história natural da colelitíase: o que mudou? · a colecistectomia videolaparoscópica...
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� Aumento do número de colecistectomia realizadasEntre 20% e 50%
� Alteração na relação risco/benefício:Para profissionais médicos Para o paciente
� Mudanças na indicação cirúrgica� Novas propostas de colecistectomia (NOTES)
TransvaginalTransgástrica
Podem aumentar a indicação do tratamento cirúrgico
Colecistectomia videolaparoscópica
____________________Lam CM, et al. Gut 1996; 38: 282–4.
� Mesma prevalência � Aumento do número colecistectomias realizadas
A discussão estaria direcionada para:
1.Definição de paciente sintomático devido a colelitíase.2.A história natural da doença não tratada.3.Morbidade (ou mortalidade) da colecistectomia
videolaparoscópica.
Colelitíase
___________Sakorafas GH, et al. Dig Dis Sci 2007;52:1313-25
ColelitColelitííase complicadaase complicada
� Colecistite aguda
� Pancreatite aguda
� Obstrução da via biliar
� Colangite aguda
� Íleo biliar
� Fístula
� Câncer de vesícula biliar
� Dor (cólica biliar) é geralmente contínua� Localização:Quadrante superior direito do abdomeRegião epigástrica� Duração:Mais de meia hora� Irradiação:CostasOmbro direito� Outros:Pode ser forte e opressivaProvocada por alimentos gordurosos em mulheresGeralmente não melhora com medicação caseira, mudança de decúbito, evacuação ou com peristaltismo.
Colelitíase sintomática
Sintomas
� Desconforto epigástrico� Dispepsia� Flatulência� Náusea� Distensão abdominal� Dor vaga em hipocôndrio direito� Borborigmos� Azia � Plenitude pós-prandial� Eructações� Intolerância a alimentos gordurosos� Dor crônica
Colelitíase sintomática
o Não são específicos atribuídos a colelitíaseo Frequência similar em pacientes com e sem colelitíase
� Não associados às condições clínicas específicas� Não tem complicação� Identificada em exame de imagem
Colelitíase assintomática
Colelitíase assintomática
� Baixo riscoVesícula de motilidade preservada, cálculos entre 3 mm e 2,0 cm de diâmetro, radiopacos e paciente sem comorbidades.
� Alto riscoCálculos maiores que 2,0 cm e/ou microlitíase (< 3 mm) ou lama biliar, ducto cístico cronicamente obliterado.
___________Sakorafas GH, et al. Dig Dis Sci 2007;52:1313-25
Preditores de sintomas
� Idade� Sexo� Comorbidades:DiabetesCirrose hepáticaÚlcera pépticaDoença inflamatória intestinal� História familiar� Características do cálculoNúmeroTamanho� Características da vesícula biliarMorfologiaFunção
___________Festi D, et al. J Gastroenterol Hepatol 2010;25:719-24
História natural da colelitíase
___________Festi D, et al. J Gastroenterol Hepatol 2010;25:719-24
� Percentagem de variação na severidade dos sintomas em 753 pacientes durante o seguimento. MS sintomas leves; SS sintomas severos; NS sem sintomas
� Dos 580 indivíduos assintomáticos 4 (0,7%) - Sintomas leves e complicações13 (2,2%) - Sintomas severos e complicações
� Índice de complicações foi 17/5802,9% de complicações0,38 por 100 indivíduos por ano
História natural da colelitíase
___________Festi D, et al. J Gastroenterol Hepatol 2010;25:719-24
História natural da colelitíase
___________Festi D, et al. J Gastroenterol Hepatol 2010;25:719-24
� Relação da colecistectomia por diferentes categorias de severidade da
doença. GS pacientes com cálculos (189 colecistectomias).
História natural da colelitíase
___________Festi D, et al. J Gastroenterol Hepatol 2010;25:719-24
� Distribuição da colecistectomia (n=189) por categoria da severidade da colelitíase. GS pacientes com cálculos.
História natural da colelitíase
___________Portincasa P. Best Pract Res Clin Gastroenterol, 2006;20:1017-29
História natural da colelitíase
___________Schwesinger WH, Diehl AK. Surg Clin North Am, 1996;76:493-504
� A colecistectomia videolaparoscópica profilática não deve ser recomendada de rotina para indivíduos com colelitíase assintomática.
História natural da colelitíase
___________Zubler J, et al. Arch Fam Med 1998;6:230-3___________McSherry CK, et al. Ann Surg 1985;202:59-63___________Fendrick AM, et al. Arch Fam Med 1993;2:959-68 ___________Schwesinger WH, Diehl AK. Surg Clin North Am, 1996;76:493-504 ___________Portincasa P. Best Pract Res Clin Gastroenterol, 2006;20:1017-29___________Sakorafas GH, et al. Dig Dis Sci 2007;52:1313-25___________Festi D, et al. J Gastroenterol Hepatol 2010;25:719-24
� A colecistectomia videolaparoscópica profilática não deve ser recomendada de rotina para indivíduos com colelitíase assintomática.
História natural da colelitíase
___________Zubler J, et al. Arch Fam Med 1998;6:230-3___________McSherry CK, et al. Ann Surg 1985;202:59-63___________Fendrick AM, et al. Arch Fam Med 1993;2:959-68 ___________Schwesinger WH, Diehl AK. Surg Clin North Am, 1996;76:493-504 ___________Portincasa P. Best Pract Res Clin Gastroenterol, 2006;20:1017-29___________Sakorafas GH, et al. Dig Dis Sci 2007;52:1313-25___________Festi D, et al. J Gastroenterol Hepatol 2010;25:719-24
História natural da colelitíase
___________Schwesinger WH, Diehl AK. Surg Clin North Am, 1996;76:493-504
� Risco de complicaçõesColecistite enfizematosaBile infectadaPerfuração da vesícula
Paciente diabético
História natural da colelitíase
___________Schwesinger WH, Diehl AK. Surg Clin North Am, 1996;76:493-504
História natural da colelitíase
___________Venneman NG, Erpecum KJ. Best Pract Res Clin Gastroenterol, 2006;20:1063-73
� Mortalidade 0,14% – 0,5 %
� Aumento do risco de câncer de cólon D em mulheres após 15 anos
� Aumento de DRGE
� Aumento de diarréia
� Lesão de via biliar
Riscos da colecistectomia
Lesões biliares em colecistectomia
Lesões maiores FLesões maiores Fíístula biliar Totalstula biliar Total_____________________________________________________________________________
Pacientes N % N % N % Var.(%) _____________________________________________________________________________
Convencional 25.544 81 0,32 106 0,41 187 0,70 (0,00–2,46)
Laparoscópica 124.433 650 0,52 415 0,33 1.060 0,85 (0,20–3,40)______________________________________________________________________________
_____________________Strasberg et al - J Am Coll Surg 180:101-125,1995
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� Lesão de via biliar (1%)� Fístula biliar (3%)� Sangramento (semelhante a colecistectomia aberta)� Cálculos retidos (não detectados) e/ou extravasamento de bile e cálculos (com potencial para formação de abscessos)� Infecção da local cirúrgico (1-2%)� Lesão de órgãos e vasos durante a inserção do trocarte ou durante a cirurgia (muito raro)� Complicações devido ao pneumoperitôneo (embolia gasosa, enfizema subcutâneo) (Muito raro)� Complicações de pós-operatório geral (trombose venosa profunda, embolia pulmonar, pneumonia, infarto do miocárdio, atelectasia, acidente vascular encefálico) (como na colecistectomia aberta).____________________________________________________________________________
Complicações
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Sakorafas GH, et al. Dig Dis Sci, 2007;52:1313–25
Laparoscopia
X
Laparotomia
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Indicações absolutas� Suspeita ou risco de malignidade
Cálculos associado a lesão polipóide de vesícula > 1 cm de diâmetro;
Vesícula biliar calcificada (em porcelana);Alguns grupos étnicos ou que vivem em áreas de prevalência
elevada de câncer de vesícula associada a cálculos;Presença de cálculos grandes (≥ 3 cm).
� Colelitíase assintomática associada a coledocolítíase� Candidatos a transplante (antes ou durante o transplante)� Condições hemolíticas crônicas (anemia falciforme)____________________________________________________________________________
Recomendações
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Sakorafas GH, et al. Dig Dis Sci, 2007;52:1313–25
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Indicações relativas� Risco elevado de evolução de assintomática para sintomática
Expectativa de vida acima de 20 anosCálculo > 2 cm de diâmetroCálculo < 3 mm de diâmetroVesícula biliar não funcionante
� Diabetes mellitus� Sintomas dispépticos vagos na presença de cálculos
Indicações questionáveis� Pacientes que vivem em áreas de difícil acesso médico� Colecistectomia incidental (concomitante) durante outro procedimento abdominal_____________________________________________________________________________
Recomendações
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Sakorafas GH, et al. Dig Dis Sci, 2007;52:1313–25
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� Expectativa de vida acima de 20 anos� Cálculo > 2 cm de diâmetro� Cálculo < 3 mm com ducto cístico patente� Cálculo radiopaco� Cálculo calcificado� Associação com pólipos na vesícula biliar� Vesícula não funcionante� Vesícula calcificada (Porcelana)� Diabetes� Doença crônica concomitante severa� Mulheres com idade inferior a 60 anos� Indivíduos que vivem em região com elevada prevalência de câncer de vesícula biliar___________________________________________________________________
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Patiño JF, et al. World J Surg, 1998;22:1119–24.
Recomendações
There is no innocent gallstone
William J. Mayo, MD, 1904
___________Sakorafas GH, et al. Dig Dis Sci 2007;52:1313-25