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IDENTIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO PASSO A PASSO Procedimento Sumaríssimo da Lei 9099/95, ainda que tenham previsão de Procedimento Especial em Leis Esparsas (Art. 394, §1º, III, CPP c/c Art. 61, Lei 9099/95). 1º PASSO: Verificar se é crime de menor potencial ofensivo (art. 394, § 1º, III, CP c/c art. 61, Lei 9099/95 – Pena Máxima não superior a 2 anos). 2º PASSO: Caso positivo – Procedimento Sumaríssimo (Art. 394, §1º, III, CPP c/c art. 69 a 83, Lei 9099/95). 3º PASSO: Não sendo infração de menor potencial ofensivo, verificar se é crime de procedimento especial ou do júri. a) JÚRI – Crimes dolosos contra a vida consumados ou tentados (Art. 5º, XXXVIII, “d”, CF c/c art.74, §1º, CPP). b) PROCEDIMENTOS ESPECIAIS – Crimes de responsabilidade de Funcionários Públicos. – Crimes contra a honra. – Crimes contra a Propriedade Imaterial. a) CONTRAVENÇÕES PENAIS b) CRIMES DO CÓDIGO PENAL

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IDENTIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO PASSO A PASSO

Procedimento Sumaríssimo da Lei 9099/95, ainda que tenham previsão de Procedimento Especial em Leis Esparsas (Art. 394, §1º, III, CPP c/c Art. 61, Lei 9099/95).

1º PASSO: Verificar se é crime de menor potencial ofensivo (art. 394, § 1º, III, CP c/c art. 61, Lei 9099/95 – Pena Máxima não superior a 2 anos).

2º PASSO: Caso positivo – Procedimento Sumaríssimo (Art. 394, §1º, III, CPP c/c art. 69 a 83, Lei 9099/95).

3º PASSO: Não sendo infração de menor potencial ofensivo, verificar se é crime de procedimento especial ou do júri.

a) JÚRI – Crimes dolosos contra a vida consumados ou tentados (Art. 5º, XXXVIII, “d”, CF c/c art.74, §1º, CPP). b) PROCEDIMENTOS ESPECIAIS – Crimes de responsabilidade de Funcionários Públicos. – Crimes contra a honra. – Crimes contra a Propriedade Imaterial.

a) CONTRAVENÇÕES

PENAIS

b) CRIMES DO CÓDIGO

PENAL

4º PASSO: Se for crime que se adequa a algum daqueles procedimentos, então aplica-se o procedimento especial respectivo.

5º PASSO: Não sendo crime de procedimento especial, por exclusão, será de procedimento comum.

PROCEDIMENTO COMUM: I– ORDINÁRIO: Pena máxima igual ou superior a 4 anos (art. 394, §1º, I a III, CPP) II – SUMÁRIO: Pena máxima menor que 4 anos, mas superior a 2 anos III– SUMARÍSSIMO: Pena máxima igual ou inferior a 2 anos (Art. 61 c/c 69 a 83, Lei 9099/95) (Infrações de menor potencial ofensivo)

6º PASSO: Nesta altura já sabemos que não se trata de crime de menor potencial e nem de procedimento especial. Portanto, resta apenas verificar

se é do Procedimento Comum Ordinário ou Sumário.

1º PASSO: Verificar se é crime de menor potencial ofensivo (art. 394, §1º, III, CPP c/c e art. 61, Lei 9099/95 – Pena Máxima não superior a 2 anos).

3º PASSO: Não sendo infração de menor potencial ofensivo, verificar se é crime de procedimento especial, inclusive se previsto procedimento específico na própria lei esparsa (ex. Lei de Drogas – Lei 11343/06).

4º PASSO: Se houver Procedimento especial previsto, este deve ser aplicado ao caso.

5º PASSO: Não havendo procedimento especial para o caso, por exclusão, será o Procedimento Comum, seguindo as orientações anteriores expostas para os crimes previstos no CP.

OBSERVAÇÃO FINAL - Art. 538, CPP: Há casos da Lei 9099/95 que podem ser remetidos ao juízo comum (vide art. 77, § 2º c/c 66, § único da Lei 9099/95). Nestes casos será aplicado o procedimento sumário do CPP para as infrações de menor potencial processadas no juízo comum.

2º PASSO: Caso positivo – Procedimento Sumaríssimo – Art. 394, § 1º, III, CPP c/c art. 69 a 83, Lei 9099/95.

c) CRIMES PREVISTOS EM LEIS

ESPARSAS

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

IP DENÚNCIA

OU QUEIXA ART. 395 C/C 396,

CPP.

REJEIÇÃO LIMINAR

RECEBIMENTO

CITAÇÃO DO ACUSADO PARA

RESPOSTA ESCRITA EM 10

DIAS.

ACUSADO SEM

DEFENSOR OU QUE

NÃO APRESENTOU A

RESPOSTA.

RECEBE A DENÚNCIA, DESIGNA DIA E HORA PARA A

AUDIÊNCIA, INTIMANDO AS PARTES (ART. 399, CPP).

PRAZO PARA REALIZAR AUDIÊNCIA: 60 DIAS (ART. 400,

CPP).

O JUIZ NOMEIA

DATIVO COM NOVO

PRAZO DE 10 DIAS –

Art. 396 – A, §2º, CPP.

ABSOLVIÇÃO

SUMÁRIA

(ART. 397, I a IV,

CPP)

AUDIÊNCIA UNA (ART. 400, CPP) PARA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

1) Declarações do Ofendido

2) Oitiva das testemunhas de acusação

3) Oitiva das testemunhas de defesa

4) Outras diligências instrutórias como: oitiva de peritos, acareações,

reconhecimentos, etc.

5) Interrogatório do réu.

Obs.: a) nº de testemunhas: 8 para o acusação e 8 para defesa (Art. 401, CPP).

b)Testemunhas extranumerárias – aquelas que não prestam compromisso e as

referidas (Art.401, §1º, CPP)

c) As partes podem desistir de testemunhas, menos daquelas arroladas pelo juiz

(Art. 401, § 2º. CPP).

6) Requerimento de diligências cuja necessidade se origine na instrução (Art. 402,

CPP).

-Não havendo requerimento ou sendo este indeferido

(Art. 403, CPP):

a) Alegações finais orais pela acusação e pela defesa

por 20 + 10 minutos.

b) Sentença na audiência.

Obs.1: Quando houver vários acusados os tempos

serão individuais (Art. 403, §1º, CPP).

Obs.2: O assistente da acusação fala depois do MP e

antes da defesa por 10 minutos e, neste caso, a defesa

ganha mais 10 minutos para sua fala (Art. 403, §2º,

CPP).

Obs.3: Dependendo da complexidade do caso e do

número elevado de acusados, o juiz poderá converter

as alegações orais em memoriais com prazos sucessivos

de 5 dias. Neste caso, recebidos os memoriais,

sentenciará em 10 dias (Art. 403, §3º, CPP).

- Se houver diligência a audiência

será concluída sem alegações

finais (Art. 404, CPP).

-Realizadas as diligências:

a)Alegações finais por memoriais

(escritos) no prazo sucessivo de 5

dias (Art. 404, § único, CPP).

b) Sentença pelo juiz em 10 dias

após os memoriais (Art. 404, §

único, CPP).

FASE RECURSAL

JÚRI (1ª FASE)

IP

DENÚNCIA

8 TESTEMUNHAS

(ART. 406, §2º,

CPP)

ART. 395 C/C 406,

CPP C/C 394, §4º,

CPP

REJEIÇÃO

LIMINAR

RECEBIMENTO

CITAÇÃO DO ACUSADO PARA

RESPONDER EM 10 DIAS POR

ESCRITO, REQUERER PROVAS E

ARROLAR ATÉ 8 TESTEMUNHAS

(Art. 406 e §3º, CPP)

ACUSADO SEM DEFENSOR OU QUE

NÃO APRESENTOU A RESPOSTA. O

JUIZ NOMEIA DEFENSOR DATIVO

COM NOVO PRAZO DE 10 DIAS – Art.

408, CPP.

APRESENTADA A DEFESA O JUIZ

OUVIRÁ A ACUSAÇÃO SOBRE

PRELIMINARES E

DOCUMENTOS NO PRAZO DE 5

DIAS (Art. 409, CPP).

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

(PRAZO: 10 DIAS – Art. 410, CPP c/c Art. 411, CPP)

1) DECLARAÇÕES DO OFENDIDO

2) TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO

3) TESTEMUNHAS DE DEFESA

4) PERITOS E OUTRAS DILIGÊNCIAS

5) INTERROGATÓRIO

6) DEBATES

7) SENTENÇA DE IMEDIATO OU NO PRAZO DE 10 DIAS.

Obs. 1: Regras do debate (20 min. + 10 min.). Assistente da Acusação (10 min) etc.

Obs. 2: Prazo para conclusão desse procedimento 90 dias (art. 412, CPP)

DECISÃO

a) PRONÚNCIA (Art. 413, CPP)

b) IMPRONÚNCIA (Art. 414, CPP)

c) ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (Art. 415, CPP)

Obs. 1: RECURSOS – Pronúncia – Recurso em Sentido Estrito

(Art. 58, IV, CPP)

- Impronúncia e Absolvição Sumária –

Apelação (Art. 416, CPP)

d) DESCLASSIFICAÇÃO (Art. 419, CPP). RECURSO – Recurso

em sentido estrito – Art. 581, II, CPP – Decisão que concluir pela

incompetência do juízo.

JÚRI (2ª FASE)

PRECLUSA A DECISÃO DE

PRONÚNCIA, OS AUTOS SÃO

REMETIDOS AO JUIZ

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO

JÚRI

(ART. 421, CPP)

INTIMAÇÃO DO MP, QUERELANTE E DEFENSOR

PARA:

a) Em 5 dias arrolarem até 5 testemunhas para depor em

plenário.

b) No mesmo prazo: requerer diligências e juntar

documentos (ART.422, CPP).

(Art. 423, CPP)

O JUIZ DECIDE SOBRE AS

DILIGÊNCIAS E:

a) Saneia o processo;

b) Faz o relatório sucinto e inclui o caso na

pauta do Júri.

- Organização da Pauta (Art. 429, CPP)

- Notificação das partes, testemunhas

etc. para a sessão de instrução e

julgamento (Art. 431, CPP)

SORTEIO E CONVOCAÇÃO DOS JURADOS

a) Presentes no sorteio:

- Juiz

- MP

- Representante da OAB

- Defensoria Pública

Todos devidamente notificados do dia e hora do

sorteio (Art. 431, CPP)

SORTEIO (Art. 433, CPP)

a) Presidido pelo juiz

b)Portas abertas (Princípio da

Publicidade)

c) Sorteiam-se 25 jurados.

Obs. 1: O sorteio deve ser feito entre o

15º e o 10º dia útil antecedente à reunião

(Art. 433, CPP)

CONVOCAÇÃO DOS JURADOS PARA A REUNIÃO PELO CORREIO

(Art. 434, CPP)

Obs.1: O serviço do júri é obrigatório e o alistamento compreenderá maiores de 18

anos de notória idoneidade (Art. 436, CPP).

Obs.2: A recusa do jurado implica em multa de 1 a 10 SM (Art. 436, §2º, CPP c/c 442,

CPP);

Obs.3: Isentos do serviço (Art. 437, CPP).

Obs.4: Recusa por convicção religiosa, filosófica ou política – Serviço Alternativo (Art.

438, CPP)

Obs. 5: Jurado - Serviço Público relevante

(Art. 439, CPP) - Presunção de Idoneidade

- Prisão Especial até o julgamento definitivo

- Preferência em licitações, concursos, promoção funcional ou

remoção voluntária (Art. 440, CPP)

- Não pode sofrer desconto no salário por comparecer às

reuniões ou sessões (Art. 441, CPP)

- Equiparados ao Juiz Togado p/ fins criminais (Art. 445, CPP)

COMPOSIÇÃO DO JÚRI E FORMAÇÃO DO CONSELHO DE

SENTENÇA (Art. 447, CPP)

a)Composição a.1 – Um juiz Togado Presidente a.2 – 25 jurados sorteados b) Conselho de Sentença b.1 – Dos 25 jurados são sorteados 7 para formarem o Conselho de Sentença Obs.1- Impedimentos: Arts. 448 a 452, CPP.

PROCEDIMENTO DO SORTEIO (Arts. 462 e 463, CPP)

a)O juiz confere se a urna contém as 25 cédulas sorteadas; b) Manda o escrivão chamar os jurados; c) Se comparecerem ao menos 15, instalam-se os trabalhos; d) Se não houve 15, sorteiam-se suplentes e designa-se nova data (Art. 464, CPP); e) Havendo o número mínimo o juiz adverte os jurados sobre a incomunicabilidade (art. 466, §§1º e 2º, CPP); f) Faz o sorteio de 7 para comporem o Conselho de Sentença (Art. 467, CPP); g) Acusação e defesa podem recusar até 3 jurados – recusas Imotivadas – (Art. 468, CPP). Também podem haver – recusas Motivadas – (ex.: impedimentos)

FORMADO O CONSELHO DE SENTENÇA O JUIZ FARÁ A EXORTAÇÃO DO ART. 472, CPP AOS JURADOS, QUE SE COMPROMETERÃO E

RECEBERÃO CÓPIAS DA PRONÚNCIA E DO RELATÓRIO DO PROCESSO (Art. 472 e § único, CPP)

INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO

a) Art. 473, CPP:

a.1 – Pela ordem: - Juiz

- MP

- Assistente

- Querelante

- Defesa

Tomam:

- Declarações do ofendido

- Testemunhas de acusação

a.2 – Art. 473, §1º, CPP - Testemunhas de defesa

Pela ordem: - Juiz

- Defensor

- MP

- Assistente

- Querelante

a.3 – Art. 474, CPP - Interrogatório do Réu

Pela ordem: - Juiz

- MP

- Assistente

- Querelante

- Defensor

Obs.1: Os jurados também podem inquirir através do juiz (art.

473, §2º, CPP).

Obs.2: As partes podem requerer acareações, reconhecimentos e

esclarecimentos de peritos. Quanto à leitura de peças é hoje

limitada a:

- Provas produzidas em precatórias;

- Provas cautelares antecipadas ou não repetíveis (Art. 473, §3º,

CPP).

Obs.3: Uso de Algemas – Proibido em plenário, salvo em casos

excepcionais (art. 474, §3º, CPP).

DEBATES

1) Alegações orais do MP e Assistente (se a ação foi privada, primeiro o

querelante e depois o MP) (art. 476 e §§, CPP).

2) Alegações Orais da defesa (art. 476, §3º, CPP).

3) Réplica da Acusação (art. 476, §4º, CPP).

4) Tréplica da defesa (art. 476, §4º, CPP).

Obs.1: Tempo: 1 h 30min p/ acusação e defesa e 1 h p/ réplica e tréplica (art. 477,

CPP).

Obs.2: Havendo mais de um acusador ou defensor, eles dividem o tempo por

acordo ou o juiz por eles se não houver acordo (art. 477, §1º, CPP).

Obs.3: Havendo mais de um acusado os tempos são acrescidos de 1 hora e a

réplica e a tréplica dobradas. Portanto, 2h e 30 min para acusação e defesa,

mais 2 h para réplica e tréplica (art. 477, §2º, CPP). Podem haver apartes

concedidos pelo juiz de até 3 minutos que são acrescidos ao tempo da parte

que está com a palavra (art. 497, XII, CPP).

Obs.4: RESTRIÇÕES TEMÁTICAS NOS DEBATES (art. 478, I e II, CPP)

- Pena de Nulidade:

a) Decisão de pronúncia ou posteriores de admissão da acusação;

b) Decisão sobre o uso ou não de algemas;

c) Silêncio do acusado ou ausência de interrogatório

(vide tb art. 186 e § único, CPP).

Obs.5: LEITURA DE DOCUMENTO E EXIBIÇÃO DE OBJETOS EM

PLENÁRIO (art. 479, CPP)

Exigência de pelo menos 3 dias úteis de antecedência da juntada e ciência da

outra parte.

CONCLUSÃO DOS DEBATES

a) Concluídos os debates o juiz indaga aos jurados se estão habilitados à julgar. Se precisarem de

esclarecimentos ou vista dos autos ou instrumentos, o juiz lhes prestará (art. 480, §§1º a 3º,

CPP).

b) Havendo diligências imprescindíveis que não podem ser realizadas imediatamente, o juiz

dissolverá o Conselho e mandará realizar as diligências (art. 481, CPP).

c) Se tal diligência for pericial, o juiz nomeará perito e formulará quesitos, facultando às partes

também formular e/ou indicar assistentes técnicos no prazo de 5 dias (art. 481, § único, CPP).

QUESTIONÁRIO E VOTAÇÃO

a) Matérias a serem questionadas ( art. 482, cpp)

a.1 – Matéria de fato

a.2 – Absolvição do réu

b) Formulação dos quesitos (art. 483, incisos e parágrafos, CPP)

c) Leitura dos quesitos pelo juiz; Impugnação das partes; decisão; ata; explicação dos quesitos

pelo juiz aos jurados (art. 484 e § único, CPP).

d) Sala secreta para a votação dos jurados (art. 485, §§ 1º e 2º, CPP).

e) Distribuição das cédulas aos jurados (art. 486, CPP) e votação.

f) Lavratura de Termo da Votação (art. 491, CPP)

SENTENÇA (ART. 492, CPP)

Obs.1: O acusado só será mantido ou recolhido à prisão se presentes os requisitos

da preventiva (art. 492, I, “e”, CPP).

Obs.2: Desclassificação em plenário leva à prorrogação de competência e o juiz

Presidente sentencia normalmente. Inclusive os crimes conexos e inclusive infrações

de menor potencial, com aplicação dos institutos da Lei 9099/95 (art. 492, §§1º e 2º,

CPP).

LEITURA DA SENTENÇA EM

PLENÁRIO

(ART. 493, CPP)

ELABORAÇÃO DE ATA GERAL

(ARTS. 494 A 496, CPP)

FASE RECURSAL

PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

LEI 9099/95

TC

(art. 69) AUDIÊNCIA PRELIMINAR

(Art. 72)

- Composição civil de danos

- Transação Penal

- Denúncia ou queixa oral na audiência

Se houver denúncia ou

queixa

(ART. 78)

a) Redução a termo na audiência;

b) Entrega de cópia ao denunciado, valendo como citação;

c) Designação e notificação imediata de dia e hora para audiência de instrução e julgamento;

d) Número de testemunhas: A Lei 9099/95 não estabelece, valendo as normas do CPP por

aplicação subsidiária no termos do art. 394, §5º, CPP, que manda aplicar ao sumaríssimo,

subsidiariamente as normas do ordinário. Portanto, seriam até 8 testemunhas para acusação

e defesa (esta é uma posição). Mas, também pode haver interpretação de que seriam 5

testemunhas, por força do art. 538, CPP, que manda aplicar o rito sumário para os casos da

Lei 9099/95 remetidos ao juízo comum. Há ainda quem entenda que se deve fazer analogia

aos Juizados Especiais Cíveis, sendo o número máximo de 3 testemunhas, nos termos do art.

34 da Lei 9099/95.

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

a) Art. 79 – nova oportunidade para composição ou transação.

b) Palavra ao defensor para responder à acusação oralmente (art. 81).

c) O juiz profere a decisão de recebimento ou não da acusação (art. 81).

d) Recebendo a peça acusatória:

d.1 – Declarações do ofendido;

d.2 – Testemunhas de acusação;

d.3 – Testemunhas de defesa;

d.4 – Interrogatório do réu;

d.5 – Debates orais;

d.6 – Sentença na audiência.

Obs.: Também a Lei 9099/95 não fala do tempo dos debates, valendo, nos

termos do art. 394, §5º, CPP, as regras do Procedimento Ordinário e Sumário

(20 min + 10 min para acusação e defesa).

FASE RECURSAL

PROCEDIMENTO SUMÁRIO

I P

Fase inicial até o recebimento da

denuncia ou queixa é idêntico ao

procedimento ordinário já visto – ver

arts. 394, §§4º e 5º c/c 395 a 399, CPP)

Se recebida a denúncia ou queixa

após a resposta inicial designa-se

dia e hora para a audiência de

instrução e julgamento em 30 dias.

(Art. 399 c/c 531, CPP)

AUDIÊNCIA UNA NOS MESMOS MOLDES DO

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO, COM ALGUMAS

ESPECIFICAÇÕES

(ART. 531, CPP C/C ART. 533, CPP)

a) Número de testemunhas: 5 para a acusação e 5 para a defesa.

b) Não prevê conversão em memoriais em casos complexos ou de

vários réus.

c) Não prevê requerimento de diligências complementares e sim o

debate direto na audiência (art. 531, “in fime”, CPP).

FASE

RECURSAL