igreja viva 30 abril

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QUINTA-FEIRA • 30 DE ABRIL DE 2015 Diário do Minho Este suplemento faz parte da edição n.º 30590 de 30 de Abril de 2015, do jornal Diário do Minho, não podendo ser vendido separadamente.

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Igreja Viva 30 Abril

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  • QUINTA-FEIRA 30 DE ABRIL DE 2015

    Dirio do MinhoEste suplemento faz parte da edio n. 30590 de 30 de Abril de 2015, do jornal Dirio do Minho, no podendo ser vendido separadamente.

  • 2 IGREJA INTERNACIONAL IGREJA VIVA

    vias de acesso seguras e legais uedevem ser prioridade

    Algumas Organizaes Catlicas dirigiram recomendaes a eurodeputados portugueses para que se construam vias seguras e legais para a proteco de migrantes e refugiados que procuram asilo na Unio Europeia. Estas recomendaes visam dar resposta s necessidades dos migrantes que so obrigados a fugir.Pedem ainda um sistema de asilo justo, condies de acolhimento humanas e polticas de integrao para que os migrantes possam construir uma nova vida.

    Igreja catlica japonesa critica revisionismo

    A propsito do 70 aniversrio do fim da II Guerra Mundial, a Conferncia Episcopal Japonesa (CEJ) mostrou-se preocupada com o Executivo conservador do Primeiro-Ministro nipnico de reescrever as agresses do Exrcito Imperial em pases vizinhos antes e durante a II Grande Guerra, assim como a sua reinterpretao da Consituio pacifista do pas.O texto escrito pela CEJ revela que, 70 anos depois da Guerra, a sua recordao se est a desvanecer.

    papa confirma a inteno de visitar portugal em 2017

    O Papa Francisco confirmou, no passado dia 25 de Abril, a D. Antnio Marto, bispo de Leiria-Ftima, a sua inteno de visitar Portugal em 2017, no centenrio das aparies de Ftima.

    Apesar dos convites formulados por diversas instituies civis e eclesiais, esta foi a primeira vez que o Papa confirmou a deciso e autorizou a divulgao pblica da sua inteno. Se Deus [lhe] der vida e sade, quer estar na Cova da Iria daqui a dois anos, pode ler-se numa nota oficial publicada no site da diocese de Leiria-Ftima.

    IGREJA UNIVERSAL

    Procurava o cdigo postal da parquia onde me encontro. Pouco depois de ter digitado Our Lady of Lou..., automaticamente, foi-me sugerida a localizao da parquia no mapa, o endereo do stio na rede e fui surpreendido por uma avaliao de 3 estrelas e uma crtica no Yelp. Esqueci o que procurava e fui imediatamente ver a crtica. O Yelp, tal como o TripAdvisor, so aplicativos mveis e plataformas online que permitem aos utilizadores, entre outras coisas, avaliarem e escreverem crticas sobre negcios locais, tais como restaurantes, bares, esplanadas, hotis, locais tursticos, etc., menos, pensava eu, uma parquia. A histria deste comentrio/crtica simples. Paul Y., assim se identifica, estava prestes a mudar-se para a

    cidade de Columbia, no estado do Missouri, EUA, e procurava uma parquia onde pudesse celebrar a sua f. Tendo isto em mente, ele e a esposa participaram em duas celebraes dominicais da eucaristia das 7 da manh, na igreja paroquial de Our Lady of Lourdes, e tornaram pblicas as suas impresses no Yelp. Em seis pontos Paul avaliou positivamente

    a parquia. Foi surpreendido pela presena de cerca de 500 pessoas de vrias idades, raas e gnero na celebrao das 7 da manh, nas duas

    vezes em que participou. Esperava apenas uma dzia. As celebraes comearam a horas e terminaram dentro de uma hora. As homlias, do proco e do vice-proco, foram claras, bem organizadas e duraram entre 6 a 10 minutos. As casas de banho estavam bem identificadas. E, por fim, escreve que a igreja dispe de um bom parque de estacionamento.

    J contra, Paul aponta a ausncia do uso do turbulo e das campainhas na consagrao, e a falta de acolhimento da parte dos paroquianos.

    Do TripAdvisor ao ChurchAdvisor? (I)A avaliao, o comentrio e a crtica vida paroquial no so uma novidade. Sempre existiu e sempre existir. Entre amigos ou em famlia no raro falar-se sobre o grupo coral e a liturgia em geral, a graa ou a desgraa das homlias do padre, as casas de banho da igreja que nunca mais se constroem ou que, existindo, difcil encontr-las limpas, a falta de estacionamento, as ausncias ou presenas na eucaristia que se fazem notar, enfim, alguns dos temas que habitam as nossas conversas sobre a vida paroquial. Novidade a passagem do mbito privado ao pblico e as suas consequncias. Num momento em que o territrio no define mais a pertena a uma comunidade paroquial alis, em boa verdade nunca definiu e a mobilidade emerge como categoria identitria da sociedade contempornea e determinante na aco pastoral, esta simples avaliao categoriza elementos fundamentais na altura de escolher a parquia que se quer integrar, como: equipamento, liturgia e hospitalidade. pouco provvel, pelo menos por enquanto e em contexto catlico, que algum desenvolva uma aplicao de avaliao de parquias, uma espcie de ChurchAdvisor imitao do TripAdvisor. J o comentrio, a avaliao e a crtica pblica online vida paroquial no coisa que vai acontecer no futuro, o presente.

    Paulo Terrosopadre

    PAPA FRANCISCO@pontifex_pt

    21 Abril 2015 preciso guardar a terra para que possa continuar a ser, como Deus a quer, fonte de vida para toda a famlia humana.

    23 Abril 2015Nos Sacramentos, encontramos a fora para pensar e agir segundo o Evangelho.

    25 Abril 2015Ns, cristos, somos chamados a sair dos nossos recintos, para levar a todos a misericrdia e a ternura de Deus.

    28 Abril 2015Cada comunidade crist deve ser uma casa acolhedora para quem busca Deus e tambm para aquela pessoa que procura um irmo que a escute.

  • OPINIOIGREJA VIVADirio do Minho QUINTA-FEIRA, 30 de ABRIL de 2015 3OPINIOARQUITECTURA IGREJA VIVA 3

    O tempo vem sempre aos pares. o meu e o de algum (dos outros).

    Hoje para mim esta passadeira leve na qual os dias se vo entretendo, na qual se inscrevem acontecimentos, na qual se gasta a energia que nos foi dada. Mas o que conta sempre hoje, aquele momento que fica enquanto a clepsidra avana e se esgota.

    A exploso sempre hoje. A ressurreio no s do passado, mas a passadeira branca e vermelha que nos estendida sem merecimento. A Pscoa de sempre, pois este hoje no se esgota. Est sempre oferecido, mesmo que as foras assinalem estagnao ou dormideira.

    Gestos do tempo pascal nesta passadeira que celebra a vida; os

    sentidos no envelhecem apesar dos minutos que a ampulheta regista. Este tempo faz recordar o incio em que tudo era bom. Regista-se o que no tem fim e respira-se a Eternidade: o tempo (presente) visto de outro lado.

    No ms de abril vive-se a Pscoa. A primeira festa crist, a ressurreio de Cristo. Prolonga-se por 50 dias, sete semanas e o dia de Pentecostes. Uma oitava de domingos, a festa das festas para o cristianismo: convite a ser sempre novo em Cristo.

    Pode parecer do passado: a civilizao hoje to ligeira, leve como o telemvel quase sem peso.

    Em Portugal, preciso uma torrente de renovao, de esprito novo para enfrentar desafios, para passar alm de querelas, para navegar mais alm por

    esse mar fora. preciso novo flego para os que vivem quotidianamente na carncia de tudo. preciso um esprito de mais distribuio, de mais partilha. Os poderosos deixaro de explorar os pobres. A justia grita por uma democracia mais justa e de mais equidade: A cada um o direito ao essencial. No se explore os que no podem fazer ouvir a voz, pois ela gritar mesmo calada. A democracia mal vivida e mal gerida faz de ns um povo envergonhado de ricos ilcitos e de detratores dos frgeis.

    A nossa democracia necessita de novo respiro. 41 anos de experincia. A liberdade chama sempre a verdade. Sejamos livres; sejamos verdadeiros; cultivemos a autenticidade. As sete semanas da Pscoa apoiam e facilitam semelhante itinerrio. Caminhemos.

    Ao invs, este tempo tem revelado atropelos graves para quem foge morte.

    Quantos milhares atravessam o nosso mar, o Mediterrneo, desnorteados, na procura de um espao novo ou simplesmente na fuga eminncia da morte. Fogem do Oriente prximo onde a guerra o po de cada dia. Gostariam de encontrar outro melhor. Fogem de frica procurando terra nossa depois de grande infortnio no mar bravo: encontram sepultura funda, sendo o mar campo agreste repentino de morte e morada/sepultura de defuntos que aspiravam a uma outra sorte.

    Urge Pscoa, salto qualitativo para novos projectos, passagem para mais humanidade, espao de encontro para todos os povos. Lugar de entreajuda, a nossa terra. No se pode viver sozinho, isolado. O molhado grito de tantos no deixa dormir. Chama por decises humanas mais justas, mais conscientes para a sorte comum planetria.

    O hoje tempo com razo.

    O ontem faz recordar e o amanh sonhar. O hoje favorece um dilogo de cumplicidade. A razo de hoje eterna, pois d o gosto ao caminhar ininterrupto da vida. Se recordo ou sonho, hoje na minha vida. Ela a teia de hoje que torno sempre respirvel e respeitvel.

    NA COSTA DO MARJOS LIMA

    I. Porque este tem sido um espao de partilha de viagens, das viagens memorveis, arrisco hoje tornar memorvel o que jamais seria passvel de o ser, no fosse a prpria viagem a faz-lo. Da varanda do quarto de hotel, chegado numa tarde de Domingo, procuro perceber, entre as torres que despertam sobre os telhados, qual ser a igreja onde conseguirei celebrar a eucaristia. No fosse estar aos ps do Monte Bianco, a pequena cidade de Cuorgn, fora de Torino, no seria um lugar emocionante, tal a desqualificao urbana e arquitectnica. (Aqui, eu no chegaria no fosse em trabalho.)

    Procurando a Chiesa di San Dalmazzo, enfio na quelha que me apontaram e choco com um prtico neoclssico (se que possvel chamar-lhe assim), com tudo a que tem direito: estilbato elevado por degraus, colunas pintadas de branco com base fuste e capitel, tmpano despido; a porta de madeira

    boa, que ainda a nica coisa em que apetece pr a mo, est fechada. triste Igreja que ests de portas fechadas! Metida no tecido velho que serpenteia, a fachada no conquistou adro nem praa nem eixo nem simetria. De um lado e de outro, faceia-a um edificado desqualificado, no qual as bandeiras da Repblica se prostram tristes. triste Igreja que te impes sem dialogar. Espreitando de escoro, verificamos o que sabemos j: que a fachada, fechada, encerra o corpo da construo, que ficou, seno despido com as alvenarias de tijolo vista, pelo menos despojado, apenas com uma argamassa pobre e cinzenta. Igreja se te deixasses mostrar assim! .

    II. Esperando encontrar apenas uns poucos na missa, tal era a calmia durante a tarde, dei finalmente com as portas abertas e gente que seguia gil para a igreja, afinal uma comunidade que encheu por completo o interior, j de si cheio de pinturas e relevos. Uma comunidade crist capaz de acolher: o padre estrangeiro, eu estrangeiro. O padre, vindo de So Paulo em visita ao irmo doente, dizia a missa num italiano perfeito mas sabendo introduzir aqui e ali o jeito brasileiro descontrado que revigorava a liturgia; adivinhava-se pelas sapatilhas que revelavam o jovem j na casa dos oitenta e tornavam mais leve a casula de antigamente. E quando no abrao da paz demorou o seu tempo a trocar umas breves palavras com aqueles que cumprimentou nas filas da frente, entre os quais eu, logo ao saber-me portugus, vindo do Porto para dois dias de trabalho, apresentou-me comunidade, no improviso do segundo, arrebatando uma salva de palmas que embora embaraante foi verdadeiramente acolhedora. Virei-me e cruzei o olhar com todos, com tempo. C fora, tomei a direco da gente, e descobri a Via Arduino, medieval, com arcadas dos dois lados; e o Palazzo Arduino; e um pequenino largo e uma igreja contra a qual chocava o edificado, naquele embate que s os antigos faziam dura mas naturalmente; afinal, Courgn tinha uma origem medieval com toda a beleza e fora a que Itlia nos habituou, ainda que s na amostra de uma rua.

    Em tempo pascal tudo parecia um sinal de passagem: para a compreenso da gente, da Igreja, do edificado e da cidade. Se me deixar converter pelos sinais da ressurreio, encontrados nestes acasos certos, viverei sem julgar e com mais alegria e sabor.

    PADRE | PROFESSOR UNIVERSITRIO

    O CRISTO NO PARQUE

    pedro castro cruzARQUITECTO

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    A nossa democracia necessita de novo respiro

  • 4 REPORTAGEM IGREJA VIVA

    31 dias com Maria. deste modo que a equipa formadora do Seminrio Maior baliza o tempo e a companhia ideal para o ms de Maio. Frase simples, directa, incisiva, como ditam as boas prticas de qualquer editora. 31 dias com Maria um itinerrio espiritual em forma de livro.

    Um livro com histriaO cnego Vtor Novais, reitor do Seminrio Conciliar, explica-nos que esta iniciativa tem a sua origem mais remota nos tempos em que era proco. Quando chegava o ms de Maio, tnhamos a sensao que se interrompia o caminho que vinha a ser feito desde o incio do ano

    pastoral, conta-nos com alguma perplexidade. Eram anos em que no existiam propostas diocesanas para a devoo mariana dos grupos paroquiais. A necessidade aguou o engenho e comeou a sonhar um livro consistente e plural, onde a diversidade de pessoas, de sensibilidades e de estados de vida

    pudessem construir um texto harmonioso.

    Cada dia do livro tem a alma de uma pessoa ou de um casal. Existe uma espcie de

    texto no escrito em cada uma das pginas, que depois vai

    ganhando rosto a partir do momento em que se transforma em orao. Este um dilogo a trs: o autor do texto, o leitor e Maria.

    Por isso, apesar do esqueleto comum, nenhum texto

    igual ao outro. As reflexes que constam no livro acabam por mostrar uma riqueza e diversidade de contributos que ajudam a uma melhor compreenso da personalidade e identidade de Maria.

    Parafraseando a Sagrada Escritura, este um dos casos onde nem s de padres vivem os cristos. 31 dias com Maria o resultado do contributo de leigos, religiosos, presbteros, jovens e menos jovens, homens e mulheres. Talvez o que se destaca mais seja a presena dos leigos. No habitual que eles assumam este gnero de desafios. Mas, para a organizao, faz todo o

    sentido a sua participao porque eles tm um papel importante e insubstituvel na Igreja.

    A escolha dos participantes ficou a cargo dos formadores dos seminrios que garantem que no tem sido difcil encontrar essas pessoas. A nossa Arquidiocese ainda tem muita gente com gosto, disponibilidade e vontade para participar numa iniciativa destas, refere cnego Vtor Novais, director do projecto.

    Tentmos, por isso, como no podia deixar de ser, perceber de que modo um casal e duas jovens viveram a sua experincia de escrever no livro.

    31di s commaria

  • 5REPORTAGEMIGREJA VIVADirio do Minho QUINTA-FEIRA, 30 de ABRIL de 2015

    Um livro com PESSOAS Isabel e Jos Filgueiras so casados e tm 4 filhos. Ela professora e ele consultor. No so novatos nestas andanas. Colaboraram em quatro edies para percorrerem todos os mistrios do rosrio. Perguntmos como era escrever um texto to ntimo a quatro mos. Sorriram e depois esclareceram-nos. Vai-se falando sobre o assunto, um escreve, o outro corrige e acrescenta e assim vai nascendo a verso final. Com o mesmo sorriso dizem-nos ainda que, para os filhos, o sentimento de verem um texto escrito pelos pais algo que no conseguem descrever, algo surpreendente.

    Isabel e Jos consideram a orao um tu a tu com Deus. Mas com este livro, mais do que um momento de reflexo, fez com que o importante

    fosse partilhado. Num tempo em que a falta de tempo a razo mais comum para no se rezar, esta foi para o casal uma provao. Obrigaram-se a parar, a rezar, a pensar. Os primeiros a ganhar somos ns!, afirmam.

    Depois, o tom da conversa foi ficando um pouco mais srio e disseram uma frase lapidar: Ser cristo no fcil, exigente. No entanto, um estilo de vida em que sabemos que no estamos ss, que Deus est connosco e nunca nos deixa ss e isso sente- -se com muita fora na relao com Maria. Perguntamos ento qual a diferena entre uma pessoa que reza e um descrente?. A pessoa que reza sente-se, experimenta-se, vive--se acompanhada. Sabe-se criana pequenita mas que tem atrs de si, consigo, um Pai que grande, para quem ela nica e que vive com ela. Por isso, vive na confiana e na esperana de um futuro que risonho, respondem.

    Da mesma opinio partilham a Tnia Teixeira e a Rita Magalhes. Duas amigas do arciprestado de Cabeceiras de Basto que aceitaram este desafio. Para elas, aquele que reza, geralmente encara a vida de uma forma mais optimista, pois encontra em Deus um suporte para a

    sua vida. Num mundo em que cada vez mais nos aponta uma forma de viver individualista, esta experincia proporcionou-lhes momentos de partilha e de aproximao a Maria. Para as duas jovens, Maria o exemplo da Me dedicada e protectora que gostariam de vir a ser. Assim como a Sagrada Famlia que apesar de todas as dificuldades que tiveram de ultrapassar, mantiveram sempre viva a chama do Amor e nunca perderam a confiana em Deus.

    A participao neste projecto permitiu-lhes redescobrir a riqueza que a orao do tero. Assim como Isabel e Jos, as duas jovens referem que nem sempre fcil rezar todos os dias, mas procuram que a orao seja uma constante nas suas vidas.

    Um livro com objectivosDe volta ao padre Vtor Novais. Se enquanto proco tinha a preocupao de ajudar os movimentos das parquias a rezarem, agora o propsito outro e no o esconde: promover a orao pelas vocao. A equipa do Seminrio Conciliar acredita que a orao determinante na questo vocacional. E o reitor vai ainda mais longe ao afirmar que este livro uma forma de ajudar os jovens a seguirem uma caminhada espiritual e de uma aproximao ao verdadeiro sentido inerente recitao do tero. Isto , dar a conhecer a resposta aos porqus que balizam o hodierno desenvolvimento de uma caminhada em Deus. Estas respostas existem, refere.

    Talvez seja do desconhecimento da maioria, mas ao comprar- -se o livro 31 dias com Maria o leitor estar a ajudar a formao dos seminaristas. Sim, fizemos a pergunta inconveniente. Para onde revertem os lucros das vendas? A resposta foi transparente. Os fundos do livro revertem para a formao dos seminaristas, particularmente daqueles que tm mais dificuldade no mbito econmico. como juntar o til ao agradvel. Por um lado, adquire-se um livro de qualidade incontestvel, uma autntica bssola para a orao mariana e, por outro lado, contribui-se para a formao dos futuros presbteros da Arquidiocese de Braga.

    Esta a 6 edio e est praticamente esgotada. A cada ano que passa, o nmero de exemplares aumenta. Tanto da Arquidiocese de Braga como fora, muitos so aqueles que procuram este itinerrio. Um caminho percorrido na companhia de Maria, com um ms inteiro dedicado a ela. Todos os dias, num espao reservado para a orao e reflexo.

    O exemplo de Isabel, de Jos, de Rita e de Tnia ilustram algumas das experincias vividas pelos participantes no projecto. O ms de Maio j amanh. Eles aceitaram o desafio, agora a sua vez.

  • 6 LITURGIA IGREJA VIVA

    LEITURA I Actos 9, 26-31Leitura dos Actos dos ApstolosNaqueles dias, Saulo chegou a Jerusalm e procurava juntar-se aos discpulos. Mas todos o temiam, por no acreditarem que fosse discpulo. Ento, Barnab tomou-o consigo, levou-o aos Apstolos e contou-lhes como Saulo, no caminho, tinha visto o Senhor, que lhe tinha falado, e como em Damasco tinha pregado com firmeza em nome de Jesus. A partir desse dia, Saulo ficou com eles em Jerusalm e falava com firmeza no nome do Senhor. Conversava e discutia tambm com os helenistas, mas estes procuravam dar-lhe a morte. Ao saberem disto, os irmos levaram-no para Cesareia e fizeram-no seguir para Tarso. Entretanto, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, edificando-se e vivendo no temor do Senhor e ia crescendo com a assistncia do Esprito Santo.

    SALMO RESPONSORIAL Salmo Salmo 21 (22)Refro: Eu Vos louvo, Senhor, na assembleia dos justos

    Cumprirei a minha promessana presena dos vossos fiis.Os pobres ho-de comer e sero saciados,louvaro o Senhor os que O procuram:vivam para sempre os seus coraes.

    Ho-de lembrar-se do Senhor e converter-se a Eletodos os confins da terra;e diante dEle viro prostrar-setodas as famlias das naes.

    S a Ele ho-de adorartodos os grandes do mundo,diante dEle se ho-de prostrartodos os que descem ao p da terra.

    Para Ele viver a minha alma,h-de servi-lO a minha descendncia.Falar-se- do Senhor s geraes vindourase a sua justia ser revelada ao povo que h-de vir: Eis o que fez o Senhor.

    LEITURA II 1 Jo 3, 18-24Leitura da Primeira Epstola de So JooMeus filhos, no amemos com palavras e com a lngua, mas com obras e em verdade. Deste modo saberemos que somos da verdade e tranquilizaremos o nosso corao diante de Deus; porque, se o nosso corao nos acusar, Deus maior que o nosso corao e conhece todas as coisas. Carssimos, se o corao no nos acusa, tenhamos confiana diante de Deus e receberemos dEle tudo o que Lhe pedirmos, porque cumprimos os seus mandamentos e fazemos o que Lhe agradvel. este o seu

    mandamento: acreditar no nome de seu Filho, Jesus Cristo, e amar-nos uns aos outros, como Ele nos mandou. Quem observa os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele. E sabemos que permanece em ns pelo Esprito que nos concedeu.

    EVANGELHO Jo 15, 1-8Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo So JooNaquele tempo, disse Jesus aos seus discpulos: Eu sou a verdadeira vide e meu Pai o agricultor. Ele corta todo o ramo que est em Mim e no d fruto e limpa todo aquele que d fruto, para que d ainda mais fruto. Vs j estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei. Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vs. Como o ramo no pode dar fruto por si mesmo, se no permanecer na videira, assim tambm vs, se no permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vs sois os ramos. Se algum permanece em Mim e Eu nele, esse d muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer. Se algum no permanece em Mim, ser lanado fora, como o ramo, e secar. Esses ramos, apanham-nos, lanam--nos ao fogo e eles ardem. Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vs, pedireis o que quiserdes e ser--vos- concedido. A glria de meu Pai que deis muito fruto. Ento vos tornareis meus discpulos.

    LITURGIA da palavra

    V Domingo pscoa

    tema

    PERMANECEI EM MIM E EU

    PERMANECEREI EM VS!

    Atitude de vidaVamos, durante esta semana, sempre com a ajuda do livrinho Rezar na Pscoa, fazer um tempo mais generoso de sintonia silenciosa (talvez numa visita ao Santssimo Sacramento) com Aquele que permanece em ns.

    ILUSTRAO DA ARQ. MARIA TAVARES

  • 7LITURGIAIGREJA VIVADirio do Minho QUINTA-FEIRA, 30 de ABRIL de 2015

    So vrias as imagens que sobressaem na Liturgia da Palavra do quinto domingo de Pscoa (Ano B)! Alm da vide e dos ramos e da necessidade de dar fruto (evangelho), alm da pregao firme de Saulo/Paulo (primeira leitura) e da importncia do louvor (salmo), o apstolo Joo destaca o verbo permanecer, um verbo que lhe muito querido: duas vezes na carta (segunda leitura); oito vezes no Evangelho. Este verbo recorda o mistrio da Incarnao, atravs do qual o Filho de Deus veio permanecer no meio de ns. Agora, na hora da glorificao do Ressuscitado, somos chamados a permanecer em Jesus Cristo, para participar da sua vida e anunciar ao mundo a sua alegria.

    Falava com firmeza no nome do SenhorO fragmento do livro dos Atos dos Apstolos proposto na primeira leitura descreve a chegada de Saulo (o nome Paulo s aparecer alguns captulos mais frente) a Jerusalm e faz-nos refletir sobre a rejeio inicial que teve da parte dos cristos. compreensvel: Paulo tinha sido um forte perseguidor da comunidade. O caminho a percorrer ser longo. Primeiro Barnab que testemunha em seu favor diante dos Apstolos. Mas as credenciais no so dadas por Paulo nem por Barnab, mas por Jesus Cristo, pois foi o prprio que apareceu a Paulo e lhe confiou uma misso. A partir da converso, Paulo torna-se um homem novo, assume com firmeza a pregao da boa nova de Jesus Cristo.A coragem de Paulo manifesta-se tambm em Jerusalm: falava com firmeza no nome

    do Senhor. Ora, isto vai provocar a ira dos judeus, a ponto de o quererem matar. Nessa poca, Paulo j ter a ajuda da comunidade, a mesma que, antes, o tinha recusado. Os irmos prepararam a fuga para Tarso, a sua cidade de origem, de onde h de iniciar, com Barnab, as viagens missionrias.Este texto pode ser lido como um resumo antecipado do que ser a vida de Saulo/Paulo: anncio pblico de Jesus Cristo, perseguio por parte dos adversrios, deslocado com urgncia para outro lugar, onde comea de novo a pregar.O sumrio final refere os passos percorridos na edificao da nova comunidade do Senhor Jesus Cristo ressuscitado que ia crescendo com a assistncia do Esprito Santo: a Igreja. O narrador destaca a presena do Esprito Santo, o verdadeiro protagonista do livro dos Actos dos Apstolos e da ao missionria da Igreja.Hoje, somos desafiados a tomar conscincia do compromisso fundamental do Baptismo: a unio com Jesus Cristo. Seguir e estar unidos a Jesus Cristo (permanecei em Mim) so a mesma coisa. Doutra maneira, poderamos pensar o seguimento como pura obedincia a uma doutrina ou a uma moral. Ora, o que Jesus Cristo nos prope no uma mera adeso doutrinal, mas uma adeso sua pessoa, sua vida. Alis, a converso de Paulo no se baseia numa doutrina, mas num encontro pessoal com Jesus Cristo: tinha visto o Senhor, que lhe tinha falado. S assim seremos capazes de, imagem de Paulo (e de tantos outros ao longo dos tempos), falar com firmeza no nome do Senhor Jesus Cristo.

    Reflexo preparada por Laboratrio da F | in www.laboratoriodafe.net

    Reflexo

    Admonio inicial

    Neste quinto Domingo da Pscoa, dia do Senhor, viemos celebrar a vida, a f! A palavra vai transmitir-nos, uma vez mais, a disponibilidade e o desejo amoroso de Deus que nos quer ver felizes! Essa felicidade tem como possibilidade essencial a permanncia nEle que, a partir do nosso prprio ntimo, nos quer fazer descobrir sempre o caminho da liberdade, da paz, do ser!

    Sugesto de cnticos Ent: Cantai ao Senhor, F. Silva (NCT 211) glria: Az. Oliveira (IC p. 26; NRMS 50-51) apresentao dos dons: Se cumprirdes, C. Silva (CPD 477) SANTO: F. Silva (IC, p. 50; NRMS 38) cordeiro: M. Carneiro (IC, p. 64; NRMS 99-100) Com: Eu sou a verdadeira vide, C. Silva (OC, p. 107) Final: Regina Coeli, P. Lcot (NCT 205)

    _MATERIAL: belo e libertador o vontade daquele que nos diz: Permanecei em mim e eu permanecerei em vs!. Uma vez mais somos desafiados a fazer a experincia de ntima unio com Jesus Cristo que simplesmente nos faz sentir profundamente livres. A seiva da vida que sempre nos comunica pode ser simbolizada por um conjunto de flores (preferencialmente, violetas de cor lils), dentro do mesmo cesto. Nesta semana, o outro cesto conter cerejas, para evidenciar os frutos espirituais da Mansido e da Pacincia, que se procuraro viver.

    itinerrio simblico

    Orao Universal Carssimos irmos e irms: O Senhor Jesus disse-nos hoje no Evangelho: Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vs. Sabendo que Ele no nos engana, digamos cheios de esperana:

    R. Abenoai, Senhor, o vosso povo.

    1. Para que todos os fiis da santa Igreja permaneam unidos a Jesus e dem frutos para glria de Deus Pai, oremos.

    2. Para que aqueles que proclamam o Evangelho e procuram lev-lo a toda a parte tenham sempre alegria e alento e aumente o nmero dos que os ouvem, oremos.

    3. Para que os pais cristos e seus filhos creiam em Jesus e no que Ele disse e se amem uns aos outros em verdade, como caminho da f vivida, oremos.

    4. Para que todas as mes tenham condies para viver com dignidade a sua maternidade, sintam o carinho dos seus filhos e sejam comunicadoras da verdade do amor e da ternura de Deus, oremos.

    5. Para que as comunidades das irms contemplativas louvem sem cessar o nosso Deus e Jesus as escute e multiplique, oremos.

    6. Para que saibamos pr fim ao drama do Mediterrneo, lutando contra a indiferena e denunciando as injustias, no cuidado com todos os que buscam melhores condies de vida e na ateno dignidade de cada pessoa, oremos.

    7. Para que todos ns aqui reunidos em assembleia, celebrando a Ceia do Senhor, recordemos que sem Ele nada podemos, oremos.

    Senhor, nosso Deus, que conheceis a vinha que ns somos e cuidais dela como bom agricultor, fazei-nos permanecer unidos a Cristo e produzir muitos frutos em seu nome. Ele que vive e reina por todos os sculos dos sculos.

    Eucologia

    Oraes prprias do V Domingo da Pscoa (Missal Romano, pp. 356)Prefcio Pascal III (Missal Romano, p. 471)Orao Eucarstica III (Missal Romano, pp. 529ss)

    ELEMENTO CELEBRATIVO A DESTACAR

    O acto de comungar resposta efectiva quele que nos diz: Permanecei em mim e eu permanecerei em vs! Sentindo a Sua real presena em ns vamos fazer do momento ps- -comunho um tempo mais prolongado de silncio para que saboreemos a Vida abundante que nos habita!

    FRUTO DO ESPRITO SANTO Mansido e pacincia ELEMENTO SIMBLICO Cereja

  • 8 ACTUALIDADE IGREJA VIVA

    O programa Ser Igreja entrevista, esta sema-na, o cnego Jos Paulo Abreu, presidente da Confraria do Sameiro.

    sexta-feira, das 23h00 s 24h00FM 101.1 MhzAM 576Khz.

    AGENDA

    FICHA TCNICADirector: Damio A. Gonalves Pereira

    Coordenao: Departamento Arquidiocesano da Comunicao Social (Pe. Tiago Freitas, Pe. Paulo Terroso, Eduardo Madureira, Ana Pinheiro, Joana Arajo, Nuno Ades), Flvia Barbosa

    Design: Romo Figueiredo

    Fontes: Agncia Ecclesia e Dirio do Minho

    Contacto: [email protected]

    Alessandro saraco

    10% *Desconto

    Livraria do Dirio do Minho

    * Na entrega deste cupo. Campanha vlida de 30 de Abril a 06 de Maio de 2015.

    O rosrio com o papa francisco

    30.04.2015FORMAO PARA LEITORES21h15 / Centro Pastoral de Famalico

    JORNADAS TEOLGICAS21h00 / Auditrio Vita

    01.05.2015FESTIVAL DE CLARINETE21h00 / Conservatrio de Msica Calouste Gulbenkian

    PVP

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    O grupo de jovens de S. Miguel- -O-Anjo, de Famalico, organiza, pelas 21h30 do dia 2 de Maio, um Concerto Orao na Igreja de S. Miguel-o-Anjo.

    O espectculo gratuito e conta com a presena da intrprete Claudine Pinheiro.

    Claudine Pinheiro, que est ligada ao Movimento Juvenil Salesiano, a intrprete de Msicas de Orao, inspiradas na Palavra. Em 2002,

    Claudine Pinheiro props s Edies Salesianas a gravao, em portugus, das msicas da Ir. Glenda, uma referncia no panorama da msica religiosa. Assim nasceu o livro / cd gua Viva, editado em 2004 e reeditado um ano depois. Desde o seu lanamento, Claudine j realizou mais de meia centena de concertos por todo o pas.

    O concerto ser alusivo ao Dia da Me e ter servio de bar com caf e bolo.

    concerto orao marca o dia da me

    02.05.2015CICLO DE CINEMA PARA A FAMLIA15h00 / Lcio Craveiro

    O Padre Eduardo Duque, responsvel pela Pastoral Universitria, foi nomeado pela Conferncia Episcopal Portuguesa (CEP), Assistente do Servio Nacional da Pastoral do Ensino Superior.

    Em declaraes Arquidiocese de Braga, esta nomeao foi para o Padre Eduardo Duque uma surpresa. Ser padre e professor a sua vida e, durante a conversa, Eduardo Duque constatou que v esta nomeao como um servio Igreja.

    Quando somos sacerdotes somos

    nomeados para servir. A Igreja pede-me este servio e com total disponibilidade que tentarei fazer o melhor ao servio do ensino superior, referiu.

    O tambm professor universitrio espera que a nvel nacional haja em todas as dioceses algum que queira servir de intermedirio em cada universidade.

    Gostaria que daqui a trs anos pudesse haver algum responsvel por ser a ponte entre a Igreja e a Universidade, e gostaria tambm que houvesse dilogo entre f e cultura, relatou Arquidiocese de Braga.

    Padre Eduardo Duque ao servio da Igreja e do Ensino Superior

    O livro O Rosrio com o Papa Francisco apresenta meditaes extradas dos discursos do Santo Padre. Atravs da obra, neste ms de Maio conseguir Olhar para Jesus com Olhar de Maria e ter uma experincia interior de quem reza o Rosrio. O livro oferece uma recolha de vrios discursos do Papa Francisco e usa--os como pretextos de reflexo e meditao de cada mistrio do Tero do Rosrio. Para Alessandro Saraco, autor do livro, a orao quotidiana do Rosrio torna a nossa vida um verdadeiro Magnificat.