15 janeiro - a [email protected] pica-pau pau/pica... · 2017. 1. 13. · um hino de...

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“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mun- do!” Estas são palavras fulguran- tes, um convite para olhar para o rosto humilde do Filho de Deus, que se fez pequeno e frágil em Belém, pobre e caminhante na Galileia, pãp e alimento na última ceia, grito e dor no calvário, silên- cio e salvação na manhã da Páscoa! Sim, o cordeiro é uma criatu- ra frágil e débil, obedece com docilidade e é sempre indefe- sa. O cordeiro não domina, não agride, não mostra gar- ras ou ataca, mas tudo suporta… Eis o nosso Deus, que nada impõe, pretende ou exige sacrifícios, mas se ofe- rece como dádiva simples e bela de Amor! Vida da comunidade Domingo 15 Janeiro 2º Domingo do T. Comum - A Terça 17 Janeiro Jornadas de Formação Permanen- te, no Seminário Maior de Coimbra (dias 17-19) Às 21h15, Catequese de adultos na Reitoria do Dianteiro. Quarta 18 Janeiro Início da semana de oração pela unidade dos cristãos - Encontro de oração no Bebedouro (21h00) Às 21h15, Catequese de adultos no Tovim Quinta 19 Janeiro 15h30 às 18h15: Adoração do Santíssimo, na igreja de Santo António. Oração pelas vocações. Às 21h00: Encontro ecuménico em Portomar Sexta 20 Janeiro Às 21h15, Em Santo António e na Rocha Nova: Catequese de adul- tos. Às 21h00: Encontro ecuménico na Figueira da Foz. Sábado 21 Janeiro Horário normal da catequese. Domingo 22 Janeiro 3º Domingo do T. Comum - A ENCONTROS ECUMÉNICOS DE ORAÇÃO Dia 18 (Quarta), às 21h00, no Bebedouro (igreja presbiteriana); Dia 19 (Quinta), às 21h00, em Portomar (igreja católica); Dia 20 (Sexta), às 21h00, na Figueira da Foz (igreja católica); Dia 23 (Segunda), às 21h00, em Cadima (igreja católica) Dia 24 (Terça), às 21h00, em Coimbra - igreja de São João Batista (igreja católica) Dia 25 (Quarta), às 21h00, em Alhadas, igreja presbiteriana. PICA-PAU Paróquia de Santo António dos Olivais 3000-083 COIMBRA Tel 239 711 992 | 239 713 938 [email protected] Folha da Comunidade Paroquial Ano 30 Nº 17 - 15 Janeiro 2017 AO SERVIÇO DO BEM COMUM Publicamos, com devida vénia, alguns excertos de um significativo texto do Presidente da Comunidade Vida e Paz, Dr. Henrique Joa- quim, publicado no Site “Pastoral da Cultura”, sob o título: Ao servi- ço do Bem Comum”. Nos últimos tempos, pelas mais diversas razões, temos vivido tempos de mudança aos mais variados níveis. Vivemos tempos de mudança e de incerteza política e económica ao nível mun- dial e vivemos também a morte de diferentes pessoas mais ou menos próximas e familiares para todos nós. Por exemplo, mui- to recentemente, no espaço de poucas horas, vivemos o fim da vida de Mário Soares, Guilherme Pinto e Daniel Serrão. Vidas completamente diferentes, muitas vezes apoiadas, e tantas outras criticadas, mas na hora da morte destacadas e respeita- das de forma unânime. É verdade que em Portugal parece existir o costume de todas as pessoas serem vistas como boas apenas depois de morre- rem mas, nos casos referidos, este respeito e reconhecimento unânime, é bem mais profundo, social e humanamente enraiza- do porque radicado num aspeto comum: foram vidas vividas ao serviço do bem comum! De facto quando nos focamos num bem maior, num bem comum, é muito mais o que nos une do que aquilo que nos separa. E hoje aquilo que provavelmente vivemos é mais uma transição de gerações, uma mudança de época, onde as mar- cas deixadas nos colocam desafios presentes e futuros. Viver ao serviço do bem comum implica muitas vezes construir ape- sar das divergências, sonhar e caminhar para lá das contingên- cias, saber aceitar oposições e críticas, ser humilde nas deci- sões menos positivas. Com estes traços estas e outras vidas marcam-nos o desafio do inconformismo que combate a indife- rença, e os falsos consensos, que mais não são do que unani- mismos conjunturais e efémeros que evitam a discordância que pode levar a opções por caminhos diferentes mas para a mes- ma meta, para o mesmo fim, o Bem Comum como ideal. “Nenhuma dificuldade pode ser superior à nossa vontade de a vencer... Sei que não vencerei a morte, mas estar vivo não é uma dificuldade, é um privilégio” (Daniel Serrão).

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Page 1: 15 Janeiro - A santoantonioolivais@gmail.com PICA-PAU Pau/Pica... · 2017. 1. 13. · um hino de louvor ao nosso Deus. SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS norte se celebra

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mun-do!”

Estas são palavras fulguran-tes, um convite para olhar para o rosto humilde do Filho de Deus, que se fez pequeno e frágil em Belém, pobre e caminhante na Galileia, pãp e alimento na última ceia, grito e dor no calvário, silên-cio e salvação na manhã da Páscoa!

Sim, o cordeiro é uma criatu-ra frágil e débil, obedece com docilidade e é sempre indefe-sa. O cordeiro não domina, não agride, não mostra gar-ras ou ataca, mas tudo suporta… Eis o nosso Deus, que nada impõe, pretende ou exige sacrifícios, mas se ofe-rece como dádiva simples e bela de Amor!

Vida da comunidade Domingo

15 Janeiro 2º Domingo do T. Comum - A

Terça 17 Janeiro

Jornadas de Formação Permanen-te, no Seminário Maior de Coimbra (dias 17-19) Às 21h15, Catequese de adultos na Reitoria do Dianteiro.

Quarta 18 Janeiro

Início da semana de oração pela unidade dos cristãos - Encontro de oração no Bebedouro (21h00)Às 21h15, Catequese de adultos no Tovim

Quinta 19 Janeiro

15h30 às 18h15: Adoração do Santíssimo, na igreja de Santo António. Oração pelas vocações. Às 21h00: Encontro ecuménico em Portomar

Sexta 20 Janeiro

Às 21h15, Em Santo António e na Rocha Nova: Catequese de adul-tos. Às 21h00: Encontro ecuménico na Figueira da Foz.

Sábado 21 Janeiro

Horário normal da catequese.

Domingo 22 Janeiro

3º Domingo do T. Comum - A

ENCONTROS ECUMÉNICOS DE ORAÇÃO

Dia 18 (Quarta), às 21h00, no Bebedouro (igreja presbiteriana);

Dia 19 (Quinta), às 21h00, em Portomar (igreja católica);

Dia 20 (Sexta), às 21h00, na Figueira da Foz (igreja católica);

Dia 23 (Segunda), às 21h00, em Cadima (igreja católica)

Dia 24 (Terça), às 21h00, em Coimbra - igreja de São João Batista (igreja católica)

Dia 25 (Quarta), às 21h00, em Alhadas, igreja presbiteriana.

PICA-PAU

Paróquia de Santo António dos Olivais

3000-083 COIMBRA

Tel 239 711 992 | 239 713 938

[email protected]

Folha da Comunidade Paroquial Ano 30 Nº 17 - 15 Janeiro 2017

AO SERVIÇO DO BEM COMUM Publicamos, com devida vénia, alguns excertos de um significativo texto do Presidente da Comunidade Vida e Paz, Dr. Henrique Joa-quim, publicado no Site “Pastoral da Cultura”, sob o título: Ao servi-ço do Bem Comum”.

Nos últimos tempos, pelas mais diversas razões, temos vivido tempos de mudança aos mais variados níveis. Vivemos tempos de mudança e de incerteza política e económica ao nível mun-dial e vivemos também a morte de diferentes pessoas mais ou menos próximas e familiares para todos nós. Por exemplo, mui-to recentemente, no espaço de poucas horas, vivemos o fim da vida de Mário Soares, Guilherme Pinto e Daniel Serrão. Vidas completamente diferentes, muitas vezes apoiadas, e tantas outras criticadas, mas na hora da morte destacadas e respeita-das de forma unânime.

É verdade que em Portugal parece existir o costume de todas as pessoas serem vistas como boas apenas depois de morre-rem mas, nos casos referidos, este respeito e reconhecimento unânime, é bem mais profundo, social e humanamente enraiza-do porque radicado num aspeto comum: foram vidas vividas ao serviço do bem comum!

De facto quando nos focamos num bem maior, num bem comum, é muito mais o que nos une do que aquilo que nos separa. E hoje aquilo que provavelmente vivemos é mais uma transição de gerações, uma mudança de época, onde as mar-cas deixadas nos colocam desafios presentes e futuros. Viver ao serviço do bem comum implica muitas vezes construir ape-sar das divergências, sonhar e caminhar para lá das contingên-cias, saber aceitar oposições e críticas, ser humilde nas deci-sões menos positivas. Com estes traços estas e outras vidas marcam-nos o desafio do inconformismo que combate a indife-rença, e os falsos consensos, que mais não são do que unani-mismos conjunturais e efémeros que evitam a discordância que pode levar a opções por caminhos diferentes mas para a mes-ma meta, para o mesmo fim, o Bem Comum como ideal.

“Nenhuma dificuldade pode ser superior à nossa vontade de a vencer... Sei que não vencerei a morte, mas estar vivo não é uma dificuldade, é um privilégio” (Daniel Serrão).

Page 2: 15 Janeiro - A santoantonioolivais@gmail.com PICA-PAU Pau/Pica... · 2017. 1. 13. · um hino de louvor ao nosso Deus. SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS norte se celebra

Palavra do Senhor 2º Domingo do Tempo Comum / A

Is 49,3.5-6 Sal. 39 (40)

1 Cor 1,1-3 Jo 1,29-34

Oração do Domingo

Senhor Jesus, Cordeiro de Deus,

manso e humilde de coração, que limpas o meu pecado e o de todo o mundo com a água viva do Batismo e o mistério da reconcilia-ção:

recebe o meu canto de louvor pela força regeneradora do Fogo que transforma e renova a mis-são.

És bom, Senhor, porque vens ao meu encontro, desces ao meu templo e tocas o meu espaço num convite constante a permanecer fiel ao amor e a tornar-me templo do Teu Espírito de Vida.

Senhor Jesus, não te conheço verdadeiramente, mas vejo-te em mim e na história e grito de ale-gria que és o Filho de Deus que vens ao nosso encontro para nos salvar!

A liturgia deste domingo coloca a ques-tão da vocação; e convida-nos a situá-la no contexto do projecto de Deus para os homens e para o mundo. Deus tem um projecto de vida plena para oferecer aos homens; e elege pessoas para serem tes-temunhas desse projecto na história e no tempo.

A primeira leitura apresenta-nos uma personagem misteriosa – Servo de Jah-wéh – a quem Deus elegeu desde o seio materno, para que fosse um sinal no mun-do e levasse aos povos de toda a terra a Boa Nova do projecto libertador de Deus.

A segunda leitura apresenta-nos um “chamado” (Paulo) a recordar aos cristãos da cidade grega de Corinto que todos eles são “chamados à santidade” – isto é, são chamados por Deus a viver realmente comprometidos com os valores do Reino.

O Evangelho apresenta-nos Jesus, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Ele é o Deus que veio ao nosso encontro, investido de uma missão pelo Pai; e essa missão consiste em libertar os homens do “pecado” que oprime e não deixa ter acesso à vida plena.

(Dehonianos.org)

Salmo 39(40): “Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade”. Esperei no senhor com toda a confiança e Ele atendeu-me. Pôs em meus lábios um cântico novo, um hino de louvor ao nosso Deus.

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2017, que no hemisfério norte se celebra de 18 a 25 de janeiro, vai evocar os 500 anos da reforma protestante, iniciada por Martinho Lutero.

O documento de reflexão, preparado e publicado em conjunto pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (Santa Sé) e a Comissão Fé e Constituição (Conselho Mundial de Igrejas), tem como tema central a reconci-liação: “Que pessoas e Igrejas possam ser impelidas pelo amor de Cristo a viver vidas reconciliadas e a derrubar as paredes da divisão”.

O tema da Semana de Oração Quando a comissão nacional alemã se reuniu para preparar esta Sema-na, ficou claro que os materiais deve-riam ter dois destaques. Por um lado, deveria haver uma cele-bração do amor e da graça de Deus, a “justificação da humanidade somente pela graça”, refletindo a ideia principal das Igrejas marcadas pela Reforma de Martinho Lutero. Por outro lado, deveria também ser reconhecida a dor das subsequentes profun-das divisões que afligiram a Igreja, com menção aberta de culpa e oferta de uma oportunidade para dar passos na direção da reconciliação. Recentemente, foi a Exortação Apostólica do papa Francisco em 2013: A Alegria do Evangelho que deu o tema para este ano, quando usou a citação “O amor de Cristo nos impele”. Com essa frase da Escritura (2Cor. 5,14), tomada no contexto do capítulo 5º da segunda carta aos Coríntios, a comissão alemã formulou o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2017.

Queremos, também, recordar que a 31 de outubro de 2016, o Papa e o presiden-te da Federação Luterana Mundial (LWF), assinaram na Suécia uma declaração comum, por ocasião da comemoração conjunta católico-luterana dos 500 anos da reforma protestante. O texto, assinado pelo Papa Francisco e pelo Presidente da Federação, Munib Yunan, refere: “Pedimos a Deus inspiração, ânimo e força para podermos continuar juntos no serviço, defendendo a dignidade e os direitos humanos, especialmente dos pobres, trabalhando pela justiça e rejeitando todas as formas de violência”.

Deus Criador, que nos fizeste à tua imagem e nos redimiste por Jesus Cristo, teu Filho: olha por toda a família humana com compaixão; retira a arrogância e o ódio que infetam os nossos corações; derruba os muros que nos separam; une-nos com laços de amor; e, apesar das nossas fraquezas, realiza os teus projetos na terra, para que todos os povos e nações te possam servir na concórdia e na paz.