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1 IDENTIFICAÇÃO DO FOLHAS NRE: Assis Chateaubriand Nome do Professor: Deldina Baesso Escola: Guimarães Rosa – Ens. Fundamental Município: Assis Chateaubriand e-mail: [email protected] Fone: (44) 3528 2288 Disciplina: Língua Portuguesa Série: 8ª Conteúdo Estruturante: Discurso enquanto prática social Conteúdo específico: Ampliação do repertório de leitura do aluno Título: As mil e uma histórias: o conto na sala de aula Relação interdisciplinar: Geografia e História Orientadora colaboradora da disciplina: Professora Valdeci Batista de Oliveira Melo Você assiste a novelas? Na novela há várias histórias, vários conflitos. Já no gênero narrativo conto há apenas um conflito. O conto tem semelhança com o haicai e a fotografia. Haicai é um poema de origem japonesa que faz referência a um elemento da natureza. Há, porém, outras possibilidades temáticas. O haicai registra um momento observado pelo poeta. A fotografia é o registro de uma imagem em curtíssimo tempo. Saudades Um sabiá cantou. Longe, dançou o arvoredo. Choveram saudades.* Helena Kolody *Faraco. Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura. 2003, p. 97. O que o conto registra? Qual é a matéria-prima do conto?

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1

IDENTIFICAÇÃO DO FOLHAS

NRE: Assis Chateaubriand

Nome do Professor: Deldina Baesso

Escola: Guimarães Rosa – Ens. Fundamental

Município: Assis Chateaubriand

e-mail: [email protected]

Fone: (44) 3528 2288

Disciplina: Língua Portuguesa Série: 8ª

Conteúdo Estruturante: Discurso enquanto prática social

Conteúdo específico: Ampliação do repertório de leitura do aluno

Título: As mil e uma histórias: o conto na sala de aula

Relação interdisciplinar: Geografia e História

Orientadora colaboradora da disciplina: Professora Valdeci Batista de Oliveira Melo

Você assiste a novelas? Na novela há várias histórias, vários conflitos.

Já no gênero narrativo conto há apenas um conflito.

O conto tem semelhança com o haicai e a fotografia. Haicai é um poema de

origem japonesa que faz referência a um elemento da natureza. Há, porém, outras

possibilidades temáticas. O haicai registra um momento observado pelo poeta. A

fotografia é o registro de uma imagem em curtíssimo tempo.

Saudades

Um sabiá cantou.

Longe, dançou o arvoredo.

Choveram saudades.*

Helena Kolody

*Faraco. Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura. 2003, p. 97.

O que o conto registra? Qual é a matéria-prima do conto?

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O fragmento abaixo é de uma canção do repertório sertanejo, Couro de boi.

É o conto em verso. Seus pais ou seus avós provavelmente a conheçam. A canção

é composta de duas partes: uma declamada e outra cantada. O trecho transcrito é a

parte cantada. Seus autores são Palmeira e Teddy Vieira.

Para o senhor se mudá O veinho comovido

Meu pai eu vim lhe pedi Pra não ver o neto chorando

Hoje aqui da minha casa Cortou o couro no meio

O sinhô tem que saí E pro netinho foi dando

Leve esse couro de boi O menino chegou em casa

Que eu acabei de curti Seu pai foi lhe perguntando

Pra lhe servi de cuberta Pra que você qué esse couro

Daonde o sinhô durmi Que seu avô ia levando?

O pobre veio calado Disse o menino ao pai

Pegou o couro e saiu Um dia vou me casá

Seu neto de oito ano O senhor vai ficar véio

Que aquela cena assistiu E comigo vem morar

Correu atrais do avô Pode ser que aconteça

Seu palitó sacudiu De nóis não se cumbinar

Metade daquele couro Essa metade de couro

Chorando ele pediu Vou dar pro senhor levar.

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ATIVIDADES

DISCUTINDO SOBRE O CONTO

1- Os textos narrativos nos dão pistas sobre as personagens, espaço, tempo, época

que retratam. Pela leitura do fragmento do conto, você consegue deduzir a idade do

avô? Qual seria, aproximadamente?

2- E este episódio na vida dele pode ter durado quanto tempo (minutos, horas,

dias)?

3- Partindo dessa constatação, em relação ao tempo que durou a história, você

consegue estabelecer uma relação com o haicai e a fotografia? Qual seria?

4- Pelo episódio, deduzimos alguns traços do caráter das personagens: filho ingrato,

esposa egoísta, velho solitário, neto observador. Exceto os observados no episódio,

é possível conhecer outros traços de personalidade das personagens envolvidas na

trama? Justifique.

HORA DE AUMENTAR NOSSO CONHECIMENTO

Como você deve ter percebido, no conto aparecem

várias palavras utilizada pelas personagens que se

diferenciam do que é tido como Português “correto”. Em

nossa Língua temos uma variedade chamada padrão e

muitas outras, como a que foi usada no conto, como o

dialeto gaúcho, o nordestino e outros.

Primeiro, você sabe o que é um dialeto? Dialeto é uma variedade regional ou

social de uma língua. Você deve ter ouvido falar de dialetos várias vezes, mas com o

nome de variedade, talvez variante. E por que, no Brasil, temos vários dialetos?

Sabe por que isso acontece? O Brasil é muito grande recebeu povos das

mais diferentes etnias que se concentraram em regiões específicas. Cada povo,

com sua língua de origem, misturada ao português falado aqui – que já estava

modificado pelo contato com a língua indígena - deu origem aos diferentes falares,

aos diferentes dialetos que temos no Brasil.

Veja que interessante é a formação do dialeto Gaúcho!

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A região onde hoje fica o Rio Grande do Sul, pelo Tratado de Tordesilhas,

pertencia à Espanha. Por interesses econômicos, portugueses passaram a habitar e

explorar essa região. Desse convívio entre espanhóis, portugueses e índios,

originou-se o que se chamou de “raça gaúcha” com uma cultura específica. Os

gaúchos procuravam não se identificar nem com os portugueses, nem com os

espanhóis e criaram um jeito próprio de falar, vestir e agir. Quanto ao falar, eles

tentavam mostrar aos castelhanos que falavam o português, e mostrar aos

portugueses que falavam o espanhol. Valiam-se também de muitas expressões

indígenas e pouquíssimas africanas (esta região do Brasil recebeu muito menos

africanos que o restante do país) e assim criaram uma linguagem híbrida

(proveniente de línguas diferentes).

Observe algumas características do dialeto Gaúcho (chamado também de

dialeto Crioulo Rio-Grandense):

– Termos espanhóis, portugueses e indígenas;

– A pronúncia do O e do E, produzida como no espanhol. No português seriam

alteradas para U e I. Ex; leite quente e não leiti quenti;

– O pronome lhe, quase sempre, é pronunciado “le”;

– O diminutivo inho, quase sempre, substituído por ito;

– Dificuldade em saber quando pronunciam B ou V.

No dialeto gaúcho há muitas palavras que brasileiros de outras regiões não

conhecem. Veja se você conhece alguma.

Afeitar – fazer a barba;

Aiga-tê – interjeição de surpresa que enaltece o que foi ouvido;

Bate-coxa – baile, dança;

Buenacho - muito bom, excelente, bondoso, cavalheiro;

Chiru (xiru) – índio velho, indivíduo de raça cabocla;

Cusco – cachorro pequeno e de raça ordinária;

Japiraca - mulher muito irritada;

Macanudo – bom, superior, poderoso, forte, inteligente, belo, rico, respeitãvel;

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ATIVIDADES

PARA ALÉM DO CONTO

1- E você? Comunica-se na variedade padrão ou utiliza-se de outro dialeto? Em sua

sala há alunos que falam “diferente”? Procure saber de onde vêm, sua cultura.

Assim descobrirá porque, no Brasil, há diferentes maneiras de as pessoas falarem.

O Brasil é tão grande que em alguns estados brasileiros podem caber várias

“Espanhas”, “Portugais” “Itálias”. Como você estudou na sexta série, o Brasil está

dividido em cinco regiões organizadas por elementos comuns naturais, históricos,

culturais, políticos, sociais, econômicos ou uma composição de vários desses

aspectos. Na fala também acontece algo semelhante: as pessoas de determinada

região têm um jeito diferenciado de falar, têm um dialeto característico.

ATIVIDADES

PARA ALÉM DO CONTO

1- No mapa do Brasil, ao lado, localize e pinte,

pelo menos, três estados ou regiões onde se

fala um dialeto específico e explique suas

especificidade.

Ex: O dialeto carioca é falado no Rio de Janeiro. Tem o R gutural (som emitido na

garganta); o S com som chiado, como em feishta (para festa) e a sílaba tônica da

palavra tem pronúncia “esticada”. Ex: amareeeeelo, mentiiiira

2- De que estado ou região provavelmente são as personagens do conto? Em que

dialeto se comunicam?

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ATIVIDADES

PARA ALÉM DO CONTO

1- Observe o artigo 37 do capítulo XIX do estatuto do idoso: O idoso tem direito à

moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de

seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou

privada.

Baseado nesse artigo em que, a atitude do filho transgride a Lei em relação ao seu

pai?

2- Na sociedade em que vivemos, o que é garantido em lei é vivido, de fato, pelas

famílias? Registre um fato, por escrito ou oralmente, que comprova sua resposta.

Você já leu algum texto de Dalton Trevisan? Os fragmentos abaixo são de um

de seus contos chamado Uma vela para Dario. Dalton Trevisan registra em suas

obras cenas da vida curitibana. Na biblioteca da escola há livros de contos desse

autor. Procure e leia Uma vela para Dario na íntegra.

[...]

Dario vem apressado, guarda-chuva no braço esquerdo. Assim que dobra a

esquina diminui o passo até parar, encosta-se a uma parede. Por ela escorrega,

senta-se na calçada, ainda úmida de chuva. Descansa na pedra o cachimbo.

[...] Ele reclina-se mais um pouco, estendido na calçada, e o cachimbo

apagou.

[...] O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a

fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-

chuva ou cachimbo a seu lado.

[...] Dario conduzido de volta e

recostado à parede – não tem os

sapatos nem o alfinete de pérola na

gravata.

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[...] É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o

rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.

[...] Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.

O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá-lo - os bolsos vazios.

[...] Apenas um homem morte e a multidão se espalha, as mesas do café

ficam vazias.

[...] Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na

pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança.

FARACO. Carlos Alberto. Português: língua e Cultura. 2003, p. 497-498

ATIVIDADES

DISCUTINDO SOBRE O CONTO E EXPRESSANDO OPINIÕES

No conto Couro de boi as personagens interagem dentro e fora de uma casa

em ambiente rural. Em Uma vela para Dario temos um outro local – trechos de uma

rua. Observe que no conto, o espaço é restrito ao conflito.

1- A história envolve várias personagens em torno do mal súbito e da morte de

Dario. Em que espaço físico essas personagens interagem? Que contradição existe

entre o fato (um homem morrer sem atendimento) e o local (rua movimentada) onde

se desenrola a história? Por que isso também acontece na vida real? Justifique.

2- Você notou que à medida em que os fragmentos se sucedem Dario é descrito

sem algum de seus pertences. O que sugere a supressão de seus objetos de uso

pessoal?

3- Determine aproximadamente em quanto tempo se dá a história. Alguma

semelhança com o haicai e com a foto?

Alguns contos, principalmente os antigos, têm a intenção de passar um

aconselhamento. Um exemplo disso é o conto Chapeuzinho Vermelho de Charles

Perrault, escrito em 1697. Leia o desfecho.

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O Lobo, vendo-a entrar, disse-lhe,

escondendo-se sob as cobertas: “Ponha

o bolo e o potezinho de manteiga sobre

a arca e venha se deitar aqui comigo”.

Chapeuzinho Vermelho despiu-se e se

meteu na cama, onde ficou muito

admirada ao ver como a avó estava

esquisita em seu traje de dormir. Disse a

ela: “Vovó, como são grandes os seus

braços!” “É para melhor te abraçar,

minha filha!” “Vovó, como são grandes

as suas pernas!”

“É para poder correr melhor, minha netinha!” “Vovó, como são grandes as

suas orelhas!” “É para ouvir melhor, netinha!” “Vovó, como são grandes os seus

olhos!” “É para ver melhor, netinha!” “Vovó, como são grandes os seus dentes!” “É

para te comer!” E assim dizendo, o malvado lobo atirou-se sobre Chapeuzinho

Vermelho e a comeu.

ZANCHET. Maria Beatriz. FORTES. Rita Félix. LOTTERMANN. Clarice. Tradição, estética e

palavra na literatura infanto-juvenil. 1996, p. 53-54.

ATIVIDADES

DISCUTINDO SOBRE O CONTO E EXPRESSANDO OPINIÕES

1- É provável que na 5ª série você tenha lido várias narrativas envolvendo animais e

que apresentavam esse tipo de desfecho - ensinar algo a alguém, dar uma lição de

moral. Lembra-se? Que nome dava a esses textos?

2- Hoje, assim como a mãe de Chapeuzinho Vermelho, as mães continuam

aconselhando os filhos. A mãe pediu que a garota não passasse pelo bosque. Quais

são os lugares onde sua mãe, pai ou pessoa responsável pedem que você não

freqüente?

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3- Observe esta fala da mãe de Chapeuzinho Vermelho: “E você bem sabe que eles

(os lobos) sempre estão com fome”. Dê três possibilidades de “lobos atuais” a quem

as crianças e adolescentes devem evitar?

4- Determine em quanto tempo, aproximadamente, acontece a história.

Agora é a vez de Machado de Assis,

considerado o maior contista brasileiro. Ele

escreveu Conto de Escola. No texto,

Raimundo oferece uma moeda a Pilar para

que lhe ensine uma lição de sintaxe.

Curvelo

observa a “transação comercial” e os delata ao professor Policarpo. O fragmento a

seguir é a parte em que Pilar e Raimundo são castigados pelo professor.

Você encontra esse conto na biblioteca da escola. Lá, há um livro de título

Contos, no qual Deomira Stefani faz uma seleção de contos de Machado de Assis.

Também é possível encontrá-lo na internet. Aqui você tem um fragmento, mas leia-o

na íntegra.

[...]

Aqui pegou da palmatória.

_ Perdão, seu mestre... solucei eu.

_ Não há perdão! Dê cá a mão! Dê

cá! Vamos! Sem-vergonha! Dê cá a mão!

_ Mas, seu mestre...

_ Olhe que é pior!

Estendi a mão direita, depois a esquerda, e fui recebendo os bolos uns por

cima dos outros, até completar doze, que me deixaram as palmas vermelhas e

inchadas.

Chegou a vez do filho, e foi a mesma cousa; não lhe poupou nada, dois,

quatro, oito, doze bolos. Acabou, pregou-nos outro sermão. Chamou-nos sem-

vergonhas, desaforados, e jurou que se repetíssemos o negócio, apanharíamos tal

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castigo que nos havia de lembrar para todo o sempre. E exclamava: Porcalhões!

Tratantes! Faltos de brios!

Eu por mim, tinha a cara no chão. Não ousava fitar ninguém, sentia todos os

olhos em nós. (...)

HORA DE AUMENTAR NOSSO CONHECIMENTO

No período histórico em que se passa a

história – 1840, o Brasil era bem diferente em

seus costumes e valores.

Naquele tempo nem tínhamos

presidente; a forma de Governo era a

Monarquia. Já tivemos até um imperador com

15 anos de idade.

ATIVIDADES

DISCUTINDO SOBRE O CONTO E EXPRESSANDO OPINIÕES

1- Pilar era um garoto que gostava de matar aulas. É castigado na escola por

ensinar um amigo em troca de dinheiro. No dia seguinte, indo à escola, é envolvido

pela companhia do batalhão de fuzileiros, tambor à frente, rufando, esquece a aula e

segue o batalhão. Houve uma transformação significativa em Pilar? Por quê?

2- Quanto tempo, aproximadamente, durou esse episódio na vida de Pilar?

3- Já falamos que a língua sofre transformação no espaço, tem características

diferentes em lugares diferentes. Observe como ela também muda no tempo. No

fragmento do conto - que se passa em 1840 - encontre termos ou expressões que

não são usados atualmente e quais usamos para substituí-los?

ATIVIDADES

PARA ALÉM DO CONTO

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1- Na época retratada pelo conto, um adolescente tornou-se imperador do Brasil.

Quem foi ele, por que assumiu o mais alto cargo de um país e como assumiu?

2- Na biblioteca da escola você encontrará um livro de título Sobrados e Mucambos

de Gilberto Freyre. Leia o terceiro capítulo, O Pai e o Filho. Você se surpreenderá

como se davam as relações, nada amistosas, entre pessoas tão próximas. Depois,

registre por escrito ou oralmente um paralelo com a relação que você tem com seus

pais ou pessoas responsáveis, hoje.

Na época de Pilar não havia nenhuma lei que tratasse dos direitos e deveres da

criança e do adolescente. Hoje, temos a Lei 8.069, de 13 de junho de 1990, o ECA -

Estatuto da Criança e do Adolescente – que dispõe sobre a proteção à criança e o

adolescente. No artigo 18º encontramos: É dever de todos velar pela dignidade da

criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano,

violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

3- Baseado nesse artigo, em que você acha que foram desrespeitados os direitos de

Pilar no conto?

4- Você encontra o ECA na biblioteca da escola ou na internet. Leia também os

artigos 3º, 4º e 5º.

VAMOS FAZER UM BALANÇO DO QUE APRENDEMOS SOBRE O CONTO?1- Nos contos você notou a presença de muitas ou poucas personagens?

2- Encontrou muita descrição de ambientes, pessoas, objetos?

3- O narrador faz julgamentos, dá opinião a respeito dos fatos, das personagens?

4- Qual a importância do espaço no conto?

5- A variedade da língua utilizada nos contos é sempre a padrão ou os autores se

servem das diversas variedades para retratar situações em diferentes lugares e

diferentes tempos?

6- Nos contos há muitos conflitos ou há apenas um envolvendo número reduzido de

personagens?

7 Quero propor a você um GRANDE desafio para finalizar este trabalho.

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– Crie algumas personagens oriundas de diferentes regiões do Brasil, de diferentes

grupos sociais. Pense em um conflito que as envolvam em um espaço físico

determinado e em um tempo específico. Utilize-se dos discursos indireto e direto

e produza um conto original

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSIS, Machado de. Contos. Sel. Deomira Stefani. 23. ed. São Paulo: Ática, 1997.

Couro de boi. Disponível em <http://www.letras.terra.com.br/zilo-e-zalo/518011> Acesso em: 19.nov. 2007.

DOMINGUES, Joelza Estér; LEITE, Layla Paranhos. Brasil Colônia e Império Uma

Perspectiva Histórica. São Paulo: FTD. Vol. 1.

Editora Moderna (org.). Projeto Araribá: Geografia – Obra Coletiva. São Paulo:

Moderna, 2007

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. 1. ed. Curitiba: Base, 2003.

.Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em:

<http://www.serasa.com.br/guiaidoso/107.htm> Acesso em: 29 nov. 2007.

PIRES, Felipe Simões. Gaúcho, O Dialeto Criolo Rio-Grandense. Disponível em: <http://www.orbilat.com/languages/portuguese-brazilian/dialects/brazilian_dialects-gaucho.html> Acesso em: 29 nov. 2007

O Estatuto do Idoso. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm> Acesso em: 29 nov. 2007.

ZANCHET, Maria Beatriz. FORTES, Rita Felix. LOTTERMANN, Clarice. Tradição,

estética e palavra na literatura infanto-juvenil. Cascavel: Gráfica da Unioeste, 1996.

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Parecer do Professor Colaborador 1Maria Sirlei Lombardi de Mello

A relação do Material Didático FOLHAS com o objeto de estudo de Geografia

está realmente contemplada: Divisão Política do Brasil. Há informações a respeito

de como é estabelecida essa divisão regional apontando os elementos que

concorrem para a mesma.

Além das informações trazidas, há atividades relacionando os dialetos às diferentes

regiões ou estados brasileiros onde são falados. Para resolver as atividades o aluno

deverá acionar conhecimentos já adquiridos sobre a divisão política do Brasil. O

conteúdo presente no material está contemplado nas DCEs Geografia e o grau de

complexidade é adequado ao público alvo: 8ª série.

Parecer do Professor Colaborador 2Soleiva Roque Maciel

O presente Material Didático FOLHAS é sobre contos. Um dos contos, Couro

de boi, privilegia uma variedade da Língua Portuguesa falada no interior,

principalmente por população da zona rural.

Aí entra a interdisciplinaridade com História. Há explicação de como surgiram

essas variedades da Língua Portuguesa e a descrição da origem do dialeto gaúcho,

dialeto encontrado numa região que foi motivo de disputa entre Portugal e Espanha;

do convívio com esses dois povos mais os indígenas da região nasce uma cultura

específica com hábitos e mesmo linguagem própria.

No FOLHAS há atividades sobre a formação dos dialetos ancorada na

correntes imigratórias que se fixaram no país, dando origem aos diferentes falares

do brasileiro.

O grau de complexidade é adequado ao público a que se destina e está

contemplado nas DCEs História que procura priorizar fatos que não receberam

atenção devida na História oficial.