órgãos que participam da gestão nos ambientes do SIC4, em operações planejadas dos órgãos de segurança pública e defesa social.

    Os ciclos do PAI possuem uma sequência de etapas que serão definidas nos itens seguintes.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 32

    3.2 Ciclo de Planejamento No ciclo de planejamento integrado serão observadas as seguintes etapas:

    3.2.1 Ações Preliminares e Preparatórias

    Nas ações preliminares, os representantes das agências participativas devem se reunir para discutir, em linhas gerais, o problema a ser enfrentado, os objetivos a serem sugeridos, as referências comuns e as linhas de ação propostas, com base na capacidade de resposta e competência de cada agência. Além disso, é importante discutir casos de sucesso, experiências passadas, e outros parâmetros gerais para balizar o planejamento da atividade a ser desenvolvida.

    Os levantamentos de inteligência e a produção de conhecimento devem

    direcionar o escopo da operação, bem como permanecer em monitoramento de modo a subsidiar o andamento da operação e as tomadas de decisão.

    Após as ações preliminares a equipe de planejamento da atividade integrada

    deverá realizar as atividades preparatórias que antecedem a elaboração do planejamento, tais como:

    I) Recebimento da demanda;

    II) Definição do escopo do planejamento;

    III) Criação da estrutura analítica do planejamento;

    IV) Reunião interna de alinhamento e validação do escopo; e

    V) Solicitar diagnóstico complementar de inteligência e estatística criminal para

    subsidiar o processo decisório do tipo de atividade a ser realizada, quando aplicável.

    3.2.2 Levantamento preliminar dos riscos

    Nesta etapa é realizado o levantamento do cenário de atuação para identificar as variáveis que representam riscos à realização da operação. Deve-se observar as seguintes atividades:

    I) Criação do formulário de identificação dos riscos;

    II) Reunião interna de alinhamento e validação do formulário;

    III) Preparação do banco de dados de e-mails;

    IV) Encaminhamento dos e-mails ao público alvo;

    V) Gestão das respostas com o público alvo e inteligência;

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 33

    VI) Recepção, tabulação e consolidação dos dados;

    VII) Análise e elaboração da matriz de riscos; e

    VIII) Reunião interna de alinhamento e validação da matriz dos fatores de riscos.

    3.2.3 Elaboração dos planos e documentos integrados

    Etapa em que o órgão, instituição ou setor responsável pelo planejamento irá elaborar planos estratégicos que serão apresentados aos órgãos envolvidos nas reuniões de planejamento, para subsidiar a elaboração dos planos de atuação integrada. Deve observar as seguintes atividades:

    I) Coleta de dados gerais da operação;

    II) Definição dos objetivos e missão;

    III) Definição dos órgãos envolvidos, níveis de governança e coordenação;

    IV) Elaboração da matriz de responsabilidades dos órgãos;

    V) Elaboração de minuta sugestiva de matriz de atividades;

    VI) Elaboração de minuta sugestiva de protocolos integrados;

    VII) Consolidação dos dados e elaboração do plano estratégico de atuação integrada, conforme modelo no Apêndice A;

    VIII) Elaboração de norma para validação do Plano Estratégico, assinada pelo

    secretário;

    IX) Reuniões de alinhamento e validação do plano estratégico de atuação integrada;

    X) Apresentação do plano estratégico de atuação integrada aos órgãos

    envolvidos;

    XI) Reuniões com os órgãos envolvidos na operação, conforme pauta, para:

    a. Monitoramento e atualização periódica dos fatores de riscos (semanal/quinzenal);

    b. Elaboração e aprovação do plano operacional integrado, conforme

    modelo no Apêndice B;

    c. Elaboração dos protocolos integrados (anexo do plano operacional integrado), conforme modelo no Apêndice C;

    d. Elaboração da matriz de atividades da operação (anexo do plano

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 34

    operacional integrado), conforme modelo no Apêndice D;

    e. Elaboração do plano de comunicação – PLACOM (anexo do plano operacional integrado), conforme modelo no Apêndice E;

    f. Elaboração dos planos de execução (ordens de serviço, de missão, de

    execução ou similares adotados pelos respectivos órgãos), conforme modelo institucional de cada órgão; e

    g. Elaboração de critérios para indicação de representante, com poder de

    decisão, para coordenação da operação no CICC/Similares;

    XII) Elaboração da ordem de serviço com as atribuições e rotina diária dos CICCs/similares, no ciclo operacional, conforme modelo no Apêndice F.

    Durante o período de realização das reuniões integradas, previstas no item IX

    anterior, deve-se observar o seguinte:

    I) Prazos para consolidação e devolutiva dos produtos que impactam na operação, tais como: revisão e atualização da matriz dos fatores de riscos; protocolos de atuação integrada, matriz de atividades, planos de execução e outros conforme deliberação nas reuniões; e

    II) Para cada reunião realizada deve-se elaborar um relatório que subsidiará a elaboração dos planos e documentos integrados, conforme modelo no Apêndice G.

    3.2.4 Organização da operação

    A etapa de organização da operação caracteriza-se pelo marco de transição do ciclo de planejamento para o ciclo de operações. Nesta etapa serão adotadas medidas preparatórias para a mobilização dos recursos humanos, logísticos e tecnológicos necessários à realização da operação integrada, observando-se as seguintes atividades:

    I) Realizar reunião de nivelamento das atribuições e rotinas diárias do CICC/similar, estabelecidas na ordem de serviço, conforme item XII do tópico 3.2.3;

    II) Preparar lista de participantes para acesso aos CICCs/similares;

    III) Providenciar a logística necessária para o funcionamento dos CICCs/similares, observando-se os seguintes requisitos:

    a. Impressão de documentos;

    b. Uso de equipamentos de radiocomunicação;

    c. Telefonia móvel;

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 35

    d. Desktop/notebooks;

    e. Tela de projeção de imagens; e

    f. Sistema de som.

    IV) Preparar/adequar sistemas e realizar testes de funcionalidades, observando as seguintes funcionalidades:

    a. Interoperabilidade entre os CICCs/similares;

    b. Realização de videoconferência com outros CICCs/similares;

    c. Vídeo monitoramento das áreas de interesse;

    d. Integração de sistemas (rádio e dados);

    e. Transmissão e recepção de dados, vídeos, áudios e imagens; e

    f. Sistemas de monitoramento (matriz de atividades e gestão operacional).

    V) Realizar treinamento com os envolvidos para uso das ferramentas de monitoramento; e

    VI) Cadastrar a matriz de atividades da operação no sistema de monitoramento.

    3.2.5 Nível de Criticidade

    Criticidade é aquilo que se fundamenta ou é estabelecido a partir de um juízo de valor. Os eventos críticos ensejam ações de pronta resposta, que invariavelmente, são diferentes a depender do sistema afetado. Os eventos críticos devem ser classificados a partir do impacto resultante na comunidade afetada, isto é - a proporção de danos (humanos e ambientais) e prejuízos (econômicos e sociais), e a capacidade de resposta do Ente Federado responsável por fazê-la.

    É importante inicialmente a classificação em situação de normalidade, quando os indicadores sociais e econômicos, de uma forma geral, permanecem estáveis ou com baixa alteração ao longo de períodos pré-determinados, e em situação de anormalidade, quando esses indicadores se alteram de maneira brusca ou gradual, modificando a rotina das pessoas e interferindo na prestação dos serviços essenciais.

    A partir da identificação de uma situação de anormalidade, com o impacto de uma ameaça interna ou externa e consequentes danos e prejuízos, faz-se necessário a quantificação e o comparativo com indicadores do Ente Federado para que seja estabelecido o nível de criticidade e assim, definida a capacidade de resposta local e a necessidade de apoio de outras Unidades da Federação com recursos humanos, materiais e financeiros para restabelecimento e recuperação do cenário afetado.

    O nível de criticidade, deve ser estabelecido de forma crescente, isto é, do mais leve para o mais grave, e deve ser, de forma transparente e objetiva, apontando em que medida serão necessários apoios externos, garantindo assim, uma resposta

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 36

    eficiente, com operações integradas entre diversas Agências dos diferentes níveis de governo, tendo sempre como objetivo a incolumidade das pessoas, o restabelecimento dos serviços essenciais e a recuperação social e econômica da comunidade atingida.

    O nível de criticidade deverá ser posteriormente definido em instrumento próprio conforme prudente entendimento, dada a sua complexidade de variáveis e necessidade de estabelecimento de indicadores.

    3.3 Ciclo de Execução

    No ciclo de execução integrada serão observadas as seguintes etapas: 3.3.1 Início do ciclo operacional

    Esta etapa caracteriza-se pelo início das atividades da operação, contudo, antecede o dia “D”, geralmente é nesse período que ocorre as últimas checagens dos sistemas, meios disponíveis, canais de comunicação, dentre outros. Observa-se as seguintes atividades:

    I) Ativação do ciclo operacional;

    II) Ativação do Status Operacional Mínimo – SOM; e

    III) Preparação do CICC/similar – checar atividades.

    3.3.2 Coordenação e monitoramento da operação

    A etapa de coordenação e monitoramento se relaciona com o período propriamente dito da operação e caracteriza-se pela realização das seguintes atividades:

    I) Ativação do Status Operacional Pleno (SOP);

    II) Realização de briefings diários;

    III) Realização de videoconferência, se necessário;

    IV) Monitoramento das atividades planejadas;

    V) Ajustes na Matriz de Atividades, se necessário;

    VI) Atualização do status das atividades da operação;

    VII) Expedição do relatório da rotina diária – parcial;

    VIII) Expedição do relatório da rotina diária – final; e

    IX) Realização de debriefings diários.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 37

    3.3.3 Término do ciclo operacional

    O término do ciclo operacional é a etapa que caracteriza o encerramento do ciclo de execução, observando-se a realização das seguintes atividades:

    I) Encerramento do ciclo operacional;

    II) Elaboração do relatório final do ciclo operacional; e

    III) Desativação do CICC em relação a atividade operacional, com a dispensa dos representantes dos órgãos envolvidos na operação específica.

    3.3.4 Operação Extraordinária

    As Operações Extraordinárias caracterizam-se por ser a mobilização do Estado para resposta a eventos críticos ou demandas especiais e/ou extraordinárias, sob compressão de tempo, para resposta imediata a solução do problema com a unificação de esforços e objetivos comuns através do processo de atuação integrada.

    Os eventos críticos são eventos previstos ou imprevisíveis que ensejam

    resposta imediata e ações compartilhadas de diversos órgãos e instituições, a exemplo de crise penitenciária, crises agrárias, paralisações gerais, grandes incêndios, fenômenos da natureza, dentre outros entendidos como sensíveis à gestão governamental.

    Nas operações integradas de pronta resposta à demanda extraordinária, a

    organização dos meios e recursos observará o disposto nos planos emergenciais e de contingência, e serão iniciadas diretamente no ciclo de execução sob a coordenação e liderança situacional do órgão que possui a competência legal de resposta ao evento crítico, respeitadas as cadeias de comando e as respectivas atribuições dos órgãos envolvidos.

    3.4 Ciclo de Avaliação

    No ciclo de avaliação integrada serão observadas as seguintes etapas:

    3.4.1 Início do ciclo de avaliação

    Esta etapa se caracteriza pela definição dos itens que comporão os formulários de avaliação. Observa-se as seguintes atividades:

    I) Elaboração e formatação de formulários de avaliação;

    II) Criação de formulário web; e

    III) Reunião interna de alinhamento e validação do formulário.

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 38

    3.4.2 Envio dos formulários de avaliação

    Após definição e elaboração dos formulários de avaliação, é nesta etapa que se faz o encaminhamento e a gestão para o recebimento das informações. Caracteriza-se pelas seguintes atividades:

    I) Seleção do banco de dados de e-mails do público alvo;

    II) Preparação de texto para envio;

    III) Encaminhamento dos formulários de avaliação;

    IV) Confirmação de recebimento das mensagens; e

    V) Gestão da reposta com o público alvo; 3.4.3 Recebimento e análise dos dados

    Nesta etapa é realizada a análise e tratamento dos dados recebidos, preparando-os para a composição do relatório que será elaborado na etapa seguinte. São observadas as seguintes atividades:

    I) Recepção dos dados;

    II) Elaboração da matriz de análise; e

    III) Realização de análise estatística e construção de gráficos, mapas etc.

    3.4.4 Elaboração de relatório

    Esta etapa caracteriza-se pela elaboração e validação do relatório de avaliação, realizando-se as seguintes atividades:

    I) Elaboração do relatório de avaliação; e

    II) Validação do relatório.

    3.5 Ciclo de Consolidação

    No ciclo de consolidação serão observadas as seguintes etapas:

    3.5.1 Debriefing geral da operação

    Esta etapa caracteriza-se pela reunião geral com os envolvidos na operação para análise dos resultados operacionais e da avaliação, buscando-se colher as sugestões de melhorias e a padronização das boas práticas. Observa-se a realização das seguintes atividades:

    I) Apresentação dos resultados operacionais;

  • Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP – 2 ed 39

    II) Apresentação dos resultados da avaliação;

    III) Avaliação qualitativa das ações; e

    IV) Sugestões de melhorias.

    3.5.2 Elaboração do relatório geral da operação

    Por fim, a etapa da realização do relatório geral da operação vem a consolidar as informações trazidas pelas etapas anteriores, padronizando-se as boas práticas e propondo melhorias para as desconformidades. Caracteriza-se pela realização das seguintes atividades:

    I) Análise das ações positivas;

    II) Elaboração de quadro de melhorias e consolidação das boas práticas; e

    III) Elaboração do relatório geral de operação;

    A descrição detalhada do PAI, consta do Manual do Processo de Atuação

    Integrada da DIOP/SENASP, conforme Anexo A. O manual pode ser utilizado pelos órgãos na realização de ações e operações

    integradas, observadas as particularidades locais.

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    4 CENTROS INTEGRADOS DE COMANDO E CONTROLE

    Os Centros Integrados de Comando e Controle ou estruturas similares são ambientes comuns para a realização da gestão e monitoramento das operações ou atividades operacionais integradas.

    A realização do ciclo de planejamento, avaliação e consolidação das

    operações integradas, podem ocorrer em ambientes distintos, contudo, as atividades do ciclo de execução e monitoramento deverão ser realizadas em ambiente comum com a participação de todos os órgãos envolvidos responsáveis pela gestão da operação.

    Nesse cenário de atuação caberá aos órgãos envolvidos aplicar a doutrina de atuação integrada do SIC4, utilizando os ambientes dos CICCs/similares, para o monitoramento das ações de segurança pública e defesa social, em nível tático e operacional, mantendo a consciência situacional e assessorando às tomadas de decisões. 4.1 Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN) 4.1.1 Definição

    O CICCN é centro nacional de nível estratégico responsável pelo monitoramento

    das ações e operações integradas de segurança pública e defesa social, planejadas e coordenadas pela SEOPI/DIOP.

    4.1.2 Composição

    O CICCN é composto pelos representantes dos órgãos titulares e convidados

    descritos no item 2.4.2 desta DNAISP. Os indicados pelas Secretarias Estaduais de Segurança Pública e pelas

    instituições federais exercem a função de representantes estaduais e/ou institucionais no CICCN. 4.1.3 Estrutura

    A estrutura física do CICCN compreende:

    I) Sala do Núcleo de Operações Centrais – NOC: ambiente comum de monitoramento das operações e atividades integradas;

    II) Sala de situação/crise: destina-se a reuniões para tomada de decisões das autoridades em resposta à demanda/incidente que motivou o seu acionamento;

    III) Sala cofre: ambiente físico dos ativos tecnológicos do CICCN; e

    IV) Salas de reunião: ambiente físico destinado a reuniões técnicas.

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    4.1.4 Competências São competências do CICCN em nível nacional:

    I) Garantir o suporte tecnológico à interoperabilidade com os CICCs/similares;

    II) Realizar a segurança orgânica e controle de acesso à instalação;

    III) Monitorar a execução das operações e atividades integradas; e

    IV) Promover a consciência situacional e assessorar a tomada de decisão. 4.2 Centro Integrado de Comando e Controle Estadual ou Distrital (CICCE e CICCD)

    4.2.1 Definição

    O CICCE/CICCD ou estrutura similar é o centro estadual/dis