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SOCEGO Informe Publicação Oficial da Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia – Nº 187 – janeiro/fevereiro/março de 2010 A Jocego vai para o interior do Estado Iguatu Iguatu Sobral Sobral Tianguá Tianguá

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SOCEGOInforme

Publicação Ofi cial da Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia – Nº 187 – janeiro/fevereiro/março de 2010

A Jocego vai para o interior do Estado

IguatuIguatu

SobralSobralTianguáTianguá

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3www.socego.com.br 3www.socego.com.brCaro Associado, Acesse: www.socego.com.br e atualize seu cadastro.

Comissão EditorialJosé Aluízio da Silva Soares (Presidente)

Gilda Maria Leite de AraújoJuarez de Souza CarvalhoAntônio Edson AlmeidaLiduína Albuquerque Rocha de Souza

Apoio dos Socegados à Comissão EditorialCristina Helena Forte BatistaFernando Amaral de Paula Pessoa

Diretoria 2008/2011Presidente: Gilda Maria Leite de AraújoVice-presidente: Francisco Herlânio Costa Carvalho1º Secretário:Flávio Lúcio Pontes Ibiapina2º Secretário:Antônio Edson Almeida

Diretor Financeiro: Antônio Eliézer Arraes Mota FilhoDiretora de Ética e Defesa Profissional: Joana Adalgisa F. M. Andrade1º Suplente: Lucíola Campos Lavor2º Suplente: Rosana Pereira Sá BusgaibConselho Fiscal: Helvécio Neves Feitosa, Arnaldo Afonso Alves de Carvalho, Francisco Edson de Lucena Feitosa

Jornalista Responsável:Fred MirandaProjeto Gráfico e Diagramação:Júlio Amadeu e Fred MirandaImpressão: Expressão GráficaTiragem:800 exemplares

Informativo trimestral, contendo artigos, entrevistas e matérias sobre a SOCEGO.Expediente

ENCONTRO NA SERRA, sertão, litoral ou qualquer outra região que preten-da sediar a JOCEGO –

Jornada Cearense de Ginecologia e Obstetrícia -, compatibiliza-se com o nosso propósito de melhorar a saúde da mulher em todo o Ceará. Com esse objetivo, temos defendido a democra-tização do conhecimento, através da interiorização das nossas ações, levan-do as atualizações científi cas a todas as regiões do estado - sempre conside-rando as peculiaridades e necessidades locais -, e mantendo a gratuidade das inscrições e a facilitação da locomoção de nossos associados.

Houve quem preconizasse o fi m dos congressos tradicionais em razão da comunicação on line, da educação à distância, do conhecimento disponi-bilizado na internet, nos livros e revis-tas científi cas. Essas formas de atuali-zação sem dúvida são importantes – e são disponibilizadas aos nossos asso-ciados -, mas não substituem a troca de experiências e de calor humano, a oportunidade de criar novas amizades e fortalecer as já existentes, o congraça-mento entre colegas, a possibilidade de formação de parcerias, a quebra da ro-tina, o descortinar de novos horizon-tes, o turismo, o lazer e a programação social que só são possíveis em eventos presenciais.

Seguindo esse princípio, vem aí a III Jornada de fronteiras Ceará e Piauí, que ocorrerá em Tianguá, nos dias 26 e 27 de março.

A Jornada será um momento pri-vilegiado de atualização, com uma gra-de científi ca de alto nível, a cargo de renomados e experientes professores das federadas do Ceará e Piauí.

Disponibilizaremos ônibus para os associados que desejarem deslocar-se de Fortaleza para esse encontro na Serra da Ibiapaba, que promete ser um sucesso.

O Dr. Edilson Pinto, Presidente dessa Jornada, fala-nos em sua entre-vista dos preparativos em curso para que o evento tenha o padrão SOCE-GO de organização e qualidade.

Como disse Saint’Exupery, “o essencial é invisível aos olhos”. Não deixe de viver, reviver e sentir essa ex-periência única. Venha ao nosso EN-CONTRO!

Um grande abraço!

Gilda LeitePresidente da SOCEGO

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4 www.socego.com.br Caro Associado, Acesse: www.socego.com.br e atualize seu cadastro.

ArtigoCientífico

ENTREVISTA

Pergunta: Sempre se atualizando nos con-gressos nacionais de Especialidade, como o senhor analisa o desempenho da GO no estado do Ceará?

Resposta: A GO cearense, representada pela nossa SOCEGO, tem evoluído muito como órgão de classe, principalmente no que diz respeito à educação continuada com simpósios, praticamente mensais, e o incentivo à prática de eventos maiores no interior do Estado. Paralelo a isto tem ha-vido uma boa participação da SOCEGO com o setor público na implantação das políticas de saúde.

Pergunta: É reconhecido seu pioneirismo em levar para a Serra da Ibiapaba encon-tros científi cos e implantação de Serviços com Tecnologia Moderna. Qual a pers-pectiva da Região se transformar em Polo Terciário?

Resposta: A região norte, onde se insere a Micro-Região da Ibiapaba, sempre contou com poucos médicos Gineco-Obstetras e serviços efetivos na especialidade, com excessão de Sobral que teve como esteio a Santa Casa, agora com a Residência Mé-dica, e a Faculdade de Medicina. Foi gran-de o nosso esforço, várias jornadas foram realizadas, cursos e reciclagens. Felizmen-te vislumbramos um serviço que há 4 anos foi implantado em Tianguá com a real im-plantação do Hospital Polo (secundário). Quanto ao Pólo Terciário achamos que se-ria uma realidade a médio ou longo prazo. Primeiro vamos aperfeiçoar o que já temos.

Pergunta: A Terceira Jornada de Frontei-ras, contou com o entusiasmo da Presiden-te da SOCEGO e vem ao encontro dos  projetos da atual diretoria em estender a  Educação Continuada ao Interior do Esta-do. A vinda dos colegas do Piauí fortalece esse objetivo?

Resposta: Com certeza. Estamos aí com a 3ª edição desta jornada de Fronteira Ceará-Piauí, acreditamos que repetiremos

o sucesso das outras, com a intenção de superá-las na qualidade e na objetivida-de dos temas. Apesar de ser realizada na fronteira entre os dois estados, não haverá limite para o debate e o que prevalecerá será o congraçamento e a amizade entre dois grandes centros.

Pergunta: A Toco ginecologia hodierna não dispensa o concurso das imagens e da fi bra ótica. Nosso sistema de saúde (SUS), não oferece esses recursos às suas Unida-des. O senhor teria alguma sugestão para pressionar os Poderes Constituídos  através de nossas Associações?

Resposta: Confesso que estou muito pes-simista em relação a melhorias para o nos-so sistema Único de Saúde. Entra governo e sai governo e a tabela do SUS fi ca ao Deus-dará, nada muda e os investimentos que observamos em nossa área são pon-tuais, dependendo da boa vontade dos governos estaduais e municipais. O que temos a fazer é união em torno de nossas sociedades Médicas, tentar somar o apoio popular e tentar sensibilizar nossos cole-gas que estão lá em cima no poder (Go-vernadores, Deputados, vereadores, etc), para fazer valer um SUS que não seja só auditoria, fi scalização índice de cesariana com um fi nanciamento justo e dentro da realidade. As tabelas estão defasadas em 20 anos ou mais e o sistema público subdi-mensionado e sucateado.

Pergunta: Qual a fi nalidade precí-pua da Jornada de Fronteira em Tianguá

Resposta: O objetivo princi-pal da jornada será o debate científi co, o fórum de ética e de política médica além do congraçamento e do la-zer, é claro. Na programação foram dados destaques espe-ciais: à mastologia para difun-dir as práticas básicas de profi laxia do câncer de mama e a importância da

mamografi a; a histeroscopia como meio propedêutico e como alternativa cirúrgi-ca minimamente invasiva; temas como o da “cesaria a pedido” uma realidade que precisamos enfrentar à luz da ética e do bom senso, além de outros. Pergunta: Com nossos agradecimentos, suas considerações fi nais...

Resposta: Eu que agradeco, Dr. Aluzio, por esta oportunidade. Finalizando, gos-taria de conclamar aos colegas para vir à Serra da Ibiapaba para a nossa Jornada em Tianguá nos dias 26 e 27 de março de 2010, no meio do caminho entre Fortaleza e Teresina. A Região é bonita, o clima é bom e bem maior será o desejo de recebê-los.

que estou muito pes-melhorias para o nos-Saúde. Entra governo

p

bela do SUS fi ca ao da e os investimentos nossa área são pon-da boa vontade dos municipais. O que

o em torno de nossas tentar somar o apoio sibilizar nossos cole-cima no poder (Go-

dos, vereadores, etc), SUS que não seja só o índice de cesariana nto justo e dentro da estão defasadas em 20 ema público subdi-ado.

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o princi-debate e ética a além e do la-gramação ques espe-para difun-as de profi laxia e a importância da

g ,clima é bom e bem maior será o desejo de recebê-los.

Presidente da III Jornada de Fronteiras

Dr. José Edilson Pinto

DR. JOSÉ EDILSON PINTO, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, TEGO 0117/89. Tem se destacado pelo trabalho incessante na ascensão técnico-científi ca da micro região de Ibiapaba. Complementa sua Assistência Médica como Ultrassonografi sta e é um dos fundadores da jornada de Fronteira (Ceará/Piauí).

Entrevista feita Pelo Dr Aluizio Soares Presidente da Comissão Editorial da SOCEGO ao médico Ginecologista e Obstetra Dr. José Edilson Pinto.

5www.socego.com.br 5www.socego.com.brCaro Associado, Acesse: www.socego.com.br e atualize seu cadastro.

III Jornada de Fronteiras Ceará - Piauí de Ginecologia e Obstetrícia – Tianguá - Ceará

26 e 27 de março de 201026 de março de 2010 (sexta-feira)

8h - 12h - Curso Pré-Congresso Teórico e prático de HisteroscopiaLocal: Hospital São CamiloCoordenador Marcus Aurélio Bessa PaivaAirton Quintino Farias

14h – 15h - Abertura com conferência- O Câncer de Mama no CearáPresidente: José Edilson Pinto (CE)Conferencista: Luis Gonzaga Porto Pinheiro (CE)

15h – 15h30 – Mini conferência: Terapia anti-hipertensiva na gravidez e sulfatação: como e quando realizarPresidente: Roosevelt Furtado de Vasconcelos (PI)Conferencista: João de Deus Valadares Neto (PI)

15h30 - 16h - Coff ee – Break

16h – 16h30 – Pré - natal de Qualidade - como conseguirPresidente: Arnaldo Afonso Alves de Carvalho (CE)Conferencista: Liduína Albuquerque Rocha e Sousa (CE)

16h30 – 17h – Mini conferência: Contracepção hormonal atual Presidente: Cláudia Oliveira Giffoni (CE)Conferencista: Ione Maria Ribeiro Soares Lopes (PI)

17h – 18h – Mesa Redonda: Endocrinologia ginecológicaCoordenador: José Bandeira Bayma (CE)Sangramento uterino disfuncional – Maria Castelo Branco Rocha de Deus (PI) 20’ Anovulação crônica (SOMP) Raimundo César Pinheiro (CE) 20’Hiperprolactinemia – Marcus Aurélio Bessa Paiva (CE) 20’

20h – Solenidade de abertura: com jantar de boas-vindas

27 de março de 2010 - Sábado

9h –10h30 – Mesa Redonda – Mastologia: CondutasCoordenador: José Edilson Pinto (CE)Lesões Benignas da mama – Aline Carvalho Rocha (CE) 20’Lesões Malignas da mama - Juvenal Linhares (CE) – 20’Mamografi a/Ultrassonografi a/RM – Quando solicitar – Antônio de Pádua Almeida Carneiro (CE) 20’Nódulo Impalpável - Emmanuel Filizola Cavalcante (CE) – 20’

10h30 - 11h - Coff ee - Break

11h - 11h30 – Mini conferência – Diabetes gestacionalPresidente: José Aluízio da Silva Soares (CE)Conferencista: Francisco Edson de Lucena Feitosa (CE)

11h30 -12h – Mini-conferência: Cesareana a pedidoPresidente: Juarez de Souza Carvalho (CE)Conferencista: Helvécio Neves Feitosa (CE)

12h - Almoço

14h – 15h – Conferência: Métodos Ultra Sonográficos: US na avaliação da vitalidade fetalPresidente: Joab Soares de Lima Conferencista: - Francisco Herlânio Costa Carvalho (CE)

15h – 15h30 – Coff ee-Break

15h30 – 17h – Mesa redonda: Como me conduzoCoordenadora: Adriana Parahyba Barroso (CE) Trabalho de parto prematuro + 1 caso clínico – Flávio Lúcio Pontes Ibiapina - (CE) 20’Amniorrexe prematura + 1 caso clínico – Francisco Airton Rangel Filho (CE) 20’Rastreamento de cromossomopatia do 1º trimestre + 1 caso clínico- Francisco Carlos Nogueira Arcanjo (CE) 20’Aspecto prático do exame morfológico – Manoel Martins Neto (CE) 20’

18h - Festa de confraternização: Viçosa do Ceará

IMPORTANTE• Ônibus executivo sairá dia 26 de março de 2010, impreterivelmente às 6h (seis) da manhã, da praça em frente ao Hospital Geral do Exército, Av. Desembargador Moreira. O retorno da cidade de Tianguá ocorrerá no dia 28 de

março, às 8h da manhã. • Lembramos ainda que as inscrições são gratuitas, que os sócios quites interessados, confi rmem presença no ônibus

que será patrocinado pela SOCEGO. A hospedagem e a alimentação correrá por conta do próprio inscrito. 

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:SOCEGO (85) 3244.2423SOPIGO  (86) 3223.6252

CONGRESSO BRASILEIRO DE CITOPATOLOGIA20 a 23 de junho de 2010

OS ASSOCIADOS QUITES SOCEGO TERÃO 20% DE DESCONTO

XXICONGRESSO BRASILEIRO

DE CITOPATOLOGIA

6 www.socego.com.br Caro Associado, Acesse: www.socego.com.br e atualize seu cadastro.

Nas últimas décadas houve um aumento substancial das taxas de cesariana em todo o

mundo. Países que até pouco tempo apresentavam baixas taxas de cesáreas, a exemplo da Turquia e da Itália, alcançaram no início dos anos 2000, taxas de 30% e 33%, respectivamente. Na América Latina, o Chile detém a maior taxa, com 45% em 1999, seguido de perto pelo Brasil, com 31% de cesarianas em 1982 e 37% em 2000. Nos Estados Unidos, o índice que era de 3% em 1937, se manteve estável na casa dos 23% por mais de 20 anos, atingindo 27,5% em 2003 e, em torno de 30% em 2005.

A literatura é controversa ao abordar os riscos de parto normal e das cesarianas eletivas, tanto para a mãe quanto para o feto. Há um viés de interpretação dos fatos, quando se analisam estatísticas que comparam os desfechos de parto cesariana e de parto normal e não se levam em consideração as indicações das cesáreas. É óbvio que se considerarmos tais estatísticas, as complicações relacionadas ao parto cesariana, tanto para a mãe quanto para o feto serão maiores, pois muitas das tais cesarianas foram realizadas em situações críticas, nas quais o parto normal estava contra-indicado. Uma

coisa é proceder uma cesariana eletiva numa paciente hígida, outra muito diferente é procedê-la numa paciente com indicação de cesárea por patologia clínica e/ou obstétrica, ou uma cesariana intraparto (principalmente se prolongado e com bolsa rota), mesmo numa paciente hígida. É claro que se formos defensores incondicionais do parto normal, principalmente na condição de epidemiologistas, professores distanciados da prática clínica (ex-obstetras), gestores ou burocratas ministeriais, e não na condição dos que efetivamente ainda exercem a especialidade, tendemos a supervalorizar tais estatísticas. Quando, entretanto, buscamos evidências científi cas atuais, em estudos metodologicamente bem delineados, e nos atemos especifi camente ao tema cesárea a pedido (ou por razões não-médicas) versus parto normal em pacientes hígidas, não encontramos dados que mostrem claramente que uma conduta é superior à outra. A este respeito, a revisão sistemática Cochrane - “Cesarean Section for Non-medical Resons at Term” - atualizada em 2009, chega a seguinte conclusão: não há evidências científi cas a partir de estudos randomizados e controlados de que uma conduta seja superior à outra e de que, na ausência de tais estudos, há a necessidade urgente de uma revisão sistemática a partir de estudos observacionais e uma síntese dos dados qualitativos, para melhor se estabelecer os efeitos a curto e a longo prazo da cesárea por razões não-médicas e do parto normal.

Os benefícios relatados para a cesárea planejada incluem maior segurança para a criança, menor trauma do assoalho pélvico para a mãe, evitar a dor do trabalho de parto (tocofobia)

e conveniência. As desvantagens potenciais apontadas são o maior risco de morbidade e mortalidade para a mãe, seqüelas psicológicas e problemas em gravidezes sebsequentes, incluindo ruptura da cicatriz uterina, além de maior prematuridade e morbidade neonatal. Os riscos inerentes a cada procedimento ainda carecem de estudos observacionais, pois os estudos empreendidos até o momento não se apresentam claros.

No Brasil, há grande disparidade das taxas de cesariana no SUS (27,5%), quando comparada ao Setor Suplementar (79,7%) (Fonte: MS e ANS, 2004). Documento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicado em 2008, reforça as mesmas recomendações estabelecidas em encontro da OMS em Fortaleza, em março de 1985, que preconizava índices de cesariana em torno de 15% como aceitáveis para qualquer região do mundo. Ressalte-se que as recomendações estão separadas uma da outra por um período de 23 anos, no qual ocorreram verdadeiras revoluções na tecnologia e nos meios de comunicação. O conhecimento humano foi democratizado com os recursos da internet, a tornar a informação, nos dias atuais, simultânea e instantânea em todos os continentes do planeta.

Do ponto de vista da ética profi ssional, a publicação Cadernos do Cremesp (2002) aborda levantamento de 12.000 denúncias registradas naquele Conselho num período de seis anos. No estudo, a especialidade de tocoginecologia aparece no topo da lista com 12% das denúncias. Com relação à obstetrícia, as queixas mais freqüentes, em ordem decrescente,

SOBRE A POLÊMICA QUESTÃO DA CESÁREA A PEDIDO: CONSIDERAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS,

ÉTICAS E BIOÉTICAS

ARTIGO CIENTÍFICO

Helvécio Neves Feitosa

7www.socego.com.br 7www.socego.com.brCaro Associado, Acesse: www.socego.com.br e atualize seu cadastro.

Ginecologia e Obstetrícia 20 a 22 de maio de 2009

XXVI Congresso Nordestino e 36º Congresso Pernambucano de

foram: assistência ao parto com óbito do recém-nascido; assistência ao parto com complicações maternas; parto com seqüelas ao recém-nascido; assistência ao parto com óbito materno; assistência ao parto com óbito materno e do recém-nascido; outras causas não especifi cadas. Em Porto Alegre, no período de 1988 a 2000, segundo Sérgio Costa, a especialidade de obstetrícia foi, entre as demais especialidades médicas, aquela com maior número de processos judiciais e 45% das solicitações judiciais de perícias ao Departamento Médico-Legal foram contra obstetras. O autor afi rma que não há nenhuma dúvida de, mesmo que desnecessária ou mesmo que contenha maior risco para a mãe ou para o neonato, uma cesariana eletiva tem muito menos risco para o médico. Ferrari, em publicação de 2009 (Revista Bioética do CFM), faz pertinentes comentários aos artigos do Código de Ética Médica relacionados ao tema, dos quais pinçamos os seguintes: Art. 1º A Medicina é uma profi ssão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e deve ser exercida sem discriminação de qualquer natureza. Comentário: assim sendo, as gestantes pobres e que necessitam recorrer ao Sistema Único de Saúde não podem ser discriminadas e devem, com as demais, ter assegurado o direito de optar pela via de parto, pois para tanto têm autonomia. Art. 4º Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético e pelo prestígio e bom conceito da profi ssão. Comentário: o desempenho ético pressupõe oportunidades iguais para as gestantes, facultando-lhes optar pela via de parto que desejarem. O Art. 21 estabelece que é direito do médico indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas reconhecidamente aceitas e respeitando as normas legais vigentes no País. Comentário: a indicação de cesariana eletiva ou a pedido é prática reconhecida

em todo o País, especialmente nos consultórios particulares. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, em parecer aprovado em 2008 (Parecer 190/08), aborda o direito da gestante de escolher a via do parto e faz menção ao artigo 48 do Código de Ética Médica, que estabelece ser vedado ao médico: “Exercer sua autoridade de maneira a limitar o direito do paciente de decidir livremente sobre a sua pessoa ou bem-estar”, e ao artigo 50, no qual está insculpido ser vedado ao médico: “Desrespeitar o direito do paciente decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas e terapêuticas, salvo em caso de iminente perigo de vida”. Na conclusão do referido parecer, o relator opina que a cesariana a pedido será ética, desde que a decisão seja compartilhada pelo médico/equipe e paciente/família e esta for considerada a melhor opção, depois de esgotadas todas as alternativas relacionadas. Em sua parte fi nal é ressaltado ainda que na escolha ética devem ser consideradas as condições orçamentárias do serviço para não prejudicar outros pacientes.

Numa análise bioética do tema, seguindo a corrente principialista, aflora em primeira linha o princípio da autonomia, que na visão de Clotet (1993), constitui-se na denominação mais comum da qual é conhecido o princípio do respeito pelas pessoas, que exige que aceitemos que elas se autogovernem ou sejam autônomas, quer na sua escolha, quer nos seus atos. O princípio de autonomia requer que o médico respeita a vontade do paciente ou de seu representante, assim como seus valores morais e crenças. Reconhece o domínio do paciente sobre a própria vida e o respeito à sua intimidade. Limita, portanto, a intromissão dos outros no mundo da pessoa que esteja em tratamento. Portanto, longe estão os tempos do paternalismo médico, em que o médico numa

postura autoritária, considerando o paciente incapaz, determinava o que era melhor para o paciente.

No tema em discussão, a imposição de rotinas burocráticas e políticas ministeriais nas maternidades públicas limitam, irremediavelmente até o momento, o exercício da autonomia por parte da gestante, que fi ca com apenas uma opção: o parto vaginal. Tal difi culdade não é encontrada no Setor Suplementar, o que caracteriza uma iniqüidade e discriminação. Na visão de Ferrari (2009), com a qual concordamos, no Setor Público, a decisão é vertical, autoritária e não leva em conta os medos, valores, fi losofi a de vida ou ambições da gestante, que injusta e perversamente é subjugada ao sistema.

Para que a gestante possa exercer a autonomia plena, há a necessidade de conhecimento e informação, que deve ser técnica e imparcial, sem imposição dos valores e crenças do médico com o objetivo de infl uenciar a decisão da paciente. A gestante deve ter à sua disposição todos os dados sobre o procedimento a que vai se submeter, bem como sobre a alternativa para que possa, livremente, decidir. O médico deve adotar um discurso acessível ao nível de entendimento da gestante e tem a obrigação ética e jurídica de se fazer claro e compreensível, para equilibrar as partes do contrato e permitir a equidade também em termos de informação. Um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no qual constem todas as informações relativas aos riscos e benefícios relacionados à decisão da paciente, é peça fundamental.

Ainda com relação aos aspectos bioéticos envolvidos no tema, fi lio-me ao parecer da Associação Portuguesa de Bioética, aprovado em março de 2008, com as seguintes recomendações fi nais:

Continua na página 8

8 www.socego.com.br Caro Associado, Acesse: www.socego.com.br e atualize seu cadastro.

1. O princípio da autonomia dos casais, e no caso em apreço da mulher grávida, deve ser respeitado;

2. Deve ser dada a possibilidade à mulher grávida de escolher a via do parto no quadro do processo de ob-tenção do consentimento informado, livre e esclarecido;

3. Qualquer que seja a escolha de-fi nitiva da mulher grávida, o consen-timento deve ser prestado também na forma escrita;

4. Todas as unidades de Saúde com blocos e salas de parto devem dispor das condições necessárias para que seja providenciado acon-selhamento adequado ao casal – e à mulher grávida em particular – sobre os procedimentos envolvidos, nomeadamente sobre as conseqüên-cias da escolha de uma determina-da via de parto;

5. Que, sempre que possível, este aconselhamento deve ser providen-ciado no início da gravidez de modo a programar adequadamente o parto e a ultrapassar eventuais divergências que possam surgir;

6. Não obstante, a possibilidade de médicos e enfermeiros poderem exercer o seu legítimo direito à ob-jeção de consciência, quando exista divergência de opinião entre a grávi-da e a equipe de saúde sobre a via do parto a adotar, a mulher grávida deve ser referenciada para uma equi-pe que esteja disposta a aceder a essa vontade;

7. Deve, em consonância com o princípio da equidade, tentar reduzir-se ao máximo as dispa-ridades existentes entre o setor privado e o setor público, dando as mesmas possibilidades às grá-vidas que recorram ao Sistema Nacional de Saúde do que aque-las que já existem para as grá-vidas acompanhadas em regime privado;

8. As entidades competentes do Ministério da Saúde devem envi-dar os esforços necessários para que as unidades hospitalares com blocos e salas de parto implementem estas boas práticas com a maior celerida-de possível.

O American College of Obstetricians and Gynecologists (2008) simplifi ca a decisão sobre a escolha da via do parto com base nos quatro pilares da bioética principialista: o médico deve utilizar a oportunidade de contato com a gestante para explorar seus conceitos e valores. Prover informações e cuidadoso aconselhamento que permitirá que a paciente, e seu médico, obtenham uma decisão mutuamente aceitável. Caso não ocorra esse entendimento, a paciente deve buscar cuidados com outro profi ssional. Comungamos com a opinião de Minkoff (2003), em publicação no NEJM, que afi rma: embora as evidências não corroborem a recomendação de cesarianas eletivas em caráter de rotina, nós acreditamos que as evidências corroborem a concordância do médico em aceitar a decisão quando esta é proveniente de uma paciente informada que solicita o procedimento.

Helvécio Neves FeitosaProfessor do Curso de Medicina da UNIFOR

Doutor em Medicina pela EPM/UNIFESPDoutorando em Bioética pela Universidade do Porto

Conselheiro do Cremec

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Nosso próximo encontro no Interior do Estado!

IGUATU - Teatro Pedro Lima Verde

II JORNADA CEARENSE DE GINECOLOGIA E

OBSTETRÍCIA DE IGUATU E II FÓRUM NORTE E NORDESTE

SOBRE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER

07 e 08 de maio de 2010

Realização:

Nosso Próximo PEC24 de abril de 2010Urgências em ObstetríciaHotel Mareiro ( Av. Beira Mar,2380)

Palestrante: Eduardo Cordioli (SP)Coordenadores: Drs: Flávio Lúcio, Fco. Herlânio e Garcia Neto

Programação Científi ca da SOCEGO - 201026 e 27/03/2010Evento: III Jornada de Fronteiras Ceará – Piauí de Ginecologia e Obstetrícia

24/04/2010Evento: PEC – OBSTETRÍCIA - Urgências em obstetrícia

07 e 08/05/2010 Evento: II Jornada Cearense de Ginecologia e Obstetrícia de Iguatu e II Forum Norte Nordeste sobre atenção integral à saúde da mulher

19/06/2010 Evento: Simpósio de Climatério: Novas Diretrizes em Terapêutica de Reposição HormonalPalestrantes: Drs. César Eduardo Fernandes e Luciano Pompei

20 e 21/08/2010Evento: I Jornada Cearense de Ginecologia e Obstetrícia em Sobral e III Forum Norte Nordeste sobre atenção integral à saúde da mulher

25/09/2010Evento: PEC – Alterações cutâneas na gravidezPalestrante: Dra. Mariza Patriarca

28/10/2010Evento: PEC – Atualidades em anticoncepção: 50 anos depoisConfraternização do dia do tocoginecologista e aniversário de 45 anos da SOCEGO

27/11/2010Evento: PEC: Sexualidade e vinhoPalestrante: Dr. Gerson Pereira Lopes

10 www.socego.com.br Caro Associado, Acesse: www.socego.com.br e atualize seu cadastro.

Cada vez mais recebemos em nosso consultório mulheres com queixas ma-márias específi cas que requerem ação imediata do ginecologista e/ou mastolo-gista. O medo do câncer de mama e a farta visibilidade na mídia sobre a ques-tão, tem trazido ao médico uma contí-nua necessidade de atualização em sinais e/ou sintomas mamários como mastal-gia, descarga papilar, nódulos e proces-sos infecciosos/infl amatórios da mama.

As infecções e infl amações mamá-rias, denominadas genericamente mas-tites, embora condição benigna, trazem consigo a necessidade do diagnóstico di-ferencial com o carcinoma infl amatório, doença de paget; além de poderem estar associadas a patologias sistêmicas como diabetes, tuberculose,sarcoidose,artrite reumatóide e sífi lis. Causam também desconforto para paciente (dor), altera-ções estéticas (cicatrizes,retrações e fístu-las) e repercussões graves como toxemia e sepse em alguns casos.

Com mais frequência, nos depara-mos com a mastite lactacional, que in-cide, mais comumente à altura da 2ª/3ª semana após o parto, secundária a disse-minação transpapilar de germes como s. aureus, s. epidermidis e streptococcus do grupo b. Feridas superfi ciais (rachadu-ras) e profundas, que atingem a derme (fi ssuras) são conhecidas portas de entra-da, mas o mamilo íntegro também pode ser o sítio de entrada através de canais galactóforos (galactoforite).

As pacientes apresentam dor, eritema, inchaço, sensibilidade acentuada ou sinais

sistêmicos de infecção como toxemia, fe-bre, taquicardia e leucocitose. Antibióticos na fase inicial normalmente controlam a infecção e evitam a formação de abcessos. A primeira escolha deve recair sobre as ce-falosporinas (cefalexina 500mg vo 06/06 hs, cefadroxil 500mg vo de 12/12 hs por 7 a 10 dias), como segunda escolha te-mos estearato de eritromicina 500mg vo 06/06 hs e, em casos graves, antibiotico-terapia ev com oxacilina ou cefalotina. A ciprofl oxacina, tetraciclina e cloranfenicol não podem ser utilizados, pois podem causar danos ao lactente. A amamentação deve continuar, pois promove drenagem do segmento congestionado. Pacientes que não respondem ao tratamento devem realizar us mamário em busca de abcessos e áreas suspeitas devem ser biopsiadas para excluir câncer. Os abcessos devem ser aspi-rados e monitorados com us a cada 3 dias ou drenados sob sedação com incisão no ponto de fl utuação máxima e aposição de dreno de penrose por 48 hs.

Fora do período lactacional, encon-traremos, com mais frequência, a mastite periductal (comedomastite, mastite de células plasmo citárias, mastite periareolar recidivante), associado a mulheres taba-gistas (70% dos casos) e abaixo dos 50 anos. O substrato anatomopatologico de-corre do efeito irritativo do cigarro sobre o epitélio ductal, ocasionando metaplasia escamosa, obliteração dos ductos por detritos de queratina, reação infl amatória periductal, contaminação bacteriana do tecido ectasiado, formação de abcesso e por conseguinte fi stulização.

De início, o processo pode ser tra-tado com amoxacilina/clavulanato, asso-ciação cefalosporina com metronidazol ou ciprofl oxacina por 7 a 10 dias com intuito de evitar a formação de pus e consequente fi stulização. As bactérias responsáveis pela infecção são de fl ora mista, dentre elas, estreptococos, esta-fi lococos, anaeróbios e gram negativos. Na clinica observamos episódios de fl o-gose peri areolar, mastalgia acíclica re-troareolar , descarga papilar purulenta, abcessos e fítulas recorrentes.

Constatado o abcesso sub areolar crô-nico recidivado com fi stulização, o trata-mento ideal requer cirurgia. Nas pacientes jovens que desejam amamentar realizamos a fi stulectomia (ressecção do ducto acome-tido e do trajeto fi stuloso na sua totalida-de) ou a fi stulectomia asociado a exérese dos ductos principais nas pacientes que não desejam mais engravidar. importante: todo trajeto fi stuloso deve ser ressecado e material enviado para anatomopatologi-co. Realizar ciclo de antibioticoterapia an-tes do procedimento cirúrgico e manter no pós operatório por sete dias.

Duas outras entidades merecem nos-sa consideração: a mastite tuberculosa e a mastite lobular granulomatosa. A primeira apresenta-se mais comumente como nódu-los endurecidos de evolução lenta ou um ou vários abcessos resultantes da infecção de uma área de tuberculose por organismos piogênicos, com necrose caseosa e trajetos fi stulosos. Clinica e radiologicamente pode simular um carcinoma e deve ser condu-zido com mínima intervenção cirúrgica (biopsia excisional) associado com drogas tuberculostáticas (rip). Já a mastite lobular granulomatosa caracteriza-se por tumora-ção fi rme, granuloma não caseoso e micro abcessos confi nados ao lóbulo. Na core observamos: células epitelioides, gigantes multinucleadas de langhans, neutrófi los e células estromais. Deve-se evitar a excisão, pois evolue para secreção de lesão persis-tente, formação de fístula e retardo na cicatrização. Em caso de abcesso, aspiração ou mínima incisão e drenagem. corticoes-teróides em baixa dose e por curto período parecem ser uma boa opção. A causa é des-conhecida. Recorrência é comum mas com resolução espontânea em muitos casos.

Por fi m, não deixar de pensar em paget nos casos que não respondem ao tratamento com corticoesteroides tópico associado com fungicidas, de solicitar mamografi a nas pacientes acima de 35 anos após resolução do quadro agudo e de biopsiar abcessos de paredes espessa-das ou nódulos para afastar carcinomas.

Dr. Antonio de Padua Almeida CarneiroVice presidente da SBM-CE

Algumas considerações sobre mastites:

MATÉRIA CIENTÍFICA

11www.socego.com.br 11www.socego.com.brCaro Associado, Acesse: www.socego.com.br e atualize seu cadastro.

Francisco de Paula Fortaleza nasceu em 2 de maio de 1938, na cidade de Fronteiras-Pi, fi lho de Rai-munda Senhora de Lima e Emilia-no Rodrigues Fortaleza. Morou até os 9 anos na fazenda Gurguéia-Pi, onde se alfabetizou. Em setembro de 1947 foi morar na cidade de Cam-pos Sales-Ce junto com sua família. Estudou no Seminário São José do Crato de 1953 até 1955. Em 1956 foi estudar em Terezina-Pi. Retornou para Fortaleza, Ceará para concluir o científi co no Liceu do Ceará em 1960. No ano de 1961 foi aprovado no vestibular da Faculdade de Me-dicina da Universidade Federal do Ceará. Em 27 de setembro de 1968 casou-se com Emilia Castelo Branco Fortaleza e dessa união nasceram 3

fi lhos: Carlos Magno, Simone e Mar-cus Aurélio.

Dedicou-se às atividades pro-fi ssionais na área de oncologia gine-cológica. Estagiou no Hospital A.C. Camargo da Associação Paulista de Combate ao Câncer – SP em 1973.

Trabalhou como médico radio-terapeuta do Instituto do Câncer do Ceará, ginecologista do HGF e IPEC (onde ocupou algumas diretorias). Foi Superintendente do INAMPS de 1985 a 1988. Foi prefeito da cidade de Cam-pos Sales-Ce por dois mandatos. Perí-odo no qual foi construído o primeiro hospital público da cidade e foram im-plantadas signifi cativas melhorias nas áreas de saúde e educação, que sempre foram o seu principal objetivo com ho-mem público.

Uma de suas maiores características é a perseverança. Busca cres-cer sempre, demonstra uma vontade constante de incorporar novos conheci-mentos para se tornar uma pessoa cada vez mais atualizada. Tem caráter emo-tivo e caridoso, procura sempre fazer o bem em todas as facetas da sua vida pessoal e profi ssional. Possui uma in-vejável jovialidade, acalentando ainda muitos sonhos e vontade inigualável de viver intensamente todos os momentos.

Na sua vida familiar sempre es-teve presente como esposo, pai ou avô dedicado, demonstrando em todos os momentos seu incondicional amor à família. A sua vida é um exemplo para todos que convivem com ele!

Simone Fortaleza, fi lha e Médica Pneumologista

Dr. Francisco de Paula Forta-leza é homenageado nesta edição do Informe SOCEGO. Motivado por uma amizade plasmada ao longo de meio século, quero parabenizar nos-sa Associação pela justa iniciativa.

Dividimos durante cinco anos o mesmo apartamento na Residência Universitária (antigo CEU da João Pessoa) e iniciamos nossa irmanda-de, nunca maculada por sentimentos de inveja ou de rancores. Admirava seu empenho em acompanhar, com destaque, o curso médico ao tempo em que ensinava em colégios parti-culares para reforçar suas economias.

Temperamento inquieto, trazia viva a lembrança de sua Fronteira, ci-dade do Piauí onde nascera. Para bem expressar essa ligação umbilical, criou com outros conterrâneos o NEUP

(núcleo dos estudantes universitários do Piauí) Foi seu presidente e plantou um jardim de amigos que primavam pela solidariedade!

Político, não se afastou da li-nha da Ética traçada na Medicina. Exerce suas atividades profi ssionais com os mesmos ideais que defendia naqueles anos revolucionários de ses-senta. Seria um bom padre se não fosse um ótimo pai. Baralho, de pro-pósito, aspectos de sua vida porque sei que tudo será ordenado pela pa-lavra de sua fi lha. Só não aprendi com o Fortaleza, “fazer café”, o que me consolo porque ele não aprendeu a “tomar porre”.

Abrace seu colega e amigo, meu caro Fortaleza. Aluizio Soares Ginecologista e Obstetra

HomenagemDr. Francisco de Paula Fortaleza

Um Abraç o Fraterno!eeeeeee pp p p plalalaaantntntououoourrrrrrimimmimimmiimmavaavavva

uuuuuuu d d dd d a aa a MeMeMeMeeedidididdididiciciciccic

fi fi fi fi fififisssssssssioioioiooionnnnnnddddddddddddefefefefffefefefefefefefefefeffenenenenenennenennneoooooos ssss sss ss dddededededededed

rrrrre eee e e seseseeseesesse n n nn nno,o,o,o,,o,, dd ddd d dd dd ddee e e ee pppppppaaaaa p p p p pppppppporororororoorqqqqqqpepepeepelalalalalalaa p p pppaaaaaaprprprprprprprrreneneneneeee

féféféféf ”,”,”,””, o o oo q q q qapapapapapapprererererendndnddnn

igigigiggggggo,o,o,o,o,o,o,

aaaaarerererererereressssssssstttttteteteteeeteetetetrararararararaaaa

ntntnttttououoouou vvvvamamamamamaam

lilililiiiii---iiiinanananananaaa. . . .. nnnanananaisisisiisi ddidididididd a a a a aassssssssesesesesesesees----nnnnnnãoãoãoãoão prprprro-o-o-o-oququququququue e e epppppppaaa-a-a--annnnndidididididii qqqqqqqqueueueueueeuu ddddddeueueueueuee

ssssssuauauauaauaauauauu s s s s ssísísísííís ititititititicacacacacacacacc s sss sBuBuBuBuBuBuBuBuBuBuB scscsccscaaa a aa crcrrcrcrccrrc eesesesessesssesssssess----

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Parabéns TEGADOS 2009A SOCEGO parabeniza aos associados que brilhantemente representaram nossa Federada, obtendo êxito na Prova do TEGO 2009, que teve como novidade nesta última versão

uma prova prática, na segunda fase do concurso.

Aline Pires de FreitasClaruza Braga Holanda Lavor

João Gabriel BessaJosé Felipe de Santiago Junior

Mauricio de Oliveira Assunção Filho

Dr. Arnaldo Afonso Alves de Carvalho foi merecidamente homenageado pelos residentes que concluíram o terceiro ano no Hospital Geral de Fortaleza.

Ícone da Obstetrícia do Ceará Dr. Arnaldo se destaca como um

verdadeiro professor sem toga e ao colocar seu nome na turma, os concludentes Alexandre Magno, Flávia Èrica, Jader Carvalho e Magali Massilon marcaram um tento de justiça e reconhecimento.

Homenagem

JORNADA UBAJARENSEA I Jornada Ubajarense de Ginecologia e Obstetrícia presidida pelo Dr. Juarez Carvalho, mudou de data.

Será realizada no período de 13 a 15 de maio de 2010, na Pousada da Neblina (Salão de Convenções).

INSCRIÇÕES GRATUITAS Fone: (88) 3634.2364

[email protected]

Olhahanddoo paarara o pasasssadodo, duas datttasasas marcaram a evolololuçuçução da muulhl err n a socicic edadade. AA primeiirra, 008 ddee e marççoo dee 1857, a a a mmorte e dede 1 129 opeerárárir as nuumu a fábricica dde tecidddoos emm NoNova Yorquue quuanddoo reinvvidiiccavam 4 4 hhhoras s na jorornanadada d de e trabbala ho dedd 14 horar s//did a. AA ss egunundaa em 19100, naa connffeferênciia ddaa Dinammmarcaa quanandodo d discutitirar mm o veerdadddeiro pappel dda muulhlher eem ttodas as cullturaas doo planeeta.

OOlhaandoo ppara oo prresente, nnnós qquue ffaazeemos a SOCEEGGO, seentimmmos umaa ponta dee orguulhoo pelo nosso inceessanntte trabbalhho na Prooomoçãção, nna a PrPrevenção o e nna Asssistênnncia à Saaúdede da MMMULLHERER.

LoLouvaamosos e paraabennizamos tttodass a as nossssasas p pacacieienntes e q que DDDeus nos iilummine nnaa artte dee protegêê-las.s.

AA Diirretoria