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INF1403 – Introdução a IHC © Profa. Luciana Salgado

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Identificação de Necessidades dos Usuários e Requisitos de IHC

INF1403 – Introdução a IHC Aula 17

08/05/2013

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Recapitulando aula passada • Atividades básicas do Design de IHC e Processos de Design de

IHC (CAPÍTULO 4) – Quem é o usuário? – Ciclo de Vida em Estrela, Modelo em Cascata, Engenharia de

Usabilidade

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Projeto de Curso: tarefa para aula de hoje 1. Definição dos Grupos de Trabalho.

1. Quem são? 2. Definição do website. 3. Levantamento Informal de questões interessantes a explorar no

trabalho 1. Exemplos de temas e questões levantadas

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Necessidades, Expectativas, Valores, Cultura, Práticas Sociais: o Perfil do Usuário

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Recapitulando a meta-mensagem do designer • Segundo a Engenharia Semiótica, a interface – que representa o

designer em tempo de interação – comunica para os usuários uma mensagem elaborada, cujo conteúdo pode ser resumido como:

“Eis a minha visão de quem você é, o que aprendi que você deseja ou precisa fazer, de que formas preferenciais e por quê. Este é o sistema que conseqüentemente elaborei para

você, e esta é a forma como você pode ou deve usá-lo para

realizar um conjunto de objetivos que se enquadram nesta visão."

Esta parte depende de estudos para

CONHECER OS USUÁRIOS.

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Conhecer os usuários... • Que dados coletar? • De quem coletar dados? • Como coletar dados de usuários?

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Essa é a minha visão de quem você é.....

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Começando a descobrir: que dados coletar? O que é importante saber sobre o usuário?

• Esta pergunta ‘não tem fim’. Mas, obviamente temos de delimitar o

seu escopo. O que é importante saber sobre o usuário?

• Queremos saber do usuário tudo e somente aquilo que tem a ver com o uso que ele fará da tecnologia: – sua propensão a aceitar ou rejeitar a tecnologia, – as conseqüências que a tecnologia pode trazer para a sua vida

profissional e pessoa, el – sua experiência objetiva e subjetiva ao interagir com a tecnologia

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Começando a descobrir: que dados coletar? O que é importante saber sobre o usuário?

• Não queremos (e não temos o direito de querer) saber detalhes

da vida pessoal dos usuários que não têm nada a ver com a nossa concepção de tecnologia. – Por exemplo, raramente nos interessa saber se o usuário é do sexo

masculino ou feminino (tendo em vista que pouquíssimas interfaces são customizada para diferenciar o gênero do usuário).

– Definitivamente não nos interessa saber o número de documentos e contas pessoais dos usuários.

– Raramente se justifica tentarmos descobrir quais as preferências políticas e religiosas de um usuário. Designer de

sistema não tem salvo-conduto

para ser bisbilhoteiro.

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Dois erros comuns no levantamento de perfil de usuários 1. Indagar aos usuários dados que não têm a menor influência sobre

o design da tecnologia. Por exemplo: • Idade: quando a tecnologia não diferencia a interação para usuários

de faixas etárias distintas. • Nome: NUNCA se justifica registrar o nome de usuários entrevistados

em etapas de estudos de usuários. 2. Indagar aos usuários dados que IMPORTAM, mas não fazer nada

com eles. Por exemplo: • Familiaridade com outras tecnologias: descobrir que todos os

usuários não têm familiaridade com aplicações de software livre, mas todos usam telefones celulares, e projetar uma interface seguindo padrões adotados pela comunidade de desenvolvedores de software livre que nada têm a ver com interfaces para celulares.

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Todo projeto de tecnologia tem de começar por entender os usuários Os designers não devem fazer estudos ‘para confirmar’ o que já

(acham que) sabem... ... mas, para simplesmente saber (mais sobre) quem são as pessoas a quem pretendem beneficiar.

• Estudos com usuários costumam apontar muito mais para AS DIFERENÇAS do que para AS SEMELHANÇAS entre os usuários. – Todo designer de tecnologia deve preparar-se para lidar com a

diversidade. – Exemplos

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Começando a descobrir: de quem coletar?

• O próprio olhar – Perguntar para as próprias pessoas

• O olhar do outro

– Perguntar para quem tem contato ou interação com estas pessoas

– Observar as pessoas na situação

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Técnicas para estudar usuários – visão geral • Entrevistas

– Coletar informações detalhadas e profundas de usuários individuais. • Permite coletar muitas informações dos usuários individualmente. • Flexível

• Questionários – Coletar rapidamente dados (principalmente quantitativos) de muitos

usuários. • Permite coletar informações de muitos usuários • Pode ser rápido e fácil analisar os dados • barato

• Grupos de Foco – Avaliar atitudes, opiniões e impressões dos usuários

• Permite coletar informações de muitos usuários simultaneamente

• Estudos de Campo – Entender usuários, seu ambiente e suas tarefas em contexto.

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Técnicas para estudar os usuários (1) • Entrevistas e Questionários

– Presenciais ou mediados por tecnologia (por exemplo: telefone, chat, correio eletrônico, formulários na web)

– Entrevistas • Fechadas (com perguntas com seqüência e teor pré-estabelecidos), • abertas (onde ordem e teor das perguntas podem ser adaptadas durante a

entrevista), ou • semi-abertas (com parte aberta e parte fechada)

– Questionários • Com respostas abertas (o respondente pode escrever o que quiser),

fechadas (o respondente tem de escolher uma das respostas previamente estabelecidas) ou semi-abertas (o respondente marca uma opção pré-estabelecida, mas pode escrever um texto explicando ou esclarecendo sua resposta).

– Pecado capital e evitar sempre: INDUZIR RESPOSTAS dos participantes.

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Exemplos: Técnicas para colher a “fala” das pessoas • Entrevistas abertas

– Perguntas que deixam AMPLA margem de resposta para o entrevistado, sem induzir respostas presumidas pelo entrevistador. Veja a diferença entre:

“Você acha que o Chrome é melhor do que o Firefox?” (parte da premissa de que alguém acha que o Chrome é melhor)

“Como você compara os navegadores Chrome e Firefox?” (não presume que qualquer um dos dois seja melhor que o outro)

• Questionários fechados

− Perguntas que deixam margem CONTROLADA de variação nas respostas. Veja o exemplo:

Você acha que o Chrome e o Firefox: (a) São igualmente bons (b) São igualmente ruins (c) São tão bons um quanto o outro (d) Diferem porque o Chrome é melhor (e) Diferem porque o Firefox é melhor

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Perguntar para as próprias pessoas Como perguntar e o que perguntar

Questões de ética & polidez • NUNCA fazer perguntas que “invadem a privacidade” do entrevistado. • NUNCA colocar o entrevistado em situação constrangedora (ao falar de si

ou de terceiros). • NUNCA discutir com o entrevistado, confrontá-lo ou desafiá-lo, mesmo

diante de evidências claras de que ele caiu em contradição (explorar a contradição como indicador de que há mais significados a serem explorados).

• SEMPRE tratar o entrevistado com a máxima polidez e respeiro; lembrar de que ele está fazendo um FAVOR ao entrevistador; não tem qualquer obrigação de colaborar.

• SEMPRE interromper ou encerrar a entrevista ao sinal de irritação, impaciência, nervosismo, constrangimento, ou qualquer outro tipo de desconforto evidenciado pelo entrevistado.

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A escala de Lickert • Métrica para avaliar o posicionamento do respondente em relação a

uma afirmação proposta (muito usada em surveys, pesquisas de opinião). – Exemplo

O Chrome e o Firefox são navegadores muito parecidos entre si. [1] Concordo totalmente [2] Concordo quase totalmente [3] Corcordo e discordo [4] Discordo quase totalmente [5] Discordo totalmente

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O Survey Monkey – Tecnologia free para questionários online

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Técnicas para estudar os usuários (2) Focus Groups (Grupos de Foco)

– Reunir grupos de usuários para ter uma conversa focada sobre questões relativas à tecnologia.

• Experiência do SERG no projeto ICDL-Brasil – Preparação da Entrevista

» Identificação de Participantes » Roteiro das discussões » Elaboração de termo de consentimento » Preparação das gravações (áudio/vídeo)

– Análise de resultados » Múltiplas sessões assistindo à gravação da reunião » Transcrição das falas dos participantes (opcional)

– A pessoa que conduz a conversa tem de saber ‘entreter’ um grupo (não pode ser uma pessoa tímida, insegura, sem capacidade de interessar um grupo).

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Cena de focus group no SERG Anonimato e Privacidade

– Preservação da identidade / imagem dos participantes

• Só os pesquisadores têm acesso à identidade dos participantes e não podem divulgá-la sob hipótese nenhuma.

– Ninguém é OBRIGADO a falar sobre dados que acha ‘pessoais e particulares’; os pesquisadores sempre devem evitar perguntas pessoais.

pesquisadora

participantes

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Técnicas para colher a ação das pessoas • Usadas em estudos etnográficos

– Anotações do observador – Fotos e vídeos

Em situações de laboratório (artificiais, controladas) Em campo (naturais, livres)

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O que nos diz o olhar “do outro” • O que as pessoas “dizem que fazem” não necessariamente

coincide com o que podemos observar que elas fazem. – Elas podem ter consciência da contradição em alguns casos, mas na

maioria das vezes não têm.

– A contradição é importante! Na realidade, tanto o que elas dizem que fazem, quanto o que realmente fazem, é significativo e deve ser levado em consideração. Por quê?

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Observação de usuários • Usando outras tecnologias

– Em atividades livres ou induzidas pelos pesquisadores • As tecnologias têm de ter alguma relação clara com aquela que se pretende

projetar e desenvolver. • Usando protótipos/versões anteriores da tecnologia

– Em atividades livres ou induzidas pelos pesquisadores • Quando se trata de protótipos, eles podem ser de alta ou baixa fidelidade:

alta fidelidade é quando se assemelham muito ao estado final da tecnologia acabada; baixa finalidade é quando se trabalha com ‘simulacros’ da tecnologia usando-se outros materiais (por exemplo maquetes, slides, folhas de papel ou cartolina, etc.).

• Observações ‘em campo’ podem ser muito difíceis – O caso mais claro é o que envolve tecnologias móveis

• Celulares, iPods, etc.

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Observando usuários em campo

Atenção ao que é preciso fazer para registrar o que o usuário está experimentando!

Fonte: http://www.jvrb.org/3.2006/grapp2006specialissue/777

Mas, a observação em ‘ambiente natural’ nem sempre é difícil.

Fonte: http://www.davidthedesigner.com/davidthedesigner/2008/03/index.html

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TRIANGULAÇÃO • Técnica de contraste entre diferentes fontes, perspectivas ou

circunstâncias de coleta de dados referentes ao mesmo fenômeno. – Apesar do nome evocar o número ‘3’, a triangulação não é

necessariamente uma relação entre 3 pontos: o fenômeno (ou fato); um primeiro conjunto de evidências coletadas; e um segundo conjunto de evidências coletadas.

– Se houver mais conjuntos, a “triangulação” pode ficar ainda mais rica e melhor.

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Processo de preparação de coleta de dados • Definir o objetivo claro da coleta:

O que se quer saber? Por quê?

• Definir ou elaborar o método de coleta: Observação da ação situada? Relato do próprio? Relato dos demais? Outro?

• Definir ou elaborar a técnica de coleta: Entrevista (aberta/fechada)? Presencial, síncrona? Questionário (impresso/eletrônico)? Gravação (vídeo/áudio) / registro estático (foto)? Outra?

• Realizar teste-piloto do método+instrumento e refiná-lo até ficar bom.

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Cenários – histórias para ‘se ligar’ com o usuário

• A técnica de ‘cenários’ é muito usada em IHC para estimular a imaginação de designers e usuários a respeito de aspectos possíveis e relevantes do uso da tecnologia. – Cenários são narrativas fictícias, mas plausíveis, ricas em contexto

e interesse, com pesonagens realistas, com os quais participantes de sessões de estudo sobre a experiência dos usuários podem se identificar sem dificuldade.

– Cenários contêm uma forte provocação para a ação (ou reflexão sobre ela) e são normalmente apresentados por escrito aos participantes de uma sessão de estudo.

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Exemplo de um cenário útil “Pedro está no segundo período do Bacharelado em História da

Faculdade Fonte do Saber. Ele lida com computadores e Internet desde os 10 anos e chegou mesmo a pensar em fazer Informática. Porém, ao conversar com um primo que faz Informática, descobriu que as disciplinas que ele estuda são muito chatas: na realidade entram em tipos de detalhes que ele acha insuportáveis. Mas, Pedro gosta de programar ou de alterar programas – faz websites para os amigos, já instalou softwares de grupo sozinho, e fez até um curso online de PHP.

Recentemente, Pedro ouviu um amigo falar de ‘mashups’. O amigo contou maravilhas: disse que ‘meshups’ permitem que qualquer um com um mínimo de conhecimento desenvolva, por exemplo, sites que mapeiam endereços de apartamentos para alugar sobre as imagens do Google Earth! Pedro ficou logo louco para saber o que é isto e foi para a URL que seu amigo indicou na Wikipedia.

Se você fosse Pedro, como exploraria os recursos que estão no endereço http://en.wikipedia.org/wiki/Mashup da Wikipedia?

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Exemplo de um cenário nada útil “Você está interessado em conhecer sobre mashups, uma tecnologia

que permite combinar e modificar conteúdos digitais disponíveis na web. Você tem conhecimentos razoáveis de informática e por isto quer descobrir que tipo de coisa pode fazer com mashups.

Visite o endereço http://en.wikipedia.org/wiki/Mashup e mostre como

procederia para descobrir o que lhe interessa.” Problemas do cenário:

– Informação paupérrima sobre quem é o personagem do cenário. – Provavelmente o participante da sessão de estudos sobre a experiência

do usuário não vai entender o que se espera dele e vai se desinteressar.

– Mesmo que ele faça alguma coisa, com a pobreza de dados de contexto do cenário, é difícil analisar as motivações que o participante teve para agir como agiu.

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Exemplo de cenário totalmente errado “Você está interessado em conhecer sobre mashups, uma tecnologia

que permite combinar e modificar conteúdos digitais disponíveis na web. Você tem conhecimentos razoáveis de informática e por isto quer descobrir que tipo de coisa pode fazer com mashups.

Você abre seu browser e vai para a página http://en.wikipedia.org/wiki/Mashup da Wikipedia. Lá você primeiro visita todos os links que aparece no texto, Ao visitar o link ‘Mashup (web application hybrid)’ você o acha o mais interessante e se detém na parte que fala de editores de mashups.

Mostre como você faria isto.”

Este cenário não serve para muito mais do que saber se o participante

sabe ler.

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Para dia 15/maio • Decisão sobre o Foco do trabalho e Cenário V.0

– Escreva um Cenário de Problema e de Interação da porção selecionada do site escolhido para Projeto de Curso.

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Roteiro Geral do Trabalho em grupo de 3 (mínimo) ou 4 integrantes (máximo) 1. Escolher um website:

• Com problemas relevantes de interação; e • Destinado a usuários dos quais vocês possam identificar e contactar com

facilidade 2 ou 3 representantes dispostos a colaborarem com entrevistas e testes em pelo menos duas sessões de até 45 minutos.

2. Selecionar porção crítica e avaliar o website: • Através de técnica(s) de inspeção; e • Através de entrevista com 2 ou 3 usuários-colaboradores.

3. Conceitualizar o Re-Design: • Re-modelar Tarefa(s); • Re-modelar Interação; e • Re-modelar Interface.

4. Elaborar e Avaliar Protótipo: • Construção da representação concreta do Re-Design; e • Teste do protótipo junto aos 2 ou 3 usuários-colaboradores.

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Referência Bibliográfica • Capítulo 4 e 5

BARBOSA, S.D.J.; SILVA, B.S. Interação Humano-Computador. Editora Campus-Elsevier, 2010.