igreja viva 07 de maio net

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QUINTA-FEIRA • 07 DE MAIO DE 2015 Diário do Minho Este suplemento faz parte da edição n.º 30666 de 07 de Maio de 2015, do jornal Diário do Minho, não podendo ser vendido separadamente. ainda podemos falar de família tradicional? p. 4-5 Dossier Família

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Igreja Viva 07 de Maio Net

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  • QUINTA-FEIRA 07 DE MAIO DE 2015

    Dirio do MinhoEste suplemento faz parte da edio n. 30666 de 07 de Maio de 2015, do jornal Dirio do Minho, no podendo ser vendido separadamente.

    ainda podemos falarde famlia tradicional?

    p. 4-5

    Dossier Famlia

  • 2 IGREJA INTERNACIONAL IGREJA VIVA

    20 MILHES DE EUROS PARA VTIMAS DO TERRAMOTO NO NEPAL

    A Unio Europeia (UE) aprovou, nesta segunda-feira, uma ajuda de 20 milhes de euros para as pessoas atingidas pelo terramoto do ltimo 25 de Abril, no Nepal, que causou a morte a mais de sete mil pessoas. De acordo com o servio informativo da Santa S, a iniciativa surgiu atravs de um pedido do governo nepals e as verbas vo ser doadas, principalmente, para o suporte financeiro do pas e para o apoio de emergncia s comunidades mais afectadas.

    Papa apela ao dilogo aberto com protestantes

    O Papa Francisco recebeu no dia 04 de Maio, no Vaticano, a representante da Igreja luterana da Sucia, Antje Jackelen, e convidou protestantes e catlicos a tratar abertamente das suas divergncias no que concerne a questes de sexualidade. O Santo Padre sublinhou que no h mais tempo para o desprezo mtuo, dizendo que os fiis catlicos e protestantes no devem mais ser percebidos como adversrios ou competidores, mas reconhecidos como so: irmos e irms.

    FTIMA RECEBE FRUM DE FORMAO ANUAL DE EMRC

    O centro Paulo VI recebe, de 8 a 10 de Maio, os docentes do pas de Educao Moral e Religiosa Catlica ( EMRC), para a edio 2015 do Frum Unidos a Deus, ouvimos um Clamor (Evangelii Gaudium, 187-192) a Alegria da Misso na Escola, que vai procurar levar junto dos professores a inquietao pelos mais pobres. A participao neste frum pode ser valorizada para efeitos de formao contnua. Os novos manuais elaborados que completam a oferta de recursos para os docentes tambm sero apresentados.

    IGREJA UNIVERSAL

    Reflectir o uso da internet e das redes sociais sob o ponto de vista moral do bom ou mau uso tem tanto de simplista quanto redutor. O mesmo se pode dizer sobre a viso da rede como um mundo paralelo realidade, como se milhes de pessoas que usam as redes sociais vivessem numa esquizofrenia permanente de uma vida dupla entre a vida real e a vida na rede. J Bento XVI, na 47 mensagem para o Dia Mundial para as Comunicaes Sociais, dizia que a rede um espao existencial, sobretudo para os mais jovens, que configura e determina a percepo da realidade e d forma a novas dinmicas de comunicao. No se trata, portanto, de desconsiderar a dimenso tica mas de super-la e coloc-la como um item de um discurso bem mais alargado.

    O caso de Paul Y., que depois de ter participado em duas celebraes de eucaristia comenta e avalia a numa aplicao de avaliao de negcio locais como Yelp, mas que poderia ser o TripAdvisor ou outra, ilustra bem o que afirmamos. A avaliao deste catlico estadunidense no viola os princpios fundamentais dos Direitos do Homem, no ofende o

    bom nome de terceiros, no contm acusaes sobre a vida privada de terceiros e no contm linguagem imprpria. Mas no sero estes dados secundrios, at irrelevantes, na equao do problema? Colocando

    a questo de outra forma: so mais problemticos os comentrios, crticas e avaliaes, ou a percepo e/ou convico, inconsciente ou consciente, de que a escolha da parquia est sujeita s mesmas regras de avaliao, concorrncia, competio e gosto pessoal? Entendo, por isso, que o simples uso destas plataformas para a avaliao das parquias j, por si,

    pernicioso, mesmo quando feito pelo maior dos santos. Imagine-se, agora, o uso malvolo destas aplicaes, quais livro de reclamaes ou lavadouros pblicos, como escreveram Bento Oliveira e Joo Aguiar,

    Do TripAdvisor ao ChurchAdvisor? (II)respectivamente, no Facebook, a propsito do primeiro texto.Porm, a questo muito mais complexa, mesmo sem comentrios e avaliaes, mesmo sem a ameaa de um ChurchAdvisor no horizonte.Os dados no enganam. Na Arquidiocese de Braga, e imagino que a realidade no seja muito diferente noutras dioceses, o que as pessoas mais procuram na pgina da internet o horrio das missas. Do mesmo modo que muitas parquias tm o seu stio na rede e o seu boletim, outras comeam a entrar no mundo das aplicaes mveis, onde disponibilizam toda a informao necessria aos seus paroquianos. Nos Estados Unidos, aplicaes como ParishWorld Mobile e OneParish ganham cada vez mais utilizadores. Com a aplicao OneParish instalada no smartphone podemos localizar, em todo territrio dos Estados Unidos, as parquias, encontrar informaes sobre horrios das missas e confisses, o nome do proco, vice-proco, etc. Em frias ou em viagem de trabalho, ao fim de semana ou em qualquer dia da semana, por motivos espirituais ou por simples curiosidade, no contexto actual, o fiel catlico decide quando, onde e, em certo sentido, at como celebrar a sua f. H algo de novo aqui? Nada, absolutamente nada. A tecnologia apenas permitiu exponenciar uma realidade j existente, dito de outro modo: a passagem da f a la carte missa a la carte e parquia a la carte ficou distncia de um clique.

    Paulo Terrosopadre

    PAPA FRANCISCO@pontifex_pt

    30 Abril 2015No meio de tantos problemas, mesmo graves, no percamos a nossa esperana na misericrdia infinita de Deus.

    02 Maio 2015O amor de Cristo enche-nos o corao e torna-nos capazes de perdoar sempre.

    05 Maio 2015Faz-nos bem passar um pouco de tempo diante do Sacrrio, para sentirmos sobre ns o olhar de Jesus.

  • OPINIOIGREJA VIVADirio do Minho QUINTA-FEIRA, 30 de ABRIL de 2015 3OPINIOLITERATURA IGREJA VIVA 3

    1. Podemos gostar mais de umas pessoas do que de outras. E eu gosto mais da Tia Laura do que de muitas outras pessoas. E ela de mim, reconheo. Partilhvamos muitos segredos, rezvamos juntos, trocvamos bom humor. Ento, Tia Laura, que fez hoje? Hoje fui plantar umas couves com a raiz para cima, dizia na sua fase mais frgil. E quantos so dois mais dois? So quatro, exceto quanto a conta est errada, rematava sorrindo. Era tmida, muito tmida e, sobretudo, no gostava de incomodar ningum. Falvamos do srio e do banal e saamos sempre ambos a ganhar. H dez anos que me oferecia as meias para os ps. Tenho saudades dela. E sei que ainda nos cuidamos.

    2. Tenho uma amiga chamada Maria. Faria muitos anos nos prximos dias. Sim, tenho ainda uma amiga chamada Maria; deixou somente de contar os aniversrios. Quase no h nada que se possa escrever sobre ela, de to simples que foi a sua vida. Cantar na igreja era a sua paixo. Vestia em tons de esperana. Caminhava em passo rpido. Frequentemente carregava os frutos do campo cabea. No falhava igreja, ao sorriso largo e boa disposio. H tempos aproximou-se de mim, de mo fechada. Abriu a minha mo e colocou nela cinquenta cntimos dizendo-me: eram para o Senhor; mas hoje quero que sejam para o senhor. Nunca mais lhe

    pude falar, presencialmente. Tenho saudades dela. E sei que ainda nos cuidamos.

    3. A mo do Sr. Moreira era funda e dura; to firme para segurar a sachola como para alinhavar as profecias. Tinha sempre uma quantas palavras; como quem sabe amanhar as terras e os bichos, como quem tira o tempo pelas luas, como quem organiza o futuro pelos santos. Alertou-me desde incio: Desconfio dos padres que entram na igreja diretamente pela sacristia. Teimoso como a erva que esbeirava nos campos, nunca o levavam de vencido. Na f, no lhe mexiam uma vrgula: assim me ensinaram, assim hei-de morrer. Chegava igreja

    na pontualidade das andorinhas: antes da primavera, anunciando-a. E todos os dias ganhava os misteriosos dez oiros: ofereo a missinha pelas minhas intenes, ganho a dez oiros e vou ler o jornal do dia anterior para saber da bola. Tenho saudades dele. E sei que ainda nos cuidamos.

    4. Sabe, estou to cansada de cuidar dos outros. So sempre primeiro os outros.... Formal ou informalmente, em casa ou fora dela, cuidar de outros uma escolha vital. No sem riscos, obviamente. Vale por isso a pergunta: quem cuida dos que cuidam?

    quem cuida dos que cuidam?

    Kazuo Ishiguro nasceu em Nagasqui em 1954, tendo-se radicado em Inglaterra aos cinco anos. Essa dupla pertena muito importante na obra Quando ramos rfos (Gradiva, traduo de Fernanda Pinto Rodrigues, 2000). Este autor japons escreveu vrios livros, de entre os quais se destacam Nunca me Deixes e Os Despojos do Dia, os quais foram adaptados ao cinema.

    Como frequente na narrativa ishiguriana, deparamo-nos com um narrador no fivel. Numa primeira leitura, dir-se-ia tratar-se de um livro de aventuras (talvez inspirado na obra de sir Arthur Conan Doyle) onde aparece um detetive jovem, abastado, sem laos familiares e assaz seguro de si. Todavia, e ao contrrio do que sucede com Sherlock Holmes, o leitor teme que a qualquer momento a confiana do protagonista seja abalada, pelo que a leitura da obra se revela um pouco inquietante. Ora, a inquietude que afeta o leitor outra caraterstica marcante da obra de Kazuo Ishiguro, provocando um efeito de expectativa que o leva a querer desvendar o mistrio.

    O jovem Christopher Banks repatriado para Inglaterra, onde frequenta as melhores escolas, por fora do rapto dos pais. Confortavelmente instalado em Londres, e firmemente decidido a prosseguir uma carreira de detetive, cedo se inicia na melhor sociedade londrina, sendo rapidamente reconhecido como um dos seus. a que conhece Sarah. Lentamente, os dois jovens aproximam-se. Como frequentemente sucede com as personagens masculinas de Kazuo Ishiguro, Christopher Banks passivo face aos avanos de Sarah. Pouco antes de esta se casar com sir Cecil, Christopher Banks pressente a sua

    inesperada fragilidade, que decorre do facto de tambm ser rf.

    Desde o incio da leitura que o leitor se questionava por que motivo, sendo detetive, Christopher Banks no se dedicava a deslindar o mistrio que envolvia o rapto dos pais. s aps o estabelecimento da sua carreira que ocorre a primeira de vrias analepses, em que o protagonista conta a sua infncia em Xangai. Dir-se-ia que Kazuo Ishiguro abandona a matriz (ou pardia) das histrias de detetives para adotar a matriz dos livros de

    espionagem. A partir desse momento, a I guerra mundial deixa de ser uma mera ameaa, a que veladamente se referem os londrinos, para ter uma presena cada vez mais marcante na obra. Traa-se um retrato da guerra desde os seus primrdios, com a temtica da responsabilidade britnica na questo do pio mas tambm a sua realidade fsica, a mortalidade e

    sofrimento que provoca, a igualdade do homem perante a morte, seja ele chins ou japons.

    Ainda assim, o protagonista no abandona a sua pose algo distante, de detetive dos anos 30, que a tudo escapa inclume. Tendo deslindado o mistrio do rapto dos pais, tendo destrinado o novelo das suas recordaes de infncia, tendo desmistificado a origem da sua prosperidade, Christopher Banks um heri masculino tpico de Kazuo Ishiguro, to incapaz de amar a(s) mulher(es) que o atraem como de compreender as implicaes polticas do mundo que o rodeia. Escapar inclume tem destas contrapartidas.

    Nesta como noutras obras, Kazuo Ishiguro tem um estilo despojado. H poucas figuras de estilo, pouca adjetivao e as frases so relativamente curtas e sincopadas. Os seus livros marcam pela estrutura, onde predominam as analepses. Pela forma gradual como o psiquismo das personagens desvendado. E pelos ambientes que recria: a Londres e a Xangai de antes da guerra, as instituies de ensino e a rede de relaes que a se criavam, a vivncia britnica colonial, a teia de influncias institucionais internacionais, Xangai em guerra. Embora Christopher Banks mantenha distncia face ao mundo real que o rodeia, a sua investigao leva-o a percorrer espaos nos quais nunca penetraria.

    Apesar da linearidade, do despojamento e da ausncia de recursos expressivos da descrio, o crescendo de violncia implcita impressiona tanto ou mais do que qualquer qualificativo ou qualquer comentrio que o narrador pudesse fazer.

    N.B. Uma primeira verso deste texto foi publicada em comunidadeleitura.blogspot.pt.

    JOrge vilaaPADRE | coordenador da pastoral da sade

    enfrentar o mundo como rfos

    isabel correia e sandra silvaprofessoras de portugus

  • 4 DOSSIER FAMLIA IGREJA VIVA

    Depois da Economia e da Cultura, avanamos para outro dos ambientes indicados no plano pastoral

    da Arquidiocese de Braga para viver a f: a famlia.

    Quando comemos a equacionar este texto, pensmos de imediato que seria fcil redigi--lo, tendo em conta o tema to conhecido e, primeira vista, to simples.

    No podamos estar mais enganados. A famlia no s complexa como possui, actualmente, muitos e diferentes contornos um pouco por todo o mundo. O conceito como o conhecemos tradicionalmente alterou-se profundamente. J no existe apenas famlia, mas sim famlias. Isso mesmo, no plural: a definio original desdobrou-se em muitas outras.

    A discusso pblica sobre o tema tem sido vasta, com a famlia presente nos mais variados palcos, desde os eclesiais aos civis. As questes associadas aos diversos rostos que a famlia agora assume esto na ordem do dia. E vale a pena reflectir, debater, exprimir e trocar opinies livremente. O debate e o dilogo aberto ajudam no s a trilhar novos caminhos como a perscrutar realidades muitas vezes escondidas.

    Um envelhecimento precocePodemos estar a caminho de um pas envelhecido. Esta realidade j abriu telejornais, j esteve nas capas de vrios jornais, j foi, tal como a famlia, debatida em praa pblica. Mas ser que j parmos um pouco para pensar no que significa isto realmente?

    A taxa de natalidade tem baixado drasticamente em Portugal, com cada vez menos bebs a nascer.

    O Instituto Nacional de Estatstica (INE) tem revelado dados no mnimo preocupantes. A mdia de filhos por mulher, em 2013, situava-se em 1,21. Dez anos antes era de 1,44.

    Aquele que considerado o nvel mnimo para que haja uma substituio de geraes nos pases mais desenvolvidos no surge em Portugal desde 1981. Que consequncias podem advir se este fenmeno se prolongar? A insustentabilidade do estado social pode acentuar-se, assim

    oucomo o conflito entre geraes. difcil imaginar um pas evoludo com lacunas no que toca a camadas mais jovens. A juntar este fenmeno ao das migraes, corremos efectivamente o risco de nos tornarmos num pas profundamente envelhecido.

    A precariedade laboral, os salrios baixos e a instabilidade do pas so os principais factores apontados para uma diminuio do nmero de filhos por agregado familiar. E estes mesmos filhos, que certamente querero constituir a sua prpria famlia, abandonam o lar cada vez mais tarde. Entramos num ciclo vicioso: menos filhos, menos futuros pais e mes. No caso da mulher, esta problemtica assume contornos ainda mais graves. A maternidade tardia pode trazer vrias complicaes e consequncias. Uma delas? Menos filhos. A partir de determinada idade, a concepo de uma criana torna-se pouco ou nada vivel.

    Como j foi referido, a natalidade tem sido um dos temas mais quentes da praa pblica. Os nmeros recentes e preocupantes colocaram o fenmeno do declnio demogrfico na agenda poltica. Em Julho de 2014, uma comisso designada pelo Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, e coordenada por Joaquim Azevedo, apresentou um relatrio sobre natalidade e demografia. Alm de dados estatsticos variados, o documento sugeriu uma poltica de apoio famlia, alicerada num catlogo de medidas pr-natalidade. Diminuio nos encargos fiscais, compensaes financeiras que aumentam proporcionalmente ao nmero de filhos, dedues no IRS, facilidade de pagamentos em creches e escolas... Estas so apenas algumas das medidas sugeridas.

    Ainda assim, h uma pergunta que continua a ser feita e que nos parece muito vlida: vale a pena haver medidas de incentivo se no h emprego?

    A famlia exige trabalhoA frase escolhida para apresentar esta seco no surge por mero acaso: a famlia exige trabalho em vrios sentidos. No s preciso esforo e dedicao para manter uma harmonia familiar, como no possvel alcan--la se o desemprego fizer parte do agregado.

    A par da taxa de natalidade, tambm a taxa de emprego tem decrescido significativamente. Algumas melhorias ou estabilidade tm vindo a ser apontadas nos ltimos estudos revelados, que muitas vezes excluem a relao entre esses nmeros e os correspondentes s migraes. Existe tambm um grande nmero de pessoas a trabalhar em regimes precrios que no chega sequer a ser contabilizado.

    Os relatos assustadores que se ouvem, sobretudo pela parte de

    jovens a ingressarem no mundo do trabalho, so muitos. Regimes de estgio perpetuados com a sucessiva contratao de jovens. Regime de recibos verdes continuado e sem perspectivas de futuro. H mais quem queira trabalhar!: lema muitas vezes adoptado pelas entidades patronais e dirigido aos funcionrios como ameaa.

    Com os trabalhadores a ter cada vez mais que dar o litro para agarrar o emprego, torna-se muito difcil a compatibilidade entre famlia e trabalho. As horas extraordinrias sucessivas e o trabalho por turnos no facilitam a estabilidade familiar. Quando os dois pais se encontram a trabalhar, o tempo de qualidade em famlia diminui substancialmente. Se os dois chegam a casa pelo incio da noite e com os inevitveis afazeres domsticos pela frente que tempo h para passarem juntos? E para brincar ou falar com as crianas, que tradicionalmente se deitam mais cedo? No dia seguinte h colgio ou escola...

    Sair mais cedo para levar uma das crianas a uma consulta ou falar com um professor torna-se uma tarefa rdua para alguns pais: embora constituam aces que se encontram protegidas a nvel legal, podem ser sinnimos de represlias por parte das entidades patronais. Talvez tambm por essa razo os avs tenham um papel cada vez mais interventivo no que toca educao e acompanhamento dos netos: os pais deixaram de ter tempo de o fazer. E que riscos que isto comporta?

    vale a pena haver medidas de incentivo natalidade se no h emprego?

  • 5DOSSIER FAMLIAIGREJA VIVADirio do Minho QUINTA-FEIRA, 07 de MAIO de 2015

    Em primeiro lugar, pode levar a um fosso entre pais e filhos. Aqueles que deveriam ser os principais educadores e as traves-mestras daquele que constitui o edifcio educacional podem ser remetidos a agentes secundrios. A famlia e o papel de cada um dos seus elementos pode modificar-se totalmente.

    Outro elemento geralmente apontado como perturbador da compatibilidade entre parentalidade e trabalho a entrada da mulher no mundo laboral. Se antes a mulher ficava em casa a tomar conta dos filhos, agora o mais recorrente priorizar os estudos e a carreira. Esta realidade tem os seus lados positivos e negativos. Mais instruo significa maior conhecimento que pode ser aplicado na educao das crianas e vida familiar mas tambm significa menos tempo para aplicar esse mesmo conhecimento. Estas premissas j foram, no entanto, contrariadas. A participao feminina no mercado de trabalho deixou de estar relacionada com a quebra da natalidade, concluiu Olivier Thvenon, autor de um estudo comparado entre os pases da Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE), apresentado na conferncia Nascer em Portugal, em 2012. A anlise dos dados mostrou que, a longo prazo, a recuperao da taxa de natalidade se verificou nos pases com maior nmero de mulheres empregadas.

    O que certo que cada vez mais

    aumentam os relatos de famlias levadas runa por um ou vrios dos factores que apontmos. Em casos extremos, a famlia pode ficar destruda a ponto de as crianas serem afastadas do ncleo e entregues a instituies enquanto a situao familiar no regularizada.

    Padrinhos que so paisSegundo o relatrio de Caracterizao

    Anual da Situao de Acolhimento de Crianas e Jovens CASA 2014, um total de 8.470 crianas e jovens estavam, em 2014, em instituies de acolhimento em Portugal. A adopo e as famlias de acolhimento constituem solues para este problema.

    Uma medida diferente e relativamente recente nasceu em 2010 a do

    apadrinhamento civil. De acordo com o Instituto da Segurana Social, o apadrinhamento civil uma relao jurdica do tipo familiar que se constitui entre uma criana ou jovem com menos de 18 anos e uma pessoa singular ou famlia, a quem so atribudas as responsabilidades parentais, e entre quem se estabelecem vnculos afectivos. Os padrinhos assumem o papel de pais. Em termos legais, a lei d aos primeiros alguns direitos equiparados aos dos segundos, tanto em termos de benefcios sociais, como no IRS, nas faltas ao trabalho e licenas. No entanto, a no ser por impedimentos legais, estes padrinhos podem e devem informar as famlias dos percursos dos menores, no se extinguindo o vnculo biolgico das crianas. O apadrinhamento uma forma de proporcionar um ambiente familiar aos menores que podem, at, vir a regressar s famlias de origem se a sua situao for dada como estvel. A questo do vnculo biolgico pode ser um dos factores que tem impedido o sucesso desta medida. De acordo com Teresa Antunes, responsvel pela Unidade

    de Adopo, Apadrinhamento Civil e Acolhimento Familiar da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa, desde que a medida existe no ter havido mais de vinte apadrinhamentos no pas. Tendo em conta o nmero elevado de crianas elegveis para apadrinhamento, os vinte casos constituem uma fraco mnima e insuficiente. J Guilherme de Oliveira, mentor da lei do apadrinhamento civil, em entrevista ao jornal Pblico apontou outros factores: no s a falta de entusiasmo do novo governo, mas tambm a falta de promoo e de marketing do apadrinhamento. Para o especialista em Direito da Famlia, se ningum sabe, ningum usa. O maior problema apenas um, ningum saber o que o apadrinhamento civil.

    Apesar destes dados, nos ltimos anos tambm foram algumas as pessoas a vir a pblico denunciar determinados constrangimentos que as impedem de levar a cabo o apadrinhamento. Sejam quais forem as razes para a medida no estar a ter o sucesso desejvel, o certo que no deixa de ser, teoricamente, um incentivo adaptao de menores a um ambiente familiar e a tudo o que ele comporta.

    As unies homossexuais e a co-adopoDe todos os temas que nos propusemos aqui tratar, este , sem dvida, o mais delicado.

    Em Portugal, a 11 de Fevereiro de 2010 foi aprovada em Assembleia da Repblica a lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Promulgada pelo Presidente da Repblica a 17 de Maio, entrou em vigor no dia 5 de Junho do mesmo ano. O cdigo civil foi alterado, bem como a definio de casamento. De acordo com o Artigo 1577 do Cdigo Civil, casamento o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir famlia mediante uma plena comunho de vida. Desapareceu da frase original a expresso de sexo diferente. Muitos foram os casamentos homossexuais celebrados desde essa data, mesmo com os ltimos nmeros revelados pelo INE a apontar para um decrscimo deste tipo de unies.

    Em Maio de 2013 foi aprovado na generalidade em plenrio o projecto de lei do PS que previa a co-adopo de crianas por casais do mesmo sexo, casados ou em unio de facto. No entanto, foi chumbado na especialidade em Maro de 2014.

    Como no houve nenhum artigo aprovado na especialidade, no existiu votao final global. O projecto propunha dar resposta ao que era considerado pelo partido um problema: o aumento nos ltimos anos do nmero de casais do mesmo sexo, casados ou unidos de facto, que constituem famlia e cujos filhos, biolgicos ou adoptados, crescem num contexto familiar desprovido de proteco jurdica adequada. Um exemplo: duas mulheres vivem uma relao homossexual e decidem adoptar uma criana. A adopo por parte de casais homossexuais no permitida, mas uma criana pode ser adoptada por uma pessoa a ttulo individual. Desta forma, a mulher X adopta formalmente a criana, sendo estabelecido um vnculo jurdico. A mulher Y no tem quaisquer direitos sobre o menor, embora tenha as mesmas responsabilidades parentais. Que acontece criana se a mulher X morrer?

    Foi a pensar nesta e noutras probabilidades que o projecto foi apresentado, com o objectivo principal de promover o superior interesse da criana.

    Mesmo depois do chumbo do projecto, o assunto continua a ser debatido na esfera pblica. Um dado curioso e que tem contribudo para a discusso o facto de Portugal ser o nico pas em que o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo se encontra consagrado, mas que exclui a possibilidade de adopo ou co-adopo por essas mesmas pessoas.

    Este texto nunca teve a pretenso de assustar ningum, embora alguns elementos aqui apresentados, sobretudo em relao natalidade e emprego, sejam preocupantes. Mas no podamos deixar de retratar a realidade. O prximo trimestre ser dedicado temtica da famlia. E nele iremos tentar incluir o que factual e real, o que existe actualmente e aquilo que se foi transformando. urgente pensar a famlia, algo que s possvel se forem tidas em conta todas as realidades existentes e inegveis. Se a famlia a clula bsica da sociedade, ento no s urgente, como imperativo.

    A participao feminina no mercado de trabalho deixou de estar relacionada com a quebra da natalidade

  • 6 LITURGIA IGREJA VIVA

    LEITURA I Actos 10, 25-26Leitura dos Actos dos ApstolosNaqueles dias, Pedro chegou a casa de Cornlio. Este veio-lhe ao encontro e prostrou-se a seus ps. Mas Pedro levantou-o, dizendo: Levanta-te, que eu tambm sou um simples homem. Pedro disse-lhe ainda: Na verdade, eu reconheo que Deus no faz acepo de pessoas, mas, em qualquer nao, aquele que O teme e pratica a justia -Lhe agradvel. Ainda Pedro falava, quando o Esprito desceu sobre todos os que estavam a ouvir a palavra. E todos os fiis convertidos do judasmo, que tinham vindo com Pedro, ficaram maravilhados ao verem que o Esprito Santo se difundia tambm sobre os gentios, pois ouviam-nos falar em diversas lnguas e glorificar a Deus. Pedro ento declarou: Poder algum recusar a gua do Baptismo aos que receberam o Esprito Santo, como ns?. E ordenou que fossem baptizados em nome de Jesus Cristo. Ento, pediram-Lhe que ficasse alguns dias com eles.

    SALMO RESPONSORIAL Salmo Salmo 97 (98)Refro: O Senhor manifestou a salvaoa todos os povos.

    Cantai ao Senhor um cntico novopelas maravilhas que Ele operou.A sua mo e o seu santo braoLhe deram a vitria.

    O Senhor deu a conhecer a salvao,revelou aos olhos das naes a sua justia.Recordou-Se da sua bondade e fidelidadeem favor da casa de Israel.

    Os confins da terra puderam vera salvao do nosso Deus.Aclamai o Senhor, terra inteira,exultai de alegria e cantai.

    LEITURA II 1 Jo 4, 7-10Leitura da Primeira Epstola de So JooCarssimos: Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem no ama no conhece a Deus, porque Deus amor. Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unignito, para que vivamos por Ele. Nisto

    consiste o amor: no fomos ns que ammos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vtima de expiao pelos nossos pecados.

    EVANGELHO Jo 15, 9-17Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo So JooNaquele tempo, disse Jesus aos seus discpulos: Assim como o Pai Me amou, tambm Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneo no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vs e a vossa alegria seja completa. este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ningum tem maior amor do que aquele que d a vida pelos amigos. Vs sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. J no vos chamo servos, porque o servo no sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. No fostes vs que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permanea. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceder. O que vos mando que vos ameis uns aos outros.

    LITURGIA da palavra

    VI Domingo pscoa

    tema

    PARA QUE A MINHA ALEGRIA ESTEJA EM VS E A VOSSA ALEGRIA SEJA

    COMPLETA

    Atitude de vidaPara guardarmos os mandamentos de Deus, precisamos de os ter assumido em ns. Para isso, vamos record-los, ao longo desta semana. Para os colocarmos em prtica, vamos concretizar um dos mandamentos num gesto concreto para com uma pessoa que nos seja prxima.

    ILUSTRAO DA ARQ. MARIA TAVARES

  • 7LITURGIAIGREJA VIVADirio do Minho QUINTA-FEIRA, 07 de MAIO de 2015

    Maravilhosa actualidade da palavra de Deus! A Liturgia da Palavra do sexto Domingo de Pscoa (Ano B) est marcada por uma prodigiosa simplicidade e por uma perturbadora actualidade. Simplicidade, uma vez que se trata de amar. Basta amar! Assim, somos fiis nossa vocao de filhos de Deus (segunda leitura), cumulados com uma alegria completa (evangelho). Actualidade, na medida em que recorda a importncia do respeito por todos os seres humanos, pois Deus no faz aceo de pessoas (primeira leitura). Ele oferece a todos a salvao (salmo). Eis, para ns, cristos, o fundamento da fraternidade universal e da caridade sem limites, uma caridade que anuncia, pelas nossas obras, a misericrdia do Pai.

    Deus no faz aceo de pessoasA primeira leitura contm fragmentos da boa nova sobre Jesus Cristo anunciada por Pedro na casa de Cornlio, centurio romano. A catequese que Pedro dirige a Cornlio, aos seus parentes e amigos, resultado da aco do Esprito Santo (nomeado trs vezes). o Esprito quem prepara Pedro e os gentios para tudo o que se vai seguir. tambm o Esprito quem determina as consequncias daquilo que anunciado por Pedro.As consequncias so essenciais: os gentios podero incorporar-se, de pleno direito, na comunidade dos seguidores do Ressuscitado, a Igreja. O Esprito desceu sobre todos os que estavam a ouvir a palavra. Todos ho-de conhecer o amor universal de Deus! A narrao muito parecida com o sucedido no dia de Pentecostes (cf. Atos dos Apstolos 2): ouviam-nos falar em diversas lnguas e glorificar a Deus.

    At ento os israelitas eram os destinatrios (privilegiados) da misericrdia de Deus; agora, tambm os gentios recebem o dom do Esprito Santo. Depois disto, Pedro, que tinha sido um defensor zeloso da pureza ritual, no v qualquer impedimento para o baptismo do centurio e da sua famlia.Deus no faz acepo de pessoas. Este foi o passo mais delicado que a primeira comunidade crist teve de dar: a abertura aos gentios incircuncisos. At os primeiros anunciadores do Evangelho ficam perplexos (mas tambm maravilhados) perante as iniciativas do Esprito Santo!

    A Igreja chamada a ser sempre a casa aberta do Pai. Um dos sinais concretos desta abertura ter, por todo o lado, igrejas com as portas abertas. Assim, se algum quiser seguir uma moo do Esprito e se aproximar procura de Deus, no esbarrar com a frieza de uma porta fechada. Mas h outras portas que tambm no se devem fechar: todos podem participar de alguma forma na vida eclesial, todos podem fazer parte da comunidade, e nem sequer as portas dos sacramentos se deveriam fechar por uma razo qualquer. Isto vale sobretudo quando se trata daquele sacramento que a porta: o Baptismo. [] Muitas vezes agimos como controladores da graa e no como facilitadores. Mas a Igreja no uma alfndega; a casa paterna, onde h lugar para todos com a sua vida fadigosa (Francisco, Exortao Apostlica sobre o anncio do Evangelho no mundo atual [EG], 47).

    Reflexo preparada por Laboratrio da F | in www.laboratoriodafe.net

    Reflexo

    elemento celebrativo a destacar

    Reunida em assembleia para celebrar o centro da sua f, o mistrio pascal de Jesus Cristo sempre vivo e actuante, a comunidade crist, no exerccio da sua misso sacerdotal, torna presente e actualiza o amor de Jesus Cristo na vida Igreja, pela participao digna e frutuosa em cada Domingo.A alegria de encontrarmos a nossa comunidade reunida em assembleia gera a necessidade de a exprimir atravs do canto, com o qual se inicia a Eucaristia. Acompanhando a primeira procisso da Eucaristia a procisso de entrada , o canto traduz a participao de todos ns, em assembleia, enquanto membros de um nico corpo, no qual Jesus Cristo est vivo e presente. Uma vez que este corpo assume o ritmo prprio da liturgia, o cntico de entrada deve estar em sintonia com os diferentes tempos do ano litrgico. Alm disso, a execuo deste cntico deve ser feita por toda a assembleia, mas desejvel que todos em conjunto sejamos orientados por um coro ou um cantor, que possa exercer este ministrio, com toda a simplicidade e dignidade.

    Sugesto de cnticos Ent: Anunciai com voz de jbilo, Az. Oliveira (IC, p. 279; NRMS 32) glria: C. Silva (OC p. 532) SANTO: V - C. Silva (OC, p. 540) cordeiro: M. Simoes (IC, p. 61; NRMS 50-51) Com: Vs sereis meus amigos, M. Lus (CPD 564) ps-Com: No fostes vs que Me escolhestes, Az. Oliveira (IC, p. 481; NRMS 59) Final: Regina Coeli, (NCT 205)

    _MATERIAL: A Palavra de Deus aponta o centro da vida crist que o amor. Como este dinamismo de amor que vem de Deus nos convida a dar frutos, segundo a aco do Esprito Santo, vamos prosseguir este itinerrio pascal, gerando alegria. Por isso, nesta semana o fruto da alegria ser simbolizado nas uvas, dentro de um cesto. semelhana das semanas anteriores e como expresso da comunidade reunida no amor, o outro cesto conter flores (preferencialmente, gerberas cor de laranja), das quais emergir uma coroa de rei, para evidenciar que o nosso amor chamado a configurar-se ao de Deus.

    itinerrio simblico

    Orao Universal Irms e irmos:Roguemos ao Pai, que est nos cus, que escute as nossas preces pela Igreja e por todas as pessoas do mundo, dizendo, com f:

    R. Ouvi, Senhor, o vosso povo.

    1. Pelas Igrejas Crists que confessam a ressurreio de Jesus Cristo, continuando a incarn-la na vida quotidiana, e pelos cristos que perderam a f, oremos.

    2. Pelos governantes de todas as naes, pelos cidados que vivem com justia e por aqueles que so vtimas inocentes de catstrofes naturais e de acidentes, oremos.

    3. Pelos no crentes que se convertem ao Evangelho, pelos Judeus que ainda esperam o Messias e pelos adultos que se preparam para o Baptismo, oremos.

    4. Pelos discpulos que Jesus escolhe e envia, pelos que amam Deus acima de tudo e por aqueles que se entregam pelos amigos, no se cansando de dar a vida pela f oremos.

    5. Pelas crianas que recebem Cristo pela primeira vez no sacramento da Eucaristia, pelos jovens que se preparam para o matrimnio e pelas famlias onde existe e cresce o amor, oremos.

    Deus de amor e nosso Pai, ouvi a orao dos vossos filhose fazei que o dom do Esprito Santo guarde em ns a memria sempre viva das palavras de Jesus aos seus discpulos.

    Por Cristo, Senhor nosso.

    Eucologia

    Oraes prprias do VI Domingo da Pscoa (Missal Romano, p. 363)Orao Eucarstica V/C com prefcio prprio (Missal Romano, pp. 1169ss)

    FRUTO DO ESPRITO SANTO Alegria ELEMENTO SIMBLICO Uvas

  • 8 ACTUALIDADE IGREJA VIVA

    O programa Ser Igreja entrevista, esta semana, o cnego Narciso Carneiro Fernandes, Capelo do Santurio de Nossa Senhora da Abadia.

    sexta-feira, das 23h00 s 24h00FM 101.1 MhzAM 576Khz.

    AGENDA

    FICHA TCNICADirector: Damio A. Gonalves Pereira

    Coordenao: Departamento Arquidiocesano da Comunicao Social (Pe. Tiago Freitas, Pe. Paulo Terroso, Eduardo Madureira, Ana Pinheiro, Joana Arajo, Nuno Ades), Flvia Barbosa

    Design: Romo Figueiredo

    Fontes: Agncia Ecclesia e Dirio do Minho

    Contacto: [email protected]

    10% *Desconto

    Livraria do Dirio do Minho

    * Na entrega deste cupo. Campanha vlida de 07 a 14 de Maio de 2015.

    07.05.2015ENCONTRO COM O ESCRITOR MANUEL ALEGRE: UM ESCRITOR ENTRE NS21h30 / Biblioteca Lcio Craveiro

    08.05.2015 a 10.05.2015RETIRO SEMPRE TEMPO DE COMEAR LIDAR COM PERDAS E PROVAESCESM - Seminrio da Silva

    PVP

    14,99

    O Centro Esprito Santo e Misso (CESM), em Barcelos, promove a realizao de um fim-de-semana de retiro, com o tema sempre tempo de recomear - Lidar com as minhas perdas e/ou provaes.

    O retiro promovido pelo Seminrio da Silva realiza-se de 8 a 10 de Maio e ter como orientador o padre Jos Castro. Na sexta-feira inicia por volta das 21h30 e termina no Domingo, dia 10 de Maio, aps o almoo.

    O objectivo do retiro passa por aprender a lidar com as vidas interrompidas por uma morte inesperada de um ente querido ou da perda de algo muito significativo, e aprender a recomear.

    Ajudar a atravessar a provao, porque sempre tempo de recomear, a finalidade deste fim de semana. Se conhece algum, ajude-a/o a participar, constitui o repto desta iniciativa lanada pelo CESM - Seminrio da Silva.

    retiro PARA LIDAR COM PERDAS E PROVAES

    O Papa Francisco lanou s comunidades o desafio de renovao e, a partir desse convite, o Frum Interdisciplinar da Pastoral Universitria de Braga convidou o professor universitrio e analista poltico Adriano Moreira para uma tertlia de reflexo sobre Uma estratgia das Igrejas.

    O objectivo desta iniciativa visa compreender como a Igreja tem ajudado a superar a globalizao da indiferena e como a misericrdia usada como antdoto para esse mesmo flagelo.

    A conversa com o professor est agendada para a prxima quarta-feira, dia 13 de Maio, s 21h00, no Centro Pastoral Universitrio. As inscries podem ser feitas gratuitamente na pgina oficial da Arquidiocese.

    O professor Adriano Moreira destacou-se pelo seu percurso acadmico e pela sua aco na qualidade de Ministro do Ultramar, durante o Estado Novo, ao abolir o Estatuto do Indigenato e ao assinar a portaria que reabriu o Campo do Tarrafal. No actual regime democrtico, foi tambm Presidente do CDS.

    ADRIANO MOREIRA debate UMA ESTRATGIA DAS IGREJAS

    O cnego Fernando Silva dedicou muitas horas e dias em trabalho de investigao, perpassando textos, documentrios, entrevistas e reportagens de diversa ordem, tanto de apologia interveno divina no ciclo das Aparies, como tambm volta de documentao que combateu essas devotas interpretaes. Ftima foi constituda farol para muitas vidas e esteio para muitas inquietaes. Nestes textos, o autor prope a cada leitor uma ajuda para este encontrar a sua prpria viso dos factos ocorridos, e, quem sabe, a resposta para muitas das suas perguntas.

    08.05.2015AS MARIAS COM ANTNIO RAMINHOS22h00 / So Mamede CAE

    manuel fernando silva

    pastorinhos de ftima