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IGREJA BATISTA EM GRAVATAÍ
“Que Por Minha Vida Cristo Seja Conhecido”
Atos 20:24 APOSTILA PARA
PG
“Não há nada que dê mais fruto do que sua casa e sua família”
Pr. Abe Huber.
RELEVÂNCIA
PEQUENOS GRUPOS HOJE, POR QUE?
Possíveis respostas para analisar a importância de um pequeno grupo na vida de uma Igreja
local:
Pequeno grupo é uma estratégia bíblica.
Pequeno grupo desperta, mobiliza e sustenta o crescimento da Igreja.
Pequeno grupo garante o pastoreio intencional e personalizado.
Pequeno grupo é o melhor lugar para a integração e processo de formação espiritual.
Pequeno grupo não se limita ao ambiente físico do templo.
Pequeno grupo desenvolve um ambiente de aceitação e cura para as crises no
mundo.
ASPECTOS DA NOSSA REALIDADE:
Relativismo predominante
Sistema de vida competitivo e opressor
Explosão de informações
Desequilíbrio social, educacional e financeiro
CRISES DA GERAÇÃO ATUAL E CONSEQÜÊNCIAS NA IGREJA
CRISE DE CONFIANÇA / IGREJA CRISE DE AUTORIDADE
CRISE RELACIONAL / IGREJA CRISE DE COMUNHÃO
CRISE DA VERDADE / IGREJA CRISE DOUTRINÁRIA
DEFINIÇÕES
O QUE SÃO PEQUENOS GRUPOS (PG)?
Trata-se de uma ação estratégica que nosso Deus planejou para que a eficiência no cuidado
mútuo, na integração e na comunhão fosse algo real em cada membro. O PG é uma das
ferramentas mais eficazes de terapia pessoal, conjugal e familiar dentro da Igreja local.
PG é:
Um encontro regular: os PG existem para complementar a Igreja no cumprimento do seu
papel permanente no mundo. Assim como a Igreja possui encontros regulares, do mesmo
modo os PG devem ter seus encontros regulares em dias pré-estabelecidos, embora seja
possível que em algumas circunstâncias ocorram alterações de dias ou no andamento das
reuniões dos grupos;
Um encontro voluntário: a pessoa deve ser incentivada a participar de um PG, e não forçada
a isso. No entanto, tal fato pode exigir um período muito grande de tempo, a fim de mudar
a cultura das pessoas, para que elas se sintam motivadas a participar de um PG;
Um encontro intencional: todos os encontros devem ser planejados e direcionados;
Um lugar que permite relacionamento: o número de participantes regulares em um PG pode
variar de 3 e 15 pessoas.Admitimos que pastor algum, por mais capacitado que seja,
consegue providenciar atenção e cuidado para um grande grupo de pessoas. Este número
permite manter um relacionamento interpessoal mais íntimo entre os participantes;
Um lugar onde o objetivo é compartilhado entre os participantes: os alvos são comuns
(pastoreio compartilhado, expansão da Igreja, relacionamentos pessoais e desenvolvimento
de serviços); os propósitos são conhecidos (missões, adoração, comunhão, discipulado e
ministério); e as dinâmicas são variadas. Todos conhecem, todos participam e, com isso, a
missão da Igreja com propósitos é cumprida;
Um lugar de busca da edificação mútua em Cristo: as pessoas devem ser cada vez mais
parecidas com Cristo (1 Co 11.1), pois é necessário que vivamos de forma equilibrada os
propósitos de Deus.
PG não é somente:
Um grupo de oração: um grupo que está interessado somente em crescer no movimento de
oração. Não se importando, muitas vezes, em convidar novas pessoas e praticar o
evangelismo;
Um grupo de estudo bíblico: este grupo, muitas vezes, não estimula a comunhão e,
geralmente, são liderados por pessoas que privilegiam o discipulado, não se importando
com demais propósitos;
Um grupo de apoio: os que desejam participar deste tipo de grupo estão interessados em
terapias para a cura de seus traumas emocionais. Neste grupo as pessoas têm um problema
real e querem se livrar dele. Este grupo leva o amor, mas falha em levar os membros a
Cristo;
Uma mini-Igreja: aonde o dirigente vai muito além da autoridade delegada de ser um
“pastor leigo”.
OBJETIVOS BÁSICOS DO PG
Ser uma ampliação do cuidado pastoral da Igreja. O líder de um Pequeno Grupo é um
“pastor leigo” sobre uma pequena parcela da Igreja e tem sua autoridade compartilhada
diretamente da autoridade dos pastores da Igreja (Jo 21.15);
Ser uma extensão da própria Igreja. Um dos objetivos do Pequeno Grupo é expandir a
Igreja para além das portas e paredes do templo, pois mais que limites físicos, as portas e
paredes são limites culturais (At 2.46);
Ser um convívio relacional (pessoal, social e espiritual) entre os crentes numa grande
família e de integração de novos convertidos a esta família de Deus (Sl 133.1). A ênfase do
Pequeno Grupo não está na quantidade das pessoas envolvidas, mas na qualidade dos
relacionamentos que são desenvolvidos entre elas, principalmente na reciprocidade e no
comprometimento pessoal.
VALORES ESSENCIAIS DOS PEQUENOS GRUPOS
Prestação de contas – Voluntariamente devemos estar prontos a prestar contas uns aos
outros de nossa vida, para apoio e encorajamento sempre que necessário.
Evangelismo – Cada membro tem o compromisso de expandir a comunidade de crentes
em Jesus. Para isso ele poderá compartilhar sua fé, experiências e participar da obra
missionária visando a expansão do reino de Deus “até os confins da terra”.
Qualidade de apoio – É importante criar um ambiente onde os membros do grupo
apóiem-se e cresçam; edificando-se mutuamente em Cristo.
União – Cada participante deve buscar ser sensível às necessidades, sentimentos, vida e
situações uns dos outros, dentro de um espírito de união e participação recíproca.
Envolvimento – Os membros do grupo devem dispor seus recursos pessoais (tempo,
atenção, idéias, bem como recursos materiais) para servirem uns aos outros.
Núcleo de amor – O grupo deve desenvolver o amor verdadeiro entre os membros.
Objetivos comuns – Os membros do grupo trabalharão para atingir objetivos comuns,
que sejam bons para todos e para a igreja.
Socorro – O pequeno grupo é um lugar de socorro e apoio ao necessitado, onde ele
possa encontrar refrigério para sua alma, saúde, prosperidade, felicidade etc.
Garantia de honestidade – Para se construir um ambiente de confiança entre os
membros do grupo, é preciso que sempre se fale a verdade, mas em amor.
Reprodução – O grupo deve crescer e reproduzir-se, levando adiante o alvo de ter mais
e mais pessoas conectadas ao corpo de Cristo, com o objetivo de manter o processo de
multiplicação saudável e constante.
Um lugar de transparência – A transparência nos relacionamentos promove a
honestidade tão necessária para uma boa comunicação.
Persistência – Os componentes do grupo devem permanecer e perseverar diante dos
desafios e diferenças e buscar a pessoa que porventura tenha se afastado.
Oração – A oração sempre nos lembra do quanto precisamos de Deus, e também do
quanto Deus nos ama e se importa conosco.
Sigilo – O que é dito no grupo ficará no grupo e morrerá com o grupo. As confidências
serão respeitadas e jamais divulgadas fora do ambiente do grupo.
VIVENCIANDO OS CINCO PROPÓSITOS DENTRO DO PG
É através do PG que anunciamos a salvação aos “sem Igreja”, começando pelas pessoas
de nossas próprias casas, aos nossos amigos e vizinhos (At 1.8). Pessoas que, talvez, jamais
entrariam em uma Igreja em algum momento de suas vidas;
No PG realizamos uma forma livre de louvor e adoração a Deus, sem nos preocuparmos
com formas rituais (Jo 4.24);
Também no PG desenvolvemos relacionamentos pessoais de confiança, camaradagem e
amor ao próximo (At 2.42-47);
No PG edificamos a nós mesmos e aos demais, conduzindo todos a serem imitadores de
Cristo, a serem verdadeiros discípulos (1 Co 11.1);
No PG temos o privilégio de descobrir em que área Deus nos tem capacitado para
podermos servirà Igreja (Rm 12.3-5).
BASE BÍBLICA PARA OS PEQUENOS GRUPOS
Antigo Testamento
Jetro (Êx 18.13-27): delegando de autoridade: um, cuidando de 10 (Líder de PG); outro, de
100 (Coordenador); e outro, de 1000 (Ministro de Área).
Novo Testamento
Jesus (Mt 16.18): Iniciou seu ministério com um pequeno grupo de 12 discípulos (Mc 3.13-
14).
Comissionou a Igreja (Jo 20.21). A missão de Jesus Cristo, recebida do Pai, tem, por
conseguinte, a sua continuação na Igreja (Mt 28.18-20).
Alicerçou seu ministério em relacionamentos, entre outras atividades que desenvolveu, para
estar presente com seus discípulos. Pode-se vê-lo conversando, comendo e dormindo com
eles durante o seu ministério, que era muito ativo – Jo 1.39; 2.2; 4.7; Lc 6.12; 11.1.
Andaram juntos em estradas, visitaram cidades, viajaram de barco, pescaram no mar da
Galiléia, oraram juntos, foram às sinagogas e ao templo. Fizeram viagens a Tiro e Sidom –
Mc 7.24, Mt 15.21, para o “... território de Decápolis...” – Mc 7.31; Mt 15.29 – e para as
“...regiões de Dalmanuta”, a sudeste da Galiléia – Mc 8.10; e também para as “...aldéias de
Cesaréia de Filipe...” – Mc 8.27, no nordeste.
Local de Reuniões: no templo – sinagoga – e nas casas – At 2.42-47; Hb 5.42. No templo
se reuniam para adorar a Deus, para ouvirem os ensinos e a pregação das Sagradas
Escrituras. Nos lares, os recém-convertidos eram acolhidos e alimentados espiritualmente.
Ali aprendiam a respeito de Jesus, suas necessidades eram supridas, recebiam cuidados e
acompanhamento até se sentirem aptos para cuidarem com carinho de outros. No Novo
Testamento encontramos uma variedade de textos que atestam que a Igreja se reunia em
Pequenos Grupos nas casas.
At 2.42-47 – “... Partiam o pão em suas casas”.
At 5.42 – “... no templo e de casa em casa”.
At 20.20 – “... ensinei-lhes tudo publicamente e de casa em casa”.
Rm 16.3,5,10 – “...a igreja que está na casa deles”.
Cl 4.15 – “... a igreja que está em sua casa”.
Fm 1.2 – “... a igreja que está em sua casa”.
QUEM É QUEM DENTRO DO PG
“... assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os
membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a
Cristo”. 1 Co 12.12
A estrutura do PG deve ser o mais simples possível para que não assuste quem está
chegando e porque o tempo de permanência no grupo é de apenas poucos meses, pois logo
deverá se multiplicar e, qualquer estrutura montada deverá ser desmontada ou refeita após a
multiplicação.
LÍDER
Deve ter a consciência de que é a pessoa mais importante do PG, não porque o lidera, mas
porque serve de modelo para o grupo e tem a responsabilidade de pastorear seu pequeno
rebanho. O líder, em vez de somente ensinar uma lição bíblica, dirige o processo de
comunicação, ora pelo grupo, visita os membros do PG e alcança pessoas perdidas para
Cristo, juntamente com seu líder-aprendiz (veja abaixo).
Sua responsabilidade principal é gerar novos líderes. Perceber a potencialidade das pessoas,
envolvendo-as no dia-a-dia do PG, acompanhando-as e treinando-as para transformá-las em
novos líderes.
LÍDER-APRENDIZ
É a pessoa que se tornará o novo líder e deve ser um dos membros do PG. No processo de
treinamento deverão ser-lhe delegadas certas funções. Não somente substituir o líder em
sua falta, mas liderar a reunião do PG na presença do líder para que o mesmo possa
coordená-lo e corrigi-lo. O líder-aprendiz deve também liderar o subgrupo.
Preferencialmente não deve ser o cônjuge.
ANFITRIÃO
É a pessoa que abrirá sua casa para os encontros. A ele cabe a responsabilidade de
providenciar um ambiente agradável e acolhedor para os encontros. Se o local da reunião
for a casa do próprio líder, ele mesmo ou sua esposa serão os hospedeiros.
Em situações de não ter um líder estabelecido ou em Campanhas, o hospedeiro deverá ser o
líder por antecipação. Neste caso cabe ao hospedeiro a iniciativa de iniciar uma reunião de
debate, ou providenciar um aparelho de DVD para apresentar o estudo ao grupo. Também
pode exercer a função de controlador informal de presenças, na ausência do líder-aprendiz.
LÍDER DE INTEGRAÇÃO
Esta pessoa tem o dom de cuidar de pessoas, trazê-las para a comunhão do PG. Ela tem a
função de fazer do ambiente um local que diz “sim” para o visitante. Ele também tem a
responsabilidade de estar à frente no momento do apelo das mensagens das celebrações na
Igreja para receber os recém-convertidos e fazer o convite para ir ao Pequeno Grupo.
ESTRUTURA DO ENCONTRO DE PG
Queremos sempre estimular a vida equilibrando sobre os CINCO propósitos bíblicos, por
isso é importante que estejamos sempre olhando, conversando, vivendo os propósitos
dentro do nosso PG. Portanto, a reunião deve ser baseada em cinco momentos, explanados
logo abaixo.
1º MOMENTO – COMUNHÃO
Ocorre o “quebra-gelo” que é um momento muito importante, principalmente para os novos
que estão chegando. As pessoas quando chegarem devem encontrar um ambiente informal
e nada assustador. As pessoas devem ser alegres, descontraídas e que procurem envolver a
todos. Neste momento ocorre as Boas Vindas e apresentação de visitantes.
2º MOMENTO – ADORAÇÃO
Nesta fase há uma ênfase grande para que as pessoas movam seu foco para o Senhor.
Estabeleça textos que estimulem a adoração, cante uma canção, coloque uma música de um
CD para que as pessoas orem. É muito importante que o líder procure estar em comunhão
com Deus para que este momento realmente flua no PG.
3º MOMENTO – DISCIPULADO
O foco agora se move para as necessidades das pessoas. A Bíblia é a fonte e a ferramenta.
Lembre-se de que o líder é um facilitador e não um professor.Numa reunião de PG, o alvo é
a aplicação das verdades simples da Bíblia, ou seja, a prática destas verdades.
Os subgrupos formados no Pequeno Grupo são extremamente importantes na época que
precede a multiplicação, pois favorecem a participação de várias pessoas em diferentes
funções.
Características de um bom estudo:
Relaciona-se com as coisas que estão acontecendo no Pequeno Grupo;
Transmite ânimo, estímulo ou desafio;
Ministra alguma necessidade;
Focaliza-se na vida, não nos conhecimentos; e
Proporciona experiências. Não apresenta uma preleção ou lição, mas ajuda o grupo a
descobrir algo por meio de uma experiência.
Dicas para uma boa reunião de PG:
Forneça um ambiente de apoio espiritual e emocional a cada membro;
Organize as cadeiras em círculos;
Receba o retorno do grupo (feedback): “Que conclusões podemos tirar do que acabamos de
estudar?”;
Tente resumir as conclusões do grupo – ao fazer isso com regularidade você descobrirá
quais os tipos de experiências que melhor servem ao seu grupo;
Sonde para ver se os membros do grupo conseguiram reter os princípios ensinados; e
Invista um momento perguntando: “Desta nossa experiência o que você pode aplicar em
sua vida?”.
4º MOMENTO – MISSÕES
Neste momento é importante focar no convite para experiência de decisão por Jesus. Se em
seu PG há visitantes, converse com eles sobre a liberdade que Jesus dá. Não seja evasivo,
mas permita que o Espírito Santo atue com liberdade. Encoraje os demais a levar a
mensagem a outros, convidando-os para o PG. O PG tem o imenso poder de atrair pessoas,
pois é mais fácil seu amigo ir à sua casa do que à Igreja.
5º MOMENTO – SERVIÇO
Neste momento, os membros do Pequeno Grupo precisam ser estimulados a por em prática
o dom recebido em forma de ações para a sociedade. É importante que seja planejado
ações, atos de bondade, como Pequeno Grupo para mostrar a sociedade que a Igreja existe e
é esperança para o mundo.
Outras considerações sobre a reunião de PG:
Os encontros têm tempo, dia, hora e local definido;
Na reunião é que se colhe o que foi planejado previamente;
A reunião de PG deve acontecer num ambiente de confiança, proporcionando o
envolvimento e participação de todos;
Deve vivenciar os cinco propósitos a cada encontro;
Não deve ser cancelada ou ter seu local e horário modificado;
Deve acontecer num ritmo constante. Isso gera confiabilidade para os novatos;
Deve respeitar o horário de início e término, não excedendo o tempo de uma hora e meia
para a reunião e mais meia hora para o lanche, totalizando 2 horas. Isso dá liberdade para
quem precisa sair e previsibilidade de horário para quem tem outros compromissos;
Uma vez começada a reunião não a interrompa para receber os atrasados. Deixe
para o líder de integração de seu PG esta responsabilidade. Nunca faça qualquer tipo de
comentário pejorativo sobre os atrasados. Se tiver de chamar a atenção de alguém, faça com
discrição e com cordialidade;
Não monopolize e nem manipule seu grupo. Lembre-se que existe líder-aprendiz,
líder de integração, portanto, delegue outras funções a eles ou aos membros mais antigos.
Tome cuidado para não perder o controle da reunião e nem permita que o rumo da mesma
venha se desviar para conversas paralelas ou inúteis;
O líder deve estar preparado para replanejamentos. Embora tudo deva ser pensado com
antecedência, é possível, e muitas vezes necessário, que situações inesperadas e/ou
necessidades especiais, e direcionamentos do Espírito Santo o levem a replanejar alguns
pontos.
A MULTIPLICAÇÃO DO PEQUENO
GRUPO
“Portanto, você, meu filho, fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus. E as palavras que me
ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes
de ensinar outros.”2 Tm 2.1-2
Todo ser vivo saudável nasce, cresce e se reproduz, gerando filhos parecidos. O mesmo
vale para um PG saudável – ele nasce, cresce e precisa gerar “filhos”. O tempo necessário
para que isto ocorra varia de grupo para grupo, mas normalmente esse tempo varia entre 4 a
12 meses.
É responsabilidade de todos os líderes (igreja e líderes de PG) identificarem líderes em
potencial e desenvolver-lhes a liderança, a fim de que possamos cumprir e multiplicar nossa
visão de alcançar todas as pessoas para Jesus.
FORMAS PELAS QUAIS OS PEQUENOS GRUPOS SE MULTIPLICAM
Multiplicação por geração: é o processo normal de multiplicação dentro da visão original
de PG, isto é, o grupo nasce e cresce, gerando interiormente um líder-aprendiz, o qual será
treinado na liderança de um subgrupo. Quando chegar o momento próprio, ele e seu
subgrupo sairão para constituir um NOVO PG.
Multiplicação por sucessão: quando o líder é um evangelista, ele pode começar um grupo
e preparar um líder-aprendiz. Quando este estiver devidamente preparado, o antigo líder
empossa o aprendiz sobre o grupo e sai para começar um novo grupo.
Multiplicação por substituição: quando é necessário substituir um líder por questões de
problemas pessoais ou disciplinares. Neste caso, enquanto o líder está em
acompanhamento, os coordenadores assumem a liderança interinamente ou designam
outros líderes.
Multiplicação por lares hospedeiros (abrir novos PGs): quando novos PGs são abertos
sem que se originem de um PG anterior.
RAZÕES POR QUE UM PEQUENO GRUPO NÃO SE MULTIPLICA
VISÃO DISTORCIDA OU CONFUSA – Má compreensão da visão ou distorção
geralmente impede uma multiplicação saudável. A visão deve ser comunicada
exaustivamente com criatividade e paixão.
DESLEALDADE À LIDERANÇA – Líderes que entendem a visão, mas não se submetem
a mesma, por arrogância, insubmissão, rebeldia ou até mesmo por preguiça. A lealdade é
um dos principais princípios para uma multiplicação eficaz.
JUSTIFICATIVA DE INCAPACIDADE – O líder pode justificar: “Eu não tenho dom de
liderança ou capacidade pessoal de liderar”. Liderança é, em primeiro lugar, mais uma
questão de caráter e exemplo e, em segundo lugar, de competência. Lembre-se que o
Senhor quer de nós apenas disponibilidade e vontade, pois o mais ele providenciará.
ACOMODAÇÃO DOS MEMBROS - Os membros ficam confortáveis e apegados
fortemente aos relacionamentos, dificultando a entrada e recepção de novas pessoas.
Entretanto, uma das principais razões da existência do PG é de atrair os de fora para dentro
e não somente de viver momentos de comunhão.
COMPARAÇÃO E INDISPOSIÇÃO PARA MUDAR – A comparação entre o líder atual e
o aprendiz é uma barreira para a multiplicação. A indisposição para mudar também gera o
medo de que o novo não seja tão bom quanto o atual, pois desconhecem a alegria de gerar
um novo PG.
COMUNICAÇÃO FALHA OU DESMOTIVADORA – A falha na comunicação específica
sobre a multiplicação ou a maneira desmotivadora que o líder explica o assunto pode
interferir na multiplicação do grupo. O líder é responsável por comunicar e motivar!
FALTA DE TREINAMENTO ESPECÍFICO – O líder que não investe na capacitação de
novos líderes certamente sofrerá com seu estilo centralizador, dificultando a multiplicação
do PG. O grupo ficará inseguro e ninguém desejará ser um líder como o atual – você!
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A MULTIPLICAÇÃO DO PG
Torna-se importante entender que a multiplicação de um Pequeno Grupo é um processo que
inclui:
CONVITE / COMUNHÃO / PASTOREIO / MENTOREIO / CAPACITAÇÃO
Tempo devocional do líder e de preparação para as reuniões;
Intercessão pelos membros do PG;
Cuidado pastoral além do encontro semanal;
Estímulo ao evangelismo e encontros sociais;
Número de visitantes no PG;
Treinamento e preparação de auxiliares;
Estabelecimento de alvos, inclusive a data da multiplicação;
Ambiente para multiplicação.
Além destas ações:
Deve haver confraternização entre seus membros; e
Devemos incentivar cada membro para que façam parte do trabalho.
É importante fazer com que as pessoas já comecem no PG visando a multiplicação, pois ela
é o “ponto alto”, o “clímax” do PG. Pastoreio sem evangelização é incompleto no que se
refere a crescimento.
COMO PERCEBER A HORA DE MULTIPLICAR?
O PG começa a crescer comprometendo a intimidade entre as pessoas;
As ausências passam a não ser notadas;
O local começa a não comportar todas as pessoas; e
Outras situações indesejadas começam a acontecer (crianças, problemas de estacionamento,
limitação no tempo de partilha ou pedidos de oração, tempo de término da reunião).
COMO PREPARAR O PEQUENO GRUPO PARA A MULTIPLICAÇÃO?
O processo multiplicativo deve envolver todo o grupo, e não apenas seus líderes. Todos
devem se sentir participantes responsáveis pelo que está acontecendo. Lembre-se também
que isso tem de acompanhar o grupo ao longo de sua existência e não apenas nos momentos
finais que antecedem a geração do novo grupo.
Passe a visão de multiplicação para todos os integrantes do grupo desde o seu início, a
fim de preparar o povo para que isso venha de fato a ocorrer;
Ajude o grupo a desenvolver a visão de alcançar os sem-igreja. Para que isso aconteça,
ele deverá se expandir através do processo de multiplicação;
Prepare um líder aprendiz para a liderança de um novo grupo, mas cuide de envolver
todo o grupo no processo de treinamento do líder aprendiz. Este preparo pode ser
feito através de treinamento teórico no próprio grupo ou em um dos seminários
promovidos pelo ministério de pequenos grupos da igreja local;
Comece o processo de divisão do grupo alguns meses antes da multiplicação. Para isso
divida-o em sub-grupos com líderes individuais em cada um. Esse é um dos passos
mais importantes na preparação do povo para a multiplicação;
Antes mesmo de multiplicar o grupo já comece a buscar alguém para assumir o lugar de
seu líder aprendiz e incentive este último a buscar para si também um outro líder
aprendiz.
O QUE CONSIDERAR NOS MOMENTOS FINAIS QUE ANTECEDEM A
MULTIPLICAÇÃO?
Nos momentos finais que antecedem a multiplicação do pequeno grupo, lembre-se que uma
verdadeira batalha espiritual está em andamento, portanto esteja preparado para os
contratempos, por isso os líderes e os grupos envolvidos devem orar bastante, e se possível
juntos, sobre tudo que tem acontecido e sobre tudo o mais que poderá acontecer.
Considere os relacionamentos;
Os elos naturais devem permanecer juntos;
Considere a localização geográfica;
Os recém-chegados ou os novos devem permanecer com o líder;
Os maduros devem sair com o novo líder.
Planeje a festa da multiplicação. Faça disso um momento marcante para todos.
Celebre na data da multiplicação e depois na festa da Colheita com todos os PGs da
Igreja.
Cuidados com o líder aprendiz:
Certifique-se de que o líder aprendiz está suficientemente treinado. Deixe que o
aprendiz lidere o seu grupo e delegue-lhe responsabilidades para que já se sinta
participante da liderança. Envolva-o em todas as atividades ministeriais da igreja,
pois ele também deve sentir que faz parte de um corpo maior: a igreja local.
Reveja com seu aprendiz os conceitos principais sobre pequenos grupos.
Ajude seu aprendiz a detectar áreas que precisam ser desenvolvidas e ajude-o a
obter as informações e o treinamento necessário.
Analise o tipo de relacionamento que o aprendiz desenvolveu com o grupo.
O QUE CONSIDERAR NOS MOMENTOS IMEDIATOS APÓS A
MULTIPLICAÇÃO?
Quando o novo grupo nascer, comemore o fato intensamente e procure fazer deste
momento algo realmente marcante tanto para o grupo matriz, como para o grupo
gerado. Desenvolva um ambiente de descontração que permita que todos expressem
seus sentimentos e compartilhem as vitórias e as bênçãos do tempo em que
estiveram reunidos num só grupo;
Visite o novo grupo por algumas vezes no seu início. Faça isso sozinho ou
acompanhado de seu grupo, os membros do novo grupo devem sentir que não foram
abandonados e os participantes do grupo antigo devem sentir que têm
responsabilidade de cobertura espiritual do novo grupo;
Se, por qualquer motivo, o novo grupo não vier a se firmar, busque a sabedoria do
Senhor para lidar com a situação e para reencaminhar as pessoas adequadamente.
SUGESTÕES PARA UMA MULTIPLICAÇÃO MAIS EFICIENTE
Fale a respeito de multiplicação desde o começo e com freqüência;
Fale acerca da multiplicação de maneira positiva;
Fale acerca da multiplicação enfatizando o quadro geral;
Ore acerca do melhor método e do melhor momento para multiplicação;
Estipule uma data para a multiplicação; e
Celebre o novo nascimento.
FORMAÇÃO DE LIDERANÇA
APRENDIZ
“Embora, como apóstolos de Cristo, pudéssemos ter sido um peso, fomos bondosos
enquanto estávamos entre vocês, como uma mãe que cuida dos próprios filhos. Sentindo,
assim, tanta afeição por vocês, decidimos dar-lhes não somente o evangelho de Deus, mas
também a nossa própria vida, porque vocês se tornaram muito amados por nós.” - 1
Tessalonicenses 2.7,8
“A coisa mais empolgante para mim é ver outras pessoas serem transformadas. Não há
nada que supere isso. Especialmente quando você sabe que jamais poderia transformar
aquelas vidas. Nós temos um Deus maravilhoso!” Bem Wong
COMO IDENTIFICAR LÍDERES EM POTENCIAL?
Enxergue TODOS os membros do seu PG como líderes em potencial
CAMINHE JUNTO com os seus liderados e identifique o nível de compromisso
espiritual
INCENTIVE os seus liderados a passarem para o nível seguinte
DESAFIE os cristãos comprometidos a se tornarem líderes aprendizes
Desenvolva um AMBIENTE SAUDÁVEL para o surgimento de novos líderes
dentro do seu Pequeno Grupo
O ambiente saudável depende muito da liderança! O líder é o maior responsável por
manter um ambiente que diz SIM! Um ambiente onde as pessoas são ouvidas e
cuidadas! Um ambiente que estimula a transformação na vida das pessoas!
É importante: valorizar as opiniões das pessoas, ter um interesse genuíno pelas pessoas,
ser organizado, otimista, ter uma atitude positiva diante das dificuldades, ser leal à
liderança e não ser murmurador!
Dessa forma você vai conseguir inspirar os seus liderados!
O QUE FAZ PARTE DO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE LÍDERES DE
PG NA IGREJA LOCAL?
O processo de formação de líderes está dentro do processo de formação espiritual (Circuito
Vida) e está dividido em três eixos:
DEVOCIONAL: relacionamento pessoal diário com Deus
Tem a ver com uma vida de intimidade pessoal com Deus!
EDUCACIONAL: Treinamento Prático de Pastoreio (TPP) Básico
Tem a ver com ensino!
RELACIONAL: Mentoreio entre LÍDER DE PG e LÍDER APRENDIZ
Tem a ver com transmissão de vida! O mentor transmitindo sua vida para o aprendiz!
SETE TAREFAS DE UM BOM FORMADOR DE LÍDERES
SEJA UM OUVINTE
Ouça com interesse!
Ouça com aceitação!
Não faça fofoca sobre o que ouvir!
Ouça a pessoa na sua totalidade e não somente suas palavras! (55% linguagem corporal
| 38% expressões vocais | 7% verbal)
SEJA UM INTERCESSOR
Interceda com ações de graça!
Ouça a Deus enquanto você intercede!
Mantenha um registro das necessidades da pessoa!
Ore com a pessoa!
SEJA UM MODELO
Grande parte do que aprendemos é captado e não ensinado. O exemplo dado é o
processo de aprendizado predominante e mais efetivo.
É dessa maneira que muitos personagens bíblicos influenciaram outros: Moisés
investiu na vida de Josué, Elias na vida de Eliseu, Jesus e Paulo tinham pessoas por
perto que aprendiam com o exemplo deles.
Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo. – 1 Coríntios 11.1
SEJA UM GUIA
Talvez você já tenha viajado para um lugar e fez os seus passeios com um guia
turístico. O guia te diz o que esperar do local que vai visitar, os melhores lugares para
comprar, locais divertidos para visitar e lugares a evitar.
Eles fazem isso porque já estiveram nesses lugares. Quanto mais guia os outros mais
experiência ele adquire.
Você já tem trilhado o caminho de liderança de Pequeno Grupo! Já sabe quais são os
desafios, o que dá certo, o que não dá certo! Você está apto para guiar outros para
seguirem por esse caminho! E quanto mais você fizer isso mais experiência terá em
desenvolver novos líderes!
E lembre-se que você também tem um guia, o seu coordenador, que está disponível
para te ajudar nessa experiência!
SEJA UMA AJUDANTE NA JORNADA ESPIRITUAL
Quando uma pessoa entrega o coração para Jesus Cristo ela entra numa jornada
espiritual que continuará por toda a sua vida. Nunca paramos de ser um discípulo de
Jesus!
Uma de suas tarefas é ajudar o aprendiz a visualizar a sua jornada espiritual e
aventurarem-se nela juntos.
Lembre-se, você não pode levar uma pessoa onde você mesmo nunca esteve.
SEJA UM TREINADOR
Como treinador você terá duas tarefas básicas:
Desenvolver técnicas necessárias para que a pessoa possa executar uma tarefa com
sucesso. Como podemos fazê-lo melhor? Essa é a pergunta-chave. Que melhorias
precisam ser implantadas? O que a pessoa está fazendo corretamente e onde está
errando?
Encorajar e motivar a pessoa a usar bem aquelas técnicas. Todos nós estamos
familiarizados com aquelas palavras de estímulo do treinador aos seus jogadores
durante o jogo. O treinador encoraja seus jogadores para que joguem melhor ou para
que não desistam.
SEJA UM INTERMEDIÁRIO
Seu objetivo não é construir clones de você mesmo! Há outras pessoas que são mais
fortes em áreas que você não é. Como mentor é seu papel expor essa pessoa a outros
que podem lhe dar a sua contribuição.
Existem grandes chances que o seu aprendiz faça coisas maiores que você fez. Não
tenha medo. Isso não é demérito nenhum. André discipulou Pedro e Barnabé
discipulou Paulo. Deseje ver a pessoa que você mentoreou fazendo grandes coisas para
Deus – coisas ainda maiores que você!
COMO DESENVOLVER UM LÍDER APRENDIZ E TRANSFORMÁ-LO
NUM LÍDER DE PG EFICAZ?
Entenda que o processo de formação de líderes é uma JORNADA e uma ARTE
a ser aprendida!
Isso não acontece de uma hora pra outra! É uma jornada e exige paciência!
Podemos nem perceber, mas todos nós já temos uma grade quantidade de conhecimento
sobre como mentorear pessoas. Formar novos líderes é simplesmente expor nossa vida
a essa pessoa, compartilhar o que já aprendemos com alguém.
Decida INVESTIR sua vida na vida do seu liderado!
Isso envolve tempo, recursos, e muitas outras coisas!
Cobre do seu líder aprendiz COMPROMISSO e INICIATIVA!
O aprendiz não pode ter uma atitude passiva! Ele precisa ser pró-ativo! É fundamental
que ele seja compromissado com o processo de desenvolvimento pessoal! Afinal ele
está sendo preparada para cuidar dos filhos de Deus!
Seja um líder SITUACIONAL e transmita isso para o seu líder aprendiz
O conceito de liderança situacional consiste da relação entre estilo do líder, maturidade
do liderado e situação encontrada. Não existe um estilo de liderança adequado para
todas as situações, mas ocasiões e estilos diferentes.
Nesse tipo de liderança, o estilo do líder é ditado de acordo com as necessidades do
liderado! Por exemplo, se o liderado é um novo decidido o líder buscará oferecer
orientações claras sobre o que é vida cristã. Se é um cristão maduro, o líder pode usar
uma abordagem moderada e menos diretiva.
A chave aqui é avaliar cada situação e exercer o estilo de liderança que a situação
exige! Não projete a sua personalidade, os seus dons e as suas habilidades no seu líder
aprendiz!
Este modo de liderança pode ser dividido em quatro estilos:
Direção: a liderança ocorre quando o aprendiz necessita aprender a tarefa a ser executada,
sendo o líder supervisor da tarefa até seu fim, direcionando o aprendiz para elaborá-la até
conquistar confiança.
Orientação: este estilo de liderança ocorre quando o aprendiz necessita conhecer a tarefa e
conquistar um estímulo para execução dela. O líder contribui apoiando a obtenção de novas
idéias e disseminando conhecimento quando o aprendiz necessite de ajuda.
Apoio: o líder se encarrega de estimular o aprendiz para adquirir segurança e buscar o
aprendizado, aumentando suas habilidades e conhecimento, dando mais respaldo para o
aprendiz executar suas tarefas. O líder presta apoio, porém supervisiona pouco.
Delegação: ela ocorre quando o aprendiz possui maior autonomia e liberdade, tendo
conhecimento e segurança com as tarefas. O líder mantém um contato com pouca
supervisão e pouco apoio. Muitas vezes o colaborador inclusive tem autoridade para
decisões de mudanças ambientais.
Separe um TEMPO, pelo menos quinzenal, com o seu líder aprendiz!
O que fazer nesse tempo juntos? Transmita sua vida para o seu liderado! Planeje
momentos formais e tempo de diversão!
Sua ênfase: caráter e habilidades no ministério
Baseie o tempo que gastar e o que fizer na Palavra de Deus
Desenvolva o relacionamento com os amigos e a família da pessoa que você
mentoreia
Como se preparar para esse tempo?
Ore pela pessoa
Escreva seus planos para o próximo tempo que estarão juntos
Construa um relacionamento com a pessoa
Importe-se com as necessidades pessoais e ministeriais
Compartilhe uma benção pessoal
Prestem contas um ao outro
Decidam juntos alvos de crescimento
Orem um pelo outro
Planeje um horário para o encontro
Mantenha um registro das coisas significantes
Deixe claro seus objetivos com esse mentoreio (quais são as suas expectativas?)
Ajude o seu líder a desenvolver HÁBITOS saudáveis de um líder de PG eficaz!
Existem algumas práticas regulares que fazem a diferença entre eficiência e
ineficiência! Temos estudado esses hábitos! E como o próprio nome diz, eles precisam
deixar de ser simplesmente conhecimento e se tornar parte de nossas vidas! Quero lista-
los novamente para te ajudar a guardar isso:
SONHO: sonhe em liderar um PG saudável, que cresce e se multiplica
ORAÇÃO: ore diariamente pelos membros do PG
CONVITE: convide semanalmente pessoas novas para visitar o grupo
CONTATO: contate regularmente os membros do PG
PREPARO: prepare-se para o encontro do PG
MENTOREAMENTO: mentoreie um líder aprendiz
COMUNHÃO: planeje atividades de comunhão do PG
CRESCIMENTO: comprometa-se com o crescimento pessoal
Ajude o líder aprendiz a ser EQUILIBRADO e INTENSOem tudo o que faz
Pode parecer um paradoxo mas você precisa ter essas duas características: intensidade e
equilíbrio.
Esqueça a pirâmide de valores: Deus, família, igreja, trabalho, etc. Até porque Deus é
tão grande e majestoso que não pode ser colocado num ranking junto com outras coisas.
Sua vida é Jesus e todo o restante orbita ao redor dele. Busque sabedoria em Deus para
saber o que é mais importante no momento e seja intenso nisso. Por exemplo, quando
você está no seu trabalho você precisa estar 100% ali, Quando estiver com sua família
você precisa estar 100% ali. Você vai perceber que se tornará mais feliz e produtivo.
Lista de áreas que você precisa ajudar o aprendiz a ser intenso e equilibrado:
Como marido/esposa
Como pai/mãe
Como ter uma boa devocional em família
Administração do tempo
Como ter uma devocional efetiva
Como construir bons relacionamentos
Como se tornar uma pessoa disciplinada
Como usar seu dinheiro sabiamente
Como liderar um pequeno grupo
Transmita a cultura de SUBMISSÃO e LEALDADE
Mais uma vez o exemplo fala muito alto! Da mesma forma que você tratar os seus
líderes você será tratado pelos seus liderados!
Permita que o líder aprendiz aprenda FAZENDO
Diga-lhe como se faz
Mostre-lhe como fazê-lo
Deixe-o fazê-lo enquanto você observa
Dê-lhe um feedback (avalie com ele o que ele fez)
Libere-o para que o faça sozinho
Forme FACILITADORES e não PROFESSORES DE BÍBLIA
Pequeno Grupo e grupo de estudo bíblico são duas coisas bem diferentes! Facilitadores
compartilham sua vida com transparência, orando sempre para que o caráter de Cristo
seja formado de uma nova maneira na vida de cada pessoa!
O facilitador foca na direção do processo de comunicação, na oração pelos membros do
PG, em telefonemas, visitação, compartilhar a visão da PIB, inspirar os membros a
viverem os propósitos eternos para os quais foram criados!
OITO HÁBITOS DE UM LÍDER DE PG
EFICAZ
Esse estudo é baseado no livro “8 Hábitos do Líder Eficaz de Grupos Pequenos” de Dave
Earley – Ed. Ministério Igreja em Células no Brasil. A aplicação destes hábitos pode levar
um Líder de PG e aqueles que estão sob a sua liderança, a um novo patamar. Eles
funcionam, geram frutos e multiplicação e ajudam a experimentar maior satisfação no
ministério.
SONHO A importância de ter um sonho
Aumenta o potencial;
Ajuda na sua realização;
Ajuda a manter o foco e canalizar energia;
Aumenta o valor do grupo;
Prenuncia positivamente o futuro; e
Motiva os líderes a continuar persistindo.
Três sonhos de um PG eficaz:
Saúde do grupo
Características de Saúde:
Deus está presente;
Pessoas se importam umas com as outras;
Visitantes são convidados e bem vindos; e
As pessoas têm fome da Palavra de Deus.
Barreiras:
Orgulho (Tg 4.6 e Is 57.15);
Pecado (Sl 66.18); e
Conflitos não resolvidos (Mt 5.23-24).
Crescimento numérico
Barreiras:
Espaço físico limitado;
Falta de vida espiritual;
Falta de evangelismo intencional;
Falha em manter contato com os membros;
Falta de atividades sociais; e
Falha do líder em dividir responsabilidades.
Multiplicação do grupo
Barreiras:
Não ter e não mentorear líderes; e
Falta de planejamento para a multiplicação.
ORAÇÃO Por que os Líderes eficazes de PG oram diariamente pelos membros:
É a tarefa mais importante de um líder;
Poupa tempo: “Estou ocupado demais para não orar”;
A oração se conecta com a onipresença e onipotência;
Torna tudo melhor: passei tempo orando x eu não orei o suficiente;
Provê a percepção necessária – falar e escutar: conectar-se com Deus;
É a nossa maior arma espiritual: podemos vencer o inimigo de joelhos; e
Deus nos abençoa quando oramos pelos outros.
Dicas para a oração altamente eficaz:
Estipule horário e tempo específico para a oração;
Tenha um lugar habitual para orar – Mt 6.5-7;
Tenha um plano de oração – Esboço de Mt 6.9-13: (vs 9) Adoração; (vs 10-11) Petição; (vs
12) Confissão;
Anote em algum lugar os pedidos e as respostas de oração;
Peça para Deus direcioná-lo para um texto bíblico apropriado (Ef 1.17-19; Ef 3.16-19; Fl
1.9-11; Cl 1.9-12; I Ts 1.2-3);
Tempere sua intercessão com ações de graça por todos os membros (Ef 1.16; Fl 1.3-4; Cl
1.3-4; I Ts 1.2);
Una jejum com oração para um ministério mais forte;
Determine o período de jejum;
Determine do que você vai se abster;
Prepare-se espiritualmente arrependendo-se de seus pecados;
Prepare-se fisicamente comendo menos nas refeições anteriores;
Procure estar menos ocupado durante este período;
Separe bastante tempo para estar na presença de Deus; e
Considere o efeito que o jejum possa ter sobre medicação prescrita.
Ore por todos os elementos possíveis do encontro antes do PG se reunir;
Ore pelos seus auxiliares e pelos futuros Pequenos Grupos que serão gerados a partir da
atual; e
Ore para que a graça de Deus ajude você a colocar em prática todos os oito hábitos –
sonhar, orar e os outros seis que ainda vamos aprender.
CONVITE Razões por que é essencial convidar pessoas:
As pessoas precisam conectar-se com você antes que possam conectar-se com Deus;
Se o seu grupo não tem visitantes, ele não vai crescer;
Se convidar as pessoas, elas virão;
Convidar pessoas para o declínio do número de pessoas no grupo;
O crescimento numérico resulta em disposição e ânimo renovados; e
Convidar pessoas faz com que os membros se sintam parte do grupo.
Erros a serem evitados ao convidar pessoas:
Deixar de saturar a situação com oração;
Permitir que a pessoa diga “não”;
Desistir cedo demais;
Falhar em entender o princípio: “seis vezes para fixar na mente”;
Falhar em orar e aproveitar as oportunidades;
Deixar de vencer as três vitórias:
Ganhe a pessoa para você;
Ganhe a pessoa para o seu grupo ou igreja; e
Ganhe a pessoa para Cristo.
Tentar ser o único que convida;
Deixar de aproveitar as oportunidades emocionais propícias:
Morte na família;
Casamento;
Divórcio;
Mudança para novo endereço, trabalho, escola, etc.;
Doença séria; ou
Nascimento de um filho.
CONTATO
Se você contatar os membros do grupo eles continuarão vindo. Se não contatá-los ele não
continuarão vindo.
Razões para contatar regularmente os membros do PG:
O contato ajuda o seu Pequeno Grupo crescer;
O contato aumenta a média de freqüência semanal;
O contato ajuda um pastor a conhecer o estado do seu rebanho; e
O contato comunica cuidado.
Sugestões que tornam o contato bem sucedido:
Pergunte: “Como posso orar por você?”;
Pergunte: “O que você deseja que Deus faça nesta situação?”;
Diga: “Vamos orar agora mesmo” (então ore pelas pessoas naquele mesmo instante, em voz
alta); e
Pergunte: “Você gostaria de orar?”.
Sugestões acerca do que falar como parte de um contato regular:
Como está indo o seu namoro?
Você gosta do seu trabalho/curso? Ou pensa em mudar de área?
Do que você mais gosta em nossa igreja?
O que você mais aprecia em nosso PG?
O que você gostaria que fosse diferente em sua vida daqui a cinco ou dez anos?
Você já chegou a pensar na idéia de liderar um PG?
O momento mais importante de fazer um contato
Logo depois da primeira visita ao seu PG;
Um contato semanal nas primeiras semanas;
Depois de uma ausência;
Depois que eles compartilharem no grupo que estão passando por provação; ou
Depois de um momento tenso no grupo.
Os segredos usados por pessoas de contato altamente eficaz
Considere o tempo que você investe contatando pessoas como um tempo de ministério
primordial;
Ore pela direção do Espírito Santo para falar as palavras certas;
Não perca os momentos-chave mencionados anteriormente;
Ore para Deus mostrar quem ele quer que você contate naquela semana;
Seja positivo acerca de Deus, da sua Igreja e do seu PG;
Mostre consideração com o tempo e a agenda deles. Se eles estiverem ocupados, seja breve;
Seja sensível quanto ao ânimo da pessoa contatada. Se ela está disposta a conversar, tome
tempo para ouvir. Se não, não force a situação;
Tenha um caderno em que você possa anotar os seus contatos;
As coisas que são faladas confidencialmente precisam ser mantidas confidenciais;
Seja constante. Procure certificar-se de que todos sejam contatados regularmente;
Se eles compartilharem uma necessidade com você, encerre o contato orando por eles;
Use seus auxiliares e membros do PG para repartir a carga dos contatos; e
Separe um tempo fixo cada semana para fazer seus contatos. Separe uma ou duas horas em
sua agenda semanal para contatos e veja a diferença que isso faz.
PREPARO O preparo semanal mantém o PG se movendo na direção de Deus.
A preparação dá a Deus a oportunidade de trabalhar;
A preparação aumenta a confiança e a fé;
A preparação estabelece credibilidade;
A preparação aumenta a qualidade;
A preparação reforça o valor da vida do PG (tempo = importância); e
A preparação para hoje é o segredo do sucesso amanhã.
O que preparar
Prepare-se pessoalmente
Existe algum pecado que preciso confessar?
Estou permitindo que o Espírito Santo domine a minha vida?
Tenho um coração agradecido pela oportunidade de liderar um Pequeno Grupo e todas as
pessoas que fazem parte?
Estou disposto a aplicar a Palavra em minha vida diária?
Existe algum relacionamento que preciso consertar?
Recursos importantes para o preparo pessoal: jejum e o louvor e adoração
Prepare a atmosfera
O local – limpo, confortável e espaçoso;
A música de chegada e do louvor; e
O lanche.
Prepare a agenda do encontro
Comunhão (5-10 min):
Lanche e a saudação na entrada da casa;
Início do grupo e saudação inclusiva;
Quebra-gelo: aumentar o nível de intimidade. Níveis crescentes de intimidade:
Tornar-se conhecido (compartilhar coisas não ameaçadoras acerca de si mesmas – atividade
favorita, memórias boas);
Tornar-se conhecido espiritualmente (compartilhar acerca de sua experiência espiritual –
como tiveram um encontro com Cristo, alguma revelação na palavra);
Afirmação e elogios (compartilhar impressões positivas sobre os outros membros do
grupo);
Aprofundando os relacionamentos (compartilhar pontos de dor e fracasso, boas perguntas
que revelem as feridas, o coração e a história das pessoas) – a chave é a honestidade do
líder.
Adoração (10-15 min)
Cantar, orar e ações de graça; e
Faça dinâmicas diferentes: oração em frase; lista de agradecimentos; músicas só para ouvir
e meditar, etc.
Discipulado (25 -35 min)
Perguntas que introduzem as Escrituras ou o tópico a ser estudado;
Perguntas que ajudam as pessoas a interagir com as Escrituras; e
Pergunte para os membros do grupo individualmente como eles planejam colocar em
prática a verdade discutida.
Missões (5-10 min)
Coloque desafios para alcançar pessoas; e
Aproveite o momento para orar uns pelos outros, pelos ausentes, pelas pessoas a serem
alcançadas. Ore pelo Pequeno Grupo, sonhos, eventos, líderes em treinamento, etc. Ore
pela igreja
Serviço (10-15 min)
Estimule os dons para ações na comunidade;
Propague o valor e força de ações como Pequeno Grupo nas realizações de Atos de
Bondade;
Prepare a edificação bíblica
Ore acerca do texto a ser estudado;
Estude o texto bíblico (observação, interpretação e aplicação);
Estabeleça pontos de conexão como grupo; e
Desenvolva perguntas apropriadas de introdução, discussão e aplicação.
Sugestões para otimizar seu tempo de preparo
Convide seu líder-aprendiz para ajudar no preparo do encontro;
Jejue no dia do seu preparo;
Estabeleça um tempo e um local para o preparo semanal; e
Treine e use seus líderes-aprendizes e outros membros para liderar partes do encontro.
MENTOREAMENTO Por que mentorear?
No cristianismo, o mundo nunca vai ser alcançado e a próxima geração estará
perdida a não ser que discipulemos outros. Mt 28.19-20; 2 Tm 2.2. Não existe
sucesso sem sucessor.
Mentorear é:
Cooperar com Deus em levantar um auxiliar para tornar-se um líder de Pequeno Grupo
altamente eficaz;
Seguir o exemplo de Jesus e Paulo;
Uma excelente maneira de amar aos outros;
O modo de multiplicar-se a si mesmo;
A forma de uma pessoa comum alcançar milhares;
A essência de fazer discípulos;
Uma maneira de manter uma prestação de contas compassiva;
Entregar o ministério para que outros ministrem;
Dizer “não” para o urgente para poder dizer “sim” para o potencial do importante; e
A parte mais duradoura da liderança de PG.
Sete passos para formar líderes multiplicadores e reproduzir reprodutores
Demonstre o que você espera reproduzir;
Descubra líderes em potencial (Mt 9.38);
Três “C’s”:
Caráter (1 Tm 3.1-8): fidelidade, disponibilidade, iniciativa, ensinável, honesto, aberto,
transparente;
Competência (Êx 18.21); e
Química (Mc 3.13).
Aprofunde o seu relacionamento com os líderes em potencial. Ótimas maneiras
de aprofundar relacionamento: orem juntos e façam coisas juntos;
Descreva a visão;
Determine o compromisso a ser assumido (Mc 1.16-20);
Desenvolva-os:
Sirva de modelo (Barnabé e Paulo);
Seja um mentor;
Seja um motivador; e
Seja um multiplicador.
Envie-os.
Sugestões para o mentoreamento:
Nunca realize o ministério sozinho;
Aproveite plenamente as oportunidades de treinamento que sua igreja oferece;
Esteja constantemente de olho em novos líderes;
Fale da liderança como um privilégio, não um peso;
Não se coloque num pedestal ou as pessoas em potencial vão esquivar-se da liderança;
Delegue responsabilidades antes de pedir para alguém considerar a idéia de ser líder;
Sempre consulte as pessoas acima de você antes de confirmar um novo líder;
Não se esqueça que falhar em mentorear sempre vai significar falhar em multiplicar;
Não libere líderes antes que eles tenham uma boa oportunidade de serem bem-sucedidos;
À medida que você passa pelos ciclos do grupo, diminua o seu papel ministerial e amplie o
papel do seu líder-aprendiz; e
Elogie e encoraje seus líderes-aprendizes em cada passo do caminho.
COMUNHÃO O poder dos encontros sociais para comunhão:
Aumentam a disposição, o interesse e o envolvimento do grupo;
Atraem pessoas novas;
Permitem mais oportunidades para praticar a verdadeira comunhão (koinonia);
Criam oportunidades para promover o discipulado. Considere o exemplo de Jesus:
Jo 2.1-10: casamento
Lc 5.29-32; 7.36-48: jantar/banquete
Lc 8.22-25: viagem de barco
Jo 11.17-44: funeral
Mt 12.1-8: colheita de espigas de trigo
Mt 26.17-28: refeição festiva
Lc 24.13-27: caminhada
Ajudam a vincular as pessoas novas ao grupo e à igreja.
Sugestões para usar os encontros sociais e atividades de comunhão de maneira
eficiente:
Pense em gastar tempo juntos buscando maior intimidade no grupo;
Varie sempre;
Use a influência positiva da comida;
Não faça todo o trabalho sozinho: delegue;
Planeje com antecedência;
Intercale atividades sociais com reuniões de grupo; e
Relaxem, divirtam-se e desfrutem da presença dos outros.
CRESCIMENTO Características do crescimento pessoal
Deus espera o nosso crescimento espiritual (2 Pe 3.18);
É a fonte para a mudança e crescimento do PG;
Previne o declínio da nossa vida pessoal (tudo muda – ou cresce ou declina);
É uma área em que você mesmo precisa trabalhar;
1 Tm 4.7: Paulo recomenda que Timóteo se esforçasse nisso;
Rm 14.12: É um mandamento, uma ordenança.
É a chave para permanecermos “afiados” e eficazes (ilustração do lenhador); e
É um processo para a vida toda, não um compromisso de curto prazo (Fl 3.12-14). O alvo é
tornar-se um pouco melhor a cada dia e construir a partir do progresso do dia anterior.
Os dez mandamentos de crescimento pessoal
Faça a escolha de ser uma pessoa em constante crescimento – quem você é hoje é
o resultado das escolhas que você fez no passado. Quem você será amanhã?
Enfoque suas atividades e estabeleça alguns alvos;
Estes alvos devem ser:
Simples
Mensuráveis
Atingíveis
Relevantes
Orientados pelo tempo
Reúna as ferramentas necessárias;
Desenvolva um plano que se adapte a você;
Planeje o tempo necessário: as pessoas mais bem sucedidas aproveitam o tempo
que outras pessoas desperdiçam;
Semeie antes de esperar colher: você precisa semear a coisa certa para colher a
coisa certa (Gl 6.7);
Preste conta da sua vida: peça ao seu discipulador ou ministro de área para cobrar
de você seu progresso e para isso mantenha um registro por escrito para que ele
possa avaliar;
Compartilhe o que você aprendeu com outros: aprender para ensinar e ensinar
para aprender;
Associe-se com pessoas em crescimento (Pv 27.17);
Coloque em prática o que você aprendeu: use ou esqueça!
“É um encontro regular, voluntário e intencional de três a quinze pessoas, com o objetivo
compartilhado da edificação mútua em Cristo e comunhão”.
Neil F. Mcbride.