ideologia, trabalho e educação

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    IDEOLOGIA, TRABALHO E EDUCAO.

    Prof. Dr. Marcos Cassin

    O tema Trabalho e Educao passou a ocupar novos espaos nasanlises e estudos educacionais a partir dos anos 70, em decorrncia do processo dereorganizao do modo de produo capitalista, identificado com a nova revoluotcnico-cientfica, a construo de um mercado globalizado, a implementao do

    projeto poltico neoliberal e o endividamento externo dos pases do 3 mundo.

    Essa reorganizao do processo de produo tem proporcionado olevantamento de novos questionamentos com relao ao tema Trabalho e Educao,como por exemplo: Qual o papel da escola nesse novo contexto? Que mudanasdevem ocorrer na qualificao dos operrios para atender s exigncias das novastecnologias? As novas exigncias deslocam o local da formao do trabalhador dointerior da fbrica para escola? Como relacionar mudanas no processo de trabalho e amanuteno das relaes de produo capitalista? Quais mudanas no discurso dasclasses dominantes que justificam a manuteno de relaes de dominao e, portanto,relaes de explorao?

    Essas so algumas das muitas questes que envolvem esta temtica e queem nosso entendimento devem ser acrescidas do problema ideolgico que a permeia.

    Com relao bibliografia lida, sobre a temtica Trabalho e Educao,possibilitou-nos retomar a discusso do centro das anlises desses trabalhos: o interiordo processo de trabalho, a qualificao dos agentes da produo e que essas anlises

    deixam de problematizar as relaes mais amplas existentes entre a produo dacincia e da tecnologia e o processo de produo capitalista.

    O que pretendemos com esta polmica contribuir na nfase danecessidade de anlises mais estruturais que apontem para o processo de produoenquanto unidade do processo de trabalho e das relaes de produo e que a temticaTrabalho e Educao desloque o foco do processo de trabalho para o processo de

    produo.

    Nicos Poulantzas, em seu livro As Classes Sociais no Capitalismo deHoje afirma que:

    O processo de produo pois composto da unidade do processo detrabalho e das relaes de produo. Mas, no seio desta unidade, no o

    processo de trabalho incluindo a tecnologia e o processo tcnico quedetm o papel principal:so as relaes de produo que dominam sempreo processo de trabalho e as foras produtivas, imprimindo-lhes seutraado e seu modo de proceder. esta mesma dominao das relaes de

    produo sobre as foras produtivas que d sua articulao a forma de umprocesso de produo e reproduo.1 (grifos do autor)

    Professor de Sociologia da Educao da Faculdade de Filosofia Cincias e Letras - Universidade deSo Paulo campus Ribeiro Preto. E-mail [email protected] Nicos POULANTZAS, As Classes Sociais no Capitalismo de Hoje, p.22.

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    mailto:[email protected]:[email protected]
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    O autor acima citado nos aponta para a distino entre processo de produo eprocesso de trabalho, da determinao das relaes de produo sobre o processo detrabalho e a relao entre processo de produo e tecnologia. Sobre este ltimo ponto, mais enftico em outro trecho do mesmo livro, onde argumenta que:

    oprocesso de produo no definido por dados tecnolgicos, mas pelasrelaes dos agentes com os meios de trabalho e, assim, entre eles,

    portanto, pela unidade do processo de trabalho das foras produtivas edas relaes de produo. Os processos de trabalho e as foras produtivas,inclusive a tecnologia, no existem em si, mas sempre na sua relaoconstitutiva com as relaes de produo. No se pode ento falar, emsociedades divididas em classe, de trabalho produtivo neutro e em si. trabalho produtivo, em cada modo de produo dividido em classes, otrabalho que corresponde s relaes de produo deste modo, isto ,aquele que d lugar forma especfica e dominante de explorao.Produo, nestas sociedades, significa ao mesmo tempo, e num mesmomovimento, diviso de classes, explorao e luta de classes. 2 (grifos doautor)

    A recuperao de Poulantzas e da determinao, em ltima instncia, dasrelaes de produo, nos remete ao filsofo francs Louis Althusser e seus AparelhosIdeolgicos de Estado. Esses instrumentos de reproduo das relaes de produo,

    que tem a persuaso como elemento predominante de sua ao reprodutora,constituem-se em ideologia, conceito fundamental para entendermos o tema Trabalhoe Educao no contexto do novo paradigma tecno-econmico e da reproduo dasrelaes de produo capitalista, portanto, reproduo de relaes de explorao docapital sobre o trabalho.

    Nesse texto, pretendemos apresentar as teses de Louis Althusser referente ideologia. Por isso, queremos deixar apontado o limite de nossa interveno, aofocarmos o tema ideologia a partir desse autor, uma vez que se trata de um conceitotrabalhado por vrios autores e em muitas perspectivas. Isso no tira o mrito dacontribuio do referencial althusseriano na compreenso do papel da educao e daescola nessa nova reorganizao do capital.

    Quanto ao conceito de ideologia na obra de Louis Althusser, esse seencontra de forma sistematizada no livro Sobre a Reproduo e no livro Aparelhosideolgicos de Estado3, onde, o autor afirma a necessidade do marxismo formularuma Teoria da Ideologia em Geral, ausente nos prprios escritos de Marx, sobretudono texto A Ideologia Alem. Entende que Marx mantm uma concepomecanicista-positivista da ideologia, apesar de se encontrarem formulaes

    prodigiosas como a ideologia dominante a ideologia da classe dominante. Comrelao ao texto de O Capital de Marx, reconhece que ele contm inmeros

    2 Ibid, p.21.3 O livro Sobre a Reproduo a publicao dos manuscritos dos quais se originou a publicao do

    livro Aparelhos ideolgicos de Estado.

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    O autor, embora retomando os termos de A Ideologia Alem e a tese deque a ideologia no tem histria, o faz, segundo ele, num sentido radicalmentediferente do ali exposto. Althusser acredita poder defender essa tese em um sentido

    positivo e no no sentido negativo como aparece em A Ideologia Alem.

    Esse sentido positivo, se verdade que o carter prprio da ideologia ser dotada de uma estrutura e de um funcionamento tais que estes atransformam em uma realidade no-histrica, isto , oni-histrica nosentido de que essa estrutura e esse funcionamento esto presentes, sobuma mesma forma, imutvel, no que se chama a histria inteira, no sentidode que oManifesto define a histria como a histria da luta de classes, isto, a histria das sociedades de classes.7(grifos do autor)

    Ao afirmar que a ideologia no tem histria o faz, segundo ele,retomando Freud em sua proposio de que o inconsciente eterno, isto , no temhistria. Tomando por eterno o que no transcende a qualquer histria (temporal), masonipresente, portanto,

    imutvel sob sua forma em toda extenso da histria, irei ao ponto deretomar, palavra por palavra, a expresso de Freud e escreverei: aideologia eterna, do mesmo modo que o inconsciente. E, antecipando emrelao s pesquisas necessrias e, daqui em diante, possveis, acrescentareique essa aproximao teoricamente justificada pelo fato de que a

    eternidade do inconsciente est baseada, em ltima instncia, na eternidadeda ideologia em geral.8 (grifos do autor)

    Essa argumentao o leva a propor a necessidade de uma teoria daideologia em geral no mesmo sentido da proposio apresentada por Freud, uma teoriado inconsciente em geral.

    A segunda observao a que o autor se refere sobre a Represso eIdeologia, aqui faz observaes sobre o semanrio anarquista Action, criticando aconcepo anarquista, afirmando que essa substitui a explorao pela represso ou a

    explorao pensada como uma forma de represso; outra crtica que faz ao semanrio e prpria concepo anarquista, a substituio da ideologia pela represso.

    A observao de Althusser concepo anarquista tem como objetivoreafirmar a ideologia como instrumento de persuaso e no como elemento derepresso e de mostrar os mecanismos que a ideologia utiliza para levar os indivduosa agirem sozinhos sem a necessidade de agentes de represso.

    Nessa polmica com os anarquistas, o autor aponta para a necessidade deuma teoria da ideologia que mostre concretamente como funciona a ideologia em seu

    7 Ibid,1978 Ibid,198

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    nvel mais concreto, no nvel dos sujeitos individuais, isto , dos homens tais comoexistem, em sua individualidade concreta, em sua vida cotidiana. Portanto,

    indispensvel, terica e politicamente, mostrar atravs de quaismecanismos a ideologia leva na conversa os homens, isto , osindivduos concretos, quer estes atuem a servio da explorao declasse, ou faam a Longa Marcha que desembocar, mais depressa doque se possa pensar, na Revoluo nos pases capitalistas ocidentais,

    portanto, tambm na prpria Frana.9

    Aqui o autor aponta a ideologia, no s a servio da conservao social,mas tambm, como um dos instrumentos para a transformao social, indicando a

    possibilidade de se constiturem Sujeitos interpeladores comprometidos com a

    transformao da sociedade capitalista.

    A ideologia uma representao da relao imaginria dos indivduos comsuas condies reais de existncia.

    Essa tese incide sobre o objeto que representado sob a forma imaginriada ideologia; Althusser rompe com todas as conceitualizaes da ideologia comofalsa conscincia. Em sua tese, o autor argumenta que o representado na ideologiaso as relaes imaginrias que os indivduos tm com a realidade e no a prpria

    realidade.Com relao a esta primeira tese: A Ideologia uma representao da

    relao imaginria dos indivduos com suas condies reais de existncia10, afirmano livro Aparelhos Ideolgicos de Estado:

    no so as suas condies reais de existncia, seu mundo real que oshomens se representam na ideologia, o que nelas representado ,antes de mais nada, a sua relao com as suas condies reais de existncia. esta relao que est no centro de toda representao ideolgica, e

    portanto imaginria do mundo real. nesta relao que est a causa quedeve dar conta da deformao imaginria da representao ideolgica domundo real.11

    Portanto, o que est representado na ideologia no uma representao dasreais condies de existncia, mas uma representao de uma (imaginria) relao deindivduos com estas condies reais de existncia12.

    9 Louis ALTHUSSER, Sobre a Reproduo, 202-20310 Idem, Aparelhos Ideolgicos de Estado, 8511 Ibid, 8712 Gregor MCLENNAN, Victor MOLINA, Roy PETERS. A teoria de Althusser sobre ideologia, In:

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    Nesse sentido, a ideologia passa a ser entendida no terreno da prtica-social e como uma instncia especfica de determinada formao social.

    A Ideologia tem uma existncia material

    Uma segunda tese a de que a ideologia tem uma existncia materialna prtica ou prticas nos Aparelhos Ideolgicos de Estado:

    ...vejamos o que se passa com os indivduos que vivem na ideologia, isto ,numa representao do mundo determinada (religiosa, moral etc.) cujadeformao imaginria depende de sua relao imaginria com suascondies de existncia, ou seja, em ltima instncia das relaes de

    produo e de classe (ideologia = relao imaginria com as relaes reais).Diremos que esta relao imaginria em si mesma dotada de umaexistncia material.13

    Em outras palavras, a ideologia materializa-se nos atos dos indivduos.Para demonstrar sua tese, utiliza a religio como exemplo da materialidade daideologia:

    ... a existncia das idias de sua crena material, pois suas idias so seus

    atos materiais inseridos em prticas materiais, reguladas por rituaismateriais, eles mesmos definidos pelo aparelho ideolgico material de ondeprovm as idias do dito sujeito...

    As idias desaparecem enquanto tais (enquanto dotadas de uma existnciaideal, espiritual), na medida mesma em que se evidenciava que suaexistncia estava inscrita nos atos das prticas reguladas por rituaisdefinidos em ltima instncia por um aparelho ideolgico. O sujeito

    portanto atua enquanto agente do seguinte sistema (enunciado em suaordem de determinao real): a ideologia existente em um aparelhoideolgico material, que prescreve prticas materiais regulares por umritual material, prticas estas que existem nos atos materiais de um sujeito,que age conscientemente segundo sua crena.14

    A tese sobre a existncia material da ideologia, ou da ideologia comoprticas sociais, tambm aparece no texto A transformao da filosofia, em que oautor reafirma

    Da Ideologia, 12413 Louis ALTHUSSER, Aparelhos Ideolgicos de Estado, 89-9014 Louis ALTHUSSER, Aparelhos Ideolgicos de Estado, 91-92

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    as prticas sociais e as idias que os homens fazem delas estoestreitamente relacionadas. Pode dizer-se que no h prtica sem ideologiae que qualquer prtica, incluindo a cientfica, se realiza atravs de umaideologia. Em todas as prticas sociais (quer pertenam ao domnio da

    produo econmica, ao da cincia, ao da arte, ao do direito, ao da moralou da poltica), os homens que actuam esto submetidos s ideologiascorrespondentes, independentemente da sua vontade e mais ou menos comuma total ignorncia do assunto.15

    A Ideologia interpela os indivduos enquanto sujeitos

    No que se refere ideologia em Althusser, a noo de sujeito central eenuncia duas teses simultneas, 1- s h prtica atravs de e sob uma ideologia. 2 - s

    h ideologia pelo sujeito e para o sujeito16

    . A partir dessas duas teses, o autor conclui:A Ideologia interpela os indivduos enquanto sujeito,17. A partir da concluso,caracteriza a funo da ideologia enquanto constituidora de indivduos concretos emsujeitos e seu efeito elementar, o de impor (sem parecer que o faz, pois se trata deevidncias).

    as evidncias como evidncias, que no podemos deixar de reconhecer ediante das quais, inevitvel e naturalmente, exclamamos (em voz alta, ouno silncio da conscincia): evidente! exatamente isso! verdade!.

    nesta reao que se exerce a funo de reconhecimento ideolgico, que uma das duas funes da ideologia enquanto tal (sendo o desconhecimentoa sua funo inversa).18 (grifos do autor)

    Ao colocar que a ideologia interpela o indivduo, constituindo-o emsujeito, supe a existncia de um outro Sujeito, o que interpela o sujeito interpelado,Althusser diferencia o interpelador do interpelado, identificando o primeiro com a letraS (maiscula) e o segundo com a letra s (minscula), portanto, o Sujeito interpela oindivduo e esse se reconhecendo na interpelao, se constitui em sujeito.

    Ento, formula um qudruplo sistema de interpelao, de submisso ao

    Sujeito, de reconhecimento universal. O sistema comporta: 1- os indivduos sointerpelados como sujeitos, 2- a submisso do sujeito ao Sujeito, 3- os sujeitos sereconhecem mutuamente e em relao ao Sujeito e 4- tudo funciona bem noreconhecimento dos sujeitos:

    ... envoltos neste qudruplo sistema de interpelao, de submisso aoSujeito, de reconhecimento universal e de garantia absoluta, os sujeitos

    15 Idem, A transformao da filosofia, 4216 Idem, Aparelhos Ideolgicos de Estado, 9317 Ibid, 9318 Ibid,94-95

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    caminham, eles caminham por si mesmos na imensa maioria doscasos, com exceo dos maus sujeitos que provocam a interveno de umou de outro setor do aparelho (repressivo) do Estado. Mas a imensa maioriados (bons) sujeitos caminha por si, isto , entregues ideologia (cujas

    formas concretas se realizam nos Aparelhos ideolgicos do Estado). Eles seinserem nas prticas governadas pelos rituais dos AIE.19

    As teses sobre a ideologia, apresentadas pelo autor, tm como objetivopossibilitar esclarecimentos de alguns aspectos do funcionamento da Superestrutura ede sua forma de interveno na Infraestrutura. Esta preocupao do autor em dar umlugar muito particular ideologia, pode ser encontrada de forma mais explcita notexto Prctica Terica y Lucha Ideolgica,

    devemos dar ideologia um lugar muito particular: para compreender suaeficcia, necessrio situ-la na superestrutura, e dar-lhe uma relativaautonomia com respeito ao direito e ao estado. Mas ao mesmo tempo, paracompreender sua forma de presena mais geral h que considerar que aideologia se introduz em todas as partes do edifcio e que constituem essecimento de natureza particular que assegure o ajuste e a coeso doshomens em seus papis, suas funes e suas relaes sociais.20

    Na citao acima, tambm encontramos a concepo de ideologia comocimento social e prticas materiais da mesma forma como aparece descrito por

    Nicos Poulantzas,

    A ideologia no consiste somente ou simplesmente num sistema de idiasou representaes. Compreende tambm uma srie de prticas materiaisextensivas aos hbitos, aos costumes, ao modo de vida dos agentes, e assimse molda como cimento no conjunto das prticas sociais, a compreendidasas prticas polticas e econmicas.21 (grifos do autor)

    19 Louis ALTHUSSER, Aparelhos Ideolgicos de Estado, 10320 Idem, Prctica Terica y Lucha Ideolgica, In: La Filosofa como Arma de la Revolucin,5121 POULANTZAS, Nicos. O Estado, O Poder, O Socialismo, 33

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    Nessa breve exposio, o pretendido foi relacionar o tema Trabalho eEducao com o conceito de Ideologia, relao inevitvel ao defendermos anecessidade de mudar o foco da temtica centrada no processo de trabalho para o

    processo de produo, sendo que nesse ltimo, as relaes de produo so

    determinante, em ltima instncia, do modo de produo.Partindo da tese da determinao, em ltima instncia, das relaes de

    produo frente s foras produtivas, os Aparelhos Ideolgicos de Estado, entre eles osistema escolar, como reprodutores das relaes de produo tomam importncia nosignificado do desenvolvimento das foras produtivas e o impacto desse nacomposio do trabalho e do capital e o papel da educao, em particular a escola,nessa nova, ou no, composio.

    Por ltimo, a partir da discusso aqui levantada, formulamos algumasnovas questes: 1-Que prticas sociais devem ser reproduzidas e que novas devem ser

    produzidas para atender as exigncias da reorganizao do capital? 2- Qual o papel da

    educao, em particular da escola, no contexto de hoje? 3- A questo da ideologia um elemento importante para a investigao da temtica Trabalho e Educao? 4- Oconceito de ideologia na perspectiva da luta de classes possibilita compreender o papelda escola na reproduo das relaes de explorao nesse novo paradigma tecno-econmico? 5- possvel constituio de Sujeitos interpeladores, comprometidoscom a transformao das relaes de produo, agirem no interior da escola?.

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