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I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CONTAGEM CONSTRUÇÃO DA AGENDA 21 LOCAL A NAIS DA C ONFERÊNCIA V OLUME I CONTAGEM, 2006

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I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA

REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CONTAGEM

CONSTRUÇÃO DA AGENDA 21 LOCAL

ANAIS DA CONFERÊNCIA

VOLUME I

CONTAGEM, 2006

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P R E F E I T U R A D O M U N I C Í P I O D E C O N T A G E M

SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E MEIO AMBIENTE

I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA

REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CONTAGEM

CONSTRUÇÃO DA AGENDA 21 LOCAL

ANAIS DA CONFERÊNCIA

VOLUME I

CONTAGEM, 2006

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Realização: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio ambiente Apoio: Ministério das Cidades e Fundo Nacional de Meio Ambiente

Contagem, Minas Gerais, 2005-2006

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Prefeitura do Município de Contagem

Marília Aparecida Campos Prefeita Municipal

Administração 2005-2008

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P L A N E J A N D O A C I D A D E Q U E Q U E R E M O S

APRESENTAÇÃO

Contagem entrou no Século XXI com 530 mil habitantes e já atingiu, neste ano de 2006, 600 mil.

Seu desenvolvimento ainda não possibilitou qualidade de vida adequada a todos os seus moradores:

há núcleos urbanos carentes de infra-estrutura básica, de serviços disponíveis a todos;

faltam espaços e equipamentos públicos suficientes e com qualidade.

Essas são constatações dos moradores que participaram da

I Conferência Municipal de Política Urbana, realizada em 2006.

Mas eles também expressam seu apego à cidade,

seu desejo de transformá-la em lugar

de muitos e belos lugares.

Demonstram que a conhecem bem:

suas potencialidades, seus recursos econômicos,

seus atributos naturais; suas deficiências e suas necessidades.

Apontam prioridades:

a necessidade de integração de suas diversas regiões,

de requalificação e ampliação de seus centros e espaços públicos,

de preservação de seu patrimônio natural, construído e cultural,

de aumento da oferta de emprego e de melhoria

das condições de moradia para a população mais pobre.

Desejam o desenvolvimento sustentado:

clamam por desenvolvimento econômico

que possibilite a todos usufruir de seus benefícios.

O processo de revisão do Plano Diretor Municipal

e de início da construção da Agenda 21 mostrou que

os moradores estão atentos, gostam da cidade e se dispõem à discussão,

ao debate e às proposições relativas aos temas urbanos e ambientais,

numa visão ampla de atualidade e numa perspectiva de futuro

para o município de Contagem.

Ainda que não se possa transmitir em palavras o calor e a vontade demonstrados naquele processo,

este documento pretende registrá-lo de forma simples e objetiva:

a Leitura Comunitária,

a Leitura Técnica,

a avaliação das diretrizes formuladas pelo Plano Diretor há cerca de dez anos

e as novas diretrizes e propostas que os delegados escolhidos pelos participantes da

I Conferência Municipal de Política Urbana discutiram e aprovaram.

Apresenta-se, ainda, o Projeto de Lei Complementar decorrente das propostas da Conferência,

que foi enviado à apreciação da Câmara Municipal em 03 de outubro de 2006, sob o n.° 018/2006,

ao lado da Lei n.° 2.760 que instituiu o Plano Diretor em 1º de agosto de 1995.

A coordenação da Conferência agradece o empenho de todos os participantes

– populares, empresários, trabalhadores, técnicos e funcionários –

e se compromete com a implementação de um processo permanente

de monitoramento do desenvolvimento urbano,

com participação da sociedade, conforme decisão da Conferência,

evitando assim que não se passe mais tanto tempo

sem avaliar e propor alternativas para o desenvolvimento da

cidade para todos.

A Coordenação

Contagem, novembro de 2006

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

6|140 6|140

SUMÁRIO

SUMÁRIO

VOLUME I

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 5

MAPAS ........................................................................................................................................... 7

QUADROS E GRÁFICOS .................................................................................................................. 8

TABELAS ........................................................................................................................................ 8

SIGLAS ......................................................................................................................................... 10

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 14

1. ATORES ............................................................................................................................... 16

2. PROCESSO ........................................................................................................................... 19

3. METODOLOGIA ................................................................................................................... 20

4. ATIVIDADES REALIZADAS .................................................................................................. 29

5. LEITURA COMUNITÁRIA ..................................................................................................... 34

6. LEITURA TÉCNICA .............................................................................................................. 40

7. DIRETRIZES PARA A REVISÃO DO PLANO DIRETOR .......................................................... 124

8. PROPOSTAS DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR ................................................................. 125

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 135

ÍNDICE ....................................................................................................................................... 137

VOLUME II

APRESENTAÇÃO

MAPAS

SIGLAS

INTRODUÇÃO

1. ATORES

2. PROCESSO

ANEXO I: LEITURA COMUNITÁRIA – DIAGNÓSTICO POR REGIÃO

ANEXO II: LEI VIGENTE E PROJETO DE LEI DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR

ANEXO III: NOTÍCIAS DA CONFERÊNCIA

REFERÊNCIAS

ÍNDICE

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S U M Á R I O

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

7|140

MAPAS

MAPAS

Mapa 1: Município de Contagem ............................................................................................................... 13

Mapa 2: Regiões Administrativas, 2005 ..................................................................................................... 36

Mapa 3: Localização do Município ............................................................................................................ 46

Mapa 4: Bacias Hidrográficas .................................................................................................................... 47

Mapa 5: Centros e Articulação Urbana, 1990 ............................................................................................ 48

Mapa 6: Sistema Viário Principal, 1990 ..................................................................................................... 49

Mapa 7: Unidades de Planejamento, 1995 ................................................................................................. 50

Mapa 8: Unidades de Análise, 1995 ........................................................................................................... 51

Mapa 9: Mapa de Macrozoneamento, 1995 ............................................................................................... 54

Mapa 10: Acréscimo de População, segundo UA, 1991-2000 ................................................................... 63

Mapa 11: Densidade Demográfica, segundo UA, 1991-2000 .................................................................... 64

Mapa 12: Parcelamento do Solo ................................................................................................................. 65

Mapa 13: Vilas e Favelas. Loteamentos Implantados pelo Poder Público ................................................. 68

Mapa 14: Renda dos Responsáveis pelos Domicílios, segundo UA, 2000 ................................................. 69

Mapa 15: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 1991-2000 ..................................................... 73

Mapa 16: Centros e Articulação Urbana, 2005 .......................................................................................... 80

Mapa 17: Sistema Viário Principal, 2005 ................................................................................................... 81

Mapa 18: Sistema Viário Principal – Pontos Críticos, 2006 ...................................................................... 95

Mapa 19: Sistemas de Esgotamento Sanitário e Disposição de Resíduos Sólidos, 1995 ......................... 106

Mapa 20: Sistemas de Esgotamento Sanitário e Disposição de Resíduos Sólidos, 2005 ......................... 107

Mapa 21: Tratamento de Fundo de Vales, 2004-2008.............................................................................. 108

Mapa 22: Lançamentos de Esgotos Sanitários, 2000 ............................................................................... 109

Mapa 23: Parques, Vegetação e Áreas de Especial Interesse Ambiental, 2005 ....................................... 110

Mapa 24: Propostas de Intervenções Públicas na Estrutura Urbana, 2006 ............................................... 132

Mapa 25: Unidades de Planejamento e Unidades de Análise, 2006 ......................................................... 133

Mapa 26: Sistema de Unidades Territoriais para Planejamento, 2006 ..................................................... 134

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S U M Á R I O

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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QUADROS E GRÁFICOS

QUADROS E GRÁFICOS

Quadro 3-1: Delegados da Conferência. Contagem, 2006 ......................................................................... 24

Quadro 3-2: Cronograma da Conferência. Contagem, 2006 ...................................................................... 28

Quadro 4-1: Trabalhos de Atualização de Dados e Informações Técnicas. Contagem, 2005 .................... 29

Quadro 4-2: Evento Realizado na Preparação do Orçamento Participativo (OP). Contagem, 2005 .......... 29

Quadro 4-3: Eventos da Conferência das Cidades. Contagem, 2005 ......................................................... 29

Quadro 4-4: Eventos da Conferência Municipal de Política Urbana. Contagem, 2006.............................. 30

Quadro 6-1: Dados Gerais do Município de Contagem ............................................................................. 45

Quadro 6-2: Parâmetros e Critérios Urbanísticos Básicos das Zonas Internas ao Perímetro Urbano.

Contagem, 2006.......................................................................................................................................... 55

Quadro 6-3: Identificação e Situação das Estações do Metrô, Belo Horizonte–Contagem, 2005 .............. 85

Quadro 6-4: Unidades Ambientais ............................................................................................................. 96

Quadro 6-5: Esgotamento Sanitário Diretamente em Córrego. Contagem, 2000 ..................................... 102

Quadro 6-6: Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor. Contagem, 2006 ... 114

Gráfico 6-1: Fluxo de Pessoas Residentes em Contagem por Motivo no Destino. Contagem, 1993/2001 42

Gráfico 6-2: Fluxo de Pessoas entre Contagem e Outros Municípios da RMBH, por Município de Origem

e Destino. Contagem, 2001 ........................................................................................................................ 42

Gráfico 6-3: Fluxo de Pessoas Residentes em Contagem, com Destino Interno e Externo ao Município,

por Motivo no Destino. Contagem, 2001 ................................................................................................... 43

Gráfico 6-4: Fluxo de Pessoas com Destino a Contagem por Motivo no Destino. Contagem, 2001 ......... 43

Gráfico 6-5: Evolução do Crescimento Populacional. Contagem, 1950-2000 ........................................... 56

Gráfico 6-6: Evolução do Parcelamento do Solo. Contagem, 1940-2000 .................................................. 56

Gráfico 6-7: Estimativa de distribuição da população por Região Administrativa. Contagem, 2000, 2010 e

2020 ............................................................................................................................................................ 62

TABELAS

TABELAS

Tabela 6-1: Crescimento Populacional, segundo RA, UP e UA. Contagem, 1991-2000 ........................... 57

Tabela 6-2: Domicílios Particulares Permanentes, segundo UP e UA. Contagem, 2000 ........................... 58

Tabela 6-3: População, Área e Densidade Demográfica, segundo Bacia Hidrográfica. Contagem, 2006 . 60

Tabela 6-4: Estimativa da População do Município. Contagem, 2010 e 2020 .......................................... 61

Tabela 6-5: Estimativa de População, segundo Região Administrativa – Contagem, 2010 e 2020 .......... 61

Tabela 6-6: Média da Renda dos Responsáveis pelos Domicílios Particulares Permanentes, segundo UP e

UA. Contagem, 2000 .................................................................................................................................. 66

Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000................................ 70

Tabela 6-8: Maiores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal, segundo UDH. Contagem, 1991-

2000 ............................................................................................................................................................ 71

Tabela 6-9: Menores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal, segundo UDH. Contagem, 1991-

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S U M Á R I O

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2000 ............................................................................................................................................................ 71

Tabela 6-10: Índices de Desenvolvimento Humano Municipal, segundo UDH Subnormal. Contagem,

1991-2000 ................................................................................................................................................... 72

Tabela 6-11: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, segundo UDH. Contagem, 1991-2000 ..... 74

Tabela 6-12: Déficit Habitacional Básico. Contagem, 2000 ...................................................................... 75

Tabela 6-13: Componentes do Déficit Habitacional Básico. Contagem, 2000........................................... 75

Tabela 6-14: Coabitação Familiar e Domicílios Improvisados Urbanos, segundo Faixa de Renda.

Contagem, 2000.......................................................................................................................................... 75

Tabela 6-15: População Residente em Aglomerado Subnormal, segundo RA. Contagem, 2000 .............. 76

Tabela 6-16: População Residente em Aglomerado Subnormal, segundo UP e UA. Contagem, 2000 ..... 76

Tabela 6-17: População e Média da Renda dos Responsáveis pelos Domicílios em Aglomerado

Subnormal, segundo RA. Contagem, 2000 ................................................................................................ 77

Tabela 6-18: Movimento de Passageiros no Transporte Metropolitano em Contagem, 2005 .................... 84

Tabela 6-19: Movimento de Passageiros no Transporte Metropolitano entre B. Horizonte Regiões de

Contagem, 2005.......................................................................................................................................... 84

Tabela 6-20: Movimento de Passageiros no Transporte Metropolitano entre Betim e Regiões de

Contagem, 2005.......................................................................................................................................... 85

Tabela 6-21: Movimento de Passageiros no Transporte Metropolitano entre Ibirité e Regiões de

Contagem, maio de 2005 ............................................................................................................................ 85

Tabela 6-22: Viagens Realizadas por Todos os Modais. RMBH, dia típico de 2001 ................................. 86

Tabela 6-23: Viagens Realizadas em Modais Motorizados. RMBH, dia típico de 2001 .......................... 86

Tabela 6-24: Viagens Realizadas em Transporte Público. RMBH, dia típico de 2001 .............................. 87

Tabela 6-25: Tipo de Esgotamento Sanitário. Contagem, 2000 ............................................................... 101

Critérios adotados para séries temporais em mapas, quadros, gráficos e tabelas:

séries consecutivas: pontos inicial e final ligados por hífen (-);

não-consecutivas: pontos inicial e final ligados por barra (/).

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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SIGLAS UTILIZADAS NO DOCUMENTO

SIGLAS

ÁREAS ESPECIAIS E ZONAS DE OCUPAÇÃO E USO DO SOLO

AIS – Área de Especial Interesse Social

AIURB – Área de Especial Interesse Urbanístico

APA – Área de Proteção Ambiental

APM – Área de Proteção de Mananciais

ARIC – Área de Relevante Interesse Comunitário

ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico

ZAD – Zona Adensável

ZEIT – Zona de Especial Interesse Turístico

ZEU – Zona de Expansão Urbana

ZOR – Zona de Ocupação Restrita

ZR – Zona Rural

ZRE – Zona Residencial Especial

ZUI – Zona de Usos Incômodos

COMISSÕES, CONSELHOS, ENTIDADES, ÓRGÃOS PÚBLICOS

ACIC – Associação Comercial e Industrial de Contagem

ANA – Agência Nacional de Águas

BHTRANS – Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte

CAIXA – Caixa Econômica Federal

CBTU – Companhia Brasileira de Trens Urbanos

CDL – Câmara de Diretores Lojistas

CEASA – Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A [CeasaMinas]

CEDEPLAR – Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG

CEES – Centro de Estudos Econômicos e Sociais (da FJP)

CEI – Centro de Estatística e Informações (da FJP)

CIEMG – Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais

CREA MG – Conselho Regional de Arquitetura, Engenharia e Agronomia de Minas Gerais

COPASA MG – Companhia de Saneamento de Minas Gerais S.A. [COPASA]

COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental

DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes

DER MG – Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais

FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente

FJP – Fundação João Pinheiro

FUNCICI – Fundação Centro das Indústrias das Cidades Industriais de Minas Gerais de Apoio

à Educação, Cultura e Meio Ambiente/ Escola Técnica de Formação Gerencial de

Contagem

GEVAR – Grupo Executivo do PROVAR

IAB – Instituto dos Arquitetos do Brasil

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MCidades – Ministério das Cidades

PUC – Pontifícia Universidade Católica

SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SEST/SENAT – Serviço Social do Transporte/ Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

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S I G L A S

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

11|140

CONSELHOS, ENTIDADES E ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM

AR – Administração Regional

CENTEC – Centro Tecnológico de Contagem

CINCO – Centro Industrial de Contagem (autarquia municipal)

CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

CODECON – Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Contagem

COMPAC – Conselho Municipal de Cultura e do Patrimônio Ambiental e Cultural de

Contagem

COMPUR – Conselho Municipal de Política Urbana

CONTERRA – Companhia Municipal de Habitação de Contagem (até mar 97)

CONTERRA – Companhia Municipal de Habitação, Obras e Serviços de Contagem (após mar 97)

COOP – Coordenadoria do Orçamento Participativo

COMSAN – Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de

Contagem

FUNEC – Fundação de Ensino de Contagem

GP – Gabinete da Prefeita

PMC – Prefeitura do Município de Contagem

PROCON – Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor

SECOM – Secretaria Municipal de Comunicação Social

SEDECON – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico

SEDUC – Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura

SEDUMA – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (após set 05)

SEFAZ – Secretaria Municipal de Fazenda

SEGOV – Secretaria Municipal de Governo

SEPLAN – Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral

SETS – Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Social

SMDU – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (até set 05)

SMADU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano

SMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente

SMS – Secretaria Municipal de Saúde

TRANSCON – Coordenadoria de Trânsito e Transportes

EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS, DISTRITOS INDUSTRIAIS, RODOVIAS

BR [n.°] – Rodovia Federal [n.°]

CACAD – Centro de Atendimento da Criança e do Adolescente

CESU ou CSU – Centro Social Urbano

CINCO – Distrito Industrial Francisco Firmo de Mattos [CINCO]

CINCÃO – Distrito Industrial do Perobas [CINCO II]

CINQUINHO – Distrito Industrial [CINCO III]

ETE – Estação de Tratamento de Esgotos

HMC – Hospital Municipal de Contagem

MG [n.°] – Rodovia Estadual [n.°]

UAI – Unidade de Atendimento Imediato

URPV – Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes

ÍNDICES E INDICADORES

CA – Coeficiente de Aproveitamento

CAB – Coeficiente de Aproveitamento Básico

DHB – Déficit Habitacional Básico

DPP – Domicílios Particulares Permanentes

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IDH-M – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

SM – Salário Mínimo

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S I G L A S

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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LEGISLAÇÃO E ESTUDOS

CTB – Código de Trânsito Brasileiro

EIA – Estudo de Impacto Ambiental

LC – Lei Complementar

LUOS – Lei de Uso e Ocupação do Solo

PLC – Projeto de Lei Complementar

RIMA – Relatório de Impacto Ambiental

RIU – Relatório de Impacto Urbano

PLANOS, PROGRAMAS, PESQUISAS, PROCESSOS

AG21 – Agenda 21, Agenda 21 Local

EJA – Educação de Jovens e Adultos

OD – Origem-Destino (pesquisa)

OP – Orçamento Participativo

PD – Plano Diretor

PDA – Plano de Desenvolvimento Ambiental da Bacia de Vargem das Flores

PDC – Plano Diretor de Contagem

PAR – Programa de Arrendamento Residencial

PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PROPAM – Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha

PROSAM – Programa de Saneamento Ambiental das Bacias do Arrudas e do Onça

PROVAR – Programa Integrado de Proteção Ambiental de Vargem das Flores

PROVILA – Programa Municipal de Regularização de Vilas

PSET – Pesquisa Socioeconômica e de Transporte

PSF – Programa de Saúde da Família

PSS – Processo Seletivo Simplificado

SINE – Sistema Nacional de Emprego

UNIDADES TERRITORIAIS

RA – Região Administrativa

RMBH – Região Metropolitana de Belo Horizonte

UA – Unidade de Análise

UDH – Unidade de Desenvolvimento Humano

UP – Unidade de Planejamento

OUTROS

FNMA – Fundo Nacional de Meio Ambiente

GLBT – Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano

ITBI – Imposto de Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis

ONG – Organização Não-Governamental

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

13|140

Mapa 1: Município de Contagem

H O

R I Z O N

T E

B E

L O

B E

L O

H

O R

I Z

O N

T E

B E L O H O R I Z

O N T E

D A S

R I B E I R Ã O

N E

V E

S

B E T I M

I B I R I T É

E S M

E R

A L

D A

S

B E

T I

M

V. PQ. RECREIO

PQ. DOS TURISTAS

PQ. XANGRI-LÁ

NACIONAL

PQ. NOVO PROGRESSO

JD. PÉROLA

CONJ. HABIT.

CONFISCO

TIJUCA

V. ESTRELA DALVA

BALN. DA RESSACA

V. SÃO MATEUS

CHAC. BOM JESUS

D. I. HÉLIO P.

GUIMARÃES

ARVOREDO

Parque do

ConfiscoS. JOAQUIM

CARAJÁS

V. DAS AMENDOEIRAS

JD. LAGUNA

PEDRA AZUL

CAIAPÓS

CABRAL

CHÁCARA

NOVO HORIZONTE

CÂND. FERREIRA

KENNEDY

GUANABARACemitério

CEASA

S. SEBASTIÃO

CAMPINA

VERDE

CHÁCARA

PLANALTO

Aterro

Sanitário

CHÁCARA

CAMPESTRE

ALVORADA

OLINDA

LINDA VISTA

PQ. MARACANÃ

SÃO PAULO

JARDIM INDUSTRIAL

CIDADE INDUSTRIAL

CEL. JUVENTINO DIAS

ÁGUA BRANCA

VILA PARIS

CONJ. HAB. VER.

JOSÉ CUSTÓDIO

MORADA NOVA

COLORADO

JD. DOS BANDEIRANTES

CIDADE JARDIM ELDORADO

MetrôParque Ecológico

AMAZONAS

INCONFIDENTES

INDUSTRIAL SANTA RITA

OITIS

CINCÃO

INDUSTRIAL

PQ. RIACHO DAS PEDRAS

GLÓRIA

NOVO ELDORADO

S. CRUZ INDUSTRAL

BANDEIRANTES

RIACHO DAS PEDRAS

PQ. S. JOÃO

M. DA CONCEIÇÃO

Hospital

Municipal

FLAMENGO

DISTRITO INDUSTRIAL

RIACHO DAS PEDRAS

PQ. DURVAL

DE BARROS

JD. R. DAS PEDRAS

CINCO

BEATRIZ

TRÊS BARRAS

CINQUINHO

BELA VISTA

Fórum

ÁREAS INDUST,

DE CONTAGEM

Matriz de

São Gonçalo

EUROPA

GRANJAS VISTA ALEGRE

QUINTAS COLONIAS

BERNARDO MONTEIRO

FONTE

GRANDE

Parque

G. Diniz

Câmara

CAMILO ALVES

Res. Copasa

CHÁC. DEL REY

ESTÂNCIA SAN REMO

Pedreira

ESTÂNCIA

DO HIBISCO

Prefeitura

SANTA HELENA

PRAIA

JACUBA

GRANJA

OURO BRANCO

SE Cemig

COLONIALPedreira

CHÁCARA SOLAR

DO MADEIRA

TROPICAL

PETROLÂNDIA

IND. SÃO LUIZ

S. CAETANO

SAPUCAIAS

IMPERIAL

DO MADEIRA

DARCY

RIBEIRO

V. ESTALEIRO

Penitenciária

IPÊ AMARELO

V. ESPERANÇA

NOSSO RANCHO

TUPÃ

ICAIVERA

BUGANVILLE

S. FILOMENA

NOVA CONTAGEM

RETIRO

V. RENASCER

GANGORRA

CONFISCO

PEROBAS

TAPERA

FEIJÃO MIÚDO

TAQUARIL

BOA VISTA

BITÁCULA

ABÓBORAS

Prefeitura

MORRO REDONDO

CAMPO ALEGRE

CAPÃO DAS COBRAS

Av.

S. B

ales

tero

s

Av. João C. de O

liveira

Av.

Ver

. Joa

q.C

ost

a

BR 040

(VM 5)

BR 381 / 262

Contagemde

Via Expressa

MG

432 - LMG

808

Município de Contagem, 2006

N

PMC-SMDU, 2006

0 1 2 km

M a p a 1

REGIÃO ADMINISTRATIVA Sede MUNICÍPIO LIMÍTROFE B E T I M

LUGAR DENOMINADO TAPERA

BAIRRO, DISTRITO INDUSTRIAL ALVORADA, CINCO

VIAS:

VIA PRINCIPAL

ARRUAMENTO

FERROVIA

LIMITES:

MUNICIPAL

REGIONAL

Vargem das Flores

Ressaca

Sede

Petrolândia

Eldorado

Industrial

Nacional Represa da Pampulha

Represa de Vargem das Flores

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

O Plano Diretor de Contagem, instituído pela Lei n.º 2.760, de 1º de agosto de 1995, é o instrumento básico de

planejamento do desenvolvimento e da expansão urbana do Município e de orientação da atuação da administração

pública e da iniciativa privada em seu território.

As diretrizes nele estabelecidas, consideradas de importância estratégica para a estruturação do espaço urbano

municipal por constituírem fatores de racionalização do conjunto das intervenções públicas e privadas neste espaço,

referem-se especialmente à Política Urbana.

O Plano Diretor tem como princípios básicos o desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade e o

pleno exercício da cidadania.

São funções sociais da cidade:

a universalização do acesso ao trabalho, à moradia, ao lazer, ao transporte público, às infra-estruturas,

equipamentos e serviços urbanos;

a oferta de um meio ambiente ecologicamente equilibrado;

a oferta de espaços públicos que propiciem o convívio social, bem como a formação e a difusão das expressões

artístico-culturais e o exercício da cidadania.

Para cumprir sua função social, a propriedade deve atender simultaneamente e segundo critérios e exigências

estabelecidas em lei, os seguintes requisitos:

aproveitamento socialmente justo do solo;

utilização adequada dos recursos naturais disponíveis, bem como proteção e melhoria do meio ambiente natural e

construído;

aproveitamento e utilização compatíveis com o conforto, higiene e segurança de seus usuários e das propriedades

vizinhas;

aqueles previstos no Plano Diretor, bem como na legislação urbanística e demais normas pertinentes.

Na bacia de Vargem das Flores, a função primordial da propriedade é a preservação da qualidade e da quantidade da

água do reservatório.

São objetivos do Plano Diretor:

criar condições para a dinamização econômica e a ampliação das funções urbanas do Município, buscando a

geração de emprego e renda e o reforço de sua identidade;

compatibilizar a expansão urbana com a proteção dos recursos hídricos, em especial os mananciais de Vargem das

Flores e da Pampulha;

controlar a ocupação do solo para adequar o adensamento da cidade às condições do meio físico e à infra-estrutura

urbana, proteger as áreas e edificações de interesse ambiental, histórico e cultural, impedir e corrigir situações de

risco e promover maior conforto e qualidade do espaço urbano;

estimular a multiplicidade e diversificação de usos, visando facilitar a instalação de atividades econômicas e

serviços, a fim de constituir-se um espaço urbano mais rico em possibilidades de apropriação e contribuir para a

redução das necessidades de deslocamentos diários da população;

promover a rearticulação física do espaço municipal pela complementação e requalificação da rede de centros

urbanos e do sistema viário e de transporte;

ampliar os espaços públicos destinados ao lazer, ao convívio e às diversas formas de manifestação da população;

ampliar as possibilidades de acesso das populações de baixa renda à moradia de qualidade aceitável;

promover a apropriação coletiva dos benefícios gerados pelos investimentos públicos e pela legislação urbanística;

incentivar a participação da população na gestão da cidade;

contribuir para o equacionamento de questões de interesse comum com os municípios vizinhos, em articulação com

o planejamento metropolitano.

Para contribuir na promoção do desenvolvimento econômico, são objetivos específicos do Plano Diretor induzir a

ocupação dos distritos industriais e ampliar as possibilidades de instalação das atividades industriais, bem como criar

condições atraentes para a instalação de atividades terciárias no Município, através da flexibilização das normas

urbanísticas e melhoria da qualidade ambiental da cidade.

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I N T R O D U Ç Ã O

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

15|140

O Plano Diretor de Contagem destaca quatro temas principais:

ordenamento territorial (Macrozoneamento, Áreas Especiais, critérios gerais de uso e ocupação do solo, proteção

do meio ambiente e do patrimônio cultural);

intervenção pública na estrutura urbana;

instrumentos de política urbana;

mecanismos de implementação do Plano Diretor e de gestão da política urbana.

O Macrozoneamento que referencia as diretrizes de ordenamento territorial divide o território municipal em zonas

Urbana e Rural e, considerando as bacias hidrográficas sobre as quais se estende o território municipal, subdivide a

Zona Urbana, segundo critérios de ocupação/ adensamento e uso do solo, em:

Zona Adensável (ZAD);

Zona de Ocupação Restrita (ZOR);

Zona de Usos Incômodos (ZUI); e

Zona de Expansão Urbana (ZEU).

As propostas relativas a intervenções públicas na estrutura urbana baseiam-se no Plano de Estrutura Urbana de

Contagem, formulado em 1990, e constituem um conjunto de medidas e de intervenções no espaço urbano, visando a:

a articulação espacial (fortalecimento da rede de centros, adequação da distribuição espacial dos equipamentos e

infra-estruturas urbanas e complementação do sistema viário e de transporte);

a melhoria das condições de habitação das áreas ocupadas por populações de baixa renda; e, ainda,

o saneamento básico.

Na forma de sobrezoneamento, são definidas Áreas Especiais, cujos parâmetros prevalecem sobre os do

Macrozoneamento:

Áreas de Especial Interesse Urbanístico (AIURB), destinadas à implantação de infra-estruturas e equipamentos

urbanos, à renovação urbana e à proteção paisagística e do patrimônio cultural;

Áreas de Especial Interesse Social (AIS), ocupadas por vilas, favelas e loteamentos irregulares, objeto de

regularização urbanística e fundiária; e

Área de Proteção de Mananciais (APM).

O Plano Diretor instituiu três instrumentos de política urbana:

Outorga Onerosa do Direito de Construir;

Transferência de Potencial Construtivo; e

Parcelamento e Edificação Compulsórios.

Para sua implementação, o Plano Diretor institui Unidades de Planejamento (UP) – referência para ações integradas do

poder público –, bem como prevê a utilização de instrumentos de planejamento urbano e orçamentário e de

instrumentos tributários, no seu aspecto extrafiscal.

Quanto ao planejamento e gestão da política urbana, destaca-se a Conferência Municipal de Política Urbana, prevista

como um evento anual reunindo os Conselhos e Comissões da área urbana, além de representantes das Administrações

Regionais e das Unidades de Planejamento.

Em 1997, foi promulgada a Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS), implementando diretrizes de ordenamento

territorial e regulamentando instrumentos como a Outorga Onerosa do Direito de Construir. A Lei n.° 3.215, em 1999,

veio regulamentar a Área de Proteção de Mananciais do município, instituindo, também, normas para o uso do solo

rural. Essa Lei procedeu à primeira alteração do Plano Diretor, abrangendo 55% do território municipal, em decorrência

dos estudos do Plano de Desenvolvimento Ambiental de Vargem das Flores (PDA), conforme previsto pela Lei n.°

2.760/95.

Em dez anos de vigência da Lei n.° 2.760/95, foram implantadas diversas intervenções no espaço urbano previstas no

Plano Diretor. Outras não se viabilizaram, assim como algumas disposições legais ainda não foram regulamentadas.

A revisão atual constituiu-se em oportunidade de avaliação dos avanços ocorridos na implementação do Plano Diretor,

da eficácia das medidas implementadas, da não-implementação ou descumprimento de suas diretrizes, bem como de

alterações na estrutura urbana de Contagem ao longo desta década de vigência da Lei n.° 2.760/95. Foi ainda

oportunidade de avaliação e adequação do conteúdo do Plano Diretor à luz do Estatuto da Cidade e de avaliação das

diretrizes de política urbana, com foco especial no Macrozoneamento e Áreas Especiais, nos instrumentos de política

urbana, nas políticas setoriais, sobretudo a habitacional, e nos mecanismos de gestão urbana.

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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1. ATORES

1. ATORES

I conferência municipal de política urbana – revisão do plano diretor municipal e construção da agenda 21

realização: secretaria municipal de desenvolvimento urbano e meio ambiente (seduma) apoio: ministério das

cidades fundo nacional de meio ambiente coordenação geral – coordenador: isnard monteiro horta equipe de

coordenação: afonso gonçalves célia cristina zatti lima luciane mitraud carvalho maria auxiliadora de miranda vieira

miriam tereza dias diniz silva construção da agenda 21: sirlene conceição almeida santos secretaria executiva:

rafael gonçalves robson lucas miranda apoio técnico: práxis projetos e consultoria ltda. apoio logístico:

abordagem comunicação e marketing ltda. imagem de satélite: digicadd computação gráfica ltda. comunicação

social: secom material de divulgação – arte: rodrigo paiva agência: casablanca apoio administrativo: adenilson

miranda de oliveira maria araci dos santos tamara f. araújo abertura da conferência – palestrantes: prof. marco

aurélio crocco (cedeplar) sérgio bueno (coordenador da agenda 21 nacional) participantes: público em geral

convidados: secretários municipais, vereadores, entidades da sociedade civil local: cine-teatro de contagem leitura

comunitária – pré-conferências regionais – coordenação: célia cristina zatti lima isnard monteiro horta luciane

mitraud carvalho maria auxiliadora de miranda vieira mônica maria cadaval bedê rafael gonçalves robson lucas

miranda sirlene conceição almeida santos mobilização social – equipe de coordenação: gildete martins gilvan

batista da silva geraldo antônio de paula joaquim camilo da silveira neto josé geraldo santos mobilizadores:

funcionários da secom administradores regionais: adenir bravo eustáquio aparecido marinho francisco naldo de

assis geraldo índio ferreira josé de souza patrícia cassim renato marques funcionários das administrações

regionais agentes de saúde acompanhamento: técnicos das secretarias municipais secom, sedecon, segov, seduc,

sets, sms moderação das oficinas nas pré-conferências – coordenação: ana lúcia goyatá campante rogério palhares

simone m. c. duarte (práxis projetos e consultoria ltda.) participantes: adão e lima de oliveira adão esmério lima

adão n. fernandes adélia maria batista de melo adeni rodrigues adilson francisco dutra adilson ilario adriana

costa do santos adriana de marcos antonio adriana guimarães loureiro adriene aparecida f. gomes afonso da cruz

andrade ferreira afonso paulo gomes afonso souza alair frederico neubaner alair neobaner alejandro chiquimbalquie alex levy ferreira alexandra p. as silva alexandre narciso silva alfredinando abelha amanda alves

amélia rodrigues da costa ana cristina lobato pinheiro ana lúcia goyatá campante ana maria p. fagundes ana

procópio souza anderson cunha santos anderson de souza santos anderson luiz de nino andréia das graças de

moraes andréia rodrigues faria gonzaga ângela maria rondão anita maria da silva anna pinto de oliveira

anselmo lair antônia puertas antônio b. da silva antônio carlos rodrigues antônio das graças frade antônio

francisco de oliveira antônio néri da silva antônio onofre antônio rodrigues ariadne alves ferreira arida de jesus

ribeiro atílio antônio beloti augusta figueira benevides ferreira da silva camila mendes silia camilo silveira

carlos coelho dos reis carlos eduardo forapani carlos marques castro carlos maurício diniz carlos napoleão de

moraes carlos roberto silva fonseca ceanira clara cecilia rute de andrade silva célia maria chantal celso alves da

silva cícero plínio costa azeredo cláudio roque cláudia de miranda harmes cláudio eduardo silva claudiomar

rodrigues costa cléia elidamar silva clênio argolo cleonir pereira cléris das graças soares cleusa maria souza

dalva fátima dalva regina lima ribeiro daniele ariane de almeida daniele simões santana danilo afonso de cales

davi carlos pereira débora angelina m gomes e sales denílson lino denise silva de abreu derci milagre devair

bernadete diogo melo mendes donizete aparecida ferreira dorvalina maria de jesus edila maria maynart

ederlúcio joão pace eduardi line eduardo caetano eduardo eustáquio edvaldo jesus oliveira eida j cipriano

amaral eladio antonaci souza elaine meire elenir luiza silva stehllig eliana narciso silva eliane diniz elizabeth

oliveira elmer m. silva elza rocha de oliveira eni menez epídio oliveira érica henriques pacheco estefânia

enilson t. souza eudir araújo jourink eunice margarete coelho evandro pereira de amorim expedito avelino fátima

ferreira flavia macedo flavia maria pimenta flávia nunes andrade j. flavio roberto ferreira flavio vieira braga

genadir augusto genésio schngue geralda custódio geralda da conceição gomes geralda librata da silva geralda

maria da silva geraldo amâncio dos santos geraldo antônio de paula geraldo bernardes geraldo doção geraldo

magela ferreira gerson braga maia gessí vicência de paula getúlio gomes bragança getúlio vargas gomes gil

martins saldanha gildete martins gilmar pereira costa gilvan batista da silva gláucia helena souza silva grace

medina cardoso guilherme pinto da silva hamilton moreira jardim hebert antônio coelho heloísa santos henrique

lucas hermílio rosa fragoso hugo francis silva ignez sebastiana de lima ilma fátima pimenta inácio cláudio dos

santos ineia rodrigues de araújo iraci alves teixeira irani eunice irene de sousa irene galdino da silva ivan dos

santos ivany francisca silva ivo eustáquio izabela bento cláudio jader fernandes reis jaqueline martins jean

rodrigues jeferson fabiano apolinário jéferson rios domingues jermano silveira santos jesus nogueira jesus

severino da silva joão alexandre joão batista de lima fieno joão francisco joão leandro ferreira joaquim camilo da

silveira neto joel perpétuo jonas alves dos santos jônatas alvim jones chaves queiroz jorcinéia ramos de souza

jorge ibrain abdalla jorge josé de santana jozânia miguel chaves josé alves ribeiro josé antônio procópio josé

cabral josé caetano lopes josé carlos de oliveira josé dimas tomaz josé eloísio rocha josé fernando gomes de

oliveira josé francisco martins josé geraldo dos santos josé gomes roberto josé hélio sampaio balbino josé isidoro

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A T O R E S

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josé maria pascoal de andrade josé natalino josé nestor da silva josé onofre souza josé paulo da silva josé

ricardo ferreira josé roberto de oliveira josé souza josé vicente pereira josenil isidoro rosa josiane marinho

jucélia costa dos santos juliana da costa mota júlio césar m. santos karina lúcia araújo marçal kátia elisa araújo

kátia maria alves benevenuto katia monique laércio dos santos laura carvalho munk léa ferreira leandro

costa leide alves ferreira leonardo borges castro letícia da penha lídia cibele a. damasceno lília f. costa

liliane g. de souza liliane guimaraes de souza lindolfo alves lindolfo alves da cruz lorrainey haiser luana

ferreira viana lima lucas cardoso lucas mendes melo luciano da silva luciene dos santos dutra lucilene de

azevedo luís cláudio de souza luiz antônio luiz ferreira de aguiar madalena d'anunciação malvina luiza de

souza manoel pereira da silva manoele freitas costa marcelo alexandrino marcelo geraldo da silva marcelo

henrique pinto márcia de cassia silva márcia labbate galvão márcia maria silva brandão márcio enideo

marcos de oliveira costa marcos dos santos ferreira marcos henrique maria andrade maria andrade costa

maria angélica maria aparecida de melo maria aparecida duques teixeira maria aparecida gonçalves maria

cristina diniz maria da conceição cruz borba maria da glória gomes coelho maria da penha castro maria das

graças maria das graças s. m. campos maria de fátima c. pedrosa maria de lourdes maria de lourdes pereira

ferreira maria de nazaré da silva maria do carmo freitas costa maria isabel tomé maria rodrigues bráulio

maria sabina gonçalves maria sebastiana a. sanches maria valentina de jesus maria verônica maria zenó

soares da silva marilda antônia de pádua mario de nazaré mario guimarães filho marli assis marluce dos

santos maurício moreira maurício rocha lopes mercedes custodio miguel pereira miriam paula soares simões

miriane aline amaral souza naiara alves batista de a. nelci barreiros da silva nelson de araújo nelson

rodrigues neusa aparecida santos neuza dias fernandes newton viena filho nivaldo nilo da silva odilon ferreira

de abreu oligiete otelino onofre xavier de oliveira oswaldo braga da silva otávio henrique ferreira padre

silvério patricia da silva sales patrícia medalha patrícia rodrigues paulo roberto paulo sérgio sinfrônio pedro

de jesus rodrigues pedro nolasco phelipe augusto cunha rocha presolina ferreira mendes rafaela da costa

raimundo a. de souza raimundo alexandre de souza ramiro barbosa de oliveira ramon robson raquel andreza

de souza renato alexandre f. paixão renato eudes reis rhayza cristina araújo ricardo luis da rocha riordan

vargas alvim rodrigo de souza milagres ronilson carvalho rosângela soares canuto rose martino rosemária

miranda rosilane dos santos rui josé ribeiro sebastião de souza sebastião ferreira da silva sebastião firmino

sebastião l. amorim selita valéria lorenski severino amorin sheila rodrigues shirley souza lopes silvana de

souza silvério do prado sinval sofia marta salomão alvarenga sônia aparecida sônia regina lopes stênia

araújo journk sueli molina cordeiro sueli morina souza suely maria silva de oliveira tânia mara pereira tânia

santos corrêa terezinha silva terezinha maria de paula tiara fernandes antônio udsom b. carvalho ulisses

barbosa santos valdirene santos valtinho almeida martins vânia a. ribeiro vantuil santos vicente moreira de

souza waldemar ramos pereira walmir lopes walter jose de almeida wandha karine dos santos wellington

bosco wellington ventura de moura wesley coelho willian da costa wilson pimenta de andrade locais: escolas municipais – e.m. cel. joaquim antonio da rocha (ressaca), funec/centec (sede), e.m. prof. ana guedes vieira (vargem das flores), e.m. professor vasco pinto da fonseca (eldorado), e.m. vereador jésu milton dos santos (industrial), e.m.

walter fausto do amaral (nacional), e.m. prof. hilton rocha (petrolândia) plenária do segmento empresarial –

palestrantes: josé abílio belo pereira (crea-mg) prof. marco aurélio crocco (cedeplar) prof. roberto luiz monte-mór

(cedeplar) debatedores: henrique bertholino mendes dos santos (ciemg) edilton pires bispo (cdl) marco aurélio

moreira (acic) participantes: empresários, representantes de entidades especializadas, membros do poder

executivo local: auditório do ciemg delegados – poder executivo municipal: afonso gonçalves alex levy ferreira

eduardo eustáquio de morais geraldo antônio de paula gildete martins gustavo henrique barreto joaquim

camilo da silveira neto josé geraldo santos josé onofre de souza luiz cláudio luiz fernando pereira mendes

márcio miranda viana rafael gonçalves robson lucas miranda selvina mara moreira penedo sirlene conceição

almeida santos segmento empresarial: adson marinho alfredo marques diniz antônio carlos pena pereira

antônio eustáquio vieira edilton pires bispo elza caldeira leite frank sinatra santos chaves henrique bertholino

mendes dos santos isidoro afonso de araújo lima jeferson rios domingues josé roberto gomes romero laerte

portugal de matos olavo machado júnior roni anderson rezende sérgio mariano da silva umberto nogueira

segmento especializado: márcia labbate galvão cecília rute de andrade e silva filipe de felippo márcio luis

matella bonato gabriel velloso manoel magalhães da silva segmento popular: adão esmério lima andréia

rodrigues faria gonzaga ariadne alves ferreira atílio antonio beloto cláudio eduardo silva davi carlos pereira

eládio antonaci souza elmar m. silva geraldo bernardes geraldo doção iraci alves teixeira joel perpétuo josé

eloízio rocha josé gomes roberto josé roberto oliveira josé vicente pereira lídia cibele a. damasceno liliane g.

de souza lindolfo alves da cruz madalena d'anunciação marcelo henrique pinto maria andrade costa maria

das graças s. m. campos maria de fátima c. pedrosa maria isabel tomé mário guimarães oswaldo braga da

silva pedro de jesus rodrigues pedro nolasco raimundo a. de souza silvério do prado waldemar r. pereira

walter josé de almeida wellington ventura g. de moura wilson pimenta de andrade curso de capacitação de

delegados – palestrantes: antônia puertas célia cristina zatti lima hermiton quirino isnard monteiro horta maria

auxiliadora de miranda vieira participantes: delegados dos segmentos empresarial, especializado e popular local:

centro cultural fórum gestor – poder executivo municipal: carlos vanderley soares célia cristina zatti lima isnard

monteiro horta josé onofre de souza luiz fernando pereira mendes maria auxiliadora de miranda vieira mônica

maria cadaval bedê paulo george lacerda segmento empresarial: roni anderson rezende sérgio mariano da silva

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A T O R E S

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Obs.: os nomes dos participantes dos seminários técnicos e das pré-conferências regionais foram obtidos das respectivas listas de presenças.

segmento especializado: cecília rute de andrade e silva segmento popular: ariadne alves ferreira eládio antonaci

souza josé eloízio rocha mário guimarães pedro de jesus rodrigues leitura técnica – equipe de coordenação:

afonso gonçalves alex levy ferreira célia cristina zatti lima claudionor rodrigues braga fernando augusto r.

castro isnard monteiro horta lilian caroline r coutinho luciane mitraud carvalho maria auxiliadora de miranda

vieira miguel antonio lamolha miriam tereza dias diniz silva mônica maria cadaval bedê rafael gonçalves

robson lucas miranda técnicos da práxis projetos e consultoria ltda. roteiro de trabalho de campo: eduardo

eustáquio de morais mapeamento temático: alex levy ferreira claudionor rodrigues braga fernando augusto r.

castro lilian caroline r coutinho maria auxiliadora de miranda vieira miguel antonio lamolha local: seduma

seminário técnico – diagnóstico, formulação de diretrizes e propostas: adriana de marco f. almeida afonso

gonçalves aléx levy ferreira alsiana gomes moreira ana lúcia goyatá campante andré de castro meireles

antônia puertas antônio joaquim oliveira neto armando rodriges de oliveira beatriz lourenço de oliveira raso

célia cristina zatti lima claudionor rodrigues braga dagoberto m. guaracy deísa cabral martins denise silva de

arruda eduardo eustáquio de morais élcio marcio de rezende machado evaldirene oliveira faria fernando a.

ribeiro da costa fernando augusto rezende castro geraldo antônio de paula geraldo múcio lobo f. lima heloisa

maria ramos possas isnard monteiro horta jane duce machado varela mariano joão batista de lima filho josé

augusto batista de abreu josé bonifácio da silva josé oswaldo g. guimarães josé paulo gandra leonardo borges

castro leonardo rezende guimarães lílian caroline radespiel coutinho lorena valadares bahia costa lúcia de

fátima ferreira luiz ferreira de aguiar marcelo marques da silva márcia regina fernandes márcio miranda viana

margarete maria silveira maria auxiliadora de miranda vieira maria josé filardi victoriano maria josé fonseca

maria lúcia quaresma pedra maria tereza c. mesquita sampaio mário henrique v. campos marlene ferry de

oliveira michel coura berbert torres miguel antonio lamolha milton c. castro míriam tereza dias diniz silva

mônica maria cadaval bedê natália de moraes e silva patricia moreira rafael gonçalves mendes renata de assis

gandra renata ribeiro rêda renato pires de oliveira ricardo césar alves silveira riordan vargas alvim robson

lucas miranda rosa maria ávila de oliveira sheilla samartine gonçalves simone m. c. duarte sirlene c. de

almeida santos sofia marta salomão alvarenga valéria batista jordão vera lúcia pereira gonçalves vinicius

figueiredo henrique técnicos da práxis projetos e consultoria ltda. locais: seduma, auditório da acic, parque gentil

diniz seminário da equipe de governo – palestrantes: prof. marco aurélio crocco (cedeplar) prof. roberto luiz

monte-mór (cedeplar) isnard monteiro horta (seduma) debatedores: prefeita, secretários municipais e adjuntos,

chefe do gabinete da prefeita, procurador geral do município e procuradora adjunta, controlador geral do município

equipe da seduma: antônia puertas célia cristina zatti lima maria auxiliadora de miranda vieira miriam tereza dias

diniz silva mônica maria cadaval bedê local: gabinete da prefeita conferência – presidente: carlos vanderley

soares moderadores das plenárias (práxis projetos e consultoria ltda.): ana lúcia goyatá campante maurício

moreira rogério palhares simone m. c. duarte participantes: membros do poder executivo no fórum gestor

delegados dos segmentos empresarial, especializado, popular delegados do poder executivo municipal

convidados, ouvintes, observadores apoio logístico: abordagem comunicação e marketing ltda. comunicação

social: marcela nunes leite local: escola técnica da funcici projeto de lei complementar – redação da minuta:

maria auxiliadora de miranda vieira redação final do projeto: procuradoria geral do município elaboração dos

anais da conferência municipal de política urbana: isnard monteiro horta maria auxiliadora de miranda vieira

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2. PROCESSO DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR E CONSTRUÇÃO DA AGENDA 21

Fluxograma

2. PROCESSO

ABERTURA DA CONFERÊNCIA

LEITURA COMUNITÁRIA: . Sete Pré-Conferências Regionais . Eleição de Delegados Regionais

LEITURA TÉCNICA:

. Diagnóstico técnico

CONSOLIDAÇÃO DIAGNÓSTICO

DELEGADOS PARA PLANO DIRETOR E

AGENDA 21

CAPACITAÇÃO DOS DELEGADOS

FÓRUM GESTOR

DIAGNÓSTICO CONSOLIDADO

Fórum Gestor

APROVA DIRETRIZES

Equipe Técnica

PROPÕE DIRETRIZES

Equipe Técnica

ELABORA PROPOSTAS

Conferência COMPLEMENTA / APROVA

PROPOSTAS

Executivo ELABORA PROJETO DE LEI

Câmara Municipal APROVA LEI DO PLANO

DIRETOR

Equipe Técnica SISTEMATIZA PROPOSTAS

REUNIÕES TEMÁTICAS LOCAIS

Equipe Técnica CONSOLIDA PROPOSTAS

Conferência COMPLEMENTA / APROVA

PROPOSTAS

Equipe Técnica ELABORA

TEXTO FINAL

PROPOSTAS APROVADAS PARA O

PLANO DIRETOR

PLANO DIRETOR

AGENDA 21

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3. METODOLOGIA

3. METODOLOGIA

3.1. REVISÃO DO PLANO DIRETOR: PREMISSAS

O objetivo da revisão do Plano Diretor de Contagem é o aperfeiçoamento do sistema de planejamento e gestão

municipal no tocante ao desenvolvimento urbano, visando à garantia das funções sociais da cidade, promoção da

inclusão social e territorial e da gestão democrática e participativa, conforme preceitua o Estatuto da Cidade.

Neste sentido, o Plano Diretor contemplou todo o território municipal, contendo objetivos, diretrizes, estratégias, ações

e medidas prioritárias para a organização territorial do município, pactuadas com a sociedade.

No estabelecimento das funções sociais da cidade e da propriedade, a revisão do Plano Diretor considerou as condições,

os critérios e as áreas:

de ocupação prioritária ou de restrição à ocupação;

impróprias à ocupação urbana ou que apresentem situações de risco;

para o desenvolvimento sustentável de atividades urbanas e rurais;

para implementação da política habitacional;

para usos públicos da coletividade;

para proteção ambiental e melhoria da qualidade do ambiente urbano;

para proteção da memória e do patrimônio cultural;

para garantia de condições de acessibilidade e promoção da mobilidade urbana;

para a aplicação de instrumentos previstos no Estatuto da Cidade necessários à implementação das diretrizes de

política urbana e garantia da função social da propriedade.

A revisão do Plano Diretor apoiou-se em dois princípios básicos do planejamento:

gestão democrática, expressa na participação ativa da sociedade no processo de elaboração da revisão, inclusive na

definição de prioridades;

sustentabilidade, expressa em uma visão multisetorial sobre a organização territorial da cidade, buscando

harmonizar os aspectos econômico, social e ambiental.

3.2. METODOLOGIA ADOTADA

A metodologia contém procedimentos, estratégias, etapas, atores do processo, informações, serviços, produtos e prazos

adotados para o desenvolvimento dos trabalhos de revisão do Plano Diretor de Contagem.

Foi estruturada segundo os itens abaixo.

Processo de trabalho

Execução e coordenação dos trabalhos

Processo participativo

Leitura Técnica: estudos, análises, informações e mapas temáticos

Estratégia de comunicação e mobilização

Participação do Legislativo

Cronograma

Processo de Trabalho

Os trabalhos foram desenvolvidos em quatro grandes etapas, a saber:

Preparação;

Leitura da Realidade Municipal;

Pactuação de Propostas;

Elaboração do Projeto de Lei de Revisão do Plano Diretor.

A revisão do Plano Diretor foi produto da Conferência Municipal de Política Urbana, no qual foram envolvidos

diversos atores sociais do município desde o início dos trabalhos, passando pela etapa de leitura da realidade municipal

e culminando com a pactuação das propostas.

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Preparação

A etapa preparatória dos trabalhos abrangeu, em linhas gerais, a constituição de equipe técnica para a execução dos

trabalhos, a preparação da Conferência Municipal de Política Urbana, bem como a mobilização e divulgação dos

trabalhos junto à comunidade.

Envolveu ainda o levantamento de fontes de informações e a preparação da base cartográfica para mapeamento de

estudos e propostas.

Leitura da Realidade Municipal

A atualização do conhecimento necessário à revisão do Plano Diretor foi efetuada mediante Diagnóstico Integrado

resultante da convergência de duas grandes linhas de leitura da realidade do município, desenvolvidas paralelamente, a

saber: Leitura Comunitária e Leitura Técnica.

A Leitura Comunitária foi realizada em pré-conferências regionais, de acordo com a metodologia proposta para

efetivação do processo participativo. O Executivo promoveu e forneceu apoio logístico à realização das pré-

conferências, assim como registros dos resultados das discussões ocorridas em cada região.

A Leitura Técnica consistiu-se em estudos e análises realizados pela equipe técnica, tendo por objetivo avaliar

mudanças ocorridas na organização territorial e na estrutura urbana do município após a promulgação do Plano Diretor,

abordando: a diferenciação e a articulação espacial, a dinâmica do uso e da ocupação do solo, a qualidade dos espaços

públicos, as condições de mobilidade urbana e de acesso dos diversos segmentos da população à moradia digna e aos

serviços urbanos básicos.

Concepção da Proposta de Revisão do Plano Diretor

Nesta etapa foram realizadas atividades de formulação e pactuação de diretrizes para as propostas de revisão do Plano

Diretor e das propostas propriamente ditas.

Inicialmente, foram definidas pela equipe técnica diretrizes para as propostas. Tais diretrizes foram apreciadas e

validadas pelo Fórum Gestor.

A Proposta Geral de Revisão do Plano Diretor foi elaborada pela equipe técnica, em compatibilidade com as diretrizes

validadas pelo Fórum Gestor, compreendendo:

proposta conceitual relativa a alterações no Macrozoneamento;

revisão da proposta e ações prioritárias de estruturação urbana;

definição dos instrumentos urbanísticos aplicáveis;

concepção geral da política habitacional;

concepção geral da revisão das políticas setoriais:

∙ mobilidade, transporte e trânsito;

∙ meio ambiente e saneamento;

∙ proteção do patrimônio cultural;

concepção geral das políticas para o desenvolvimento econômico.

O produto do trabalho técnico foi apresentado à Conferência Municipal de Política Urbana, que se constituiu no

momento privilegiado de pactuação das propostas de revisão do Plano Diretor.

Elaboração do Projeto de Lei

Esta etapa envolveu o detalhamento da proposta geral, a elaboração do texto do Projeto de Lei, com respectivos mapas,

e encaminhamento do mesmo à Câmara Municipal.

Execução e Coordenação dos Trabalhos

Os trabalhos foram executados pela equipe técnica da Administração Municipal, contando com apoio técnico e logístico

de equipes contratadas.

Equipe Técnica

A Equipe Técnica foi constituída por profissionais da Administração Municipal e da equipe contratada.

Pela Administração, participaram profissionais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente

(SEDUMA), que integraram a equipe permanente responsável pela execução dos trabalhos técnicos, e dos órgãos

municipais responsáveis pelas políticas setoriais abordadas no Plano Diretor.

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A equipe permanente foi constituída por profissionais das áreas de planejamento urbano, controle do uso do solo, meio

ambiente e saneamento, ficando a cargo dessa equipe os trabalhos de síntese relativos à estrutura urbana e à organização

territorial.

Para elaboração das análises e formulações de caráter setorial nas áreas de habitação, mobilidade urbana e patrimônio

cultural, foram formados grupos de trabalho constituídos por profissionais das áreas específicas, com participação de

integrantes da equipe permanente.

A coordenação técnica foi exercida pelo Secretário Adjunto de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

Fórum Gestor

O Fórum Gestor foi constituído de forma paritária por representantes do Executivo e da Sociedade Civil.

Pelo Executivo, participaram do Fórum Gestor o titular – presidente do Fórum – e o adjunto da Secretaria Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA), técnicos das áreas de planejamento urbano, meio ambiente e

habitação, bem como representantes das Secretarias Municipais de Planejamento e Coordenação Geral, de

Desenvolvimento Econômico e de Fazenda.

Pela sociedade civil participaram representantes dos segmentos popular, empresarial e especializado escolhidos entre os

delegados à Conferência Municipal de Política Urbana.

O Fórum Gestor teve como principal atribuição proceder à validação de diretrizes para a proposta de revisão do Plano

Diretor.

Processo Participativo

A participação da sociedade civil na revisão do Plano Diretor ocorreu na Conferência de Política Urbana, paralelamente

às atividades desenvolvidas pela equipe técnica.

A Conferência caracterizou-se como o processo mediante o qual a sociedade civil manifestou sua percepção acerca da

cidade, de seus problemas, conflitos e potencialidades. Teve também importância na formulação de propostas para o

desenvolvimento urbano de Contagem.

Além de constituir-se na estratégia de participação da sociedade civil, a Conferência ensejou também a formação de

interlocutores para posterior acompanhamento e avaliação da implementação do Plano Diretor e de construção da

Agenda 21.

Nesse sentido, o processo participativo consubstanciou-se em cinco momentos de interseção com os trabalhos

desenvolvidos no âmbito do Executivo, a saber:

Seminário de abertura;

Pré-conferências regionais, com a finalidade de proceder à Leitura Comunitária da cidade e à eleição dos delegados

à Conferência;

Capacitação dos delegados e escolha de seus representantes no Fórum Gestor;

Plenária do segmento empresarial, que também contou com a participação de representantes do segmento

especializado e de membros do Poder Executivo;

Reunião do Fórum Gestor para discussão e validação das diretrizes da proposta de revisão do Plano Diretor;

Conferência Municipal de Política Urbana – etapa final, momento de participação comunitária na discussão e

deliberação sobre a proposta de revisão do Plano Diretor.

O Seminário de abertura e as pré-conferências foram abertos à população do município.

No processo de capacitação, participaram delegados populares eleitos nas pré-conferências e indicados pelos segmentos

empresarial e especializado.

Na etapa de formulação de diretrizes para as propostas de revisão do Plano Diretor, os atores do processo participativo

foram os delegados indicados pelos seus pares como seus representantes no Fórum Gestor.

Na etapa final da Conferência, os representantes da sociedade civil foram, novamente, os delegados.

Vale ressaltar que os eventos realizados no âmbito do processo participativo até a etapa de capacitação de delegados

foram direcionados tanto para revisão do Plano Diretor quanto para construção da Agenda 21 Local, trabalhos que se

desenvolveram no município de forma paralela e integrada. Todavia, os procedimentos aqui detalhados referem-se

especialmente à revisão do Plano Diretor.

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Seminário de abertura

Os trabalhos de revisão do Plano Diretor e de construção da Agenda 21 Local iniciaram-se oficialmente no Seminário

promovido pelo Executivo, tendo por objetivos:

expor a situação em que se encontram e as perspectivas de desenvolvimento econômico e de desenvolvimento

urbano de Contagem;

expor conceitos e objetivos da construção da Agenda 21 Local, integrando-se à Agenda 21 Nacional;

apresentar Metodologia e Plano de Trabalho para revisão do Plano Diretor, com ênfase nos mecanismos de gestão e

de participação previstos para implementar o processo democrático.

O Seminário contou com participação do Executivo, do Legislativo e da sociedade civil.

Pré-Conferências

O segundo momento de participação da comunidade na revisão do Plano Diretor refere-se a pré-conferências realizadas

nas sete regiões administrativas do município.

Participaram das pré-conferências moradores de cada região e cidadãos interessados na discussão da cidade.

Nas pré-conferências, o Executivo participou fundamentalmente como promotor e coordenador.

Cada pré-conferência cumpriu as seguintes etapas:

discussões em grupos para efetuação da Leitura Comunitária da realidade;

plenária da pré-conferência para fechamento da leitura dos diversos temas pela comunidade regional e eleição de

delegados da região à Conferência.

Leitura Comunitária

As discussões para realização da Leitura Comunitária foram realizadas em grupos de trabalho constituídos de forma a

que os diversos segmentos da sociedade civil fossem neles representados.

Os grupos debateram temas transversais, com a finalidade de realizar a leitura da realidade, enfocando a cidade como

um todo e a região em particular. Foram discutidos os seguintes temas:

Crescimento da Cidade e Habitação:

crescimento urbano, distribuição espacial da população e qualidade dos assentamentos residenciais;

Centros de Comércio e Serviços:

localização de atividades e equipamentos urbanos, centros especializados e centros diversificados – uso do solo e

qualidade ambiental;

Ligações entre Bairros e Municípios Vizinhos/ Transporte:

articulações internas e externas a Contagem e mobilidade da população;

Meio Ambiente:

condições ambientais e de saneamento;

Lazer e Cultura:

espaços públicos, patrimônio natural e cultural;

Educação:

educação formal e ambiental;

Saúde;

Inclusão Social;

Desenvolvimento Econômico/ Trabalho e Geração de Renda.

O resultado das discussões foi consignado em pontos positivos e pontos negativos de cada tema.

Após as discussões nos Grupos, foi realizada a plenária da pré-conferência, para debate e decisão a respeito da

percepção da realidade urbana de Contagem, do ponto de vista da região.

Delegados à Conferência Municipal de Política Urbana

Nas pré-conferências foram eleitos, ao todo, 35 delegados. A cada região coube um número mínimo de quatro

delegados, distribuídos proporcionalmente à participação de cada região na população municipal. Os delegados foram

distribuídos pelos segmentos popular, empresarial e técnico, acrescidos dos delegados do Executivo Municipal,

conforme aponta o quadro a seguir.

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Quadro 3-1: Delegados da Conferência. Contagem, 2006

Região

Segmentos da sociedade civil Executivo

Municipal 2

Segmento

Popular 1

Segmento

Empresarial 2

Segmento

Técnico 2

1. Industrial 5

2. Eldorado 6

3. Ressaca 5

4. Nacional 5

5. Sede 5

6. Petrolândia 4

7. Nova Contagem 5

Total por Segmento 35 16 9 16

Participação por Segmento 46% 21% 12% 21%

Total de delegados 76

1 Delegados eleitos nas pré-conferências regionais.

2 Delegados indicados pelos respectivos segmentos.

Plenária do segmento empresarial

Foi realizada uma plenária para o segmento empresarial, para a qual foram convidadas também as entidades do

segmento especializado, visando ao debate e à indicação de delegados, uma vez que, embora convidados a participar

das pré-conferências regionais, esses segmentos indicariam seus delegados segundo critérios próprios, sem obedecer à

regionalização.

Naquela oportunidade, foram apresentados: a síntese da pesquisa relativa ao desenvolvimento econômico e urbano de

Contagem1 realizada pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (CEDEPLAR-UFMG); e o

Estatuto da Cidade: a inserção de seus conceitos e instrumentos no Plano Diretor. Os temas tratados foram abertos ao

debate dos participantes.

Capacitação dos Delegados e Indicação de Representantes no Fórum Gestor

Curso de Capacitação

Os delegados à Conferência Municipal de Política Urbana participaram de curso de capacitação, promovido pelo

Executivo, com o objetivo de fornecer subsídios técnicos para a discussão nas etapas seguintes, favorecendo e

reforçando uma visão integrada da cidade.

Foram oficinas com o objetivo de aprofundamento dos conceitos de maior complexidade que seriam utilizados nas

discussões da Conferência, bem como repasse de informações obtidas na Leitura Técnica. Naquela oportunidade, os

delegados receberam a Lei do Plano Diretor e mapa do município, além de outras informações de interesse.

A capacitação foi organizada em cinco módulos, a saber:

Módulo 1 - Plano Diretor no contexto do Estatuto da Cidade: diretrizes e instrumentos de política urbana;

Módulo 2 - O Plano Diretor e a legislação urbanística vigentes em Contagem: conteúdo e nível de implementação;

Módulo 3 - A realidade do município e suas perspectivas: a questão habitacional;

Módulo 4 - A realidade do município e suas perspectivas: saneamento e meio ambiente;

Módulo 5 - A realidade do município e suas perspectivas: a mobilidade da população – o transporte e o sistema

viário.

Indicação de Representantes dos Delegados no Fórum Gestor

O Fórum Gestor constituiu-se paritariamente entre Executivo Municipal e delegados. Do total de representantes dos

delegados no Fórum Gestor, 62,5 % foram oriundos do segmento popular, 25% do segmento empresarial e 12,5% do

segmento técnico.

1 Prefeitura do Município de Contagem / CEDEPLAR-UFMG. Contagem no novo século. Contagem, 2005.

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Validação das Diretrizes para Proposta de Revisão do Plano Diretor

A validação das diretrizes para revisão do Plano Diretor foi realizada pelo Fórum Gestor.

Conferência

O primeiro momento da Conferência foi destinado à discussão, em plenárias temáticas, das propostas formuladas pelo

Executivo, a partir das diretrizes validadas pelo Fórum Gestor.

As discussões tiveram como objeto as propostas formuladas, estruturadas em tópicos relativos aos temas:

Ordenamento territorial;

Diretrizes de intervenção pública;

Políticas setoriais;

Habitação.

Os resultados dos trabalhos em grupo foram apresentados à Plenária Final da Conferência, para aprovação das propostas

de revisão do Plano Diretor.

Leitura Técnica

Trata-se de leitura da estrutura urbana do município, fundamentada em informações e dados disponíveis na

Administração, em fontes oficiais e/ou estudos recentes sobre economia municipal, dinâmica demográfica e de

expansão e crescimento urbano e condições ambientais locais.

A leitura constitui-se em atualização e complementação de diagnósticos efetuados no início da década de 1990 para

subsidiar o Plano Diretor e, no final da mesma década, para fundamentar o Plano de Desenvolvimento Ambiental da

Bacia de Vargem das Flores (PDA).

Análises e mapeamentos temáticos instrumentalizaram a avaliação dos resultados da implementação do Plano Diretor e

da Lei de Uso e Ocupação do Solo vigentes no município, indicando alterações necessárias em seus dispositivos.

Apontaram para a definição de prioridades de intervenção na estrutura urbana, subsidiaram a avaliação/ revisão do

Macrozoneamento, das diretrizes de política urbana e de políticas setoriais contidas no Plano Diretor, bem como dos

instrumentos de política urbana e de gestão participativa.

Estudos e Análises

Foram realizados estudos e análises relativos aos temas abaixo.

Crescimento urbano e distribuição espacial da população: análise da dinâmica de crescimento demográfico e

expansão urbana do município e das características e tendências dos assentamentos residenciais após a entrada em

vigor do Plano Diretor, buscando avaliar a política urbana do município e a eficácia da legislação municipal

referente a expansão urbana e ocupação do solo, frente às estratégias da população e do mercado imobiliário.

Condições de Habitação da População de Baixa Renda: análise das carências habitacionais do município, com

vistas à proposição de diretrizes da política municipal de habitação e dos instrumentos de política urbana voltados à

sua implementação.

Localização das atividades e equipamentos urbanos: análise da dinâmica do uso do solo na última década, de modo

a verificar se ocorreu a diversificação preconizada pelo Plano Diretor e estimulado pela Lei de Uso e Ocupação do

Solo, e a avaliar a eficácia da legislação municipal pertinente.

Articulações urbanas, centros e centralidades: identificação das relações entre espaços diferenciados de Contagem –

Unidades de Planejamento (UPs) – e do município com o espaço metropolitano, verificando possíveis alterações

ocorridas após 1993, mediante análise de dados relativos aos deslocamentos diários da população.

Sistema Viário e Condições de Transporte e Mobilidade da População: análise das intervenções viárias realizadas

na cidade após a entrada em vigor do Plano Diretor e das condições de mobilidade da população, de modo a

permitir a avaliação da política pertinente; identificação dos portos críticos do sistema viário; a gestão do sistema

de transporte e de circulação.

Condições Ambientais: análise da evolução das áreas de interesse de preservação ambiental e das áreas

ambientalmente degradadas, com vistas à identificação do quadro atual e potencial e avaliação da eficácia da

política municipal de meio ambiente; a gestão das unidades ambientais.

Condições de Saneamento: análise da evolução da implantação do plano de esgotamento sanitário e das áreas com

carência de esgotamento sanitário; identificação dos pontos críticos de poluição hídrica

Patrimônio Histórico Cultural: levantamento e análise dos bens e espaços de interesse histórico cultural e dos

instrumentos de proteção e conservação do patrimônio cultural e natural do município, com ênfase na Área de

Especial Interesse Urbanístico 3 (AIURB 3) situada na Sede Municipal.

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Desenvolvimento Econômico: discussão dos estudos recentes sobre a economia de Contagem elaborados pelo

CEDEPLAR e avaliação da ocupação da Cidade Industrial Cel. Juventino Dias após entrada em vigor do Plano

Diretor.

Os estudos e análises constantes da Leitura Técnica foram subsidiados pelos mapeamentos e informações abaixo

listadas.

Mapas Temáticos:

∙ Mancha Urbana em 1995 e em 2006.

∙ Densidade demográfica em 2000.

∙ Adensamento da ocupação entre 1991 e 2000.

∙ Assentamentos residenciais precários/ favelas.

∙ Cobertura vegetal de porte.

∙ Áreas com restrição à ocupação.

∙ Áreas com deficiência de esgotamento sanitário.

Informações:

∙ População e número de domicílios do município em 1991 e 2000.

∙ Parcelamentos executados em Contagem após 1995.

∙ Estrutura fundiária do município: atualização do cadastro de parcelamento: loteamentos regulares e irregulares,

vilas e favelas.

∙ Déficit habitacional no município – quantitativo e qualitativo.

∙ Programas habitacionais de interesse social em curso no município.

∙ Projetos de edificação aprovados em Contagem na vigência do Plano Diretor.

∙ Deslocamentos com origem em Contagem e destino no próprio município ou na RMBH, 1993.

∙ Deslocamentos com origem ou destino em Contagem – RMBH, 2002.

∙ Debates sobre o desenvolvimento econômico de Contagem.

Fontes dos dados e informações:

∙ COPASA, planos e projetos de saneamento para o município.

∙ IBGE, Censos demográficos de 1991 e 2000.

∙ Fundação João Pinheiro:

- Déficit habitacional do município em 2000.

- Índice de Desenvolvimento Humano em 1991 e 2000.

- Pesquisa de Origem e Destino – RMBH, 2002.

∙ Prefeitura do Município de Contagem/ CEDEPLAR-UFMG. Contagem no Novo Século, 2005.

∙ Prefeitura do Município de Contagem:

- SEDUMA (áreas de planejamento urbano, controle do uso do solo, habitação, mobilidade,

meio ambiente e saneamento);

- Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico;

- Secretaria Municipal de Educação (responsável pelo patrimônio cultural).

∙ Plano Diretor e legislação urbanística do município.

∙ Plano de Desenvolvimento Ambiental da Bacia de Vargem das Flores, 1999.

∙ Plano de Estrutura Urbana de Contagem, 1990.

∙ Pesquisa Socioeconômica e de Transporte (Origem e Destino). Contagem, 1993.

∙ Cadastro de parcelamento do solo do Município de Contagem. 1990, e atualizações.

∙ Imagem de satélite, 2006.

∙ Pesquisa de Campo, 2005 e 2006.

Seminário Técnico

Os trabalhos relativos à Leitura Técnica foram sendo construídos no Seminário Técnico, entre representantes dos

diversos órgãos das áreas de controle da ocupação e da expansão urbana, controle do uso do solo, educação ambiental,

habitação, limpeza pública, meio ambiente, obras publicas, parques e jardins, planejamento urbano, posturas

municipais, trânsito e transporte. Em seguida, consolidados com outros órgãos da Administração Municipal. As

diversas etapas seminário estão listadas abaixo.

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Seminário IA – Diagnóstico multisetorial da situação atual:

∙ apresentação do Plano Diretor e do Estatuto da Cidade;

∙ discussão em grupos multidisciplinares: o Plano Diretor e a realidade atual do município.

Seminário IB – Diagnóstico setorial da situação atual:

∙ discussão em grupos setoriais dos resultados do Seminário IA.

Consolidação I – Diagnóstico da situação atual:

∙ subsídios da Leitura Comunitária;

∙ consolidação dos resultados do Seminário IA e IB.

Seminário II – Avaliação das diretrizes:

∙ discussão em grupos multidisciplinares da Consolidação I;

∙ discussão das diretrizes do Plano Diretor.

Consolidação II – Formulação das diretrizes para revisão do Plano Diretor:

∙ resultados do Seminário II e da Leitura Comunitária;

∙ formulação das diretrizes para a revisão.

Seminário III – Formulação de propostas de revisão:

∙ validação técnica das Diretrizes para revisão do Plano Diretor;

∙ discussão em grupos temáticos da Consolidação II;

∙ formulação de propostas pelos grupos temáticos.

Consolidação III – Consolidação das diretrizes e propostas para revisão do Plano Diretor:

∙ discussão dos resultados do Seminário III e da Leitura Comunitária com representantes do Governo –

Secretarias de Planejamento, de Governo, de Desenvolvimento Econômico, de Desenvolvimento Urbano e

Meio ambiente e de Fazenda.

Estratégia de Comunicação e Mobilização

Dada a importância da participação da população na revisão do Plano Diretor, o Executivo empreendeu a mobilização

da sociedade em torno desse processo, por meio de suas lideranças políticas e comunitárias.

Foi utilizada a estrutura de mobilização da população montada pela Administração para realização do Orçamento

Participativo, conferências setoriais e outras instâncias de gestão participativa. A mobilização contou com participação

ativa das equipes das Administrações Regionais, que forneceram apoio operacional.

Para o chamamento inicial utilizou-se de divulgação na mídia (jornais, outdoors, volantes, internet etc.) e de convite aos

conselhos e comissões das áreas urbana e ambiental. Foi preparado material de divulgação, mostrando de forma clara e

sucinta a importância da participação da população na construção da Agenda 21 e na revisão do Plano Diretor.

Participação do Legislativo

Tendo âmbito próprio de discussão no processo legislativo, os vereadores foram convidados a participar do Seminário

de Abertura e das pré-conferências, com o objetivo acompanhar a etapa de Leitura Comunitária da realidade municipal.

Foram também convidados a acompanhar a etapa final da Conferência.

Cronograma

Os trabalhos foram iniciados em 2005. Em 2006, foram realizadas as atividades relativas à leitura técnica e, a partir de

junho, foi realizada a I Conferência Municipal de Política Urbana, conforme cronograma abaixo.

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Quadro 3-2: Cronograma da Conferência. Contagem, 2006

I Conferência Municipal de Política Urbana Eventos em 2006

JUN 2006 JUL 2006 AGO 2006 SET 2006

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

Abertura, 24 jun ●

1ª Pré-Conferência, 24 jun ●

2ª e 3ª Pré-Conferências, 15 jul ●

4ª e 5ª Pré-Conferências, 22 jul ●

6ª e 7ª Pré-Conferências, 29 jul ●

Capacitação dos Delegados, 31 jul a 04 ago ● ●

Validação das Diretrizes, 12 set ●

Conferência, 23 set ●

Leitura Técnica ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●

Elaboração do Projeto de Lei Complementar ●

● Realizado

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4. ATIVIDADES REALIZADAS

4. ATIVIDADES REALIZADAS

Atualização de Dados e Informações Técnicas para a Revisão do Plano Diretor

Quadro 4-1: Trabalhos de Atualização de Dados e Informações Técnicas. Contagem, 2005

DATA LOCAL EVENTO / PARTICIPANTES OBJETO / ATIVIDADES

2005 SMDU Seminário interno - SMDU . Leitura da cidade e propostas de intervenções públicas

2005 SMDU Equipe da SMDU . Levantamento e dados/ informações . Levantamento de mapa-base . Atualização de informações . Elaboração de Boletins para divulgação interna de informações (BIDU) . Consolidação de mapas-base . Elaboração de mapas temáticos

2005 CEDEPLAR Equipe do CEDEPLAR . Contagem no Século XXI

2005 SMDU Equipe da SMDU Equipe do CEDEPLAR

. Contagem no Século XXI: - Fornecimento de dados e informações para o CEDEPLAR - Discussões sobre a pesquisa e propostas do CEDEPLAR

Participação na Preparação do Orçamento Participativo (OP)

Quadro 4-2: Evento Realizado na Preparação do Orçamento Participativo (OP). Contagem, 2005

DATA LOCAL EVENTO / PARTICIPANTES OBJETO / ATIVIDADES

2005 Parque G. Diniz SMDU, SEPLAN (COOP) e ARs

. Apresentação do Plano Diretor de Contagem (PDC) . Conceito de Unidades de Planejamento Urbano e sua adoção no processo do OP

Conferência das Cidades

Quadro 4-3: Eventos da Conferência das Cidades. Contagem, 2005

DATA LOCAL EVENTO / PARTICIPANTES OBJETO / ATIVIDADES

2005 Regiões Administrativas

Reuniões plenárias abertas à população em cada Região Administrativa

. Apresentação do PDC

. Debate sobre a região

2005 SEST/SENAT Conferência da Cidade de Contagem (etapa preparatória para a Conferência Estadual das Cidades)

. Debate e propostas: temas urbanos e ambientais . Eleição de delegados para a Conferência das Cidades de MG

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Eventos da Conferência Municipal de Política Urbana

Quadro 4-4: Eventos da Conferência Municipal de Política Urbana. Contagem, 2006

. Assinatura de contrato PMC/CAIXA/MCidades: revisão do Plano Diretor

. Validação do Convênio PMC/FNMA: construção da Agenda 21 Local

DATA LOCAL EVENTO / PARTICIPANTES OBJETO / ATIVIDADES

ABR/06 SEDUMA Coordenação do PDC . Plano de Trabalho para a Revisão do PDC

ABR/06 SEDUMA Coordenação da AG21 . Plano de Trabalho para a AG 21

ABR/06 SEDUMA Coordenação do PDC . Metodologia Revisão PDC

MAI/06 CAIXA Seminário sobre Plano Diretor - Representantes do MCidades - Representantes da CAIXA - Representantes Núcleo do CREA - Representantes de municípios - Equipe de Coordenação do PDC

. Metodologias de elaboração de Planos Diretores (diversos municípios) . Apresentação do Plano de Trabalho do PDC

MAI/06 CAIXA Equipe da CAIXA . Aprovação do Plano de Trabalho do PDC

MAI/06 SEDUMA/ SECOM SECOM Coordenação do PDC/AG21

. Produção de material de divulgação do PDC, AG21 e Conferência

MAI/06 SEDUMA Coordenação do PDC/AG21 Coordenadoria Administrativa SECOM

. Contratação de serviços: produção de material de divulgação do PDC, AG21 e Conferência

. Contratação de serviços: - apoio técnico para a Conferência - apoio logístico para a Conferência - fornecimento de imagem de satélite do município

MAI/06 SEDUMA Equipe de Coordenação AG21 . Apresentação da Metodologia Revisão PDC/AG21 para a Coordenação Nacional da AG21

MAI/06 SEDUMA GP, Secretarias Municipais . Metodologia Revisão PDC/AG21

MAI/06 Gabinete da Prefeita GP, SEGOV, SEFAZ, SEDECON . Metodologia; participação do CODECON

MAI/06 CINCO CODECON . Informações/ discussão sobre Metodologia da Revisão PDC/AG21

MAI/06 SEDUMA SEGOV, SECOM, SEPLAN (COOP) e equipe de mobilização

. Metodologia Revisão PDC/AG21

. Regimento. Mobilização

MAI/06 Parque Gentil Diniz ARs, SEGOV, SECOM, SEPLAN (COOP) e equipe de mobilização

. Metodologia Revisão PDC/AG21.

. Participação e Mobilização

5/6/2006 Cine Teatro Abertura (adiada)

JUN/06 SEDUMA Secretário . Aprovação do Regimento da Conferência

21/6/2006 Cine Teatro Abertura: . Representante do Ministério do Meio Ambiente (Coordenação Nacional da AG21) . Representante do CEDEPLAR . Secretário Adjunto da SEDUMA (continua)

. Palestras: - Desenvolvimento Econômico - Agenda 21 . Apresentação do processo e calendário da Conferência

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DATA LOCAL EVENTO / PARTICIPANTES OBJETO / ATIVIDADES

(continuação)

. Chefe de Gabinete da Prefeita

. Vereadores

. Convidados: secretários municipais, autoridades, entidades de classe, ONGs . Público em geral

JUN/06 SEDUMA Representantes da SMS, SEDUC, SETS . Metodologia Revisão PDC/AG21 . Participação nas pré-conferências

24/6/2006 REGIÃO: SEDE

Pré-conferência aberta ao público . Leitura Comunitária . Eleição de delegados

12/7/2006 Auditório da ACIC Seminário IA - Equipe SEDUMA Equipe da Práxis

. Leitura Técnica: - Exposição do PDC - Exposição do Estatuto Cidades - Grupos multisetoriais: discussão do Macrozoneamento, das diretrizes e da implementação do PDC; diagnóstico

JUN/06 Setores internos da SEDUMA

Seminário IB - Equipe SEDUMA Equipe da Práxis

. Leitura Técnica: - Discussões setoriais dos resultados do Seminário IA

15/7/2006 REGIÃO: RESSACA

Pré-conferência aberta ao público . Leitura Comunitária . Eleição de delegados

15/7/2006 REGIÃO: V. DAS FLORES

Pré-conferência aberta ao público . Leitura Comunitária . Eleição de delegados

17/7/2006 Auditório da CIEMG Seminário do Segmento Empresarial CIEMG, ACIC, CDL Outros convidados: - Segmento Especializado - Secretarias Municipais - CREA, IAB, PUC

. Palestras do CEDEPLAR - Desenvolvimento Econômico - Reinventando o Urbano . Palestra do representante do CREA: - Estatuto da Cidade e Planos Diretores . Debate com empresários

JUL/06 – Segmentos Especializado e Empresarial . Indicação representantes para o Fórum Gestor

22/7/2006 REGIÃO: ELDORADO

Pré-conferência aberta ao público . Leitura Comunitária . Eleição de delegados

22/7/2006 REGIÃO: INDUSTRIAL

Pré-conferência aberta ao público . Leitura Comunitária . Eleição de delegados

29/7/2006 REGIÃO: NACIONAL

Pré-conferência aberta ao público . Leitura Comunitária . Eleição de delegados

29/7/2006 REGIÃO: PETROLÂNDIA

Pré-conferência aberta ao público . Leitura Comunitária . Eleição de delegados

31/7/2006 GP Prefeita e Secretários Equipe de Coordenação do PDC Técnicos do CEDEPLAR

. Palestras do CEDEPLAR e debate com Governo: - Desenvolvimento Econômico - Reinventando o Urbano . Apresentação da Coord. do PDC: - Metodologia da Revisão do PDC/AG21

31/7/2006 Centro Cultural Capacitação dos Delegados I Coordenação do PDC

. Curso para delegados: - Conceitos urbanísticos - Distribuição Lei do PDC e mapas do município

JUL/06 SEDUMA Seminário IC Equipe da Coordenadoria de Habitação

. Política Habitacional

. Diretrizes de Habitação para PDC

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DATA LOCAL EVENTO / PARTICIPANTES OBJETO / ATIVIDADES

1/8/2006 Sede da ACIC Seminário II - Equipe SEDUMA Equipe da Práxis

. Leitura Técnica: - Discussão dos resultados das Reuniões Setoriais (Seminário I) - Formação de Grupos de Trabalho

2/8/2006 Centro Cultural Capacitação dos Delegados II Coordenação do PDC

. Curso para delegados: - Macrozoneamento e Diretrizes do Plano Diretor - Habitação

4/8/2006 Centro Cultural Capacitação dos Delegados III Coordenação do PDC

. Curso para delegados: - Transporte, Trânsito e Sistema Viário - Meio Ambiente e Saneamento

4/8/2006 Centro Cultural Delegados da Conferência

. Eleição de representantes dos segmentos para o Fórum Gestor

9/8/2006 GP Prefeita e Secretários Municipais Coordenação do PDC

. Palestra e debate com Governo: - Planejamento Urbano e o Plano Diretor de Contagem

22/8/2006 Parque Gentil Diniz Seminário III Equipe SEDUMA Equipe da Práxis

. Leitura Técnica - Discussão dos resultados do Seminário II e dos Grupos de Trabalho - Consolidação Diretrizes PDC - Discussão de Propostas

2006 (diversas)

SEDUMA Leitura Técnica (reuniões internas) Equipe de Coordenação do PDC Equipe de Planejamento Urbano Equipe da Práxis

. Diagnóstico do sistema viário

. Estudos demográficos

. Avaliação da ocupação urbana

. Avaliação da aplicação de instrumentos do PDC . Vistorias em campo . Mapeamento da expansão urbana . Revisão do zoneamento . Consolidação da Leitura Técnica da Leitura Comunitária

11/9/2006 SEDUMA Equipe de Coordenação do PDC c/ SEDECON, SEFAZ e SEPLAN Equipe da Práxis

. Apresentação do PDC

. Apresentação do Diagnóstico: - Leitura Técnica e - Leitura Comunitária . Consolidação das Diretrizes para Revisão do PDC . Discussão da atuação da Administração relativa à implementação do PDC

12/9/2006 SEDUMA Equipe de Coordenação do PDC c/ SEDECON, SEFAZ e SEPLAN

. Consolidação das Propostas do Executivo para Revisão do PDC

12/9/2006 Parque Gentil Diniz Fórum Gestor da Conferência: - representantes da sociedade civil (delegados dos segmentos popular, especializado e empresarial) - representantes do Executivo (SEDUMA, SEDECON, SEFAZ, SEPLAN)

. Discussão e aprovação das Diretrizes para Revisão do PDC . Definição da data de realização da Conferência: 23/09/06

23/9/2006 FUNCICI Conferência - 1ª Plenária Geral . Aprovação do Regulamento da Etapa Final da Conferência

Conferência - Plenárias Temáticas:

• G1: Ordenamento Territorial

• G2: Diretrizes de Intervenção Pública na Estrutura Urbana

• G3: Políticas Setoriais • G4: Habitação

. Discussão das Propostas do Executivo . Apresentação, discussão e aprovação de emendas para apresentação à Plenária Geral

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DATA LOCAL EVENTO / PARTICIPANTES OBJETO / ATIVIDADES

Conferência - 2ª Plenária Geral . Votação das Propostas e das emendas aprovadas nas Plenárias Temáticas

03/10/2006 Projeto de Lei Complementar PLC n.° 018, de 03/10/2006

. Redação do PLC e encaminhamento à Câmara Municipal

Divulgação da Conferência Municipal de Política Urbana

Para divulgação da conferência foram utilizados diversos meios de forma a atingir o público em geral em todas as

regiões do município.

Divulgação geral: folders sobre Agenda 21 e Plano Diretor.

Lei do Plano Diretor: disponibilizada no Portal da Prefeitura.

Convites para Conferência: Portal da Prefeitura na internet, outdoors, busdoors; convites enviados às Secretarias

Municipais, aos vereadores e a outras autoridades.

Calendário:

∙ panfletos distribuídos pela equipe de mobilização e pelas Administrações Regionais;

∙ disponível no Portal da Prefeitura na internet.

Evento de abertura: convites às Secretarias Municipais, aos vereadores e a entidades e órgãos externos; divulgação

na imprensa.

Chamada para pré-conferências regionais: panfletos distribuídos pela equipe de mobilização e Administrações

Regionais; carro de som; Portal da Prefeitura na internet; divulgação na imprensa.

Reuniões com representantes das Secretarias Municipais.

Reuniões prévias às pré-conferências regionais em cada administração regional com participação de

administradores regionais, agentes mobilizadores, agentes da Saúde.

Comunicado em reuniões do secretariado.

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5. LEITURA COMUNITÁRIA:

SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO REALIZADO PELOS PARTICIPANTES

DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS REGIONAIS

5. LEITURA COMUNITÁRIA

INTRODUÇÃO

A Leitura Comunitária, tendo em vista o diagnóstico da cidade segundo a percepção dos moradores, foi realizada em

pré-conferências regionais abertas à participação da população, uma em cada região administrativa do município (Erro!

Fonte de referência não encontrada.). Os resultados constam, na íntegra, organizados segundo tema para cada região,

do Anexo I: Leitura Comunitária.

Foram selecionados pontos relevantes do diagnóstico realizado pelos moradores, e a partir deles foi elaborada uma

síntese de sua percepção da cidade, apresentada a seguir. Além dos temas mais diretamente relacionados à estrutura

urbana, também foi discutida nas pré-conferências a temática social, tendo em vista a construção da Agenda 21 Local,

não incluída nesta síntese. Os pontos selecionados dizem respeito a:

política e gestão pública: abrangendo relação governo e sociedade, gestão de espaços públicos e políticas regional e

tributária (esses não foram temas específicos colocados em discussão, segundo a metodologia dos trabalhos;

sugiram naturalmente durante a realização das oficinas);

estrutura urbana: aspectos gerais do município;

estrutura urbana: aspectos regionais, com tópicos relevantes relativos a centros urbanos de comércio e serviços,

articulação (ligações entre bairros e municípios vizinhos/ transporte), espaços públicos, qualidade ambiental,

crescimento da cidade e habitação.

5.1. POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA

Os participantes das pré-conferências percebem como pontos positivos na relação entre governo e sociedade ações e

atitudes que fortalecem a cidadania. A inclusão de minorias nas políticas públicas municipais é uma mudança de atitude

importante. A abertura realizada pelo governo e o controle social de suas ações a fim de facilitar a participação na

gestão pública é um dos destaques da avaliação realizada. É necessário, contudo, ampliar a integração do governo com a

sociedade civil e o segmento empresarial, corrigir falhas no processo de comunicação e mobilização.

A participação, porém, segundo os participantes, ainda é dificultada por clientelismo político, por política de favores.

Por outro lado, permanece o comodismo da população, que deveria cobrar mais do governo. É necessário mais

empenho em educação popular para que a participação nas políticas públicas se dê de forma que a discussão e acordos

entre a população e o poder público prevaleçam.

A política regional é abordada tanto nas relações com municípios vizinhos quanto na sua dimensão interna. A

integração regional (Contagem, Betim, Ibirité, Sarzedo, Belo Horizonte) para discutir formas de estimulo à implantação

de empresas e oportunidades de profissionalização é criticada, mostrando a percepção da população quanto à

interdependência do processo de produção na região em que Contagem se insere.

Internamente, fica claro o sentimento de discriminação de algumas regiões do município – Nacional, Ressaca e Vargem

das Flores –, não só pelo governo mas também pela própria população: moradores do Nacional sentem-se excluídos da

prestação de serviços de transporte, lazer, cultura, segurança; é tímida a presença do poder público na Ressaca, e esta

possui pouca representatividade na Câmara Municipal; na região de Vargem das Flores, sobretudo em Nova Contagem,

é necessária atenção maior na implementação das políticas públicas; existe “preconceito/ vergonha” em relação a Nova

Contagem, tanto por parte de pessoas de outras regiões como também por parte de moradores da própria região.

A situação em que se encontram espaços e equipamentos de uso público é criticada: indefinição de responsabilidade por

sua gestão e manutenção; são descuidados, mal aproveitados e não inspiram segurança aos freqüentadores.

A política tributária, embora não se limite ao âmbito municipal, é considerada prejudicial ao desenvolvimento das

pequenas empresas. A política de isenção total do IPTU residencial é entendida como prejudicial (ainda que não tenha

sido unanimidade nas discussões), uma vez que significa perda de receita e pode comprometer investimentos do

município. Um outro ponto levantado sobre essa questão é que a isenção pode supervalorizar imóveis e comprometer a

atração de atividades econômicas.

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5.2. ESTRUTURA URBANA: ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO

A localização da cidade na região metropolitana e a facilidade de articulação entre Contagem, Belo Horizonte e Betim,

proporcionada pela via expressa, são fatores considerados importantes para o desenvolvimento da economia municipal,

na percepção dos participantes das pré-conferências regionais. Contagem, no entanto, ainda depende de Belo Horizonte

na prestação de alguns serviços importantes, como transporte, educação e lazer. Faltam em Contagem grandes

equipamentos urbanos (aeroporto, estação rodoviária, estádio) existentes apenas na capital. Embora ainda seja forte a

dependência da cidade ao centro de Belo Horizonte, a região do Eldorado já é referência para todo o município, em

virtude da grande variedade de serviços e comércio que ela apresenta. Outros centros destacados como de importância

regional estão nas regiões da Sede e do Industrial.

A articulação entre as regiões da cidade ainda é deficiente; são necessários investimentos quer em infra-estrutura quer

na reformulação do sistema de transporte público. A percepção dos participantes dessa necessidade é explicitada em

todas as pré-conferências regionais.

Memória, patrimônio histórico, identidade são aspectos negativos em Contagem em razão da falta de políticas de

preservação; ou, quando existem, não são divulgadas de forma eficaz, e concentram-se em poucas áreas da cidade. Essa

constatação de alguma forma é contraditória com outras que consideram importantes as ações já realizadas na

preservação do patrimônio histórico (como no tombamento das torres da antiga fábrica de cimento Itaú e das

edificações históricas no centro) e que reconhecem na legislação urbanística um instrumento que ajuda a preservar o

patrimônio histórico.

Nos temas turismo, lazer e recreação, Vargem das Flores (a represa e a área rural) sempre surge como potencial

inexplorado pelo Município: é necessário definir políticas e realizar investimentos nessa área. Além disso, Contagem já

deveria ter espaço para realização de eventos de grande porte. O Parque Fernão Dias é equipamento importante, mas

pouco utilizado em razão da má conservação e da falta de segurança para usuários. Muitas áreas de lazer estão ociosas

ou com uso inadequado por falta de fiscalização e de participação dos moradores. Aglomerados, vilas e favelas também

carecem desses equipamentos; algumas áreas de lazer, como campos de futebol, estão sendo eliminadas.

Com relação a manifestações culturais, a população em todas as regiões valoriza suas relações internas, sua

organização, seus grupos e eventos culturais. Os avanços do apoio institucional são reconhecidos, mas as políticas

regionais de cultura, lazer, patrimônio e turismo ainda são consideradas frágeis.

A avaliação das condições do saneamento básico é semelhante em todas as pré-conferências. Houve avanço na

cobertura por rede de esgotamento e no tratamento dos esgotos sanitários, mas ainda há lançamentos em cursos d’água,

e algumas áreas ainda não possuem rede coletora. Essa situação ocorre, sobretudo, em vilas e favelas e nos loteamentos

clandestinos implantados mais recentemente. O município dispõe de aterro sanitário, e os serviços de coleta de lixo são

bem avaliados. Mas a constatação de disposição inadequada de lixo por parte de alguns moradores e de lançamento de

entulho e bota-fora em vias, lotes vagos e cursos d’água também é recorrente, sempre acompanhada da cobrança, pelos

participantes, de fiscalização pelo poder público e de educação ambiental.

O crescimento e a expansão urbana da cidade são avaliados pelos participantes sob enfoques urbanístico, ambiental e

social. Ocupações irregulares e loteamentos clandestinos provocam desmatamentos e poluem cursos d’água, uma vez

que ocorrem com maior freqüência em áreas de proteção de mananciais. Os moradores dessas áreas sofrem as

conseqüências, pois, em geral, não são implantadas redes de energia elétrica, de abastecimento de água e de

esgotamento sanitário. Como existem extensas áreas públicas e particulares sem utilização, e o poder público não

exerce seu poder de fiscalização, esse processo tende a se agravar.

Um dos fatores apontados como responsáveis por essa situação é a ausência de política habitacional para pessoas de

baixa renda, gerando aumento das invasões, formando favelas e criando áreas de risco. O Plano Diretor atual é criticado

por não ter contemplado uma política de habitação popular, não definindo áreas livres para implantação de moradias de

interesse social. O poder público, por sua vez, não promoveu a regularização fundiária prevista no Plano Diretor.

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Mapa 2: Regiões Administrativas, 2005

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Limite de Região

Vargem das Flores

Ressaca

Sede

Petrolândia

Eldorado

Industrial

Nacional

Regiões Administrativas (RA), 2005

Represa da Pampulha

Represa de Vargem das Flores

PMC-SMDU, 2006

Fonte: LC 06/2005

N

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 2

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5.3. ESTRUTURA URBANA: ASPECTOS REGIONAIS

Região Eldorado

A região do Eldorado é avaliada positivamente pelos participantes da pré-conferência regional nos aspectos relativos à

qualidade urbana e à sua importância para a cidade na oferta de serviços e comércio. É a região em que se desenvolvem

centros de bairros, centros locais, em maior número: no Riacho, Eldorado, Água Branca. Os moradores destacam ainda

a oferta de equipamentos destinados a lazer, cultura e esportes: parque ecológico, cinema, centro cultural, ginásio,

campo de futebol.

São consideradas importantes para a circulação na região as alterações de trânsito nas proximidades do Itaú Power

Center e as intervenções na Av. Cardeal Eugênio Pacelli/ BR. 381. Há uma expectativa positiva quanto às mudanças

previstas para Av. João César de Oliveira e para o sistema de transporte coletivo. Por outro lado, permanecem as

dificuldades de transposição da linha férrea, tanto para veículos quanto para pedestres, e das vias de tráfego intenso,

para pedestres (Av. João César, entre o Corpo de Bombeiros e a Sede, na rodovia BR 381 e na Via Expressa).

A circulação é ainda prejudicada pela deficiência da sinalização de orientação (placas indicativas e de nome de ruas) e

pela falta de acessibilidade para deficientes físicos. As características do traçado do sistema viário do bairro Cidade

Jardim Eldorado dificultam a circulação interna, especialmente no sentido perpendicular à Av. João César de Oliveira.

O crescimento do comércio no Eldorado, sem a devida fiscalização do poder público, vem trazendo transtornos aos

usuários desse centro, provocados pela poluição sonora, invasão das calçadas com exposição de produtos e poluição

visual com excesso de placas e painéis de propaganda.

Foi criticada a forma como vinham sendo realizadas alterações de zoneamento, em administrações anteriores,

atendendo a interesses políticos, dificultando a implantação de atividades econômicas.

Os participantes da pré-conferência percebem uma atuação especulativa do mercado imobiliário na região, o que

contribuiria para a formação de vilas e favelas. Criticam o poder público pela ausência de ações de conscientização e de

informação à população que poderiam evitar a proliferação de ocupações e de loteamentos clandestinos.

Região Industrial

No Industrial, a percepção geral dos participantes é de que a região, além de abrigar grande parque industrial, dispõe de

comércio e serviços de boa qualidade e bem distribuídos. Contudo, o desenvolvimento das atividades comerciais, em

sua avaliação, é prejudicado pela falta de segurança e de fiscalização, como também pela deficiência de planejamento

de trânsito e inexistência de política para circulação do pedestre.

Há grande dificuldade de circulação interna e externa à região. O acesso aos estabelecimentos localizados no centro

principal da Av. Tiradentes e em centros secundários é difícil pelo transporte coletivo a partir de alguns bairros. Como

também são grandes as dificuldades para se estacionar veículos particulares naqueles centros. O dispositivo da

legislação atual2, relativo ao recuo frontal das edificações, agravará, no futuro, a situação.

Da mesma forma, o acesso aos centros regionais – Eldorado e Sede – é prejudicado pela inadequação dos itinerários de

ônibus e pelo elevado preço das tarifas de transporte. Os moradores reclamam ainda da interrupção das obras de

implantação da Av. Tereza Cristina no vale do ribeirão Arrudas (a avenida foi construída até o limite entre BH e

Contagem).

O elevado nível de atendimento dos serviços de saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário e

coleta de lixo) é destacado pelos participantes. Quando à drenagem urbana, existem na região áreas sujeitas a

alagamentos por deficiência do sistema de coleta de águas pluviais; ênfase especial é dada para a ocorrência de

inundações nas imediações das vilas Dom Bosco e São Paulo provocadas pelo ribeirão Arrudas. Outro ponto negativo,

segundo os moradores, é a ausência de áreas verdes na região.

Região Nacional

Os participantes da pré-conferência do Nacional mostram com clareza: atributos naturais da região, potencialidades para

seu desenvolvimento econômico, riqueza das manifestações culturais regionais. Apresentam o desejo de se integrar ao

restante da cidade. Em seu diagnóstico, apontam deficiências e indicam caminhos para a estruturação regional.

As áreas verdes e nascentes, tão importantes para a região, vêm sendo prejudicadas por desmatamento, queimada,

2 Possibilidade de não exigência do recuo frontal nos casos em que a maioria das edificações na face da quadra já não atendam a esse dispositivo.

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assoreamento e ocupação irregular de áreas públicas e privadas. Esta última é a principal responsável pelo crescimento

desorganizado da região.

É enfatizada a necessidade de se dar prosseguimento às obras de tratamento de fundo de vales e de implantação das

avenidas sanitárias; os estudos e projetos, porém, deveriam ser apresentados e discutidos com a comunidade.

Alguns bairros dispõem de comércio local satisfatório. Mas quando necessitam de serviços e comércio mais

especializados, os moradores são obrigados a se deslocar a outras regiões ou a Belo Horizonte. Os participantes da pré-

conferência propõem a implantação de “eixo comercial” diversificado que possa suprir essa carência.

Quanto ao desenvolvimento econômico regional, os moradores consideram que há empresários dispostos a investir na

região, e há espaço físico disponível para implantação de indústrias e cursos profissionalizantes, mas faltam incentivos e

infra-estrutura para atrair novos empreendimentos. A legislação vigente deve ser alterada para estimular implantação de

indústria e comércio de forma sustentável. Os moradores acreditam na vocação da região para agronegócio e agricultura

familiar; para tanto, sugerem incentivo ao cooperativismo e ao associativismo, implantação de centro de referência do

trabalhador e do micro e pequeno empresário.

Quanto à cultura, propõem o mapeamento das manifestações culturais abrangendo todo o município, construção de

acervo histórico-cultural e implantação de centros culturais para apoiar os grupos existentes.

Quanto ao lazer, é necessário melhorar e ampliar espaços públicos destinados a esse uso, como também criar pólo

regional de entretenimento e lazer.

São apresentados grandes problemas de articulação entre bairros do Nacional e deste com as demais regiões de

Contagem. Além disso, são propostas alterações no sistema de transporte coletivo (como criação de linhas circulares) e

melhoria do transporte para pessoas com necessidades especiais.

Região Ressaca

Na pré-conferência regional da Ressaca também é enfatizada a relação da população com Belo Horizonte e as

dificuldades de acesso aos centros regionais da Sede e Eldorado, em Contagem, especialmente pela ausência de linhas

de transporte publico que facilitem essa articulação. As linhas existentes, ao contrário, favorecem a ligação com a

capital. Consideram os participantes que a extensão da linha do metrô desde o Eldorado seria importante nesse sentido.

Os participantes indicam três centros locais que devem ser reforçados: no entorno da sede da Administração Regional,

na Av. Princesa Isabel e no bairro “Progresso B”. O centro previsto na Ressaca não se consolidou, ainda que o pólo

moveleiro seja uma realidade; faltam serviços considerados básicos para se atingir aquele objetivo (bancos, correios,

escolas, hospitais, pronto-socorro).

A região possui nascentes e outros recursos naturais que merecem ser preservados, mas estão sendo impactados pelo

crescimento desordenado. Segundo os moradores, na área urbanizada ainda há espaços que podem contribuir para a

melhoria ambiental, nos quais poderiam ser implantadas áreas verdes e praças.

A Ressaca dispõe de áreas para o crescimento e desenvolvimento da cidade; é preciso, contudo, incrementar a infra-

estrutura urbana e incentivar a instalação de atividades econômicas. Nessas condições, seria também melhor

aproveitado o potencial para implantação de loteamentos e conjuntos habitacionais populares. Outra medida sugerida

seria trazer para a região entidades de apoio ao empreendedor, como o SEBRAE.

Região Sede

A Sede, na avaliação dos moradores presentes à pré-conferência, possui localização geográfica privilegiada e grande

disponibilidade de transporte para outras regiões. É reconhecida como pólo político-cultural do município, onde se

localizam equipamentos culturais, prédios públicos, edificações remanescentes da arquitetura colonial, o Parque Gentil

Diniz. A arborização dos quintais ainda é, em parte, preservada e valorizada.

O centro comercial da Sede, no entanto, é pouco diversificado e sofre as conseqüências do estrangulamento do sistema

viário. Apresenta muitos problemas nas vias e logradouros, demonstrando a ausência de fiscalização de posturas e

vigilância sanitária. Falta acessibilidade para portadores de deficiências físicas em vias e prédios públicos.

Percebe-se a tendência de aumento da oferta de comércio e de serviços (nas novas áreas criadas pela Av. Prefeito Gil

Diniz ao longo do córrego Ibirapitanga), mas o intenso tráfego de passagem limita a expansão dessas atividades e gera

muitos conflitos com o trânsito local.

Os centros de bairro, por sua vez, devem ser reforçados, valorizando-se as áreas verdes e as praças.

Percebe-se grande conflito na região da Sede: a pressão para a expansão urbana em novas áreas e as restrições legais

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para sua ocupação. Os participantes acreditam que a revisão da legislação urbanística poderia minimizar tal conflito

Região Petrolândia

Na região do Petrolândia os aspectos mais enfatizados são o impacto causado pela construção da Via Expressa,

seccionando a região, e o conflito entre a necessidade de preservação ambiental na bacia de Vargem das Flores e a

expansão urbana irregular.

A Via Expressa, se por um lado possibilitou melhoria na acessibilidade regional, criou, por outro, uma barreira,

dificultando a travessia e a integração entre as duas partes da região. O sistema viário interno da porção sul não é bem

articulado, mas deverá ser melhorado com a implantação da Av. Imbiruçu, segundo avaliação dos participantes. São

apresentadas propostas de alterações no sistema de transporte coletivo destinadas a: interligação dos bairros da região

(linha circular); redução dos percursos e dos tempos de viagem; melhoria do acesso a outras regiões e a Betim.

A região é bem servida por comércio, com infra-estrutura razoável; faltam, porém, alguns serviços especializados nos

centros urbanos existentes. O centro cultural do Petrolândia é equipamento valorizado pelos moradores, pelos eventos e

cursos nele realizados.

Uma demanda importante dos moradores é a implantação de parques ecológicos e a recuperação de áreas degradadas.

No bairro Tropical, o grande número de lotes e terrenos vazios gera transtornos para a comunidade. Na região, existem

áreas públicas cedidas a terceiros, invadidas, ou sem definição de como utilizá-las em benefício da comunidade.

Região Vargem das Flores

Em Vargem das Flores os moradores participantes da pré-conferência abordam a região considerando seu isolamento do

restante da cidade, com as dificuldades dele decorrentes, e o seu potencial de desenvolvimento econômico, preservando

seus atributos naturais. Demandam ações mais coordenadas da Administração Municipal e chamam a população para

maior participação.

As dificuldades de integração com o restante da cidade são explicitadas: o estrangulamento na entrada da Sede, próximo

ao bairro da Praia; a ausência de transporte coletivo para outras regiões como a Ressaca, sobretudo para as Centrais de

Abastecimento de Minas Gerais (CEASA). Internamente, há dificuldades de circulação entre diversos bairros. Também

é apontada a falta de acesso aos municípios vizinhos de Betim e Ribeirão das Neves.

O comércio, especificamente em Nova Contagem, é considerado razoável para o atendimento cotidiano, mas é

necessária maior diversificação tanto do comércio quanto dos serviços.

A população preza a abundância de recursos naturais da região – a represa, mananciais, áreas verdes, biodiversidade – e

reconhece a participação de alguns proprietários privados na sua preservação. Considera que há grande potencial

turístico a ser explorado. Nos bairros da região, contudo, faltam áreas verdes e de lazer, áreas para prática de esportes.

A implantação do sistema de coleta e tratamento dos esgotos em Nova Contagem é ressaltada como positiva para os

moradores e para a preservação ambiental. Há, porém, o temor do avanço da expansão urbana por meio de novos

loteamentos clandestinos. O baixo valor da terra possibilita o surgimento de loteamentos irregulares, a favelização, em

desrespeito à legislação de uso do solo. O que se presencia, em decorrência desse processo de crescimento, é

desmatamento ilegal, degradação de áreas verdes, poluição de nascentes e cursos d’água.

Na avaliação dos moradores, tudo isso é decorrente da inoperância dos órgãos públicos, da omissão de fiscalização, da

falta de integração dos órgãos fiscalizadores, da “falta de vontade política”. Essa situação favorece a especulação

imobiliária na região.

Os moradores fazem um alerta: ao se atender à demanda por melhoria dos acessos, deve-se tomar especial cuidado, pois

as ações nesse sentido podem prejudicar a preservação de mananciais, ampliar a especulação imobiliária e incrementar

as construções clandestinas.

O poder público, segundo os participantes, pode “transformar os pontos negativos em positivos” num processo

planejado para implementar o desenvolvimento econômico da região. São indicados caminhos: realizar um diagnóstico

e planejar os investimentos; melhorar a infra-estrutura básica para atrair empreendedores “sem ferir a preservação

ambiental”; capacitar e formar a população numa “visão mais ampliada de desenvolvimento socioeconômico”.

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6. LEITURA TÉCNICA:

RESUMO DOS SEMINÁRIOS E ESTUDOS TÉCNICOS

6. LEITURA TÉCNICA

INTRODUÇÃO

Situado na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o município de Contagem tem extensão territorial

relativamente pequena, com 194,3 km2. O território municipal é cortado por ferrovia e pelas rodovias BR 040 e BR 381,

que interligam Belo Horizonte ao espaço estadual e nacional (Mapa 3).

O território do município estende-se sobre quatro bacias hidrográficas (Mapa 4): Arrudas (ocupa 15% do território), que

é a mais comprometida com a urbanização e mais densamente ocupada, Imbiruçu (3%), Pampulha (27%) e Vargem das

Flores (55%). Apesar de apresentar topografia de modo geral favorável, a urbanização em Contagem requer cuidados

especiais, seja em virtude da alta susceptibilidade dos terrenos a processos erosivos, seja pela necessidade de proteção

dos recursos hídricos da Pampulha, importante patrimônio paisagístico e cultural, e, sobretudo, de Vargem das Flores,

principal manancial de abastecimento de água do município.

Contagem vem apresentando, a partir da década de 1950, um crescimento demográfico expressivo, com taxas de

crescimento declinantes, mas sistematicamente superiores às da RMBH. Em 1991, com 448.991 habitantes, Contagem

assumiu a condição de segundo município do Estado.

O Censo Demográfico de 2.000 acusou uma população de 538.017 habitantes, dos quais 533.330 (99,1%) encontravam-

se em situação urbana e somente 4.687 (0,9%) em situação rural. Se mantida a taxa média geométrica de crescimento

demográfico de 2,015% a.a. observada no período 1991-2000, as projeções para a população de Contagem nos anos

2005 e 2006 são de 594.450 e 606.430 habitantes, respectivamente. A estimativa do IBGE para 2006 é de 603.376 (

Quadro 6-1: Dados Gerais do Município).

6.1. ESTRUTURA URBANA DO MUNICÍPIO

O espaço urbano de Contagem constituiu-se sob a tensão exercida pelos processos de industrialização e metropolização,

sofrendo ainda hoje forte pressão do crescimento econômico e demográfico da RMBH.

A partir da implantação da Cidade Industrial Cel. Juventino Dias, a indústria tornou-se o traço dominante da identidade

municipal e fator determinante de seu crescimento demográfico; foi capaz de gerar significativo número de empregos e,

a partir dos anos 60, lhe conferiu capacidade de investimento.

Trata-se de indústria pesada, com primazia da metalurgia e processamento de minerais não metálicos, atividades de alto

potencial poluente, instaladas em grandes estabelecimentos, que trouxeram consigo grandes volumes de tráfego de

cargas, atraíram operariado de baixo nível de qualificação e população de baixo poder aquisitivo.

O processo de industrialização acarretou a formação de grandes espaços especializados, dos quais o primeiro e primaz é

a Cidade Industrial. O padrão de ocupação dos distritos industriais implantados, com lotes de grandes dimensões e taxas

de ocupação muito baixas, é marcado pela ociosidade de espaço. A vocação do município para o assentamento de

atividades atratoras de tráfego de cargas e instaladas em grandes galpões, conferida pela sua condição de entroncamento

viário, é reforçada com a implantação das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CEASA). (Erro! Fonte de

referência não encontrada. e Mapa 6)

Recentemente a estrutura econômica do município tem sofrido alterações, com perda de importância dos ramos

tradicionais do setor secundário e aumento das indústrias urbanas e do setor terciário. As atividades de transporte e

logística vêm ganhando espaço no município.

Conjugado com a industrialização, o processo de metropolização de Belo Horizonte afetou Contagem pela expansão de

loteamentos surgidos em frentes distintas, centradas na Cidade Industrial, ou constituindo prolongamentos diversos das

periferias da capital. Permanecendo por muito tempo com grande quantidade de áreas parceladas sem infra-estruturas e

de extensão muito superior às necessidades de terrenos decorrentes do crescimento demográfico, a ocupação do espaço

urbano de Contagem foi gradual e lenta e marcada por dispersão generalizada.

Observa-se, deste modo, um dos traços fundamentais da estrutura urbana do município: concentração/ dispersão da

população e, principalmente, das atividades econômicas, marcando profundamente sua diferenciação espacial.

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A implantação de infra-estruturas resultou no adensamento e na elevação do padrão sócio-econômico dos bairros

melhor atendidos, dando origem a concentrações de atividades urbanas, das quais a principal é o centro do Eldorado. De

outro lado, vêm-se constituindo áreas-dormitório caracterizadas como verdadeiros bolsões de pobreza, com claro

aprofundamento do processo de segregação espacial da população: Nova Contagem é o exemplo mais eloqüente.

Observa-se, assim, uma crescente estratificação socioeconômica da população e do espaço urbano, outro traço essencial

da estrutura urbana do município.

Em conseqüência de seu processo de formação, o espaço urbano de Contagem é marcado ainda pela degradação

ambiental. Os graves problemas decorrentes do padrão de desenvolvimento econômico, provocando formas diversas de

poluição – atmosférica, sonora, hídrica – são acentuados pela presença de outros sérios problemas ambientais

resultantes do modo de urbanização ocorrido no município. Como conseqüência, a geração de efluentes tanto pela

indústria como pelo uso residencial provoca a poluição dos recursos hídricos. Os sistemas de esgotamento sanitário não

acompanham o crescimento da urbanização, especialmente nas bacias da Pampulha e de Vargem das Flores. Os

resíduos sólidos residenciais e industriais, em 1995, ainda eram lançados a céu aberto em um lixão no vale do Bitácula,

localizado no Distrito Industrial Francisco Firmo de Mattos (CINCO). O atual aterro sanitário foi implantado em 1997.

Merecem ainda destaque, como marcas acentuadas da estrutura urbana de Contagem, a fragmentação e desarticulação

resultantes da conjugação de fatores como:

descontinuidade resultante da ocupação de frentes distintas de expansão urbana;

presença de grandes barreiras físicas como a ferrovia e as rodovias que cortam o espaço urbano com grande volume

de tráfego de passagem e de cargas, ou fundos de vales não tratados e de difícil transposição;

precariedade do sistema viário, constituído pelos grandes eixos citados ou por vias quase sempre locais, sem

hierarquia, em grande parte com características geométricas inadequadas às respectivas funções;

fragilidade e dispersão da rede de centros urbanos.

As deficiências em relação à integração urbana de Contagem são agravadas pela escassez de áreas públicas destinadas à

convivência, ao lazer e demais formas de manifestação coletiva.

Desse modo, uma parcela considerável da população é levada a viver grande parte do seu cotidiano fora do município,

mantendo-se sua dependência em relação ao centro metropolitano. Na última década, contudo, essa dependência se

reduziu, como se pode verificar ao se comparar, por exemplo, dados da pesquisas origem e destino realizadas em 1993

(PMC-SMADU) e 2001/2002 (FJP).

O processo para conquista de maior autonomia de Contagem revelava-se já em 2001. O fluxo das pessoas residentes em

Contagem pelo motivo trabalho, internamente ao município, evoluiu de 49% para 66% comparando-se os dados

daquelas pesquisas. Ou seja, se em 1993, apenas pouco menos da metade dos trabalhadores não precisavam sair de

Contagem para trabalhar, em 2001 o percentual atingiu 66%. De forma semelhante, as viagens para compras e negócios

no próprio município cresceram de 47% para 66% no mesmo período. (Gráfico 6-1)

Assim, a participação das viagens internas para trabalho avançou 35% em relação à situação de 1993, mostrando o

aumento do mercado de trabalho para os contagenses. O comércio, por sua vez, mostra também sua importante

evolução: em 2001, cerca de 74% das pessoas se deslocaram na própria cidade para ir às compras.

Quanto ao fluxo de pessoas por motivo de estudo, a situação manteve-se estável. As viagens internas correspondiam a

86% em 1993, com 14% para estudo fora de Contagem. Em 2001, esses percentuais foram praticamente os mesmos.

A principal troca entre Contagem e outros municípios ocorre com Belo Horizonte. Em 2001, do total de 92.987 viagens

diárias da população de Contagem para outros municípios, 84,81% tinham a capital por destino. Em seguida, aparece

Betim, com 9,9%. Para qualquer dos demais municípios os percentuais são inferiores a 1,0%. (Gráfico 6-2)

Dentre os motivos das viagens dos moradores de Contagem para outros municípios, destacam-se trabalho e estudo:

53,0% e 17,4%, respectivamente, do total das viagens para fora. (Gráfico 6-3)

As viagens diárias de fora para Contagem, no total de 82.860, também ocorreram sobretudo para trabalho (57,4% do

total de viagens para o município) e estudo (9,2%), conforme o Gráfico 6-4. As principais origens dessas viagens

externas foram Belo Horizonte (57,6%), seguida de Betim (18,4%), Ibirité (9,5%), Esmeraldas (3,8%) e Ribeirão das

Neves (3,7%).

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Gráfico 6-1: Fluxo de Pessoas Residentes em Contagem por Motivo no Destino. Contagem, 1993/2001

Gráfico 6-2: Fluxo de Pessoas entre Contagem e Outros Municípios da RMBH, por Município de Origem e Destino. Contagem, 2001

Trabalho Compras + negócios Estudo

Fluxo de pessoas residentes no município de Contagem, por município de destino,

e não residentes em Contagem, com destino a este município, por município de origem, 2001

84,8%

9,9%

0,9% 0,8% 0,7%2,8%

9,5%

3,8% 3,7%

18,4%

7,0%

57,6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Belo Horizonte Betim Ibirité Esmeraldas Ribeirão das Neves Demais municípios

Município

Pa

rtic

ipa

çã

o

Destino

OrigemDestino

Origem

Fonte: FJP. Pesquisa origem e destino - região metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2002. Belo Horizonte, 2002.

Participação no fluxo de pessoas residentes no município de Contagem,

com destino interno e externo ao município, por motivo no destino, 1993/2001

48,9%

66,3%

51,1%

33,7%

47,0%

66,3%

53,0%

33,7%

86,0% 85,7%

14,0% 14,3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Em Contagem-1993 Em Contagem-2001 Fora de Contagem-1993 Fora de Contagem-2001

Destino

Pa

rtic

ipaçã

o

Trabalho

Compras + negócios

Estudo

Fontes: PMC-SMADU/FUNDEP. Pesquisa socioeconômica e de transporte: origem e destino. Contagem, 1993. FJP. Pesquisa origem e destino - região metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2002. Belo Horizonte, 2002.

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Gráfico 6-3: Fluxo de Pessoas Residentes em Contagem, com Destino Interno e Externo ao Município, por Motivo no Destino. Contagem, 2001

Gráfico 6-4: Fluxo de Pessoas com Destino a Contagem por Motivo no Destino. Contagem, 2001

Participação no fluxo de pessoas residentes no município de Contagem,

com destino interno e externo ao município, por motivo no destino, 20014

1,6

%

41

,6%

6,6

%

2,6

%

2,2

%

1,4

%

1,4

%

0,9

%

0,8

%

0,8

%

53

,0%

17

,4%

17

,4%

3,0

%

3,3

%

1,6

%

1,2

%

1,1

%

0,5

%

1,5

%

44

,9%

34

,7%

9,7

%

2,7

%

2,5

%

1,5

%

1,3

%

0,9

%

0,7

%

1,0

%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Trabalho na

ocupação principal

Escalas Negócio particular Compras Servir passageiros

Motivo

Pa

rtic

ipa

çã

o

Interna

Externa

Total

Interna Externa Total

Fonte: FJP. Pesquisa origem e destino - região metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2002. Belo Horizonte, 2002.

Fluxo de pessoas com destino ao município de Contagem,

com origem interna e externa ao município, por motivo de destino, 2001

41

,6%

41

,6%

6,6

%

2,6

%

2,2

%

1,4

%

1,4

%

0,9

%

0,8

%

0,8

%

57

,4%

9,2

%

21

,8%

3,3

%

2,9

%

1,3

%

1,3

%

1,4

%

0,6

%

0,8

%

45

,7%

33

,1%

10

,6%

2,8

%

2,4

%

1,4

%

1,4

%

1,0

%

0,8

%

0,8

%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Trabalho na

ocupação

principal

Estudo Escalas Lazer/visitas/

religioso

Negócio

particular

Saúde Compras Trabalho

em outros

Servir

passageiros

Outros

Motivo

Pa

rtic

ipa

çã

o

Interna

Externa

Total

Interna Externa Total

Fonte: FJP. Pesquisa origem e destino - região metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2002. Belo Horizonte, 2002.

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A leitura técnica buscou, inicialmente, entender a dinâmica de expansão urbana e crescimento demográfico do

município e das características e tendências dos assentamentos residenciais após a entrada em vigor do Plano Diretor,

de modo a avaliar a política urbana e a eficácia da legislação municipal referente a parcelamento e ocupação do solo,

frente às estratégias da população e do mercado imobiliário. Esta análise se complementou com a avaliação das

carências habitacionais do município, com vistas à proposição de diretrizes da política municipal de habitação de

interesse social e dos instrumentos de política urbana voltados à sua implementação. Avaliou-se também a evolução do

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal no período de 1991 a 2000.

Quanto à localização das atividades e equipamentos urbanos, a leitura técnica buscou verificar se ocorreu a

diversificação preconizada pelo Plano Diretor e estimulado pela Lei de Uso e Ocupação do Solo, e avaliar a eficácia da

legislação municipal pertinente.

Outro aspecto de destaque refere-se à articulação espacial, envolvendo a análise dos centros e centralidades, do sistema

viário, dos deslocamentos diários da população e das condições de mobilidade da população.

A análise da evolução das condições ambientais e de saneamento destacou as áreas ambientalmente degradadas,

especialmente aquelas com carência de esgotamento sanitário, com vistas à identificação do quadro atual e potencial e

avaliação da eficácia da política municipal pertinente.

Na espacialização dos dados foram utilizadas as unidades territoriais de referência das propostas e dos estudos sobre a

estrutura urbana: Unidades de Planejamento e Unidades de Análise, representadas no Mapa 7 e no Mapa 8,

respectivamente.

Após os resumos dessas análises, apresenta-se o resultado da avaliação da implementação das intervenções públicas na

estrutura urbana propostas no Plano Diretor no que diz respeito à articulação espacial, aos centros urbanos e às

condições de moradia das populações de mais baixa renda. Em forma de quadro, apresenta-se ainda o resultado da

avaliação completa da implementação das diretrizes relativas a: proteção ambiental; intervenção pública na estrutura

urbana; desenvolvimento econômico; articulação do espaço urbano; atuação nas periferias; saneamento básico;

implementação do Plano Diretor; planejamento e gestão da política urbana; e regulamentação do Plano Diretor.

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Quadro 6-1: Dados Gerais do Município de Contagem

TERRITÓRIO

Região do Estado: Região Central. Região Metropolitana de Belo Horizonte Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco

Unidades Ambientais (4): Arrudas, Imbiruçu, Pampulha e Vargem das Flores Sub-bacias Hidrográficas: Rio Paraopeba e rio das Velhas

Regiões Administrativas (7): Eldorado, Industrial, Nacional, Petrolândia, Ressaca, Sede e Vargem das Flores

Unidades de Planejamento (13): Água Branca, Cidade Industrial, Eldorado, Inconfidentes/ Bandeirantes, Industrial, Nacional, Nova Contagem, Perobas, Petrolândia, Ressaca, Riacho, Sede e Vargem das Flores

Unidades de Análise (28): Água Branca, Amazonas, Bandeirantes, Bernardo Monteiro, Boa Vista, Bom Jesus, CEASA, Cidade Industrial, CINCO, Colorado, Confisco, Eldorado, Estrela Dalva, Inconfidentes, Industrial, Jardim Industrial, Jardim Riacho, Laguna, Nacional, Nova Contagem, Perobas, Petrolândia, Riacho, São Joaquim, Sede, Tapera, Vargem das Flores e VM-5

Fonte: SMADU, 1994.

POPULAÇÃO RESIDENTE

População 1960

Taxa anual 1960-1970

População 1970

Taxa anual 1970-1980

População 1980

Taxa anual 1980-1991

População 1991

Taxa anual 1991-2000

População 2000

População (1)

2006

População (2)

2010

28.065 14,765% 111.235 9,690% 280.477 4,831% 449.588 2,015% 538.017 603.376 641.489

Fonte: IBGE, Censos Demográficos, 1960, 1970, 1980, 1991 e 2000. (1) Estimativa do IBGE. (2) Estimativa da PMC-SEDUMA.

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO RENDA PER CAPITA MÉDIA

Ano Índice de Longevidade

(IDHM-L) Índice de Educação

(IDHM-E) Índice de Renda

(IDHM-R) Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)

Ano

RPCM (R$ de 2000)

1991 0,688 0,836 0,664 0,729 1991 R$ 208,93

2000 0,751 0,907 0,714 0,789 2000 R$ 280,59

Crescimento 1991-2000 9,16% 8,49% 7,53% 8,23% Crescimento 1991-2000 34,30%

Fonte: IPEA, 2002. Fonte: FJP/CEES (2006)

ECONOMIA

Ano

Valor Adicionado (VA) (R$1.000)

VA Administração Pública

(R$1.000)

Impostos (R$1.000)

PIBpm (1)

(R$1.000)

População (hab.)

PIB(pm)/hab. (R$1,00)

Agropecuário Industrial Serviços Total

2002 594 1.792.608 3.566.456 5.359.658 534.469 1.217.150 6.576.808 563.415 11.673,11 2003 670 1.977.469 4.103.542 6.081.682 549.093 1.426.910 7.508.592 573.403 13.094,79 2004 665 2.700.639 4.275.636 6.976.940 619.288 1.372.401 8.349.341 583.386 14.311,86 2005 764 2.918.581 4.942.177 7.861.522 707.700 1.680.840 9.542.361 593.419 16.080,31

(1) PIBpm: Produto Interno Bruto a Preços Correntes de Mercado.

Fontes: IBGE - FJP/CEI, 2006.

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Mapa 3: Localização do Município

343434343434343434

888888888

303030303030303030

313131313131313131

323232323232323232212121212121212121 202020202020202020

222222222222222222

252525252525252525

191919191919191919101010101010101010

999999999

111111111111111111

222222222

121212121212121212

111111111

333333333

777777777

555555555

666666666

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N º M u n i c í p i o , R M B H P P o p u l a ç ã o , 2006

1 Belo Horizonte 2.399.920

2 Contagem 603.376

3 Ribeirão das Neves 322.969

4 Vespasiano 97.436

5 Santa Luzia 219.699

6 Sabará 73.247

7 Nova Lima 134.282

8 Brumadinho 32.014

9 Ibirité 173.617

10 Sarzedo 23.238

11 Betim 407.003

12 Esmeraldas 63.936

13 Pedro Leopoldo 63.095

14 São José da Lapa 21.004

15 Taquaraçu de Minas 3.571

16 Caeté 38.552

17 Raposos 14.324

18 Rio Acima 8.096

19 Mário Campos 14.389

20 São Joaquim de Bicas 22.989

21 Igarapé 31.524

22 Juatuba 21.513

23 Confins 5.802

24 Lagoa Santa 46.506

25 Florestal 6.086

26 Matozinhos 35.011

27 Capim Branco 9.050

28 Jabuticatubas 14.132

29 Nova União 5.842

30 Rio Manso 4.783

31 Itatiaiuçu 9.368

32 Mateus Leme 28.998

33 Baldim 7.986

34 Itaguara 11.768

Total RMBH 4.975.126

Fontes: GeoMinas. Mapas. IBGE. Estimativa de população, 2006.

C o n t a g e m - M a p a 3

Localização do Município

PMC-SMDU, 2006

RMBH no Es tado de Minas Gera is

RMBH

Hidrografia

Rodovia

Minas Gera is

Contagem na RMBH

RMBH

Município de Contagem

Demais Municípios da RMBH

Limite municipal

Curso d´água

Represa

Page 47: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

47|140

Mapa 4: Bacias Hidrográficas

Bacias Hidrográficas

Represa da Pampulha

Represa de Vargem das Flores

N

PMC-SMDU, 2006

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 4

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FEIJÃO MIÚDO

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CAMPO ALEGRE

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Morro Grande

Morro Vermelho

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Alto do Paiol

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BACIA HIDROGRÁFICA Arrudas MUNICÍPIO LIMÍTROFE B E T I M

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DIVISOR DE BACIA

HIDROGRAFIA:

BACIA DE VARGEM DAS FLORES

BACIAS DA PAMPULHA E IMBIRUÇU

BACIA DO ARRUDAS

CANAL REVESTIDO (SITUAÇÃO EM 2006):

CANAL ABERTO

CANAL FECHADO

Page 48: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

48|140

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Mapa 5: Centros e Articulação Urbana, 1990

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Centros e Articulação Urbana, 1990

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PMC-SMDU, 2006

Fonte: PMC-SMDU, 1990

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 5

Via principal Ferrovia Metrô

Sentido da articulação

Uso urbano

Centro urbano especializado

Centro urbano diversificado

Barreira

Uso industrial / comércio atacadista

Page 49: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

49|140

Mapa 6: Sistema Viário Principal, 1990

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432 - LMG

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Petrolândia

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Nacional

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Sede

Eldorado

Industrial

Represa de

Vargem das Flores

Represa da

Pampulha

Sistema Viário Principal, 1990

PMC-SMDU, 2006

Fonte: PMC-SMDU, 1990

Limite municipal

Via Principal

Arruamento

Ferrovia / Terminal Metrô

P/ Brasília

P/ São Paulo

P/ Vitória

P/ Esmeraldas

P/ Rio de Janeiro

N

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 6

Page 50: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

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Mapa 7: Unidades de Planejamento, 1995

Limite de UP

Nova Contagem

Vargem das Flores

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Sede

Petrolândia

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Água Branca

Eldorado

Cidade Industrial

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Industrial

Inconfidentes / Bandeirantes

Nacional

Unidades de Planejamento (UP), 1995

Represa da Pampulha

Represa de

Vargem das Flores

Unidade de Planejamento (UP) - Nº e Nome

1. Cidade Industrial 7. Perobas 2. Industrial 8. Ressaca 3. Inconfidentes / 9. Nacional Bandeirantes 10. Sede 4. Riacho 11. Petrolândia 5. Eldorado 12. Nova Contagem 6. Água Branca 13. Vargem das Flores

PMC-SMDU, 2006

Fonte: PMC-SMDU, 1995

N

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 7

Page 51: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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Mapa 8: Unidades de Análise, 1995

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PMC-SMDU, 2006

Fonte: PMC-SMDU, 1995

Nova

Contagem

Vargem das Flores

São Joaquim

Sede

Petrolândia

Perobas

Água Branca

Eldorado

Cidade Industrial Riacho

Industrial

Inconfi- dentes

Nacional Bom Jesus

Estrela Dalva

Confisco

Boa Vista

Tapera

CEASA

Laguna

Colorado

VM-5

Bernardo Monteiro

Bandei- rantes

Amazonas Jardim Riacho

Jardim Industrial

CINCO

Limite de UA

Unidades de Análise (UA), 1995

Unidade de Análise (UA) - Nº e Nome

1. Cidade Industrial 15. São Joaquim 2. Jardim Industrial 16. Confisco 3. Industrial 17. CEASA 4. Inconfidentes 18. Boa Vista 5. Amazonas 19. Tapera 6. Bandeirantes 20. Estrela Dalva 7. Riacho 21. Nacional 8. Jardim Riacho 22. Bom Jesus 9. Eldorado 23. Sede 10. CINCO 24. VM-5 11. Água Branca 25. Bernardo Monteiro 12. Perobas 26. Petrolândia 13. Colorado 27. Nova Contagem 14. Laguna 28. Vargem das Flores

Represa da Pampulha

Represa de Vargem das Flores

N

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 8

Page 52: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

L E I T U R A T É C N I C A

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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6.2. PLANO DIRETOR: FUNDAMENTOS E CONCEPÇÃO

Instituído pela Lei Municipal n.º 2.760, de 1º de agosto de 1995, o Plano Diretor de Contagem (PDC) visa a orientar o

processo de desenvolvimento e expansão urbana do município no sentido da requalificação do espaço da cidade para

que esta se torne um lugar cada vez melhor para se viver.

A estruturação proposta tem como princípio básico a sustentabilidade, já que pressupõe e busca contribuir para a

melhoria das condições ambientais e a dinamização da economia municipal, o que requer estreita articulação entre as

políticas econômica, ambiental e urbana.

Para tanto, a estruturação urbana desejada preconiza um espaço ambientalmente equilibrado e dotado de multiplicidade

de usos e funções, constituindo um todo composto por unidades territoriais intensamente relacionadas e caracterizado

por maior autonomia, articulação interna e identidade.

Visando à constituição de espaço urbano com tais qualidades, o Plano Diretor propõe, em linhas gerais:

adequação do processo de adensamento e expansão da cidade às condições do meio físico e às infra-estruturas

urbanas, tendo como condicionantes principais as propostas referentes a saneamento básico e sistema viário;

As áreas situadas nas bacias do ribeirão Arrudas (regiões da Cidade Industrial, Eldorado, Riacho, Água Branca),

que já se encontram bastante adensadas em padrão horizontal de ocupação, são consideradas passíveis de maior

adensamento e verticalização. Também, são consideradas adensáveis as áreas situadas na bacia do Imbiruçu

(Petrolândia).

A bacia de Pampulha é considerada área prioritária de expansão urbana de Contagem, ficando o adensamento

condicionado à implantação de rede coletora e interceptores de esgotos na bacia do córrego Sarandi e rede coletora e

reversão de esgotos na bacia do córrego Bom Jesus (Região Nacional).

Em toda a bacia de Vargem das Flores, considerada Área de Proteção de Mananciais (APM), o pressuposto básico

de ordenamento territorial é a adequação da ocupação e uso do solo ao objetivo de manutenção da quantidade e

qualidade da água. O adensamento é condicionado à existência de rede coletora e reversão de esgotos na Sede e à

proposta de reversão de esgotos de Nova Contagem. Prevê-se maior permissividade nas áreas com reversão de

esgotos, restrições nas áreas sem reversão, restrições gerais a atividades de que possam comprometer mananciais e

vedação a parcelamentos em áreas com declividade > 30%. O Plano Diretor previu a possibilidade de alteração do

zoneamento da bacia, a partir da elaboração do Plano de Desenvolvimento Ambiental (PDA) de Vargem das Flores,

o que viria a se concretizar com a Lei n.° 3.215, de 12 de julho de 1999.

melhoria da articulação do espaço municipal, mediante centros urbanos que se constituam em polarizações efetivas,

e de um sistema viário e de transporte que articule internamente e integre as diversas regiões do município;

Neste sentido, propõe que a cidade se estruture a partir de três centros principais – Eldorado, Sede e Ressaca –

prevendo melhor articulação do centro do Eldorado com o restante do espaço municipal, fortalecimento da Sede

enquanto centro histórico, administrativo e de consumo, e indução à formação de um centro que estruture as regiões

da Ressaca e Nacional.

melhoria gradual das condições urbanísticas e ambientais da cidade como um todo e, em particular, das áreas

habitadas predominantemente por populações de baixa renda, com prioridade para áreas de risco, favelas e diversos

bolsões de pobreza, notadamente Nova Contagem;

diversificação de usos em toda a cidade, asseguradas boas condições de convivência entre moradia e demais

categorias de uso do solo;

reforço das identidades das áreas urbanas, com valorização dos referenciais simbólicos da cidade (com ênfase na

Cidade Industrial), bem como aumento dos espaços públicos destinados ao lazer, ao encontro e às diversas formas

de expressão e manifestação, de modo a estreitar os vínculos da população com Contagem e, assim, fortalecer a

identidade municipal.

A Lei n.° 2.760/95 destaca quatro temas principais:

ordenamento territorial (Macrozoneamento, áreas especiais, critérios gerais de uso e ocupação do solo, proteção do

meio ambiente e do patrimônio cultural);

intervenção pública na estrutura urbana.

instrumentos de política urbana;

mecanismos de implementação do Plano Diretor e de gestão da política urbana.

Quanto ao ordenamento territorial, a Lei n.° 2.760/95 preconiza a flexibilização da legislação urbanística, estabelecendo

como critério de controle do uso do solo o impacto das atividades sobre o meio ambiente e a estrutura urbana, ou

determinando a adoção de normas flexíveis e eficazes para controle da ocupação do solo.

O Macrozoneamento divide o município em zonas Urbana e Rural e, considerando as bacias hidrográficas sobre as

quais se estende o território municipal, subdivide a Zona Urbana, segundo critérios de ocupação/ adensamento e uso do

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L E I T U R A T É C N I C A

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

53|140

53|140

solo, em: Zona Adensável (ZAD), Zona de Ocupação Restrita (ZOR), Zona de Usos Incômodos (ZUI) e Zona de

Expansão Urbana (ZEU). O Mapa 9 reproduz o Macrozoneamento constante do Anexo I da Lei do Plano Diretor de

1995; os parâmetros e critérios urbanísticos básicos das zonas internas ao perímetro urbano estão apresentados no

Quadro 6-2.

Na forma de sobrezoneamento, são definidas áreas especiais, cujos parâmetros prevalecem sobre os do

Macrozoneamento: Áreas de Especial Interesse Urbanístico (AIURB); Áreas de Especial Interesse Social (AIS); e Área

de Proteção de Mananciais (APM).

Quanto às intervenções públicas, são indicadas aquelas consideradas estratégicas e prioritárias, visando, por um lado,

estruturar o espaço urbano produzido e, por outro, induzir ações dos agentes privados no sentido da implementação da

estrutura desejada.

As propostas relativas a intervenções públicas na estrutura urbana constituem um conjunto de medidas e de

intervenções no espaço urbano, visando a: articulação espacial (fortalecimento da rede de centros, adequação da

distribuição espacial dos equipamentos e infra-estruturas urbanas e complementação do sistema viário e de transporte);

melhoria das condições de habitação das áreas ocupadas por populações de baixa renda; saneamento básico.

A Lei n.° 2.760/95 instituiu três instrumentos de política urbana: Outorga Onerosa do Direito de Construir,

Transferência de Potencial Construtivo e Parcelamento e Edificação Compulsórios.

Para implementação de suas diretrizes, a Lei n.° 2.760/95 institui Unidades de Planejamento (referência para ações

integradas do poder público), bem como prevê a utilização de instrumentos de planejamento urbano e orçamentário e de

instrumentos tributários, no seu aspecto extrafiscal.

Quanto ao planejamento e gestão da política urbana, destaca-se a Conferência Municipal de Política Urbana, prevista

como evento anual reunindo Conselhos e Comissões da área urbana, além de representantes das Administrações

Regionais e das Unidades de Planejamento.

6.2.1. IMPLEMENTAÇÃO E REVISÃO DO PLANO DIRETOR

Em dez anos de vigência da Lei n.° 2.760/95, foram implantadas diversas propostas previstas. Em 1997, foi promulgada

a Lei de Uso e Ocupação do Solo, implementando as diretrizes de ordenamento territorial e regulamentando

instrumentos como a Outorga Onerosa do Direito de Construir. A Lei n.° 3.215/99 veio regulamentar a Área de

Proteção de Mananciais do município, instituindo, também, normas para o uso do solo rural. Outras propostas de

intervenção no espaço urbano não se viabilizaram, assim como algumas disposições legais, que ainda não foram

regulamentadas.

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ZAD

ZOR.1

ZOR.2

ZOR.3

ZEU.1

ZEU.2

ZEU.3

ZUI.1

ZUI.2

ZONA RURAL

MAPA DE MACROZONEAMENTO

PLANO DIRETOR DE CONTAGEM - ANEXO 1

Mapa 9: Mapa de Macrozoneamento, 1995

Mapa de Macrozoneamento, 1995

B E L O H O R I Z O N T E I B I R I T É

R I B E I R Ã O D A S N E V E S

B E T I M

E S M E R A L D A S

BE

LO

H

OR

IZ

ON

TE

BE

TI

M

N

C o n t a g e m - M a p a 9

PMC-SMDU, 1995

Fonte: Lei 3015/95

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Quadro 6-2: Parâmetros e Critérios Urbanísticos Básicos das Zonas Internas ao Perímetro Urbano. Contagem, 2006

Zona Bacia

Coeficiente de Aproveitamento

Lote Mínimo

(m²)

Uso Permitido

Residencial Não-residencial

Básico Máximo

ZUI 1 Todas, exceto V. das Flores

1,0 2,0 S/ definição Nenhum Incômodo

Convivente ZUI 2A Todas

1,0 2,0 S/ definição Unifamiliar e

Multifamiliar ZUI 2B 1,0 4,0 S/ definição

ZAD 1 Todas 1,5 2,0

360 Unifamiliar e

Multifamiliar Convivente ZAD 2 Todas, exceto V.

das Flores

1,5 3,0

ZAD 3 1,5 4,0

ZOR 1 Todas 1,0 360 Unifamiliar e

Multifamiliar

Convivente

ZOR 2 Pampulha 1,0 1.000

Unifamiliar ZOR 3 V. das Flores

0,5 (uso residencial)

0,4 (não-residencial)

2.000

5000 (superfície de transição)

ZOR 4 V. das Flores 0,3 5.000

Unifamiliar e

Multifamiliar (qt=5000 m²)

ZEU 1 Todas 1,0 360 Unifamiliar e

Multifamiliar

Incômodo

Convivente

ZEU 2 Pampulha 1,0 1.000

Unifamiliar Convivente ZEU 3 V. das Flores

0,5 (uso residencial)

0,4 (não-residencial)

2.000

5.000 (superfície de transição)

ZEU 4 V. das Flores 0,3 5.000

Unifamiliar e

Multifamiliar (qt=5000 m²)

Convivente

ZEIT V. das Flores 0,3 10.000

Unifamiliar e

Multifamiliar (qt=10000 m²)

Convivente, com exceções

Fontes: Lei n.° 2.760/95 (PDC) e Lei n.° 3.215/99 (LUOS).

Observações: QT = Quota de Terreno por Unidade Residencial. Texto em itálico: normas fixadas pela Lei n.° 3.215/99 para a bacia de Vargem das Flores – Área de Proteção de Mananciais (APM) instituída pelo Plano Diretor.

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6.3. CRESCIMENTO URBANO E ASSENTAMENTOS RESIDENCIAIS

6.3.1. CRESCIMENTO POPULACIONAL, EXPANSÃO URBANA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA POPULAÇÃO

No período entre 1991 e 2000, a população residente no município apresentou taxa média geométrica de crescimento

anual de 2,015%. A trajetória declinante da taxa de crescimento de Contagem (que atingira os 16,6%, 14,8%, 9,7% e

4,8% nas décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980, respectivamente), pode ser explicada por diversos fatores responsáveis

pelo declínio das taxas de crescimento demográfico em nível nacional e, particularmente, nas regiões metropolitanas.

Gráfico 6-5: Evolução do Crescimento Populacional. Contagem, 1950-2000

A explicação encontra-se também na dinâmica demográfica interna à Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde se

vem observando a tendência de desaceleração gradual do ritmo de crescimento dos municípios pioneiros do processo de

conurbação com a capital, especialmente Contagem. Considerando a evolução do parcelamento do solo no município,

observa-se que a grande incidência de loteamentos ocorreu entre as décadas de 1950 e 1970. Até o final dos anos 70

foram implantados cerca de 80% dos loteamentos no município (considerando-se os regularmente aprovados).

Gráfico 6-6: Evolução do Parcelamento do Solo. Contagem, 1940-2000

Fonte: PMC-SMDU. Cadastro de parcelamento do solo, 1993... Obs.: na década de 2000, até 2006.

Ainda assim, o município experimentou em nove anos um acréscimo populacional expressivo, perfazendo mais de

92.600 pessoas (Tabela 6-1). O Mapa 10 ilustra a distribuição espacial dos acréscimos populacionais no município. As

densidades demográficas em 1991 e em 2000 estão apresentadas no Mapa 11.

De acordo com o Macrozoneamento, as áreas disponíveis para expansão urbana no município encontram-se:

na bacia da Pampulha, onde são classificadas como ZEU 1 (sub-bacia do córrego Sarandi) ou ZEU 2 (sub-bacia do

córrego Bom Jesus) e

Evolução da população

(em 1.000 habitantes)

628

111

450

538

280

0

200

400

600

1950 1960 1970 1980 1991 2000

Evolução da taxa média

de crescimento anual (% a.a)

14,76

9,69

4,83

2,02

16,64

0

3

6

9

12

15

18

1950-1960 1960-1970 1970-1980 1980-1991 1991-2000

Fonte: BIDU n.° 1, 2005. Dados básicos: IBGE. Censo 2000.

Loteamentos Aprovados, por década

0

20

40

60

1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000

Década

Quantid

ade

3% 32% 22% 22% 6% 11% 4%

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na bacia de Vargem das Flores, onde são classificadas predominantemente ZEU 3 e, residualmente, como ZEU 1.

As bacias do Arrudas e do Imbiruçu já se encontram em grande parte parceladas e ocupadas; na primeira, alguns vazios

urbanos como no Parque das Mangueiras e no entorno da pedreira Santa Rita possuem potencial de adensamento; na

segunda, esse potencial concentra-se nos bairros Sapucaias e Tropical. Nas áreas já parceladas da sub-bacia do Sarandi,

bacia da Pampulha, é prevista a expansão urbana mediante adensamento, inclusive com verticalização das edificações,

pelo que o zoneamento predominante nessas áreas é ZAD.

A proposta de adensamento das áreas mais centrais, melhor atendidas por infra-estruturas e dotadas de condições físicas

mais favoráveis, foi adotada como estratégia de redução da pressão de ocupação predatória das áreas mais vulneráveis

do ponto de vista ambiental. Todavia, enquanto a bacia do Arrudas (UPs Cidade Industrial, Industrial, Inconfidentes/

Bandeirantes, Riacho, Eldorado e Água Branca) sofreu perda populacional importante no período analisado, o

crescimento mais substantivo ocorreu nas bacias de Vargem das Flores, da Pampulha e do Imbiruçu. Na Tabela 6-2

apresenta-se a distribuição dos Domicílios Particulares Permanentes (DPP), por região, segundo UP e UA, em 2000.

Tabela 6-1: Crescimento Populacional, segundo RA, UP e UA. Contagem, 1991-2000

Região Administrativa

(RA)

Unidade de Planejamento

(UP)

Unidade de Análise

(UA)

População Taxa de Crescimento 1991-2000

Acréscimo de População

1991-2000 1991 2000

Industrial 107.723 106.630 -0,1% -1.093

Cidade Industrial 25.698 22.065 -1,7% -3.633 Cidade Industrial 8.776 7.639 -1,5% -1.137 Jardim Industrial 16.922 14.426 -1,8% -2.496 Industrial 41.604 40.373 -0,3% -1.231

Inconfidentes/ Bandeirantes

30.285 31.712 0,5% 1.427

Inconfidentes 16.268 15.502 -0,5% -766 Amazonas 6.846 6.053 -1,4% -793 Bandeirantes 7.171 10.157 3,9% 2.986 Riacho (parte) Jardim Riacho 10.136 12.480 2,3% 2.344

Eldorado 155.995 155.673 0,0% -322 Riacho (parte) Riacho 44.045 41.420 -0,7% -2.625 Eldorado 72.236 72.565 0,1% 329 Eldorado 72.236 72.565 0,1% 329 CINCO - - - - Água Branca 23.516 23.515 0% -1 Perobas 16.198 18.173 1,3% 1.975

Ressaca 62.506 77.602 2,4% 15.096 Ressaca 62.506 77.602 2,4% 15.096 Colorado 8.080 18.089 9,4% 10.009 Laguna 25.190 27.728 1,1% 2.538 São Joaquim 21.123 22.230 0,6% 1.107 Confisco - 63 - 63 CEASA 8.063 9.249 1,5% 1.186 Boa Vista - 133 - 133 Tapera 50 110 9,2% 60

Nacional 25.510 52.542 8,4% 27.032 Nacional 25.510 52.542 8,4% 27.032 Estrela Dalva 11.305 18.290 5,5% 6.985 Nacional 14.205 31.907 9,4% 17.702 Bom Jesus - 2.345 - 2.345

Sede 48.286 67.268 3,8% 18.982 Sede 48.286 67.268 3,8% 18.982 Sede 34.442 52.243 4,7% 17.801 VM-5 - 70 - 70 B. Monteiro 13.844 14.955 0,9% 1.111

Vargem das Flores 28.655 48.472 6,0% 19.817

Nova Contagem 27.586 39.073 3,9% 11.487

Vargem das Flores 1.069 9.399 27,3% 8.330

Petrolândia 16.708 29.830 6,7% 13.122

Petrolândia 16.708 29.830 6,7% 13.122

Total 445.383 538.017 2,1% 92.634

Fontes: BIDU n.° 1, 2005. Dados básicos: IBGE. Censos 1991 e 2000.

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Tabela 6-2: Domicílios Particulares Permanentes, segundo UP e UA. Contagem, 2000

Unidade de Planejamento (UP) Unidade de Análise (UA)

Nome da UP Domicílios

Nome da UA Domicílios

N.° % N.° %

Cidade Industrial 5.947 4,17 Cidade Industrial 1.980 1,39

Jardim Industrial 3.966 2,78

Industrial 11.459 8,04 Industrial 11.459 8,04

Inconfidentes/ Bandeirantes 8.885 6,23 Inconfidentes 4.373 3,07

Amazonas 1.778 1,25

Bandeirantes 2.734 1,92

Riacho 15.089 10,58 Riacho 11.534 8,09

Jardim Riacho 3.557 2,49

Eldorado 20.799 14,59 Eldorado 20.799 14,58

CINCO - -

Água Branca 6.262 4,39 Água Branca 6.262 4,39

Perobas 4.544 3,19 Perobas 4.544 3,19

Ressaca 20.287 14,23 Colorado 4.513 3,17

Laguna 7.413 5,20

São Joaquim 5.876 4,12

Confisco 14 0,01

CEASA 2.404 1,69

Boa Vista 37 0,03

Tapera 29 0,02

Nacional 13.425 9,42 Estrela Dalva 4.577 3,21

Nacional 8.260 5,79

Bom Jesus 588 0,41

Sede 17.327 12,15 Sede 13.387 9,39

VM-5 18 0,01

Bernardo Monteiro 3.921 2,75

Nova Contagem 9.134 6,41 Nova Contagem 9.134 6,41

Vargem das Flores(1)

1.752 1,23 Vargem das Flores1

1.752 1,23

Petrolândia 7.661 5,37 Petrolândia 7.661 5,37

Total 142.571 100,00 Total 142.571 100,00

(1) Em área urbana e aglomerado rural de extensão urbana. Fonte: BIDU n.° 1, 2005. Dados básicos: IBGE. Censo 2000.

Bacia de Vargem das Flores

Apesar da atenção que o Plano Diretor dispensou à bacia de Vargem das Flores, verificou-se descontrole da ocupação

dessa bacia em termos urbanísticos e ambientais. Especificamente no caso do bairro Darcy Ribeiro, a ocupação

irregular em Zona Rural se deu sob o patrocínio do próprio poder público municipal. A UP Vargem das Flores, embora

destinada a assentamentos de baixa densidade e sujeita a normas mais rígidas de parcelamento e ocupação do solo, foi a

mais afetada pelo crescimento populacional nesta bacia: de 1.069 habitantes em 1991, chegou aos 9.399 no ano 2000,

exibindo a altíssima taxa de 27,3 % a.a. Na mesma bacia, apresentando taxas de crescimento menores, mas superiores à

média municipal, destacam-se ainda as UPs Nova Contagem (taxa de 3,9% a.a. e acréscimo de 11.487 hab.) e Sede

(taxa de 3,8% a.a. e acréscimo de 18.982 hab.). Juntas, as regiões da Sede e de Vargem das Flores, que correspondem à

quase totalidade da bacia de Vargem das Flores, tiveram um acréscimo populacional de 38.800 pessoas, ou seja, 42%

do acréscimo total ocorrido no município.

Bacia da Pampulha

Na bacia da Pampulha, sub-bacia do córrego Bom Jesus, foi notável o crescimento da região do Nacional. A taxa de

crescimento anual desta região foi de 8,4%, tendo ocorrido aí um acréscimo de 27.032 habitantes (29% do acréscimo

total do município).

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A UA Nacional, em sua maior parte classificada como ZAD, foi a responsável pela maior parcela deste acréscimo

(17.702 habitantes), embora também deva ser mencionado o acréscimo da UA Estrela Dalva (6.985 habitantes). É

importante notar que o crescimento na sub-bacia do córrego Bom Jesus vem se dando de forma desordenada, com

ocupações irregulares em áreas públicas e particulares.

Na bacia da Pampulha, sub-bacia do córrego Sarandi, o crescimento da região da Ressaca também foi expressivo, não

tanto em termos de taxa geométrica anual (2,4%), mas devido ao acréscimo populacional, que atingiu 15.096 habitantes.

A forte concentração do acréscimo na UA Colorado (10.009 habitantes), certamente pode ser atribuída à construção e

ocupação imediata de loteamentos de interesse social e ainda de empreendimentos do Programa de Arrendamento

Residencial (PAR).

Cabe ressaltar que, por influência da CEASA, da BR 040 e das vias de trânsito rápido que atravessam a região da

Ressaca, e também em virtude da legislação urbanística (PDC e LUOS), a ZEU 1 situada na bacia do Sarandi tem sido

intensamente ocupada por atividades econômicas de grande porte, em detrimento de loteamentos residenciais,

particularmente na UA CEASA. Esse processo é um dos fatores de contenção de maior adensamento da bacia da

Pampulha.

No entanto, a instalação de atividades econômicas, a abertura da avenida e a implantação do parque linear, os

empreendimentos residenciais realizados na região das fazendas do Confisco e do Cabral, a presença de mata nativa

preservada, entre outros atributos, vêm conferindo à sub-bacia do Sarandi uma qualidade diferenciada e potencial para

converter-se em espaço urbano diversificado na Ressaca.

Bacia do Imbiruçu

Na bacia do Imbiruçu, a região do Petrolândia3, que em 1991 tinha uma população de 16.708 habitantes, também

cresceu muito acima da média municipal, com taxa de crescimento da ordem de 6,7 % ao ano. Sua população chegou

aos 29.830 habitantes no ano 2000, sofrendo um acréscimo de 13.122 habitantes nesses nove anos. O adensamento dos

loteamentos e da favela existentes, somados à implantação e ocupação do loteamento Sapucaias, explicam a dinâmica

demográfica da região a partir da entrada em vigência do Plano Diretor.

Bacia do Arrudas

A bacia do Arrudas sofreu grande perda populacional entre 1991 e 2000, equivalente a 3.390 pessoas. Os acréscimos

nas UPs Inconfidentes/ Bandeirantes (1.427 pessoas), Riacho, parte correspondente à UA Jardim Riacho (2.344) e

Eldorado (329) não conseguiram compensar as perdas ocorridas nas UPs Cidade Industrial (-3.633), Industrial (-1.231)

e Riacho, parte correspondente à UA Riacho (-2.625).

O adensamento construtivo que vem ocorrendo na parte mais central do município, classificada como ZAD (por

exemplo, a região do Eldorado) tem se dado mediante substituição das edificações, na sua grande maioria por prédios

de três ou quatro pavimentos.

O acanhamento do processo de verticalização poderia ser atribuído, em parte, ao custo da contrapartida pela outorga

onerosa para coeficientes acima de 1,5 (em ZAD), considerado relativamente alto, em vista do mercado imobiliário

local e do perfil socioeconômico da população do município. Poucas são as edificações com mais de quatro pavimentos

e estas apresentam padrão construtivo superior ao existente na região. No entanto, a grande maioria dos projetos de

edificações em ZAD sequer atinge o Coeficiente Básico igual a 1,5, ou seja, o mercado imobiliário na cidade ainda

mantém sua preferência por edificações menos verticalizadas .

Além do praticamente inexpressivo processo de adensamento construtivo, outro fator responsável pela estagnação

populacional da bacia do Arrudas é a competição de usos, especialmente no entorno da Cidade Industrial, onde se

observa o avanço acelerado e irregular de atividades de impacto negativo sobre as áreas residenciais. Graças a esse

processo, observa-se perda populacional em diversos pontos, como nas UAs Cidade Industrial, Industrial e Riacho, bem

como estagnação da UA Água Branca. A competição de usos também pode ser apontada como uma das causas da

estagnação do crescimento populacional da UA Eldorado, já que se observa que o centro urbano aí existente expandiu-

se sobre diversas vias transversais à Av. João César de Oliveira.

Na Tabela 6-3 encontra-se a distribuição da população por bacia hidrográfica estimada para 2006

3 Os dados de população referem-se à UP Petrolândia, que abrange, além da bacia do Imbiruçu, parte da bacia de Vargem das Flores, ocupada pela

porção do bairro Tropical cujo lote mínimo é de 2.000 m2. Alguns desses lotes estão sendo divididos em lotes menores, aumentando a densidade de

ocupação.

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Tabela 6-3: População, Área e Densidade Demográfica, segundo Bacia Hidrográfica. Contagem, 2006

Bacia População em 2006

(1) Área Densidade

Pessoas % Ha % Hab./ha

Arrudas 272.260 45,4 2.880 14,8 94,5

Pampulha 168.540 28,1 5.330 27,4 31,6

Vargem das Flores 110.570 18,4 10.570 54,4 10,5

Imbiruçu 48.630 8,1 650 3,4 74,8

Total do município 600.000 100,0 19.430 100,0 30,9

(1) Estimativa Fonte: PMC-SEDUMA, 2006.

Conclusões

Apesar de não se apresentarem aqui dados estatísticos sobre a distribuição da população após o ano 2000, a observação

da evolução da mancha urbana a partir dessa data indica que, na primeira metade da presente década, os processos

detectados no período 1991/2000 prosseguiram e se aprofundaram. Deste modo, podem-se tirar as conclusões abaixo

sobre a expansão urbana e a distribuição da população após a entrada em vigor do Plano Diretor.

Não obstante as restrições impostas ao adensamento nas bacias de Vargem das Flores e do Bom Jesus (Pampulha) e

dos estímulos concedidos na região mais central da cidade, a expansão urbana, em grande medida, vem se dando à

revelia do Plano Diretor, de maneira informal, principalmente nas áreas com restrições à ocupação, nas quais o

custo dos terrenos é mais baixo.

A expansão urbana só se processou segundo o previsto no Plano Diretor na parte da bacia da Pampulha

correspondente à sub-bacia do Sarandi, onde foram implantados loteamentos regulares destinados à classe média e

às classes populares, e vêm sendo instaladas atividades de grande porte permitidas na ZEU 1. Nas demais áreas

destinadas à expansão urbana, pode-se afirmar que as diretrizes do Plano Diretor ainda não surtiram os efeitos

esperados.

As áreas de maior pressão por parcelamento do solo permanecem nas regiões das bacias de Vargem das Flores e do

Bom Jesus, onde existem estoques especulativos concentrados nas mãos de poucos proprietários. Já na área de

expansão urbana pertencente à bacia da Pampulha (no eixo da BR 040), a competição de usos tende a inibir a

expansão dos assentamentos residenciais.

A persistir a tendência de apropriação intensiva das áreas de expansão urbana do município pelas atividades

econômicas de porte, em futuro não muito distante as áreas propícias à expansão do uso residencial estarão

próximas do esgotamento, com graves conseqüências ambientais e sociais.

Agravando o quadro representado pela existência de bairros clandestinos implantados em administrações anteriores

e por conjuntos habitacionais sem infra-estrutura de esgotos sanitários, vem crescendo o processo de parcelamento

e ocupação irregular, bem como a ocorrência de invasões em áreas de proteção ambiental, sem controle do poder

público. (Mapa 12)

O processo de crescimento de vilas e favelas vem se intensificando e a ocupação irregular de áreas de risco, áreas

verdes e áreas institucionais continua sendo um problema grave no município. (Mapa 13)

A falta de uma política habitacional consistente, que promova o acesso das famílias de baixa renda à moradia digna

e em locais adequados, aliada à incapacidade de fiscalização por parte da Administração Municipal, tende a

provocar grandes danos ambientais, além de contribuir para a manutenção do déficit habitacional e para a ineficácia

do Plano Diretor.

Page 61: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

L E I T U R A T É C N I C A

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

61|140

6.3.2. ESTIMATIVA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO, 2010 E 2020

Com o propósito de se estimar a população do município para os horizontes de 2010 e 2020, admitiu-se, na primeira

metade da década de 2000, um crescimento à taxa média anual de 2,1% a.a., considerando os impactos de implantação

de loteamentos populares no final da década passada com reflexo da sua ocupação ainda no início desta.

Para os marcos decenais seguintes foram considerados aspectos relativos à evolução do processo de ocupação e

adensamento de áreas urbanizadas no município, às tendências de ocupação do território e à legislação urbanística.

A tendência de redução da taxa de crescimento de Contagem, ainda que inferior à verificada na capital, levou à hipótese

de se considerar que o município atingiria a taxa de crescimento de 1% a.a. em 2020. Apresentam-se abaixo os

resultados obtidos.

Tabela 6-4: Estimativa da População do Município. Contagem, 2010 e 2020

População do município

2000 (1)

2010 (2)

2020 (2)

538.017 641.489 725.664

(1) IBGE. Censo 2000. (2) Elaboração própria da SEDUMA. 2006.

Foram estudadas hipóteses de ocupação e conseqüente distribuição de população pelas regiões da cidade. Nesse sentido,

contribuíram as observações e os estudos realizados pelos técnicos e consultores da Administração Municipal para a

revisão do Plano Diretor, em 2006, especialmente:

as tendências de expansão urbana para moradia de classe média e de classes populares e para grandes projetos de

atividades econômicas;

as possibilidades de adensamento e os impactos na ocupação do solo observados na última década em decorrência

da aplicação da legislação urbanística;

as áreas que sofrem pressões pela ocupação informal/ irregular;

as áreas com tendências importantes de disputa de localização entre atividades econômicas e parcelamentos para

fins residenciais;

os projetos de grande impacto na infra-estrutura e/ou na economia que tendem a induzir ocupação, adensamento ou

expansão de fronteiras urbanas;

os processos de consulta e solicitação de diretrizes para parcelamento do solo.

Os resultados obtidos estão apresentadas na tabela e no gráfico seguintes.

Tabela 6-5: Estimativa de População, segundo Região Administrativa – Contagem, 2010 e 2020

Região População (1.000 hab.)

2000 (1)

2010 (2)

2020 (2)

Industrial 107 104 103

Eldorado 156 156 156

Ressaca 78 100 127

Nacional 52 75 86

Sede 67 95 117

Petrolândia 30 38 44

Vargem das Flores 48 73 93

Total do município 538 641 726

(1) População total: IBGE. Censo 2000. Distribuição por Região: SEDUMA, 2006. (2) Elaboração própria da SEDUMA. 2006.

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L E I T U R A T É C N I C A

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62|140

Gráfico 6-7: Estimativa de distribuição da população por Região Administrativa. Contagem, 2000, 2010 e 2020

Projeção da população por Região, 2000, 2010,2020

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

Industrial Eldorado Ressaca Nacional Sede Petrolândia Vargem das Flores

Região

Po

pu

laçã

o

Pop 2000

Pop 2010

Pop 2020

Elaboração própria da SEDUMA. 2006.

2000

2010

2020

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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H O

R I Z O N T E

B E

L O

B E

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B E L O H O R I Z

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I B I R I T É

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D A

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B E

T I

M

No active Legend.

Mapa 10: Acréscimo de População, segundo UA, 1991-2000

27

28

22 21

20

19

18

17

16

15

13

12

11

10 9

8

7

6 5

4

3

2

1

23

24

25

26

14

Unidade de Análise (UA) - Nº e Nome

1. Cidade Industrial 15. São Joaquim 2. Jardim Industrial 16. Confisco 3. Industrial 17. CEASA 4. Inconfidentes 18. Boa Vista 5. Amazonas 19. Tapera 6. Bandeirantes 20. Estrela Dalva 7. Riacho 21. Nacional 8. Jardim Riacho 22. Bom Jesus 9. Eldorado 23. Sede 10. CINCO 24. VM-5 11. Água Branca 25. Bernardo Monteiro 12. Perobas 26. Petrolândia 13. Colorado 27. Nova Contagem 14. Laguna 28. Vargem das Flores

Acréscimo de População, segundo UA, 1991-2000

Represa da Pampulha

Represa de Vargem das Flores

PMC-SMDU, 2006

Fonte: IBGE, Censos 1991 e 2000.

Convenção Acréscimo de População (hab.)

16.000 a 18.000

8.000 a 16.000

4.000 a 8.000

2.000 a 4.000

0 a 2.000

< 0

N

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 1 0

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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Mapa 11: Densidade Demográfica, segundo UA, 1991-2000

C o n t a g e m - M a p a 1 1

Densidade Demográfica, segundo UA, 1991-2000

PMC-SMDU, 2006

Fonte: IBGE. Censo 2000

PMC-SMDU, 2006

Fonte: IBGE. Censo 2000

Densidade Demográfica, segundo UA, 2000

3

No active Legend.

5

7

2 6

9

8

1

4

10

12

13

11

15

16

20

21

22

18

19

24

23

26

28

27

25

14 17

Convenção Densidade

(hab/ ha)

100 a 130

80 a 100

60 a 80

40 a 60

20 a 40

0 a 20

N Densidade Demográfica,

segundo UA, 1991

3

No active Legend.

5

7

2 6

9

8

1

4

10

12

13

11

15

16

20

21

22

18

19

24

23

26

28

27

25

14 17

Convenção Densidade (hab/ ha)

100 a 130

80 a 100

60 a 80

40 a 60

20 a 40

0 a 20

N

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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Mapa 12: Parcelamento do Solo

C o n t a g e m - M a p a 1 2

Parcelamento do Solo

Convenção Década da aprovação

até 1949

1950-1959

1960-1969

1970-1979

1980-1989

1990-1999

2000-2006

Loteamentos Aprovados ou Registrados, por Década

PMC-SMDU, 2006

Via Principal

Fonte: SMDU. Cadastro de parcelamento do solo. 1993-2006

N

Via Principal

Convenção Situação Legal do loteamento

Aprovado ou registrado

Não aprovado

Propriedade do Município (não aprovado)

Loteamentos Situação Legal em 2006

Fonte: SMDU. Cadastro de parcelamento do solo. 1993/2006. Imagem de satélite, 2006

N

PMC-SMDU, 2006

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6.3.3. ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL DO ESPAÇO

A estratificação social do espaço urbano do município é aqui analisada com base na média da renda dos responsáveis

pelos domicílios4 existentes nas Unidades de Análise (UA), apresentada na tabela abaixo.

Tabela 6-6: Média da Renda dos Responsáveis pelos Domicílios Particulares Permanentes, segundo UP e UA. Contagem, 2000

Unidades de Planejamento (UP) Unidades de Análise (UA)

Nome da UP Média da Renda,

em SM (1)

Nome da UA

Média da Renda, em SM

(1)

Cidade Industrial 2,83 Cidade Industrial 1,99

Jardim Industrial 3,25

Industrial 3,69 Industrial 3,69

Inconfidentes/ Bandeirantes 4,80 Inconfidentes 5,01

Amazonas 5,23

Bandeirantes 4,18

Riacho 5,44 Riacho 5,11

Jardim Riacho 6,53

Eldorado 6,06 Eldorado 6.06

CINCO -

Água Branca 4,27 Água Branca 4,27

Perobas 2,20 Perobas 2,20

Ressaca 3,69 Colorado 3,36

Laguna 3,57

São Joaquim 4,33

Confisco 2,45

CEASA 3,15

Boa Vista 3,52

Tapera 3,52

Nacional 3,27 Estrela Dalva 2,36

Nacional 3,85

Bom Jesus 2,18

Sede 4,73 Sede 4,96

VM-5 3,58

Bernardo Monteiro 3,94

Nova Contagem 1,76 Nova Contagem 1,76

Vargem das Flores {2)

2,48 Vargem das Flores {2)

2,48

Petrolândia 3,12 Petrolândia 3,12

Total 4,15 Total do município 4,15

(1) Para obtenção da Média da Renda foram considerados todos os responsáveis pelos domicílios, com e sem rendimento. Valor nominal do Salário Mínimo (SM) em 2000: R$ 151,00. (2) Em área urbana e aglomerado rural de extensão urbana. Fonte: BIDU n.° 1, 2005. Dados básicos: IBGE. Censo 2000.

No ano 2.000, a média geral da renda dos responsáveis pelos domicílios em Contagem era de 4,15 salários mínimos.

Das 27 UAs que possuíam população residente em 2000, 18 apresentavam média inferior à média geral do município e

nove apresentam média superior à municipal (Mapa 14). Vale observar que o grupo de nove UAs em que a média de

renda supera a média municipal tem praticamente o mesmo número de domicílios do grupo das dezoito em que a renda

é inferior à referida média.

No grupo de UAs em que a média da renda dos responsáveis pelos domicílios supera 4,15 Salários Mínimos (SM),

destacam-se:

4 Considerou-se aqui a soma dos rendimentos mensais dos responsáveis pelos domicílios particulares permanentes (DPP) dividida pelo número de

responsáveis pelos domicílios com e sem rendimento.

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as UAs Jardim Riacho e Eldorado, ambas com média de renda superior a seis SM;

O Jardim Riacho apresenta ocupação bastante diferenciada dos bairros da Região Industrial. O bairro,

predominantemente residencial, é densamente ocupado por casas de bom padrão arquitetônico e construtivo,

diferenciando-se na paisagem da Região Industrial e do município.

num segundo patamar, as UAs Inconfidentes, Amazonas e Riacho, com média de renda maior que cinco SM, a UA

Sede, com praticamente cinco SM, além da UA Água Branca, com 4,27 SM;

Está em curso um processo de degradação ambiental nas UAs Inconfidentes e Riacho, resultante do desrespeito à

legislação de uso do solo: galpões ocupados por atividades incômodas acontecem em todas as áreas, à revelia do

zoneamento, até mesmo em avenidas classificadas como ZAD 2, dando lugar a concentrações de usos incômodos.

Nas proximidades da Cidade Industrial e da BR 381 a invasão da ZAD é mais acentuada. A área do loteamento

Parque das mangueiras encontra-se ociosa e degradada pelo abandono.

É importante registrar que na periferia da Sede vêm ocorrendo ocupações irregulares, especialmente a partir da

subdivisão de lotes de 2.000 m², o que vem baixando o nível geral de renda da população residente na UA Sede.

Já no grupo de UAs em que a média da renda dos responsáveis pelos domicílios é inferior a 4,15 SM, os números

evidenciam os grandes bolsões de pobreza:

o grande destaque é a UA Nova Contagem, com média de apenas 1,76 SM, seguida pela UA Cidade Industrial

(1,99 SM);

abaixo dos 2,5 SM, encontram-se, além destas, as UAs Bom Jesus (2,18 SM), Perobas (2,20 SM), Estrela Dalva

(2,36 SM), Confisco (2,45 SM) e Vargem das Flores (2,48 SM).

Estes dados confirmam a tese de que as populações de renda mais baixa têm ocupado áreas impróprias à moradia,

sejam áreas de favelas (UAs Cidade Industrial, Perobas, Nova Contagem), sejam áreas de proteção (Bom Jesus e

Vargem das Flores).

Quanto às restantes 11 UAs com média de renda interior à média municipal, a média de renda dos responsáveis

pelos domicílios fica entre três e quatro SM. Neste grupo, estão:

as UAs situadas ao sul da Cidade Industrial (Industrial e Jardim Industrial);

a maior parte das UAs da região da Ressaca (Colorado, Laguna, CEASA, Boa Vista e Tapera);

Na parte mais antiga da região da Ressaca (São Joaquim, Parque Recreio, Novo Progresso, Colorado) predomina

um padrão de ocupação de classe média mais baixa, verificando-se algumas favelas. O bairro de classe média desta

região é o Milanês;

Nos bairros do entorno da CEASA (Kennedy, São Sebastião), onde se acentuou a invasão das vias pelas atividades

de carga e descarga e depósito de caixotes, são intensas as marcas da degradação ambiental. Nesses bairros, o uso

residencial está em processo de extinção;

Nos bairros recentes da região da Ressaca, no vale do córrego do Sarandi, após a abertura da avenida, a ocupação

vem apresentando um padrão de classe média tendendo a alta (extensão da região da Pampulha). Por exemplo, tem-

se o bairro do Cabral, que vem sendo ocupado por diversos pequenos condomínios para classe média. A região das

fazendas do Cabral e Confisco tende a uma diversificação de usos (bairros de classe média alta mesclados a

conjuntos residenciais de classe média baixa, junto ao distrito industrial, o Parque do Sarandi e uma mata nativa).

As favelas ocorrem com menor intensidade nessa região;

as UAs Nacional, VM-5, Bernardo Monteiro e Petrolândia.

De modo geral, o padrão sócio econômico da região do bairro Nacional é baixo. As novas ocupações, no entanto,

estão trazendo para as áreas vazias da região um perfil de morador de maior poder aquisitivo (extensão da região da

Pampulha), embora se observem também diversas áreas irregulares. Percebe-se tendência de ocupação por

populações de classe média nas áreas mais próximas a Belo Horizonte, em partes dos bairros Nacional, Pedra Azul,

Xangri-lá, Tijuca e Carajás.

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Mapa 13: Vilas e Favelas. Loteamentos Implantados pelo Poder Público

VILAS 21. Pérola 41. Vila 18º 61. Morro Vermelho 81. Rui Barbosa

1. Esperança 22. São Mateus 42. Funcionários 62. Vila Paris 82. Do Canal

2 e 3. Estaleiro I e II 23. Sra. Aparecida 43. Santa Edwiges 63. PTO 1ª Seção 83. Dom Bosco

4. Rato Molhado 24. Jesus de Nazaré 44. Jardim Marrocos 64. PTO 2ª Seção 84. Tereza Cristina

5. Feliz 25. Estrela Dalva 45. Ma. da Conceição 65. Vera Cruz 85. São José Operário

6. Renascer 26. Recanto da Pampulha 46. Beatriz 66. Vila Rica 86. Paulo Frontin

7. Bastilha 27. Francisco Mariano 47. Bela Vista 67. Bandeirantes I 87. Santa Elisabeth

8. Buraco da Coruja 28. Nacional 48. Boa Vista 68. Bandeirantes II 88. Firmo de Mattos

9. Formosa 29. Monte Belo 49. Buraco da Coruja I 69. Júlia Kubitschek LOTEAMENTOS IMPLANTADOS PELO PODER PÚBLICO

10. Praia 30. Floriano Peixoto 50. Buraco da Coruja II 70. Pedreira Santa Rita

11. Colorado 31. Alvorada 51. Jd. Bandeirantes 71. Da Paz

12. Avenida II 32. Sra. da Conceição 52. Jd. Eldorado 72. Líder A. Nova Contagem

13. Teleférico 33. Gangorras 53. Fonte Grande 73. São Paulo B. Darcy Ribeiro

14. São Sebastião 34. Belém 54. Campina Verde 74. Aparecida C. Confisco

15. Kennedy 35. Santa Helena 55. MAFERSA 75. Barraginha D. Campo Alto

16. Novo Boa Vista I 36. Jardim Vera Cruz 56. São João Del Rey 76. São Vicente E. Beija-Flor

17. Novo Boa Vista II 37. Maracanã I 57. Rua Beco 77. São Nicodemos F. Vila Itália

18. Novo Boa Vista III 38. Maracanã II 58. Ipanema 78. Santo Antônio G. Funcionários

19. Urca 39. VULCAN 59. União 79. Itaú H. Perobas I

20. União da Ressaca 40. Riachinho 60. São Caetano 80. Vaquinha I. Perobas II

Vilas e Favelas. Loteamentos Implantados pelo Poder Público

PMC-SMDU, 2006

Fonte: SMDU 2005

Represa de Vargem das Flores

Nacional Vargem das Flores

Industrial

Represa da Pampulha

Ressaca

Sede

Eldorado

A

B

C

D

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F

G H

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Petrolândia

B E T I M

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Vila (indicação)

Loteamento

(implantado pelo poder público)

Via principal

Área urbanizada

Limite de Região

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 1 3

Page 69: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

69|140

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No active Legend.

Mapa 14: Renda dos Responsáveis pelos Domicílios, segundo UA, 2000

Unidade de Análise (UA) - Nº e Nome

1. Cidade Industrial 15. São Joaquim 2. Jardim Industrial 16. Confisco 3. Industrial 17. CEASA 4. Inconfidentes 18. Boa Vista 5. Amazonas 19. Tapera 6. Bandeirantes 20. Estrela Dalva 7. Riacho 21. Nacional 8. Jardim Riacho 22. Bom Jesus 9. Eldorado 23. Sede 10. CINCO 24. VM-5 11. Água Branca 25. Bernardo Monteiro 12. Perobas 26. Petrolândia 13. Colorado 27. Nova Contagem 14. Laguna 28. Vargem das Flores

1Soma dos rendimentos mensais dos responsáveis pelos domicílios particulares permanentes, em área urbana e aglomerado rural de extensão

urbana, dividida pelo número de responsáveis pelos domicílios com e sem rendimento.

27

28

22 21

20

19

18

17

16

15

13

12

11

10 9

8

7

6 5

4

3

2

1

23

24

25

26

14

Média da Renda dos Responsáveis pelos Domicílios1, segundo UA [em salário mínimo (SM) de 2000]

Represa da Pampulha

Represa de

Vargem das Flores

Convenção Renda

(SM de 2000)

6,00 ├ 6,54 SM

5,00 ├ 6,00 SM

4,15 ├ 5,00 SM

3,00 ├ 4,15 SM

2,00 ├ 3,00 SM

1,00 ├ 2,00 SM

PMC-SMDU, 2006

Fonte: IBGE. Censo 2000

N

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 1 4

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Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

A estratificação social do espaço urbano também pode ser avaliada por meio do Índice de Desenvolvimento Humano e

de sua evolução na última década. Originalmente, esse índice foi criado para medir o nível de desenvolvimento humano

dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização e taxa bruta de freqüência à escola), longevidade

(esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita). O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1

(desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo; países

com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano; países com IDH maior que 0,800

têm desenvolvimento humano considerado alto.

“Para aferir o nível de desenvolvimento humano de municípios, as dimensões são as mesmas – educação, longevidade e

renda –, mas alguns dos indicadores usados são diferentes. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores

levados em conta no IDH municipal (IDH-M) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais

menores.” (PNUD, 2005).

O IDH-M de Contagem era de 0,729, em 1991, e, em 2000, de 0,789, tendo crescido, portanto, 8,23% nesse período,

aproximando-se da faixa de desenvolvimento humano considerado alto. No entanto, sua posição relativa aos demais

municípios mineiros caiu: em 1991, ocupava a 35º posição; em 2000, a 76º, mostrando que sua evolução foi inferior à

de grande parte dos municípios mais bem classificados no estado (IPEA, 2002). O município com o melhor IDH-M do

estado, em 2000, foi Poços de Caldas (0,841); no país, São Caetano do Sul - SP (0,919).

A contribuição de cada dimensão – longevidade, educação e renda – no crescimento do IDH-M de Contagem está

apontada Tabela 6-7.

Internamente, considerando as Unidades de Desenvolvimento Humano5 (UDHs) definidas pela Fundação João Pinheiro

(FJP), no total de 37, 11 são constituídas por aglomerados subnormais6. Das outras 26, os cinco maiores valores do

IDH-M, em 2000, encontram-se nas UDHs Inconfidentes/ Amazonas, Eldorado Sul, Eldorado Norte, Jardim Riacho/

Novo Riacho, Novo Eldorado/ CINCO; são as UDHs que possuem valores entre de 0,834 a 0,851. A título de

comparação, observa-se na Tabela 6-8 que apenas nas duas primeiras os valores do IDH-M são superiores ao de Poços

de Caldas como um todo.

Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000

Ano Índice de Longevidade

(IDHM-L)

Índice de Educação (IDHM-E)

Índice de Renda (IDHM-R)

Índice de Desenvolvimento

Humano Municipal (IDH-M)

1991 0,688 0,836 0,664 0,729

2000 0,751 0,901 0,714 0,789

Crescimento (%) 9,16% 8,49% 7,53% 8,23%

Fonte: IPEA, 2002.

5 Estas unidades não coincidem com as unidades do sistema de planejamento municipal (RA, UP e UA) e estão apresentados no Mapa 15. A

nomenclatura e a grafia originais do Mapa do IDH da Fundação João Pinheiro foram aqui substituídas, visando facilitar sua localização por meio de nomes de bairros ou localidades de referência. 6 Setor Especial de Aglomerado Subnormal: “Conjunto constituído por um mínimo de 51 domicílios, ocupando ou tendo ocupado até período recente,

terreno de propriedade alheia (pública ou particular), dispostos, em geral, de forma desordenada e densa, e carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais.” (IBGE, 2002).

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Tabela 6-8: Maiores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal, segundo UDH. Contagem, 1991-2000

N.° Classificação Denominação da Unidade de

Desenvolvimento Humano (UDH) IDH-M 1991

IDH-M 2000

Crescimento do IDH-M entre

1991 e 2000

1 1º Inconfidentes/ Amazonas 0,789 0,851 7,9%

5 2º Eldorado Sul 0,795 0,846 6,4%

6 3º Eldorado Norte 0,781 0,838 7,3%

16 4º Jardim Riacho/ Novo Riacho 0,782 0,836 6,9%

12 5º Novo Eldorado/ CINCO 0,785 0,834 6,2%

10 6º Flamengo/ Bandeirantes 0,737 0,829 12,5%

22 7º Riacho/ S. Cruz Industrial 0,782 0,829 6,0%

2 8º Água Branca 0,760 0,826 8,7%

11 9º Riacho/ Vera Cruz 0,757 0,826 9,1%

3 10º Industrial 3ª Seção 0,741 0,820 10,7%

Fonte: FJP/CEES, 2006.

No outro extremo encontram-se as UDHs Vargem das Flores/ Morro Redondo, Estrela Dalva, Nacional/ Pedra Azul,

Petrolândia/ Tropical e Vargem das Flores/ Retiro; todas com IDH-M inferior a 0,760 (em 2000), que é o valor

correspondente ao do 205º lugar na classificação dos 853 municípios do Estado de Minas Gerais (Tabela 6-9).

Tabela 6-9: Menores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal, segundo UDH. Contagem, 1991-2000

N.° Classificação Denominação da Unidade de

Desenvolvimento Humano (UDH) IDH-M 1991

IDH-M 2000

Crescimento do IDH-M entre

1991 e 2000

15 17º Bom Jesus/ Tapera 0,719 0,795 10,6%

4 18º J. Laguna/ N. Progresso 0,722 0,794 10,0%

18 19º Sede/ S. Helena 0,737 0,784 6,4%

19 20º Sede/ Praia 0,705 0,777 10,2%

7 21º Colorado/ Milanês 0,725 0,775 6,9%

21 22º V. das Flores/ Morro Redondo 0,680 0,757 11,3%

9 23º Estrela Dalva 0,659 0,753 14,3%

14 24º Nacional/ Pedra Azul 0,679 0,753 10,9%

20 25º Petrolândia/ Tropical 0,692 0,749 8,2%

25 26º Vargem das Flores/ Retiro 0,670 0,742 10,7%

Fonte: FJP/CEES, 2006.

Abaixo dessas estão as UDHs que abrangem aglomerados subnormais (UDHs Subnormais). Na Tabela 6-10 observa-se

que mesmo com crescimento superior a 10% os valores ainda são muito baixos. Nova Contagem, que em 1991 obteve

índice de 0,611, permanece com o menor valor dentre as UDHs do município (0,712), em que pese ter apresentado o

maior crescimento no período (16,65%). Este índice correspondente ao do 487º lugar na classificação dos 853

municípios do estado. A dimensão Renda é o destaque negativo em Nova Contagem, apresentando o índice de 0,559,

que equivale ao valor abaixo do qual estão apenas 20% dos municípios mineiros.

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Tabela 6-10: Índices de Desenvolvimento Humano Municipal, segundo UDH Subnormal. Contagem, 1991-2000

N.° Classificação

Denominação da Unidade de Desenvolvimento Humano Subnormal

(UDH Subnormal)

IDH-M 1991

IDH-M 2000

Crescimento do IDH-M entre

1991 e 2000

27 27º Vila PTO/ Água Branca 0,648 0,728 12,3%

29 28º Vila Jardim Eldorado/ Marimbondo 0,648 0,728 12,3%

31 29º Parque São João/ Beatriz 0,648 0,728 12,3%

28 30º Vila Industrial 0,661 0,727 10,0%

30 31º Vilas da Cid. Industrial 0,661 0,727 10,0%

32 32º Vila Industrial 3ª Seção 0,661 0,727 10,0%

34 33º Vila São Paulo 0,661 0,727 10,0%

35 34º Vilas D. Bosco/ T. Cristina 0,661 0,727 10,0%

36 35º Vila do Jardim Industrial 0,661 0,727 10,0%

37 36º Vila Itaú 0,661 0,727 10,0%

26 37º Nova Contagem 0,611 0,712 16,5%

Fonte: FJP/CEES, 2006.

No Mapa 15, os Índices de Desenvolvimento Humano Municipal, em 1991 e 2000, de todas as UDHs municipais estão

apresentados por faixas. As regiões do Eldorado e do Industrial já atingiram índices entre 0,800 e 0,850, em 2000

(excetuados os bolsões de aglomerados subnormais); na década anterior, essa faixa não era encontrada no município.

Parte da região da Ressaca, nas imediações do São Joaquim, e parte da região da Sede, do Três Barras ao Bernardo

Monteiro, também atingiram aquela faixa, em 2000.

As maiores concentrações de unidades com IDH-M inferior a 0,760, além dos aglomerados subnormais, estão nas áreas

de expansão urbana de Vargem das Flores, com destaque para Nova Contagem, e no Nacional/ Pedra Azul e Estrela

Dalva

Na Tabela 6-11 estão listados os IDH-M, em 1991 e 2000, para cada UDH, incluídos os valores correspondentes às

dimensões renda, longevidade e educação.

.

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Mapa 15: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 1991-2000

C o n t a g e m - M a p a 1 5

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 1991-2000

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M): ▪ em 1991 = 0,729; ▪ em 2000 = 0,789. Fonte: FJP, 2006.

111111111

222222222

333333333

444444444

555555555

666666666

777777777

888888888

999999999

101010101010101010

111111111111111111

121212121212121212

131313131313131313

141414141414141414151515151515151515

161616161616161616

171717171717171717

181818181818181818

191919191919191919

202020202020202020

212121212121212121

222222222222222222

232323232323232323

242424242424242424

252525252525252525

262626262626262626

272727272727272727

282828282828282828

292929292929292929

303030303030303030

313131313131313131

323232323232323232

333333333333333333

343434343434343434

353535353535353535

363636363636363636

373737373737373737

No active Legend.

IDH-M em 1991, segundo Unidade do IDH-M

PMC-SMDU, 2006

Convenção IDH-M

0,800 a 0,850

0,760 a 0,800

0,720 a 0,760

0,680 a 0,720

0,640 a 0,680

0,610 a 0,640

N

111111111

222222222

333333333

444444444

555555555

666666666

777777777

888888888

999999999

101010101010101010

111111111111111111

121212121212121212

131313131313131313

141414141414141414151515151515151515

161616161616161616

171717171717171717

181818181818181818

191919191919191919

202020202020202020

212121212121212121

222222222222222222

232323232323232323

242424242424242424

252525252525252525

262626262626262626

272727272727272727

282828282828282828

292929292929292929

303030303030303030

313131313131313131

323232323232323232

333333333333333333

343434343434343434

353535353535353535

363636363636363636

373737373737373737

No active Legend.IDH-M em 2000,

segundo Unidade do IDH-M

PMC-SMDU, 2006

N

Convenção IDH-M

0,800 a 0,850

0,760 a 0,800

0,720 a 0,760

0,680 a 0,720

0,640 a 0,680

0,610 a 0,640

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Tabela 6-11: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, segundo UDH. Contagem, 1991-2000

N.° Unidade de IDHM

(definidas pela FJP/IBGE, com denominações adaptadas)

IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000

1 Inconfidentes/ Amazonas 0,789 0,851 0,719 0,760 0,769 0,838 0,878 0,956

2 Água Branca 0,760 0,826 0,670 0,723 0,747 0,835 0,863 0,918

3 Industrial 3ª Seção 0,741 0,820 0,648 0,711 0,742 0,832 0,833 0,917

4 J. Laguna/ N. Progresso 0,722 0,794 0,644 0,683 0,700 0,811 0,822 0,889

5 Eldorado Sul 0,795 0,846 0,739 0,799 0,743 0,798 0,903 0,940

6 Eldorado Norte 0,781 0,838 0,727 0,813 0,730 0,766 0,887 0,935

7 Colorado/ Milanês 0,725 0,775 0,625 0,668 0,720 0,766 0,829 0,889

8 Ressaca/ S. Joaquim 0,726 0,814 0,653 0,698 0,693 0,838 0,832 0,906

9 Estrela Dalva 0,659 0,753 0,552 0,604 0,694 0,798 0,732 0,855

10 Flamengo/ Bandeirantes 0,737 0,829 0,660 0,746 0,692 0,798 0,859 0,942

11 Riacho/ Vera Cruz 0,757 0,826 0,675 0,742 0,728 0,816 0,868 0,920

12 Novo Eldorado/ CINCO 0,785 0,834 0,736 0,784 0,736 0,769 0,884 0,950

13 Cid. Industrial/ J. Industrial 0,735 0,808 0,659 0,726 0,702 0,779 0,843 0,918

14 Nacional/ Pedra Azul 0,679 0,753 0,622 0,685 0,618 0,678 0,796 0,896

15 Bom Jesus/ Tapera 0,719 0,795 0,647 0,680 0,699 0,811 0,811 0,892

16 Jardim Riacho/ Novo Riacho 0,782 0,836 0,700 0,774 0,751 0,797 0,895 0,936

17 Bernardo Monteiro/ CINCO 0,731 0,801 0,659 0,718 0,692 0,766 0,843 0,919

18 Sede/ S. Helena 0,737 0,784 0,698 0,739 0,643 0,684 0,869 0,929

19 Sede/ Praia 0,705 0,777 0,646 0,764 0,638 0,678 0,829 0,889

20 Petrolândia/ Tropical 0,692 0,749 0,624 0,666 0,633 0,678 0,819 0,902

21 V. das Flores/ Morro Redondo 0,680 0,757 0,609 0,638 0,661 0,745 0,770 0,886

22 Riacho/ S. Cruz Industrial 0,782 0,829 0,699 0,761 0,753 0,798 0,895 0,927

23 Sede/ Três Barras 0,780 0,808 0,725 0,690 0,768 0,821 0,848 0,913

24 CEASA/ Perobas 0,737 0,807 0,662 0,710 0,725 0,832 0,823 0,880

25 Vargem das Flores/ Retiro 0,670 0,742 0,558 0,570 0,696 0,811 0,757 0,843

26 Nova Contagem 0,611 0,712 0,511 0,559 0,624 0,769 0,698 0,808

27 Vila PTO/ Água Branca (1)

0,648 0,728 0,560 0,614 0,627 0,726 0,757 0,844

28 Vila Industrial (1)

0,661 0,727 0,581 0,632 0,643 0,690 0,759 0,859

29 Vila Jardim Eldorado/ Marimbondo (1)

0,648 0,728 0,560 0,614 0,627 0,726 0,757 0,844

30 Vilas da Cid. Industrial (1)

0,661 0,727 0,581 0,632 0,643 0,690 0,759 0,859

31 Parque São João/ Beatriz (1)

0,648 0,728 0,560 0,614 0,627 0,726 0,757 0,844

32 Vila Industrial 3ª Seção (1)

0,661 0,727 0,581 0,632 0,643 0,690 0,759 0,859

33 Industrial/ J. Emaús (1)

0,741 0,820 0,648 0,711 0,742 0,832 0,833 0,917

34 Vila São Paulo (1)

0,661 0,727 0,581 0,632 0,643 0,690 0,759 0,859

35 Vilas D. Bosco/ T. Cristina (1)

0,661 0,727 0,581 0,632 0,643 0,690 0,759 0,859

36 Vila do Jardim Industrial (1)

0,661 0,727 0,581 0,632 0,643 0,690 0,759 0,859

37 Vila Itaú (1)

0,661 0,727 0,581 0,632 0,643 0,690 0,759 0,859

(1) Unidade de Desenvolvimento Humano Subnormal (UDH Subnormal) Fonte: FJP/CEES, 2006.

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6.3.4. CARÊNCIAS HABITACIONAIS

No ano 2.000, segundo dados do Censo Demográfico do IBGE, Contagem contava com 143.217 domicílios particulares

permanentes (DPP), dos quais 18.771 (13,1%) encontravam-se vagos.

Apesar dessa quantidade de domicílios vagos, o município apresentava naquele ano, de acordo com metodologia

adotada pela Fundação João Pinheiro, um Déficit Habitacional Básico (DHB)7 de 12.443 domicílios, constituído por

521 domicílios improvisados, 9.657 famílias conviventes, 2.214 cômodos utilizados como moradias e 51 domicílios

rústicos. Ou seja, o número de domicílios vagos seria suficiente para cobrir o DHB do município (Tabela 6-12 e Tabela

6-13).

Tabela 6-12: Déficit Habitacional Básico. Contagem, 2000

Indicadores Valores

Domicílios Particulares Permanentes (DPP) 143.217

Déficit Habitacional Básico (em n.° de moradias) 12.443

Participação do DHB nos DPP (%) 8,69%

Domicílios Vagos 18.771

Participação dos Domicílios vagos nos DPP 13,11%

Fonte: FJP, 2004

Tabela 6-13: Componentes do Déficit Habitacional Básico. Contagem, 2000

Componente Quantidade %

Domicílios Improvisados 521 4,19

Famílias Conviventes 9.657 77,61

Cômodos 2.214 17,79

Domicílios Rústicos 51 0,41

Déficit Habitacional Básico (DHB) 12.443 100,00

Fonte: FJP, 2004

Considerando os componentes do DHB relativos à coabitação familiar e aos domicílios improvisados, constata-se que a

grande maioria (77,8%) do déficit incidia sobre as famílias mais pobres, na faixa de renda inferior a três salários

mínimos, conforme a tabela abaixo.

Tabela 6-14: Coabitação Familiar e Domicílios Improvisados Urbanos, segundo Faixa de Renda. Contagem, 2000

Faixa de Renda (SM) N.° Absoluto %

Até 3 9.576 77,75

Mais de 3 a 5 1.461 11,86

Mais de 5 a 10 1.013 8,23

Mais de 10 266 2,16

Total 12.316 100,00

Fonte: FJP, 2004

É interessante observar que o número de domicílios que compõem o DHB era superado pelo número de domicílios

recenseados em 2000 em aglomerados subnormais (14.440 domicílios), nos quais moravam 57.370 pessoas, ou seja,

10,7% da população residente em Contagem.

Os aglomerados subnormais apresentavam maiores concentrações, em números absolutos, nas Regiões Eldorado e

Industrial (31.927 pessoas, que correspondiam a 55,7% da população desses aglomerados), especialmente nas UAs

Perobas (localidades Beatriz, Jardim Marrocos, Parque São João), Eldorado (Vila Jardim Eldorado/ Marimbondo), e

Industrial (vilas da Cidades Industrial). Proporcionalmente, a maior participação da população residente em

aglomerados subnormais ocorre na Região Nacional (16,6% da população da região), com maior concentração na UA

7 O Déficit Habitacional Básico (DHB) refere-se ao somatório dos totais referentes à coabitação familiar, aos domicílios improvisados, aos cômodos e aos

domicílios rústicos. (FJP, 2004).

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Estrela Dalva (8.697 pessoas) (Tabela 6-15 e Tabela 6-16).

Tabela 6-15: População Residente em Aglomerado Subnormal, segundo RA. Contagem, 2000

Região Administrativa (RA)

Pessoas residentes no Município

Pessoas residentes em Aglomerado Subnormal

Pessoas residentes em Aglomerado Subnormal /

RA

1. Industrial 106.630 14.482 13,6%

2. Eldorado 155.673 17.445 11,2%

3. Ressaca 77.602 4.826 6,2%

4. Nacional 52.542 8.697 16,6%

5. Sede 67.268 4.851 7,2%

6. Petrolândia 29.830 2.730 9,2%

7. Vargem das Flores(1) 48.472 4.339 9,0%

Total 538.017 57.370 10,7%

(1) Em área urbana e aglomerado rural de extensão urbana. Fonte: BIDU n.° 3, 2005. Dados básicos: IBGE. Censo 2000.

Tabela 6-16: População Residente em Aglomerado Subnormal, segundo UP e UA. Contagem, 2000

População Residente

UA

População Residente

UP

Total

Em Aglomerado Subnormal Total

Em Aglomerado Subnormal

N.° % N.° %

Cidade Industrial 22.065 9.538 43,22 Cidade Industrial 7.639 5.757 75,36

Jardim Industrial 14.426 3.781 26,21

Industrial 40.373 4.428 10,97 Industrial 40.373 4.428 10,97

Inconfidentes/ 31.712 516 1,63 Inconfidentes 15.502 - -

Bandeirantes Amazonas 6.053 - -

Bandeirantes 10.157 516 5,08

Riacho 53.900 - - Riacho 41.420 - -

Jardim Riacho 12.480 - -

Eldorado 72.565 3.629 5,00 Eldorado 72.565 6.629 9,13

CINCO - - -

Água Branca 23.515 - - Água Branca 23.515 - -

Perobas 18.173 13.816 76,02 Perobas 18.173 13.816 76,02

Ressaca 77.602 4.826 6,22 Colorado 18.089 1.792 9,91

Laguna 27.728 335 1,21

São Joaquim 22.230 1.221 5,49

Confisco 63 - -

CEASA 9.249 1.478 15,98

Boa Vista 133 - -

Tapera 110 - -

Nacional 52.543 8.697 18,45 Estrela Dalva 18.290 8.697 47,55

Nacional 31.907 - -

Bom Jesus 2.345 - -

Sede 67.268 4.851 16,55 Sede 52.243 2.711 5,19

VM-5 70 - -

Bernardo Monteiro 14.955 2.140 14,31

Petrolândia 29.830 2.730 9,15 Petrolândia 29.830 2.730 9,15

Nova Contagem 39.073 4.339 11,1 Nova Contagem 39.073 4.339 11,1

V. das Flores(1) 9.399 - - V. das Flores(1) 9.399 - -

Total 538.017 57.370 10,66 538.017 57.370 10,66

(1) Em área urbana e aglomerado rural de extensão urbana. Fonte: BIDU n.° 2, 2005. Dados básicos: IBGE. Censo 2000.

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A grande maioria dos 14.440 domicílios em aglomerados subnormais eram casas, que somavam 13.956 ou 97,6%,

registrando-se pequeno número de apartamentos (163) e de cômodos (321).

A média da renda dos responsáveis pelos domicílios em aglomerados subnormais era de 2,08 SM, bem inferior à dos

responsáveis pelos domicílios nas demais áreas de cidade. Também por meio deste indicador revela-se a precariedade

da região de Vargem das Flores (Nova Contagem), onde a média da renda dos responsáveis pelos domicílios em

aglomerados subnormais era de apenas 1,65 SM (Tabela 6-17).

Tabela 6-17: População e Média da Renda dos Responsáveis pelos Domicílios em Aglomerado Subnormal, segundo RA. Contagem, 2000

Região Administrativa (RA)

Pessoas Residentes

Média da Renda dos Responsáveis pelos

Domicílios, em SM (1)

1. Industrial 14.482 2,06

2. Eldorado 17.445 2,22

3. Ressaca 4.826 2,00

4. Nacional 8.697 2,00

5. Sede 4.851 2,23

6. Petrolândia 2.730 1,90

7. Vargem das Flores(2)

4.339 1,65

Total 57.370 2,08

(1) Salário Mínimo (SM), em 2000: R$ 151,00. (2) Em Área Urbana e Aglomerado Rural de Extensão Urbana. Fonte: BIDU n.° 3, 2005. Dados básicos: IBGE. Censo 2000.

6.4. CENTROS E CENTRALIDADES. LOCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

Como já dito anteriormente, um traço característico da estrutura urbana de Contagem detectado no início dos anos 1990

era a dispersão do tecido urbano, para o que contribuía a dispersão das atividades urbanas e a fragilidade da rede de

centros.

Uma das principais diretrizes de estruturação urbana do Plano Diretor previu a diversificação de usos em toda a cidade,

asseguradas boas condições de convivência entre moradia e demais categorias de uso do solo.

Para cumprir essa diretriz e considerando a tendência de instalação de atividades de forte impacto ambiental no

município, o Plano Diretor criou:

zonas destinadas a abrigar esse tipo de uso – Zonas de Usos Incômodos (ZUI) – e

zonas de uso diversificado – Zona Adensável (ZAD) e Zona de Ocupação Restrita (ZOR) –, nas quais o uso

residencial é considerado prioritário, sendo permitida a instalação de quaisquer atividades, desde que assegurada

sua convivência com a moradia.

Quanto à articulação espacial, o Plano Diretor propôs ainda a constituição de centros caracterizados como polarizações

efetivas e de um sistema viário e de transporte que articule internamente e integre as diversas regiões do município.

Foram destacados três centros principais – Eldorado, Sede e Ressaca –, propondo-se a melhoria da articulação do

Eldorado com as demais regiões da cidade, fortalecimento da Sede com centro administrativo, histórico e de comércio,

e indução à formação de um centro que estruture as regiões da Ressaca e Nacional.

Passada uma década de vigência do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo, ainda se observa uma dispersão

generalizada das atividades econômicas consideradas incômodas pelo território municipal, especialmente nos principais

corredores de tráfego.

6.4.1. CENTROS E CENTRALIDADES

A partir de pesquisa qualitativa de uso do solo realizada para a revisão do Plano Diretor, foram identificadas

concentrações de atividades que constituem centros ou centralidades urbanas de quatro naturezas distintas (Mapa 16).

Centros especializados de raio de atendimento municipal e regional, representados pela Cidade Industrial Cel.

Juventino Dias, pelo Distrito Industrial Francisco Firmo de Mattos (CINCO) e outros distritos industriais como o

do Riacho das Pedras, o CINCO II (CINCÃO), o Distrito Industrial Hélio Pentagna Guimarães (pólo moveleiro), na

Ressaca, e outros de menor porte, bem como a CEASA.

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Nos distritos industriais mais antigos (Cidade Industrial e CINCO), observa-se um processo de estagnação da

ocupação, com diversos galões industriais abandonados.

Centros diversificados, formando uma rede pouco estruturada, presidida pelo centro do Eldorado, e ainda com

destaque para o centro do Industrial e o da Sede.

Além desses, outros centros diversificados de atendimento de bairro se desenvolvem em diversos pontos da cidade,

de forma dispersa, em conformidade com a fragmentação do tecido urbano e a dispersão do sistema viário. Alguns

destes centros têm um nível de diversificação razoável, como o da Rua Mantiqueira, no Riacho das Pedras.

Corredores de atividades não muito diversificados, que se vão constituindo ao longo das vias de passagem entre

bairros ou regiões.

Observam-se ainda duas concentrações de comércio e serviços de alcance regional: um, ao longo da BR 381

(concentração Makro/ Carrefour); e outro, na Cidade Industrial (Itaú Power Center).

Considerando a distribuição espacial das agências bancárias como indicador da vitalidade, complexidade e importância

relativa dos centros, os dados obtidos por Unidades de Análise atestam a fragilidade da rede de centros do município.

Basta constatar que, das 37 agências instaladas em Contagem, 15 (40,5%) estão localizadas nos centros especializados,

sendo nove na Cidade Industrial, cinco na CEASA e uma no CINCO.

Apenas 22 agências bancárias estão localizadas nos centros diversificados, e 19 estão concentradas nos três principais

centros urbanos: 12 estão instaladas na UA Eldorado, quatro na UA Sede e três na UA Industrial (Rua Tiradentes). As

três agências restantes estão nas UAs Riacho, Inconfidentes e Petrolândia. Não se encontram agências bancárias no

Nacional, na Ressaca (fora da CEASA), na Sede (fora do centro principal).

Como se vê, a rede continua dispersa e frágil. Houve alguma expansão do centro do Eldorado para as vias transversais à

Av. João César de Oliveira, mas sua expansão na AIURB 28 não aconteceu, ainda que tenha sido urbanizada a Av.

Francisco Firmo de Mattos. O centro dessa área vem sendo tomado por concentração de revendedoras de automóveis e

máquinas.

O centro da Sede não se expandiu como se esperava. Contudo, há tendência dessa expansão em algumas áreas de

concentração de comércio no vale do córrego Ibirapitanga, no trecho em que se implantou a Av. Gil Diniz.

O centro proposto para a região da Ressaca não aconteceu ainda. Após a construção da avenida no vale do Sarandi (Av.

Severino Balesteros Rodrigues), instalou-se em suas margens, por iniciativa da Administração Municipal, o Distrito

Industrial Hélio Pentagna Guimarães (pólo moveleiro). A ocupação residencial no vale ainda é incipiente, o que não

possibilitou ainda a instalação de atividades de comércio e serviços. A tendência é de que a encosta da margem

esquerda do vale tenha padrão de ocupação residencial mais elevado que a média da Ressaca antiga. A área próxima ao

parque linear, em razão de sua macroacessibilidade, possui potencial para abrigar um terminal que facilitará a ligação

por transporte público às demais regiões e poderá contribuir também para indução do novo centro.

A Cidade Industrial e o centro do Eldorado não receberam o tratamento de revitalização preconizado pelo Plano

Diretor, pelo que permaneceu a péssima qualidade ambiental de ambos. Especialmente no centro do Eldorado, os

passeios são irregulares, atividades e engenhos de publicidade ocupam os passeios, dificultando a circulação dos

pedestres, em particular dos portadores de necessidades especiais, a sinalização para o pedestre é ruim, como também a

informação indicativa e informativa. Contudo, o eixo da Av. João César de Oliveira permanece como o mais importante

da cidade por receber importantes concentrações comerciais e de prestação de serviços públicos e privados.

A Cidade Industrial não melhorou seu índice de utilização, permanecendo com diversos espaços disponíveis, seja pelas

extensas áreas livres não utilizadas pelas indústrias em suas propriedades seja pela ocorrência de lotes industriais

desocupados, embora com edificações. O tratamento urbanístico e demais propostas do Plano Diretor para o distrito

industrial não foram implementados.

Somam-se a esses os problemas relativos ao sistema viário de acesso aos centros (Mapa 17). Além dos investimentos da

década de 90, pouco se realizou nesse sentido. Naquela década, foram implantadas a Via Expressa de Contagem, a Av.

Helena de Vasconcelos Costa e a Av. Severino Balesteros Rodrigues (Av. Sarandi), possibilitando a melhoria das

ligações regionais e criando novo eixo em direção à região da Pampulha. A articulação do centro do Eldorado com o

restante do espaço municipal ainda não foi resolvida definitivamente. A implantação da Av. Francisco Firmo de Mattos,

na mesma década, foi importante como via de ligação entre a Cidade Industrial e a BR 381, mas sua ligação ao centro

do Eldorado ainda é deficiente.

8 Área de Especial Interesse Urbanístico 2 (AIURB-2): área contínua ao longo do eixo Av. Vila Rica/ Av. Olímpio Garcia (Av. Norte-Sul) e da faixa

compreendida entre a Rua Humberto Demoro e Av. Francisco Firmo de Mattos. Trata-se de área dotada de condições privilegiadas de infra-estrutura viária e acessibilidade e que, para melhoria da estrutura urbana, está sujeita a parâmetros especiais de ocupação do solo, visando sua renovação, mediante mudança de uso e substituição das edificações. O coeficiente de aproveitamento máximo nesta área é quatro, igual ao mais elevado do município.

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O sistema viário do centro da Sede continua estrangulado. Não são suficientes as avenidas nos vales dos córregos

Ibirapitanga e Maracanã – Av. Gil Diniz e Av. Dilson de Oliveira, respectivamente. É necessário o prolongamento da

via ao longo do córrego do Maracanã, até a rodovia de ligação a Nova Contagem, para solucionar o congestionamento

da área central da Sede produzido pelo tráfego de passagem.

O acesso ao centro do Industrial permanece com as mesmas dificuldades. Não houve investimentos nas duas últimas

décadas com o objetivo de solucionar esse problema.

Os pontos críticos do sistema viário estão apresentados no item 6.5.3 e no Mapa 18.

6.4.2. TENDÊNCIAS DE LOCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

Algumas tendências de expansão dos usos não-residenciais são notadas em diversas áreas da cidade.

O modelo distrito industrial, introduzido no município com a Cidade Industrial, continua como tendência muito forte

no que diz respeito a propostas para o desenvolvimento econômico local. Todavia, com o Plano Diretor este modelo

ganhou a denominação de Zona de Usos Incômodos (ZUI), uma categoria de zoneamento que, em Contagem, apresenta

forte tendência de expansão, invadindo as zonas adjacentes, expulsando delas o uso residencial originalmente instalado.

É o que já se constatara quando da aprovação do Plano Diretor e que continua em ritmo acelerado no entorno da Cidade

Industrial, particularmente na região do Jardim Industrial, que já pode ser considerada como extensão da Cidade

Industrial, porém sem a infra-estrutura viária que dê suporte ao trânsito de caminhões, com grave comprometimento da

qualidade ambiental e funcional.

Outras áreas em que se destaca o processo de instalação de atividades de grande porte são:

a área de expansão urbana da bacia da Pampulha, correspondente à sub-bacia do Bom Jesus (UA Boa Vista), onde

atividades de grande porte atratoras de veículos de carga estão se instalando ao longo do acesso ao Nacional pela

BR 040. Toda esta UA tende a ser ocupada por atividades desse tipo. Ao longo da Av. Wilson Tavares Ribeiro,

vêm ocorrendo pedidos de desmembramento em lotes de grande área, certamente para atividades econômicas;

as áreas lindeiras à Av. Geraldo Rocha (Via Pádua), também na bacia da Pampulha/ Bom Jesus: ao longo desta via,

grandes atividades e atração de grande número de veículos de carga, que ficam estacionados junto ao meio-fio;

a UA Água Branca, na bacia do Arrudas, onde galpões com atividades incômodas estão avançando aceleradamente

sobre áreas classificadas como ZAD;

as UAs Inconfidentes e Riacho, também na bacia do Arrudas, nas quais se verifica um processo avançado de

degradação ambiental com desrespeito da legislação de uso do solo: galpões e atividades incômodas acontecem em

todas as áreas, à revelia do zoneamento. Até mesmo as avenidas classificadas como ZAD 2 (Av. Vila Rica, Av. Rio

Volga e outras) estão dando lugar a concentrações de usos incômodos. Nas proximidades da Cidade Industrial e da

BR 381 a invasão da ZAD é mais acentuada;

também merecem menção os bairros no entorno da CEASA, em especial o São Sebastião, onde se acentuou a

ocupação das vias pelas atividades de carga e descarga e depósito de caixotes.

Entre as atividades de grande porte que vêm ocorrendo de forma regular ou irregular por todo o território de Contagem,

destacam-se as ligadas aos setores de transporte e logística.

Das edificações comerciais construídas nos centros principais da cidade, dois tipos proliferam pelo tecido urbano de

Contagem, dando suporte à estrutura de uso do solo acima descrita:

galpões que têm ocorrência muito expressiva em praticamente todos os bairros e se concentram especialmente em

algumas áreas, como, por exemplo, os bairros do entorno da Cidade Industrial e da CEASA, e ao longo de vias

como as ruas Diamante (Ressaca) e Joaquim José (Sede);

pequenas lojas em edificações residenciais, que ocorrem com grande freqüência em vias principais de bairros de

periferia, sendo ocupadas por microatividades de comércio e serviços, encontrando-se fechadas inúmeras lojas

desse tipo por toda a cidade.

Uma conclusão acerca do processo de utilização do solo de Contagem é a de que os usos não-residenciais competem de

forma conflituosa com o residencial, que vem perdendo terreno. O perfil da população residente no município e,

sobretudo, o sistema rodoviário, a posição de Contagem no espaço metropolitano e as características econômicas do

município são fatores que explicam este processo.

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A

B

C

Mapa 16: Centros e Articulação Urbana, 2005

Centros de Comércio / Serviços

A. ELDORADO (regional) 7. Santa Helena

B. SEDE (regional) 8. Petrolândia

C. INDUSTRIAL (regional) 9. Parque São João

1. Nova Contagem 10. Água Branca

2. Pedra Azul 11. Novo Eldorado

3. Estrela Dalva / S. Mateus 12. Riacho das Pedras (Novo Riacho)

4. Ressaca 13. Parque Riacho das Pedras

5. Parque Novo Progresso 14. Parque Durval de Barros

6. Alvorada 15. Amazonas / Inconfidentes

Represa da Pampulha

Nacional

Ressaca

Sede

Vargem das Flores

Petrolândia

Eldorado

Industrial

Represa de Vargem das Flores

Via principal

Corredor de atividades: comércio / serviços

Concentração de atividade atacadista / logística

Concentração de atividade industrial

Ocupação residencial predominante

Centro local

Centro regional

PMC-SEDUMA, 2006

Fonte: SEDUMA. Pesquisas de campo, 2005-2006

A

1

Centros e Articulação Urbana, 2006 N

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 1 6

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BR

040

(VM 5)

BR 381 / 262

Contagemde

Via Expressa

MG

432 - LMG

808

Mapa 17: Sistema Viário Principal, 2005

Represa da Pampulha

Vargem das Flores

Nacional

Ressaca

Sede

Petrolândia

Eldorado

Industrial

P/ Brasília

P/ São Paulo

P/ São Paulo

P/ Esmeraldas

PMC-SMDU, 2006

Represa de Vargem das Flores

Sistema Viário Principal, 2005

Limite municipal

Via Principal

Arruamento

Ferrovia / Terminal Metrô

P/ Vitória

P/ Rio de Janeiro

N

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 1 7

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6.5. SISTEMA VIÁRIO E CONDIÇÕES DE TRANSPORTE E MOBILIDADE DA POPULAÇÃO

6.5.1. TRANSPORTE COLETIVO E ARTICULAÇÕES DE CONTAGEM COM A RMBH9

O sistema de transportes urbanos constitui-se pelo Sistema Viário, pelo Sistema de Circulação e pelo Sistema de

Transporte Urbano de Passageiros. No transporte urbano-metropolitano de Contagem, a população conta também com o

Sistema Intermunicipal de Transportes, gerenciado pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER

MG), e pelo Sistema de Trem Metropolitano, gerenciado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que

atende o município através da estação Eldorado.

O Sistema de Transporte Urbano de Passageiros abrange o transporte por ônibus, o serviço de táxi e o transporte

escolar.

Os Serviços de Transporte Urbano e Intermunicipal por ônibus respondem por quase 2/3 das viagens originadas em

Contagem, de acordo com dados da OD de 2001, enquanto a participação do Sistema de Trem Metropolitana mostra-se

residual, sendo significativa apenas para os moradores da região de Água Branca e do Eldorado, como será visto no

capítulo adiante.

Os serviços de transporte coletivo por ônibus encontram-se divididos entre o sistema urbano ou intramunicipal – já que

algumas linhas atravessam a zona rural do município – gerenciado pela Superintendência de Trânsito e Transportes

(TRANSCON), e o sistema intermunicipal, gerenciado pelo DER MG, que corresponde basicamente ao transporte

metropolitano, sendo reduzido o percentual de viagens entre Contagem e os municípios externos à Região

Metropolitana de Belo Horizonte.

Os sistemas de transporte coletivo por ônibus urbano e metropolitano de Contagem constituem sistemas em certa

medida concorrentes e complementares.

De um lado, a gestão desses serviços encontra-se dividida entre o órgão municipal e o órgão estadual, havendo conflitos

em relação à abrangência dessa gestão, sobretudo no que diz respeito à avaliação dos itinerários e do enquadramento

das linhas.

Observa-se, também, que ambas as linhas operam nas mesmas vias do sistema viário municipal, utilizando itinerários,

em grande medida, concorrentes e sobrepostos.

No entanto, uma análise das empresas responsáveis pela oferta dos serviços demonstra a existência de um mercado

menos competitivo do que a princípio se poderia supor: sete empresas participam do mercado do transporte por ônibus

urbano/municipal, sendo que seis dessas empresas também participam do mercado metropolitano, do qual participam 27

empresas.

Além disso, observa-se que algumas das principais empresas do mercado metropolitano também são as principais

empresas do mercado urbano: a Transimão, a Expresso Transamazonas e a Viação Novo Retiro.

Portanto, apesar da aparente concorrência empresarial e dos conflitos relacionados à gestão dos serviços, nota-se que se

trata de um mercado dominado por algumas empresas de grande porte que atuam, simultaneamente, nos dois sistemas.

Em seguida, serão exploradas algumas características dos principais sistemas de transporte coletivo por ônibus e pelo

transporte metroviário.

Características do Sistema de Transporte Urbano por Ônibus

O sistema de transporte urbano municipal é gerido pela TRANSCON, que forneceu os dados trabalhados nessa seção.

Existem 40 linhas e sublinhas no sistema de transporte urbano em Contagem, sendo 15 circulares, 15 radiais, seis semi-

expressas e uma diametral (faltam informações relativas a três linhas), sendo que a frota considerada necessária para

operar 13 dessas linhas é de apenas 59 ônibus.

De acordo com o quadro das principais vias utilizadas pelo transporte urbano, por região, nota-se uma concentração dos

itinerários urbanos entre as regiões da Sede, do Eldorado, do Riacho, de Petrolândia e do Industrial, mas existem linhas

que atendem as regiões da Ressaca e de Água Branca, além de poucas linhas para a região de Nova Contagem e do

Nacional.

9 O item 6.5.1 contém texto extraído do documento: PMC / CEDEPLAR-UFMG – Contagem no novo século: módulo 2 - infra-estrutura urbana - avaliação

do sistema de transportes coletivos de Contagem, Contagem, 2005.

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Cumpre destacar, também, que a exemplo do que se observa em Belo Horizonte, algumas linhas que atendem o

município são consideradas metropolitanas, embora a maior parte de seus itinerários esteja circunscrita ao território

municipal de Contagem.

As linhas que atendem a região do Riacho, sobretudo na região do Durval de Barros, e de Petrolândia extrapolam os

limites territoriais do município, percorrendo, respectivamente, algumas vias de Ibirité e de Betim.

Características do Sistema de Transporte Metropolitano

Existem 426 linhas e sublinhas metropolitanas que utilizam o sistema viário municipal de Contagem, concentrando-se

esse movimento no eixo da BR 381 e, em menor intensidade, no eixo da BR 040, por tratar-se de vias de integração

regional.

O serviço de transporte coletivo por ônibus é realizado por 27 empresas, sendo que seis delas são responsáveis por mais

de 60% das linhas e pela maior parte do movimento de passageiros.

Mais da metade das linhas é semi-expressas. Há também um grande número de linhas expressas e diametrais, sendo

poucas as linhas semi-urbanas, alimentadoras e intramunicipais.

Conforme informações da planilha fornecida pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais

(DER MG), 1284 ônibus convencionais e 136 microônibus compõem a frota necessária para operar o sistema.

As linhas metropolitanas possuem uma capilaridade maior do que as linhas urbanas em algumas regiões.

Apesar dos diferentes gestores dos sistemas argumentarem que as linhas metropolitanas utilizam itinerários similares às

intramunicipais, observa-se que nas linhas urbanas predominam as circulares e radiais, enquanto nas linhas

metropolitanas predominam as expressas e diametrais.

A concorrência entre os dois sistemas parece se dar, sobretudo, nos principais corredores, que são utilizados de forma

intensiva por ambos. No entanto, existe uma relativa diversidade entre os dois sistemas que atuam, em casos, de forma

complementar.

Os conflitos e problemas porventura advindos de uma possível concorrência entre os dois sistemas são atenuados pelo

fato da gestão do sistema estar a cargo das próprias empresas, que na prática gozam de grande autonomia na sua gestão,

e que atuam, simultaneamente, em ambos os sistemas, já que se trata de um setor relativamente concentrado.

Especialmente no caso do DER, a disponibilização do movimento de passageiros de maio/2005 permitiu conhecer um

pouco mais as características desse sistema, considerando as diferentes regiões de Contagem.

Segundo dados do DER, mais de 11 milhões de passageiros realizaram viagens de ônibus metropolitanos em Contagem

durante o mês de maio de 2005. Destes, cerca de 3,5 milhões de passageiros, ou seja, 1/3 do movimento verificado,

referem-se a linhas que atravessam o município de Contagem, utilizando vias de integração regional, sobretudo a BR

381, para fazer a ligação entre Belo Horizonte e outros municípios da Região Metropolitana.

Os dados da Tabela 6-18 apresentam as informações de maio/2005, relativas ao movimento de passageiros no transporte

metropolitano que utilizam vias do sistema viário de Contagem. Como se pode observar, mais da metade do movimento

de passageiros observado refere-se a viagens entre Contagem e Belo Horizonte (nos dois sentidos), correspondendo a

um movimento de cerca de seis milhões de passageiros.

Além das ligações entre Belo Horizonte e Contagem, são importantes as ligações entre Contagem e Ibirité e entre

Contagem e Betim, sendo que as viagens entre Ibirité e Contagem superam as viagens entre Betim e Contagem, o que

reflete o dinamismo demográfico daquela porção metropolitana que abrange parcialmente os municípios de Contagem,

Ibirité e Belo Horizonte: Barreiro, Industrial, Riacho, Durval de Barros, Lindéia etc.

Os dados relativos ao movimento de passageiros entre as regiões de Contagem e os municípios de Belo Horizonte,

Ibirité e Betim estão apresentados a seguir Tabela 6-19 à Tabela 6-21.

No caso das linhas que ligam Belo Horizonte a Contagem, observa-se uma concentração do movimento em seis regiões,

especialmente as regiões do Riacho, do Industrial e da Sede. Por outro lado, as viagens entre Belo Horizonte e as

regiões de Petrolândia, Vargem das Flores, Nova Contagem e Água Branca correspondem a pouco mais que 11% do

movimento total.

No caso da região de Água Branca, deve-se observar, além da menor participação relativa de sua população no conjunto

da população municipal, a concorrência existente entre os modais rodoviário e ferroviário na oferta do transporte

coletivo. Como será visto adiante, os moradores da região de Água Branca e da região do Eldorado são os principais

usuários do transporte metroviário, sendo que o percentual de utilização do transporte metroviário pelos moradores da

região de Água Branca é superior ao percentual de utilização dos moradores da região do Eldorado.

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Cabe destacar, também o elevado percentual de passageiros nas linhas que unem Belo Horizonte às regiões do Nacional

e da Ressaca, regiões consideradas desarticuladas em relação ao espaço urbano de Contagem: observa-se que quase ¼

dos passageiros utilizaram tais linhas. Essa proporção mostra-se muito superior à participação demográfica dessas

regiões no conjunto do município.

Corroborando a importância dessa articulação metropolitana, os dados do DER mostram que duas das principais linhas

metropolitanas que utilizam o sistema viário de Contagem são justamente as linhas 4402 e 4401, respectivamente,

Nacional, dividida em 10 sublinhas, e Jardim Laguna/ Novo Progresso, dividida em nove linhas. Essas linhas

correspondem a quase 900.000 passageiros.

Além das linhas Nacional e Jardim Laguna (região da Ressaca), as principais linhas do sistema metropolitano são

Contagem/ Estação Diamante, com quatro sublinhas e um movimento de 453.882 passageiros, e Lindéia/ Belo

Horizonte, também com quatro sublinhas e um movimento de 411.979 passageiros.

As quatro principais sublinhas juntas correspondem a 15,4% do movimento de passageiros informado pelo DER para

maio/2005.

Finalmente, em relação à integração do sistema de transporte metropolitano com os sistemas de trem metropolitano e

urbano de Belo Horizonte, gerido pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS), observou-se

que as linhas que permitem integração com a estação Eldorado apresentaram um movimento de 1.009.626 passageiros,

enquanto as linhas que permitem uma integração com a estação Diamante do BHBus apresentaram um movimento de

643.052 passageiros.

Tais indicadores podem ser considerados relativamente baixos, correspondendo a menos de 10% do movimento

verificado e retratam a baixa integração intermodal e intrasistema de transporte urbano-metropolitano, decorrente de

problemas do próprio sistema viário e da gestão dos sistemas de transporte coletivo no espaço metropolitano.

Tabela 6-18: Movimento de Passageiros no Transporte Metropolitano em Contagem, 2005

Linhas Passageiros %

Total 11.355.184 100,0

BH–Contagem 6.024.481 53,1

BH–RMBH 3.499.255 30,8

Contagem–RMBH 990.681 8,7

Ibirité–Contagem 433.730 3,8

Betim–Contagem 407.037 3,6

Fonte: DER MG, maio 2005.

Tabela 6-19: Movimento de Passageiros no Transporte Metropolitano entre B. Horizonte Regiões de Contagem, 2005

Linhas Passageiros %

Total 6.024.481 100,0

BH–Sede 930.429 15,4

BH–Eldorado 738.938 12,3

BH–Industrial 1.029.825 17,1

BH–Riacho 1.133.578 18,8

BH–Petrolândia 293.911 4,9

BH–Nova Contagem 111.464 1,9

BH–Vargem das Flores 228.116 3,8

BH–Nacional 687.439 11,4

BH–Ressaca 796.620 13,2

BH–Água Branca 74.161 1,2

Fonte: DER MG, maio 2005.

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Tabela 6-20: Movimento de Passageiros no Transporte Metropolitano entre Betim e Regiões de Contagem, 2005

Linhas Passageiros %

Total 407.037 100,0

Betim–Industrial 356.764 87,6

Betim–Eldorado 50.273 12,4

Fonte: DER MG, maio 2005.

Tabela 6-21: Movimento de Passageiros no Transporte Metropolitano entre Ibirité e Regiões de Contagem, maio de 2005

Linhas Passageiros %

Total 433.730 100,0

Ibirité–Industrial 36.890 8,5

Ibirité–Sede 286.071 66,0

Ibirité–Água Branca 110.769 25,5

Fonte: DER MG, maio 2005.

Sistema de Trem Metropolitano

O Sistema de Trem Metropolitano de Belo Horizonte interliga os municípios de Contagem e de Belo Horizonte, ligando

as estações Eldorado, em Contagem, e Vilarinho, na Regional Venda Nova, num percurso de 28,1km, composto pelas

estações listadas a seguir.

Quadro 6-3: Identificação e Situação das Estações do Metrô, Belo Horizonte–Contagem, 2005

Nº Estações do metrô Tipo Funcionamento

01 Eldorado Metrô–ônibus em operação

02 Cidade Industrial Metrô em operação

03 Vila Oeste Metrô em operação

04 Gameleira Metrô em operação

05 Calafate Metrô em operação

06 Carlos Prates Metrô em operação

07 Lagoinha Metrô em operação

08 Central Metrô em operação

09 Santa Efigênia Metrô em operação

10 Santa Tereza Metrô em operação

11 Horto Metrô em operação

12 Santa Inês Metrô em operação

13 José Cândido da Silveira Metrô–ônibus(1)

em operação

14 Minas Shopping Metrô em operação

15 São Gabriel Metrô–ônibus em operação

16 Primeiro de Maio Metrô em implantação(2)

17 Waldomiro Lobo Metrô em implantação(2)

18 Floramar Metrô em implantação(2)

19 Vilarinho Metrô–ônibus(1)

em implantação(2)

Fonte: SETRA-BH, 2003. (1) Estações de Metrô em funcionamento aguardando a conclusão das obras da Estação de Integração metrô–ônibus.

.

(2) Estações operando de forma parcial em regime pendular.

Em Contagem, o transporte metroviário encontra-se restrito à estação Eldorado.

Como foi visto, diversas linhas do transporte rodoviário urbano e metropolitano oferecem a integração com o transporte

metroviário, mas a integração mostra-se ainda reduzida.

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A única linha de metrô existente em Belo Horizonte, cuja implantação ainda não foi concluída, apresenta características

que justificam seu fraco desempenho operacional: mostra-se reduzido o volume de passageiros transportados pelo

sistema de transporte municipal que utiliza esse modal.

Com efeito, a implantação do sistema tem se dado de forma lenta. Além disso, a linha corre paralela a corredores de

tráfego de alta capacidade e atravessa áreas lindeiras de baixa densidade populacional, sendo indispensável a integração

com o modal rodoviário, o que não tem se dado sem conflitos decorrentes da questão da partição tarifária.

Particularmente em relação à Contagem, a integração apresenta problemas decorrentes da localização da estação, da

articulação com o sistema viário municipal e das próprias características urbanas do município, marcadas pela profunda

fragmentação de seu espaço urbano.

Apenas após a implantação de toda a infra-estrutura prevista para a Linha 01 do metrô, que poderá contar com o Ramal

Barreiro e com duas linhas adicionais, o sistema deverá apresentar um melhor desempenho, ampliando o volume de

passageiros transportados em Contagem, o que dependerá, ainda, da integração do transporte metroviário com o

transporte urbano e com o transporte intermunicipal.

As tabelas seguintes apresentam um resumo das viagens realizadas, em dia típico de 2001, por todos os modais, por

modais motorizados e por transportes públicos.

Tabela 6-22: Viagens Realizadas por Todos os Modais. RMBH, dia típico de 2001

Destino

Origem

Belo Horizonte Betim Contagem Outros RMBH Extra RMBH Total

Belo Horizonte 3.478.389 43.944 178.801 254.711 31.388 3.987.232

Betim 44.188 277.325 27.929 13.439 3.438 366.319

Contagem 180.862 28.474 465.486 31.490 8.863 715.175

Outros RMBH 267.610 14.322 31.532 926.176 11.134 1.250.775

Extra RMBH 33.110 2.497 6.816 9.832 11.933 64.188

Total 4.004.160 366.562 710.564 1.235.648 66.756 6.383.690

Fonte: Pesquisa OD e CEDEPLAR

Tabela 6-23: Viagens Realizadas em Modais Motorizados. RMBH, dia típico de 2001

Destino

Origem

Belo

Horizonte Betim Contagem

Outros

RMBH

Extra

RMBH Total

Belo Horizonte 2.396.333 43.665 167.143 246.582 31.372 2.885.095

Betim 43.866 116.337 25.408 13.005 3.438 202.054

Contagem 169.038 26.646 207.765 30.428 8.863 442.740

Outros RMBH 250.541 13.769 30.654 309.098 11.099 615.162

Extra RMBH 33.062 2.497 6.816 9.797 11.933 64.105

Total 2.892.841 202.915 437.785 608.909 66.706 4.209.156

Fonte: Pesquisa OD e CEDEPLAR.

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Tabela 6-24: Viagens Realizadas em Transporte Público. RMBH, dia típico de 2001

Total – OD 1995 ............................................................................................................................................................

3.055.669

(Conforme Relatório 17 – base de dados: OD de viagens. Consórcio BHplanBus10

):

Destino

Origem

Belo

Horizonte Betim Contagem

Outros

RMBH

Extra

RMBH Total

Belo Horizonte 1.437.197 26.954 114.622 193.899 3.198 1.775.869

Betim 27.802 68.848 14.906 5.560 81 117.197

Contagem 115.793 15.670 124.935 22.805 827 280.029

Outros RMBH 199.564 5.856 23.371 139.680 1.830 370.300

Extra RMBH 3.999 89 457 1.701 - 6.245

Total 1.784.354 117.417 278.290 363.644 5.936 2.549.641

Fonte: Pesquisa OD e CEDEPLAR.

Gestão dos Transportes Coletivos: Aspectos da Gestão Metropolitana

Na RMBH os serviços de transportes coletivos estão atualmente organizados em várias redes independentes de caráter

quase autárquico, cada uma delas com gestão a cargo de organizações governamentais que não se articulam entre si e

que pertencem a diferentes esferas de governo.

Atualmente a gestão dos sistemas de transporte coletivos na RMBH está distribuída em três níveis:

metroviário – gerenciado pela Superintendência de Trens Urbanos da Companhia Brasileira de Três Urbanos (STU-

CBTU);

rodoviário – metropolitano, municipal e não municipalizado - são gerenciados pelo DER MG;

rodoviário municipalizado – são sete subsistemas gerenciados por Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ibirité, Santa

Luzia, Pedro Leopoldo e Ribeirão das Neves.

O transporte por ônibus é predominante e corresponde a cerca de 96% dos passageiros, enquanto que menos de 4% são

transportados por Trem Metropolitano.

Atualmente o metrô está sob a responsabilidade do Governo Federal, através da CBTU, mas em atendimento aos

preceitos constitucionais, o mesmo deverá ser transferido aos poderes locais.

Os subsistemas rodoviários são gerenciados pelo poder publico (estadual e municipal) podendo ser através de empresa

pública da administração indireta como a BHTRANS, ou como órgão da administração direta como a TRANSCON

(Superintendência da Secretaria Municipal de Transporte e Infra-estrutura).

Atualmente, por este modelo de gestão, a única integração formal existente entre os sistemas é entre o metrô e os

sistemas de ônibus em que convênio assinado entre os gestores define a chave de repartição da receita e da forma de

arrecadação, com a utilização de bilhetes de integração.

Os sistemas municipais não se articulam com o sistema metropolitano, funcionando isoladamente.

Desde maio de 2005 ficou pronto e foi entregue oficialmente aos órgãos competentes o Plano Metropolitano de

Transportes (METROPLAN), que foi realizado com financiamento do Bando Interamericano de Reconstrução e

Desenvolvimento (BIRD), contratado pela CBTU, a partir de um Termo de Referencia elaborado pelo DER MG, o que

é muito importante, considerando que o ponto crítico para a eficiência do sistema de transporte da RMBH é “...a falta de

um planejamento integrado para a região metropolitana, não só para os transportes mas para todos os níveis e setores.

Isto faz com que o sistema de transporte como um todo seja bastante articulado, não funcionando como uma rede

integrada. Os subsistemas, vistos isoladamente, funcionam dentro de uma lógica interna, mas o todo e as partes entre si

não. Há linhas de ônibus concorrentes entre si ou concorrentes com o metrô, daí a pouca integração, produzindo entre

outros efeitos sobrecarga em vias de tráfego urbano, o que gera uma irracionalidade econômica e déficit operacional.”

(Garcia, 2002, p.8)

10

Consórcio que formulou o Plano de Reestruturação do Sistema de Transporte Coletivo do Município de Belo Horizonte - BHBUS/97 (Consórcio BHplanBUS: TTC / Oficina / Dirige).

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6.5.2. GESTÃO MUNICIPAL DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

O processo de municipalização dos serviços de transporte e trânsito em Contagem iniciou-se em 1989, com a criação da

Superintendência de Transportes Urbanos (STU), na SEPLAN, quando foram tomadas as primeiras medidas para que o

Município pudesse assumir o gerenciamento dos serviços. A STU começou a gerenciar as linhas municipais. Em 1990,

foi regulamentado o Conselho Municipal de Transportes (Lei n.º 2.081, de 26-06-90), criado pela Lei Orgânica

Municipal, e aprovado o primeiro Regulamento do Serviço Regular de Transporte Público de Passageiros por Ônibus do

Município de Contagem (Lei n.º 2.101, de 02-07-1990).

No início dos anos de 1990, a Administração Municipal licitou as primeiras linhas de transporte coletivo. Em 1995,

implantou o Mecanismo de Compensação do Sistema de Transporte Público por Ônibus no Município de Contagem

(MECON).

Contagem firmou um convênio de cooperação com a BHTRANS para o gerenciamento conjunto dos serviços de táxi.

A licitação realizada naquela época ficou sob a responsabilidade da empresa da capital, mas contemplou também o

município de Contagem.

No período 1993-1996, Contagem fez parte do Fórum de Gestores de Transporte Público da RMBH, juntamente com

DER MG, BHTRANS, TRANSBETIM e DEMETRÔ, que se reunia mensalmente para discutir as questões comuns,

avaliar medidas de integração e apresentar os resultados das respectivas câmaras de compensação. As câmaras dos

sistemas intermunicipais (DER MG) e da capital faziam compensação entre si; as de Betim e Contagem funcionavam

apenas com as compensações internas.

Ao final daquele período, o estado alterou sua política de transporte intermunicipal metropolitano, o que teve grande

influência no processo de integração que se formava entre os gestores. Houve o rompimento entre as câmaras de

compensação metropolitana e da capital; o fórum de gestores extinguiu-se. Em Contagem, o Conselho Municipal não

mais se reuniu, o MECON foi desativado.

Com relação ao trânsito, todavia, o novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), instituído pela Lei nº 9.503, de 23-09-97,

inseriu os municípios como agentes importantes na sua gestão, e eles passaram a organizar os respectivos órgãos

executivos para exercerem o pleno controle sobre o trânsito; passaram a fiscalizar e recolher multas aplicadas pelos

próprios agentes no município, o que se tornou importante fonte de financiamento do sistema municipal de trânsito.

Em Contagem, foi aprovada a Lei nº 3.548, de 3 de junho de 2002, que dispõe sobre o Sistema Municipal de Transporte

e Circulação no Município, adequando a legislação municipal à federal, em especial, ao CTB. O Município assume,

então, definitivamente, o gerenciamento do transporte e circulação de pessoas, veículos e mercadorias. As leis

anteriores incompatíveis com as novas normas foram revogadas.

A lei definiu como integrantes do Sistema Municipal de Transporte e de Circulação:

o usuário;

o Conselho Municipal de Transportes;

o órgão municipal de gestão do sistema;

os concessionários, delegatários do Poder Público Municipal para execução dos serviços de transporte público de

passageiros.

a Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI), órgão colegiado responsável pelo julgamento dos recursos

interpostos contra penalidades previstas no CTB;

a Junta de Recursos de Infrações de Transporte (JARIT), órgão colegiado responsável pelo julgamento dos recursos

de infrações à regulamentação vigente;

a Comissão Julgadora de Recursos de Infrações de Transportes (COJUR), órgão colegiado responsável pelo

julgamento, em segunda instância, dos recursos de infrações à regulamentação vigente.

A lei criou ainda o Fundo Municipal de Transportes e Trânsito (FMTT), destinado a prover recursos para execução de

programas de manutenção e investimento em transporte, tráfego e trânsito.

O Sistema de Transporte Público no Município de Contagem, segundo a lei, é composto por transporte coletivo (por

ônibus e microônibus), transporte suplementar, serviço de táxi, transporte fretado e transporte escolar. Os serviços de

transporte público classificam-se em: coletivo, suplementar, especiais e individuais.

Os serviços de transporte coletivo e suplementar de passageiros podem ser explorados e executados diretamente pelo

Município, que poderá transferi-los a terceiros, mediante concessão ou permissão.

Para possibilitar a fiscalização do trânsito e regulamentar o uso de espaços públicos, foram instituídos o serviço público

de administração e exploração do sistema de estacionamento rotativo, o pátio de recolhimento de veículos e o pátio de

recolhimento de animais.

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A gestão do Sistema Municipal de Transporte e de Circulação passou a ser exercida pela Secretaria Municipal de

Transporte e Trânsito (TRANSCON), com as seguintes atribuições:

planejar e organizar os serviços de transporte, circulação e sistema viário;

promover licitações públicas para a outorga de concessão para a prestação do serviço de transporte público;

promover a integração física, operacional e tarifária entre as diversas modalidades de transporte;

gerenciar e fiscalizar os serviços;

regulamentar, especificar, medir e fiscalizar a prestação dos serviços;

garantir permanente equilíbrio econômico-financeiro dos serviços;

administrar o FMTT;

elaborar e projetos e implantar e terminais, pontos de parada, abrigos, sinalização e outros serviços e/ou

equipamentos do sistema de transporte público.

Após a promulgação da lei, o Município integrou-se ao Sistema Nacional de Trânsito; a TRANSCON assumiu a gestão

do trânsito, adaptando-se minimamente para a fiscalização, processamento e cobrança de multas; implantou o pátio de

recolhimento de veículos, administrado por terceiros, e contratou serviços de sinalização e fiscalização eletrônica.

A partir de então, a TRANSCON vem procurando adaptar sua estrutura organizacional e funcional à complexidade

sempre crescente do transporte e trânsito urbanos. Mas diversos problemas relacionados à falta de planejamento e de

diretrizes de atuação, à indefinição de prioridades para o setor resultaram numa estrutura fragilizada em que importantes

instrumentos de gestão não tinham sido ainda implantados.

O sistema de transporte coletivo continuou a ser prestado por meio de permissão a título precário. A tentativa de

licitação, em 1998, não lograra êxito. As empresas praticavam a autogestão, sem efetivo controle do Município,

agravando-se a concorrência predatória exercida pelo sistema intermunicipal.

A falta de estrutura técnica e operacional vinha comprometendo tanto a gestão dos serviços de transporte e trânsito

quanto os serviços de engenharia de tráfego.

Como não se dispõe de informações quantitativas atualizadas sobre o transporte público e sobre o trânsito, não foi

possível realizar uma avaliação adequada da operação desses serviços no município.

Projetos de Transporte e Trânsito

Na atual Administração, passada a fase inicial em que foi necessária a tomada de medidas emergenciais para que o setor

não ficasse completamente paralisado, foi formulado um plano de ações visando à retomada da gestão dos sistemas e à

implementação de projetos para curto prazo e de planejamento a médio e longo prazos.

A estratégia da TRANSCON, no sentido de reestruturar os sistemas municipais de transporte e trânsito, está

fundamentada nos seguintes pontos:

reinstalação do Conselho Municipal de Transporte;

atualização dos instrumentos normativos que regulamentam a prestação dos serviços de transporte público;

regulamentação do Fundo Municipal de Transporte;

regularização da prestação dos serviços de transporte público, mediante licitação e contratação de concessão/

permissão;

melhoria da gestão do transporte público;

melhoria do sistema de transporte coletivo;

estruturação e manutenção do sistema de gestão do trânsito;

melhoria do trânsito e adequação do sistema de circulação;

planejamento do sistema integrado de transporte;

planejamento do sistema viário;

criação de entidade autônoma para a gestão de trânsito e transportes.

Nesse sentido, algumas medidas importantes já foram tomadas ou estão em fase de execução. O conselho foi reinstalado

e tem atuado efetivamente na avaliação e aprovação dessas medidas.

Foi aprovado novo regulamento para o sistema de transporte coletivo (Decreto n.º 180, de 01 de setembro de 2005) e

realizada sua licitação. Os pontos principais da nova contratação compreenderam: adequação operacional das linhas;

integração do sistema municipal; adaptação do sistema; melhoria da frota; remuneração adequada do sistema; controle

do sistema, baseado na bilhetagem eletrônica, pelo Município.

A licitação foi formulada com base na divisão equânime do sistema (em termos de previsão de extensão de itinerários e

de frota) em duas áreas do território de forma possibilitar flexibilidade operacional. Os contratos de concessão

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definiram contrapartidas das concessionárias, incluindo: implantação de obras de reestruturação do complexo viário do

viaduto Água Branca e de outras diversas interseções na cidade (alterações geométricas): implantação e manutenção de

65% dos pontos de parada, incluindo abrigos, bancos e calçada adaptada (cerca de 700 pontos).

Atualmente, está sendo providenciada a contratação de serviços para elaboração do plano geral de um sistema integrado

de transporte para o município.

Da mesma forma, foi regulamentado (Decreto nº 375, de 18 de maio de 2006) o Serviço de Transporte Suplementar e

licitado o serviço denominado Sem Limite, destinado ao atendimento gratuito de pessoas de baixa renda, com

deficiência física, com alto grau de comprometimento que as impossibilite de utilizar veículos adaptados do sistema de

transporte público convencional no município. Sua finalidade é transportar essas pessoas para utilização dos serviços de

educação e saúde.

Foi ainda aprovado pelo Conselho o Regulamento Operacional do Serviço de Transporte Especial Escolar, que, após a

promulgação do decreto, possibilitará a licitação para regularização desse serviço.

A gestão do sistema de trânsito tem avançado mediante medidas de melhoria do trânsito, tanto por meio de implantação

de sinalização quanto de alterações e adequações do sistema viário. Entre outros, o ponto mais importante de

estrangulamento de tráfego, na Praça Cel. Costa Ferreira (Praça da Itaú), teve um novo projeto implantado.

Também estão sendo implementadas importantes atividades de educação para o trânsito, especialmente a Gincana de

Educação para o Trânsito de Contagem.

O estacionamento rotativo – que ainda depende de regulamentação – deverá ser operado inicialmente no eixo comercial

da Av. João César de Oliveira, como parte do projeto de revitalização dessa via.

Quanto à circulação, estão sendo tomadas as providências para a contratação do Plano de Classificação Viária e de

projetos de engenharia visando à melhoria do trânsito. A referência básica para esses projetos está apresentada no item

seguinte.

O Município, representado pela TRANSCON, passou participar efetivamente das discussões sobre o transporte

metropolitano, especialmente com a BHTRANS e a CBTU. Destaca-se a reformulação do terminal de integração ônibus

– metrô, no Eldorado, de cujo projeto a TRANSCON participou.

Com a evolução verificada no processo de estruturação do setor, estão sendo estudadas as medidas necessárias à

transformação da TRANSCON em entidade autárquica, com autonomia orçamentária, financeira, patrimonial e auto-

organizacional.

6.5.3. ARTICULAÇÃO VIÁRIA: PONTOS CRÍTICOS

O sistema de articulação viária de Contagem apresenta diversos pontos críticos, mencionados anteriormente, que estão

resumidos a seguir. Sua localização está indicada no Mapa 18. Foram identificados durante a realização do Seminário

Técnico, nas pesquisas de uso do solo e nos diagnósticos realizados pela TRANSCON. Foram também sugeridas

medidas para sua correção, conforme se apresenta abaixo, que deverão ser avaliadas quando da elaboração dos

respectivos projetos. A numeração pontos críticos corresponde à da legenda utilizada no mapa.

1. Complexo Viário Água Branca/ Itaú

Interseção Via Expressa/ Água Branca/ Terminal Eldorado/ Praça da Praça Cel. Costa Ferreira (Praça da Itaú).

[Ligação UP Cidade Industrial–UP Água Branca]

A interseção da Via Expressa de Contagem com o prolongamento da Av. Babita Camargos, que não possibilita o

movimento desta para a Via Expressa no sentido da Sede de Contagem, impede sua utilização especialmente para o

trânsito de carga da Cidade Industrial que se destina ao CINCO e a Betim. Há, ainda, interferência do terminal do

Eldorado, com dificuldades para a integração ônibus–metrô. As dificuldades encontradas nesta interseção se

refletem nos movimentos de trânsito da Praça Cel. Costa Ferreira (Praça da Itaú).

Medidas propostas: intervenções estruturais na interseção e alterações geométricas e de sinalização semafórica.

2. Praça João XXIII (Praça B)

[Articulação interna da UP Cidade Industrial]

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Junto com a Praça Cel. Costa Ferreira, a Praça João XXIII (ex-Praça B) transformou-se em um dos pontos mais

críticos do sistema viário municipal. A implantação de novo projeto na Praça Cel. Costa Ferreira trará

conseqüências para essa interseção, que sofrerá os reflexos da maior fluidez naquela praça. É, sem dúvida, o

próximo ponto de estrangulamento do sistema.

Medidas propostas: planejamento da circulação na região e alterações geométricas e de sinalização semafórica

na Praça João XXIII.

3. Eixo da Av. Tito Fulgêncio/ Arrudas

[Articulação interna da UA Jardim Industrial; ligação UP Cidade Industrial–RA Barreiro (BH)]

A Av. Tito Fulgêncio conecta-se com a Praça João XXIII, pois é a via preferencial de acesso à Cidade Industrial,

em Contagem, e ao Barreiro, em Belo Horizonte. Sua deterioração ambiental é evidente. Além disso, é o principal

acesso ao Hospital Santa Rita.

Medidas propostas: (i) planejamento da circulação na região e alterações geométricas e de sinalização

semafórica na Av. Tito Fulgêncio; (ii) construção de via de complementação da Av. Tereza Cristina, ao longo

do vale do ribeirão Arrudas, até o Barreiro.

4. Ligação Cidade Industrial–CINCO

Eixo: Rua Humberto Demoro/ Av. Francisco de Mattos/ Rua Rio Comprido

[Ligação UA Cidade Industrial–UA Riacho–UA CINCO]

As dificuldades encontradas na interseção da Via Expressa, na região do Água Branca, levam à utilização

inadequada do eixo da Rua Comprido, fazendo a ligação da Cidade Industrial com o CINCO.

Medidas propostas: reformulação da circulação no eixo e alterações geométricas e de sinalização semafórica na

Rua Rio Comprido e vias adjacentes.

5. Ligação BR 381–CINCO

Eixo da Av. Colúmbia

[Articulação interna da UP Riacho]

O fluxo de carga que demanda o CINCO, originário da BR 381 no sentido Betim–Contagem, tem esse trajeto como

alternativa da Via Expressa, sobretudo do tráfego que tem origem entre interseção desta com a BR 381 (trevo

próximo à USIFAST) e o limite Betim/Contagem. As condições desse acesso são inadequadas, tanto nas

aproximações e movimentos no viaduto sobre a BR 381 quanto ao longo do eixo da Av. Columbia. A situação é

agravada pelo pólo atrator de viagens na unidade da Pontifícia Universidade Católica (PUC) em Contagem.

Medidas propostas: (i) curto prazo – planejamento da circulação na região e alterações geométricas e de

sinalização semafórica no eixo da Av. Colúmbia e vias adjacentes; (ii) médio prazo – estudo global de

alternativas de intervenções estruturais para a área de influência desse eixo.

6. Transposição da BR 381: prolongamento da Av. Vila Rica até o Parque das Mangueiras

[Articulação interna da UP Inconfidentes–Bandeirantes]

A Av. Vila Rica, no Riacho, está subutilizada por falta de conexão com a da BR 381 e com a avenida de fundo de

vale no bairro Parque das Mangueiras, do outro lado da rodovia. Além da Articulação interna da UP Inconfidentes/

Bandeirantes, a criação dessa ligação permitira nova comunicação entre as regiões do Eldorado e do Industrial.

Medidas propostas: (i) elaboração de projeto e implantação do prolongamento da Av. Vila Rica (incluído

parcialmente no Convênio PMC/COPASA-200311

); (ii) estudo de circulação nas UAs Inconfidentes e

Bandeirantes.

7. Acesso ao Parque Durval de Barros

11

O convênio PMC/COPASA-2003 foi firmado em 19-12-2003, entre o Estado de Minas Gerais, a COPASA MG e o Município de Contagem, tendo por objeto a execução de obras e serviços de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário. Foram previstos 20 empreendimentos em fundo de vales, para o período 2004-2008 no valor total de R$ 116,2 milhões, com participação financeira de 70% da COPASA e de 30% do Município.

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[Ligação UA Bandeirantes–UA Jardim Riacho]

A ligação do bairro Parque Durval de Barros com o restante da região Industrial é realizada mediante seqüências de

vias inadequadas nos aspectos geométricos e de seu próprio percurso no contexto urbano.

Medidas propostas: estudo de alternativas de melhoria do acesso ao Durval de Barros, tanto a partir do bairro

Industrial quanto do Distrito Industrial Riacho das Pedras.

8. Transposição da via férrea/ Via Expressa

[Ligação UP Eldorado–UP Água Branca]

Esta passagem vem sendo cada vez mais utilizada para acesso à BR 040 e à Via Expressa. As condições das

aproximações, seja pelo Eldorado seja pelo Água Branca, não permitem fluidez do trânsito e são incompatíveis

com a função que essa travessia exerce no sistema viário.

Medidas propostas: (i) melhoria dos acessos ao viaduto, especialmente no Água Branca; planejamento da

circulação nas imediações (ii) estudo de alternativas para nova transposição da via férrea para a ligação

Eldorado–Água Branca.

9. Transposição da BR 040: ligação Água Branca–Morada Nova

[Ligação UP Água Branca–UP Ressaca]

Esta é a terceira ligação da região da Ressaca com o restante da cidade. A primeira foi a transposição no viaduto da

Av. das Américas para ligação à Sede; a segunda, a interseção da Av. Helena Costa/ Av. Severino Balesteros

Rodrigues (avenida do cór. Sarandi) com a BR 040, possibilitando o acesso à Via Expressa. A transposição

proposta visa à ligação da Ressaca, no bairro Morada Nova, com a região sul: Água Branca, Cidade Industrial e

Eldorado.

Medidas propostas: (i) elaboração de projeto completo da passagem sob a BR 040 (revisão e ampliação do

projeto existente que prevê apenas um túnel com duas faixas de tráfego) e de suas aproximações desde o bairro

Morada Nova, na Ressaca, e desde o Água Branca; (ii) revisão do projeto do prolongamento da Av. João

Gomes Cardoso de forma a adequá-lo à nova função de tráfego de passagem que a via terá de suportar; (iii)

estudo de circulação na Vila Paris, no emboque sul do túnel proposto, e adequações geométricas e sinalização

nas vias Cardeal Arco Verde e do Teleférico.

10. Pistas marginais e acessos da Via Expressa; interseção com a Av. Helena de V. Costa

[Articulação interna da UP Perobas]

O projeto da via não contemplou a construção de pistas marginais12

. Foi fixada faixa non aedificandi de largura

variável ao longo da Via Expressa e da Av. Helena de V. Costa, que, no entanto, vêm sendo ocupadas, em parte,

irregularmente. O aumento da utilização da via demanda a construção de marginais, tendo em vista a facilitação dos

usos lindeiros e a segurança do acesso às edificações. Além disso, a interseção Via Expressa/ Av. Helena de V.

Costa provoca conflitos de tráfego, especialmente nos retornos em nível nas proximidades do bairro São João (tanto

no sentido Betim quanto no sentido Belo Horizonte).

Medidas propostas: curto prazo – (i) levantamento das ocupações lindeiras e elaboração de projeto de

implantação de pistas marginais, incluindo-se as alterações necessárias na interseção da Via Expressa com seu

ramo externo (Av. Helena V. Costa); (ii) fiscalização das atividades de prestação de serviços lindeiros à via

(sobretudo borracharias) que reduzem sua capacidade a duas faixas em pontos específicos; médio prazo – (iii)

implantação das marginais e das alterações da interseção.

11. Ligação Centro–Petrolândia

[Ligação UP Sede–UP Petrolândia]

12

A Via Expressa, no trecho do viaduto do bairro Água Branca até o da Av. João César de Oliveira, foi implantada pelo Município; daí até a BR 381, pelo DER MG. Este Departamento já demonstrou interesse em delegar a gestão da via para o Município, transferindo-lhe as áreas remanescentes da desapropriação; para tanto, é importante que o DER MG promova a complementação da implantação do projeto (ver o ponto seguinte Ligação Centro – Petrolândia) e as melhorias no pavimento e no sistema de drenagem. A Av. Helena de Vasconcelos Costa, desde a Via Expressa até a BR 040, também foi implantada pelo Município.

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O viaduto existente não contempla movimentos importantes para melhoria de acesso aos bairros de ambos os lados

da Via Expressa.

Medidas propostas: elaboração de projetos complementares para a interseção acompanhados de plano de

circulação para a área de influência; articulação institucional com o DER MG para implantação das medidas.

12. Transposição Via Expressa/ ferrovia: Bernardo Monteiro

[Ligação UA CINCO–UA Bernardo Monteiro]

O estudo dessa transposição está relacionado à proposta Ponto 5, acima; visa à melhoria da ligação do Bernardo

Monteiro com a região do CINCO/ PUC.

Medidas propostas: (i) elaboração de projetos de melhoria de circulação a curto prazo; (ii) a solução definitiva

demandará projetos de intervenções estruturais para implantação a médio prazo.

13. Circulação na Área Central da Sede

[Articulação interna da UP Sede]

O centro comercial da Sede encontra-se congestionado em razão das limitações das vias locais e ao trânsito de

passagem para a região de Vargem das Flores e Município de Esmeraldas.

Medidas propostas: projeto de melhoria de circulação e das condições ambientais da área central a serem

implementadas a curto prazo. A solução do tráfego de passagem constitui a proposta seguinte.

14. Contorno da Área Central: Av. Dílson de Oliveira/ Av. Vereador Joaquim Costa/ Praia

[Ligação UP Sede–UP Vargem das Flores–UP Ressaca]

A Av. Dílson de Oliveira (do córrego Maracanã) possibilita a ligação Av. João César de Oliveira – Av. Vereador

Joaquim Costa (VM-5), mas não possibilita a retirada do tráfego de passagem para a Região Vargem das Flores e

Esmeraldas.

Medidas propostas: elaboração de projeto e implantação do prolongamento da avenida no vale do córrego

Maracanã até a região do bairro do bairro da Praia, compatibilizando essa medida com ampliação dos sistemas

de esgotamento sanitário da Sede.

15. Av. Vereador Joaquim Costa

[Ligação UP Sede–UP Vargem das Flores–UP Ressaca]

As áreas lindeiras da Av. Vereador Joaquim Costa (VM-5) vêm recebendo atividades de comércio atacadista e de

logística, com intenso trânsito de carga, o que se soma à função da via como ligação da Sede com BR 040 e

Ressaca; a limitada capacidade da via pode ser ampliada.

Medidas propostas: projeto de melhoria operacional e ampliação da caixa da Av. Vereador Joaquim Costa,

desde a Av. Dilson de Oliveira até a interseção com a rodovia BR 040.

16. Corredor Ressaca: eixo Av. Contagem/ Rua São Lourenço/ Rua Rodrigues da Cunha/ Rua Antônio S. Cunha/ Av. das Américas

[Ligação UP Vargem das Flores–UP Sede–UP Ressaca; articulação interna da UP Ressaca]

Prosseguimento da proposta do ponto anterior, a partir da BR 040; visa à melhoria do eixo Av. Contagem/ Rua São

Lourenço/ Rua Rodrigues da Cunha/ Rua Antônio S. Cunha/ Av. das Américas e da ligação da Ressaca com Belo

Horizonte.

Medidas propostas: (i) projeto de melhoria operacional, desde a BR 040 até o limite com Belo Horizonte; (ii)

reestruturação da interseção com a rodovia BR 040, complementação do viaduto e melhoria de suas

aproximações.

17. Acesso à Região Nacional

[Ligação UP Nacional–UP Ressaca]

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O principal acesso ao Nacional se dá pela Av. Severino Balesteros Rodrigues (avenida do córrego Sarandi)/ Av.

Geraldo Rocha (ex-Via Pádua); o outro, a partir da BR 040, pela Av. Wilson Tavares Ribeiro/ Rua Romualdo J. da

Silva/ Rua Santa Maria. O primeiro recebeu melhorias com a ampliação da Av. Geraldo Rocha (cuja implantação

não foi complementada); o segundo é constituído por vias com capacidade reduzida.

Medidas propostas: (i) elaboração de plano de circulação global da região e elaboração de projetos de melhoria

dos acessos; (ii) alargamento da Av. Geraldo Rocha (complementação); (iii) compatibilização das intervenções

de saneamento nos fundos de vales com o sistema viário. Essas medidas são complementadas com as propostas

apresentadas nos dois pontos seguintes.

18. Circulação principal da Região Nacional

[Articulação interna da UP Nacional]

A circulação interna da Região Nacional utiliza ruas locais, congestionando o trânsito e impedindo melhor

distribuição do tráfego. O crescimento populacional da região intensificou-se nos últimos anos, e essa tendência

deve permanecer, agravando-se a situação.

Medidas propostas: (i) elaboração de plano de circulação global da região e redefinição das vias coletoras; (ii)

compatibilização das intervenções de saneamento nos fundos de vales com o sistema viário.

19. Plano viário na área de expansão da Região Nacional

[Articulação interna da UP Nacional]

A expansão da Região Nacional, entre a BR 040 e a área atualmente ocupada, tem sido restringida por medidas

normativas de ocupação e uso do solo, em razão da necessidade de proteção de recursos naturais e da preservação

dos mananciais. A área não possui solução para esgotamento sanitário. Há, contudo, forte pressão para ocupação

dessa região, com diversos pedidos de diretrizes para parcelamento, especialmente para atividades atacadistas e de

logística.

Medidas propostas: elaboração de plano viário para a área de expansão, com definição das categorias e

diretrizes das vias, a serem obedecidas nos projetos de parcelamento do solo. O plano deve ser compatibilizado

com as medidas propostas nos dois pontos anteriores.

20. Circulação interna da Aglomeração Urbana Retiro/ Nova Contagem

[Articulação interna da UP Nova Contagem]

A aglomeração Retiro/ Nova Contagem vem passando por intensa expansão interna, com adensamento de Nova

Contagem, e externa, especialmente após a implantação do bairro Darcy Ribeiro; estende-se atualmente até o

bairro Icaivera. O sistema de articulação interna utiliza as coletoras do conjunto habitacional de Nova Contagem,

na parte norte da aglomeração, e a antiga ligação do Icaivera, ao sul da rodovia. Há dificuldades de atendimento

pelo transporte público uma vez que as condições das vias impedem a expansão e racionalização dos itinerários.

Medidas propostas: (i) plano geral de circulação e melhoria de pavimento e drenagem das vias; (ii) projeto de

melhoria das interseções na rodovia para acesso aos bairros.

Plano de Classificação Viária e Plano Municipal de Transporte

Todas as medidas apontadas acima, no entanto, não eliminam a necessidade de elaboração de um plano viário global

para a cidade (Plano de Classificação Viária), tendo em vista a orientação para futuras intervenções e as diretrizes para

parcelamento do solo no processo de expansão urbana. Paralelamente, deverá ser formulado um Plano de Transporte

Integrado para o município.

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I B I R I T É

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R A

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B E

T I

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Mapa 18: Sistema Viário Principal – Pontos Críticos, 2006

1. Interseção Via Expressa / Água Branca / Terminal Eldorado / Praça Cel. Costa Ferreira (Itaú)

11. Ligação Centro–Petrolândia

2. Praça João XXIII–Av. Cardeal Eugênio Pacelli 12. Transposição V. Expressa / ferrovia: Bernardo Monteiro

3. Eixo da Av. Tito Fulgêncio / Av. Tereza Cristina / ribeirão Arrudas 13. Circulação na Área Central da Sede

4. Ligação Cidade Industrial – CINCO: R. Humberto Demoro / R. Rio Comprido

14. Contorno da Área Central: Av. Av. Carmelita Drummond Diniz (Maracanã)–Praia

5. Ligação BR 381–CINCO: eixo Av. Colúmbia / PUC 15. Av. Vereador Joaquim Costa (VM-5)

6. Transposição da BR 381: Av. Vila Rica / bairro Parque das Mangueiras

16. Corredor Ressaca: eixo Av. Contagem / R. S. Lourenço / R. Rodrigues da Cunha / R. Antônio S. Cunha/ Av. das Américas

7. Acesso ao bairro Parque Durval de Barros 17. Acesso à Região Nacional

8. Transposição da via férrea / Via Expressa: ligação Eldorado–Água Branca

18. Circulação principal da Região Nacional

9. Transposição da BR 040: ligação Água Branca–Morada Nova 19. Plano viário na área de expansão da Região Nacional

10. Marginais e acessos da Via Expressa; interseções com a Av. Helena de V. Costa

20. Circulação interna da aglomeração urbana Retiro / Nova Contagem

Fonte: SEDUMA. Seminário técnico de revisão do Plano Diretor, 2006

Sistema Viário Principal Pontos Críticos, 2006

PMC-SEDUMA, 2006

Represa da Pampulha

1

2

3

4 5

6

7

8

9

10

11

12

13

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15

16

17

18

19

20

Represa de Vargem das Flores

Ponto crítico (Nº)

Limite municipal

Via Principal

Via Local

Ferrovia / Terminal Metrô

N

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 1 8

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96|140

6.6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS

As diretrizes gerais de proteção ambiental preconizadas pelo Plano Diretor ensejam ações e atitudes indispensáveis à

sustentabilidade do desenvolvimento do município:

instituição da bacia hidrográfica como unidade básica de planejamento e gestão ambiental;

planejamento ambiental, monitoramento da utilização dos recursos naturais e conservação de áreas definidas como

de preservação ou de controle especial;

ações de licenciamento e controle, articulando-se as políticas ambiental e urbana, tanto para a área urbana e de

expansão urbana quanto para áreas isoladas onde se exercem atividades potencialmente poluidoras ou degradadores

do meio ambiente;

gestão integrada de bacia hidrográfica, juntamente com municípios vizinhos e iniciativa privada.

O processo de crescimento da cidade, tanto por meio de adensamento de áreas ocupadas quanto por expansão da área

urbana, é condicionado pelo Plano Diretor à disponibilidade de adequada infra-estrutura, para o primeiro caso, e às

situações ambientais relativas à proteção de recursos naturais, especialmente os mananciais e a vegetação de porte

significativo, para o segundo. Em ambos os casos, o Plano Diretor leva em consideração as bacias hidrográficas e, entre

as infra-estruturas, privilegia a disponibilidade de sistemas dinâmicos de esgotamento sanitário. Esta última é uma

limitação, uma das condicionantes para ocupação mais intensiva, pois tem como princípio a preservação da qualidade

da água.

Em área urbanizada, o Plano Diretor define zonas de ocupação do solo (ZAD, ZOR, ZUI) tendo já considerado os

aspectos acima. Em ZEU, o Plano, em si, não delimita as áreas a serem preservadas, mas define as condições em que

poderá ocorrer a expansão urbana e cria instrumentos para serem utilizados nesse processo, ainda que em alguns casos

dependam de regulamentação por demandarem estudos especais.

O município ocupa áreas de cabeceiras de afluentes dos rios Paraopeba e Velhas, tendo seu território municipal dividido

em quatro unidades ambientais:

Vargem das Flores, inserida na bacia hidrográfica do rio Betim, a montante do reservatório de mesmo nome, um dos

mananciais de abastecimento de água da RMBH;

Imbiruçu, na bacia do córrego Imbiruçu, afluente do riacho das Areias, que por sua vez é afluente do rio Betim, com

a maior parte de sua área de drenagem no município de Betim;

Pampulha, na bacia do ribeirão Onça, constituída por duas bacias hidrográficas, a do córrego Bom Jesus e a do

córrego Sarandi. O primeiro é afluente direto à represa da Pampulha; o segundo junta-se ao córrego Ressaca, cuja

bacia localiza-se no município de Belo Horizonte, para desaguar na represa;

Arrudas, integrada pelas bacias dos córregos Ferrugem e Barraginha e por pequena área de contribuição direta ao

ribeirão Arrudas.

Quadro 6-4: Unidades Ambientais

Unidade Ambiental Bacia Principal Bacia Secundária Reservatório a jusante da Unidade Ambiental

Principais Sub-bacias da Unidade Ambiental

Vargem das Flores Rio Paraopeba Rio Betim Vargem das Flores Água Suja, Olaria, Morro Redondo, Betim, Bela Vista

Imbiruçu Rio Paraopeba Rio Betim - Imbiruçu, Sítio

Pampulha Rio das Velhas Ribeirão Onça Pampulha Sarandi, Bom Jesus, Luzia

Arrudas Rio das Velhas Ribeirão Arrudas - Ferrugem, Barraginha

A unidade ambiental é fundamental: quanto mais importantes para o município sejam os mananciais, maiores são os

cuidados com a ocupação de sua bacia. O grau de controle é maior em Vargem das Flores, pelo uso da água para

abastecimento público, seguida da Pampulha, em virtude da represa, e finalmente do Arrudas e do Imbiruçu,

considerando seu já elevado comprometimento com a urbanização e porque seus mananciais não contribuem para

represas ou lagos a jusante.

“Essas quatro unidades ambientais, em grande parte delimitadas pelos divisores de água das bacias hidrográficas

mencionadas, têm sido referência para o planejamento e a gestão urbanos no município de Contagem, antes mesmo da

promulgação da Lei 9433/97 que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e que adota o conceito de bacia

hidrográfica como unidade para a gestão de recursos hídricos. Elas distinguem-se em modos de ocupação urbana e em

funções econômicas e sociais que desempenham no território municipal e na região metropolitana. Com isso,

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diferenciam-se igualmente pelo potencial de desenvolvimento urbano e pelos contornos e restrições que apresentam

para tal.“ 13

A avaliação do cumprimento das diretrizes do Plano Diretor e a situação atual das condições ambientais são

apresentadas abaixo, organizadas segundo as unidades ambientais. Como o Plano considera tais condições fundamentais

para o processo de expansão e desenvolvimento urbano, apresenta-se também a evolução do planejamento ambiental e

as conseqüências de sua implementação ou não, conforme o caso. O saneamento é aqui considerado como um dos

aspectos importantes daquelas condições. O Mapa 19 e o Mapa 20 resumem a situação de implantação do planejamento

dos sistemas de esgotamento e tratamento de esgotos sanitários em 1995 e em 2005, respectivamente.

6.6.1. UNIDADES AMBIENTAIS: PLANEJAMENTO E GESTÃO

Unidade Ambiental Vargem das Flores

Esta unidade ambiental corresponde à bacia de Vargem das Flores no território de Contagem14

. No início dos anos 90,

foram formuladas as linhas gerais de um plano estratégico para a bacia que pretendia, ao longo dos 20 anos seguintes, o

desenvolvimento de políticas e implementação de programas especiais no sentido da manutenção da fonte de

abastecimento de água. O plano pressupunha: (i) o compromisso de longo prazo dos municípios de Contagem e Betim

com as políticas ambientais e urbanas a serem consolidadas na legislação ambiental e urbanística, particularmente nos

seus planos diretores; (ii) a disposição do Estado, por intermédio da COPASA15

, de realizar investimentos em

saneamento básico; (iii) a coordenação de ações integradas.

Os planos diretores de ambos os municípios definiram pela regulamentação do uso e ocupação do solo nesta unidade

ambiental por meio de leis específicas precedidas de estudos técnicos para fundamentá-las. Esses estudos deveriam, por

um lado, atualizar as informações sobre a qualidade das águas dos mananciais e da represa, como também sobre o uso e

a ocupação na bacia, e ampliar o conhecimento a respeito de fatores que influenciavam, positiva e negativamente, os

conflitos de uso constatados na bacia; por outro, reavaliar conceitos em que se baseavam medidas administrativas

públicas relativas ao uso do solo e seus impactos sobre a conservação dos recursos hídricos. Enfim, estudos que

enfocassem o assunto à luz do desenvolvimento sustentado, de forma coerente com as políticas urbanas preconizadas

nos planos diretores dos municípios.

A montagem do Programa de Saneamento Ambiental das Bacias do Arrudas e do Onça (PROSAM)16

, nos anos 90, foi

uma oportunidade para o avanço das medidas de desenvolvimento ambiental e de saneamento na bacia contribuinte à

represa de Vargem das Flores. Assim, foram incluídos no PROSAM estudos, projetos e intervenções para a proteção

dessa bacia, ainda que situada na bacia do rio Paraopeba. Justificou-se a inclusão por estar parte do esgotamento

sanitário daquela bacia prevista para ser interligada ao sistema Pampulha-Onça e por ser Vargem das Flores um

importante manancial de abastecimento de água para o aglomerado metropolitano, cuja bacia está sujeita às pressões de

urbanização que se processavam na área de abrangência do PROSAM.

Com efeito, a Administração Municipal elaborou estudos para toda a bacia – consolidados no Plano de

Desenvolvimento Ambiental de Vargem das Flores (PDA)17

–, abrangendo parte dos territórios dos municípios de

Contagem e de Betim. O PDA apresentou proposições para gestão integrada, uso e ocupação do solo, programa

integrado de licenciamento ambiental e de fiscalização, monitoramento da qualidade das águas do lago e de seus

afluentes e recuperação de áreas erodidas. Essas proposições seriam implementadas pelos municípios envolvidos e pela

COPASA.

Foi elaborado também um projeto de educação ambiental18

para Contagem a partir de estudo de percepção ambiental da

população. O projeto integrou o programa de proteção ambiental de Vargem das Flores, constituindo um “conjunto de

atividades de educação ambiental embasado na visão global do município e de suas condições ambientais, ressaltando a

compreensão das funções da área da bacia hidrográfica de Vargem das Flores” (ECODINÂMICA, 1997). Sua intenção

é a de conscientização acerca das questões ambientais e da necessidade de preservação/ conservação da região.

13

PMC / CEDEPLAR-UFMG – Contagem no novo século: módulo 2 - infra-estrutura urbana - diretrizes para o saneamento, Contagem, 2005. 14

Uma parte da bacia de drenagem para o reservatório de Vargem das Flores situa-se no território do município de Betim. 15

A COPASA é a concessionária dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do município, conforme contrato celebrado em 1974, pelo prazo de 99 anos. 16

O PROSAM teve como objetivo geral a melhoria da qualidade das águas do rio das Velhas. A maior concentração urbana na bacia desse rio, e conseqüentemente a maior concentração de poluição por esgotos, encontra-se nas sub-bacias dos ribeirões Arrudas e Onça, abrangendo todo o município de Belo Horizonte, aproximadamente a metade do território de Contagem e pequena parte do município de Sabará. Após o PROSAM, o programa teve continuidade especialmente com a construção das estações de tratamento de esgotos (ETE Arrudas e ETE Onça; esta, ainda em construção). 17

O PDA foi contratado à empresa Práxis Projetos e Consultoria Ltda. 18

O projeto foi denominado “PROVAR – Educação Ambiental em Vargem das Flores” e contratado à empresa Ecodinâmica Consultores Associados Ltda., que realizou a pesquisa de percepção e elaborou o material didático; os filmes de vídeo foram realizados pela Intervalo Cinema e Vídeo Ltda.

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Na área mais urbanizada da bacia de Vargem das Flores, onde se localiza a Sede de Contagem, foi implantado um

sistema de coleta e recalque dos esgotos para o interceptor do vale do córrego do Sarandi (bacia Pampulha-Onça),

também construído com recursos do PROSAM (Mapa 20).

Seguindo a linha proposta pelo PDA, os municípios de Betim e Contagem e a COPASA firmaram um Convênio com o

intuito de dar início ao processo de gestão integrada da bacia mediante cooperação entre eles para a implementação de

medidas necessárias ao seu desenvolvimento sustentado. As primeiras providências seriam de natureza legislativa, no

âmbito municipal, e era importante que a legislação básica para a bacia fosse elaborada em conjunto, assegurando-se

dessa forma os fundamentos propostos pelo PDA. O Convênio foi firmado em 30-09-98, com vigência de três anos.

Os compromissos assumidos no Convênio constituíram o Programa Integrado de Proteção de Vargem das Flores

(PROVAR) cuja operacionalização se faria por intermédio dos órgãos internos dos convenentes, sob a coordenação de

um Grupo Executivo constituído de representantes dos convenentes.

Foram indicadas as ações prioritárias a serem desenvolvidas: a regulamentação de uso e ocupação do solo, objetivando

a proteção da bacia, a própria implementação da gestão integrada, a adoção de providências imediatas relativas à

fiscalização e à operação de serviços públicos relevantes para a população local, o tratamento das condições

urbanísticas e sanitárias para o lazer nas margens do lago, o monitoramento da qualidade das águas. Entre as medidas

relativas ao uso e ocupação do solo foi incluída a busca de solução para os loteamentos cuja ocupação poderia

comprometer definitivamente a qualidade das águas do reservatório.

De todas essas, foram efetivadas as leis municipais de uso e ocupação do solo de Betim (Lei n.o 3.263/99) e Contagem

(Lei n.° 3.215/99), a desapropriação pela COPASA de dois loteamentos em Betim (Padre Eustáquio e Santa Rita), os

projetos de lazer na orla do lago (não implantados) e iniciaram-se os trabalhos de fiscalização integrada (suspensos,

posteriormente). A COPASA promoveria a implantação do sistema de esgotamento e tratamento de esgotos em Nova

Contagem, estudando soluções para sua ampliação de forma a atender aos loteamentos que se adensavam nas

proximidades, incluindo-se aí os bairros Tupã e Darcy Ribeiro, em Contagem, e Icaivera, em ambos os municípios.

A Lei de proteção de Vargem das Flores (Lei n.° 3.215/99), a partir dos estudos sobre vegetação do PDA, definiu Áreas

de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), visando à preservação de vegetação importante na bacia. Sua

regulamentação, no entanto, não ocorreu.

No segundo semestre de 2000, já tinha sido iniciada a construção do sistema de Nova Contagem. A Estação de

Tratamento de Esgotos (ETE) também já estava contratada para execução, dependendo apenas do licenciamento

ambiental em curso na Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM). A construção do sistema foi interrompida, tendo

sido retomada somente em 2005, com previsão de entrada em operação da estação de tratamento em 2007. Os projetos

de ampliação desse sistema estão sendo providenciados pela COPASA.

O convênio entre essa companhia e o Município, firmado em 200319

, prevê ações de tratamento de fundo de vales e

complementação de interceptores de esgotos em Nova Contagem (bacia do córrego Água Suja), como também nas sub-

bacias do córrego Ibirapitanga (obras em execução) e em alguns pequenos afluentes do córrego Maracanã (ambas na

bacia do ribeirão Betim). (Mapa 21)

Quanto à conservação e recuperação do solo, não se avançou na implementação do PDA. Uma medida importante,

porém, foi a recuperação da área do Piraquara, na Sede, próxima ao CINQUINHO (CINCO III), que passava por

processo intenso de erosão. A área foi completamente recuperada por meio de aterro de material inerte, sobretudo

entulho de construção civil, e passou a ser utilizada como pátio de recolhimento de veículos da TRANSCON (Mapa

23).

Em 26 de junho de 2006, foi criada a Área de Proteção Ambiental de Vargem das Flores (APA Vargem das Flores),

pela Lei Estadual n.° 16.197. A APA é uma unidade de conservação de uso sustentável localizada nos municípios de

Betim e Contagem, constituída pela bacia hidrográfica situada a montante do barramento do reservatório de água.

Segundo a lei, a APA será implantada, supervisionada, administrada e fiscalizada pelo Instituto Estadual de Florestas

(IEF), em articulação com a COPASA e com outros órgãos e entidades estaduais e municipais e com organizações não-

governamentais. A Lei está para ser regulamentada, quando se definirá a composição do conselho normativo e

deliberativo de forma paritária entre poder público e a sociedade civil. A expectativa é no sentido de se implementar um

sistema eficiente de fiscalização e monitoramento da bacia com a colaboração dos órgãos e entidades do estado.

19

O convênio PMC/COPASA-2003 foi firmado em 19-12-2003, entre o Estado de Minas Gerais, a COPASA MG e o Município de Contagem, tendo por objeto a execução de obras e serviços de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário. Foram previstos 20 empreendimentos em fundo de vales, para o período 2004-2008, no valor total de R$ 116,2 milhões, com participação financeira de 70% da COPASA e de 30% do Município. A base para definição dos empreendimentos fora realizada em 2001.

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Unidade Ambiental Pampulha

A unidade ambiental Pampulha corresponde à área dessa bacia, a montante da represa, em Contagem. Nos últimos anos,

houve um esforço de parte da Administração Municipal na gestão da bacia da Pampulha juntamente com Belo

Horizonte. A atuação conjunta possibilitou maior aproximação entre os municípios no programa de recuperação da

represa da Pampulha. Em 1999, foi elaborado um plano denominado Programa de Recuperação e Desenvolvimento

Ambiental da Bacia da Pampulha (PROPAM), instituindo o planejamento ambiental mediante: (i) um Plano de Gestão

com definição da entidade gestora, de ações de monitoramento e controle ambiental e do fortalecimento institucional

dos órgãos ambientais municipais; (ii) um Plano de Intervenções, constituído pelos subprogramas de saneamento,

recuperação da lagoa e educação ambiental; esses, por sua vez foram desdobrados em projetos e subprojetos. Foram

estimados os investimentos necessários à implementação do programa para os municípios de Belo Horizonte e

Contagem.

Para a elaboração do PROPAM, foram cadastrados focos de erosão, áreas degradadas e áreas sem cobertura de coleta de

esgotos, especialmente favelas, que seriam objeto de intervenções em projetos de recuperação de áreas degradadas,

urbanização de vilas e favelas e proteção de nascentes.

Após algum tempo de atuação informal do denominado Consórcio da Pampulha, foi fundada, em 2000, a Associação

Civil Comunitária da Bacia da Pampulha20

, com objetivo de recuperar e preservar a bacia. São associados os poderes

executivo e legislativo dos municípios, entidades públicas, empresas privadas e entidades da sociedade civil.

Dentre as ações previstas para Contagem apenas algumas se realizaram por intermédio da Associação, destacando-se

investimentos em proteção do solo e melhoria da qualidade das águas, viabilizados com o apoio da Agência Nacional de

Águas (ANA): implantação do Parque São Mateus e recuperação do vale do córrego da Av. Gandhi, no trecho de

montante. As ações de educação ambiental também foram importantes.

O Parque São Mateus instalou-se sobre uma área onde existia a maior erosão em região urbanizada do município,

utilizando-se para tanto resíduos inertes. Esgotada a capacidade dessa área, passou-se a recuperar outra, de propriedade

da CEASA, nas proximidades do entreposto, mas que já se encontra no limite de sua capacidade, sendo necessárias

prospecções de novas áreas com essa finalidade.

Também na bacia da Pampulha as intervenções propiciadas pelo PROSAM foram fundamentais para a evolução do

sistema de saneamento e proteção da represa. Os principais interceptores de esgotos foram implantados ao longo do

córrego do Sarandi, desde a região do Bitácula até o interceptor da margem direita da represa. Essa medida viria

possibilitar a expansão do sistema de coleta de esgotos em áreas urbanizadas da bacia e a viabilização da implantação

da estação de tratamento do sistema Pampulha-Onça, atualmente em fase final de construção (Mapa 20).

O PROSAM foi importante ainda no sentido de possibilitar a expansão urbana na unidade ambiental conforme indicava

o Plano Diretor, pois criou novo eixo de estruturação na região, mediante a construção da avenida ao longo do vale do

Sarandi até a Pampulha e a implantação do Parque do Confisco. Os novos parcelamentos do solo passaram a ter os

efluentes de seus sistemas de esgotamento sanitário conectados aos interceptores do vale do Sarandi, evitando-se,

portanto, a poluição da represa.

Na margem esquerda do lago da Pampulha, na bacia do córrego Bom Jesus (região do Nacional), foi implantado um

sistema independente de coleta de esgotos com reversão para a bacia do Sarandi. Essa foi a primeira experiência de

construção de interceptores nos vales dos córregos sem a dependência de sua canalização (Mapa 19). Embora não tenha

abrangência de atendimento para toda a área urbanizada dessa bacia, o sistema possibilitou a retirada de esgotos da

represa da Pampulha produzidos na área mais adensada naquela região.

O PROSAM possibilitou também a implantação do aterro sanitário do Perobas, com a conseqüente desativação do lixão

na área do CINCO, que era utilizado não apenas como destino final dos resíduos da coleta domiciliar, mas também de

resíduos industriais de Contagem e de municípios vizinhos. Ainda pelo programa, foi elaborado o Plano Diretor de

Limpeza Urbana que passou a ser a referência para a prestação e expansão desse serviço no município.

O atual Convênio PMC/COPASA-2003, prevê ações nas sub-bacias do Sarandi, com implantação de interceptores nos

vales dos córregos João Gomes e da avenida Gandhi (complementação), Luzia, Tapera (na área urbanizada nas

proximidades da CEASA) e dos afluentes do Sarandi (na região do Perobas), a montante. São medidas indispensáveis

ao saneamento, à proteção da represa e à urbanização de vilas que ocupam fundo de vales. Todos eles estão em fase de

projeto, com recursos para investimentos previstos no convênio. Constam ainda do convênio o saneamento do vale de

um importante afluente do córrego João Gomes (entre os bairros Colorado e Milanês) e a ampliação do sistema de

esgotamento sanitário da bacia do córrego Bom Jesus. (Mapa 21)

20

A Associação foi fundada em 28-02-2000, como entidade civil de direito privado; a criação foi autorizada pelas leis municipais n.° 3.207, de 12-07-1999, de Contagem, e n.° 7.932, de 31-12-1999, de Belo Horizonte.

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Existe ainda vegetação de porte significativo razoavelmente preservada na unidade ambiental da Pampulha, com matas

nativas e matas em regeneração (Mapa 23). É necessário, contudo, a regulamentação do uso e ocupação das áreas

ocupadas por essa vegetação, uma vez que a região sofre grande pressão para ser parcelada.

Unidade Ambiental Arrudas

A unidade ambiental Arrudas abrange a parte do território mais adensada e com a maior concentração industrial.

Compreende a bacia do ribeirão Ferrugem – que, por sua vez, é formada pelas sub-bacias dos córregos Água Branca,

Riacho das Pedras e de outros afluentes menores –, a bacia de contribuição direta ao Arrudas e a bacia do córrego da

Barraginha. A antiga Cidade Industrial e o Distrito Industrial Riacho das Pedras, juntamente com as áreas lindeiras à

Via Expressa e à BR 381, são classificadas como ZUI, segundo o Plano Diretor, e pressionam as áreas

predominantemente residenciais do entorno no sentido de substituição de uso. A qualidade ambiental dessas áreas teve

uma evolução positiva desde o início da década de 90, mas ainda são as mais poluidoras do município nos aspectos

atmosférico e hídrico decorrentes das atividades em si e do intenso tráfego de carga.

Por meio do PROSAM, a COPASA implantou os principais interceptores (nos vales dos córregos Água Branca e

Ferrugem) que viriam possibilitar que esgotos coletados nessa unidade ambiental pudessem ser conduzidos à estação de

tratamento do Arrudas, promovendo importante redução da poluição dos cursos d’água. Outras medidas em

implantação como o Caça-Esgoto21

da COPASA e o licenciamento ambiental corretivo das empresas também têm

contribuído positivamente. Os pontos críticos, no aspecto sanitário, passam a se concentrar nos vales ocupados

historicamente por vilas e favelas, cujo saneamento deve ser tratado juntamente com ações de reurbanização ainda por

serem realizadas.

O vale do ribeirão Arrudas, no trecho que delimita o município com o de Belo Horizonte, não foi incluído no

PROSAM. A canalização foi construída até a foz do córrego do Ferrugem no ribeirão. Aquele trecho é em parte

ocupado por favelas e é uma das principais áreas de risco do município. As enchentes nessa região abrangem também o

vale do Ferrugem. Uma das principais causas das inundações, agravadas pela elevada impermeabilização do solo na

bacia, é o funcionamento inadequado da confluência Arrudas–Ferrugem, conforme detectado em estudos hidrológicos

já realizados.

Desde o início da atual gestão, a Administração Municipal tem envidado esforços junto a Belo Horizonte, ao Estado de

Minas e à União, contando também com o apoio de empresas da Cidade Industrial, no sentido de obter recursos para

solucionar esse problema. Já foi realizado um primeiro estudo de concepção para o projeto e uma proposta preliminar

de composição de recursos que está sendo negociada com aqueles entes da federação. Além da sua importância para o

saneamento, o empreendimento deverá incluir uma via que permitirá o prolongamento da Av. Tereza Cristina até o

Barreiro, com funções importantes para o sistema de circulação de ambos os municípios. É fundamental que os projetos

contemplem soluções conjuntas de drenagem para o Arrudas e Ferrugem, alternativas para manutenção da calha natural

do curso d’água principal e o reassentamento da população que ocupa as margens.

O Convênio PMC/COPASA-2003 prioriza alguns vales ocupados por vilas e favelas, como o da Barraginha, o da Av.

Santa Isabel (extensão da Vila Jardim Eldorado/ Marimbondo) e aqueles situados a montante das avenidas Vila Rica e

dos Austríacos (Mapa 21). Em todos eles, porém, serão necessárias ações complementares por meio de projetos

integrados de reurbanização para melhoria da qualidade habitacional, sanitária e ambiental.

Nesta unidade do Arrudas, no bairro Jardim Industrial, também foi recuperada uma área com utilização de material

inerte, ainda que não se tenha controlado adequadamente o aterro (Mapa 23).

Poucas são as áreas com concentração de vegetação de porte em toda esta unidade ambiental. Os procedimentos que

deram resultados positivos na arborização, especialmente na Cidade Industrial, foram o da compensação ambiental,

quando da ampliação de área construída em propriedades de empresas (reposição em maior quantidade de espécimes

arbóreos pela autorização de cortes), e o incentivo à arborização de áreas não ocupadas nos grandes lotes industriais.

Unidade Ambiental Imbiruçu

De forma semelhante, a ocupação da unidade ambiental do Imbiruçu, que compreende a parte da bacia desse córrego

em Contagem, foi intensiva, restando poucas áreas de preservação, especialmente em sua porção sul, nos bairros

Petrolândia, Industrial São Luiz e São Caetano, e no Santa Helena, mais a montante. Ao norte, no bairro Tropical22

,

alguns cuidados nesse sentido foram tomados quando da aprovação do loteamento, como também no bairro Sapucaias,

de implantação mais recente. Contudo, a própria Administração Municipal, em anos anteriores, se encarregou de

21

Programa da COPASA que identifica descontinuidades nos interceptores que provocam lançamentos de esgoto em curso d’água. Seu objetivo é corrigir esse tipo de problema e levar à estação de tratamento todo o esgoto coletado. 22

Uma parte desse loteamento está na bacia de Vargem das Flores, e é constituída por lotes com área mínima de 2.000 m2. Os lotes mais a montante

vêm sendo subdivididos informalmente, aumentando a densidade de ocupação.

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promover ocupações de áreas verdes de loteamento, criando ou incentivando seu adensamento. Ainda há o que se

preservar especialmente nas áreas públicas no vale do córrego do Sítio, entre os bairros Santa Helena e Tropical – onde

se prevê a implantação de um parque – e no Sapucaias.

O sistema de interceptação de esgotos na bacia está previsto no Convênio PMC/COPASA-2003 (Mapa 21), e sua

construção possibilitará um ganho ambiental e sanitário significativo. Os esgotos deverão ser tratados na estação de

central de Betim, ainda sem previsão de implantação.

6.6.2. CONTROLE AMBIENTAL

Esgotamento Sanitário e Poluição Hídrica

As informações gerais relativas às principais estruturas dos sistemas de esgotamento sanitário foram apresentadas acima

para cada unidade ambiental e estão esquematizadas no Mapa 19 e no Mapa 20. Para avaliação do atendimento dos

sistemas e da forma de disposição dos esgotos foram utilizados dados do Censo 2000, quando os próprios moradores

informaram a situação de seu domicílio. A partir da análise desses dados identificaram-se as áreas mais críticas relativas

à proteção sanitária da população e aos aspectos relacionados com a poluição hídrica.

Os dados censitários mostram que, em 2000, em área urbana e aglomerado rural de extensão urbana, 78% dos

domicílios estavam ligados a algum sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da área (independente

de ser a rede coletora construída para esgoto sanitário ou pluvial e de ser ligação formal ou clandestina)23

.

Uma parcela de aproximadamente 16% dos domicílios estava ligada a fossas individuais sépticas ou rudimentares.

Cerca de 3% dos domicílios ligavam-se diretamente a algum curso d’água.

Da Tabela 6-25 conclui-se que, embora o percentual de ligações diretas a córregos seja pequeno, o número absoluto

aproxima-se de 4.000 domicílios (equivalentes a cerca de 15.000 pessoas). Os moradores, em grande maioria, ocupam

informalmente fundo de vales e vivem em condições sanitárias inadequadas. Somando-se àqueles os esgotamentos em

vala ou outro escoadouro, o número de pessoas que vivem naquela condição aproxima-se de 33.000.

Tabela 6-25: Tipo de Esgotamento Sanitário. Contagem, 2000

Domicílios Particulares Permanentes(1)

(DPP) Quantidade %

DPP com banheiro ou sanitário: 142.098 99,7 100,0

– esgotamento sanitário em rede geral de esgoto ou pluvial 110.875 78,0

– esgotamento sanitário em fossa séptica ou rudimentar 22.430 15,8

– esgotamento sanitário em córrego 3.961 2,8

– esgotamento sanitário em vala ou outro escoadouro 4.832 3,4

DPP sem banheiro ou sanitário 473 0,3

Total 142.571 100,0

(1) Em área urbana e aglomerado rural de extensão urbana. Fonte: IBGE, Censo 2000.

A situação dos domicílios com esgotamento em fossa é diferente para aqueles que se localizam em lotes de maiores

dimensões ou que possuem fossas sépticas: a proteção sanitária e a poluição direta de cursos d’água ficam minimizadas.

Ao passo que moradores em lotes reduzidos e cujos domicílios dispõem apenas de fossas rústicas (como ocorre, por

exemplo, em Nova Contagem, em vilas e favelas), ainda que não estejam em fundo de vale, vivem também em

condições sanitárias inadequadas.

A distribuição espacial das ocorrências de lançamento desse tipo – em córregos, valas e fossas em lotes de área reduzida

– indicam prioridades para ações de saneamento. No Mapa 22 apresenta-se a distribuição dos lançamentos em fossas e

diretamente em córregos, obtidos do Censo 2000.

Percebe-se no mapa a concentração de fossas, sobretudo na aglomeração urbana Retiro/ Nova Contagem24

, no Tupã, na

região do Nacional e na Sede. Na primeira não existia rede coletora na data do censo (atualmente, está em construção),

e a densidade demográfica em 2000 já era elevada (próxima de 130 hab./ha.).

23

A ausência de rede coletora durante muitos anos induziu ligações irregulares de esgoto na rede de drenagem pluvial.

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Na Sede, a elevada incidência de fossas deve-se, em parte, à não-ligação à rede coletora, implantada a partir 1998, por

resistência dos moradores25

. Mas o processo de ligação ainda estava em curso na data do levantamento, e o número de

ligações provavelmente já se ampliou. Por outro lado, o sistema de reversão de esgotos não abrange toda a área

urbanizada, e uma parcela dessa área é ocupada por lotes e chácaras de dimensões que não exigem sistema dinâmico

(com rede coletora) de esgotamento sanitário.

Na região do Nacional, o maior adensamento de pontos que indica uso de fossa está fora do sistema de coleta e reversão

implantado. Também neste caso ocorrem situações tanto de resistência da população em fazer a ligação domiciliar à

rede coletora quanto de ocorrência de lotes e chácaras de maiores dimensões.

O Mapa 22 representa também a concentração de poluição direta de cursos d’água por lançamentos de esgotos. As

situações mais críticas estão resumidas no Quadro 6-5.

Quadro 6-5: Esgotamento Sanitário Diretamente em Córrego. Contagem, 2000

Bacia Localização Tipo de Ocupação

Vargem das Flores Córrego Retiro e afluentes

Afluente do córrego Maracanã (Av. Dilson de Oliveira)

Vilas Estaleiro, Rato Molhado e Renascer (Nova Contagem) Vilas 18º e Funcionários (bairro dos Funcionários)

Imbiruçu Córrego da Av. Manguinhos Vilas S. Caetano e Morro Vermelho

Córrego Beija-Flor Vilas Ipanema e União

Córrego da Estiva Córrego do Sítio

Bairro Santa Helena Vila Belém

Pampulha Afluentes do Córrego São João (Sarandi) Parque São João e Vilas Santa Edwiges, Boa Vista

Córrego Tapera e afluentes Ocupações irregulares nos bairros Novo Boa Vista e Kennedy.

Córrego João Gomes e afluentes de montante Bairros Morada Nova e Colorado 2ª Seção

Córrego da Av. II Ocupação entre os bairros Milanês e Colorado 1ª Seção (Vila Av. II)

Córrego Luzia Vila União da Ressaca.

Córrego do Caju Vila N. S. Aparecida/ S. Mateus

Córrego Bom Jesus (ou Água Funda) Ocupações regulares e irregulares do bairro Xangri-lá

Arrudas Córrego da Av. dos Austríacos Ocupações Irregulares no bairro Bandeirantes (próximo ao Cemitério)

Córrego da Av. Vila Rica Vilas Vera Cruz e Vila Rica (próx. à Granja Lempp)

Córrego da Rua Vicente Carneiro Vilas da Paz e São José Operário (bairros Industrial e Jardim Emaús)

Ribeirão Arrudas (I) Vila Líder

Córrego Barraginha Vila Barraginha

Ribeirão Arrudas (II) Vilas Dom Bosco, Tereza Cristina, Santa Elizabeth e São Paulo.

Nesses trechos de cursos d’água, como não estão construídos interceptores de esgotos, toda a rede coletora da respectiva

bacia lança esgotos diretamente em córregos, agravando-se ainda mais a situação. Devem ser, por conseguinte,

prioridades para as ações de saneamento.

Licenciamento Ambiental

O licenciamento ambiental é considerado um instrumento importante para implementação das políticas ambiental e

urbana, e não apenas um processo burocrático a ser cumprido para atendimento legal. O Plano Diretor propõe a

articulação dessas políticas, utilizando o sistema de licenciamento e monitoramento ambiental como instrumento

fundamental de controle do uso do solo. Para tanto, deveria ser implantado um sistema ágil de licenciamento integrado

de atividades econômicas, mas que contemplasse critérios urbanísticos, ambientais e de desenvolvimento econômico,

tendo como meta o desenvolvimento sustentado do município.

24

A aglomeração abrange, além desses bairros, o Icaivera, o Darcy Ribeiro e outras localidades conurbadas. 25

A ligação formal à rede coletora da COPASA implica aumento da conta mensal: o valor da tarifa de esgoto, mesmo que não seja tratado, é igual ao apurado pelo consumo de água. Assim, o valor pago pelo consumidor passa a ser o dobro a partir da ligação do domicílio à rede coletora de esgoto.

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Nesse sentido, houve uma conquista de autonomia municipal, ainda que parcial, para o licenciamento ambiental por

meio de convênio de delegação firmado com o Estado e Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM). Para essa

medida, foi fundamental a criação do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAC), ainda no período de

elaboração do Plano Diretor, e da legislação ambiental municipal. Não houve, no entanto, a estruturação do setor

responsável da Administração Municipal de forma a viabilizar o controle ambiental sistemático.

6.6.3. PROTEÇÃO AMBIENTAL E ESPAÇOS PÚBLICOS

O Plano Diretor dá ênfase à necessidade de implantação de áreas públicas como parques urbanos, mas, embora tenha

havido avanço nesse sentido, o município não dispõe ainda de um sistema de parques compatível com seu estágio de

desenvolvimento. No início da década de 1990 foi criado e implantado o primeiro – o Parque Gentil Diniz – na região

da Sede, na bacia de Vargem das Flores. Posteriormente, por meio do PROSAM, foi implantado um parque linear ao

longo do vale do córrego do Sarandi, na Ressaca, o Parque do Confisco. Na área central do Eldorado, mais

recentemente, parte de área institucional foi transformada no Parque Ecológico do Eldorado. Outros parques indicados

no Plano Diretor não foram implementados, como os das pedreiras Santa Rica e do Riacho, o do Vale das Amendoeiras

(Mapa 22). Parcialmente, foram desapropriadas áreas em ambas as pedreiras, sem, no entanto, a estruturação de projetos

que viabilizassem sua implantação. Na pedreira Santa Rita, há um campo de futebol na área desapropriada. Na do

Riacho, há um grande potencial para um complexo de lazer e cultura: no seu entorno há equipamentos como o ginásio

poliesportivo e dois campos de futebol, no nível superior, e a escola (CAIC) que poderiam ser integrados ao parque. A

área do Vale das Amendoeiras é pública, e está constantemente ameaçada de ocupação.

As áreas verdes transferidas quando da aprovação e registro de parcelamento do solo não são assumidas como tal,

perdendo a população a oportunidade de ter à sua disposição espaços para lazer e recreação, e perdendo o município a

melhoria de sua qualidade ambiental. Algumas delas são indevidamente ocupadas, outras se mantêm livres, às vezes sob

vigilância da própria comunidade, como a do vale do córrego Ibirapitanga, no bairro Fonte Grande.

As áreas públicas, especialmente praças, também não são tratadas historicamente pela Administração Municipal como

locais importantes no meio urbano, destinados ao lazer, ao encontro, à manifestação da população, conforme propõe o

Plano: “ampliação dos espaços de uso público e tratamento urbanístico e paisagístico das praças existentes, buscando

sua melhor utilização como locais de convívio e lazer”. Ao longo do tempo, foram se alternando órgãos e entidades da

Administração na gestão desses espaços, mas eles permaneceram como equipamentos secundários, sem o cuidado

necessário e sem política de manutenção e ampliação.

A abrangência das áreas de proteção de mananciais, sobretudo em Vargem das Flores, exige estrutura permanente na

Administração para aplicação das políticas propostas pelo Plano Diretor, para sua gestão, monitoramento e fiscalização.

Na prática, isso não ocorre: sequer a regulamentação de áreas com cobertura vegetal importante (ARIE) foi realizada. O

mesmo acontece nas áreas de expansão urbana da Pampulha.

6.6.4. CONCLUSÕES

O Sistema Municipal de Meio Ambiente possui todo o arcabouço legal instituído: conselho, órgão próprio no Executivo

Municipal, legislação, fundo e delegação parcial para licenciamento ambiental municipal. A estrutura técnica da

Administração, no entanto, não acompanhou a crescente necessidade de se proceder à gestão ambiental de que o

município necessita.

Mas esse sistema tem por finalidade melhorar as condições ambientais do município, o que implica planejamento (aí

incluídos monitoramento e normalização), gestão, licenciamento e fiscalização. Não pode ser utilizado apenas para

licenciamento. Seria limitar e burocratizar o sistema, sem ganho significativo para o município.

O monitoramento das áreas com vegetação significativa, da qualidade da água dos mananciais, das áreas com solo

exposto foi praticamente abandonado pela Administração Municipal, apesar dos próprios investimentos em projetos que

lhe fundamentariam as ações, por meio dos programas de Vargem das Flores e da Pampulha.

A avaliação do processo de planejamento de Vargem das Flores deixa claro que a partir de 2000 a gestão integrada da

bacia não mais se realizou, embora o convênio tenha sido prorrogado em sua vigência pela necessidade de se prosseguir

com as desapropriações dos loteamentos mencionados anteriormente. A análise da qualidade das águas continua sendo

realizada pela COPASA, sem, no entanto, a avaliação periódica pelos convenentes, conforme previsto. O projeto de

educação ambiental, de fundamental importância para conscientização da população, não teve mais o apoio necessário

das administrações municipais que se seguiram. O projeto de proteção de nascentes, em conjunto com a COPASA foi

abandonado.

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Na Pampulha, a gestão da bacia por meio do consórcio intermunicipal não tem merecido a atenção necessária no início

da atual Administração. O interesse do Ministério Público na proteção da bacia tem motivado encontros entre os

municípios e o estado que podem propiciar a retomada de ações conjuntas.

A gestão dessas bacias hidrográficas tem passado por períodos de intensas articulações institucionais com os municípios

vizinhos, intercalados por outros em que essas iniciativas se esvanecem, demonstrando a descontinuidade da

implementação das políticas ambientais.

O planejamento ambiental, em geral, acompanha essa tendência, o que deixa o município sujeito a pressões que tendem

a levá-lo à situação de fragilidade no desenvolvimento dessa função cada vez mais importante na busca pelo

desenvolvimento sustentável.

O processo de licenciamento, para cumprir seu papel, deveria fornecer dados e indicadores para se proceder à avaliação

da evolução da melhoria das condições ambientais em seu aspecto mais amplo, e não o faz, pois o monitoramento

também não é realizado.

Os espaços públicos em geral, e as áreas verdes públicas particularmente, não são contemplados com a práticas que lhes

garantam a preservação e utilização adequada pela população, ficando sua gestão relegada a plano secundário. Foi

importante a criação dos três primeiros parques urbanos; ainda assim, o maior deles, Parque do Confisco, encontra-se

abandonado pela Administração há alguns anos. É fundamental a estruturação de sistema de gestão e manutenção dos

espaços públicos em geral, especialmente das praças, parques e áreas verdes de propriedade do município.

Quanto ao componente esgotamento sanitário do saneamento básico, a evolução é evidente, especialmente por meio do

PROSAM, do convênio PMC/COPASA-2003 e da implantação do Sistema Nova Contagem, mas aquém do ritmo

necessário. O Município deixou-se levar, por longo tempo, por decisões unilaterais de sua própria concessionária, sem

fazer prevalecer sua condição de poder concedente. O Plano Diretor, dentre as diretrizes de atuação do Poder Público

relativas ao saneamento básico, propõe: “avaliar o contrato de concessão dos serviços de abastecimento de água e

esgotamento sanitário, visando à introdução de mecanismos de envolvimento da instância municipal na gestão dos

serviços”; e “criar mecanismos para viabilizar a determinação sistemática do quadro sanitário e epidemiológico do

município a partir do qual as ações de saneamento sejam definidas e implementadas”. Ou seja, estava já manifestada a

preocupação com a importância do saneamento para a saúde pública, e seria necessário que o Município definisse

prioridades.

No entanto, projetos de suma importância para melhoria das condições de saúde de parcela significativa da população, e

estratégicos para ocupação responsável de seu território, foram adiados constantemente, agravando-se situações que

poderiam ter sido solucionadas há muito tempo. Um plano bem delineado, com metas e prazos definidos e acordados,

daria ao Município condição de planejar seu desenvolvimento sustentado de forma mais eficiente.

O convênio PMC/COPASA-2003 é uma oportunidade para o Município ampliar o processo de despoluição de

mananciais, elevar o percentual de tratamento de esgotos coletados, melhorar as condições habitacionais de moradores

em fundo de vales. A comparação entre o Mapa 21 e o Mapa 22 mostra claramente que as intervenções propostas visam

à solução dos pontos mais críticos de poluição por esgotos sanitários.

É importante, todavia, que o conceito adotado nos projetos daquele convênio seja reformulado quanto ao tratamento dos

vales, em todos os trechos em que as intervenções possam ser compatibilizadas com a preservação das calhas naturais.

O “controle de inundações e da poluição hídrica deve perseguir o objetivo geral de assegurar o desenvolvimento

urbano, atendendo a metas de melhoria de qualidade de vida da população e a requisitos de proteção ambiental, de

redução de riscos à saúde por condições precárias de saneamento e de riscos de inundações” (CEDEPLAR, 2005). Para

o controle de inundações deve ser estudada a utilização de bacias de detenção tanto para áreas críticas já urbanizadas

(bacia do córrego Ferrugem/ Riacho das Pedras) quanto para regiões em processo de ocupação, como medidas

preventivas (bacias do Tapera/ Sarandi e Bom Jesus).

Atenção especial deve ser dada aos projetos de tratamento de vales que não foram destinados nos respectivos

parcelamento a avenidas sanitárias (e que já possuem intensa ocupação dos lotes lindeiros) ou que foram reservados

para áreas verdes públicas. Nessa situação encontram-se, particularmente, os córregos: Ibirapitanga (no bairro da Fonte

Grande); Maracanã (a jusante da canalização atual) e afluentes; Retiro (em Nova Contagem); Sítio (no Tropical) e

Imbiruçu (a jusante da Via Expressa); Tapera (vale principal); afluente do córrego da Gangorra (no Amendoeiras); Bom

Jesus e seus afluentes (no Nacional); Arroz (no São Pedro); Arrudas (no Industrial).

No que diz respeito à redução do nível de poluição atmosférica, como propõe o Plano Diretor, não houve avanço no

controle sobre a emissão de fumaça negra pelos veículos de carga e de transporte coletivo; como também não ocorreu a

integração da gestão ambiental com o planejamento do transporte e trânsito.

Como parte do projeto da FEAM de monitoramento da qualidade do ar, duas estações de medição foram instaladas em

Contagem: uma na Praça Antônio Mourão Guimarães (Praça da Cemig), na Cidade Industrial, outra no bairro Água

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Branca. Esta última ficou sob responsabilidade da Administração Municipal e foi depredada no início dos anos 2000. A

primeira continua em funcionamento. Atualmente, está sendo viabilizada nova estação na Sede, em local próximo à

prefeitura municipal, que se integrará à Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar: Eixo Belo Horizonte/ Contagem/

Betim operada pela FEAM. O Município não acompanha esse monitoramento, como também não desenvolve programa

específico visando à melhoria da qualidade do ar.

Em síntese, o município de Contagem, pelas “suas características territoriais, seu contingente populacional, as

peculiaridades de sua economia demanda ações mais contundentes” na implementação e gestão da política ambiental.

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Sistemas de Esgotamento Sanitário e

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Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) – proposta

Interceptor principal existente sentido do fluxo

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Linha de recalque (reversão de bacia) – existente

Linha de recalque (reversão de bacia) – proposta

Limite de bacia de reversão – existente

Limite de bacia de reversão – proposta

PMC-SMDU, 2006

Fontes: . PMC-SMDU, 1995

. COPASA MG, 1995

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Represa da Pampulha

Sistema do Imbiruçu / Betim

Para a ETE - BETIM

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ETE - NOVA CONTAGEM

Para a ETE - ARRUDAS

Sistema do Bom Jesus / Pampulha-Onça

Sistema do Sarandi /

Pampulha-Onça

Sistema de Reversão da Sede

Sistema do Arrudas

Sistema de Tratamento e Reversão de Vargem das Flores

Represa de Vargem das Flores

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Mapa 20: Sistemas de Esgotamento Sanitário e Disposição de Resíduos Sólidos, 2005

Estação de Tratamento (ETE) – existente / em execução

Estação de Tratamento (ETE) – proposta

Interceptor principal existente sentido do fluxo

Interceptor principal proposto sentido do fluxo Linha de recalque (reversão de bacia) – existente

Linha de recalque (reversão de bacia) – proposta

Limite de bacia de reversão

Limite de bacia de reversão proposta

Sistemas de Esgotamento Sanitário e Disposição de Resíduos Sólidos, 2005

N

Represa da Pampulha

Área urbanizada

Divisor de bacia

Aterro Sanitário implantado

Sistema do Imbiruçu / Betim

Para a ETE - BETIM

Para a ETE - ONÇA

ETE - NOVA CONTAGEM

Para a ETE - ARRUDAS

Sistema do Bom Jesus / Pampulha-Onça

Sistema do Sarandi /

Pampulha-Onça

Sistema de Reversão da Sede

Sistema do Arrudas

Sistema de Tratamento e Reversão de Vargem das Flores

Represa de Vargem das Flores

Fontes: . PMC-SMDU, 2005

. COPASA MG, 2005

PMC-SMDU, 2006

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 2 0

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Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

Cór.

dododododododododododododododododododododododododododododododododododododododododododododododododo

Mapa 21: Tratamento de Fundo de Vales, 2004-2008

I d e n t i f i c a ç ã o d a s s u b - b a c i a s ( b a i r r o s )

1. Cór. do Retiro (Nova Contagem/ Retiro)

2. Cór. Bom Jesus e afluentes (Nacional/ Xangri-lá, Tijuca, São Mateus, Vale das Amendoeiras)

3. Cór. Tapera e afluentes (Novo Boa Vista e Kennedy)

4. Cór. Luzia (Av. Alterosa) e cór. da Av. Gandhi (S. Joaquim, V. Santa Luzia, Baln. da Ressaca, Jd. Balneário, Jd. Pérola, V. Ma. Cristina, V. União, S. Gotardo)

5. Cór. Maracanã e afluentes (Pq. Maracanã, Alvorada, C. Jesus)

6. Cór. João Gomes e afluente da Av. II (Morada Nova, Colorado e Milanês)

7. Cór. Imbiruçu e afluentes (Beija-Flor, Sapucaias, Petrolândia, Ind. S. Luiz, Tropical, Ch. Contagem, S. Helena)

8. Cór. Ibirapitanga (Fonte Grande, Canadá, Vila Itália)

9. Afluentes do cór. S. João – cór. Sarandi, a montante – (Pq. S. João e Perobas / Maria da Conceição) 10. Cór. do Arroz, afluente do cór. Água Branca (bairro S. Pedro)

11. Afluente do Riacho das Pedras ao norte – Av. S. Isabel (S. Cruz Industrial, Glória, Vila Jd. Eldorado) 12. Afluentes do Riacho das Pedras ao sul – avenidas Riacho das Pedras, dos Austríacos e Vila Rica (Jd. R. das Pedras, Bandeirantes, Vera Cruz, Granja Lempp)

13. Cór. da Barraginha (Vila Barraginha) 14. Rib. Arrudas – extra Convênio PMC/COPASA – (vilas D. Bosco, Tereza Cristina, S. Paulo; bairro S. Paulo, Jd. Industrial)

Hidrografia

Divisor de bacia

Córrego da bacia Vargem das Flores

Córrego das bacias Imbiruçu e Pampulha

Córrego da bacia Arrudas Canais: situação em 2005

Canal aberto Canal fechado

Convênio PMC/COPASA, 2004-2008

Tratamento de fundo de vale. Concluído: Em obras: Em projeto:

PMC-SMDU, 2006

0 1 2 km

E s c a l a

Tratamento de Fundo de Vales, 2004-2008 N

Represa de Vargem das Flores

Represa da Pampulha

2

1

3 4

6

5

8 7

9

10 11

12 13

14

Pampulha

Vargem das Flores

Imbiruçu

Arrudas

C o n t a g e m - M a p a 2 1

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

109|140

Mapa 22: Lançamentos de Esgotos Sanitários, 2000

(1) Quando a canalização do banheiro ou sanitário estava ligada a uma fossa séptica ou rudimentar (IBGE, Censo 2000). (2) Quando o banheiro ou sanitário estava ligado diretamente a um córrego (IBGE, Censo 2000)

Fonte: IBGE. Censo 2000.

Nota: a distribuição dos pontos na área do Setor Censitário é aleatória.

C o n t a g e m - M a p a 2 2 Lançamentos de Esgotos Sanitários, 2000

Lançamento em Córrego 2,

segundo Setor Censitário Lançamento em Fossa

1,

segundo Setor Censitário

PMC-SMDU, 2006

Sistema Viário Principal

Limite de Setor Censitário

1 ponto = 1 lançamento

Sistema Viário Principal

Limite de Setor Censitário

1 ponto = 1 lançamento

N N

PMC-SMDU, 2006

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

110|140

H O R I Z O

N T E

B E

L O

B E

L O

H

O R

I Z

O N

T E

B E L O H O R I Z

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R I B E I R Ã O

N E

V E

S

B E T I M

I B I R I T É

E S

M E

R A

L D

A S

B E

T I

M

Mapa 23: Parques, Vegetação e Áreas de Especial Interesse Ambiental, 2005

Identificação

1. Parque V. Amendoeiras (P) 9. Área do Piraquara

2. Parque do Carajás (P) 10. Parque da Fonte Grande (P)

3. Parque do São Mateus 11. Parque do Tropical (P)

4. Parque do Confisco 12. Parque do CINCO (P)

5. Reserva do Madeira 13. Parque Ecológico do Eldorado

6. Área da CEASA 14. Pedreira do Riacho (P)

7. Reserva das Perobas 15. Pedreira Santa Rita (P)

8. Parque Gentil Diniz 16. Parque do Industrial (P)

Parque implantado / reserva ecológica

Área recuperada com resíduos inertes

Parque proposto (P)

Vegetação expressiva: bacias Pampulha/Arrudas

ARIE: bacia Vargem das Flores

Parques, Vegetação e Áreas de Especial Interesse Ambiental, 2005

N

Fontes: PMC/PRÁXIS. PDA, 1997. Vegetação nas bacias Pampulha/Arrudas: Imagem de satélite, 2006.

PMC-SMDU, 2006

Represa de Vargem das Flores

Pampulha

Vargem das Flores

Imbiruçu

Arrudas

Represa da Pampulha

Via principal

Área urbanizada

Limite das Unidades Ambientais

7

11

3

1

9

10

12 13

2

5

8

16

4

6

14

15

0 1 2 km

C o n t a g e m - M a p a 2 3

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L E I T U R A T É C N I C A

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111|140

6.7. INTERVENÇÕES PÚBLICAS NA ESTRUTURA URBANA

As intervenções públicas na estrutura urbana são motivo de tratamento especial no Plano Diretor por serem estratégicas

para o cumprimento de seus objetivos, especialmente: melhoria da articulação do espaço municipal e deste com o

regional; indução da rede de centros; melhoria das condições de moradia das populações de mais baixa renda.

Um elenco de ações e intervenções no território foi proposto, e, dada a magnitude das proposições, o Plano Diretor

definiu prioridades, algumas das quais estão destacadas a seguir.

Articulação espacial

Para a melhoria da articulação espacial:

implantação da Av. Maracanã (e da sua ligação com a MG 432)

diretrizes parcialmente atendidas mediante a implantação de parte da avenida Av. Maracanã (Av. Dilson de

Oliveira), sem cumprir, contudo, a função de criar alternativa para o tráfego de passagem na Sede e de estruturar

a nova área de expansão;

implantação das avenidas Sarandi e João Gomes

diretrizes atendidas; a segunda via está sendo complementada neste ano;

implantação do prolongamento da Av. Vila Rica e da complementação da Av. Francisco Firmo de Mattos

a segunda diretriz foi implementada; a primeira, não;

complementação do sistema viário marginal e de acesso à Via Expressa Leste-Oeste

também ainda foi realizada; com o aumento recente do fluxo de veículos na via, o atendimento a essa diretriz

torna-se premente;

equacionamento do movimento de veículos de carga no interior da malha urbana

apenas recentemente iniciou-se um trabalho nesse sentido, mas sem um estudo mais amplo que possa atender a

essa necessidade e indicar soluções de maior eficácia.

Centros urbanos principais

Para implementação da diretriz de articulação espacial no que se refere aos centros urbanos principais, foram definidas

prioridades, destacando-se:

complementação do sistema viário de articulação do Eldorado com o restante do espaço municipal

a implantação da Via Expressa (com a interseção com a Av. João César de Oliveira) e da Av. Helena de V. Costa

(com a interseção da BR 040) atendeu parcialmente a essa diretriz;

dinamização do centro do Eldorado, mediante medidas de revitalização da Av. João César de Oliveira, como

melhoria da circulação de veículos e pedestres, tratamento paisagístico dos passeios, canteiros e praças,

implantação de mobiliário urbano e iluminação adequada, recuperação e definição de normas de utilização dos

passeios e fachadas

no que dependeu da Administração Municipal, pouco foi realizado; atualmente, estão sendo desenvolvidos

projetos para a revitalização da avenida;

reforço do centro do Industrial

nenhuma medida foi tomada; a demanda permanece com mais intensidade;

reforço da identidade e da autonomia da região da Sede Municipal e retirada do tráfego de passagem do sistema

viário do centro histórico

um projeto importante foi desenvolvido na década de 1990, com a aquisição e recuperação pela Administração

Municipal de algumas edificações históricas remanescentes, que são utilizadas como espaços destinados à

cultura e à preservação da memória da cidade: Casa da Cultura, Centro Cultural, Parque Gentil Diniz, Praça

Presidente Tancredo Neves; a retirada do tráfego de passagem ainda não foi realizada;

indução da formação de um centro urbano na região da Ressaca

a formação desse centro ainda não ocorreu; apesar disso, a implantação da avenida no vale do córrego do

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Sarandi, do Parque do Confisco e do Distrito Industrial Hélio Pentagna Guimarães (pólo moveleiro) são

considerados avanços importantes nesse sentido; além dessas ações, porém, não houve por parte da

Administração medidas eficazes de incentivo à iniciativa privada para incrementar a proposta;

tratamento urbanístico especial da Cidade Industrial Cel. Juventino Dias

ainda por ser realizado; há algumas indicações de retomada da ocupação de áreas subutilizadas nesse distrito

industrial, sobretudo com atividades de serviços e comércio; não se realizou, porém, ação coordenada pelo poder

público e articulada com agentes econômicos. Apenas recentemente (2005) o Estado e o Município

manifestaram interesse de atuar em conjunto na revitalização do parque industrial.

Melhoria das condições de moradia das populações de mais baixa renda

Serão objeto de ação prioritária do Executivo os assentamentos em áreas de risco, para os quais serão tomadas medidas

como:

monitoração permanente das condições destes assentamentos; reassentamento de famílias ameaçadas de risco

iminente; adoção de medidas mitigadoras nas áreas propensas a risco geológico; orientação periódica das

populações envolvidas; elaboração de inventário das áreas de risco, apontando as medidas corretivas e preventivas

a serem adotadas para as diversas situações;

apenas recentemente (2005) foi obtido apoio do Ministério das Cidades para a elaboração do Plano Municipal de

Redução de Riscos, que está em curso; anteriormente, as ações se limitavam, em geral, à retirada de famílias em

situações de risco iminente, sem um plano estruturado para tratar da questão no município como um todo. Muitas

das famílias retiradas daquelas áreas passaram a residir em imóveis alugados pela Administração, sem, no

entanto, perspectiva de solução definitiva. Atualmente, mais de 200 famílias encontram-se nessa situação, e não

há um programa estruturado de construção de moradias para atender a essa demanda (que está em crescimento).

A solução dessa questão passou a ser a prioridade da atual Administração, que está viabilizando apoio do

Ministério das Cidades para o projeto.

elaboração e execução de programa de urbanização de vilas e áreas em condições de sub-habitação, que atenda

prioritariamente àquelas que apresentem as piores condições físicas e que sejam mais populosas

a Lei n.° 2.140, de 09 de novembro de 1990, criou o Programa Municipal de Regularização de Vilas

(PROVILA). No início da década, por meio da SUDECON, foram realizadas as primeiras experiências de

urbanização e regularização de favelas no município (como as que ocorreram na Vila Francisco Mariano, em

1991, e na Vila Jardim Eldorado 1ª seção, em 1992). No final da mesma década, a Administração Municipal, por

intermédio da CONTERRA, realizou uma experiência de reconstrução de moradias em prédios de apartamentos,

limitada a um empreendimento na Vila Beatriz;

na mesma época, foi criado um programa habitacional para produção de lotes urbanizados, em convênio com a

iniciativa privada (aplicado em novos loteamentos como o Sapucaias e o Oitis), e implantado o Darcy Ribeiro,

com construção de casas. Nesses casos, não se relacionou esses empreendimentos com regularização ou remoção

de famílias de favelas. O loteamento Darcy Ribeiro, hoje consolidado, ocupou área em Zona Rural, o que tem

dificultado sua regularização, e não dispõe de sistema de tratamento de esgotos;

na atual Administração, está sendo formulado um programa de regularização, a partir de elaboração de plano

geral de urbanização em vilas e favelas, e outro para regularização de loteamentos implantados pelo poder

público (como Nova Contagem, Vila Itália, Perobas, Darcy Ribeiro, Confisco);

A atuação pública nas periferias mais carentes dispensará atenção especial a Nova Contagem, mediante: i)

elaboração e implementação de um Programa de Complementação Urbana e Recuperação Ambiental, que levará

em consideração: as características socioeconômicas e as reivindicações da população para determinar a ordem de

prioridades no atendimento das demandas de serviços e equipamentos urbanos; a estruturação interna da região

como um todo; o isolamento da região, impondo a necessidade de dotá-la de autonomia no tocante a comércio e

serviços. ii) implantação, em regime de urgência, do sistema de esgotamento sanitário.

as características da ocupação de Nova Contagem têm exigido atuação permanente por parte da Administração

Municipal ao longo do tempo, mas sem a referência um programa estruturado, como propõe o Plano Diretor.

Como resultado, além de não se reverter a situação, há permanente expansão interna, com famílias ocupando

áreas de risco, agravando-se a situação. A regularização conjunto como um todo, nos limites da área pública,

depende desse planejamento e da viabilização de acerto da questão fundiária com o estado, proprietário de

grande parte da gleba ocupada;

o sistema de esgotamento sanitário, previsto e projetado há anos, teve suas obras paralisadas, e somente neste

ano estão sendo retomadas.

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113|140

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6.8. AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS DIRETRIZES

Apresenta-se no próximo quadro, de forma simples e direta (sim ou parcialmente ou não) para fins de facilitar a

consulta, o resultado da avaliação completa da implementação das diretrizes do Plano Diretor relativas a:

proteção ambiental;

intervenção pública na estrutura urbana;

desenvolvimento econômico;

articulação do espaço urbano;

atuação nas periferias;

saneamento básico;

implementação do Plano Diretor;

planejamento e gestão da política urbana;

regulamentação do Plano Diretor.

O atendimento às diretrizes ficou muito aquém das expectativas, como se viu ao longo dos itens relativos à Leitura

Comunitária e à Leitura Técnica, quando foram analisadas as conseqüências de sua implementação ou não na estrutura

urbana, na qualidade ambiental e na prestação dos serviços relativos às funções urbanas. Ainda que não se possa dar o

mesmo peso a todas as diretrizes do Plano Diretor, ou comparar a importância para a cidade de cada uma delas com as

demais, a sistematização no quadro seguinte serve como indicativo. Observa-se que pouco mais da metade das

diretrizes não foi atendida sequer parcialmente.

É importante observar também como a grande maioria das propostas e diretrizes ainda são válidas na atualidade. Assim,

deverão permanecer após a revisão do Plano Diretor, complementadas, naturalmente, com outras decorrentes da

Conferência, como se verá nos capítulos seguintes.

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L E I T U R A T É C N I C A

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Quadro 6-6: Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor. Contagem, 2006

Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor

DIRETRIZ/ PROPOSTA ATENDIDA ATENDIDA

PARCIALMENTE NÃO

ATENDIDA

CAPÍTULO VII -DAS DIRETRIZES DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Art. 42 - São diretrizes gerais de atuação do Poder Público, relativas à proteção ambiental:

I - exercer controle efetivo sobre todas as formas de poluição decorrentes do exercício das atividades econômicas, de modo a viabilizar o processo de diversificação de usos sem prejuízo da qualidade ambiental do espaço urbano;

II - exercer controle sobre as ações de desnudação do solo e movimentos de terra, de forma a evitar o assoreamento dos corpos d’água e o desencadeamento de processos erosivos, bem como estimular a recuperação das áreas erodidas e degradadas em virtude de supressão da cobertura vegetal;

III - proteger as áreas e a cobertura vegetal consideradas de interesse de preservação; ●

IV - promover ampla arborização dos logradouros públicos; ●

V - efetivar o controle público sobre os parques, reservas ambientais e demais unidades de conservação existentes ou a serem criadas, de forma a garantir sua adequada manutenção e preservação, com cuidados especiais para a bacia de Vargem das Flores, conforme disposto no artigo 18 desta Lei;

VI - exercer controle sobre a emissão de fumaça negra pelos veículos de carga e de transporte coletivo, para reduzir o nível de poluição atmosférica, mediante integração da gestão ambiental com o planejamento do transporte e trânsito urbanos;

VII - promover ações no sentido da redução global do consumo de energia, através de normas para edificações, uso do solo e posturas; ●

VIII - respeitar os princípios e normas de proteção ambiental e evitar todas as formas de desperdício na execução das obras civis, em especial as públicas;

IX - promover a educação ambiental e assegurar o acesso da população às informações ambientais básicas sobre o município. ●

Parágrafo único - Na implementação das diretrizes de proteção ambiental, deverá o Executivo:

I - articular as políticas ambiental e urbana, utilizando o sistema de licenciamento e controle ambiental como instrumento fundamental de controle do uso do solo;

II - implantar sistema ágil de licenciamento integrado de atividades econômicas, contemplando critérios urbanísticos, ambientais e de desenvolvimento econômico, tendo como meta o desenvolvimento sustentado do município;

III - intensificar parcerias com a iniciativa privada, visando a manutenção das áreas verdes existentes; ●

IV - estabelecer associações com municípios limítrofes e com aqueles pertencentes às bacias hidrográficas dos rios das Velhas e Paraopeba ou a sub-bacias específicas, e ainda com municípios que enfrentem problemas ambientais semelhantes, visando o desenvolvimento de programas de interesse comum.

IV - implantar sistema efetivo de fiscalização do parcelamento e da ocupação do solo na bacia de Vargem das Flores e na orla da represa. ●

TÍTULO III - DAS DIRETRIZES DE INTERVENÇÃO PÚBLICA NA ESTRUTURA URBANA

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

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Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor

DIRETRIZ/ PROPOSTA ATENDIDA ATENDIDA

PARCIALMENTE NÃO

ATENDIDA

Art. 44 - A atuação do Executivo Municipal, tanto no que se refere à prestação de serviços sociais quanto ao desenvolvimento econômico, será pautada pelas diretrizes e propostas dos respectivos Planos Setoriais elaborados em conformidade com a Lei Orgânica Municipal, seguindo, no tocante ao desenvolvimento urbano, as diretrizes ora estabelecidas.

Art. 45 - São diretrizes de intervenção do Poder Público na estrutura urbana:

I - promover a melhoria da articulação do espaço municipal e deste com o espaço regional, através de:

a) indução de uma rede de centros que dê o suporte necessário à vida cotidiana da população e à diversificação da economia municipal; ●

b) distribuição espacial adequada dos equipamentos e infra-estruturas urbanas; ●

c) complementação e adequação do sistema viário e de transporte; ● II - promover a melhoria das condições de habitabilidade das áreas ocupadas predominantemente por populações economicamente carentes.

§ 1º - Para indução da rede de centros, serão adotadas medidas como: a) utilização do sistema viário e de transportes como elementos de fortalecimento dos centros existentes e de indução dos novos centros propostos;

b) utilização de incentivos urbanísticos previstos neste Plano Diretor e concessão de incentivos tributários à instalação de atividades de comércio e serviços;

c) implantação de espaços públicos destinados ao lazer, ao encontro e às diversas formas de expressão e manifestação popular, criando referenciais simbólicos positivos para a cidade;

d) melhoria da qualidade ambiental e urbanística dos centros especializados, em particular a Cidade Industrial Juventino Dias. ●

§ 2º - Para melhoria das condições de moradia das populações carentes, o Executivo municipal adotará como linhas prioritárias de atuação o controle da ocupação das áreas de risco, a reurbanização e regularização fundiária de vilas ou assentamentos não convencionais e a complementação urbana de áreas periféricas mais carentes.

§ 3º - As intervenções públicas na estrutura urbana terão como princípio fundamental respeitar e valorizar as referências locais, evitando descaracterizar ou destruir as identidades dos bairros.

Art. 46 - A implementação das diretrizes de articulação espacial e o adensamento urbano previsto exigem:

I - que sejam implantados, a curto prazo, projetos de esgotamento sanitário na bacia da Pampulha, canalizados para o interceptor existente na margem direita da represa, e em trecho da bacia de Vargem das Flores, com reversão para a bacia da Pampulha;

II - que seja complementado o sistema viário, segundo diretriz apresentada no Anexo 3, destacando-se, como obras prioritárias: ●

a) implantação da Av.Maracanã e do trecho da Via 630 entre Av. Maracanã e MG 432; ●

b) implantação das avenidas Sarandi e ...; ●

b) implantação das avenidas ... e João Gomes; ●

c) implantação do prolongamento da Av. Vila Rica e da complementação da ...; ●

c) implantação do prolongamento da ... e da complementação da Av. Francisco Firmo de Mattos; ●

d) complementação do sistema viário marginal e de acesso à Via Expressa Leste-Oeste. ●

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Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor

DIRETRIZ/ PROPOSTA ATENDIDA ATENDIDA

PARCIALMENTE NÃO

ATENDIDA

III - que seja equacionado o movimento de veículos de carga no interior da malha urbana, através da regulamentação do trânsito desses veículos e da definição de critérios que resultem na distribuição espacial adequada das atividades que envolvam o trânsito de caminhões e carretas, notadamente as empresas transportadoras.

Parágrafo único - Visando a melhoria da articulação espacial, o Executivo devirá apoiar empreendimentos que resultem na racionalização dos fluxos de veículos de cargas no espaço urbano do município.

Art. 47 - Na implementação das diretrizes de estruturação urbana, o Executivo adotará as Unidades de Planejamento definidas no Anexo 4 como unidades territoriais de referência para a concepção e implementação de políticas e intervenções setoriais, de forma integrada, nas diversas instâncias da Administração Municipal.

§ 1º - Como unidades territoriais de gestão da política urbana, as Unidades de Planejamento deverão ser adotadas também como referências para a aglutinação da população em torno das questões urbanas.

●(1)

§ 2º - As intervenções públicas, além dos objetivos setoriais específicos, procurarão ampliar a autonomia das Unidades de Planejamento e fortalecer sua estrutura interna, segundo propostas definidas com participação da população.

CAPÍTULO II - DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Art. 48 - Além das diretrizes expressas na Lei Orgânica Municipal ou em plano setorial específico, a política de desenvolvimento econômico, visando compatibilizar-se com a política urbana, deverá incluir como diretrizes:

Art. 48 - Além das diretrizes expressas na Lei Orgânica Municipal ou em plano setorial específico, ... ●

I - a busca de um padrão de desenvolvimento econômico compatível com a proteção ambiental e que seja instrumento de promoção do bem-estar social;

II - a promoção do desenvolvimento seletivo do processo de industrialização do município, pelo estímulo às atividades industriais mais dinâmicas e de maior agregação de valor;

III - o estímulo ao incremento do setor terciário da economia, buscando, além da oferta de emprego e renda, o reforço da rede de centros urbanos.

CAPÍTULO III - DA ARTICULAÇÃO DO ESPAÇO URBANO

Seção I - Dos Centros Principais

Art. 49 - Os centros serão as áreas de referência principal para intervenções que visem a articulação do espaço urbano, por se constituírem em locais privilegiados de sociabilidade e exercício da cidadania.

Art. 50 - Para implementação da diretriz de articulação espacial no que se refere aos centros urbanos principais, deverá o Executivo, em caráter prioritário:

I - promover a dinamização do centro do Eldorado, através de:

a) complementação do sistema viário de articulação do Eldorado com o restante do espaço municipal; ● b) medidas de revitalização da Av. João César de Oliveira, como melhoria da circulação de veículos e pedestres, tratamento paisagístico dos passeios, canteiros e praças, implantação de mobiliário urbano e iluminação adequada, recuperação e definição de normas de utilização dos passeios e fachadas; (1)

Adotadas apenas no Orçamento Participativo de 2005.

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Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor

DIRETRIZ/ PROPOSTA ATENDIDA ATENDIDA

PARCIALMENTE NÃO

ATENDIDA

II - induzir a expansão do centro do Eldorado em direção à área de confluência das avenidas Olímpio Garcia, Humberto Demoro, Francisco Firmo de Mattos e Vila Rica, na interseção das Unidades de Planejamento Eldorado, Riacho e Inconfidentes/ Bandeirantes,

III - reforçar o centro do Industrial, através da melhoria das condições ambientais e de circulação, tratamento paisagístico e implantação de mobiliário urbano adequado ao longo da Rua Tiradentes e implantação de área de lazer na Pedreira Santa Rita;

IV - reforçar a identidade e a autonomia da região da Sede Municipal, estimulando a expansão, dinamização e melhoria da qualidade ambiental de seu centro, mediante:

a) retirada do tráfego de passagem do sistema viário do centro histórico, pelo ordenamento da circulação de veículos, conclusão da Av. Maracanã e complementação de seu sistema viário, evitando a construção de vias de grande porte;

b) melhoria do funcionamento da área como sede do governo municipal, através da implantação de um centro administrativo que aglutine os diversos órgãos da Prefeitura e órgãos públicos estaduais e federais;

c) preservação da vegetação de porte dos quintais e das edificações de valor histórico; ●

d) ampliação dos espaços de uso público e tratamento urbanístico e paisagístico das praças existentes, buscando sua melhor utilização como locais de convívio e lazer;

V - induzir a formação de um centro urbano na região da Ressaca, através de:

a) complementação do sistema viário de articulação interna e externa desta região; ● b) melhoria da circulação ao longo do eixo Av. Contagem/ Rua São Lourenço/ Rua Rodrigues da Cunha/ Rua Antônio S. Cunha/ Av. das Américas;

c) estímulos urbanísticos e tributários à instalação de atividades de comércio e serviços ao longo e nas imediações das vias principais. ● Parágrafo único - Os centros citados nos incisos II e V serão adotados como áreas preferenciais para a implantação de equipamentos comunitários de abrangência microrregional, em particular equipamentos de saúde e de lazer, equipamentos administrativos e postos de serviços públicos.

Art. 51 - A Cidade Industrial Juventino Dias, na condição de pólo principal da cidade, receberá tratamento urbanístico especial no sentido de sua transformação em espaço de referência positiva para o município, através de medidas prioritárias que promovam sua humanização, recuperação ambiental e diversificação, dentre as quais:

I - redução dos níveis de poluição; ● II - estímulos à utilização dos espaços ociosos e à instalação de gêneros mais vantajosos em relação a geração de empregos e qualidade ambiental;

III - estímulos à implantação de atividades terciárias de apoio à população, em locais e instalações adequadas; ●

IV - preservação de edificações de valor histórico ou arquitetônico; ●

V - melhoria geral da circulação de veículos, para beneficiar o pedestre e reduzir o nível de poluição atmosférica e sonora, bem como tratamento dos passeios, visando sua adequação como espaços de circulação de pedestres;

VI - construção de espaços abertos de uso coletivo, que sejam acessíveis e dotados de mobiliário urbano adequado, como as praças formadas no cruzamento das vias principais, em especial a Praça da CEMIG, cujo tratamento levará em conta sua importância como centro de referência da Cidade Industrial.

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Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor

DIRETRIZ/ PROPOSTA ATENDIDA ATENDIDA

PARCIALMENTE NÃO

ATENDIDA

Seção II - Do Sistema Viário e de Transportes

Art. 52 - O sistema viário e de transporte de Contagem constitui-se em elemento fundamental de indução/ conformação da estrutura urbana, em relação ao qual são diretrizes gerais de atuação do Poder Público:

I - desenvolver as ações setoriais buscando, simultaneamente, a melhoria da estruturação urbana e da qualidade ambiental da cidade; ●

II - atuar na circulação priorizando o transporte coletivo, o pedestre e o portador de deficiências e minimizando os conflitos gerados pelo transporte de cargas;

III - garantir a articulação do sistema viário e de transporte municipal com o sistema viário e de transporte regional, estadual e federal; ●

III - otimizar o aproveitamento dos investimentos no setor, objetivando reduzir investimentos futuros. ●

§ 1º - O Poder Público Municipal deverá exigir sua participação na definição de diretrizes e propostas de infra-estrutura viária, de transporte e trânsito de âmbito regional, estadual ou federal que tenham interferência direta ou indireta no seu território ou com sua população.

§ 2º - O Poder Público deverá promover a elaboração e garantir a implantação de um plano de transporte de carga urbano. ●

§ 3º - O Executivo Municipal deverá garantir o acesso da população às informações e sua participação nas decisões referentes ao planejamento, ao gerenciamento, à operação e à fiscalização dos diversos modos de transporte, da infra-estrutura viária e do trânsito.

Art. 53 - São diretrizes específicas de atuação do Poder Público em relação ao transporte coletivo:

I - planejar, implementar e gerenciar o sistema de transporte coletivo em compatibilidade com as demandas existentes e com a diretriz de indução da rede de centros proposta;

II - assegurar a qualidade do transporte e a tarifa a níveis compatíveis com o poder aquisitivo da população; ●

III - implantar sistemas de capacidade intermediária ou alta capacidade no município; ●

IV - garantir a implantação de infra-estrutura que permita a melhor condição possível de integração modal e intermodal; ●

V - definir fontes de recursos extratarifários para o financiamento do sistema de transporte coletivo. ●

Art. 54 - São diretrizes específicas de atuação do Poder Público em relação ao sistema viário:

I - estabelecer o Plano de Classificação Viária - PCV de modo a assegurar as articulações indicadas no Anexo 3 desta Lei; ●

II - propiciar a melhoria da acessibilidade às diversas áreas do município, em condições de segurança e conforto, com vistas à integração do espaço municipal e articulação das diversas Unidades de Planejamento;

III - garantir a implantação da infra-estrutura viária de transporte e trânsito; ●

IV - definir programas periódicos de manutenção das vias e demais dispositivos que compõem o sistema de transporte e trânsito. ●

Parágrafo único - O Executivo Municipal deverá, quando da implantação de vias novas, assegurar tratamento compatível com as áreas lindeiras, evitando a segregação de áreas urbanas.

Seção III - Dos Equipamentos Públicos de Uso Coletivo

Art. 55 - Na implantação dos equipamentos públicos de uso coletivo, além da demandas específicas e das necessidades de hierarquização e regionalização dos serviços oferecidos, serão observados os seguintes critérios:

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Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor

DIRETRIZ/ PROPOSTA ATENDIDA ATENDIDA

PARCIALMENTE NÃO

ATENDIDA

I - os equipamentos públicos para serviços urbanos e aqueles destinados à realização de eventos culturais deverão, em virtude de sua capacidade de aglutinação, ser utilizados como elementos de indução ou de fortalecimento da rede de centros, conforme disposto no artigo 50 desta Lei;

II - os postos de serviços públicos freqüentemente procurados, como postos telefônicos, postos de correios e telégrafos, centros de saúde e postos de abastecimento alimentar, deverão ser implantados no interior ou nas imediações dos centros das diversas Unidades de Planejamento, com o objetivo de reforçá-los;

III - na localização de equipamentos destinados ao ensino fundamental, serão consideradas as barreiras físicas impostas pelas vias principais, de modo a serem evitados riscos decorrentes de travessias obrigatórias;

IV - os equipamentos de abrangência municipal, bem como aqueles que impliquem grande afluxo de pessoas, como estádios de futebol, centros de convenções ou áreas de grandes eventos populares, ou grande movimentação de veículos de cargas, deverão localizar-se nas imediações das rodovias e principais vias de ligação regional do município: BR 040, Via Expressa Leste-Oeste/ Av. Água Branca/ Av. da Integração e Rodovia Fernão Dias;

V - os grandes equipamentos de âmbito supramunicipal terão como localização preferencial a região da fazenda da Tapera, utilizando-se da acessibilidade da área.

Art. 56 - O Executivo promoverá a criação de espaços públicos de lazer, mediante a execução de um Programa de Parques Urbanos e Áreas de Lazer que beneficie de preferência as áreas densamente ocupadas ou passíveis de adensamento, adotando como espaços de ação prioritária a Pedreira do Riacho, as áreas remanescentes da implantação da Av. Francisco Firmo de Mattos, a área da Pedreira Santa Rita e o parque urbano do Confisco, ao longo da Av. Sarandi.

Art. 56 - O Executivo promoverá a criação de espaços públicos ..., adotando como espaços de ação prioritária a Pedreira do Riacho, as áreas remanescentes da implantação da Av. Francisco Firmo de Mattos, a área da Pedreira Santa Rita...

Art. 56 - O Executivo promoverá a criação de espaços públicos ... e o parque urbano do Confisco, ao longo da Av. Sarandi. ●

CAPÍTULO IV - DA ATUAÇÃO NAS PERIFERIAS

Art. 57 - Serão objeto de ação prioritária do Executivo os assentamentos em áreas de risco, para os quais serão tomadas medidas como:

I - monitoração permanente das condições destes assentamentos; ●

II - reassentamento de famílias ameaçadas de risco iminente; ●

III - adoção de medidas mitigadoras nas áreas propensas a risco geológico, tais como controle da ocupação e do adensamento, execução de obras de contenção de encostas e consolidação de terrenos, quando necessárias e tecnicamente viáveis;

IV - orientação periódica das populações envolvidas em situações de risco. ●

Parágrafo único - O Executivo deverá elaborar um inventário das áreas de risco, que permita identificar a natureza e a intensidade do risco verificado em cada área, além de efetuar estudos geológico e hidrológico, visando apontar as medidas corretivas e preventivas a serem adotadas para as diversas situações.

Art. 58 - O Executivo deverá elaborar e executar um programa de urbanização de vilas e áreas em condições de sub-habitação, que atenda prioritariamente aquelas que apresentem as piores condições físicas e que sejam mais populosas.

Art. 59 - A atuação pública nas periferias mais carentes dispensará atenção especial a Nova Contagem, mediante:

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Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor

DIRETRIZ/ PROPOSTA ATENDIDA ATENDIDA

PARCIALMENTE NÃO

ATENDIDA

I - elaboração e implementação de um Programa de Complementação Urbana e Recuperação Ambiental, que levará em consideração: ●

a) as características sócio-econômicas e as reivindicações da população, para determinar a ordem de prioridades no atendimento das demandas de serviços e equipamentos urbanos;

b) a estruturação interna da região como um todo, tomando o sistema de drenagem, a topografia e demais condições do meio natural como fatores determinantes das medidas de preservação, das possibilidades de articulação e de ocupação;

c) a distância e o isolamento da região, impondo a necessidade de dotá-la de autonomia no tocante a comércio e serviços, em especial abastecimento alimentar;

II - implantação, em regime de urgência, de projeto de esgotamento sanitário das áreas ocupadas, com reversão dos esgotos, buscando dotá-las de infra-estrutura de saneamento básico sem maior comprometimento da qualidade da água de Vargem das Flores.

CAPÍTULO V - DO SANEAMENTO BÁSICO

Art. 60 - São diretrizes gerais de atuação do Poder Público relativas ao saneamento básico:

I - assegurar o acesso universal da população às ações e serviços de saneamento, associado a programas de saúde pública e educação sanitária, em consonância com as normas de proteção do meio ambiente;

II - promover o controle de vetores e de reservatórios de doenças transmissíveis, visando a prevenção de conseqüências danosas à saúde e a garantia de condições de higiene e conforto;

III - articular, com os municípios vizinhos, o planejamento das ações de saneamento; ●

IV - estimular o desenvolvimento e aplicação de tecnologias e soluções alternativas de saneamento, visando o atendimento de assentamentos não convencionais;

V - criar mecanismos para viabilizar a determinação sistemática do quadro sanitário e epidemiológico do município a partir do qual as ações de saneamento sejam definidas e implementadas;

VI - avaliar o contrato de concessão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, visando à introdução de mecanismos de envolvimento da instância municipal na gestão dos serviços;

VII - avaliar o sistema tarifário vigente e buscar compatibilizar a relação entre os valores da tarifa e a renda do usuário. ●

Art. 61 - O Poder Público deverá assegurar o abastecimento de água de qualidade compatível com os padrões de potabilidade e em quantidade suficiente à higiene e conforto.

Parágrafo único - Na implementação da diretriz expressa no caput, deverá o Poder Público:

I - atender prioritariamente os bairros que não disponham de rede de distribuição de água; ●

II - efetuar as ampliações necessárias nos bairros e vilas já parcialmente atendidos, buscando a totalidade e regularidade do atendimento. ●

Art. 62 - São diretrizes específicas relativas ao esgotamento sanitário:

I - assegurar a coleta e disposição adequada dos esgotos sanitários; ●

II - atender prioritariamente os bairros e vilas existentes nas bacias da Pampulha, Arrudas, Imbiruçu e na área da bacia de Vargem das Flores cujos esgotos serão revertidos para a bacia da Pampulha, com sistema dinâmico de coleta, incluindo a implantação de interceptores;

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Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor

DIRETRIZ/ PROPOSTA ATENDIDA ATENDIDA

PARCIALMENTE NÃO

ATENDIDA

III - atender as regiões ocupadas da bacia de Vargem das Flores, localizadas fora da área na qual os esgotos serão revertidos para a bacia da Pampulha, especialmente a região de Nova Contagem/ Retiro, com sistemas adequados, compatíveis com a preservação da bacia;

IV - implantar os interceptores necessários com o mínimo de intervenção nos fundos de vale, evitando-se a canalização dos córregos para esta finalidade.

Art. 63 - São diretrizes específicas para a limpeza urbana:

I - assegurar a adequada prestação dos diversos serviços de limpeza urbana, garantindo a manutenção de sistema de coleta, tratamento e destinação final do lixo domiciliar e de logradouros públicos;

II - assegurar, através de ações de controle e fiscalização, que a coleta, transporte e disposição final dos resíduos sólidos especiais, definidos nos termos da Lei n.° 2.627/94, a serem executados sob a responsabilidade dos produtores desses resíduos, não venham comprometer a qualidade ambiental;

III - promover a descentralização das atividades de limpeza, especialmente no que se refere às unidades de destinação final, visando a ampliação, redução dos custos e o incremento da produtividade dos serviços;

IV - promover a associação de soluções de destinação de resíduos sólidos inertes com a recuperação de áreas degradadas, sempre que comprovada a viabilidade técnica;

V - incluir nos programas de educação ambiental, com enfoque especial, temas relativos à limpeza urbana, visando a participação ativa da população na manutenção da limpeza da cidade;

VI - estimular o desenvolvimento de programas que visem a redução, reutilização e a reciclagem dos resíduos sólidos urbanos. ●

Art. 64 - São diretrizes específicas para a drenagem urbana:

I - implantar sistemas de drenagem que asseguram o controle de inundações, com a adoção de práticas que impliquem menor intervenção no meio natural;

II - promover a recuperação e a preservação dos fundos de vale, incorporando-os à paisagem urbana, de forma que sejam compatibilizados com o sistema viário e que permitam a implantação de interceptores de esgoto sanitário;

III - promover tratamento urbanístico e paisagístico nas áreas remanescentes da canalização de fundos de vale, através da implantação de áreas verdes e de lazer.

TÍTULO IV - DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR

CAPÍTULO I - DOS INSTRUMENTOS DE IMPLEMENTAÇÃO

Art. 65 - São instrumentos de implementação do Plano Diretor:

I - a legislação urbanística do município; ●

II - os Planos Plurianuais de Investimento e os orçamentos anuais; ●

III - a Lei de Diretrizes Orçamentárias ●

IV - a legislação tributária do município, na sua dimensão extrafiscal. ●

Art. 66 - Os Planos Plurianuais de Investimento conterão as intervenções prioritárias definidas pelo planejamento global da cidade, relativas à implantação de infra-estrutura e de novos equipamentos estruturantes.

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Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor

DIRETRIZ/ PROPOSTA ATENDIDA ATENDIDA

PARCIALMENTE NÃO

ATENDIDA

Art. 67 - Os instrumentos de política tributária, além de seu aspecto fiscal, deverão cumprir função complementar aos instrumentos urbanísticos, visando atingir os objetivos de desenvolvimento urbano e ordenamento territorial definidos nesta Lei, de acordo com as seguintes diretrizes:

I - nas AIURB-3 e nas áreas de matas nativas de preservação permanente, serão previstos mecanismos compensatórios à limitação de ocupação e uso do solo, através de redução nas alíquotas dos tributos;

II - buscando estimular a rede de centros do município, serão previstos mecanismos de incentivo ao investimento privado, através da redução das alíquotas dos tributos;

III - os usos não conformes e aqueles cuja ocorrência esteja sujeita a restrições impostas pela legislação urbanística deverão ser penalizados pela elevação das alíquotas dos tributos;

IV - nas áreas onde os investimentos públicos motivem expressiva valorização dos imóveis, será prevista a cobrança de Contribuição de Melhoria;

V - nas áreas de estoque especulativo de terrenos e, em particular nos distritos industriais de iniciativa do Poder Público, onde existam terrenos subutilizados, serão previstos mecanismos de penalização através da tributação progressiva no tempo, nos termos do artigo 32 desta Lei.

CAPÍTULO II - DO PLANEJAMENTO E GESTÃO DA POLÍTICA URBANA

Art. 68 - O Executivo deverá assegurar que os diversos segmentos da sociedade civil tenham participação efetiva na gestão da política urbana e no processo de monitoração do Plano Diretor, tanto no que diz respeito a aspectos normativos quanto à aplicação de recursos destinados a melhorias urbanas.

Art. 69 - A coordenação das ações decorrentes do Plano Diretor é competência do órgão municipal de desenvolvimento urbano, que terá como atribuições:

I - promover e coordenar a elaboração de estudos, normas, planos e projetos urbanísticos necessárias à implementação das diretrizes do Plano Diretor;

II - propor e estruturar sistema de informações necessárias ao planejamento do desenvolvimento urbano; ●

III - promover ações públicas de intervenção na estrutura urbana do município, em articulação com os órgãos da Administração Municipal cujas áreas de atuação sejam correlatas ou afins;

IV - opinar previamente sobre programas e projetos dos vários órgãos da Administração Municipal que tenham repercussão na estrutura urbana;

V - acompanhar sistematicamente as ações do Poder Público e da iniciativa privada na implementação das diretrizes do Plano Diretor; ●

VI - avaliar sistematicamente os impactos das ações decorrentes do Pano Diretor, indicando eventuais necessidades de correção; ● VII - promover a participação da sociedade civil na formulação e fiscalização da execução de políticas públicas referentes ao desenvolvimento urbano.

Art. 70 - O Executivo promoverá, anualmente, a Conferência Municipal de Política Urbana, com o objetivo de avaliar a condução do processo de implementação do Plano Diretor, avaliar seus impactos e propor alterações nas diretrizes do Plano.

Parágrafo único - Participarão da Conferência Municipal de Política Urbana a Comissão Permanente de Uso do Solo e os conselhos municipais de Transportes e Meio Ambiente, bem como representantes das Administrações Regionais e Unidades de Planejamento. ●

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Avaliação do Atendimento às Diretrizes e Propostas do Plano Diretor

DIRETRIZ/ PROPOSTA ATENDIDA ATENDIDA

PARCIALMENTE NÃO

ATENDIDA

Art. 71 - O Executivo deverá manter atualizadas as informações municipais referentes a dados físico-territoriais, cartográficos e sócio-econômicos, inclusive aqueles de origem externa à Administração Municipal, com o objetivo de subsidiar a monitoração do Plano Diretor.

Parágrafo único - As informações disponíveis serão detalhadas, periodicamente publicadas e colocadas permanentemente à disposição dos órgãos informadores e usuários.

TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 73 - O Poder Executivo deverá promover a regulamentação do Plano Diretor nos seguintes prazos máximos a contar da publicação desta Lei:

I - Uso e Ocupação do Solo: seis meses; ●

II - Classificação Viária: seis meses; ●(2)

III - Proteção Ambiental: seis meses; ●(3)

IV - Proteção do Patrimônio Cultural: seis meses; ●(3)

V - Área de Proteção de Mananciais: doze meses; ●(3)

VI - Concessão onerosa de autorização para construções acima do Coeficiente de Aproveitamento Básico: seis meses; ●(3)

VII - Parcelamento e Edificação Compulsórios: seis meses. ●

(2) Atendida apenas na Lei n.° de Uso e Ocupação do Solo, para fins de localização de atividades

(3) Atendida, ainda que fora do prazo previsto

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7. DIRETRIZES PARA A REVISÃO DO PLANO DIRETOR

APROVADAS PELO FÓRUM GESTOR

7. DIRETRIZES PARA A REVISÃO DO PLANO DIRETOR

O Fórum Gestor da 1ª Conferência Municipal de Política Urbana reuniu-se em 12 de setembro de 2006 e definiu as

diretrizes para a revisão do Plano Diretor. Os principais pontos considerados, a partir do diagnóstico obtido das leituras

comunitária e técnica, foram os seguintes:

que o Plano Diretor de Contagem, aprovado em 1995, só passou a surtir efeitos em 1998, com a promulgação da Lei

de Uso e Ocupação do Solo;

que o processo de planejamento urbano no município foi interrompido após a entrada em vigor do Plano Diretor e

da Lei de Uso e Ocupação do Solo;

que, em decorrência da estagnação do processo de planejamento urbano, diversas disposições do Plano Diretor não

foram regulamentadas, assim como, em sua grande maioria, as diretrizes de estruturação urbana do município não

foram implementadas;

que, neste período de vigência/ implementação limitada do Plano Diretor, os problemas urbanos e ambientais se

aprofundaram no município, constituindo-se em interesse da Administração Municipal a adoção de uma política

habitacional consistente e condizente com princípios e critérios de desenvolvimento ambiental;

que, apesar de aprovado há mais de dez anos, o Plano Diretor de Contagem não perdeu atualidade em seus

fundamentos, essencialmente voltados para a promoção do desenvolvimento sustentado do município;

que, embora anterior a 2001, o Plano Diretor de Contagem é afinado com os princípios, diretrizes e instrumentos de

política urbana instituídos pelo Estatuto da Cidade e contém os principais instrumentos aplicáveis à realidade

municipal, mantendo-se, portanto, atual em relação ao marco regulatório da política de desenvolvimento urbano;

que a gestão participativa proposta no Plano Diretor não foi implementada, o que fere o princípio da gestão

democrática da cidade preconizado pelo Estatuto da Cidade e adotado pela atual Administração Municipal.

Assim, o Fórum decidiu que a revisão do Plano Diretor de Contagem seria pautada pelas seguintes diretrizes.

1. Manutenção dos princípios fundamentais e objetivos estabelecidos pelo Plano Diretor.

2. Manutenção da estrutura geral do Plano Diretor vigente (Lei n.° 2760/95).

3. Manutenção da proposta de estruturação urbana contida no Plano Diretor, efetuando as adequações requeridas

pelo crescimento urbano e pelas alterações ocorridas após 1995.

4. Estabelecimento das diretrizes para a Política Municipal de Habitação, prevendo Áreas Especiais para oferta de

habitação de interesse social.

5. Não expansão do Perímetro Urbano na bacia de Vargem das Flores além dos ajustes necessários à sua

atualização em razão da ocupação consolidada.

6. Revisão do Perímetro Urbano da aglomeração urbana Retiro/ Nova Contagem, adequando seu

macrozoneamento à realidade socioeconômica e físico-territorial da área.

7. Atualização do Macrozoneamento, considerando a evolução da expansão urbana do município e incorporando

a legislação da Área de Proteção de Mananciais (APM) de Vargem das Flores.

8. Revisão das diretrizes de uso do solo na Zona Rural, com vistas à promoção do desenvolvimento sustentado na

bacia de Vargem das Flores.

9. Promoção dos ajustes que se fizerem necessários ao texto do Plano Diretor, de modo a adequá-lo aos

dispositivos regulamentares do Estatuto da Cidade.

10. Em complementação aos instrumentos de política urbana constantes do Plano Diretor, instituição dos

instrumentos previstos no Estatuto da Cidade:

– Direito de Preempção,

– Consórcio Imobiliário e

– Operação Urbana Consorciada.

11. Criação de instância de gestão participativa, visando à gestão democrática da política urbana e monitoramento

do Plano Diretor.

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8. PROPOSTAS DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR

APROVADAS NA CONFERÊNCIA, EM 23 DE SETEMBRO DE 2006

8. PROPOSTAS DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR

INTRODUÇÃO

As propostas foram elaboradas considerando-se as orientações do Fórum Gestor. Assim, sua formulação abrange,

particularmente: alterações decorrentes da evolução da expansão urbana, tanto no Macrozoneamento quanto nas Áreas

Especiais; diretrizes de intervenção na estrutura urbana, atualizando-as e acrescentando aquelas prioridades que a

realidade municipal requer; formulação de princípios e diretrizes para a política habitacional, considerando que sua falta

tem levado a população de menor renda a ocupar áreas impróprias à moradia, sem acesso a infra-estrutura e serviços

públicos; gestão da política urbana; adequação ao Estatuto da Cidade, e adoção de instrumentos urbanísticos

complementares aos já existentes, nos aspectos considerados relevantes para atendimento dos objetivos gerais do Plano

Diretor. Foi mantida a proposta de estruturação urbana contida no Plano Diretor para o município.

As demais disposições do Plano Diretor e da Lei da APM, que o complementa, não incluídas nas presentes propostas

foram mantidas.

As propostas foram, então, encaminhadas previamente aos delegados, tendo em vista a realização da etapa final da

Conferência, quando seriam apreciadas e votadas.

A etapa final iniciou-se com a 1ª Plenária Geral, na qual foi aprovado o Regulamento que orientou os trabalhos. Em

seguida, os delegados distribuíram-se em quatro Plenárias Temáticas para discussão e avaliação das propostas (estas

foram agrupadas em quatro grandes temas). As propostas e as emendas aprovadas nas Plenárias Temáticas foram

levadas à 2ª Plenária Geral, quando foram votadas pelos delegados.

Os agrupamentos temáticos são:

Ordenamento Territorial;

Diretrizes de Intervenção Pública na Estrutura Urbana;

Políticas Setoriais;

Habitação.

As propostas aprovadas estão apresentadas a seguir.

8.1. ORDENAMENTO TERRITORIAL 26

MACROZONEAMENTO

Trazer para o Plano Diretor o zoneamento da Lei de Uso e Ocupação do Solo, com os seguintes ajustes:

1. Aglomeração Urbana Retiro/ Nova Contagem: revisão do perímetro urbano, de modo a incorporar os loteamentos

implantados nessa área após a promulgação do Plano Diretor.27

(Mapa 25)

2. Áreas limítrofes à Cidade Industrial: revisão do zoneamento das áreas já comprometidas com atividades

consideradas usos incômodos.

3. Eldorado: revogação do zoneamento Zona Adensável 2 (ZAD 2), que admite chegar ao Coeficiente de

Aproveitamento (CA) = 3, retornando-o para ZAD 1, em que o CA máximo = 2. (O sistema viário local não tem

capacidade para receber o adensamento resultante do CA = 3).

4. Av. José Faria da Rocha: revogação do zoneamento ZAD 3, que admite chegar ao CA = 4, retornando-o para

ZAD 2, em que o CA máximo = 3. As condições geométricas da via são incompatíveis com o adensamento

previsto para o zoneamento ZAD 3.

5. Bairros nas regiões da Sede Central Parque, Camilo Alves, Nossa Senhora do Carmo e Jardim Riacho, cujo

zoneamento foi alterado de ZAD para Zona de Adensamento Restrito (ZOR) (no Central Parque) e ZOR 2 (no

26

Obs. – Alterações aprovadas na 2ª Plenária Geral de Delegados: o texto sublinhado refere-se a adição ou substituição; o tachado, a supressão. 27

Além do perímetro urbano, esta proposta levou à única alteração de limites das Unidades de Análise e de Planejamento; foram modificadas as unidades de Nova Contagem e Vargem das Flores.

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Jardim Riacho): revogação dos zoneamentos ZOR (por ser inaplicável) e ZOR 2 (especificidade da bacia da

Pampulha, conforme o Plano Diretor), e classificação dos mesmos como Áreas de Relevante Interesse

Comunitário (ARIC) para impedir a verticalização das edificações e regular os usos não-residenciais.

Fixar para esses bairros os parâmetros das leis especiais neles vigentes, que vigorarão enquanto as ARICs

incidentes sobre os mesmos não forem regulamentadas.

6. Zoneamento da Bacia de Vargem das Flores: incorporar ao Plano Diretor as zonas e áreas especiais instituídas

pela Lei n.° 3.215/99, que rege o uso e ocupação do solo na Área de Proteção de Mananciais (APM).

7. Área classificada como Zona de Expansão Urbana 4 (ZEU 4), na bacia de Vargem das Flores, próximo ao bairro

do Retiro:

7.1 – Alterar o zoneamento para ZEU 3.

7.2 - Prever a possibilidade de loteamento nesta área com lote mínimo de 360m², desde que o seu esgotamento

sanitário seja projetado e aprovado mediante sua interligação ao sistema de esgotos da Estação de Tratamento de

Esgotos (ETE) de Nova Contagem.

7.3 - Prever a possibilidade de instalação, nesta área, de usos não admitidos pela legislação da Área de Proteção de

Mananciais (APM), desde que seu efluente seja conectado à rede de esgoto interligada à Estação de Tratamento de

Esgotos de Nova Contagem.

8. Substituir a redação do § 5º do artigo 12 por: “Após implantado sistema de reversão de esgotos devidamente

aprovado, em área classificada como ZEU 2 ou ZEU 3 a área poderá ser utilizada como ZEI-1, respeitados os

critérios específicos estabelecidos para parcelamento e ocupação do solo da bacia onde esteja situado.

9. Prever que as zonas representadas no mapa de Macrozoneamento constante do Plano Diretor sejam precisamente

delimitadas quando da revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo.

10. Estabelecer que as alterações no zoneamento do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo sejam feitas

somente de quatro em quatro anos, quando da revisão destes instrumentos segundo processo de gestão

democrática.

ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE URBANÍSTICO (AIURB)

11. Atualizar a listagem constante do § 1° do art. 16, nela incluindo o Parque Urbano Gentil Diniz, o Parque

Ecológico do Eldorado, o Parque Linear da Avenida Teleférico e a área de lazer do bairro São Mateus, todos

existentes, e acrescentando, como propostas, o Parque do Bitácula, no CINCO, morro da Gafurina e a Reserva

Biológica do Perobas, anexa ao aterro sanitário.

12. Rever a delimitação da AIURB 2, retirando o trecho já comprometido com usos impactantes de grande porte

incompatíveis com os objetivos desta área.

13. Estabelecer que a regulamentação da AIURB 3 do centro histórico de Contagem será efetuada por Lei específica

de iniciativa do Executivo, elaborada com participação ativa da população, e que essa Lei conterá a delimitação

precisa da área, estando sua aprovação condicionada a parecer favorável do Conselho Municipal de Cultura e do

Patrimônio Ambiental e Cultural de Contagem (COMPAC).

14. Estabelecer que novas AIURB 3 poderão ser criadas por leis específicas de iniciativa do Executivo, elaboradas

com participação ativa da população, e que essas leis deverão ser auto-aplicáveis, estando sua aprovação

condicionada a parecer favorável do COMPAC.

ÁREAS DE RELEVANTE INTERESSE COMUNITÁRIO (ARIC)

15. Instituir Áreas de Relevante Interesse Comunitário (ARIC) nos bairros em que, por reivindicação da população,

através de canais institucionalizados de participação, os parâmetros urbanísticos do zoneamento sejam rebaixados

mediante Lei para preservar características da paisagem local estando estas áreas sujeitas a medidas

compensatórias para o município.

TRANSFERÊNCIA DE POTENCIAL CONSTRUTIVO

16. Definir como potencial construtivo do terreno a área máxima edificável, equivalente ao produto da área do terreno

pelo Coeficiente de Aproveitamento Básico (CAB) da zona em que esteja situado. Considerar como potencial

construtivo máximo passível de ser transferido a diferença entre o potencial construtivo do terreno e a área

construída no mesmo terreno.

OPERÇÃO URBANA CONSORCIADA

17. Prever no Plano Diretor a utilização do instrumento Operação Urbana Consorciada para promover a ocupação

ordenada de áreas do município e/ ou a regularização fundiária, especialmente na sub-bacia do córrego Bom Jesus

e em área adjacente situada na bacia de Vargem das Flores.

DIRETRIZES DE LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA

Page 127: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

P R O P O S T A S D A C O N F E R E N C I A

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

127|140

18. Inserir no Plano Diretor diretriz prevendo que a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo se dê no sentido do

aprimoramento, flexibilização e simplificação das normas de uso e ocupação do solo, com vistas à agilização do

processo de licenciamento de edificações e atividades.

DIREITO DE PREEMPÇÃO

19. Inserir capítulo prevendo a utilização do instrumento Direito de Preempção, nos termos previstos no Estatuto da

Cidade, para viabilizar a aquisição de áreas pelo poder público.

20. Prever possibilidade de aplicação do instrumento em AIS 2.

21. Fazer estudos nas ocupações irregulares consolidadas na bacia de Vargem das Flores visando a promover a

regularização fundiária das mesmas.

8.2. DIRETRIZES DE INTERVENÇÃO PÚBLICA NA ESTRUTURA URBANA 28

INTERVENÇÕES VIÁRIAS PRIORITÁRIAS

Atualizar a proposta de sistema viário constante do Plano Diretor, indicando como prioridades:

1. Implantação do prolongamento da Av. Maracanã e do trecho da Via 630 entre Av. Maracanã e MG 432;

2. Implantação do prolongamento da Av. Vila Rica e da transposição da BR 381: Av. Vila Rica/ Parque das

Mangueiras;

3. Complementação do sistema viário marginal e de acesso à Via Expressa de Contagem (Via Expressa Leste-

Oeste), Bernardo Monteiro e ao CINCO;

4. Interseção Via Expressa de Contagem (Via Expressa Leste-Oeste)/ Água Branca/ Terminal Eldorado/ Praça da

Itaú;

5. Transposição da BR 040: ligação Água Branca–Morada Nova;

6. Elaboração e implantação de sistema de articulação viária interna e externa da Região Nacional;

7. Complementação da Av. Tereza Cristina, no vale do ribeirão Arrudas.

8. Incluir como prioridade para o município a implantação do trecho do rodoanel (anel de contorno da aglomeração

metropolitana) que liga a BR 040 à MG 010 (Linha Verde)

8.1 Estudar alternativa de ligação viária do município de Contagem ao Pólo Acrílico - Ibirité.

SISTEMA VIÁRIO E DE TRANSPORTES

9. Prever a elaboração do Plano Viário Municipal (em substituição ao Plano de Classificação Viária previsto no art.

54, I).

10. Prever a implantação de terminais de passageiros para facilitar o embarque para viagens intermunicipais e

interestaduais da população de Contagem.

11. Prever a implantação de ciclovias nos projetos de tratamento de fundos de vales e sistema viário de modo geral.

12. Incluir proposta de Plano de Transporte Urbano Integrado, nos termos do Estatuto da Cidade (§ 2º do art. 41), que

prevê esta obrigação para municípios com população maior que 500.000 habitantes.

CENTROS PRINCIPAIS

13. Incluir diretriz prevendo o reforço do centro do Petrolândia, através da melhoria das condições ambientais e de

circulação, tratamento paisagístico e implantação de mobiliário urbano adequado ao longo da Rua Refinaria

Gabriel Passos, bem como da indução de implantação de atividades econômicas às margens da Via Expressa de

Contagem (Via Expressa Leste-Oeste) e implantação de áreas de lazer.

IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR

Planejamento e Gestão da Política Urbana

14. Rever o capítulo sobre gestão da Política Urbana, no sentido de incorporar a atuação dos diversos Conselhos da

área urbana.

15. Criar o Conselho de Política Urbana, com participação da sociedade civil.

16. Alterar a concepção da Conferência Municipal de Política Urbana, segundo um conceito mais participativo, e

ampliar o intervalo de sua realização para quatro anos.

28

Obs. – Alterações aprovadas na 2ª Plenária Geral de Delegados: o texto sublinhado refere-se a adição ou substituição; o tachado, a supressão.

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128|140

17. Prever, como instrumentos de implementação do Plano Diretor, os Planos Diretores Regionais, caracterizados

como planos de desenvolvimento, com prioridade para a aglomeração urbana Retiro/ Nova Contagem.

18. Dar destaque ao processo de monitoramento do desenvolvimento urbano como instrumento fundamental do

processo de planejamento e avaliação da política urbana prevista no Plano Diretor.

19. Instituir mecanismos destinados à redução da informalidade e facilitação do acesso da população à regularidade,

tais como:

simplificação e divulgação da legislação urbanística e edilícia;

promoção do acesso aos serviços de arquitetura e engenharia públicas

estímulo a maior participação da população na construção da cidade formal

institucionalização de sistema eficaz de fiscalização da ocupação e do uso do solo no município.

8.3. POLÍTICAS SETORIAIS

29

ÁREA DE PROTEÇÃO DE MANANCIAIS (APM)

1. Rever os usos permitidos na Área de Proteção de Mananciais, buscando ampliar o elenco das atividades não

conflitantes com a proteção dos mananciais, a serem admitidas na Zona Rural, em conformidade com a legislação

ambiental.

2. Propor um Plano de Desenvolvimento Sustentado para a Bacia de Vargem das Flores.

ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE)

3. Instituir Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) para áreas de propriedade pública ou particular, que, por

concentrarem remanescentes florestais expressivos e contínuos, são especialmente importantes para a preservação

de mananciais.

PROTEÇÃO AMBIENTAL

4. Incluir no Plano Diretor disposição relativa à elaboração do Programa Municipal de Educação Ambiental, de

forma participativa, em consonância com a política nacional de educação ambiental.

SANEAMENTO BÁSICO

5. Estabelecer diretriz prevendo a elaboração de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

6. Propor a ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário e da ETE Nova Contagem de forma a contemplar toda a

aglomeração urbana Retiro/ Nova Contagem.

7. Propor solução de esgotamento sanitário para as áreas ocupadas no município, especialmente nas bacias de

Vargem das Flores e Pampulha não atendidas pelos sistemas existentes.

8. Prever solução de esgotamento sanitário para futuros empreendimentos no município.

9. Propor a elaboração de um Plano de Drenagem Urbana.

10. Promover a proteção e a recuperação das nascentes, bem como a revitalização dos córregos do município,

evitando-se, ao máximo, a canalização dos mesmos.

TURISMO

11. Inserir no Plano Diretor um capítulo contendo diretrizes de política de desenvolvimento do Turismo no município.

12. Prever a elaboração de um Plano de Desenvolvimento do Turismo.

13. Prever um projeto um plano de requalificação urbana e ambiental para a orla da represa de Vargem das Flores.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

14. Incluir no Plano Diretor diretriz prevendo a indução de um pólo de integração metropolitana na região da Ressaca,

tirando partido das potencialidades da região conferidas pela CEASA e pela proximidade da UFMG e do Parque

Tecnológico de Belo Horizonte.

15. Prever no Plano Diretor a elaboração e implementação de um Plano de Desenvolvimento Econômico para o

município.

16. Promover a implantação de um centro de eventos de âmbito regional no município.

17. Prever mecanismos que coíbam especulação imobiliária em áreas industriais subutilizadas; por ex: IPTU

progressivo/ parcelamento de área.

29

Obs. – Alterações aprovadas na 2ª Plenária Geral de Delegados: o texto sublinhado refere-se a adição ou substituição; o tachado, a supressão.

Page 129: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

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129|140

18. Garantir a articulação do município com outras esferas de governo para viabilizar a melhoria de acesso, ao

CINCO, como estratégia de desenvolvimento econômico (ligação da BR 381 à região do Parque Fernão Dias).

8.4. HABITAÇÃO 30

ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL (AIS)

1. Criar as seguintes categorias de AIS:

AIS 1: áreas públicas ou particulares ocupadas por assentamentos habitacionais precários de interesse social

(vilas, conjuntos habitacionais ou loteamentos populares) nos quais haja interesse público em promover a

regularização urbanística e fundiária.

AIS 2: áreas com terrenos não edificados ou imóveis subutilizados ou não utilizados, onde haja interesse

público em produzir empreendimentos habitacionais de interesse social, não podendo localizar-se em ZEU 2,

ZEU 3 ou ZUI 1. Sua permissão na ZEU 4 ficará condicionada à interligação ao sistema ETE de Nova

Contagem.

2. AIS 1

Inserir no Plano Diretor o mapeamento das AIS 1 até o momento identificadas.

Estabelecer que a regulamentação do parcelamento, uso e ocupação do solo na AIS 1 será definida em Lei

municipal, que, além de estabelecer normas especiais de parcelamento, ocupação e uso do solo para as AIS 1,

atualizará os limites das áreas constantes do PD e poderá incluir novas áreas, desde que comprovadamente

existentes na data da promulgação da Lei de revisão do PD.

Estabelecer que a regularização de cada AIS 1 será feita por Decreto.

Estabelecer que a delimitação de novas áreas como AIS 1 (desde que comprovadamente existentes na data da

promulgação da Lei de revisão do PD) poderá ser feita a qualquer momento por decreto do Executivo.

Estabelecer que, até ser aprovada a Lei de regulamentação das AIS 1 , serão adotadas para essas áreas as

normas da Zona Residencial Especial (ZRE), criada pela Lei do PROVILA.

3. AIS 2

Instituir a figura da AIS 2 no Plano Diretor, prevendo que o estabelecimento de normas especiais de

parcelamento, ocupação e usos do solo, assim como o mapeamento das áreas inseridas nesta categoria no PD,

seja objeto da Lei de regulamentação.

Estabelecer no Plano Diretor que, após a promulgação da Lei de regulamentação citada no item acima, novas

AIS 2 poderão ser criadas:

por Lei (quando da revisão do PD e da LUOS);

por Decreto, desde que a área seja de propriedade do poder público;

por Decreto, no caso de área de propriedade particular, desde que haja anuência do proprietário.

Estabelecer que a inclusão de áreas na categoria AIS 2, na forma prevista no item anterior, ficará subordinada

aos critérios estabelecidos pela Política Municipal de Habitação e à anuência do Conselho Municipal de

Habitação.

Prever que a regulamentação da AIS 1 e da AIS 2 levará em conta as diferenças de zoneamento, considerando

bacias hidrográficas.

4. Parcelamento e Edificação Compulsórios

Incluir a AIS 2 como área passível desse instrumento.

Prever a utilização do Consórcio Imobiliário para os casos de Parcelamento e Edificação Compulsórios.

5. Atuação nas Periferias

Rever este capítulo do Plano Diretor, de modo a ampliar o conceito das intervenções propostas para a

aglomeração urbana Retiro/ Nova Contagem, no sentido do desenvolvimento integrado dessa área.

Prever um plano geral de circulação para a aglomeração urbana Retiro/ Nova Contagem.

POLÍTICA HABITACIONAL

Inserir no Plano Diretor um capítulo sobre a política municipal de habitação, incluindo:

6. Objetivo Geral

30

Obs. – Alterações aprovadas na 2ª Plenária Geral de Delegados: o texto sublinhado refere-se a adição ou substituição; o tachado, a supressão.

Page 130: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

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130|140

Promover a ampliação da oferta habitacional e a melhoria das condições de habitabilidade para os segmentos

populacionais de baixa renda.

7. Conceitos

Política Municipal de Habitação de Interesse Social é um conjunto de objetivos, princípios, diretrizes e

instrumentos de ação que expressem o entendimento da comunidade sobre como deve orientar-se o poder

público local para promover o acesso à moradia adequada por parte do segmento populacional de baixa renda.

Habitação Adequada é aquela que atende às condições mínimas de qualidade, funcionalidade e segurança,

encontra-se regularizada e localiza-se em local com acesso a infra-estrutura e serviços urbanos bem como a

serviços de saúde, educação, lazer, comércio e a oportunidades de geração de renda.

Habitação de Interesse Social é aquela destinada à população de baixa renda, promovida diretamente pelo

poder público ou com sua expressa anuência por meio de ações ou programas que envolvam algum nível de

subsídio estatal.

Assentamentos Habitacionais Precários de Interesse Social são aqueles:

cuja população moradora é constituída predominantemente de famílias de baixa renda;

onde haja a presença de fatores que caracterizam precariedade do ponto de vista físico-ambiental ou

jurídico-legal;

onde haja interesse público em promover ações de requalificação urbanística e a regularização fundiária.

8. Princípios

Garantir o acesso à habitação adequada como a realização de um direito social de todos os cidadãos.

Reconhecer o Estado, especialmente na esfera municipal, como coordenador da política habitacional e

articulador de seus agentes provedores.

Garantir a sustentabilidade ambiental, social e econômica nas ações da Política Municipal de Habitação de

Interesse Social.

Democratização da gestão da Política Municipal de Habitação.

Respeito ao cumprimento da função social da propriedade urbana.

9. Diretrizes

Promover a articulação da Política Municipal de Habitação de Interesse Social com as políticas urbanas e

sociais.

Garantir adequada inserção dos empreendimentos de habitação de interesse social na cidade, considerando o

interesse ambiental e estimulando a diversidade social na ocupação do território urbano.

Promover a abordagem integrada e a participação popular no planejamento, execução e avaliação das ações da

Política Municipal de Habitação de Interesse Social, inclusive por meio do Conselho Municipal de Habitação e

de comissões locais.

Garantir fontes estáveis e permanentes de recursos para o fundo municipal de habitação, por meio da

destinação sistemática de recursos municipais – para isso utilizando instrumentos tributários, como o IPTU, e

urbanísticos, como a outorga onerosa e outros - e da captação de recursos externos.

Investir no estabelecimento de parcerias consistentes com o setor privado e as demais esferas do poder

público.

Investir no monitoramento e avaliação da situação habitacional no município.

Promover ações que contemplem:

a regularização fundiária e a requalificação urbanística dos assentamentos habitacionais precários de

interesse social, incluindo a recuperação de áreas de risco, controle urbano e manutenção de obras públicas;

a ampliação da oferta de moradia para segmentos populacionais de baixa renda por meio de aplicação de

instrumentos urbanísticos, estímulo à produção privada, apoio a iniciativas de autoconstrução e produção

habitacional em autogestão e mutirão, por meio da promoção de serviços de arquitetura e engenharia

públicas e do acesso ao financiamento habitacional subsidiado;

a locação, aquisição ou produção de imóveis residenciais assim como a adequação para o uso habitacional

de edifícios não-residenciais subutilizados;

o reassentamento de famílias removidas - por risco ou obra pública - em condições justas e dignas.

10. Plano Municipal de Habitação de Interesse Social

Prever que seja elaborado e aprovado no Conselho Municipal de Habitação o Plano Municipal de Habitação de

Interesse Social contendo diagnóstico da situação habitacional do município assim como princípios, diretrizes,

objetivos, metas, indicadores, linhas de atuação, programas, instrumentos legais, recursos e fontes para a

Política Municipal de Habitação.

Page 131: I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA€¦ · Tabela 6-7: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Contagem, 1991-2000 ... séries consecutivas: pontos inicial e final

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131|140

8.5. MAPEAMENTO DAS PRINCIPAIS DIRETRIZES DE INTERVENÇÃO PÚBLICA

As diretrizes propostas para intervenções públicas na estrutura urbana, estratégicas para cumprimento dos grandes

objetivos do Plano Diretor, foram avaliadas durante o processo da conferência, desde os seminários técnicos até as

proposições finais, passando pelas pré-conferências. As principais, e ainda não implementadas total ou parcialmente,

foram mantidas e atualizadas, outras, incorporadas. No Mapa 24 apresentam-se esquematicamente as principais delas,

destacando-se articulação viária, requalificação de centros urbanos e espaços públicos de uso coletivo e saneamento, em

especial drenagem e esgotamento sanitário.

O Sistema de Unidades Territoriais para Planejamento, com as alterações propostas está apresentado em conjunto no

Erro! Fonte de referência não encontrada., compreendendo: Unidades Ambientais, Regiões, Unidades de

Planejamento e Unidades de Análise.

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

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H O R I Z O

N T E

B E

L O

B E

L O

H

O R

I Z

O N

T E

B E L O H O R I Z

O N T E

D A S

R I B E I R Ã O

N E

V E

S

B E T I M

I B I R I T É

E S

M E

R A

L D

A S

B E

T I

M

Mapa 24: Propostas de Intervenções Públicas na Estrutura Urbana, 2006

PRINCIPAIS PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES PÚBLICAS NA ESTRUTURA URBANA

1 Circulação viária na região do Nacional: plano viário/melhoria A Requalificação do centro da Ressaca

2 Via de contorno do centro da Sede: projeto/construção B Requalificação do centro da Sede

3 Ligação via de contorno – R. V. Joaquim Rocha (VM-5): adequação C Requalificação do centro do Petrolândia

4 Rua V. Joaquim Rocha (VM-5): alargamento D Requalificação do Centro do Eldorado/Av. João César de Oliveira

5 Interseção da BR 040: melhoria/ampliação E Requalificação da Av. Francisco Firmo de Mattos

6 Corredor principal da Ressaca: melhoria F Requalificação da Cidade Industrial

7 Anel Viário Norte: construção com condicionantes ambientais (DNIT) G Pedreira do Riacho – Centro de Lazer

8 Vias marginais e interseções da Via Expressa: construção/melhoria H Requalificação do centro do Industrial (Av. Tiradentes)

9 Via de ligação à BR 381: projeto/construção I Pedreira Santa Rita – Centro de Lazer

10 Transposição da BR 040 (túnel) e acessos: construção/melhoria X Ampliação do sistema de esgotos de Nova Contagem

11 Transposição da ferrovia (Eldorado/Água Branca) : melhoria W Ampliação do sistema de esgotos do Nacional

12 Complexo viário Água Branca/Cid. Industrial: construção/melhoria Y Ampliação do sistema de esgotos da Sede

13 Ligação Av. F. F. de Mattos – Bairro Santa Cruz: projeto/construção Z Ampliação do sistema de esgotos do Tropical

14 Ligação rodovia BR 381 – CINCO: melhoria I Plano de desenvolvimento integrado e de recuperação ambiental aglomeração urbana Retiro/ Nova Contagem

15 Ligação Inconfidentes – Bandeirantes (Av. V. Rica): projeto/construção

16 Via do vale do Arrudas: projeto e construção II Plano de Ocupação do Solo da Bacia do Córrego Bom Jesus

Tratamento de vales do convênio PMC/COPASA (Mapa 21) Tratamento dos vales: Arrudas/Ferrugem e Maracanã (contorno do centro)

Propostas de Intervenções Públicas na Estrutura Urbana, 2006

N

C o n t a g e m - M a p a 2 4

Represa da

Pampulha

Nacional

Ressaca

Sede

Vargem das Flores

Petrolândia

Eldorado

Industrial

Represa de Vargem das Flores

1

2

3

4

5 6

7

10

11

12

13

14

15

16

8

A

C

E

G

H

X

Y

Z

I

II

B

D

F

I

W

9

Limite municipal

Via principal

Área urbanizada

Lagoa ou represa

Propostas:

Sistema viário - implantação / melhorias

Requalificação de centros / corredores de atividades. Centros de lazer:

Ampliação de sistema de esgotos sanitários

Plano de urbanização / ocupação do solo

Fundo de vale: drenagem / esgoto. ETE:

PMC-SEDUMA, 2006

0 1 2 km Fontes: SEDUMA. Seminário técnico de revisão do Plano Diretor, 2006; propostas da Conferência, 2006

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

133|140

H O R I Z O

N T E

B E

L O

B E

L O

H

O R

I Z

O N

T E

B E L O H O R I Z

O N T E

D A S

R I B E I R Ã O

N E

V E

S

B E T I M

I B I R I T É

E S

M E

R A

L D

A S

B E

T I

M

Mapa 25: Unidades de Planejamento e Unidades de Análise, 2006

Unidade de Planejamento (UP) - Nº e Nome

1. Cidade Industrial 7. Perobas 2. Industrial 8. Ressaca 3. Inconfidentes / 9. Nacional Bandeirantes 10. Sede 4. Riacho 11. Petrolândia 5. Eldorado 12. Nova Contagem 6. Água Branca 13. Vargem das Flores

Unidade de Análise (UA) - Nº e Nome

1. Cidade Industrial 15. São Joaquim 2. Jardim Industrial 16. Confisco 3. Industrial 17. CEASA 4. Inconfidentes 18. Boa Vista 5. Amazonas 19. Tapera 6. Bandeirantes 20. Estrela Dalva 7. Riacho 21. Nacional 8. Jardim Riacho 22. Bom Jesus 9. Eldorado 23. Sede 10. CINCO 24. VM-5 11. Água Branca 25. Bernardo Monteiro 12. Perobas 26. Petrolândia 13. Colorado 27. Nova Contagem 14. Laguna 28. Vargem das Flores

Unidades de Planejamento e Unidades de Análise, 2006

N

C o n t a g e m - M a p a 2 5

Represa da Pampulha

Represa de

Vargem das Flores

1

2

3

4

28

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21 22

23 24

25 26

27

Limite de UP (nome)

Limite de UA (nº)

PMC-SEDUMA, 2006

Fonte: PLC 018/2006.

0 1 2 km

E s c a l a

Nova Contagem

Vargem das Flores

Ressaca

Sede

Petrolândia

Perobas

Água Branca

Eldorado

Cidade Industrial

Riacho

Industrial

Nacional

Inconfidentes / Bandeirantes

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

134|140

Mapa 26: Sistema de Unidades Territoriais para Planejamento, 2006

Unidades Ambientais (Bacias Hidrográficas)

Regiões

Unidades de Planejamento (UP) Unidades de Análise (UA)

C o n t a g e m - M a p a 2 6

Sistema de Unidades Territoriais para o Planejamento Urbano, 2006

1

2

34

5

6

7

8

9

10

11

12

13

Industrial

Eldorado

Ressaca

Nacional

Sede

Petrolândia

Vargem das Flores

PMC-SEDUMA, 2006

Fontes: LC 06/2005, PLC 018/2006

1

2

3

5

4

68

7

910

25

2423

2612

11

13

19

1714

15

1618

22

20

21

27

28

Arrudas

Imbiruçu

Pampulha

Vargem das Flores

Unidades Ambientais (Bacias Hidrográficas)

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

135|140

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

1. ASSOCIAÇÃO CIVIL COMUNITÁRIA DA BACIA DA PAMPULHA. Ata de fundação. Belo Horizonte, 2000.

2. CONTAGEM. Lei n.° 962, de 18 de junho de 1971. Dispõe sobre o parcelamento do solo. Contagem, 1971.

3. __________ . Lei orgânica. Lei orgânica do município de Contagem, de 20 de março de 1990. Contagem, 1990.

4. __________ . Lei n.° 2.140, de 09 de novembro de 1990. Cria o programa municipal de regularização de vilas

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5. __________ . Lei n.° 2.760, de 08 de agosto de 1995. Institui o plano diretor do município. Contagem, 1995.

6. __________ . Lei n.° 3.015, de 15 de janeiro de 1998. Dispõe sobre o uso e ocupação do solo. Contagem, 1998.

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10. __________ . Projeto de Lei Complementar N.° 018, de 03 de outubro de 2006. Institui o plano diretor do

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12. ESTADO DE MINAS GERAIS. Lei n.° 16.197, de 26 de junho de 2006. Cria a área de proteção ambiental de Vargem

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13. FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (FJP). Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit habitacional no Brasil:

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17. GOVERNO DE MINAS GERAIS. SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL (SEPLAN MG).

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R E F E R Ê N C I A S

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

136|140

29. __________ . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU)/ PRÁXIS PROJETOS E CONSULTORIA LTDA.

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30. __________ . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Boletim de informações e dados

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31. __________ . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Boletim de informações e dados

urbanos (BIDU). Ano I, n.° 2. Contagem, 2005.

32. __________ . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Regiões administrativas do município

de Contagem: proposta de redefinição dos limites. Contagem, 2005.

33. __________ . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA)/ DIGICADD

COMPUTAÇÃO GRÁFICA LTDA. Imagem do território municipal: satélite Ikonos, 2006.

34. __________ . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA). Revisão do plano

diretor: seminários técnicos. Notas... Contagem, 2006.

35. __________ . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA). Revisão do plano

diretor: pré-conferências regionais. Resumos... Contagem, 2006.

36. __________ . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA). Revisão do plano

diretor. Mapas temáticos... Contagem, [entre 1990 e 2006].

37. __________ . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA). Boletim de

Informações e Dados Urbanos (BIDU). Ano I, n.° 3. Contagem, 2005.

38. __________ . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA). Boletim de

Informações e Dados Urbanos (BIDU). Ano II, n.° 4. Contagem, 2006.

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parcelamento do solo do município. Contagem [entre 1993 e 2006].

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Diretor: coleção plano diretor, v. 1. Contagem, 1993.

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de Contagem - análise de indicadores: coleção plano diretor, v. 3. Contagem, 1994.

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planejamento - indicadores sociais: coleção plano diretor, v. 5. Contagem, 1994.

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I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

137|140

ÍNDICE

ÍNDICE

APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................. 5

SUMÁRIO ............................................................................................................................................................. 6

MAPAS ................................................................................................................................................................ 7

QUADROS E GRÁFICOS ....................................................................................................................................... 8

TABELAS ............................................................................................................................................................. 8

SIGLAS .............................................................................................................................................................. 10

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 14

1. ATORES .................................................................................................................................................... 16

2. PROCESSO ................................................................................................................................................ 19

3. METODOLOGIA ......................................................................................................................................... 20

3.1. REVISÃO DO PLANO DIRETOR: PREMISSAS ....................................................................................................... 20 3.2. METODOLOGIA ADOTADA ............................................................................................................................... 20

4. ATIVIDADES REALIZADAS ....................................................................................................................... 29

5. LEITURA COMUNITÁRIA .......................................................................................................................... 34

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................ 34 5.1. POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA .......................................................................................................................... 34 5.2. ESTRUTURA URBANA: ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO ................................................................................. 35 5.3. ESTRUTURA URBANA: ASPECTOS REGIONAIS .................................................................................................. 37

6. LEITURA TÉCNICA.................................................................................................................................... 40

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................ 40 6.1. ESTRUTURA URBANA DO MUNICÍPIO ............................................................................................................... 40 6.2. PLANO DIRETOR: FUNDAMENTOS E CONCEPÇÃO ............................................................................................. 52

6.2.1. IMPLEMENTAÇÃO E REVISÃO DO PLANO DIRETOR .......................................................................................... 53 6.3. CRESCIMENTO URBANO E ASSENTAMENTOS RESIDENCIAIS ............................................................................. 56

6.3.1. CRESCIMENTO POPULACIONAL, EXPANSÃO URBANA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA POPULAÇÃO ...................... 56 6.3.2. ESTIMATIVA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO, 2010 E 2020 ....................................................................... 61 6.3.3. ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL DO ESPAÇO ........................................................................................................... 66 6.3.4. CARÊNCIAS HABITACIONAIS .......................................................................................................................... 75

6.4. CENTROS E CENTRALIDADES. LOCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ....................................................................... 77 6.4.1. CENTROS E CENTRALIDADES ........................................................................................................................ 77 6.4.2. TENDÊNCIAS DE LOCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ........................................................................................... 79

6.5. SISTEMA VIÁRIO E CONDIÇÕES DE TRANSPORTE E MOBILIDADE DA POPULAÇÃO ............................................. 82 6.5.1. TRANSPORTE COLETIVO E ARTICULAÇÕES DE CONTAGEM COM A RMBH .......................................................... 82 6.5.2. GESTÃO MUNICIPAL DE TRÂNSITO E TRANSPORTES ........................................................................................ 88 6.5.3. ARTICULAÇÃO VIÁRIA: PONTOS CRÍTICOS ...................................................................................................... 90

6.6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS ................................................................................................................................ 96 6.6.1. UNIDADES AMBIENTAIS: PLANEJAMENTO E GESTÃO ....................................................................................... 97 6.6.2. CONTROLE AMBIENTAL ............................................................................................................................. 101 6.6.3. PROTEÇÃO AMBIENTAL E ESPAÇOS PÚBLICOS ............................................................................................. 103 6.6.4. CONCLUSÕES ............................................................................................................................................ 103

6.7. INTERVENÇÕES PÚBLICAS NA ESTRUTURA URBANA ...................................................................................... 111 6.8. AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS DIRETRIZES ...................................................................................... 113

7. DIRETRIZES PARA A REVISÃO DO PLANO DIRETOR ............................................................................... 124

8. PROPOSTAS DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR ....................................................................................... 125

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................. 125 8.1. ORDENAMENTO TERRITORIAL ...................................................................................................................... 125 8.2. DIRETRIZES DE INTERVENÇÃO PÚBLICA NA ESTRUTURA URBANA ................................................................ 127

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Í N D I C E

I C O N F E R Ê N C I A M U N I C I P A L D E P O L Í T I C A U R B A N A

138|140

8.3. POLÍTICAS SETORIAIS ................................................................................................................................... 128 8.4. HABITAÇÃO .................................................................................................................................................. 129 8.5. MAPEAMENTO DAS PRINCIPAIS DIRETRIZES DE INTERVENÇÃO PÚBLICA ........................................................ 131

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 135

ÍNDICE ............................................................................................................................................................. 137

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139|140

F i c ha t é cn i c a d o s A n a i s d a C o n f e rê n c i a

Editoração e mapas temáticos: Isnard M. Horta

Redação: Maria Auxiliadora M. Vieira e Isnard M. Horta

Apoio técnico: Práxis Projetos e Consultoria Ltda.

Mapas do PL nº 018/2006: Superintendência de Planejamento e Geoprocessamento

Base de dados: Superintendência de Planejamento e Geoprocessamento, Superintendência de Controle de Uso do Solo, Divisão de Arquivo Técnico

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P R E F E I T U R A D O M U N I C Í P I O D E C O N T A G E M Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente

Av. João César de Oliveira, 1.410 – Eldorado. CEP 32.310-000 Contagemonline: <http://www.contagem.mg.gov.br

Contagem, Minas Gerais