histórico de habitação social no mundo e no brasil

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  • 8/18/2019 Histórico de Habitação Social no mundo e no Brasil

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    1830

    Habitação operária. Crescimento desordenado das cidades. Êxodo rural.Com o “inchamento” das cidades, vários problemas sociais começaram aaparecer. Não existia como abrigar toda a população, pois não existia casa

    para todos. Não existia saneamento básico adeuado. !oenças começarama aparecer. Começaram a pensar em propostas de habitaç"es operárias, emespaços m#nimos, para conseguirem atender a toda a demanda.

    Cada ind$stria trás consigo uma demanda de moradias para seus%uncionários, e se não %or atendida, causa graves crises de escasse&.'rimeira crise ocorreu no per#odo da revolução industrial, grandes levasrurais %oram atra#das para os centros urbanos.

    Colocavam muitas pessoas (untas em espaços m#nimos. ) principal ob(etivoera o máximo lucro ue poderiam obter com as moradias. *ntão con%orto

    dos moradores não era priori&ado. +uanto mais pessoas conseguissemcolocar em um espaço com o maior aproveitamento do terreno uantomenor melhor-, mais lucro teriam. s pessoas não possu#am outras opç"esmelhores, por isso acabavam se submetendo / essas condiç"es. 'ossu#ampouca passagem de ar, sem iluminação natural, poucas aberturas.

    Com o alastramento das epidemias, as cidades começaram a se preocuparcom as condiç"es sanitárias.

    1840

    0oram criadas leis para tentar melhorar essas condiç"es de higiene nascidades, como condiç"es m#nimas de higiene para as moradias de aluguel,proibição de compartimentos subterr1neos, controle p$blico nas áreas deabastecimento de água, os esgotos, drenagem, limpe&a urbana epavimentação e regulamentação das casas de aluguel.

     2entativas %oram %eitas para %acilitar a construção de moradias para a classeoperária. Construção de im3veis mistos, onde os mais ricos moravam nomesmo lugar com os mais pobres. )s mais ricos embaixo, e os mais pobresem cima.

    1900

    4uspensão dos im3veis mistos e construção das vilas operárias. 5esist6nciados operários a se mudarem. Cortiço ainda era a %orma de habitação maispopular.

    *ram habitaç"es ue 7cavam abaixo do n#vel da rua, iluminadas por gradeshori&ontais no chão. lemanha-

    ) governo %ranc6s controlava a sociedade por meio de comit6s

    1950

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    segunda guerra mundial deixou um rastro de devastação por ondepassou. o seu 7m, os governos se viram necessitados de ampliarem as%unç"es no campo habitacional.

    ) governo interviu nas politicas habitacionais, por8m, as medidas adotadas

    eram mais “%alaç"es” do ue de %ato concreti&adas.

    1960

    Com as novas pol#ticas habitacionais, as pessoas se viram mais con7antesem migrarem dos centros rurais para as cidades, %a&endo com ue asind$strias se expandissem tamb8m, para acompanhar o crescimentopopulacional ue estava acontecendo nos centros.

    ) setor privado %oi o responsável pela maior parte das construç"es nessa8poca.

    Concentração do capital no setor imobiliário. Construção em massa nasperi%erias urbanas.

    1973

    Com a crise do petr3leo, houve uma diminuição signi7cativa na área daconstrução civil. ) preço dos materiais aumentou, a mão de obra, e maiorestaxas de (uros.

    Mobiliário

    perda do poder de compra dos assalariados tem re9etido em uma baixano setor da construção civil. !epois da crise de :;

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    *xplosão do crescimento populacional, causada pelo complexo ca%eeiro,abolição da escravatura e proclamação da rep$blica, 9orescendo atividadescomerciais e industriais. s cidades não possu#am uma in%raestruturaadeuada para acompanhar essa explosão populacional, não possu#ammoradias para todos os ue estavam chegando, e nem um saneamento

    básico adeuado. 0ormamAse cortiços, tamb8m %oco de doenças.

    ) segundo imp8rio cria uma s8rie de decretos ue exigia ue as empresasconstrutoras %ossem constru#das de acordo com as prescriç"es da (untacentral de higiene p$blica.

    1900

     2entativa de regulamentação das construç"es. 'essoas ue tinhamcondiç"es boas, viram vantagem em se construir moradias para alugaAlas,pois não existia nenhum meio de 7nanciamento de moradias, o ue

    di7cultava /s pessoas mais pobres de aduirirem seus im3veis, o uecomeçou a estimular o inuilinato.

     2er a sua casa pr3pria não era rentável. )s operários recebiam saláriosbaix#ssimos, o ue di7cultava ue comprassem sua pr3pria moradia, at8tamb8m por %alta de incentivo do governo. )s preços eram muito altos. spessoas pre%eriam viver em aluguel e conseguirem (untar algum dinheiro,do ue gastar seu dinheiro todo numa moradia privada e não conseguir

     (untar nada. Não existiam normas para gerar os contratos de aluguel.

    ) euil#brio entre procura e o%erta se desestabili&ou, onde o governo

    precisou intervir nas taxas de inuilinato do pa#s, e o n#vel de construçãocaiu, e o preço dos alugueis aumentou, o ue gerou uma crise. ) *stadoteve ue se aliar a iniciativa privada, para conseguir conter a crise e alo(artodos os moradores. ssim surgem as vilas operárias, ue eram constru#daspor empreendedores particulares ou pelas ind$strias para o%erecer moradiaa seus %uncionários.

    CortiçoAcorredorB 7leiras de c?modo separadas por uma estreitapassagem. 4anitários e tanues de roupas no %undo da casa, e apenas umaseparação da co&inha e de um uarto. Dárias %am#lias compartilhavam o

    mesmo banheiro e a mesma co&inha.

    Dila >aria E8liaB com plantas de : a = uartos, e banheiro no corpo da casa,aus6ncia de corredores.

    1930

    Capital privado dominava a construção civil. partir da revolução de =F uese começa a pensar em criar legislaç"es para controlar essa uestão. base da economia estava vindo das classes emergentes.

    Dargas criou pol#ticas especiais para os trabalhadores, 7rmandocompromisso tamb8m com a ind$stria. 'ara as pessoas de baixa renda,

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    alugar uma casa comprometia a uma parte considerável de seus salários, eestudando esse assunto, o governo resolveu criar uma s8rie de medidas,ue iriam desde uma pol#tica de proteção ao inuilinato at8 um programade moradias.

     Criaram o !epartamento Nacional do 2rabalho, onde criaram umalegislação ue pretendia atender as car6ncias habitacionais do pa#s.

    'or8m os alugueis ainda eram muito rentáveis, o ue %e& com ue ainiciativa privada não perdesse o interesse pelas moradias sociais, mas oestado inter%ere na produção em massa de moradias, e criaram a %undaçãoCasa 'opular, e os institutos de aposentadorias e pens"es. Constru#amcon(untos, alugavam e 7nanciavam moradias aos seus associados.

    1940

    0undação Casa popular como 3rgão %ederal, (á ue os G's s3 atendiam aosseus associados, %a&er essa mudança na %undação permitiu ue pudessem%a&er mudanças para solucionar o problema da %alta de habitação. 2amb8m%oram criados a Caixa *stadual de Casas para o povo, e o !epartamento deHabitação 'opular.

    ei do inuilinato re%ormulada, ue prop?s o congelamento dos alugu8is, e aregulamentação entre as relaç"es de inuilinos e proprietários. )sproprietários passaram a ter pre(u#&os, sem poder aumentar o valor doaluguel, passaram a despe(ar os inuilinos.

    1960

    Criação do INH ap3s o golpe militar, G's somem. Gntervenção maior dogoverno, construção intensiva de casas / venda. Jtili&avam recursos do0K24

    'ara redu&irem o preço da mão de obra, redu&iram o tamanho das casas.Não pensavam mais na relação das casas com o urbano.

    s tipologias do INH eram repetidas, blocos de apartamentos ou casasseparadas. )s blocos não ultrapassavam L pavimentos, sem elevadores,

    eram identi7cados numericamente, as áreas de la&er eram isoladas da casa,o espaço entre as edi7caç"es não eram separados por ruas, e osestacionamentos eram p$blicos, o ue permitia o livre acesso, osapartamentos possu#am MFm, as áreas de serviço eram bastante peuenas.

    'or8m em alguns con(untos sa#ram desse padrão. Não existia uma rendam#nima necessária para se conseguir o 7nanciamento, então pessoas comum padrão social mais alto aduiriam essas casas ue eram, na teoria,dedicadas /s pessoas de renda mais baixa, ue acabavam 7cando sem, oue não resolveu muito a situação de moradias sociais na 8poca. ) uecontinuou levando a população mais pobre a agir “por conta pr3pria”, emloteamentos precários e em %avelas.

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    1980

    0im do INH e desestruturação da pol#tica habitacional do pa#s. ) *stado nãoueria ter mais a responsabilidade de criar e 7nanciar moradias para apopulação pobre. *ntão os pr3prios munic#pios começaram a gerar

    regulamentaç"es para as necessidades de suas cidades. Consultavam apopulação e entendiam suas necessidades.

     2rans%er6ncia das atribuiç"es do INH para a Caixa.

    Criação do >inist8rio de !esenvolvimento Jrbano e >eio mbiente, passoua abranger as pol#ticas habitacional, de saneamento básico, dedesenvolvimento urbano e do meio ambiente. 4*C começa a atender apopulação de renda mais baixa F a = salários-

    1990

    ançado os pro(etos Habitar Irasil e >orar >unic#pio.

    0oram criadas novas linhas de 7nanciamento, tomando como base pro(etosde munic#pio. ) *stado passa novamente a inter%erir e%etivamente dasconstruç"es de baixa renda.

    5estriç"es orçamentárias vieram com o 'lano 5eal. )s planos para essespro(etos %oram cortados novamente, por %alta de capital do estado, e nãopuderam contar com capital estrangeiro para auxiliar nesse setor. 5ecursosdo 0K24 bloueados.

    opção apresentada %oi a criação do 'rograma de rrendamento5esidencial, como alternativa ao atendimento da população de baixa rendaue não estava inclu#da no programa de Carta de Cr8dito. 'ermitiu umcerto grau de subs#dio ue conseguiu alcançar cr8ditos mais baixos.

    2003

    Koverno ula. pol#tica habitacional proposta pelo governo viabili&ou aconstrução de moradias em volume expressivo, com a criação de programascomo >inha Casa >inha Dida e 'lano de celeração do Crescimento, ue

    eram direcionados diretamente / população de renda mais baixa.Houve um grande %oco nas necessidades urbanas, o contrário dosgovernos anteriores, onde não se teve muito investimento nesse setor.

    ) programa minha casa minha vida ampliou a economia no setorhabitacional.