história dos três pica-paus filehistória dos três pica-paus . 5 . ora, num belo dia de sol, em...

29
História dos três pica-paus José Monteiro Morais

Upload: dangkhanh

Post on 17-Apr-2018

219 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três pica-paus

José Monteiro Morais

Page 2: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

2

Page 3: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

3

Era uma vez... Três Pica-Paus

Aqui bem perto, num

recanto do mato, moravam

três pica-paus, cada qual na

sua árvore.

Ali tinham as suas

casinhas, qual delas a mais

bonita.

Page 4: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

4

A vermelha, era a casa do pica-pau António; a

amarelinha, do pica-pau Francisco; a azul, do pica-pau

Manuel.

Page 5: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

5

Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau

António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

daquela manhã, aflorou, ao seu coração, uma enorme alegria

e, logo, uma vontade irresistível de voar, céus além, o dia

Page 6: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

6

inteiro, sem parar.

E porque não!?... – pensou. – Porque não, ir bater à

porta dos seus amigos e desafiá-los para irem, os três, fazer

Page 7: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

7

uma grande festa? Enfim. O que o António queria, era dar

largas àquela explosão de alegria que, assim, subitamente, lhe

invadiu a alma!

De radiante que estava, dava, instintivamente, saltinhos

como se molas tivesse. Sentia-se irrequieto. Ao dar um desses

saltinhos, levantou voo, descreveu três círculos à volta da sua

casita e, aí vai ele direitinho a casa do amigo mais próximo; o

pica-pau Francisco.

Chegado à casa do companheiro e supondo que "todos os

habitantes da terra" estariam tão radiantes como ele, não

hesitou em bater-lhe à porta com ímpeto e, acto contínuo,

pôr-se a trautear, desalmadamente, um dos seus improvisos

musicais.

Page 8: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

8

Porém, um nadinha admirado de tanta quietude em nada

condizente com as

suas previsões,

suspendeu,

repentinamente,

uma das notas do

seu trinado, a

pensar lá para

consigo o poderia

significar tal

silêncio. Que

silêncio!

Page 9: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

9

Já um bocadinho preocupado, levanta, mais ainda, o

batente do ferrolho para bater de novo, mas, desta vez, com

toda a força. Pois, sim. Tudo na mesma. Nada!

No intuito de sossegar-se a si próprio, pensou: – Bom!

Não está; saiu cedo; só pode ser isso. Venho mais logo. Mas,

a dúvida voltou a inquietá-lo. Teme agora que o seu amigo

esteja em dificuldade. Foi-se ao aldrabe da porta e, com uma

pontinha de nervos à mistura, ia desarando a porta, o ferrolho,

as dobradiças e tudo o mais! Isto é, ia pondo a porta abaixo,

mas resultado, zero!

Começava agora a pensar em entrar pela janela, tanto

mais que estava um nadinha entreaberta.

Page 10: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

10

Assim pensou, assim o fez. Saltou e quando já se

encontrava empoleirado no peitoril da janela, começou a

ouviu, uma voz muito sumida mas resmungona.

Quem é!?... Que querem de mim assim tão cedo... ai

meu Deus, que mal fiz eu aos céus para me tratarem com esta

violência!

Ao ouvir tal resmunguice, o pica-pau António acabou

por dar uma enorme gargalhada e, por fim, berrou-lhe com

os nervos à flor da pele:

– Ah seu grande mandrião! Como estou arrependido de

ter aqui vindo! Mas que susto me pregaste, meu grande

dorminhoco! Levanta-te, preguiço duma figa. Abre bem esses

olhos para veres os campos cheios de luz, e milhões de gotas

de orvalho, cintilando à luz do sol!

Page 11: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

11

Nisto, os engonços da portita começaram a ranger muito

lentamente, e o Francisco lá foi surgindo, com os olhitos

meio abertos, curvado para a frente e com uma patita, a coçar

a cabeça.

Page 12: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

12

Ao ver o seu amigo António, e tentando recompor a voz

– que teimava em não sair –, lá conseguiu balbuciar umas

palavras mais perceptíveis:

– Então que há!?... Que dia é hoje!?... Que horas são!?

Qual é o teu problema!?

– Estás mesmo tonto – diz o António, já com imensa

pena ter interrompido o sono daquele amigo. – Não, não há

nada de especial; sabes, é que acordei com a luz do Sol a

bater-me nos olhos, e, deparando com a linda manhã, veio-me

à ideia de irmos para os campos fazer uma grande festa!

– Uma festa? - diz o Francisco ainda enredado na

sonolência. Uma festa...mas, porquê!? Fazes anos?

Não é isso, palerma – replicou de imediato o António –

então os meus anos não foram ontem? Estás pior “meu pato

Page 13: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

13

rouco”; – e continuando sem esperar resposta – Nada disso;

como vês, está um maravilhoso dia de Outono e, por tal

motivo, veio-me à ideia que poderíamos ir para os campos...

olha, fazer um magusto; que achas!?

O pica-pau Francisco bocejou longamente, esticou a

asas uma após a outra, retesou as pernas apoiado nas pontitas

das unhas e, ao voltar à posição normal, acabou dizendo:

Bom, acho que sim. Acho até uma boa ideia; só lastimo

ser tão cedo. – continuando – mas ouve lá; não poderia ser

amanhã?

Já o Pica-pau António ia a barafustar desanimado,

quando o dorminhoco do Francisco – como que arrependido

da sua esfarrapada proposta, disse:

Page 14: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

14

– Desculpa lá, António. Tens razão. Chega de tanto

dormir. – E num gesto decidido diz ao amigo – Entra; deixa-

me só lavar o bico, dar uma escovadela às penas, beber uma

gota de orvalho e, pronto.

Passado o amargo do terrível momento, não tardou que

levantassem voo e, instantes passados, lá estavam eles a

pousar na árvore do terceiro amigo, o pica-pau Manuel.

Tinham já o bico aberto, para o chamar, em coro,

quando este os surpreendeu lá de cima, da clarabóia do seu

telhado, dizendo, com a voz fresca e decidida:

É rapazes; tão cedo!? Há alguma novidade!?

Há! – diz o António, recompondo-se de um pequeno

susto, devido aparição repentina do Pica-pau Manuel.

Page 15: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

15

– Vimos convidar-te para irmos fazer um magusto, que

achas?

O pica-pau Manuel, que já estava pronto para sair

também ele alegre, devido ao sol maravilhoso daquele dia,

disse lá do alto do telhado:

– É para já, rapazes!

Com isto desceu prontamente, pegou num dinheirito e,

de um salto, logo ficou junto deles. Levantaram voo, todos “à

uma”. Já nas alturas, saboreando aquela vivificante frescura

matinal, começaram a combinar qual seria a melhor forma de

fazerem o inesperado magusto.

– Para aqui, para ali, talvez isto, talvez e aquilo, mais

um trinado a três vozes e lá iam. Enfim, uma alegria.

Page 16: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

16

A certa altura desceram e, era vê-los, agora, atarefados

num super-mercado, a comprar, castanhas, figos, nozes,

maçãs, laranjadas Coca-Cola, pasteis, chocolates, etc. etc.

Page 17: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

17

Porém, com o entusiasmo, nem se apercebiam que algo

estava errado, erro esse de que só se aperceberam quando

tomaram o pulso ao peso das compras. Um peso e um volume

tais que lhes era impossível transportarem tanta coisa, pelos

seus próprios meios. Puseram-se a olhar uns para os outros,

mas a tentar repartir a mercadoria: tu levas isto, tu levas

aquilo... acabaram por descobrir que, só a carga que cabia a

um deles, mal a poderiam levar os três. Francamente – diziam

– mas que juízo o nosso!

Porém, há coisas incríveis! Iam eles arrastando, as

coisas depois de pagarem no caixa do Super Mercado,

quando atrás deles estava uma Garça, também ela a pagar, um

pequeno saco de sementes. Esta, ao ver tanta dificuldade a

Page 18: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

18

atormentar os pequenitos pica-paus e vendo que podia

facilitar-lhe a vida, disse-lhes:

– Vão para longe?

– Bom... – diz um dos pica-paus – estamos a tentar levar

estas compras para o campo, mas estamos a ver que não

podemos levar o que compramos.

– Bom – diz a garça – para que lado vão?

– Vamos para Nascente, dizem em coro os pica-paus.

A Garça, amiga de ajudar, disse:

– Olhem, estão com sorte, pois que também eu vou para

esses lados e ajudo-vos a levar a carga, querem?

– Ó, se queremos – disseram, lampeiros, os pequenos

pássaros.

Page 19: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

19

O que na verdade se passava era que a garça nem sequer

ia para aqueles lados, como dizia, e os pica-paus, agora muito

felizes, achavam que tudo aquilo era apenas obra do acaso.

Page 20: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

20

Até ali tudo bem; A garça deixara-os já no campo, e

eles trataram de fazer a fogueira, tomando, é claro, todos os

cuidados.

Já a fogueira estava fortemente ateada quando um deles

lhe deu na cabeça de despejar, o saco das castanhas no meio

Page 21: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

21

das labaredas!

Enfim, o Francisco não sabia que é preciso cortar, antes

de mais, um bocadinho da casca, para que as castanhas não

estoirassem com o calor. Só que essa asneira do Francisco

provocou o maior dos reboliços que outro não houve em toda

a terra!

Aquilo resultou num sucessivo desencadear de

explosões transformando as castanhas numa imensa

migalhada, até dez metros, em redor da fogueira!

Assustaram-se muito, salta para aqui, salta ali, mas,

depois do susto, tudo acabou numa interminável risada.

Mas não é que, o “acidente” lhes veio facilitar a vida!

É verdade. As castanhas transformaram-se em milhares

de migalhinhas, ao fim e ao cabo, bem adequados aos seus

Page 22: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

22

bicos. Encheram-se pois de comer castanha, por entre as

ervas e folhas do prado!

Enfim; de qualquer modo, comeram, beberam,

cantaram, dançaram. Uma grande reinação!

Era já à tardinha quando resolveram vir embora, tanto

Page 23: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

23

mais que ainda viriam tomar um cafezinho à cidade.

Aí vêm eles, agora sem bagagem, leves como o vento,

ainda mais que este soprava a favor!

Aturdidos e eufóricos de tanta brincadeira, entraram

então no café fazendo um certo alvoroço. Importa dizer que

não era a primeira

vez que iam ali,

pelo que, o senhor

João (um bondoso

empregado de

mesa), já os

conhecia muito

bem e, diga-se, até

gostava deles.

Page 24: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

24

Sentaram-se ordeiramente e disseram, em coro, os

pequenos foliões:

– Oh senhor João, por favor, três cafés, aqui p’rá mesa

do canto.

Para já o senhor João limitou-se a olhá-los de soslaio,

como que a preveni-los de que não queria ali brincadeiras.

Por sua vez, os pica-paus, trocavam entre si uns olhares

matreiros, mas os cafés, foram servidos e acolhidos no mais

respeitoso silêncio!

Mas...oh desgraça das desgraças! Em escassos

segundos, rebentou naquela mesa uma enorme chinfrineira!

O senhor João volta-se perplexo, e com ele toda a gente

que, no café, tomava, calmamente, a sua bica e lia o seu

jornal.

Page 25: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

25

Sem se saber ainda, o que se tinha passado, os pica-paus

gritavam cada vez mais alto:

– "AI O MEU BICO"! "AI O MEU BICO"!

Page 26: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

26

– O que foi! O que foi! – indagam alguns dos presentes.

O senhor João aproximou-se tentando aperceber-se das

causas daquela barulheira, enquanto os pica-paus não

paravam de se queixar do seu bico.

Bom, o que se passou, foi que os pica-paus meteram,

estouvadamente, os bicos no café ainda escaldante, e daí toda

aquela gritaria.

Ao aperceber-se disso, o Sr. João, de bom homem que

era, foi logo buscar gelo, pôs-lho nos bicos e, aquilo passou

sem consequências.

Parecia que tudo tinha voltado ao normal, quando, de

repente, estoira na mesma mesa um festival de estrondosas

gargalhadas!

Page 27: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

27

Foi o caos! Os indesejáveis clientes começaram a

esvoaçar por cima dos candeeiros, passavam a rasar as

cabeças dos fregueses, enquanto o Sr. João, gesticulando no

meio daquele estardalhaço, gritava:

– Saiam daqui seus marotos que estão a despentear os

clientes!

Foi então que os pica-paus se aperceberam de que

tinham ultrapassado, em muito, os limites do bom senso, e

logo pediram a todos,"mil" desculpas.

Com isto pagaram os cafés e saíram, enquanto o senhor

João olhava para eles por debaixo das sobrancelhas, sorrindo.

Bom, depois da envolvente aventura, estavam, naturalmente,

cansadíssimos. E como era já o fim do dia, lá se foram, cada

qual para a sua casita.

Page 28: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

28

Aí os esperava uma caminha, feita por eles, bem

entendido, forradinha a pétalas e folhas que dava gosto

dormir nelas. Tinham sono. Muito sono.

Imaginemo-los, agora esticados ao comprido a

dormiram profundamente!

E nós também vamos dormir... Certo!?

Page 29: História dos três pica-paus fileHistória dos três Pica-paus . 5 . Ora, num belo dia de sol, em pleno Outono, o pica-pau António acordou muito cedo. Ao ver a luz resplandecente

História dos três Pica-paus

29

Texto e Ilustração de

José Morais 1994