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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Papel imune - Registro especial a ICMS - Substituição tributária nas operações com açúcar cristal, refinado ou outros ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 17/2014 Rondônia / a Federal IOF Operações de câmbio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 / a Estadual ICMS Base de cálculo reduzida ................................... 05 / a IOB Setorial Federal Bebidas - Vinho e derivados da uva e do vinho - Regulamentação .... 09 / a IOB Comenta Estadual ICMS - Novas disposições ao prestador de serviços de comunicação, re- ferentes à recepção de som e imagem por meio de satélite.......... 11 / a IOB Perguntas e Respostas IOF Factoring - Contribuinte - Conceito .......................... 12 Operações de câmbio - Alíquota - Remessa de juros e dividendos - Re- cebedor estrangeiro ....................................... 12 Operações de mútuo - Alíquota - Mutuário optante pelo Simples Nacio- nal ................................................... 12 ICMS/RO Base de cálculo reduzida - Aveia e farelo de aveia - Tratamento tributá- rio.................................................... 13 Base de cálculo reduzida - Gás liquefeito de petróleo - Previsão legal . 13 Base de cálculo reduzida - Serviços de comunicação na modalidade de monitoramento e rastreamento de veículo de cargas - Tratamento tribu- tário .................................................. 13

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Papel imune - Registro especial

a ICMS - Substituição tributária nas operações com açúcar cristal, refinado ou outros

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 17/2014

Rondônia

/a FederalIOFOperações de câmbio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSBase de cálculo reduzida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialFederalBebidas - Vinho e derivados da uva e do vinho - Regulamentação . . . . 09

/a IOB ComentaEstadualICMS - Novas disposições ao prestador de serviços de comunicação, re-ferentes à recepção de som e imagem por meio de satélite . . . . . . . . . . 11

/a IOB Perguntas e RespostasIOFFactoring - Contribuinte - Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Operações de câmbio - Alíquota - Remessa de juros e dividendos - Re-cebedor estrangeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Operações de mútuo - Alíquota - Mutuário optante pelo Simples Nacio-nal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

ICMS/ROBase de cálculo reduzida - Aveia e farelo de aveia - Tratamento tributá-rio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Base de cálculo reduzida - Gás liquefeito de petróleo - Previsão legal . 13Base de cálculo reduzida - Serviços de comunicação na modalidade de monitoramento e rastreamento de veículo de cargas - Tratamento tribu-tário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IOF : operações de câmbio.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2139-5

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-02899 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

17-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 RO

IOF

Operações de câmbio SUMÁRIO 1. Introdução 2. Fato gerador 3. Contribuintes 4. Base de cálculo 5. Alíquota 6. Isenção 7. Cobrança e recolhimento 8. Solução de consulta Cosit

1. IntROduçãO

O IOF é um tributo que incide sobre diversas operações financeiras, tais como as de cré-dito, câmbio, seguro e, ainda, as rela-tivas a títulos ou valores mobiliários.

Neste texto, examinaremos a forma de incidência desse imposto nas operações de câmbio, prevista no Regulamento do IOF, aprovado pelo Decreto nº 6.306/2007.

(RIOF - Decreto nº 6.306/2007)

2. FatO gERadOR

Ocorre o fato gerador do IOF na entrega de moeda nacional ou estrangeira ou de documento que a represente ou, ainda, na sua colocação à dis-posição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este.

(RIOF/2007, art. 11, caput)

2.1 Momento da ocorrência do fato gerador

Ocorre o fato gerador do IOF, e ele se torna devido, no momento da liquidação da operação de câmbio.

(RIOF/2007, art. 11, parágrafo único)

3. COntRIBuIntES

São contribuintes do IOF os compradores ou os vendedores de moeda estrangeira nas operações relativas às transferências financeiras para o exterior ou do exterior, respectivamente.

Nota

As transferências financeiras compreendem os pagamentos e os rece-bimentos em moeda estrangeira, independentemente da forma de entrega e da natureza das operações.

(RIOF/2007, art. 12)

3.1 Responsáveis

São responsáveis pela cobrança e pelo recolhimento do IOF as instituições

financeiras autorizadas a operar em câmbio.

(RIOF/2007, art. 13)

4. BaSE dE CálCulO

A base de cálculo do IOF é o montante em moeda nacional rece-

bido, entregue ou posto à disposição, correspondente ao valor, em moeda

estrangeira, da operação de câmbio.

(RIOF/2007, art. 14)

5. alíquOta

A alíquota máxima do IOF incidente sobre as operações de câmbio é 25%.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 15)

5.1 alíquota reduzida

A alíquota do IOF fica reduzida a 0,38%, observa-das as exceções a seguir especificadas, em relação

a Federal

São contribuintes do IOF os compradores

ou os vendedores de moeda estrangeira nas operações relativas às transferências

financeiras para o exterior ou do exterior, respectivamente

17-02 RO Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

às quais será aplicado o percentual fixado para as respectivas operações:

a) 0%, operações de câmbio relativas ao ingres-so, no País, de receitas de exportação de bens e serviços;

b) 0%, operações de câmbio de natureza inter-bancária entre instituições integrantes do Sis-tema Financeiro Nacional autorizadas a operar no mercado de câmbio e entre estas e as ins-tituições financeiras no exterior;

c) 0%, operações de câmbio, de transferências do e para o exterior, relativas a aplicações de fundos de investimento no mercado interna-cional, nos limites e condições fixados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

d) 0%, operações de câmbio realizadas por em-presas de transporte aéreo internacional, do-miciliadas no exterior, para remessa de recur-sos originados de suas receitas locais;

e) 0%, operações de câmbio relativas a ingresso de moeda estrangeira para cobertura de gas-tos efetuados no País com utilização de cartão de crédito emitido no exterior;

f) 0%, operações de câmbio realizadas para in-gresso no País de doações em espécie recebi-das por instituições financeiras públicas con-troladas pela União e destinadas a ações de prevenção, monitoramento e combate ao des-matamento e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas brasileiras, de que trata a Lei nº 11.828/2008;

g) 0%, liquidações de operações de câmbio de ingresso e saída de recursos no e do País, re-lativas a recursos captados a título de emprés-timos e financiamentos externos, exceto em relação às operações descritas na letra “t”;

h) 0%, liquidações de operações de câmbio para remessa de juros sobre o capital próprio e divi-dendos recebidos por investidor estrangeiro;

i) 0%, liquidações de operações de câmbio con-tratadas por investidor estrangeiro, para in-gresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, para constituição de margem de garantia, inicial ou adicional, exigida por bolsas de valores, de mercadorias e de futuros;

j) 0%, liquidações de operações de câmbio con-tratadas por investidor estrangeiro, para in-gresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, para aplicação no

mercado financeiro e de capitais, excetuadas as operações mencionadas nas letras “k”, “l”, “m”, “o”, “p” e “u”;

k) 0%, liquidações de operações de câmbio con-tratadas por investidor estrangeiro, relativas a transferências do exterior de recursos para aplicação no País em renda variável realizada em bolsa de valores ou em bolsa de mercado-rias e de futuros, na forma regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), excetua-das operações com derivativos que resultem em rendimentos predeterminados;

Nota

A alíquota a que se refere a letra “k” é aplicada também às operações para a aquisição de quotas de investimento imobiliário.

l) 0%, liquidações de operações de câmbio contratadas por investidor estrangeiro, para ingresso de recursos no País para a aquisição de ações em oferta pública registrada ou dis-pensada de registro na CVM ou para a subs-crição de ações, desde que, em ambos os ca-sos, as companhias emissoras tenham registro para a negociação das ações em bolsas de valores;

m) 0%, liquidações de operações de câmbio con-tratadas por investidor estrangeiro, para o in-gresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, para a aquisição de cotas de fundos de investimento em partici-pações, de fundos de investimento em empre-sas emergentes e de fundos de investimento em cotas dos referidos fundos, constituídos na forma autorizada pela CVM;

n) 0%, liquidações de operações de câmbio para fins de retorno de recursos aplicados por in-vestidor estrangeiro nos mercados financeiro e de capitais, nas operações descritas nas le-tras “i”, “j”, “k”, “l”, “m”, “o”, “p”, “u” e “v”;

o) 0%, liquidações de operações simultâneas de câmbio, para o ingresso no País de recursos por meio de cancelamento de depositary re-ceipts, para investimento em ações negociá-veis em bolsa de valores;

p) 0%, liquidações de operações simultâneas de câmbio, para o ingresso no País de recursos originários da mudança de regime do investi-dor estrangeiro, de investimento direto de que trata a Lei nº 4.131/1962, para o investimento em ações negociáveis em bolsa de valores, na forma regulamentada pelo CMN;

17-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 RO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Notas

(1) O art. 23 da Lei nº 4.131/1962 dispõe:

“Art. 23. As operações cambiais no mercado de taxa livre serão efe-tuadas através de estabelecimentos autorizados a operar em câmbio, com a intervenção de corretor oficial quando previsto em lei ou regulamento, res-pondendo ambos pela identidade do cliente, assim como pela correta clas-sificação das informações por este prestadas, segundo normas fixadas pela Superintendência da Moeda e do Crédito.

[...]

§ 2º Constitui infração imputável ao estabelecimento bancário, ao corretor e ao cliente, punível com multa de 50 (cinquenta) a 300% (tre-zentos por cento) do valor da operação para cada um dos infratores, a declaração de falsa identidade no formulário que, em número de vias e segundo o modelo determinado pelo Banco Central do Brasil, será exigi-do em cada operação, assinado pelo cliente e visado pelo estabelecimen-to bancário e pelo corretor que nela intervierem. (Redação dada pela Lei nº 9.069/1995)

§ 3º Constitui infração, de responsabilidade exclusiva do cliente, puní-vel com multa de 5 (cinco) a 100% (cem por cento) do valor da operação, a declaração de informações falsas no formulário a que se refere o § 2º. (Reda-ção dada pela Lei nº 9.069/1995)

§ 4º Constitui infração, imputável ao estabelecimento bancário e ao corretor que intervierem na operação, punível com multa equivalente de 5 (cinco) a 100% (cem por cento) do respectivo valor, para cada um dos infra-tores, a classificação incorreta, dentro das Superintendência da Moeda e do Crédito, das informações prestadas pelo cliente no formulário a que se refere o § 2º deste artigo.

§ 5º Em caso de reincidência poderá o Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito cassar a autorização para operar em câmbio aos es-tabelecimentos bancários que negligenciarem o cumprimento do disposto no presente artigo e propor á autoridade competente igual medida em relação aos corretores.”

(2) O art. 72 da Lei nº 9.069/1995 dispõe:

“Art. 72. Os §§ 2º e 3º do art. 23 e o art. 58 da Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962, passam a vigorar com a seguinte redação:

[...]

Art. 58. As infrações à presente Lei, ressalvadas as penalidades espe-cíficas constantes de seu texto, ficam sujeitas a multas de até R$ 100.000,00 (cem mil reais), a serem aplicadas pelo Banco Central do Brasil, na forma prescrita em regulamento a ser baixado pelo Conselho Monetário Nacional.”

q) 0%, operação de compra de moeda estrangei-ra por instituição autorizada a operar no mer-cado de câmbio, contratada simultaneamente com uma operação de venda, exclusivamente quando requeridas em disposição regulamen-tar, excetuadas as operações mencionadas nas letras “i”, “j”, “m” “o”, “p” e “t”;

r) 6,38%, operações de câmbio destinadas ao cumprimento de obrigações de administrado-ras de cartão de crédito ou de bancos comer-ciais ou múltiplos na qualidade de emissores de cartão de crédito decorrentes de aquisição de bens e serviços do exterior efetuada por seus usuários, observada a regra descrita na letra “s” seguinte;

Nota

O art. 1º do Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 1/2012 esclarece que a alíquota descrita na letra “r” aplica-se inclusive ao cumprimento das obrigações decorrentes das aquisições de bens e serviços do exterior com pagamento referenciado em reais por seus usuários.

s) 0%, operações de câmbio destinadas ao cum-primento de obrigações de administradoras de cartão de crédito ou de bancos comerciais ou múltiplos na qualidade de emissores de cartão de crédito decorrentes de aquisição de bens e serviços do exterior quando forem usuários do cartão a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal, suas fundações e autar- quias;

t) 6%, liquidações de operações de câmbio para ingresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, referente a empréstimo externo sujeito a registro no Ban-co Central do Brasil, contratado de forma dire-ta ou mediante emissão de títulos no mercado internacional com prazo médio mínimo de até 360 dias;

Nota

Quando a operação de empréstimo for contratada por prazo médio mínimo superior a 360 dias e for liquidada antecipadamente, total ou par-cialmente, descumprindo o prazo médio mínimo exigido, o contribuinte fi-cará sujeito ao pagamento do imposto calculado à alíquota 6%, acrescido de juros moratórios e multa, sem prejuízo das penalidades previstas no art. 23 da Lei nº 4.131/1962 e no art. 72 da Lei nº 9.069/1995 (RIOF/2007, art. 15-A, § 2º).

u) 0%, liquidações de operações de câmbio con-tratadas por investidor estrangeiro, para o in-gresso de recursos no País, para aquisição de títulos ou valores mobiliários emitidos na forma dos arts. 1º e 3º da Lei nº 12.431/2011;

v) 0%, liquidações de operações de câmbio con-tratadas por investidor estrangeiro, inclusive por meio de operações simultâneas, relativas a transferências do exterior de recursos para aplicação no País em certificado de depósito de valores mobiliários, denominado Brazilian Depositary Receipts (BDR), na forma regula-mentada pela CVM;

w) 6,38%, nas operações de câmbio liquidadas para o cumprimento de obrigações de admi-nistradoras de cartão de uso internacional ou de bancos comerciais ou múltiplos na quali-dade de emissores de cartão de crédito ou de débito decorrentes de saques no exterior efe-tuado por seus usuários; e

x) 6,38%, nas liquidações de operações de câm-bio liquidadas para a aquisição de moeda es-trangeira em cheques de viagens e para car-

17-04 RO Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

regamento de cartão internacional pré-pago, destinadas a atender gastos pessoais em via-gens internacionais.

(Lei nº 4.131/1962, art. 23; Lei nº 9.069/1995, art. 72; Lei nº 11.828/2008; Decreto nº 6.306/2007, art. 15-A, caput, II a V e VII a XXVI, § 3º; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 1/2012)

5.2 Empréstimo com cláusula de antecipação de vencimento (put/call)

Nas operações de empréstimo em moeda via lançamento de títulos, com cláusula de antecipação de vencimento, parcial ou total, pelo credor ou pelo devedor (put/call), a 1ª data prevista de exercício definirá a incidência do imposto de que trata a letra “t” do subitem 5.1.

(RIOF/2007, art. 15-A, § 1º)

5.3 Empréstimo com prazo médio mínimo superior a 360 dias

Quando a operação de empréstimo for contratada por prazo médio mínimo superior ao exigido (360 dias - ver letra “t” do subitem 5.1) e for liquidada anteci-padamente, total ou parcialmente, descumprindo-se o prazo médio mínimo exigido, o contribuinte ficará sujeito ao pagamento do imposto calculado à alíquota de 6% acrescido de juros moratórios e multa, sem prejuízo das penalidades previstas no art. 23 da Lei nº 4.131/1962 e no art. 72 da Lei nº 9.069/1995.

Nota

Veja notas 1 e 2, inseridas após a letra “p” do subitem 5.1.

(Lei nº 4.131/1962, art. 23; Lei nº 9.069/1995, art. 72; RIOF/2007, art. 15-A, § 2º)

6. ISEnçãO

São isentas do IOF as operações de câmbio:

a) realizadas para pagamento de bens importa-dos;

Nota

Nas operações de importação financiada, a isenção do IOF de que trata a letra “a” aplica-se somente na liquidação do contrato de câmbio para remessa de principal, não se aplicando na liquidação do contrato de câmbio para remessa de juros e comissões (Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 24/2008, art. 4º).

b) em que o comprador ou o vendedor da moeda estrangeira seja a entidade binacional Itaipu;

c) em que os compradores ou os vendedores da moeda estrangeira sejam missões diplomáti-cas e repartições consulares de carreira; e

d) contratadas por funcionário estrangeiro de missão diplomática ou representação consu-lar, exceto os que tenham residência perma-nente no Brasil.

Notas

(1) As isenções de que tratam as letras “c” e “d” não se aplicam aos consulados e cônsules honorários (RIOF/2007, art. 16, § 1º).

(2) A isenção descrita na letra “d” também se aplica aos membros das famílias dos funcionários, desde que com eles mantenham relação de depen-dência econômica e não tenham residência permanente no País (RIOF/2007, art. 16, § 3º).

(3) A isenção também se aplica aos organismos internacionais e re-gionais de caráter permanente de que o Brasil seja membro e aos funcio-nários estrangeiros desses organismos, nos termos dos acordos firmados (RIOF/2007, art. 16, § 4º).

(RIOF/2007, art. 16; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 24/2008, art. 4º)

7. COBRança E RECOlhIMEntO

O IOF será cobrado na data da liquidação da operação de câmbio.

O recolhimento do IOF deverá ser feito por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), até o 3º dia útil subsequente ao decêndio da sua cobrança, com utilização dos seguintes códigos de receita:

Descrição Código de receita

Operação de câmbio - Entrada de moeda 4290

Operação de câmbio - Saída de moeda 5220

(RIOF/2007, art. 17; Listagem de Especificações de Recei-tas emitida pela SRF/Cosar em 1º.02.2001)

7.1 Recolhimento fora do prazo

O recolhimento do IOF fora do prazo previsto na legislação será acrescido de:

a) juros de mora equivalentes à Taxa Referencial Selic, para títulos federais, acumulada mensal-mente, calculados a partir do 1º dia do mês subsequente ao do vencimento até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento; e

b) multa de mora, calculada à taxa de 0,33% ao dia, a partir do 1º dia seguinte ao do venci-mento, limitada a 20%.

(RIOF/2007, art. 47)

17-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 RO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

8. SOluçãO dE COnSulta COSIt

Transcrevemos, a seguir, o texto da Solução de Consulta nº 61/2014, da Coordenação-Geral de Tribu-tação (Cosit), que trata da não aplicação da alíquota zero na hipótese de descumprimento do prazo médio mínimo nas operações de câmbio relacionadas a empréstimo e financiamento externos.

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 61, DE 20.02.2014 - DOU 1 DE 10.03.2014

Assunto: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF

Ementa: OPERAÇÕES DE CÂMBIO - INGRESSO DE MOEDA ESTRANGEIRA - ALÍQUOTA ZERO - EMPRÉS-TIMO EXTERNO - LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA - DESCUM-PRIMENTO DO PRAZO MÉDIO MÍNIMO.

O descumprimento do prazo médio mínimo fixado no inciso XXII do art. 15-A do Regulamento do IOF implica a perda, com efeitos retroativos, do benefício fiscal de redução a zero da alíquota de IOF incidente na liquidação das opera-ções de câmbio de ingresso de recursos no País, captados a título de empréstimos e financiamentos externos. Por conseguinte, o contribuinte ficará sujeito ao pagamento do imposto, calculado à alíquota estabelecida nesse disposi-tivo, vigente na data de liquidação da operação de câmbio de ingresso dos recursos, acrescido de juros moratórios e multa.

Dispositivos Legais: Lei nº 5.172, de 1966 (Código Tribu-tário Nacional- CTN); Arts. 116, II, 117, II, e 144; Decreto nº 6.306, de 2007, arts. 11, 15-A, IX, XXII, e § 2º; ADI RFB nº 41, de 2011.

(Solução de Consulta Cosit nº 61/2014)

N

a Estadual

ICMS

Base de cálculo reduzida SUMÁRIO 1. Introdução 2. Princípio da seletividade 3. Base de cálculo do ICMS 4. Estorno do crédito 5. Escrituração fiscal 6. Quadro prático 7. Penalidades

1. IntROduçãO

Conforme mandamento constitucional (art. 155, II, § 2º, XII, “g”, da Constituição Federal/1988), a con-

cessão e a revogação de redução de base de cálculo do ICMS sujeitam-se, previamente, nos termos de lei complementar, à adoção de convênio celebrado pelos Estados e pelo Distrito Federal.

Com o objetivo de reduzir a carga tributária de determinadas operações ou prestações, mediante convênios celebrados pelos Estados e pelo Distrito Federal em reunião do Confaz, poderá ser autorizada a redução da base de cálculo do imposto, por prazo determinado ou indeterminado.

No Estado de Rondônia, a redução da base de cálculo é prevista no art. 28 e suas hipóteses constam no Anexo II, ambos do RICMS-RO/1998.

17-06 RO Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2. PRInCíPIO da SElEtIvIdadE

O ICMS, conforme mandamento constitucional, poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços, ou seja, os produtos supérfluos podem ser tributados com alíquotas maio-res e aqueles considerados essenciais, com alíquotas menores.

A redução da base de cálculo também colabora com o referido princípio, uma vez que, quando con-cedida, implica, na prática, a aplicação de alíquota menor sobre o valor da base de cálculo, tendo-se como resultado uma carga tributária efetiva menor.

(Constituição Federal/1988, art. 155, § 2º, III)

3. BaSE dE CálCulO dO ICMS

Sem prejuízo de outras disposições contidas na legislação, a base de cálculo do imposto é, como regra, o valor da operação, porém, como já citado, esse valor pode ser reduzido de forma a minimizar a carga tributária da operação ou prestação, em virtude de acordo estabelecido entre os Estados e/ou entre o Distrito Federal e a União.

Os acordos, quando estabelecidos e, se for o caso, quando efetivamente aplicados em cada Estado ou no Distrito Federal, podem ter, em suas redações, como exemplo, uma das expressões a seguir descri-tas.

3.1 Redução da base de cálculo em 10%

Os referidos acordos podem ter, em suas reda-ções, a expressão “Fica reduzida a base de cálculo da operação ou prestação em 10%...”; nesse caso, o contribuinte deve subtrair do valor da base de cálculo o percentual indicado, ou seja:

Valor da operação: R$ 1.000,00 x 10% (R$ 100,00) = R$ 900,00 (valor da base de cálculo reduzida)

3.2 Redução da base de cálculo a 20%

Os mencionados acordos podem ter, em suas redações, a expressão “Fica reduzida a base de cál-culo da operação ou prestação a 20%...”; nesse caso, o contribuinte deve considerar como base de cálculo o percentual indicado, isto é:

Valor da operação R$ 1.000,00- percentual subtraído 80% = (R$ 800,00)- redução a 20% = R$ 200,00 (base de cálculo reduzida)

3.3 Redução da base de cálculo para a carga tributária de 7%

No caso da expressão “Fica reduzida a base de cálculo da operação ou prestação de forma que a carga tributária efetiva corresponda ao percentual de 7%...”, o contribuinte deve dividir o percentual da carga tributária efetiva pela alíquota correspondente ao produto, ou seja:

Percentual da carga tributária efetiva: 7/17 (alíquota geral) = 41,17 x 17% = 6,998

Considerando-se que o valor de determinada operação seja R$ 1.000,00, aplicando-se a fórmula anterior, temos:

R$ 1.000,00 x 41,17% = R$ 411,70 (base de cálculo reduzida) x 17% = 6,998 (carga tributária da operação)

4. EStORnO dO CRédItO

Vale esclarecer que o contribuinte procederá ao estorno do imposto de que se creditou sempre que a mercadoria entrada no estabelecimento vier a ser objeto de operação ou prestação subsequente bene-ficiada com redução de base de cálculo, hipótese em que o estorno será proporcional à redução.

(RICMS-RO/1998, art. 46, V)

5. ESCRItuRaçãO FISCal

As notas fiscais emitidas nas saídas de merca-dorias beneficiadas por redução de base de cálculo serão lançadas no livro Registro de Saídas, nas colu-nas próprias, inclusive as sob os títulos:

a) “Base de Cálculo”, na qual será indicado o va-lor sobre o qual incide o imposto;

b) “Imposto Debitado”, na qual será indicado o valor do imposto debitado;

c) “Operações sem Débito do Imposto - Isenta ou Não Tributada”, na qual será indicado o va-lor correspondente à redução da base de cál-culo.

(RICMS-RO/1998, art. 311)

17-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 RO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

6. quadRO PRátICO

Segue quadro prático das principais operações e/ou prestações beneficiadas com redução de base de cál-culo, conforme disposto no Anexo II do RICMS-RO/1998.

Ressalte-se que o benefício da redução da base de cálculo em algumas operações e/ou prestações

está vinculado a condições expressamente previstas nos dispositivos do RICMS-RO/1998.

Assim, o contribuinte, antes do aproveitamento do benefício, deverá observar tais condições e, ainda, verificar se o crédito fiscal será mantido integral ou proporcionalmente à redução concedida.

QUADRO PRÁTICO

Operações/prestações Vigência Base de cálculo/carga tributária

Fundamento legal:

RICMS/1998, Anexo II

Aeronaves, peças, acessórios e outras mercadorias espe-cificadas nos termos do Convênio ICMS nº 75, de 9 de de-zembro de 1991

Até 31.05.2015 Base de cálculo de forma que a carga tributária seja equivalente a 4% Tabela II, item 24

Álcool etílico anidro combustível Prazo indetermi-nado

Percentual de:a) 59,50%, quando originário de UF com alíquota de 7%;b) 62,88%, quando originário de UF com alíquota de 12%.

Tabela I, item 11

Aves, leporídeos e gado bovino - Produtos resultantes Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 41,67% do valor da operação

Tabela I, item 30

Biodiesel B100 resultante da industrialização de grãos, sebo bovino, sementes e palma

Até 31.05.2015 Carga tributária 12% Tabela II, item 22

Construção das Usinas Santo Antônio e Jirau Limitada ao cro-nograma de reali-zação das obras

Carga tributária não inferior a 8,8% Lei nº 3.277/2013,

art. 3º

Desodorantes e xampus Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 68% do valor da operação

Tabela I, item 6

Gado bovino em pé para abate Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida de tal forma que o recolhimento do imposto resul-te em valor equivalente a 0,7 de UPF quando se tratar de gado bovino macho e equivalente a 0,5 de UPF quando se tratar de gado bovino fêmea, por animal.

Tabela I, item 39

Gado bovino ou bufalino com peso vivo igual ou superior a 26 arrobas, se macho, e 16 arrobas, se fêmea

Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 37,5% do valor da operação - Carga tributária não inferior a 4,5%

Tabela I, item 26

Insumos agropecuários relacionados na legislação Até 31.05.2015 Base de cálculo reduzida em 60% ou 30% do valor da operação

Tabela II, itens 6 e 7

Internet - Prestação de serviços não medidos, cujo preço do serviço seja cobrado por períodos não definidos

Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 50% do preço cobrado do tomador nas presta-ções de serviços não medidos

Tabela I, item 29

Látex - Produtos resultantes do beneficiamento Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 20% do valor da operação

Tabela I, item 22

Máquinas e aparelhos usados Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 20% do valor da operação

Tabela I, item 5, I

Máquinas e tratores novos Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 70,59% - Carga tributária não inferior a 12%

Tabela I, item 35

17-08 RO Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 - Boletim IOB

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Operações/prestações Vigência Base de cálculo/carga tributária

Fundamento legal:

RICMS/1998, Anexo II

Máquinas e implementos agrícolas Até 31.05.2015 Carga tributária:a) 7% nas operações interestaduais com contribuintes;b) 5,6% nas operações interestaduais com consumidor ou usuário final.

Tabela II, item 3

Máquinas, aparelhos e equipamentos industriais Até 31.05.2015 Carga tributária 8,8% Tabela II, item 2

Mercadoria desincorporada do Ativo Fixo Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 20% do valor da operação

Tabela I, item 5, III

Mercadoria e bens importados, por via terrestre, do Para-guai realizado em Recinto Alfandegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Foz do Iguaçu (PR), impor-tados por microempresas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições de-vidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), previamente habilitadas a operar no Re-gime de Tributação Unificada (RTU), a que se refere a Lei nº 11.898/2009, regulamentada pelo Decreto nº 6.956/2009, de que trata o Convênio ICMS nº 61/2012

Até 31.07.2015 Base de cálculo reduzida de forma que a carga tributária seja equivalente a 7% do preço de aquisição das mercadorias importadas, independentemente da classificação tributária do produto.

Tabela II, item 25

Móvel, motor e vestuário usado Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 20% do valor da operação

Tabela I, item 5, II

Peixes, exceto pirarucu Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 41,67% - Carga tributária 5%

Tabela I, item 14

Produtos classificados nas posições 40.11; pneumáticos novos de borracha e 40.13; e câmaras de ar de borracha, da TIPI, com saída das Regiões Sul e Sudeste, exclusive do Estado do Espírito Santo, para as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e o Estado do Espírito - Operações interes-taduais

Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida de 8,78% Tabela I, item 37, I

Produtos classificados nas posições 40.11; pneumáticos novos de borracha e 40.13; e câmaras de ar de borracha, da TIPI, com saída das Regiões Norte, Nordeste e Centro--Oeste ou do Estado do Espírito Santo para quaisquer Uni-dades da Federação; bem como mercadoria saída das Regiões Sul e Sudeste para essas mesmas regiões, exceto para o Estado do Espírito Santo - operações interestaduais

Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida de 9,30% Tabela I, item 37, II

Produtos classificados nas posições 40.11; pneumáticos novos de borracha e 40.13; e câmaras de ar de borracha, da TIPI, na saída tributada pela alíquota interestadual de 4,00%

Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida de 8,50% Tabela I, item 37, III

Produtos farmacêuticos, sujeitos à substituição tributária - Carga tributária não inferior a 7%

Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida em 10% Tabela I, item 10

Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária (mer-cadorias relacionadas)

Até 31.12.2020 Carga tributária seja equivalente a 7,5% em regime não cumulativo ou 3 % sem apropriação do crédito correspondente

Tabela II, item 23

Serviço de comunicação, na modalidade de provimento de acesso à Internet, realizado por provedor de acesso

Até 31.05.2015 Base de cálculo reduzida para 20% - Carga tributária equivalente a 5%

Tabela II, item 18

Televisão por assinatura Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 40% do valor da prestação - Carga tributária 10%

Tabela I, item 25

Televisão por assinatura, via satélite - preço do serviço co-brado por período não definido

Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 50% do preço cobrado do tomador de serviços não medidos

Tabela I, item 28

Veículos usados Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 5% do valor da operação

Tabela I, item 20

Veículos usados para test-drive por concessionária Prazo indetermi-nado

Base de cálculo reduzida para 20% do valor da operação

Tabela I, item 5, IV

17-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 RO

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7. PEnalIdadES

As ações contrárias aos procedimentos deter-minados na legislação tributária implicam, ao con-tribuinte, penalidades que são capituladas segundo o ato irregular praticado e estão previstas na Lei nº 688/1996, arts. 77 a 80.

Assim, o contribuinte deve estar atento ao correto procedimento relativamente à emissão dos documentos fiscais, à escrituração fiscal, à apresentação de informa-ções e ao pagamento do imposto, de forma que sejam evitados prejuízos decorrentes da aplicação de multas.

N

FEdERal

Bebidas - Vinho e derivados da uva e do vinho - Regulamentação

Foram regulamentadas as normas sobre a pro-dução, a circulação e a comercialização do vinho e dos derivados da uva e do vinho e fixado o prazo de 180 dias, a contar de 21.02.2014, para a adequação dos produtores e comerciantes desses produtos às alterações estabelecidas no Regulamento da Lei nº 7.678/1988, aprovado pelo Decreto nº 8.198/2014.

A execução das disposições legais e regula-mentares citadas será exercida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A classificação geral dos estabelecimentos viní-colas, de acordo com suas atividades, isoladas ou em conjunto, é a seguinte:

a) produtor ou elaborador;b) padronizador;c) envasilhador ou engarrafador;

d) atacadista;e) exportador; ouf) importador.

São considerados:

a) produtor ou elaborador o estabelecimento que transforma produtos primários, semi-industria-lizados ou industrializados de origem agrope-cuária em vinhos e derivados da uva e do vi-nho;

b) padronizador o estabelecimento que elabo-ra um tipo de vinho ou derivado da uva e do vinho padrão utilizando produtos de mesma denominação, podendo adicionar outros pro-dutos previstos nos padrões de identidade e qualidade dos vinhos e derivados da uva e do vinho;

c) envasilhador ou engarrafador o estabeleci-mento que envasilha vinhos e derivados da uva e do vinho em recipientes destinados ao consumidor final;

d) atacadista o estabelecimento que acondiciona e comercializa vinhos e derivados da uva e do

a IOB Setorial

17-10 RO Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 - Boletim IOB

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vinho a granel, não destinados ao consumidor final;

e) exportador o estabelecimento que se destina a exportar vinhos e derivados da uva e do vi-nho e matérias-primas; e

f) importador o estabelecimento que se destina a importar vinhos e derivados da uva e do vinho.

Os estabelecimentos citados devem ser regis-trados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, observando-se, no que couberem, os preceitos relativos aos gêneros alimentícios em geral, constantes da respectiva legislação.

O registro do estabelecimento será válido em todo o território nacional e deverá ser renovado a cada 10 anos.

Quando houver alteração da legislação perti-nente, o referido registro deverá ser alterado no prazo estabelecido pelo órgão competente.

A alteração no registro do estabelecimento, seja nos dados cadastrais ou na unidade produtora, não ensejará novo registro, ressalvadas as hipóteses de mudança de local ou do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da unidade produtora, casos em que o registro do estabelecimento deverá ser cancelado e um novo registro deverá ser providenciado.

Os vinhos e os derivados da uva e do vinho deve-rão atender aos seguintes requisitos:

a) apresentar característica sensorial própria da matéria-prima vegetal, animal ou mineral de sua origem, ou cuja denominação ou marca se lhe assemelhe, e conter, obrigatoriamente, essa matéria-prima nos limites estabelecidos no Regulamento em referência e em atos ad-ministrativos complementares;

b) o suco de uva reconstituído, elaborado a partir do suco de uva concentrado ou desidratado, deverá apresentar as mesmas características fixadas nos padrões de identidade e qualida-de para o suco de uva integral;

c) a graduação alcoólica de vinhos e derivados da uva e do vinho será expressa em porcenta-gem de volume de álcool etílico à temperatura de 20 °C;

d) no vinho ou derivado da uva e do vinho que contiver gás carbônico, a medida da pressão gasosa será expressa em atmosferas à tempe-ratura de 20 °C;

e) a água destinada à produção de derivados da uva e do vinho deverá observar o padrão ofi-cial de potabilidade;

f) os coeficientes de congêneres, componentes voláteis não álcoois, substâncias voláteis não álcoois, componentes secundários não álco-ois dos derivados da uva e do vinho destila-dos e retificados serão definidos pela soma de acidez volátil (expressa em ácido acético), aldeídos (expressos em acetaldeído), ésteres (expressos em acetato de etila), álcoois supe-riores (expressos pelo somatório dos mesmos) e furfural, todos expressos em miligramas por 100 mm de álcool anidro;

g) os coeficientes de congêneres dos derivados da uva e do vinho destilados e retificados, quando necessário, serão estabelecidos em ato administrativo complementar do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e

h) os açúcares adicionados ao produto serão ex-pressos em glicose.

Os vinhos e os derivados da uva e do vinho deve-rão atender aos seguintes requisitos de identidade e qualidade:

a) normalidade dos caracteres sensoriais pró-prios de sua natureza ou composição;

b) qualidade e quantidade dos componentes próprios de sua natureza ou composição;

c) ausência de componentes estranhos, de alte-rações e de deteriorações;

d) limites de substâncias e de microrganismos nocivos à saúde previstos em legislação espe-cífica; e

e) conformidade com os padrões de identidade e qualidade.

Serão considerados impróprios para o consumo e impedidos de comercialização os vinhos e derivados da uva e do vinho que não atenderem às regras des-critas nas letras “a” a “e” anteriores.

Além das disposições de caráter geral, o Regula-mento trata em seu Capítulo XIX, composto dos arts. 75 a 84, das proibições e infrações relacionadas às atividades dos estabelecimentos que atuam na pro-dução, circulação e comercialização do vinho e dos derivados da uva e do vinho.

(Lei nº 7.678/1988; Decreto nº 8.198/2014, Anexo, arts. 6º, 9º, 11, 22, 47 e 75 a 84)

N

17-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 RO

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a IOB Comenta

EStadual

ICMS - Novas disposições ao prestador de serviços de comunicação referentes à recepção de som e imagem por meio de satélite

O Fisco estadual acrescentou, recentemente, os arts. 818-F1 a 818-F3 ao RICMS-RO/1998 para dispor sobre a prestação de serviços de comunicação, rela-tivamente à recepção de som e imagem por meio de satélite, com efeitos desde 1º.02.2014.

O contribuinte do imposto está sujeito ao cumpri-mento das obrigações principal e acessórias previstas na legislação.

Nesse sentido, foi determinado que nas presta-ções de serviço de comunicação, referentes à recep-ção de som e imagem por meio de satélite, quando o tomador do serviço estiver localizado no Estado de Rondônia e a empresa prestadora do serviço em outra Unidade da Federação, o recolhimento do ICMS deverá ser efetuado até o 10º dia do mês subse-quente ao da prestação, através da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE), em favor do Estado de Rondônia.

Na hipótese da devolução dos equipamentos de recepção de sinais via satélite, por parte do usuário do mencionado serviço, de que trata o Capítulo LXI-A do RICMS, a empresa fornecedora dos equipamentos poderá se creditar do mesmo valor do ICMS desta-cado na nota fiscal de remessa para o respectivo usuário.

No caso em que o estabelecimento prestador do serviço de comunicação não seja optante do benefício fiscal previsto no item 25 da Tabela I do Anexo II, o recolhimento do imposto será feito proporcionalmente ao número de tomadores do ser-viço de cada Unidade da Federação, com base no saldo devedor apurado pela empresa prestadora do serviço.

Para melhor visualização, transcrevemos a seguir o item 25 da Tabela I do Anexo II do RICMS-RO/1998.

25. Para 40% (quarenta por cento) nas prestações de ser-viço de televisão por assinatura, de forma que a incidência do imposto resulte num percentual mínimo de 10% (dez por cento).

Nota 1: O benefício será aplicado opcionalmente pelo con-tribuinte em substituição ao regime normal de tributação estabelecido no artigo 30 do RICMS/RO e implicará na vedação de aproveitamento de quaisquer outros créditos fiscais do ICMS.

Nota 2: A opção do contribuinte, nos termos da Nota 1, será feita anualmente até o dia 31 de janeiro de cada ano, na Agência de Rendas de sua jurisdição, mediante apresen-tação do Livro de Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências - RUDFTO, com a devida anotação da opção pela redução da base de cálculo, para que seja aposto o carimbo do órgão fazendário e feita a verificação do cumprimento das exigências descritas na Nota 3.

Nota 3: O contribuinte não poderá ter pendências de cumprimento de quaisquer obrigações tributárias, prin-cipal ou acessórias, previstas na legislação tributária, notadamente aquelas que tratam das remessas dos arquivos eletrônicos dos registros fiscais de operações previstos nos artigos 381-B (SINTEGRA) e 320 (GIAM) do RICMS/RO.

Nota 4: O inadimplemento de quaisquer obrigações tribu-tárias pelo contribuinte implicará na perda do benefício a partir do mês subseqüente àquele da ocorrência, ficando nova concessão condicionada à regularização da pendên-cia, do recolhimento do débito fiscal ou da assinatura da confissão de dívida, no caso de pedido de parcelamento, conforme o caso.

Nota 5: A utilização do benefício previsto no caput deste item fica condicionada a que todos os meios e equipamen-tos necessários à prestação do serviço, quando fornecidos pela empresa prestadora, estejam incluídos no preço total do serviço de comunicação.

Nota 6: o contribuinte deverá:

I - divulgar no seu site, de forma permanente e atualizada, a descrição de todos os tipos de pacotes de televisão por assinatura comercializados, isoladamente ou em conjunto com outros serviços, com os correspondentes preços e condições;

17-12 RO Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 - Boletim IOB

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IOF

Factoring - Contribuinte - Conceito

1) Quem são considerados contribuintes, para efeito de incidência do IOF, nas operações de aliena-ção de direito creditório à empresa de factoring?

No caso de alienação de direitos creditórios resul-tantes de vendas a prazo a empresas de factoring, é considerado contribuinte o alienante pessoa física ou jurídica.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 4º, parágrafo único)

Operações de câmbio - Alíquota - Remessa de juros e dividendos - Recebedor estrangeiro

2) Qual é a alíquota do IOF incidente nas opera-ções de câmbio referentes a remessas de juros sobre o capital próprio e dividendos recebidos por investidor estrangeiro?

Nas liquidações de operações de câmbio para remessa de juros sobre o capital próprio e dividendos recebidos por investidor estrangeiro, a alíquota do IOF é zero.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 15-A, X)

Operações de mútuo - Alíquota - Mutuário optante pelo Simples Nacional

3) Qual é a alíquota do IOF nas operações de mú-tuo em que o mutuário tenha optado pelo Simples Na-cional?

Aplica-se a alíquota de 0,00137% nas operações de mútuo em que o mutuário é pessoa jurídica optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), com valor igual ou inferior a R$ 30.000,00.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, VI)

a IOB Perguntas e Respostas

II - manter à disposição da Coordenadoria da Receita Esta-dual, em meio magnético, as ofertas comercializadas, por período de apuração;

III - quando da comercialização conjunta, em pacotes, de serviço de televisão por assinatura e outros serviços:

a) discriminar, nas respectivas faturas e notas f iscais, os preços correspondentes a cada modalidade de serviço, de

forma a demonstrar a sua independência e aderência às ofertas divulgadas nos sites;

b) observar que o valor da prestação de serviço de televi-são por assinatura não será superior ao preço do mesmo serviço, prestado isoladamente em iguais condições a assinantes individuais ou coletivos.

(Decreto nº 18.705/2014, art. 1º, XXVII)

N

17-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 17 RO

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ICMS/RO

Base de cálculo reduzida - Aveia e farelo de aveia - Tratamento tributário

4) Há benefício fiscal para aveia e farelo de aveia destinados à alimentação animal?

Sim. Há redução de base de cálculo do ICMS em 30% nas saídas interestaduais de aveia e farelo de aveia destinados à alimentação animal ou para fabricação de ração animal.

Esse benefício fiscal vigorará até 31.05.2015.

(RICMS-RO/1998, Anexo II, Tabela II, item 7, IV)

Base de cálculo reduzida - Gás liquefeito de petróleo - Previsão legal

5) Há dispositivo legal que beneficie as operações com gás liquefeito de petróleo?

Sim. São beneficiadas com redução de base de cálculo para 70,59% as saídas internas de gás lique-feito de petróleo.

(RICMS-RO/1998, art. 28 e Anexo II, Tabela I, item 1)

Base de cálculo reduzida - Serviços de comunicação na modalidade de monitoramento e rastreamento de

veículo de cargas - Tratamento tributário

6) Há benefício fiscal na prestação de serviços de comunicação na modalidade de monitoramento e rastre-amento de veículo de cargas no Estado de Rondônia?

Sim. Há redução da base de cálculo para 48%, de forma que a carga tributária seja equivalente a 12% sobre o valor da prestação onerosa de serviço de comunica-ção, na modalidade de monitoramento e rastreamento de veículo de carga, com efeitos desde 08.01.2007.

(RICMS-RO/1998, Anexo II, Tabela I, item 31; Convênio ICMS nº 139/2006)