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Rui Santo <[email protected] >; < [email protected] > Página 1 de 20 < www.galaxiacriativa.com.br > IDEIAS PARA INOVAÇÃO - como escolher. MENOS É MAIS, MAS NADA É TUDO. “Quantas coisas são consideradas impossíveis até que sejam realizadas?” – Plinio. Hist. Nat. Já se afirmou que o mundo é governado pelos números. Conheço isto: os números nos dizem se ele está sendo bem ou mal governado. Goethe. RUI SANTO COMENTÁRIO INICIAL Este artigo foi apresentado 1 em out. de 2012, separado em quatro partes com o titulo É possível quantificar uma ideia para inovação? Após uma revisão geral, reapresenta- mos de forma reduzida e resumida, em uma única parte. O artigo oferece métodos de medição de ideias que enfraquecem os riscos e as incertezas das inovações e especi- almente facilitam as decisões entre as opções de ideias. Você também pode assistir ao vídeo 2 de 50 min. onde dois métodos e erros de decisão são apresentados devido à ausência de quantificação de ideias. RESUMO Este artigo apresenta cinco métodos de QUANTIFICAÇÃO DE IDEIAS ®© , os quais nos condu- zem ao milenar “Sentido Universal de Direção de Ideias para Inovação ®© ”, desejada pelo usuário / consumidor, de onde emerge o Periscópio do Futuro ®© que permite a previsão do futuro imediato de produtos e serviços. O texto também apresenta o pri- meiro instrumento ®© para medição de ideias, uma balança de três pratos que ressalta onde há desequilíbrio entre os elementos fundamentais da inovação: esforços, valores humanos e preços. Com esta metodologia ficam facilitadas as decisões sobre ideias para inovações, afastando-se métodos impróprios que nos conduzem a altos riscos e incertezas. Estas práticas estão amparadas em diversos princípios, a maioria da física, entre os quais: Princípio de Conservação de Energia, Princípio de Mínima Ação (Mau- pertuis), Princípio da Economia de Esforços©®, Navalha de Occam, Princípio da Sim- plicidade, Produção Enxuta, além de conceitos e práticas milenares incluídas no nosso DNA. 1 Neste blog ( www.galaxiacriativa.com.br ) há dados para o leitor entrar em contato, caso queira explicações, contratar cursos e treinamentos sobre o tema. 2 http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=2NFHZ5km-yg# !

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Rui Santo <[email protected] >; < [email protected] >

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< www.galaxiacriativa.com.br >

IDEIAS PARA INOVAÇÃO - como escolher.

MENOS É MAIS, MAS NADA É TUDO.

“Quantas coisas são consideradas impossíveis até que sejam realizadas?” – Plinio. Hist. Nat.

Já se afirmou que o mundo é governado pelos números. Conheço isto: os números nos dizem se ele está sendo bem ou mal governado. Goethe.

RUI SANTO

COMENTÁRIO INICIAL

Este artigo foi apresentado1 em out. de 2012, separado em quatro partes com o titulo

É possível quantificar uma ideia para inovação? Após uma revisão geral, reapresenta-

mos de forma reduzida e resumida, em uma única parte. O artigo oferece métodos de

medição de ideias que enfraquecem os riscos e as incertezas das inovações e especi-

almente facilitam as decisões entre as opções de ideias. Você também pode assistir ao

vídeo2 de 50 min. onde dois métodos e erros de decisão são apresentados devido à

ausência de quantificação de ideias.

RESUMO

Este artigo apresenta cinco métodos de QUANTIFICAÇÃO DE IDEIAS®©, os quais nos condu-

zem ao milenar “Sentido Universal de Direção de Ideias para Inovação®©”, desejada

pelo usuário / consumidor, de onde emerge o Periscópio do Futuro®© que permite a

previsão do futuro imediato de produtos e serviços. O texto também apresenta o pri-

meiro instrumento®© para medição de ideias, uma balança de três pratos que ressalta

onde há desequilíbrio entre os elementos fundamentais da inovação: esforços, valores

humanos e preços. Com esta metodologia ficam facilitadas as decisões sobre ideias

para inovações, afastando-se métodos impróprios que nos conduzem a altos riscos e

incertezas. Estas práticas estão amparadas em diversos princípios, a maioria da física,

entre os quais: Princípio de Conservação de Energia, Princípio de Mínima Ação (Mau-

pertuis), Princípio da Economia de Esforços©®, Navalha de Occam, Princípio da Sim-

plicidade, Produção Enxuta, além de conceitos e práticas milenares incluídas no nosso

DNA.

1 Neste blog ( www.galaxiacriativa.com.br ) há dados para o leitor entrar em contato, caso queira explicações, contratar cursos e treinamentos sobre o tema. 2 http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=2NFHZ5km-yg#!

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APRESENTAÇÃO GERAL De qualificar se obtêm incerteza, mas de QUANTIFICAR decorre clareza, discernimento, certeza e exatidão.

Qualificar ideias é necessário, mas insuficiente e ineficiente. Os estudos e pesquisas3

confirmam que entre 50% e 94% de ideias qualificadas pelos “gestores4” por maravi-

lhosas, excelentes, geniais, úteis, boas,..., levam a perdas de toda ordem (financeira,

motivacional, confiança, descrédito na marca, desvalorização na bolsa de valores,....

etc.), as quais são atribuídas ao “risco e incerteza” característicos da inovação.

Mas tais características devem-se essencialmente a metodologia utilizada, que é ina-

dequada em qualquer prática.

Por exemplo, se você quer dar um presente para sua namorada e compra um objeto

de “sua conveniência” (risco 1) e do “seu gosto” (risco 2) o resultado só pode ser [(al-

to risco)2]. Até um presente vira “alto risco e incerteza” com a metodologia que se

concentra em qualificação subjetiva e preferências no próprio umbigo, praticada por

empresas que querem ser inovadoras.

Só “por acaso ou por sorte” sua namorada vai gostar do presente...

A incerteza e alto risco não são inerentes à inovação. Em absoluto!

Mas a metodologia que se baseia no próprio umbigo e em qualificações

subjetivas é de alto risco em qualquer tema que seja aplicada.

Ao mudarmos a metodologia, minimizamos a insegurança na ideia e, consequente-

mente, enfraquecemos o risco e a incerteza nos resultados da inovação. Se procurar-

mos um presente da conveniência e do gosto da namorada (a usuária do beneficio),

os riscos e as incertezas praticamente desaparecem.

Akio Morita globalizou a Sony ao entender e praticar o foco do consumidor / usuário e

não o umbigo da empresa - as preferências dos gestores.

Não é que o risco não existe, afinal, até para ir à padaria da esquina há risco, diria

Peter Drucker. Mas o risco admissível na inovação deve ser tanto quanto um carro de

sucesso fabricado há 10 anos e que deve fazer recall por um erro de montagem no

modelo deste ano. O risco da inovação não deve ser maior que isso (pequeno, locali-

zado e eventual).

3 Autores que informam o alto nível de perdas financeiras das empresas com ideias para inovação:

Trías de Bes, Fernando; Kotler, Philip. A Bíblia da Inovação. Princípios fundamentais para levar a cultura da inovação contínua às organizações. São Paulo: Editora Leya. 2011. Tidd, Joe, Bessant, John e Pavitt, Keith. Gestão da Inovação. Porto Alegre: Bookman, 2008. 4 Para facilitar a leitura e eliminar repetições “gestor (es)” significará, onde aplicável, inovadores, empreendedores, gerentes /diretores de inovação, responsáveis por investimentos, investidores – angels, pesquisadores, cientistas, in-ventores, “policy-makers”, grupos criativos e todos os profissionais que lidam com ideias para inovação, os quais estão localizados em alguma divisão da Hélice Tripla (empresas públicas, privadas e corporações globais / governos em todos os níveis e ONG’s / universidades, centros de pesquisas e núcleos de investigação).

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Para diminuir os riscos e incertezas criamos cinco maneiras de calcular/QUANTIFICAR

IDEIAS do ponto de vista do usuário / consumidor, as quais são ensinadas há anos em

diversos MBA’s.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

1- É comum ouvir-se que é “impossível” medir ideias. Nada mais falso por dois moti-

vos. O primeiro é que todos nós fazemos medições de tudo que nos é proposto, intui-

tivamente. Esta teoria traz para o campo do visível, o processo intuitivo que pratica-

mos naturalmente, desde sempre. O segundo é que este não é o primeiro método pa-

ra medir ideias. Nunca é demais lembrar que para Aristóteles, movimento, temperatu-

ra, calor, velocidade eram qualidades impossíveis de serem medidas....

2- QUANTIFICAR UMA IDEIA significa “calcular através de formulação matemática o valor

numérico da ideia com sua respectiva unidade de medida” que está sendo considerada

/ apreciada / classificada para ser transformada em inovação.

3- IUR®© é a unidade de medida que QUANTIFICA CADA IDEIA, as quais devem ser calcu-

ladas matematicamente antes que qualquer centavo seja gasto nela.

4- Tratamos inovações como derivadas de ideias, isto é, não existe inovação sem que

tenha havido a ideia correspondente. Aquilo que nenhum criativo idealizar, ninguém

compra, vende, ensina, estuda, discute,... Ninguém nada!

Confúcio explicou essa máxima há 2.500 anos, reafirmada em 2009 no Ano Europeu

da Inovação.

5- Evite confundir QUANTIFICAÇÃO DE UMA IDEIA com enumeração de ideias obtidas em

brainstorming, Open Innovation, Cocriação ou qualquer método de farta produção de

ideias, nem tampouco com Taxas de Retornos da Inovação - ROI.

Exemplos práticos e diferenças entre QUANTIFICAR e Enumerar:

Diferença entre “QUANTIFICAR CADA IDEIA” e “Enumeração de ideias”

QUANTIFICAR cada ideia: Enumeração de ideias obtidas em brains-

torming (ou Open Innovation, Cocriação ...)

Ideia I – 23.115,00 iur®©. Brainstorming A = 12 ideias obtidas.

Ideia II – 493.999,00 iur®© Brainstorming B = 27 ideias obtidas.

Ideia III –1.259.098,00 iur®© Brainstorming C = 84 ideias obtidas.

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6- A ideia deve ser avaliada qualitativamente e QUANTITATIVAMENTE.

O conjunto das duas propriedades minimiza ao ínfimo a incerteza das ideias destina-

das à inovação, se e somente se for realizada do ponto de vista do usuário / cliente,

aquele que desde sempre decide qual inovação quer utilizar para realizar suas ações e

alcançar seus objetivos.

7 - O nome da teoria é “Teoria das Ideias Autocomparadas – T.I.A.©®”, uma vez

que cada usuário “se autocompara através de três características físicas” no modo

como alcançam os resultados que desejam e optam por aquele método que lhes exige

os menores esforços físicos (consumo de energia), menores esforços temporais (con-

sumo de seu tempo) e menores esforços devidos a movimentos / deslocamentos. A

teoria tem sido testada durante mais de 10 anos de pesquisas, exercícios, aulas, trei-

namentos, etc.

8- As QUANTIFICAÇÕES DAS IDEIAS só podem ser feitas como são apresentadas, embora

possamos prever o caminho para o futuro da ideia (0,00 iur®©).

Exemplo 1- aplicado a produto: a ideia da alça para erguer malas mudou completa-

mente a QUANTIFICAÇÃO DA IDEIA dos baús, referências dos usuários. O acréscimo de

rodinhas às malas mudaram as QUANTIFICAÇÕES novamente. A alça de aço que permite

arrastar a mala com rodinhas mudou a QUANTIFICAÇÃO pela terceira vez. A posição do

zíper de abertura muda completamente a QUANTIFICAÇÃO de esforços do usuário para

“abrir a mala”, e, por conseguinte, a escolha / aceitação do usuário à mala.

Exemplo 2 – aplicado à modelo de negócio: no inicio os correios foram um grande fra-

casso porque era o receptor que deveria pagar a carta, que, por não saber o conteú-

do, não tinha nenhum interesse em pagá-la. A ideia faliu! Mas quando o emissor pas-

sou a pagar o envio, como ocorre hoje, o sucesso surgiu. A QUANTIFICAÇÃO de esforços

do ”cliente (receptor / destinatário)” da carta foi à zero (0,00 iur) e ele passou a abri-

la e tomar conhecimento do conteúdo.

Assim, só é possível QUANTIFICAR IDEIAS do modo como são apresentadas. Uma simples

alça ou modelo de negócio pode mudar todo o resultado da ideia.

9- Utilizamos exemplos simples para facilitar a compreensão. Porém, nada impede a

aplicação destes conceitos no projeto de uma usina nuclear ou na cirurgia das coroná-

rias, que, aliás, já são praticadas. Até a presente data, não encontramos nenhum te-

ma onde a QUANTIFICAÇÃO DE IDEIAS não possa ser aplicada.

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Enquanto a inovação se sustentar em ideias avaliadas pelos “gestores” e apenas pela

propriedade qualitativa (subjetiva) continuará sendo de alto risco, caracterizada pela

incerteza e com perdas de todos os tipos.

É como caminhar em uma corda bamba sem rede de proteção.

Em até 94% dos casos, morre! Só por sorte (6%) sobrevive!

È indispensável acrescentar a propriedade “QUANTITATIVA” (objetiva) e realizar as du-

as avaliações das ideias (qualitativa e QUANTITATIVA) do ponto de vista do usuário.

Assim, minimizamos ao ínfimo o risco, a incerteza e as perdas.

É como caminhar em duas cordas – uma bamba e uma firme - com ideias sustenta-

das pela rede de proteção do usuário.

“Os números, a primeira vista, são símbolos de quantidades desprovidas de qualida-

des, e é por isso que são tão uteis” – Alfred W. Crosby.

“Digo com frequência que, quando podemos medir aquilo de que falamos e expressá-

lo em números, sabemos algo a seu respeito, mas quando não podemos expressá-los

em números, nosso conhecimento é de natureza escassa e insatisfatória”- Lord Kelvin.

“A matemática é o portão e a chave do conhecimento. A matemática é nosso guia in-

falível, inclusive para a Teologia” - Roger Bacon, Sec. XIII.

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PRIMEIRO METODO DE QUANTIFICAÇÃO DE IDEIAS.

"Todo grande progresso da ciência resultou de uma nova audácia da imaginação". John Dewey.

“Saber o que medir e como medir faz o mundo menos complicado” – Freakonomics.

RESUMO

O Primeiro Método apresenta os conceitos essenciais da Teoria das Ideias Auto-

comparadas - T.I.A. ©® que permite o cálculo numérico (QUANTITATIVO) de cada i-

deia acompanhada de sua unidade de medida – IUR©®, criada para tal. O método ain-

da identifica e clarifica a existência de um “Sentido Universal de Direção de Ideias pa-

ra Inovação©®” que desde sempre, conduz as ideias para aquelas desejadas pelo u-

suário / consumidor, respeitando princípios universais, que veremos oportunamente.

Para QUANTIFICAR IDEIAS no primeiro método usamos as seguintes fases:

I – Definição do ponto de referência da ideia.

II- Método popular de medição QUANTITATIVA DE IDEIAS, as referências dos usuários e

suas preferências.

III- Equivalência entre os métodos dos usuários e a formulação matemática.

IV- Periscópio do Futuro.

V- Dilema do Gestor de Inovação – solucionado!

I – DEFINIÇÃO DO PONTO DE REFERÊNCIA DA IDEIA.

O HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS - Axioma de Protágoras de Abdera, 480 a.C. “O esforço para conservar a si mesmo é o primeiro e o único fundamento da virtude”- Spinosa.

Para se calcular ideias é indispensável considerar um padrão a ser utilizado como refe-

rência para todos os cálculos matemáticos de todas as ideias de cada produto / servi-

ço ou o que for. O ponto considerado naturalmente é o ser humano, o corpo do usuá-

rio5 em última instância. Ao fim e ao cabo é ele que efetivamente utiliza a ideia trans-

formada em inovação, material ou imaterial.

Assim, é em relação ao corpo humano do usuário - “o foco, a referência” – que as i-

deias são QUANTIFICADAS.

A primeira condição para se QUANTIFICAR IDEIAS

é referi-las ao corpo humano do usuário.

5 Para Focault, o corpo humano é a última redução possível. Podem-se acrescentar vários filósofos que consideraram o corpo humano

como a essência dos processos ou a dualidade – humano / objeto. Entre outros se podem mencionar Kant, Schopenhauer, Berkley,

Descartes, Marx, etc. etc. A física quântica também considera a importância do corpo humano ao descrever a alteração que sua pre-

sença trás às medições que são realizadas no mundo microscópico. Poderíamos acrescentar os estudos Frederick Taylor em Administração

Científica, que levam em conta o corpo humano na produção de bens, normalmente tratada em cursos de O& M. A lista continua...

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II- MÉTODO POPULAR DE MEDIÇÃO “QUANTITATIVA DE IDEIAS” - AS REFE-

RENCIAS DOS USUARIOS E SUAS PREFERÊNCIAS.

Milenarmente, a decisão de uso dos objetos pertence ao usuário, que sempre opta

pelos produtos e serviços que lhe são mais cômodos, rápidos, práticos e / ou fáceis de

utilizar. Considere que era o próprio usuário quem construía seus objetos e os fazia de

modo a ser mais “econômico em esforços” para si. Desde o homem das cavernas até a

revolução industrial, cada um fazia seu próprio arco e flecha, seu abrigo e sua foguei-

ra. Esse é um conceito atávico, que permanece na alma do humano. Por isso pode-se

afirmar que sempre foi assim, nunca foi diferente. Hoje, quando o usuário avalia um

objeto, intuitivamente “QUANTIFICA” se é “econômico matematicamente” para si, como

se ele tivesse produzido tal ideia.

Caro leitor, você QUANTIFICA suas todas as suas novas atividades, intuitivamente,

embora não perceba.

Ao longo desses anos os alunos têm trazido objetos (e serviços) que, embora pareçam

ter essas características, de fato não têm e acabam guardados nos armários de suas

casas, na caixa original, em estado de novo em folha, sem uso e esquecidos para

sempre. Exemplos: iogurteira elétrica, churrasqueira que não fumaça, panela de fazer

pipoca, equipamento de limpeza a vapor, escova de dente elétrica, etc.

A quantidade de exemplos identificada pelos alunos é enorme.

Na linguagem popular deixamos de utilizar tais objetos por que eles não são:

CÔMODOS, RÁPIDOS, PRÁTICOS e/ou FÁCEIS, embora pareçam.

Ao se autocomparar, o usuário conclui que o novo produto / serviço não é “mais cô-

modo, mais rápido, mais fácil e/ou mais prático” que o anterior. O usuário faz, incons-

cientemente / intuitivamente, um “cálculo matemático de seus esforços através da

autocomparação” e opta pelo método que lhe exige os menores esforços.

A percepção (balança) do usuário é muita aguçada sob o aspecto de economia de es-

forços, a ponto de considerar (pesar) “um único esforço adicional como equivalente a

três diminuições de outros esforços”, de acordo com Daniel Kahneman e Tversky –

Nobel de Economia/2002, apresentado em Gourville, 20066.

6 Gourville, John T. Vendedor Afoito & Comprador Arisco – A psicologia da adoção de novos produtos. São Paulo: Revista Harvard

Business Review - Brasil, v.84, n.06. P.67–75, 2006/jun.

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Assim, temos dois pontos de referência. O primeiro é o próprio corpo humano do usu-

ário / cliente. O segundo é o nível de esforços que o produto / serviço que já conhe-

cemos, requisita-nos para alcançarmos os resultados desejados e que é utilizado para

comparação com novos produtos \ serviços, etc. Os pontos de referência são cruciais

para o entendimento desta metodologia. Voltaremos a eles diversas vezes.

III- EQUIVALÊNCIA ENTRE OS MÉTODOS DOS USUÁRIOS E A FORMULAÇÃO

MATEMÁTICA.

Assim, transformamos os termos subjetivos utilizados pelos clientes (cômodo, rápido,

prático, fácil,...) em elementos da física, mensuráveis e inseparáveis: Energia, Tempo

e Movimento.

Comprovadamente, os usuários preferem produtos e serviços que lhes entreguem os

resultados desejados com o menor consumo de suas Energias, ocupação de seus

Tempos e diminuição de seus Movimentos, os quais, na linguagem popular significam

inovações mais cômodas, mais rápidas, mais fáceis e/ou mais práticas que as anterio-

res, que são de sua referência.

Para fazer seus “cálculos matemáticos intuitivamente” os usuários comparam seus

esforços de referência para obtenção do resultado desejado com as exigências de es-

forços que a inovação vai requer deles. E então decidem qual utilizar7.

Matematicamente, e simplificando este artigo8, tudo isso fica reduzido à:

_______. The Curse of Innovation: A Theory of Why Innovative New Products Fail in the Marketplace. Disponível em:

<http://papers.ssrn.com/sol3/cf_dev/AbsByAuth.cfm?per_id=73326> Harvard Business School June 2005 HBS Marketing Research

Paper No. 05-06 7 Caso ainda não tenha compreendido, experimente ir à cozinha e tente se explicar (autoexplicar) respondendo a seguinte questão:

porque eu não uso este produto que está aqui guardado há anos? Todos nós temos alguns produtos nessa situação! 8 Não existe nenhum impedimento para se apresentar as diversas fontes que explicam essa formulação matemática, criada por este

autor. Apenas não consideramos aqui o lugar adequado para esse aprofundamento matemático.

Et x Ef x Em = 1,00 iur®©.

Sentido Universal de Direção

de ideias para Inovação

Et x Ef x Em = 0,00 iur®©.

A Ideia é Ideal quando oferece os benefícios sem haver nenhum esforço do usuário para obtê-lo (0,00 iur®©)

Se um elemento for nulo então todos serão nulos simultaneamente (Et = 0, então Ef = 0 e Em = 0, simultaneamente).

Copyright Rui Santo - ©®

A somatória dos esforços relativos ao tempo (Et), multiplica-

do pela somatória dos esforços físicos / energias (Ef), multi-

plicados pela somatória de esforços de movimentos (Em) é

igual a 1,00 iur®© por definição e referência do usuário.

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Exemplos práticos - mundo real.

A segunda condição é a identificação da existência de Um Sentido Universal

de Direção para Produção de Ideias destinadas à Inovação®©, que é único e

milenar, isto é, desde sempre foi assim, nunca foi diferente.

EXEMPLOS PRÁTICOS

Objeto de referência do u-

suário.

Et x Ef x Em = 1,00 iur®©

Ideia transformada

em inovação.

Comentários. Ideia Ideal = 0,00 iur®©– todos os usuários querem.

Ideia >>> 1,00 iur®©- ninguém quer e se chegar a comprar, não usa.

Veja exemplos no seu armário de cozinha.

Bateria Comum – que precisa

verificar a água destilada peri-odicamente.

Bateria Selada – não

precisa verificar na-

da.

A bateria selada entrega o mesmo resultado que a

anterior sem absolutamente nenhum tipo de esforço

do usuário. Ideia Ideal = 0,00 iur®©.

Freezer de Geladeira - que

deveria ser descongelado peri-

odicamente.

Geladeira Frost Free

– não precisa des-

congelar.

A Geladeira Frost Free entrega o mesmo resultado

que a geladeira anterior, de referência do usuário,

sem absolutamente nenhum tipo de esforço do

mesmo. Ideia Ideal = 0,00 iur®©.

Limpeza de casa – Exemplo

excelente porque cada pessoa

tem seu próprio método de limpeza e, apesar disso, somos

todos iguais na economia de

esforços!

Limpeza de casa a

Vapor - precisa saber

usar o equipamento.

A Limpeza a Vapor aumenta muito todos os esforços

do usuário (energias, tempos e movimentos). Ideia

rejeitada. O produto foi utilizado duas ou três vezes e está “guardado” no armário para a eternidade.

Ideia >>> 1,00 iur®© não vinga. O usuário retor-

nou ao seu próprio método de limpar a casa que é “mais cômodo, rápido, prático e fácil” que a Vapor.

Bicicleta comum ou bicicleta

elétrica. Este caso foi usado em provas

de cursos de MBA em 2002. A

resposta é: do jeito que foi apresentado não vinga. O con-

ceito é excelente, mas a aplica-

ção da ideia foi inadequada.

Patinete Segway.

Avaliado em 2002

quando foi lançado e

do modo como foi

apresentado na mídia

nacional.

Previsto vender 50 a 100 mil só em 2003. Em 2006

não tinha alcançado 6 mil unidades. Usando a formu-lação matemática e comparando-se com a bicicleta

comum, conclui-se que os esforços temporais au-

mentam muito, os esforços físicos / energias não diminuem tanto porque se fica em pé, embora a

trajetória seja a mesma para qualquer transporte. O

Segway piora se comparado com a bicicleta elétrica. Ideia >>> 1,00 iur®© não vinga.

O sentido de direção para produção de ideias é aquele que vai à direção de 0,00 iur®©,

cuja característica fundamental é entregar os benefícios, sem que haja necessidade de

nenhum tipo de esforço do usuário para obtê-lo.

Na tabela acima, a bateria selada e a geladeira Frost Free estão no Sentido Universal

de Direção (= 0,00 iur) enquanto os outros dois (segway e vapor) estão no sentido

contrário (>>> 1,00 iur) e por isso, foram rejeitados pelo usuário.

A terceira condição é que os esforços requeridos pelas ideias devem ser “me-

didos” na fase de ideação, ANTES de gastar qualquer centavo na inovação.

Ou seja, ANTES que as ideias saiam da sala do brainstorming!!!

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IV- PERISCÓPIO DO FUTURO.

Abordaremos o conceito de Periscópio do Futuro©® em detalhes, em outra ocasião.

Mas, desde já, observa-se que a T.I.A.©® oferece uma nova metodologia para se

enxergar o futuro de produtos e serviços. Com o Sentido Universal de Direção de Idei-

as para Inovação©®, podemos “prever” quais podem ser as próximas ideias. Quanto

mais próximo de 0,00 iur©® maior será a aceitação do usuário, até alcançar a Ideia

Ideal - beneficio máximo sem esforços. Denominamos essa característica, extraída da

T.I.A.©®, de “Periscópio do Futuro©®”.

Curiosamente, temos notado nos cursos mais recentes que há alunos que captam o

conceito e descortinam o futuro de produtos e serviços. Certamente, uma excelente

inovação cognitiva!!!

MENOS É MAIS, MAS NADA É TUDO©!

Produtos e serviços que requerem menos esforços são mais valorizados, mas aqueles

que não requerem nenhum esforço do usuário são tudo!

V – DILEMA DO GESTOR DE INOVAÇÃO – SOLUCIONADO!

NÃO BASTA SER UMA IDEIA BOA, ÚTIL, GENIAL, MARAVILHOSA E ADJETIVOS SIMILARES! ESSAS IDEIAS SÃO EXCELENTES PARA

ALIMENTAR AS CALDEIRAS DO INFERNO, CUJO ESTOQUE NÃO PÁRA DE CRESCER, ABUNDANTEMENTE.

Tradicionalmente, o dilema do “gestor” surge no momento de escolher entre várias

ideias bem qualificadas subjetivamente e selecionadas pelo ponto de vista das facili-

dades para a corporação. Como escolher entre ideias úteis, geniais, excelentes, fan-

tásticas, etc.?

E agora, qual ideia escolher?

Esse é o momento que a incerteza se manifesta ao “gestor” com grande in-

tensidade e agudeza extrema.

Nos métodos tradicionais, é o momento que o “gestor” assume um alto risco.

Esse método (limitado à qualificação da ideia e às preferências do fabricante) é inefici-

ente e gerador da afirmação que a inovação é uma atividade de alto risco.

Em até 94% dos casos, vai mesmo ao fracasso!

Esse método precisa ser esquecido e substituído pelo método que foca a QUANTIFICA-

ÇÃO DA IDEIA considerada do ponto de vista do usuário. Essa mudança leva o “gestor”

a decisões facilitadas e seguras, ou pelo menos de baixo risco.

Entre uma ideia qualificada por ser muito útil, mas exigindo esforços maiores que a

referência do usuário, enquanto outra ideia, igualmente qualificada por muito útil e

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requerendo muito menos esforços do que aqueles que o usuário está habituado a rea-

lizar, o “gestor” decide em segurança pela ideia que requer QUANTITATIVAMENTE meno-

res esforços do usuário.

O método ganha importância e utilidade máxima neste ponto, por tra-

zer a “certeza” da escolha da ideia para inovação, de modo “quantifi-

cado” ou matemático, se preferir!

Fim da incerteza e riscos, pelo menos no que se refere às ideias...

Assim, a metodologia soluciona o dilema do “gestor”, selecionando matematicamente

a ideia com maior potencial de aceitação do usuário, aquele que desde sempre decide

baseado na economia de seus esforços o que vai usar para obter os resultados dese-

jados.

FIM DO PRIMEIRO METODO.

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SEGUNDO METODO DE QUANTIFICAÇÃO DE IDEIAS. Conhecer é sempre medir. E. Burt. Se no início a ideia não é absurda, então não há esperança para ela - Albert Einstein.

RESUMO

O segundo método foi desenvolvido para profissionais que não gostam ou preferem

não fazer contas e cálculos matemáticos. Neste método, embora não existam conta-

gens, ainda assim, “QUANTIFICAÇÕES” são realizadas, porém de modo intuitivo.

Para quantificar ideias neste segundo método, usamos as seguintes fases:

I – Itens conceituais do primeiro método são mantidos (formulação matemática).

II- Definição dos itens “QUANTIFICADOS” intuitivamente, sem exatidão matemática.

III- Exemplo prático.

I – ITENS CONCEITUAIS DO PRIMEIRO MÉTODO SÃO MANTIDOS.

Os conceitos básicos apresentados no primeiro método são mantidos neste e em todos

os outros métodos, isto é:

- As ideias devem necessariamente ser criadas e referidas ao usuário, que é para onde

convergem as autocomparações das medições.

- A formulação matemática®©, baseada nos esforços pessoais (físicos, tempos e mo-

vimentos) está mantida somente como conceito, não para fazer cálculos.

- O Sentido Universal de Direção das Ideias para Inovação®©, cuja Ideia Ideal®© é e-

quivalente a 0,00 iur, isto é, entrega os benefícios sem exigir nenhum esforço.

II – DEFINIÇÃO DOS ITENS “QUANTIFICADOS” INTUITIVAMENTE, SEM EXA-

TIDÃO MATEMÁTICA.

Neste método, são definidos alguns itens que devem ser considerados durante a cria-

ção da ideia para inovação. São itens que o usuário avalia intuitivamente, ao utilizar a

ideia transformada em inovação, sob o ponto de vista de “exigência de seu organis-

mo”, em autocomparação com os produtos e serviços de sua referência.

São divididos em dois grupos – Elementos Humanos e Elementos Materiais.

Os Elementos Humanos são compostos pelos seguintes itens,

que o usuário avalia intuitivamente:

1- Ocupação Corporal: avalia a exigência do próprio corpo, pela nova ideia, e se

pergunta se é maior, menor ou igual, quando comparado com a referência conhecida.

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2- Educação: avalia o nível educacional e conhecimentos necessários / ou aprendiza-

dos requeridos dele (usuário) para utilizar a ideia: “a nova ideia exige aprendizado

(maior, menor ou igual) do usuário”?

3- Informação: avalia o nível de informação requerido para utilizar a ideia. Assim,

faz a pergunta: “exige que o usuário tenha informação para tomar ações?”

4- Cognição: refere-se ao nível requerido de preocupação para realizar a tarefa, se é

maior, menor ou igual ao produto serviço de referencia? Isto é, a inovação requer

alguma preocupação adicional para utiliza-la?

5- Lista de Afazeres de Sábado: sábado é um dia que muita gente deixa para fazer

coisas boas e coisas obrigatórias. Então faça a pergunta: “a ideia exige a inserção

desse item na lista de afazeres de sábado”? Exemplo:

- levar o cachorro para dar banho (obrigatório). Melhor seria: levar o cachorro para

passear....

- levar o carro para lavar (obrigatório). Melhor seria: levar o carro para passear...

- ir cortar o cabelo (obrigatório). Melhor seria: ir passear com os amigos / amigas.

Os Elementos Materiais são compostos dos seguintes itens

que se refletem no usuário:

1- Peso: refere-se ao peso do objeto para manuseio do usuário. Ex. Galão de 20 litros

de água mineral para ser inserida no bebedouro. Esse peso deve ser avaliado neste

item e no item 1 dos Elementos Humanos, uma vez que tal galão pesado ocupa o cor-

po do usuário em tal intensidade que mulheres e muitos homens não querem essa

ideia em casa.

2- Volume: refere-se ao volume ocupado no ambiente onde se destina. Ex. Há ideias

volumosas que são vendidas para ser usadas em ambientes pequenos!!!

3- Eficiência / rendimento: referem-se aos materiais / itens especiais consumidos.

Ex. filtro de água que precisa ser trocado toda semana versus filtros que podem ser

trocados uma vez por ano.

Muito importante: Nas nossas pesquisas consideramos esses itens como componen-

tes mínimos e necessários para se QUANTIFICAR IDEIAS intuitivamente. Mas o “gestor”

não precisa concordar ou discordar desses itens. Basta acrescentar / substituir pelos

itens que são mais pertinentes ao seu projeto, sem nunca esquecer que esse compo-

nente necessariamente está sujeito à mesma QUANTIFICAÇÃO dos demais (maior / me-

nor / igual). Por exemplo: em muitos projetos o item “ruído” é muito importante e

influi significativamente e negativamente nos elementos materiais e nos elementos

humanos. A Ideia será Ideal se o ruído for completamente eliminado (0,00 iur) dos

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ouvidos do usuário. Nesse caso, o item “ruído” deve ser acrescido à tabela para com-

paração.

III- EXEMPLO PRÁTICO

Reservatório de Gasolina para partida em carros FLEX.

Carro Flex no inverno exige que seja colocada gasolina no reservatório de partida, es-

pecialmente quando o tanque estiver cheio de álcool. Se não mantiver o reservatório

com gasolina, o carro pode não ligar em dias muito frios.

Então surge uma ideia: mudar a tecnologia do motor tal que elimine o reservatório do

sistema de partida e o ato de encher o mesmo de gasolina. Vamos “medir por auto-

comparação” essa ideia por este método.

Carro Flex. Reserva-

tório de Gasolina.

Elementos humanos – Exigências Elementos materiais –

Características.

I – Carro Flex. COM

reservatório de gaso-

lina para partida a

frio.

Referência do usuá-

rio.

Situação Inicial.

- Ocupação corporal: sim, para “abrir o capô”

do carro, para preencher o reservatório com gaso-

lina, quando se usa álcool no tanque principal.

- Educacional: sim, é preciso saber que é neces-

sário manter o reservatório de gasolina cheio; que

o carro pode não pegar no inverno se o reservató-

rio estiver vazio; que carros Flex., requerem dois

combustíveis simultaneamente, quando se usa

álcool no inverno; que...

- Cognitivo: sim, preocupação e cuidados para

não se esquecer de colocar gasolina / não deixar

esvaziar completamente o recipiente.

- Informacional: sim, saber qual é o nível do

reservatório (cheio ou vazio?).

- Lista de afazeres de sábado: sim, levar o

carro para colocar gasolina no reservatório.

Reservatório acoplado no

motor do carro Flex.

Valores aproximados.

Peso: 100gramas.

Volume: pequeno volume

– aprox. 1,5l de gasolina.

Eficiência / rendimento:

10 a 15 partidas no inver-

no com 1,5 l de gasolina?

Ideia em medição.

II – Carro Flex. SEM

reservatório de gaso-

lina.

Nova Tecnologia elimi-

na o reservatório de

gasolina e suas exigên-cias do usuário.

- Ocupação corporal: ZERO.

- Educacional: ZERO.

- Cognitivo: ZERO.

- Informacional: ZERO.

- Lista de afazeres de sábado: ZERO.

Peso: ZERO.

Volume: ZERO.

Eficiência / rendimento:

ZERO / eliminado.

IDEIA IDEAL = 0,00 IUR.

A ideia não consome esforços em nenhum dos cinco itens: Ideia Ideal nos Elementos

Humanos e Ideia Ideal nos Elementos Materiais. Encher o reservatório de gasolina no

inverno é eliminado do radar mental do usuário!

FIM DO SEGUNDO METODO.

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TERCEIRO E QUARTO METODO DE QUANTIFICAÇÃO DE

IDEIAS Se você pode observar uma coisa ou não, depende da teoria que você usa. É a teoria que decide o que pode

ser observado - Albert Einstein.

RESUMO:

O Terceiro Método busca e QUANTIFICA apenas o número de operações ou fases de um

processo, por exemplo. Dispensa os cálculos matemáticos na maioria dos casos, mas

ressalta as medições intuitivas.

O Quarto Método pode ser entendido como um procedimento a parte ou pode ser

compreendido como a “Prova dos Nove” e “Alarme de Perdas Financeiras” do primeiro

método! Podemos testar a ideia através de Valores Humanos e Preços, e saber de an-

temão se a ideia tende a ser aprovada ou rejeitada pelo usuário.

Para QUANTIFICAR IDEIAS nestes dois métodos (3º e 4º) usamos as seguintes fases:

I – Itens conceituais do primeiro métodos continuam mantidos.

II – QUANTIFICAÇÃO pelo Terceiro Método.

III – QUANTIFICAÇÃO pelo Quarto Método - Prova dos Nove (valores humanos) e Alarme

Financeiro (preços).

I – ITENS CONCEITUAIS DO PRIMEIRO MÉTODO CONTINUAM MANTIDOS.

Os conceitos básicos apresentados no primeiro método e repetidos no segundo conti-

nuam válidos nestes dois métodos – terceiro e quarto.

II- QUANTIFICAÇÃO PELO TERCEIRO MÉTODO.

A característica de quantificação de ideias pelo terceiro método é exclusivamente a

diminuição da quantidade de itens necessários para concretizar o desejo do usuário.

Se a ideia surge com uma QUANTIDADE de ações muito menor que a referência do usuá-

rio, fica dispensado o detalhamento de cada item (energia em Kcal / tempo em seg. /

movimentos em m.).

Exemplo: Buscar pizza na pizzaria (referência do usuário) versus pizza por telefone.

A quantidade de ações requerida na ideia do Disque Pizza é incomparavelmente menor

que no método anterior (inclua trocar de roupa para ir até a pizzaria, enfrentar trânsi-

to, lugar para estacionar,...) acrescida de liberdade de esforços para outras atividades

enquanto aguarda a entrega.

Há centenas de exemplos, fartamente documentados e encontrados em linhas de pro-

dução. Ver exemplo na atividade cientifica na pesquisa dos brasileiros Adriano Siqueira

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Vieira e Luiz Carlos Dias que encurtaram a quantidade de ações na produção do remé-

dio mais utilizado para tratamento do colesterol - “Atorvastatina”9.

Processos enxugados ou encharcados?

Esse método também pode ser entendido como Enxugamento de Processos / de Pro-

dução / de Logística, etc. É muito útil especialmente nos processos informatizados,

nos quais, o usuário percebe a exigência de um único clique adicional.

Por exemplo, em um cadastramento na Internet, ao digitar o CEP, automaticamente

deve aparecer o nome da rua. Se isso não ocorre o sistema pode ser considerado

“encharcado (ou bêbado, dizem alguns alunos) e precisa ser enxugado”.

Resumindo, as ideias que requerem quantidades menores dos esforços dos usuários

são conhecidas por “ideias de enxugadas” e estão na direção 0,00 iur.

III – QUANTIFICAÇÃO PELO QUARTO MÉTODO - PROVA DOS NOVE (VALORES

HUMANOS) E ALARME FINANCEIRO (PREÇOS).

O quarto método é usado preferivelmente como a “PROVA DOS NOVE®©” e “ALARME FINAN-

CEIRO®©” do primeiro método, embora possa ser utilizado como um método indepen-

dente. É composto por duas formulações matemáticas.

A primeira relaciona os três esforços característicos das ideias com valores humanos.

A segunda formulação relaciona os esforços e os preços.

As duas formulações são ajuizadas separadamente para cada um dos cinco níveis do

Triangulo de Maslow ou Hierarquia de Maslow.

1ª Fase: Prova dos Nove – Valores Humanos®©.

A ideia transformada em inovação, por principio, deve ser “mais benéfica” que a refe-

rência do usuário, em termos de Valores Humanos. Isso parece óbvio e muito fácil,

mas não é. A grande maioria das ideias é rejeitada pelo usuário neste ponto.

Basicamente, se o Beneficio da Inovação, calculado matematicamente, oferecer um

resultado nulo ou negativo para uma dada classe social da escala de Maslow, a ideia

está rejeitada. A ideia não passa na Prova dos Nove.

Desenvolvemos uma tabela comparativa dos Benefícios da Inovação onde se atribui

valores em cada classe social e se observa o resultado, objetivando saber qual é o

beneficio desejado pelo usuário que compense a troca do produto / serviço atual pelo

novo, em proposição / fase de ideia.

Por ser uma parte muito técnica e matemática, que envolve pensamento e concentra-

ção máxima, idealmente realizada em grupo não apresentamos aqui.

9 Disponível em: <http://diariodasaude.com.br/news.php?article=remedio-mais-vendido-no-mundo&id=6106 >. Acessado em

15.01.2011.

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2ª Fase: Preços – Alarme Financeiro®©.

Na segunda fase deste Quarto Método, deseja-se saber até “quanto o usuário aceitará

pagar” pela ideia ao comparar o “preço da inovação” com o “preço” do equivalente de

sua referência.

O método trata de prever a tendência de aceitação do usuário frente à ideia proposta,

ou como um modo de indicar o potencial de aceitação da ideia pelo usuário, tendo em

“preços” um denominador comum entre o produto conhecido e o extrapolado à ideia

desconhecida, em projeto.

A formulação matemática relaciona o preço com o beneficio da ideia em desenvolvi-

mento. Esta não é uma fórmula nova. A relação custo / benefício ou preço / benefício

é conhecido há séculos. No entanto, desenvolvemos uma aplicação especial, conside-

rando a ideia em desenvolvimento.

Fórmula Secular: P1 1, 00 x Be ponderado de referência.

Formulação Especial que testa se a ideia tem potencial para vir a ser trans-

formada em inovação: P2 inov 1, 00 x Be inovação.

P1 = preço do produto conhecido, de referência do usuário, que “está em equilíbrio”

com o benefício que o objeto lhe proporciona (Be ponderado de referência).

P2 inov = preço (da ideia) que o usuário estará “disposto a pagar” em função dos novos

benefícios que ela (a inovação) lhe entregará (Be inovação).

Para qualquer objeto, produto ou serviço, pressupõe-se que o Be ponderado de referência é

satisfatório atualmente para o usuário, que ainda não sabe da ideia em projeto.

Resumindo:

- Se o preço da inovação (P2 inov) for menor que zero, o alarme financeiro deve tocar

bem alto. É altíssima a possibilidade de perda financeira com essa ideia.

- Porém, quando o preço da inovação (P2 inov) for maior que zero, agilize o desenvolvi-

mento da ideia. Quanto maior que zero maior é o potencial de sucesso financeiro da

ideia.

Quando o preço da ideia para inovação for negativo, chegamos à conclusão absurda

que o “usuário somente vai utilizar a inovação, se o fabricante lhe pagar para tal”.

Como o fabricante não lhe paga, o usuário também não usa!

No seu armário você vai encontrar exemplos, que todos nós temos em casa.

FIM DO TERCEIRO E QUARTO METODO.

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QUINTO METODO DE QUANTIFICAÇÃO DE IDEIAS. Em questões de ciência, a autoridade de mil não vale o humilde raciocínio de um único individuo. Galileu

RESUMO

O quinto método de QUANTIFICAÇÃO DE IDEIAS é um instrumento de medida, criado para

“medir/pesar” uma ideia por comparação de elementos que foram apresentados ante-

riormente nos diversos métodos de QUANTIFICAÇÃO matemáticos. Este método é dedica-

do aos “gestores” que não gostam de fazer contas nem gostam de fazer análises e não

tem tempo a perder com ideias embrionárias, mas precisam tomar decisões de inves-

timentos.

Para apresentar o instrumento, usamos as seguintes fases:

I – Descrição do Instrumento.

II – Operação do instrumento.

I- DESCRIÇÃO DO INSTRUMENTO.

O instrumento de medição de ideias é uma balança de três pratos, denominada de

Balança da Inovação©® – patente requerida, onde cada prato oferece três alternati-

vas: maior, menor, igual totalizando 27 possibilidades. A balança, bem como os pesos,

é de madeira, dado que não se requer exatidão das relações, mas sim, se deseja ob-

servar as ações e reações que ocorrem ao se alterar cada prato.

Em linhas gerais, a Balança da Inovação simula a regra de três, de modo simplificado

para o gestor.

Balança da Inovação

II – OPERAÇÃO DO INSTRUMENTO.

A balança traz um grande benefício prático, objetivo e direto visto que soluciona a difi-

culdade de compreender e visualizar como agem e reagem três forças, especialmente

quando cada uma age e reage sobre as outras duas.

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Inicialmente pressupõe-se que o mercado esteja em equilíbrio. Então surgem as ideias

para “desequilibrar” o mercado a favor do autor da ideia. Para desequilibrar através da

inovação o autor tem três opções: esforços (parte física, exata – prato 1), valores

humanos (inclui tudo que é subjetivo – prato 2), preços (opera como resultante dos

outros dois pratos – prato 3). Porém, qualquer alteração em qualquer prato (ação)

produz um movimento nos outros dois (reação). A balança funciona como uma regra

de três, onde quaisquer três elementos que se relacionem, podem ser comparados

através de ações e reações que se concretizam à medida que se coloca ou se retira

pesos simulando as ocorrências do mercado.

Como o gestor pode “ver fisicamente” os pratos se movendo, saberá em qual prato

atuar (Esforços? Preços? Valores?) entre as 27 alternativas disponíveis para obter os

resultados desejados. A balança simula a ação / reação do usuário quando enfrenta

produtos, serviços, comércios, leis, comunicações, ordens, etc..

Lembre que o primeiro elemento é sempre os esforços, uma vez que pertencem aos

princípios de física do corpo humano, mencionados no primeiro método (princípio de

conservação de energia, de economia de esforços,...).

FIM DO QUINTO METODO.

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CONCLUSÃO

Este é um resumo geral da metodologia que QUANTIFICA IDEIAS que deve ser utilizado

para decisão e escolha entre várias ideias oriundas de diversas fontes.

Evidentemente, é apenas uma síntese da T.I.A. – Teoria das Ideias Autocompara-

das®©, mas suficiente para trazer novas luzes aos problemas da inovação.

Isto significa que “gestores” podem alterar o modo como estão considerando as ideias

para inovação, cujas perdas são minimizadas com estes conceitos.

Naturalmente, muitas dúvidas devem ter surgido. Incomum seria se não ocorressem.

Porém, o importante no momento é levar ao seu conhecimento que existem métodos

de escolha de ideias que lhe dão segurança matemática nesse ambiente caótico da

criatividade para inovação, que, efetivamente não é nem precisa ser de alto risco e

incerteza.

Experimente utiliza-lo!

Você não tem nada a perder, mas pode encontrar muito a ganhar.

Rui Santo

Grato por sua atenção

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Junho de 2013.

Caso haja interesse em cursos, consultoria em avaliação de projetos e simila-

res entre em contato através do email: [email protected]

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via permissão do autor.