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Página 2 Sexta-feira, 8 de afari/ de 7949 O GLOBO 5POR7/VO

Mf AS ATENÇÕES DOS TRESMAIORE,CENTROS ESPORTIVOS DO PAIS

DEZ DIFERENTES MODALIDADES SERÃO Dl SPUTADAS NOS VIII JOGOS ABERTOS

(Fotos de Augusto de Valentim)

"fffpKbi*, ^j, - — -r-rn-nr-H.lHÉlfrrhnlüm.r

.Tom; Stockler, foi o campeão de sinales noscampeonatos abertos cie tênis de 1918

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_JEsta c a representação "o c amunqtura T- t • I

no desfile inaugural dos jugos, em 1948 E

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Uni flagrante sensacional du interestadual debasqucteiiot feminino entre os "fives" de SaoJosé do*; Campos o Espotie Clube Pinheiros

0 «LOBO SPORTIVODireloiev i Roberto MarinhoMctrio Rodrigues Rlho. Ge-ente : Henrique Tavares. Se-reíário : Ricardo Serran.'edaçõo, administração ejficinas : Rua Bethencourt da

Silva, 21, 1.° andar, Rio deJane.ro. ereco do numero avulso para todo oBrasil: Cr$ 0,80. Assinaturas : anual, Cr$ 40,00;

semestral, Çr$ 25,00.

:merp ,CtiQBO*

&a^mm^mm~mÊiamm^nmmmÊmwmm,mmmmmim*m*mtmtm^Encerrado o campeonato masculino de vôlei-boi com a vitória, na "negra", do Carabuqui-ra T. C. sobre o Atlético, a assistência invade

o campo

MjMJMJMM ML.'---*1: ^ - '¦' .^,VyfPg!lfPW8PyPjWy!g^

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¦'"¦"'j#'B' '¦"4:''-* ,"-"jv -¦-¦-'--""•" '^«S2H|

O prefeito André Barba é um dos "aseü" dofiro ao vôo que concorrem aos Jogos

Quando Cambuquira realizou, cm 1942. os seu- primeiros Jor,os Abertos, muita gente, embora ad-mirando o esforço de um pequeno Rrupo liderado por Djalma »e Vincenzi to idealizadon c João Silvanino to realizador) duvidou que as Temporadas Esportivas prosseguissem e se incorporassem ao calenda-no esportivo nacional. De ano para ano o certame ganhava em afluência de concorrentes e em emanti-çiacie

de competidores. O.s maiores centros esportivos do pais tem-se feito representar nas temporadas quehoje penem ser consideradas uma tradição esportiva não mí daBrasil Realizada sistematicamente em abril, estendendo seratara amena, a temporada compreende dez modalidades esportivas, de acordo com o progranJaíTdèlSffl"KLr

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~,B Cía-na. a"u,mobilL^i<'a - natação saltos ornamentais - concurso hipico — basque-,1-? n«„í?V¦lbol.-nu*nV!

dc »esa e uma demonstração de atletismo. A parte de tiro será patrocinariah.,r aÇaíl

I3rnslleira dc Ca?a c Tiro ao vôo local, presidido pelo prefeito André Bacriafuhiasta dos esportes e autor de um aprimorado programa de Jogor ^^OK1CIAL1ZAIX5S OS JOGOS

M) aa cidade patrocinadora, como do própriopor quinze maravilhosos dias de sol e tempe-

um en-

Falando aO GlXiBO SPORTIVO sobre as Pinaugurados a 16 do corrente, João Silva Filho, nao

Posso assegurar a presença, em todas asdores do Rio. São Paulo e Minas.

Outro lator de sucesso, segundo nosso entreque vêm de oficiali/.ar a disputa dos jogos.

Ficara a cargo das entidades especializaddisputadas. Alem disso, vale a perna acentuar, contasecretaria de Agricultura de Minas e com a cooperacessiveis para os participantes c acompanhantes. Tas realizações anteriores.

erspectivas que se delineiam para os Joços a seremeícondeu seu entusiasmo:modalidades, de autênticos valores dos esportes ama-

vist-ado. será o patrocínio das Federações de Minas.

as a supervisão das dilcrentes modalidades a seremremos com a ajuda valiosa, da Prefeitura local e dacão do«; hoteleiros, lixando bases extremamente ac-udo indica, assim, que os Jogos deste ano superarão

O PROGRAMA E OS CONCORRENTESDevidamente aprovado pela Comissão Organizadora dos"Jogos Abertos de Campinas ficou a-simelaborado o programa completo para a competição deste ano. que terá inicio dia lfi cie abril estendeu-dose até 31) do mesmo mês: ' lc,trt-"

Tiro. de 16 a 24 Tênis, de 20 a 24 _ Gincana automobilística, dia 23 — Natação é saltos.dia. .23 - Hipismo, dia 3o - Voleibol, de 25 a 29 Rola ao cesto, de 25 a 29 -Tênis d? Mesa. de 25Dia 24 haverá um deslile ao qual concorrerão todas as delega- ¦¦

coes que prestarão » juramento devs Jogos Concomitantemente com a re-uii-/íicão dos Jogos wrá levado a eleito um concurso fotográfico sobre te-mas esportivos, entre fotógrafos amadores com valiosos prêmios aos ven-cedores oferecidos pelo Foto Clube de S. José dos Campos.

ItiNCORRJÍNTES INSCRITOS

Até este momento confirmaram as suas participações as repre-sentações dos seguintes clubes:DK S. PAULO Kspt»rte Clube Pinheiros (Voleibol feminino emasculino — tênis feminino e masculino — natação e saltos ornamen-tais e atletismo»: São José de* Campos ttodos o.s esportes menos nata-

çuo e saltos): São Vicente: voleibol feminino; Guaratinguetá- Bola aocesto masculino e tênis feminino.DO RJO DE JANEIRO Tijuca Tênis Clube (tênis - voltei-boi e bola ao cesto masculino e feminino tênis de mesa); Botaioco derutebol e Regatas: ivoleibol e bola ao cesto feminino»; Clube Murüclnal-(Bola ao cesto — voleibol e tênh; de mesa masculino». '

DE MINAS GERAIS Atlético Mlnelro (voleibol feminino tênis de me-sa bola ao cesto masculino e íemi-nino» America F. C. tvaleibol e bola aocesto masculino): Perdões E. C tvoleiboi e tênis de mesa masculino e íemi-nino»: C. R Caxambuense «voleibol ebola ao cesto masculino e feminino —tênis de mesa masculino e feminino»;Varginha T. C. tvoleibol feminino —natação e tênis masculino e feminino);Três Corações T. C. ttênbc voleibol— bola ao cesto e hipismo e tiro); Jutasde Fora (tênis e tiro), e r» CambuquiraT. C que concorrera a todos os esportes

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Quantidade mínima: lDC peças*^J1 Dooroção legítima

FÁBRICA SURMANNl|P* Agente no Rio:

Eduardo ReggioRua da Conceição, 66, sob.

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O GÍOBO SPORTfVO Uxfa-feira, B d* abril de 1949 Página 3

MARIO FILHO

A ESPANHOLA (12)DA PRIMEIRA FILA

Í Quando Mario Polo abriu os olhos, a manhãentrava pelo quarto, com o sol, com a alegria

dos pássaros. Uma coisa espantou-o: ele não tiraran roupa, dormira vestido. A janela estava aberta.Mario Polo levantou-se, esticou as pernas, esticouo corpo, espreguiçou-se. Aí uma coisa escorregoupor entre a camisa e a pele de Mario Polo. MarioPolo apalpou-se. Ah! era o termômetro. Cuidado-s.imcnte ele prendeu o termômetro, botando a mãoesquerda por cima da casimira. Com a mão direitaMario Polo desabotoou o Jaquetão, surpreendeu-semais uma vez vendo dois botões fora das casas dacamisa. Enfiando a mão por dentro da camisa,Mario Polo tirou o termômetro. Felizmente o ter-enômetro não se quebrara. E eu passei a noite todacom o termômetro debaixo do braço e o termômetroestá inteiro! É um milagre, eu devo agradecer aDeus. Não por causa do termômetro, o olhar deMario Polo deslizou pela coluna de mercúrio, trintae seis e meio, por causa de tudo. Mario Polo ajoe-lhou-se, rezou um Padre Nosso.

* *ey Padre Nosso que estais no Céu, santifleado seja~ o vosso nome, venha a nós o vosso Reino, sejafeita a v-ossa vontade, tanto na terra como no Céu.Mario Polo, de mãos postas, mexia os lábios, olhan-tfo o céu muito azul. O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje, perdoai nossas dividas, assim como per-doamos aos nossos devedores. Não nos deixeis cairem tentação, mas livrai-nos do mal, amem. Nãobastava um Padre Nosso, um Padre Nosso era pou-so. Mario Polo continuou de Joelhos, quase sem to-mar fôlego, recitou com o pensamento uma AveMaria. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é con-vosco. bendita sois vós entre as mulheres, benditoc o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãeele Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na horacie nossa morte, amem. Mario Polo tirou o joelhotio assoalho, suspendeu o corpo, foi apanhar umaescova para limpar a calça, já tranqüilo, em pazcom Deus e consigo mesmo.

» • *

O Agora Mario Polo podia lembrar-se de tudo.*** Eu cheguei ontem ã noltinha. Estava cansado,sentel-me na cadeira de balanço. Depois me levan-tei para fechar a janela. Antes de chegar ã janelapassei a mão pela testa, a testa ardia. Então pro-furei o termômetro, botei o termômetro debaixo dobraço, sentei-me na cadeira de .balanço, perdi ossentidos. Fiquei sem sentidos a noite toda, quandoacordei estava bom. Há uma coisa, porem, que eue-squeci, uma coisa que eu preciso lembrar, impor-t.inte, muito importante. Mario Polo apanhou opente em cima da cômoda, diante do espelho pen-teou-se devagar. Nada, não há jeito de me lem-brar. Mario Polo parou um instante, o braço nãodesceu, ficou suspenso, a mão segurava o pente, open-te mostrava fios de cabelo caldos. Os fios decabelo caidos, foram como um clarão. Mnrio Polol.irgou o pente em cima dn cômoda. Eu preciso

pnandar raspar a cabeça.* •

Fora Heitor Melo quem dera o aviso: esca-pando da espanhola, a primeira coisa que a

I Qente devia fazer era mandar raspar a cabeça. Anavalha, como os presos da Casa de Correção. An->>> andar uns dias com a cabeça raspada do que

car careca o resto da vida. Mario Polo apressou-O José perguntou para onde ele ia. "Vou para11 m barbeiro". "Sem café?" — o José acompanhou

•lírio Polo até à porta. "O café pode esperar" —plicou Mario Polo. O que não podia esperar erabarbeiro Mario Polo desceu a rua das Laranjei-

as a pé. Eu entrarei no primeiro barbeiro que en-ntrar aberto. Uma recordação dizia-lhe que ha-

via um barbeiro por perto. Quando eu desço, quan-0 eu subo de bonde, vejo um barbeiro. A barbea-rn estava aberta, Mario Polo pendurou o paletó no

"de, sentou-se na cadeira alta. "Barba?" — oiirbelro trouve uma toalha, sacudiu a toalha no ar.Não — Mario Polo sorriu para evitar que o bar-

ro sorrisse antes dele — Eu quero a cabeça bemraspada à navalha".

» • •

/r Como a barba cresce em alguns dias — Harol»<io Domingues espantou-se com a imagem re-

'-•da no espelho. A barba crescera, estava fecha-da, enegrecendo o rosto, afundando os olhos. Tal-v~- os olhos não estivessem mais fundos por causa

barba, Talvez os olhos estivessem mais fundoscausa da espanhola. Quantos quilos eu perdi?'ouço importavam os quilos perdidos. O que inte-

assava era a vida. Eu estou vivo, posso andar.roldo Domingues andou de um lado para o ou-. atravessou em largas passadas o quarto do Ho-Avenida. Eu posso andar, posso espiar pela ja-"•i Haroldo Domingues foi até à janela, abriu-a,

Jruçou-se na sacada. Pouca gente. Também eraio- Haroldo Domingues não estranhou mais veruca gente na Avenida, pelo contrário, tudo lherecia natural. Eu posso sair. saber o que houve,

o quo não houve. Para saber o que houve e o quenão houve bastava abrir um jornal. Haroldo Do-mingues abandonou a janela, foi ler o jornal.• */* A epidemia, a situação melhora. Naturalmen-" te, Haroldo Domingues concordou com a notado jornal. A situação melhorava, embora o nume-ro de mortos tivesse aumentado. Quinhentos mor-tos por dia. Eu não morri. Alem disso, a palavraoficial garante que o mal vai em evidente declínio,graças a Deus. O aspecto da cidade foi mais anl-mado. Quinhentos e dezenove mortos. Ainda agoraeram quinhentos mortos, agora são quinhentos edezenove, sem contar os subúrbios. Vinte c dois fe-tos no necrotério. O abuso de certos medicamentos,francamente abortlvos, tem provocado serias com-plicações em parturientes, etc. etc. O Governo de-creta feriado para as praças de Santos e Sáo Paulo.Isso me interessa, depois eu vejo. Haroldo Domln.gues virou a página. Esportes. Am, ram, adiadoslne-dle o campeonato sul-americano. Só agora 6que a Confederação se lembrou disso. Se ela setivesse lembrado disso antes eu não estaria aqui,estaria em Santos. Haroldo Domingues sentiu-sesó, ficou triste.

-¦¦•-.-'.«

*JT Mario Polo não pôde deixar de rir. Com a ca-beça raspada, ele parecia um criminoso. Se

não um criminoso, um anarquista, um consplradorperigoso. Os conspiratiores costumavam até usarcabelo de mais, tinham barba, uma barba suspeita.Conspirador eu não pareço. Um fugido cia Corre-ção, quem ¦ abe.' Mario Polo saiu da barbearía de-pois de enterrar o chapéu na cabeça, assim ninguémrepararia, havia uma porta aberta de farmácia.Mario Polo ficou com vontade de comprar quinino.Talvez não fosse mal comprar quinino, para evitaruma recaida. Atravessando a rua, Mario Polo en-trou na farmácia, viu uma mullfer enrolada em umcobertor lá no fundo, ela estava sentada, cruzaraos braços sobre o peito. "Quinino" — pediu MarioPolo. A mulher descruzou os braços, apontou parauma prateleira, Mario Polo teve que tirar o quininoda prateleira, embrulhar o frasco, fazer o troco,deixar o dinheiro na gaveta. A mulher voltara acruzar os braços, sem se incomodar mais com Ma-rio Polo, só abrindo a boca para dar ordens. "Podedeixar o dinheiro na gaveta, o papel para o em-brulho está na outra gaveta".*• *• *

Começou a chegar gente do São Cristóvão.V Amadeu Macedo e Rodolfo Magioll conversa-vam em voz baixa, na sala de visitas que davapara a rua. A porta da rua ficara aberta. Olhares,da calçada, alonga vam - se . Não se podia ver ainda,da calçada, o corpo de Cantuaria. O corpo de Can-tuaria fora lavado. Agora Cantuaria estava esten-dido na cama, vestido com a melhor roupa que eletinha, de botinas amarradas, um lenço envolvendo-lhe o ro;*», com um nó dado, no alto da cabeça,para prender-lhe o queixo. Cantuaria parecia tercrescido. "Daqui que apareça um outro Cantua-ria..." — Amadeu Macedo baixou a voz. "Nãoaparecerá outro Cantuaria" — Rodolfo Magiollolhou para a rua. O Vinhais demorava. Vinhaistinha ido para tratar o enterro. "Eu achava melhor

disse Amadeu Macedo — levar o corpo de Can-tuaria para o São Cristóvão". Rodolfo Magiollconcordou. O Cantuaria merecia um grande enter-ro. Tudo o que o São Cristóvão pudesse dar, agora,a Cantuaria, seria pouco.

Ç\ Foi uma surpresa. Mario Polo ia passandopela Casa Carvalho quando ouviu um pyiu.Era Chico Neto.. Chico Neto levantara-se de uma

mesa, abrira os braços para Mario Polo. "Eu vimpara aqui — explicou Chico Neto, disfarçadamenteMano Polo examinou Chico Neto, achando-o ca-daverico, sim, exatamente, um cadáver ambulante

esperando encontrar algum conhecido. Você éo primeiro que aparece". Chico Neto deixou desorrir, olhou Mario Polo de cima abaixo, segurou-opelos ombros, depois sacudiu para trás a cabeleirade poeta, voltou a sorrir. "Você não sente a mesmacoisa que eu sinto? Parece-me que eu fiz uma lon-ga viagem, que acabo de regressar. Já sc vê gentena Avenida, Mario Polo. Venha tomar alguma coi-sa". Mario Polo não quis tomar nada. "Eu tenhode ir para o Correio, adiantar serviço. E depoisvou para a casa da noiva".

» * •

r\ Havia um recado para Mario Polo: um bc-¦* v/ nhor Haroldo Domingues telefonou. Haroldo

Domingues, quem seria Haroldo Domingues? O jo-gador de Sáo Paulo não podia ser. Não viera ne-nhum jogador de Sáo Paulo para o Rio. Mario Polosentou-se diante da mesa, sem tirar o chapéu. Odoutor Edmundo não vem a esta hora. eu posso fí-car de chapéu na cabeça. Quem era mesmo quequando falava pelo telefone com o doutor Edmun-do tirava o chapéu respeitosamente? Adauto de As-

(Conclue na pagina 10)

0 MADSON SOUARE GARDEN IIIUM NOVO ADMINISTRADOR CONTRARIO AOSTRUQUES BARATOS DE PUBLICIDADE. - RE-

CORDANDO A DERROTA DO ESPANHOL PAU

LINO UZCUDUN DIANTE DE JOE LOUIS

<-v": ¦,.'';¦"'' • 3KÍ ft. f^'*^ *- '" -t**'"' i'

Milce Jaeobs

O atual M adis o n.apesar de não liá muitos anos ter sido ani-pilado, já é insuíieiente; assim, sem ctesa-proveitar as -nias ins-tal a e õ e s, rcsolveü-scetlifiear outro mais cieacordo eom a evolu-C"ão experimentada emtodos os esportes. 0de agora ailmite ....18.000 pessoas senta-das, mas há muitos lo-cais de onde não SCtem unia visão inte-gral cia pista, pois pen-sou-se, ao construí-lo,principalmente no boxpouco se cogitando thatletismo. O novo Ma-dison constará de 24.000cadeiras c será planejatlo com outro crltçrio. Ter-se-á em vis-ta o box, provas a tle-tidas, luta livre, con-cursos hípicos, tennis,natação, espeta o u 1 o saquáticos e de patinação, como os que se realizam cm ai-guns teatros e que são sem dúvida maravilhosos; baslcclballe hockey no Belo, dois jogos que vem exercendo sobre o pü-blico uma atração tão poderosa como o box. O novo Ma.di-son — que se erguerá no Columbus Cirele, um dos pontosmais importantes da cidade — não implicará, por certo, iu>desaparecimento do atual, que já não comporta a afluência»cmpro crescente de público. A direção dessa grande empre-sa de espetáculos desportivos, que até agora foi exercida porMikc Jaeobs, sucessor do famoso Tcx Kiebard, passou àsmãos de uma personalidade muito popular nos círculos viu-Guiados ao box, mas mal conhecida do público em geral:Harry Markaon, Trata-se de um homem do grande cultura,calmo e silencioso, e com uma reputação de honestidade In-flexível, o que num meio como o do pugilismo profissionalsignifica muito. Conheço, alem disso, <> negocio c está a pajfdos segredos do Twentietb Century Club, a associação lis-calizada pelo Madison Sqtiare (iartlcn Corporation e funda •da para dar aos espetáculos um matiz desportivo que às ve*zes exigem os dispositivos legais.

Markson, di/.em as crônicas, tem sido para o Madisonuni excepcional agente de publicidade. Min sua maioria, osque se dedicam a esse mister são pessoas que não vacilamcm meios para conseguir o maior espaço possível nos jor-nais. Markson se negou sempre, em troca, essas fotografiasque chamam a atenção do leitor, e que, por exemplo, apre-sentam uni pugilista salvando numa praia a uma formoso,moça quase a se afogar, ou a fingir unia emboscada na qualum pugilista prestes a travar uni combate importante c ata-cado a tiros ao passar por um sitio deserto o escuro. "Nun-ca — disse — me senti tentado a injuriar uni cronista apre-sentando -lhe uni falo dessa classe, tão difícil de tragar paiahomens inteligentes".

Markson não faz segredo do seu inicio modesto comojornalista. Recorda ainda divertido a entrevista que reali-zou certn vez com Paülino Uzcudun, quando o lenhador bas-co foi aus Estados Unidos em busca de gloria o dinheiro..Minutos antes de perder por K.O. no 4.° round do seu com-bale. com Joc Louis, em 13 ele dezembro de l!K5.r>, cm Nothi,York, encontrava-se Czcudun cm seu camarim quando en-trou Markson. Tão sumido estava o pugilista em seus sombrios pensamentos que não percebeu a inesperada prcsençíitle um estranho:

Aló. Fatilino!— disse o repórter. — Chamo-me Mark-son, pertenço à seção esportiva do "Itronx Home. News".Ilum! — fez o basco. — Todos os cronistas esporli-vos devem estar loucos. — Oh, não, procurou Markson d.e-volver rente/mente a agressão verbal do espanhol. — Fui eu,entre eles, o único que prognosticou o seu triunfo no com-bate desta noite.

Então, — declarou Paulino, ao me-mo tempo que le-vava o indicador da mão direita à altura do rosto do repor-ler, — você deve ser o mais louco de totlos. E ato conti-nuo, vestiu o roupão de seda para dirigir-se para o rlng opara a derrota.

Aquele remoto episódio bastaria pari afirmar que Mark-son não se distinguia como profeta. Tão pouco se fez notarcomo boxeur, Em seu segundo ano de. universidade vestiuunia vez as luvas para dar um combate com um alieiona-do que vivia em Burlington, Estado de Vermont. ignorandoos antecedentes do adversário. Começada a luta. Marksonse pôs cm guarda, tal como a quer a tradição c maneia asregras do marquês ch- Queensberry. E não viu nada mais alóque o treinador tia universidade lhe lançou ao rosto um bal-de de água que lhe devolvejft os sentidos. O primeiro golpeo havia polo a K *,•>...

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Página 4

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Sexta-feira, 8 de abril de 1949

omens excepcionais do sportA história do esporte sabe registar alguns c asos excepcionais de força de vontade, onde a

vontade compensa a desgraça. Nesse sentido, o.s uruguaios já contaram com homens excepcio-nais. Em primeiro lugar, aparece Hector Castro. "El Divino Manco", um dos maiores diantei-ros que já pisaram os gramados orientais, campeão uruguaio, campeão sul-americano e cam-peáo mundial. Castro perdeu a mão em um acidente, entretanto, apesar disso, fazia "blagué"com a sua desgraça. A todos que lhe perguntavam como a havia perdido, respondia: "Foi co-itnída por um cavalo",

Outro aleijado do futebol uruguaio, Jerjes, foi centro avante do Clube Lito. Jerjes ampu-tara o braço esquerdo, ha altura do ombro. Dava calafrios vé-lo virar-se durante o jogo, emvirtude da sua falta de estabilidade.

Há centenas dc casos semelhantes a êss^s. quer no trabalho, quer nos esportes. O homemos golpes da sorte ad-

...ç Há'io anos ;lidaiMarço, 27; penuforlc, no hospital,

relembra ò seu último jÔgo integrar»-do o quadro do América contra oFlamengo, em 193(1 (3 n 1 favorft-vel aoe rubros). -- 28: Tony Galcnto èeleito d "mai.s feio boxeur do mun-,|,, Numa cerimônia presididapelo ministro Gustavo Capanema,Instala se o Conselho Nacional de Es-portes. Protestando contra R demo-i.i dn Llgn Carioca em resolver n si-Itinção dos jogadores argentinos Gan-flulía. Emcal e Dacunlo, milhares dehõkIow do Vnsco, num abaixo assina-tio, pedem que <> clube abandone ocampeonato, O Fluminense pro-põe ao Ccrcle, clube francês, 40.000francos pelo passe de Russo, c recebeuma ii-sposta negativa. • 29: Numhospital de Pnlmlra. em Minas, fa-lece o famoso Jogador carioca Faus.Io Os ciclistas portugueses insere-vciam-íic nas olimpíadas dc 1040. —'IO O arqueiro Rei, treina no Fia-mengo, agradando, — O Fluminensedesinteressa-ta- pelo concurso dt: Tel-x. it inha, de São Paulo. - 31: Ah au-(oridncUís esportivas de Buenos Airesinsistem em negar passe livre a Gan-dulla, Kmeal o Dacuiito, para que poíí-sam ingressar no Vasco. Os jogado-res argentinos constituem então ad-VdgnilOH, para levarem a, questão ao,h"!ir!ârto.

superou o.s decretos da natureza eversa- Entre eles. ressalta agora o caso de Gualbcrto Ro-d ligue/., maneta da mão direita, campeão de basquetebole futuro arquiteto. Durante a partida disputada nesta ca-pitai pela equipe campeã uruguaia do Aguada, de Monte-vidéu. contra a do Glmnasia. dc Vila dei Parque, 20 000 pa-res de olhos focalizaram a rua curiosidade e o seu assom-bro no jogador do Aguada. Gualberto Ròdriguez, o únicojogador de basquetebol do mundo que dispõe de unia sómão,

Pretender praticar esse esporte quando se tem umaúnica mão, parece superar tudo que está ao alcance daspossibilidades humanos. Entretanto, esse caso singularprova o quanto pode o homem, quando uma férrea vonta-de o anima e quando se submete a uma disciplina denta,metódica e até dolorosa, assim como à uma prática cons-tante para superar a sua desvantagem física

Gualberto Ròdriguez tem 2o anos. A natureza privou-ode sua mão direita. Apesar dessa desvantagem, é um au-têntico campeão. Em plena ação. demonstra a habilidadecom que segura a bola com a mão esquerda. Ròdriguez, lon-ge de se sentir diminuído, tem tanta fé na posse da bolaque a conduz, toma posição e encosta. O seu tiro de esquer-da "em gancho" é de uma precisão temível, o seu "record"de pontos na temporada passada ajudou muito o Aguadaa levantar o Campeonato Federal Uruguaio. Marcou nessatemporada 33f> pontos:

Como se Isso fosse pouco, Gualberto se destaca aindaem outras atividades em que o seu defeito representa umgrande "handicap". Estuda arquitetura e desenha com amão esquerda. Também joga bilhar.

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I I"Test" SportivoUm lance extravagante,

não permitido pelas regrasde golfe. K qual é o tempoque determinam essas regraspara uma partida de golfe?

a)b)c)d)

2 horas4 horas e 30 minutosNão há tempo determinado9 horas e 15 minutos.

(Solução da página £(.

3>€)_QTJ EM T€DC O MUNDÍ

HA' 15 ANOS

Al.ni,o, .i>. \ii.iiiude da anulaçfto do

»• a posslbllldtt-1'orncio lniliiim"

porque l.inln o America quanto o lia-mctiKo cometeram Infrações, Incltiln-du in.ils di- in-í amadores em kcus(piatlros, — Enfrentando Dudü, Omo-ri e vencido per desistência, no jirl-meiro assalto — 'l"t: Crise no I la-mengo: dlscutcm-se Irregularidade*it (imitadas na administrarão, rcícrrii-is aos anos de 1931 r 1932

SABE?11 Antes de Ingressar no Vas-co. em que elube atuava Do-mingos?Z) l>e que elube do Estado tleSão Paulo Flávio Costa já foitécnico?3) Quantos paisos Sul Americanos participaram tio campeo-nato mundial do l!':*8?4) Qual é o limite de peso pa-

Va um boxeur peso pesado?5) tinem se chamou, no fute-boi carioca. Dorival Knlppel?

(Respostas na página dupla)

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EM NOVA IORQUE, a despeito dos rumores que circulam periodicamente, nos meiospugilísticos. >likc Jacobs não tem a Inten-ção de abandonar suas atividades de promo-tor dc lutas. Durante uma entrevista que con-cedeu á imprensa especializada, por ocasiãode seu retorno da Flórida, Jacobs desmentiutais boatos- anunciando sua intenção tle naoceder sua organização — ••Twentieth CcnturvSpórting Club" — ao novo organismo — "In-ternational Boxing Club" — formado por Joel.ouis e mais dois associados. Jacobs assegu-rou. por outro lado, que sua associação, quepossue ações em partes iguais do MadisouSquare Garden, está agora mais sólida doque nunca.

EM PARIS, realizou-se o esperado encon-tro de futebol entre uma equipe suíça devoluntários e a seleção nacional austríaca,em Lausanne. na Sulca. Apesar de diante deseu próprio público, que muito os encoraja-va os suíços, defendendo-se com encarniça-mento. nada conseguiram frente ã apuradatécnica dos austríacos, que terminaram porvencê-los. por 2 a 1.

ueorgelDesculpe-me

GRANDE E TALENTOSOce" exibida por seus pupilos. "Eles me mostraram algoCann — "e não acredito que. em nenhuma outra oportupasses magistrais, qm redundem como daquela feita, eSchayes. Frank Manglapane e Sid Tannenbaum, estivenenbaum. anulando Leo Klter. foi estupendo. A maneia ofensiva do Notre Dame.

No inicio do campeonato, o treinador Cann notificteiramente da ação monumental de Schayes*. gigante d

Desde calouro. Schayes foi uma promessa. No camtenladeiras aptidões de vez que uma lesão no joelho fê

A leitura de seu nome na escalação do "toam" rep

O quinteto de basquetebol da Universidade de NovaIorque abateu o Notre Dame. na quadra do MadLsonSquare Garden e seu treinador. Howard Cann não podeesconder a satisfação que lhe causou a bela "performan-que eu não tinha visto até aquele momento" — dissenidade possam eles agir com tamanha felicidade, emm tantos pontos". E subindo de entusiasmo: "Adolphram particularmente bons. O excelente trabalho de Tan-ra pela qual Schayes controlou Vince Boryla, aniquilou

ou que o sucesso de seus discípulos dependeu quasi in-e quase 2 metros de altura.peonato do ano corrente, não pôde êle demonstrar auasz decrescer muito sua produção.resenta "má notícia" para os adversários!"...

EM MOSCOU, no palácio dos esportes deMoscou, durante o encontro entre as equipe1'tle Ucrânia c da capital soviética. George IvanMaltsev tle Simferopoi (Ucrânia) conseguiulevantar, com o braço esquerdo. 112 quilose 500 gramas, melhorando seu próprio recor-de mundial de levantamento de peso, na ca-tegoria dos pesados.

EM AMSTERDAM, Piet van Poi. holan-dès. venceu o campeonato mundial de Bilhar,após seu triunfo sôbre o mais próximo ad-versário. o belga René Gabriels-

EM EL CENTRO, o campeão mundial debox. na categoria dos pesos galo, Manuel Or-tii. foi prê-so na tarde de ontem, por portede arma proibida — no caso, um revolver.Ortiz fieará preso até conseguir, por inter-médio de seus advogados, a fiança, estipuladacm mil dólares. Já em 1.° tle abril corrente. •campeão dos pesos galo foi preso por per-turbacão à ordem pública, sendo solto medi-ante uma fiança de 30 dólares.

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~«siw««lf.j» in, uwf*" ^?nO GLOBO SPOKI7VO Scxto-faro, • de obri/ <fe 194» Página 5

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O JUIZ E JULGA D %__w mmm

Mr.BARRICK-BRASIL x EQUADORMr. Barnck funcionou na direção do encontre Inaugural do 16.» Campeonato Sul-Americano.

com sobriedade c eficiência. O jogo, aliás, foi fácil de ser controlado, pelo domínio do team brasileiroe rela rápida ascensão do placard. Como auxilia res cb- Mr. Barrlck estiveram o jui/. chiltno Alexan-clrc r.alrcs e o paraguaio Hcyns, embora no sábado a C Ií I) informasse que Armental, do Uruguai,M-r=a um dos bandeirinhas. Calves e Heyns náo tiveram embaraços na marcação em diagonal, auxi-li.indo Mr. Barnck com propriedade. (O GLOBO).

Mister Barrlck andou bem. Pouco trabalho para se avaliar a sua forma atual (Ò Jornal).

CARTAZ

Ha um record quo lão cedo, aoque parece, não será superado, ecpie já dnra há 34 anos. E* este:Marco vecchio, no campeonato ar-mniino de 1915, marcou noventar m-ín goals!

Um aparelho para medir a ve-locidade do soco marcou para osmais velozes 64 quilômetros porhora

—X

Se o homem movesse as pernasi mu i mesma velocidade que asformigas movem as suas. poderiaandar cerca de 1.600 quilômetrospor hora.

-X-

Foi em Bruxelas que se realizouo primeiro encontro internacionalentre países latinos — França xBélgica, Em 1902 teve lugar, naEspanha, o seu primeiro campeo-nato de football, que foi introdu-zldo em Portugal em 1902.

.1 or Louis é o segundo campeãomundial a abandonar o títulosem ele-rrota. Gene Tunney foi oprimeiro joe manteve o título porn,ais tempo do que qualquer cm-tr<» campeão - 11 anos e 8 mescus— ofendeu 24 vezes, outro re-"urd; ao qae se afirma, embolsou4 300 mi dólares. Conta «Uuai-mente 35 anos.

O Sr Barrlck dirigiu o jogo com bastante acerto, tendo comoauxiliares os juizes Alejandro Jalvez, do Chile e Ileyens, do Para-guai (Diário de Noticias),

Bom. como sempre: (A Noite)

... e Mr. Barrick teve unia boa arbitragem, com pequenos equí-vocos de comer» e um ofí-slde que a nosso vrt equivocadamenâ-eAlejandro Galv-fz foi um auxiliar mais ativo e eficaz do que Bu-ben Heyns, e os jogadores ajudaram de um modo geral, emboraos eqautorianos reclamassem o goal de Otávio, por impedimento,sem nenhuma razão (Folha Carioca).

O desempenho de Mr Barrick foi muito bom, aliás contoucom a cÒlaDOração precisa, também, dos apitadores chileno e pa-raguaio. io Campeão).

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MATEKIA PLÁSTICA — l>ematéria plástica, (por falar emplástica, observem!) este po-queno barco pode se reondir/.i-do para a água por qualquermoça, e conduz, jnir sua vez,qualquer moça na água, nãosendo indispensável que sejabonita como a que aqui vemou.Hasta que a (ou o) tripulanteesteja disposto a um eventualnaufrágio na beira da praia.

CCNVEWA DE CECCCTC1

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ELE — A senhora sabe que sou irmão do boxeur de cal-ção branco?ELA — Muito prazer em conhecê-lo Mas fique quietocont as mãos por qur sou esposa do boxeur de calçãopreto

JOSÉ' LINS DO REGO — Os rapazes que pelejaram, nodomingo último, com a seleção brasileira, mostraram umaextraordinária libra, do começo ao fim da partida. Sempos.sutrem condição técnica para enfrentar uni conjuntoamadurecido como o brasileiro, não se entregaram uni sóInstante. Bateram-se com sangue, com entusiasmo, com agalhardia de homens que não só competem para vencer.

GERALDO ROMUALDO — Mas apresentam o gravíssi-mo defeito de não se haverem atentado, até h<>ie, para aalta necessidade de disciplinar taticamente o seu football.Jogam á antiga, sem o menor vislumbre de marcação pra-tirando um sistema dé "zona" cpie náo chega a ser o'idealOU ainda, que nem chega a ser prática da "zona" no seu'senl Ido mais claro.MARIO FILHO — O football que eles praticam é rudi

mentar. Um football que náo se usa mais. Não têm sistemade jogo Correm para onde está a bola. E o que se viu eniSão Januário foi um confronto entre, o football do passado. c» football do presente, Entre um football na infância eum football plenamente amadurecido. Parecia impossívelque se pudesse colocar, frente a frente, duas épocas tão dis-tintas do íootbaíl, Por isso mesmo os saudosistas não per-iSiam a ilusão do passado. O match Brasil e Equador permi-iíii o confronto que pareeia impossível.

JOSÉ' BR1G1DO — A nossa vitoria náo diz grande coisaIo poderio que precisamos ter para ganhar o campeonato.

O conjunto do Brasil precisa ser ajustado. Na zaga, não nossatisfez o trabalho de Wilson; na linha media, Noronhafraco c Danilo com altos e baixos, enquanto Ely foi o me-lhor dos trêô. No ataque, Jair e Zizinho produziram satisfa-tortamente, mas Otávio esteve Inteiramente apagado,

\KY BARROSO — O que era problemas para Pia vio en-cantou o público — nossa linha atacante O que não era,depois do encontro, passou a ser. Football tem dessas eoi-sas Por isso, deve-se aguardar a exibição do conjunto pzrwdepois "deitar falação". Os observadores que cantaram leiasa defesa do selecionado e fizeram as mais vigorosas re.stri-ções ao ataque, devem ter sofrido com a realidade de ante-

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Página 6 Sexta-feira, 8 de abril de 1949

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~M frl A»lL/AM ?/f * * i cí csíiucrda do Ame-

rica — 7ium desen7to do leitorLauro Nen/, de Porto Alegre, R(} Sul.

GERALDO DF. SOUZA — CUR-VELO — MINAS — Os seus ilesa*-nhos alô Juvenal — Zlzlnho L«"lé v Domingos ficaram na fila pft*ru publicação mus o ali' CarvalhoLeltr foi rejeitada».

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LUÍS OTÁVIO MIGLIO FtlODE JANEIRO ---li O Palssan.iin «-ta um tlmo de Ingleses Quedisputou on campeonatos de 1900— 1907 — 1908 1911 1912(quando foi campeão) 1013 v1914 Nessa altura o Palssandudesistiu do futebol. 2) O time

BILHETES DO LEITOR

tafogo 1 Fia 2 x Botafl

campeão om 1912 formou assim*E Coggln; Erlc Pullen e C Smart;J Mr In tire Tom Robin.son eli Wood; H. Monk Llsle Pul-len • Harry Robson - SldneyPullen o a. Llnd Olllan, 2) - Ostimes cio Flamengo no trl-campe-onato (oram estes; 1942: Yustrick(Jurandlr); Domingos e Nllton;Blgun — Volante e Jaime; Vali-do —- Zlzlnho - Plrilo Perácloe Vové. 1943: Jurandlr; Domingosa> Nllton; Blguô Brln e Jaime;Tlaa (Nilo .> Jacli Zlzlnho —Plrilo - Peráclo c Vevé. 1944: Ju-randlr; Nllton c Qulrlno; Biguà— Bria e Jaime; Jaci (Valido) --Zlzmho Plrilo — T15o e Veve.3) — Os resultados das jogos dorubro-ncgro com o Vasco, Fluminense e Botafogo nesses trais anosforam o.s seguintes: Kla 1 x Vos'co 1 Fia 1 x Vasco 0 Fia 2x Vasco 1 - Fluminense 2 x Fia-mengo 1 Fia 1 x Fluminense0 Fia 1 x Flu 1 — Fia 1 x Ho

e1Fia 4 x Rol afogo 0. 1943: Fia

X Vasco Fia 6 x Vasco 2 -Fia 2 x Fluminense 0 Fia 2 XFlu 2 — Fia 4 x Botafogo 1 eFia 4 x Botafogo 2. 1944: Vos-co 2 x Fia l — Fia 1 x Vasco 0— Fia 0 x Fluminense Fiaf. x Fluminense Fia 4 x Bo-tafogo 1 e Botafogo 5 x Fia 2. 4>Peráclo não está mais jogandofutebol.

_o—

EDIVO DE ALMEIDA

Carlos Arêas,

CHIETA — RIO — 1) — As me-d idas de uni "goal" são as seguin-tes: Largura 7m32. Altura: 2m44.2) A marca do "penalty" dista 11(onze) metros do centro exato dalinha do "goal".

ALFREDO DE SOUSA E SILVA— RIO DE JANEIRO — 1) — OMadurelra faii fundado em 16 deíevereiro de 1933. o Bangu, em 17de abril de 1904. o Canto do Rio.em 14 de .setembro de 1913 e oBonsucesso a«m 12 de outubro de1913. 2) — O.s campeões cariocasde basquete, nos anos que o se-nhor indagou, foram estes: 1928:E. C. Brasil; 1929 — São Cristo-vão e 1930: Não houve.

HÉLIO DEVINAR — PORTOALEGRE — Na fila o seu dese-nha» ala» ponteiro Tesourinha.

WALACE WILSON - NITERÓI -"* DO RIO ' O.s campeões

9 *+ I*

— AN-

TOMMY LAWTÜN - - o autor daserie "Aprenda a jogar football",ijue publicamos recentemente —•rium desenho do leitor Lewton P.de Abreu, de Uberlândia.

cariocas de basquete desde 1919foram estes: 1919 Flamengo;1920 _ 21 - 22 — 23 — 24 — 25

26 e 27 — Fluminense; 192H —E. C Brasil — 1929: São CrLstô-vão; 1931 Fluminense; 1932 —S3 — 34 v. 35 Flamengo; 1936 —Grujuu; 1937 _ Riachuelo; 1938

Olímpico; 1939 ~- Botafogo F.C; 1940 1941 — Riachuelo;1942 43 - 44 —- 45 — Botafogo;1946 Vasco; 1947 — Botafogo;e 1948 — Flamengo. 2) — O cam-peão do torneio de aspirantes daF. M. Basquete de 1948 foi o Fia-mengo. seguido do Grajau TênisClube. 3» - Algodão velo do AÜ3-dos. de Campo Grande, para oFlamengo; Tião, do Clube Central,de Niterói; Jiunll do Tijuco.; o ZeMãrlo, Godtnho e Mario Hermes,apareceram no clube rubro-negro4) Não temos o.s dados sobreo« "cestlnhas".

NEI BASTOSPARANÁ* — Nasenhos de Bino e

JANEIRO — 1) — O técnico doFlamengo no tri-campeonato de1942 — 1943 — 1944, era FlãvloRodrigues da Costa. 2) — O Fia-mengo teve uma "campanha docimento" quando começou a le-vantar o eeu estádio. Mos não ha-via esse negócio de entrar nos jo-gos com meio quilo de cimento, e«lm listas de assinaturas de deter-minadas importâncias correspon-dentes a sacos ou quilos de ei-mento; 3i — Rejeitados as ceusdesenhos de Jorginho — Pirilo —•Oberdan — Jaime — Danilo eLalé.

ROLDÃO SIMAS FILHO — NI-TERÓI — No campeonato de 1947em Guaiaquil o resultado alo jogoColômbia x Equador, foi um em-pate de 0 a 0.

VALTER MAIA — ESTACIODE SA. RIO — Rejeitados osseus desenhas de Jorge e Sayago.

ISAAC BOCZAR — TRÊS CORAÇÕES — MINAS _ 1) — Onome de Nariz é Dr. Álvaro LopesCançado e é atualmente diretor deunia ea.sa de saúde em Uberaba.2) — Batalha, jogou pelo Ma-ckenzle, Fia mengo e Fluminense.3) — O elube que tem maior nú-mero de campeonatos é o Flumi-nense: 14. 4) — O Flamengo temdois bi-canipeonatos: 1914 — 1915e 1920 — 1921 e um tri-eampeona-to: 1942 — 1943 — 1944. 5) — Ma-chado deixou já o futebol, tendoatuado por último no Comercial»de São Paulo. 6) — Amado Benlg-

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\— CURITIBA —fila os seiis de-Cláudio»

SILVIO DOS SANTOS FONSE-CA — CASCADURA — RIO DE

SAMPAIO — o veterano zagueiroreserva do Vasco — num desenhodo leitor Heber Sucupira Silva,desta capital

no c funcionário pública,.

ANTÔNIO EVANGELISTA —NATAL RIO GRANDE DO NOR-TE — Desculpe, mas os seus dese-nhos de Plrilo e Juvenal foramrejeitados.

AZIZ SALOMÃO — TERESINA— PIAIJI' — l) _ o técnico atualalo América é e veterano rentro

O GLOBO SPORTIVO I

avante Russo (Adolfo Millmann).2) — O plantei do América para1949 ainda não está completo. Masaté agora já tem os seguintes Jo-gadores: Osni — Vicente e Helu

arqueiros; Joel — Jalves Ai-cides — zagueiros; liilton Viana

Gilberto —- Osvaldinho — Vai-ter — Ivan — Castanheira —Gambá, médios — Jorginho —Maneei» — Ranulfo — Nivaldina»

Lima — Alcidésio e H e i t oxavantes. Amaro, Maxwell e Es-querdinha foram cedidos a« Ola-ria e César está com "passe" ü-vro

HONORATO ALVES DA SILVA_ PATROCÍNIO — MINAS GE-RAIS — 1) — O half avançado doSão Paulo F. C. é o direito: oraRui. ora Bauer. O recuado è o e»querdo: Noronha. 2) — VamcAatender abaixo ao seu seú pedida

AOS LEITORES EM GERAL —O leitor Honorato Alves da Silva,tem 126 números de O GLOBOSPORTIVO para vender aos m-teressados. Os números são de 414até 540 e o endereço é Caixa Pos-tal n.° 10 — Patrocínio — Min**Gerais.

FERNANDO J. SILVA — RECI-FE _ PERNAMBUCO — 1) — Itá-lia 2 x Brasil 1. foi o placard dojogo semi-final do campeonatomundial de 1938. 2) — Foi o Vos-co o campeão do "Municipal" de1945. E campeão Invicto, aliás, comnove vitórias em nove jogos. 3) —A caricatura de Eli será aprovei-tada mas a de Pirilo foi rejeitada.

MARIO LIMA — S. LUÍS —MARANHÃO — 1) — O Vasco daGama pratica todos os principaisesportes, como o futebol — bas-quete — remo — natação — atle-tisnío — tênis — vollei — tênisde mesa etc. 2) — Rejeitado oseu desenho de Luisinho. porqueveio a lápis comum. 3) — A assi-natura anual desta revista custaapenas CrÇ 40.00 e a semestral —Cr$ 25.00. Para conseguir uma as-sina tu ra é bastante enviar a im-portàneia em cheque, vale postalou registado com valor declaradoà gerência do Globo Juvenil —rua Betencourt da Silva, 21 — Lu

f ASSO KRAUSNECK PRESTESTES — TUPANCIRETA — RIOGRANDE DO SUL — Rejeitado "seu desenho do mela alvi-negroGeninho.

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RAFArtELLl — o ex-zagueirovascaino, ora no Bangú — numdesenho do leitor Talma Gonçal-ves Carvalho, de Vitoria, EspíritoSanto.

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O GLOBO SPORT/VO Sexta-feira, 8 de abril de 1949 Página 11

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LINHA IMAGINARIA — Foi Mr. Bnriick trílar o apito,para que um mundo de repórteres acorresse ao local onde seencontravam os chefes, delegados, reservas e técnicos doEquador.

— Como os equatorianos encaram a derrota? — indagou.um, ao presidente da embaixada.

Como0 Tranqüilamente, Não havia outra snidn, .TAsabíamos que não poderíamos ganhar, apenas esperávamosperder de menos.

K por que perderam de tanto?O técnico Planas limitou-se a responder*

Porque a "linha" do Equador continua "imaginaria"...

OS SOFISTAS

FLAVIO FAZ HUMORISMO...

Flavio Costa até que estavaloquaz. Calmo, precisamentecalmo, não mesmo por que, desaída, teve de discutir coisas debolas com um funcionário daC. B. D. À maneira, porém,que chegavam os operadores deradio e os fios se embarafusta-vam no ar, lá vinha êle para onosso lado.

Você sabe, "velho", a gen-te gosta de colaborar, mas as-sim é exigir muito. Veja bem seisto não parece uma casa deloucos?

Falava e apontava para osfios, negros fios que volteavamo baixo-teto, numa confusãotremenda.

Nem me lembro mais se foicomigo. Parece que foi. Trepeinum quarto de parede, seccio-nada propositadamente, paraatar um dos cabos da RadioGlobo nos pórticos contiguos,quando, de seu canto, c4e avi-¦ou:

Se ficar assim baixo, Elye Oswaldo vão acabar se en-forcando neste fio. . .

Lá tivemos que chamar Elye Oswaldo para medir a alturado cabo. Flavio achou graça emelhorou de espírito. . t

O QUE MAlS SOFRFU O que o médico do scratch brasileiro faz, antes e após coda

match, é muito diferente do que faz o sou colega equatoriano. Por exemplo: ti revi-

sqp médica não assumo o caráter serio dos nossos. E tombem ninguém so pesa. Ou

melhor, somente o técnico sobe à balança para controlar seu estado físico.

Domingo, entretanto, diante da atividade do Dr. Paos Barreto, Planas resolveu posar-se e pesar Igualmente o team. Mas vorificou o que sempre desconfiava que pudesseacontecer. De todos, aesde o urqueiro ao ponta esquerda, o que mais peidou pesofoi e'e próprio...

MÍMICAS E SÚPLICAS — Pois era de se b ver, pequenino e movediço, Indoe vindo, virando-se e revirando-se, pedindo e suplicando aos rapazes, seus eo-mandados, que não parassem, que seguissem lutando, que se jogassem Intel-ros. Espiava, espiava, até a bola cheirar perto, até o atacante brasileiro acertaro chute. Bastava que alguém levantasse a perna para se torcer todo e dar a«costas. Se a pelota "ra&pa*Se" o arco, então pedia mais "lucha", mais ânimo,mais "guerra". Caso contrario, se o brado de "goal!" anunciasse "nuiis um",retornava à antiga posição, assobiando fundo, longo e triste. lHiva pena comofazia força para evitai a goleada.

A HISTORIA CONTA OUTRA ITISTORTA... —Um eologn escreveu, tentandorecompor fatos passados do Bangú, o seguinte:— "Ostentando o título cie campeão, o Bnngü em principio de 34 tomou parte em um torneio Rlo-São Paulo, disputado pelos melhores clubes das duas capitais. O Bangú venceu o Palmeiras,a Portuguesa, o Flamengo e o Fluminense. Faltava ainda jogarcom o São Paulo. Mas o Bangú estava em situação tão privilegiadae era tão patente a sua superioridade, que o público se desinte-ressou e o campeonato foi suspenso antes de chegar ao fim."

Primeiramente, para que uma colsn se suspenda, é forçosoque não chegue ao fim. Mas o engano histórico não é isso. Estano fato de "o Bangú não ter enfrentado o São Paulo". Enfrentousim. Enfrentou numa tarde de sábado, no gramado do Flumi-nense. e perdeu. Perdeu de cinco a zero, os cinco "pepinos" con-signados por aquele incrível Waldemar de Brito. .

Claro que ainda hi» exigentes qu«náo acreditam na força do football bra-sllelro. A despeito mesmo dos nov*tentos de domingo. E soflsmam. E con-tinuam sofismando.

Principiam por achar que não *vantagem ganhar assim de um quadrofraco Ganhar de nove. Mas se alguémse espanta c pergunta: "Nem de nov»,olhe que são novel", então dizem:"Perdão, não foi de nove, somente denove. mas de nove a um."

O "um", goal de muita honra paraos equatorianos, cresce e chega a pa-recer diferença.

Finalmente, para esses sonhorimnão é o "placard" que diz a verdade,que reflct co desenrolar de uma peleja*sobretudo se o nitach for igual ao dedomingo, de um lado o Brasil e do ou-tro o Equador. . .

Mas, sofista amigo — faço umaaposta com você — aposto como oEquador não perderá duas veios denove goals- Vale?

Depois disso você devera estar malaou menos conosco, mais ou menos pró"ximo da realidade dos fatos. Será' mo-lhor para nós todo, porque o foothallbrasileiro ganhará mais Üm toroédor,..

(DF. BOBINA)____J|

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INSATISFEITO - Sim, houve muito "chiste"

e muita "alague" cio decurso do encontrode abertura do campeonato. F, certamon-te, urna das bôà

"bolas" proferidas na lar-

de do domingo, foi aquela que, por pou-co, clepoir. da hilariodade, não redundouem dosforço. Conto-vos: o jogo eslava emsou quinto minuto de existência, e alguémIndagou, por trás do palco oficial, natural-mente, som tomar o menor conhotimonlo do"placard":

A quanto vai isto?Zero a zero, começou ainda agora.

Zoro a zero?!

E já so preparavam os ouvidos para o dós-sico "|á?",

quando o retardatario expio-diu de raiva:

— E' muito poucol E' uma vergonha! Nos-ta altura dovíamos oslar vencendo, no mi-nfmo. de dois a zerol

0 QUE 0 SELECIONADOR MAIS TEMIA

Tnrrr <j*% ^r^^^^M

De repente começaram a chegar as dele-g*cões para o desfile. Flavio, sentado entreLuiz Vinhaes e Otto Vieira, pontificava

"Queembaixada é esta?" — perguntou-nos.

"Vou

Já saber para você, Flavio". Mas antes de sair.indaguei se desejava alguma coisa dos equa-torianos "Não, "velho", é que não me lembromais a cor do uniforme desses jovens e queriater em mente todos esses detalhes". Particorrendo até o ponto de reunião dos recém-checado*, Interrogando ao primeiro que en-centrei, aquilo que o meu amigo desejava sa-ber. Disse-me:

— Camisa branca, toda branca, e calçõesnegros.

Flavio, já àquela altura, tendo ouvido aresposta do Informante, ponderou:

Era o que eu mais temia; ter que Jogarcom a camisa do Vawco. Agora sim, meus"amigos" vão falar que, alem dos cinco no-men.s da defesa e mais Ademir, que deverá en-trar no segundo tempo, arranjei também a ea-mlsa de Vasco...

Mas a C BI) não tem outro uni-forme?

Não, só dispõe de um.E as providências já começavam a ser to-

ma d as, quando decidi indagar se aquela ra-paziada era mesmo a equatoriana on não.Outro do grupo esclareceu:

No, nosotros somos colombianos.Só então Flavio suspirou descansado...

naturalmente até o dia do J*»go com a Co-lombia

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A delegação da Bolívia a primeira a desfilarem Sao Januário

Os chilenos desfilando em segundo lugarperante o numeroso público rm São Januário

Desfilam os colombianos, tendo à frente opresidente Jaramilio Garcia

Mlícard Arrasador Ia Estréia Do Brasili '

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A delegação <i«» Equador, que fe/ destilarapenas os Jogadores reservas a fim tle poupar

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\ turma no Paraguai, com :t banaciraraidada da sua entidade

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Os peruanos em marcha. A frente ao centro.o chefe dom Miguel Dasso

POR 9 A 1 CAIRÁ MOS EQUATORIA-NOS NA ABERTURA DO XVI CAM-PEONATO SUL-AMERICANO — UMAVITORIA FÁCIL, MAS SUE APONTOU

FALHAS De CARLOS ARÊAS

Valeu a pena esperar vinte e sete anos? Pode ser quealguns achem que não valeu. Que esperar vinte e seteanos, para ao fim promover um certame sem a presen-ça do adversário mais categorizado — a Argentina — ecom um outro de expressiva tradição representado ape-nas por uma equipe de 2.tt e 3." divisões — que é o casodo Uruguai — não foi nada animador nem interessante.Mas estamos em que a grande maioria achará que valeua pena. que a ausência da Argentina não teve força bas-tante para quebrar a expressão do campeonato e que apresença do Uruguai, ainda que tecnicamente enfraque-cido, cresceu em expressão pelo multo de esforço e de boavontade que representou a sua vinda ao torneio. A1í;ls;i tardo inaugural tio certame foi bem uma demonstraçãotie que essa é a opinião da maioria absoluta. Embora sa-bondo de antemão que a seleção brasileira iria ter pelalrenle um adversário evidentemente sem possibilidadestle ameaçar a nossa vitoria, o públLso prestigiou as solenidades de abertura do XVI campeonato sul-americanude football comparecendo em massa, ao estádio de SáoJanuário E que viu aquela arquibancada popular deSáo Januário, cheia, de ponta a ponta, há de concordarque o termo "massa" esta bem empregado aqui. Em ver-dade só nas arquibancadas populares do Vasco, estive-ram 16.911 pessoas pagantes, proporcionando uma arre-eatlaçáo de Cr$ 388 !<:¦*.!.00 para o total apurado de CrS.ri77 009,00. E durante o desfile tradicional das delegaçõesembora todas fossem aplaudidas, as palmas mais vibrai.'-tes e demoradas cobriram a passagem da turma uru-guala, num demonstração Inequívoca e simpática do re-conhecimento do povo brasileiro pela presença dos "ce-lestes", ainda que sem ases, ainda que sem medalhões.

AS SOLENIDADES DE ABERTURA DO XVCAMPEONATO

Com o estádio de São Januário, Imponente na suunova "fisionomia", com alambrado, cadeiras atrás dogoal, túnel dos vestiários e as arquibancadas cheias, fo-ram levadas á efeito às solenidades tradicionais de aber-tura do XVI campeonato sul-americano tle football. Naordem alfabética desfilaram as delegações da Bolívia, doChile, da Colômbia, do Equador (só com os reservas, por-oue os titulares ficaram no vestiário poupando energias),do Paraguai, do Peru. do Uruguai e do Brasil, esta última,fora da ordem alfabética e encerrando o desfile, por setratar rio pais promotor Em frente ao mastro principaldo estádio vascaino foi executado o Hino Nacional Brast-leiro e hasteada a nossa bandeira. Encerrado esse cerimonial as delegações recolheram-se aos vestiários e te-ve lugar, então, logo a seguir outro desfile: o dos scratchmen amadores do Brasil, que se sagraram campeões sul-americanos no recente torneio efetuado em Santiago doChile Assim os jovens campeões tiveram oportunidadetie receber os aplauso, públicos a que fizeram jus pelasua brilhante conquista em campos estrangeiros. Por fimo Sr. Luiz Valenzuela. presidente da Confederação Sul-Americana, falando ao microfone cio Vasco, pronuncioucurta saudação, declarando inaugurado o XVI campeo-nato continental.

«Continua na página seguinte)

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A juventude do futebol uruguaio. Foi a de-Iegação mai.s aplaudida, numa expontânea

manifestação de simpatia do públicobrasileiro -«*¦ è

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Encerrando o desfile, marcham os brasileirostendo Augusto como porta-bandeira ,

Após as delegações do XVI Sul AmericanoOficiai desfila também a delegação brasilet-ra que venceu em Santiago do Chile o cam-

peonato Sul Americano dc Amadores

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O G.IOBO SPORTIVO Sexta-feira, 8 de abril de 1949 Página 13

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Carrillo em ação. O keeper equatoriano fez dezessete defesaí, mas não convenceu, já que nenhuma delas teve características de arrojoe sensação, capazes do disfarçar um pouco o peso cios nove cjoals

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Os equatorianos entrando em campo, com o seu espetacular uniforme de camisas amarelas e calções azues ocarregando a bandeira brasileira. Nos primeiros cinco minutos Oi visitantes exibiram um football que agradou Bolarente á grama e passes justos e rápidos. Depois do goal sensacional de Tesourinha, porem, o team como que sc desar-ficulou e não tomou mais pé no terreno. O ataque limitou-se às escapadas de quando em quando e a defesa aglo-merou-se na faixa central do campo, deixando as pontas desmarcadas No fim do jogo foi o que se viu: Brasil 9x1 .

Finalmente as duas equipes deram entra-tia cm campo para o jogo inaugural, tendoMr. Barrlok a controlar o match, auxiliadopelo chileno Galves e pelo paraguaio Heyens.Os brasileiros formando com Barbosa — Au*gusto o Wilson — Ely ¦— Danilo e Noronha •¦••Tesourinha — Zlzlnho — Otávio — Jalr o Si«mão, E os equatorianos com Carrillo —- Lova-Io e Bermeo — Torres — Vasquez e Marln —«Arteaga — Canto II — Chuchuca — Vargase Gukio Andrade.

iniciado os 10,20 horas com os brasileirosaluando contra o vento, o match propòrcio-nuu nina impressão inicial bem simpática aosequatorianos. Foram cinco minutos de umfootball agradável, de bola recente ao chão,passes justos de primeira <; boa corrida emcampo o que apresentaram os footballers dacamisa amarela e calção azul, Alguns torce-dores, localizados em torno da bancada de im-prensa não esconderam mesmo o .seu temor,em voz alia, de que o Jogo iria .ser difícil. Emvr"-''"de não há como .se negar que a primeira

ão dos equatorianos foi bem interes-

U UUAL DE TESOURINHA DESARTICULOUOS "CANARINHOS"

Mas eis que ao.s sete minutos de jogo. Te-sourinha que já ensaiara timas duas escapa-das, recebeu a bola da defesa, na altura domelo do campo em sua posição de ponta dl-rcita. O player gàüch.0 deslocou-se então daponta para a meia e investiu para a área Adefesa equatoriana, ao Invés de avançar so-bre Tesourinha procurou marcar Otávio e osoutros atacantes a fim de não permitir queos mesmos recebessem o passe de Tesourinha.Mas o extrema nacional não procurou passar.Vendo o "boqueirão" aberto pela defesa ad-versaria, foi avançando sempre até chegardentro da arca. Ai então não teve mais du-vidas c atirou forte e inapelavel às redes deCarrillo, assinalando o primeiro goal do Bra-sil e do XVI campeonato.

(continua nu página seguinte)

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Página 14 Sexta-feira, 8 de abril de 1949 O GLOBO SPORTIVO

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O tento cie lionra dos equatorianos. Após uni corner, cobrado pelo ponta esquerda, a bola foi ao ponla di reita que a lançou novamente para dentro da área.

Barbosa atirou-se para a defesa, no chão, mas Chuchu ca foi mais rápido e shootou o couro para o fundo das redes

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O tento de Tesóurinha como que dcsartl-oulou toda a engrenagem con. quo se vlnhn con-«in/indo ccrUnho <> team do Equador, i tisslm équo após o goal do abertura tres outros se segui-ram cronometrteamente rte três em três minutoslie forma que nos dezesseis minutos tio jogo Oplncnrd assinalava; lirasll t \ üqu.ular o o se-gundo r.oil foi marradii por Olaviu aos dr/ ml-mitos Zizinho entregou bom passe ao centro-avante «|iie se adiantou um pouco e alvejou comsucesso Interessante «• une por «luas veies, ante-riorniiiili.. Otávio cspcrdlçara à lioca «Ia metamng t.fflc.is oportunidades O terceiro ko.iI foi «leJnlr nos Irczc minutos, .Marcada uma penalidadeemitia os visitantes, próximo à arca, ns cqualo-ria:.os fi/rram unia barreira defeituosa deixandouma larga lirccha para o goleira K .lalr não dei-mui passar o oportunidade, \o apito de Mr Bar-lili NCgulll-flC nm tiro SOCO e violento do famoso¦ nela bola nas ledes de ('arrilln O quartogoal foi as-sinal.wlo por Slmao aos dctcssc.lfl mlnu-los Jair passou a pelota ao ponla esquerda <|t.ccorreu, fechou sobre o goal e atirou alto em plenacarreira para marrar o tento

O TENTO DE HONRA DOS EQUATORIANOS

Com quatro a Sero no placai d <• i. .disfarça v«lsupei im idade territorial, o team brasileiro passoua cair tlc produção facilitando na marcação dosadversários e deixando tlc SC empregar com maiordisposição na disputa das bolas Foi em conse-quçncla desse estado que surgiu aos dezoito emel.» minutos o tento de honra dos equatorianos.Houve um corner ««mira a nossa defesa, que <iponteiro canhoto Guido Rndrlguex cobrou alt«>Augusto saltou para cabecear mas n bola foi í.ponta direita \rreOR i entíio shootou 0 cour.ipara a área A bola ralo na porta dn r.o.il c Uar-l.osa jogou-se ao cl.ào para a defesa Mis Chu-eliuca foi mais rápido e embora caindo, tambemO0HSeR.ltII shool.tr a pelota pira «lento «l.is re.lesbrasileiras. l'«»i assim marrado o tento que seriao l.nico, o de honra, dos "ranarinbos".

SETK A UM AO PINAI DO PRIMEIRO TEMPO

O lento de honra d«is equatorianiis, porem.foi mero acidente no "passeio" que davam ns br.»-sileiros. Tanto assim que aos 2fl minutos reco-meçou a seri.- «Ia goleada Zizinho armou umataque n«> centro do campo. «• passou a Otávio.este mandou o couro à esquerda e Si.não, de pos-se do couro, repetiu o feito anterior: correu, fe-cliou sobre o goal c atirou em plena corrida peloalto vence..tio novamente Carrillo e marcando oquinto goal dos brasileiros Aos quarenta minutosJair recebeu de Danilo e avançou até a arca. Okeeper atirou-se aos seus pês. mas Jair deu en-tfio uma batida de lado na bola e cobriu o suar-dino, para assinalar ô fi." sroal brasileiro Um ml-..tito depois Tesóurinha escapou novamente, des-locado pela mela, e embora puxado pelo braço eempurrado, cheirou até a arca e atirou para mir-car o 7." goal. E con. o tlesconcertante placardde ,xl a favor dos brasileiros "tu>errou-se a pri-íntMra fase da luta.

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A seleção brasileira com a formação que manteve até os 8 a 1 . Depois entraram Bauer, luy e Ademiynoslugares de Ely, Danilo e Zizinho

RACIONAMENTO DE GOALS E DE ENERGIASNO SECUNDO TEMPO

Evidentemente n.io se poderia esperar que a si-Ieoão br.tsi-leira voltasse a campo com a mesma disposição tio goal, já queisso seria desejar um placard astronômico E o que se viu mes-mo foi un. jogo sem maior interesse. s«» para passar o tempoRessaltou-se então apenas o Joro de Jair. que resolveu fazerexibição da sua grande classe, do seu malabarismo, com pas-m-s de pontinha «to pe. sattinhos para fueir das botlnadas eoutras jogadas bem á moda Jair. Passeando sempre o quadrobrasileiro procurou distrair-se forçando um goal de Zizinho,que passou a receber passes de todos os lados Perseguido pelafalta de chance na conclusão, o meia direito nacional acabouacertando com o caminho das redes, aos 23 minutos, quandomarcou o oitavo soai dos brasileiros.

OS "TRES MOSQUETEIROS" F MUS IM GOALPARA TERMINAR

No inicio do segundo tempo os equatorianos haviam feito

tluas substituições no team: — o zagueiro Sanchez entrou nolut;ar de I.ovato e o médio tlireito Kiveros, no de Torres Subs-tltuiç-es essas, aliás, bem acertadas. A equipe brasileira so-mente aos 30 minutos é que sofreu alteração. Entraram ao...esmo tempo Bauer, Rui e Ademir nos lURares de Eli. Daniloe izlnhn. E como comentou ao lado o Serran. foi impressio-na..te a entrada daqueles três cracks, altos, fortes, bem dis-postos, num final de Joro em que o placard já marcava 8x1.Pareciam os "três mosqueteiros" marchando para um combatecom simples camponios A entrada, aliás, de Bauer, Rui eAdemir náo mudou a feição do jogo. que estava facll e ronti-iH.i.u faril Contribuiu porem para o acréscimo de mais umgoal para o placard E' que Ademir, depois de ameaçar porduas vezes a meta de Carrillo, concretizou em j;oal o seu ter-ceiro arremesso, num passe de Sitn&o. E assim o placard. aosquarenta e um minutos, pa.vsou a marear 9x1. Os minutos fi-nais arrastaram-se monótonos e o prelio inaugural do campeo-nato sul-americano chegou ao seu termino com o acachapanteplacard: Brasil 9 x Equador 1. iConelue na página seguinte*

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 8 de abril de 1949 Página 15

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O quarto goal brasileiro. Aos dezesseis minutes do jogo, Simôo leccbeudo um pas.««e de Jair fechou sobie o cjoal e atirou em plena corrida,-alio c íorle, poiovencer o arqueiro Cariillo

/'• placard de 9x1 está a dizer bem da facili-dade c*»m que venceram «rs brasileiros. Alem deletivemos as estatísticas: Barbosa, oito defesas, e Our-rdlo, ArwtmU. Brasil, três corners e E-quador. dure.Mas apesar disso tudo. de leda essa facilidade-, a vi-toria aponttu falhas no team brasileiro I-^alhas queacreditamos tenham vido justamente uma canse-queneüi do panorama sem riíl ieuldade- do jugoAssim, por exemplo, Noronha na deresa não foi nema sombra do Noronha dos treinos e do São Paulo.Isso porque o mediei esquerdo, que é consideradom-lamente um half "carrapat-o"

porque marca oextrema com tal persistência que o amarra inteira-mente, domingo fugiu a essa característica e deixou• seu extrema n vontade. Largou mesmo a posição,P«'r varias ve*es, vindo até ao ataque entregar bt lasa Simao. Em riiiM-e|iirnii;i. Wilson, que já não es-tava firme, comprometeu-se mais. deslocando-se pa-ra cobrir o setor de Noronha. Por outro lade, l»a--U'lo também não se apresentou em bom dia, pou-pando-se bastante e fugindo ao corpo a-corpo paraa disputa da bola. I>estarte a defesa contou comdois elementos cm boa ferina, qur foram Ely e Au-gnsto. alem de Barbosa, cmt-ora pouco solis itado.No ataque observou-se também uma falha; Otávio.O etnter-fOTward, depois de perder duas beav opor-tu nidade*. no primeiro tempo, parfrr qne se atemn-tiyou com a conclusão dos ataques, e passou a pre-

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Icrir cntl^Sgar a -bola a«s ootros, mesmo etn flf HUJCliem que. a Iwgica «raftava a indicar que deveria sercie próprio o aiif-matador t>s ponteiros Tesourinhae Kimáo aproveitaram l/fm a cfaannc e apaieeeram«¦ni destaque Dos meias, Jair foi evidentemente omelhor, mas Ziunho não comprometeu, Quanto aosIres mosqueteiros, IVauer, Kuy e Ademir não tiveramte rapo para se- destacar, mas na4i quebraram a liarmonia do cem junto De um modo geral a impressãoé qui «, scratch facilitOu porque o adversário erafraco, mas que a sua liasc c boa e rm outropoderá agradar, sem restrições

(i QUE FIZERAM í>S EQUATORIANOS

Inicialmente o que se poderá dizer dos equato-n.L.-.e- ó que eles estão deslocados na época atualde e\"»lurão do football Assim é que não «bed-Rcema nenhuma tática de marcação «u de ataque. Nadefesa, não há tarefa determinada para cada player.I'r««-uram eles marear a bola c c-uasc sempre aglo-merando-se no centro isso explica porque Tesou-linha c Simão puderam brilhar. |-: no ataque nãosó apenas os d«us meias villam São todos os eincoque recuam para apanhar a bola. Aliás, o objetivoprincipal deles é a bola, esteja onde estiver. I>ifí-ríbnriilc procuram as canelas der adversário Kmconjunto, pois, a impressão d«»s equatorianos não fo;

elas melhorei Individualmente, penem, alguns doasc'uS elementos conseguiram agradar, relativamente,6 claro, e dentro das sua.s possibilidades Assim, o»dois players que entraram no segundo tempo: San-Ches, zagueiro direito e Kiveros, médio direito, apa-reoenur bem. O center-half Varquez também mo-viinrntou-se eOni disposição e. f«»i um d«>s poueís queprocuraram armar jogo. No ataque o meia direitaCantos enloeou-se em evidencia pelo seu maior tra-halbo de ligarão. A ala esquerda Vargas c GuidoAndrade também teve inomfntus em que agradou.Os restantes, porem, não convenceram em nenhummonient»., inclusive o Iteeper Carrillo que, apesar deter feito dezessete defesas não fe-/ nenhuma «jiie sedestacasse. O team todo apresentou, porem, umapreciável mérito: o da eombatividade. limbora oplacard subisse sempre, eles náo pararam em cam-po, correndo atrás da bola até « f'm do jogo.

O.K. MR. BARIMCK

A arbitragem de Mr. Barrick dispensa maiorescomentários. Basta que si; dipa que esteve O.K.,tanto mais que a facilidade do jogo não deu mar-gem a casos, nem a que «s seus auxiliares, osírean-do na marcação em diagonal, pudessem fazer Inter-venções menos oportunas.

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