história e geografia de duque de caxias

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Duque de Caxias ...é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, integrante da Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, situado na região da Baixada Fluminense. O nome da cidade homenageia o patrono do Exército brasileiro, Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, também chamado de O

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Page 1: História e Geografia de Duque de Caxias

Duque de Caxias ...é um município brasileiro do estado do Rio

de Janeiro, integrante da Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, situado na região da Baixada Fluminense. O nome da cidade homenageia o patrono do Exército brasileiro, Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, também chamado de O Pacificador, nascido na região em 1803.

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Os Limites• O município de Duque de Caxias limita-se ao Norte com

Petrópolis e Miguel Pereira; ao Leste com a Bahia da Guanabara e Magé; ao Sul com a cidade do Rio de Janeiro e ao Oeste com São João de Meriti, Belford Roxo e Nova Iguaçu. Caxias possui clima quente, porém, os 3º e 4º distritos (Imbariê e Xerém) têm temperatura amena em virtude da área verde e da proximidade da Serra dos Órgãos.

• O Rio Meriti separa o município de Duque de Caxias da cidade do Rio de Janeiro e o Rio Iguaçu delimita Duque de Caxias de Nova Iguaçu. Já o Rio Sarapuí faz a divisão entre o 1º e o 2º distrito e o Rio Saracuruna separa o 2º do 3º distrito.

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População Atualmente

• 2.2. POPULAÇÃO E IDH A população em 2013 foi estimada em 873 921 mil habitantes pelo IBGE e em 878.402 mil habitantes, em 2014, pelo mesmo instituto, figurando como o terceiro município mais populoso do estado, depois da capital e de São Gonçalo e o mais populoso da Baixada Fluminense, além de ser o décimo oitavo município do país com mais habitantes. DADOS IBGE DUQUE DE CAXIAS ANO 2014 População estimada 2014 878.402 População 2010 (censo demográfico) 855.048 Área da unidade territorial (km²) 467,620 Densidade demográfica (hab/km²) 1.828,51 Gentílico Caxiense ou duque caxiense

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A história do nome? • Oportuno entender que o nome Duque de Caxias foi iniciativa de um antigo

morador, José Luiz Machado, mais conhecido como ―Machadinho. Morador da localidade desde o início do século XX, ―Machadinho‖ e um grupo de amigos (Jaime Fischer, Oswaldo Gamboa, Américo Soares e Francisco Azevedo) foram à estação de trem, próximo a atual rua Plínio Casado, para retirar a placa que tinha o nome de Meriti e trocá-la por Caxias. Eles queriam prestar uma homenagem ao Marechal Luiz Alves de Lima e Silva. Nascido na região, mais precisamente na Taquara, Lima e Silva ingressou ainda criança no Exército, no posto de cadete de Primeira Classe. Teve grande destaque na carreira militar, a exemplo da Guerra do Paraguai. A partir dos anos 1930, durante a era Vargas, o território do atual município de Duque de Caxias experimentou intensivo processo de remodelação de sua área, incorporando-se ao modelo urbano-industrial. O desenvolvimento pelo qual passava Meriti levou o Deputado Federal Dr. Manoel Reis a propor a criação do Distrito de Caxias. Dessa forma, através do Decreto Estadual nº 2.559, de 14 de março de 1931, o Interventor Federal Plínio Casado elevou o local a 8º Distrito de Nova Iguaçu.

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Herança Indígena O povoamento da região data do século XVI, durante a

expulsão dos franceses que haviam invadido a Baía de Guanabara, quando foram doadas sesmarias da capitania do Rio de Janeiro. Em 1568, Brás Cubas, provedor da Fazenda Real e das capitanias de São Vicente e Santo Amaro, recebeu, em doação de sesmaria, 3 000 braças de terras de testada para o mar e 9 000 braças de terras de fundo para o Rio Meriti, ou, mais propriamente, Miriti, cortando o piaçabal da aldeia Trairaponga, ocupada pelos índios Jacutingas (Tupinambás).

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História: Povoament

o

O povoamento da região data do século XVI, quando foram doadas sesmarias da capitania do Rio de Janeiro. Em 1568, Brás Cubas, provedor da Fazenda Real e das capitanias de São Vicente e Santo Amaro, recebeu, em doação de sesmaria, 3 000 braças de terras de testada para o mar e 9 000 braças de terras de fundo para o Rio Meriti, ou, mais propriamente, Miriti, cortando o piaçabal da aldeia Jacotinga. Outro dos agraciados foi Cristóvão Monteiro, que recebeu terras às margens do Rio Iguaçu.

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História: Povoament

o Outro dos agraciados foi Cristóvão Monteiro, que recebeu terras às margens do Rio Iguaçu. A atividade econômica que ensejou a ocupação do local foi a de cultivo da cana-de-açúcar. O milho, o feijão e o arroz tornaram-se também importantes produtos auxiliares durante esse período.

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História: PovoamentoNos séculos XVII e XVIII, a divisão administrativa de Iguaçu (na

ortografia arcaica Iguassú, hoje município de Nova Iguaçu) seguia critérios eclesiásticos, ou seja, a igreja matriz assumia a responsabilidade jurídica e religiosa, administrando as capelas secundárias: as freguesias. Sendo assim, Pilar, Meriti, Estrela e Jacutinga, áreas que atualmente ocupam parte do território de Duque de Caxias, pertenciam a Iguaçu. A região tornou-se importante ponto de passagem das riquezas vindas do interior: o ouro das Minas Gerais, descoberto no momento de crise da lavoura açucareira e o café do Vale do Paraíba Fluminense, que representou cerca de setenta por cento de toda a economia brasileira nessa época.

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Transporte por rios e o Porto estrela

• Sendo os caminhos em terra firme poucos, precários e perigosos, nada mas natural que o transporte fosse feito através dos rios, onde estes existissem. os rios não faltavam na região e, integrados com a Baía de Guanabara, faziam do local um ponto de união entre esta e os caminhos que subiam a serra em direção ao interior. O Porto da Estrela foi o marco mais importante desse período. À sua volta, cresceu um arraial que, no século XIX, foi transformado em município.

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Apesar da decadência da mineração, a região manteve-se ainda como ponto de descanso, de abastecimento de tropeiros, de transbordo e de trânsito de mercadorias. Até o século XIX, o progresso local foi notável. Entretanto, a impiedosa devastação das matas trouxe, como resultado, a obstrução dos rios e consequente transbordamento, o que favoreceu a formação de pântanos. Das águas paradas e poluídas, surgiram mosquitos transmissores de febres.Muitos fugiram do local que, praticamente, ficou inabitável. As terras, antes salubres e férteis, cobriram-se de vegetação própria dos mangues. Em 1850, a situação era de verdadeira calamidade, pois as epidemias surgiram, obrigando senhores de engenho a fugir para locais mais seguros. As propriedades foram sendo abandonadas. A situação era de grande penúria e assim permaneceria ainda por algumas décadas.

Cidade Dormitório

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Ferrovia e Rio de Janeiro: dois problemas• Quando a ferrovia atingiu o Vale do Meriti, a região

começou a sofrer os efeitos da expansão urbana da cidade do Rio de Janeiro. Com a inauguração da The Rio de Janeiro Northern Railway, em 23 de abril de 1886, a região ficou definitivamente ligada ao antigo Distrito Federal. Com a inauguração de novas estações, em 1911, pela Estrada de Ferro Leopoldina, multiplicaram-se as viagens, bem como o número de passageiros em Gramacho, São Bento, Actura (Campos Elísios), Primavera e Saracuruna, porém, apesar dessa recuperação que a ferrovia trouxera, a baixada continuava sofrendo com a falta de saneamento, fator de estancamento de seu progresso.

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Abolição: Mais atrasoCom a abolição da escravidão em 1888,

aconteceram vários transformações na vida econômica e social da Baixada Fluminense. As obras de saneamento foram abandonadas, houve um atraso nas condições propícias à saúde e várias enfermidades surgiram. Entre elas, a malária e a doença de Chagas.

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• Com a implantação do transporte ferroviário, a situação piorou consideravelmente. A Estrada de Ferro D. Pedro II ligou a capital do império ao atual município de Queimados. A produção do Vale do Paraíba passou a ser escoada por esta via, os rios e o transporte terrestre deixaram progressivamente de serem usados e os portos fluviais perderam importância. A região iguaçuana entrou em franca decadência.

Aqui o Cenário ainda era de Crise

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Nilo Peçanha... Getúlio Vargas Um sopro de desenvolvimento na

região • No governo de Nilo Peçanha, Meriti teve uma tímida melhoria na área do saneamento básico, contando, inclusive, com a chegada da água encanada, em 1916, na atual Praça do Pacificador. Mas somente no governo de Getúlio Vargas, que criou a Comissão de Saneamento da Baixada Fluminense, a região avançou. Até 1945, mais de 6 000 quilômetros de rios foram limpos, retirando dos seus leitos 45 000 000 de metros cúbicos de terra. Com este trabalho, os rios deixaram de ser criadouros de mosquito, diminuindo em muito o número de doenças na região.

Getúlio Vargas e Nilo Peçanha

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Rio de Janeiro a expansão perigosa

• No início do século XX, as terras da baixada serviam para aliviar as pressões demográficas da cidade do Rio de Janeiro. Os dados estatísticos revelam que, em 1910, a população era de oitocentas pessoas em Meriti, passando, em 1920, para 2 920. O rápido crescimento populacional provocou o fracionamento e o loteamento das antigas propriedades rurais, naquele momento, improdutivas.

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A esperança na Rede Elétrica

• Apenas em 1924, instalou-se a primeira rede elétrica no município. Com a abertura da Rodovia Rio-Petrópolis (hoje Rodovia Washington Luís) em 1928, Meriti voltou a prosperar. Inúmeras empresas compraram terrenos e se instalaram na região devido à proximidade com o Rio de Janeiro.

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Caxias, 8º distrito de Nova Iguaçu (1931-1943)

No início da década de trinta do século passado, Caxias abrigava população estimada em 30 mil habitantes. A ligação com o Rio de Janeiro fazia-se pelos trens da Leopoldina e, desde 1928, o distrito era cortado pela rodovia Rio-Petrópolis. Além dessas modernidades, usava-se ainda o transporte por vias fluviais, direcionado à baía de Guanabara.

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MEMÓRIAS DA EMANCIPAÇÃO E INTERVENÇÃO NO MUNICÍPIO DE

DUQUE DE CAXIAS NOS ANOS 40 E 50

• O processo de emancipação da cidade esteve relacionado à formação de um grupo que organizou a União Popular Caxiense (UPC): jornalistas, médicos e políticos locais. Em 1940, foi criada a comissão pró-emancipação: Sylvio Goulart, Rufino Gomes, Amadeu Lanzeloti, Joaquim Linhares, José Basílio, Carlos Fraga e Antônio Moreira. A reação do governo foi imediata e os manifestantes foram presos.

A UCP, grupo formado por políticos, jornalistas e médicos, lutou pela

emancipação da Cidade

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A estação ferroviária “Merity” torna-se

“Caxias” • Apesar de não participar de nenhum movimento pró- emancipação, foi graças à iniciativa de José Luiz Machado, mais conhecido como “Machadinho”, que Meriti passou a se chamar Caxias. Morador da localidade desde o início do século XX, “Machadinho” e um grupo de amigos foram à estação de trem, próximo à Plínio Casado, para retirar a placa que tinha o nome de Meriti e trocá-la por Caxias, uma homenagem a Luiz Alves de Lima e Silva, que nasceu na região.

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Criação Oficial; Detalhes...

• O grande crescimento pelo qual passava Meriti levou o deputado federal Manuel Reis a propor a criação do Distrito de Caxias. Em 14 de março de 1931, através do ato do interventor Plínio de Castro Casado, foi criado, pelo Decreto estadual nº 2.559, o Distrito de Caxias, com sede na antiga Estação de Meriti, pertencente ao então município de Nova Iguaçu. Em 31 de dezembro de 1943, através do Decreto-lei 1 055, elevou-se à categoria de município, recebendo o nome de Duque de Caxias. Já a comarca de Duque de Caxias foi criada pelo Decreto-lei nº 1 056, no mesmo dia, mês e ano. Deve-se destacar que o atual município de São de João de Meriti era um distrito de Duque de Caxias a época e se emancipou em 1947.

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Criação Oficial; Detalhes...

• O poder executivo foi instalado oficialmente em 1º de janeiro de 1944, quando o interventor federal Ernani do Amaral Peixoto designou, para responder pelo expediente da prefeitura, o contabilista Homero Lara. Outras nove pessoas foram designadas posteriormente para o mesmo cargo.

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MEMÓRIAS DA EMANCIPAÇÃO

• Só em 1973, por iniciativa de seu legislativo, a cidade despertaria para essa necessidade cultural, criando o Instituto Histórico, atualmente denominado “Vereador Thomé Siqueira Barreto”.

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Mandatários Principais• O primeiro prefeito eleito foi Gastão Glicério de Gouveia Reis, que administrou a

cidade de setembro de 1947 a dezembro de 1950. Depois dele vieram, também pelo voto direto, respectivamente, Braulino de Matos Reis, Francisco Correa, Adolpho David, Joaquim Tenório Cavalcante e Moacir Rodrigues do Carmo. As eleições em Duque de Caxias foram suspensas, em virtude da Lei nº 5.449, de 4 de junho de 1968, que decretou que o município era Área de Segurança Nacional pelo regime militar, tendo em 1971, tomado posse o presidente da câmara, Francisco Estácio da Silva. A partir daí, foram nomeados interventores (prefeitos), pela ditadura militar, como o general Carlos Marciano de Medeiros, os coronéis Renato Moreira da Fonseca e Américo Gomes de Barros Filho, e o ex-deputado federal Hydekel de Freitas Lima. O município reconquistou a sua autonomia em 1985, tendo sido eleitos, daquele ano em diante, Juberlan de Oliveira, Hydekel de Freitas Lima (em 1990, deixou o cargo para assumir uma cadeira no Senado Federal), José Carlos Lacerda (vice-prefeito de Hydekel, tomou posse após sua renúncia), Moacyr Rodrigues do Carmo, José Camilo Zito dos Santos Filho e Washington Reis de Oliveira, sendo que o penúltimo retornou à prefeitura

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“O HOMEM DA CAPA PRETA”

• Um fato que merece destaque ao falarmos de Caxias é a passagem que descreve a trajetória de TENÓRIO CAVALCANTI: Natalício Tenório Cavalcanti de Albuquerque nasceu em Palmeira dos Índios (Alagoas) em 27 de setembro de 1906 e morreu em Duque de Caxias no dia 5 de maio de 1987. Politicamente conhecido como Tenório Cavalcanti foi um advogado e político brasileiro com base eleitoral no antigo estado do Rio de Janeiro. Filho de Antônio Tenório Januário Cavalcanti de Albuquerque e Maria Cavalcanti de Albuquerque. Seu primo Joaquim Tenório Cavalcanti foi vereador e prefeito de Duque de Caxias. Dada a amplitude deste tema, seria oportuno verificar toda esta parte da história em nosso site.

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ECONOMIA – 1º A FNM

A primeira grande indústria a se instalar na cidade foi a Fábrica Nacional de Motores (FNM), no bairro de Xerém, projetada com o intuito de produzir motores de aviões para as tropas aliadas que combatiam na Segunda Guerra. Com o final da II Guerra Mundial, em 1945, a FNM seria transformada em Sociedade Anônima, passando a fabricar caminhões pesados até a década de 60, quando a cidade se transformou em um grande potencial em termos de comércio e indústria. No final dos anos 70, a FNM foi vendida para a Fiat e atualmente suas instalações abrigam a fábrica Ciferal, de carrocerias de ônibus. Na década de 60, a Fábrica Nacional de Motores lançou, em Brasília, o Alfa Romeu ―JK‖, em homenagem ao presidente da República.

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• 2º Alfa Romeu , 3º FIAT e depois a saída... •

• A queda na produção, a má administração e, principalmente, o endividamento com o BNDES levou a venda da estatal para a Alfa Romeu, em 1968. Durante oito anos, a Alfa Romeu produziu carros de tradição, que levavam a sua marca. Predominavam o arrojo e a elegância de suas linhas. O que agradava em cheio boa parte da elite brasileira. Em 1976, a Fiat comprou as instalações da Alfa Romeu e iniciou um processo lento de modernização do parque industrial. Maquinários obsoletos foram substituídos por equipamentos modernos. Então, começaram as demissões e a redução gradativa dos funcionários.

• Em 1981, a Fiat mandou embora três mil funcionários e em seguida mudou-se para Betim, Minas Gerais, acabando com quase 40 anos de riqueza e crescimento econômico da região.

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REDUC • A maior refinaria em complexidade do Brasil opera em Duque de Caxias: a Reduc. Ela foi

instalada, em Campos Elíseos, 2º distrito, no dia 20 de janeiro de 1961, no final do governo de Juscelino Kubitschek ―JK e foi o terceiro investimento feito pela Petrobras no país. A Reduc ocupa uma área de 13 milhões de metros quadrados e possui um faturamento anual de aproximadamente US$ 3 bilhões, sendo responsável pelo recolhimento anual de impostos para o Estado do RJ de mais de US$ 500 milhões. Localizada entre as principais rodovias brasileiras, o que facilita o escoamento da produção, a Reduc produz 52 produtos diferentes decorrentes do processamento de petróleo e gás natural, classificados como combustíveis, lubrificantes, parafinas, petroquímicos e etc. A unidade tem capacidade de refino de 242 mil barris/dia e possui o maior conjunto para produção de lubrificantes do Brasil (80% da produção nacional). Sua capacidade de tancagem é de 366 tanques, num total de 3 bilhões e 400 milhões de litros. A refinaria abastece todo o Estado do Rio de Janeiro, parte de Minas Gerais e, por cabotagem (navios), Espírito Santo e o Rio Grande do Sul. O produto brasileiro também atravessa fronteiras, chegando aos seguintes países: Estados Unidos, Peru, Uruguai, Argentina, Chile e Colômbia. As empresas que se instalaram a sua volta, como a Petroflex e a Polibrasil, também são abastecidas pela Reduc. Outro que receberá matéria prima da refinaria será o Pólo Gás Químico, ainda em fase de construção

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Um panorama mais amplo da economia

• O município, economicamente, apresentou um grande crescimento nos últimos anos, sendo a indústria e o comércio as principais atividades. Há cerca de 809 indústrias e 10 mil estabelecimentos comerciais no município. Segundo IBGE, o município de Duque de Caxias registrou, em 2005, o 46º maior produto interno bruto no ranking nacional e o segundo maior do estado do RJ, com 18,3 bilhões de reais. A cidade ocupa o 2º lugar no ranking de arrecadação do ICMS do estado, perdendo somente para a capital. Os principais segmentos industriais são: químico, petroquímico, metalúrgico, gás, plástico, mobiliário, têxtil e vestuário. Várias empresas têm se instalado em Duque de Caxias, tais como o jornal O Globo e o Carrefour, aproveitando a privilegiada posição do município, próximo de algumas das principais rodovias brasileiras: Linha Vermelha, Linha Amarela, Rodovia Presidente Dutra, BR-040 e Avenida Brasil, além da proximidade do Aeroporto Tom Jobim e a distância de apenas dezessete quilômetros do Centro da cidade do Rio de Janeiro, levando seus produtos facilmente para grandes centros consumidores: São Paulo, Minas Gerais e Região Sul do Brasil. O maior parque industrial do estado do Rio de Janeiro fica no município, possuindo empresas como Texaco, Shell, Esso, Petróleo Ipiranga, White Martins, IBF, Transportes Carvalhão, Sadia S. A., Ciferal, entre outras.

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Um panorama mais amplo da economia

• O segmento está mais concentrado nos setores de química e petroquímica, estimulados pela presença da Refinaria de Duque de Caxias, a segunda maior do país. No cadastro industrial da Federação das Indústrias do Estado do RJ, Duque de Caxias ocupa a 2ª posição em número de empregados no Rio de Janeiro e a 3ª em número de estabelecimentos, atrás apenas da própria capital e de Petrópolis. No Centro da cidade, há intenso comércio popular, a maioria concentrada nas ruas José de Alvarenga e Nilo Peçanha. Em 2003, 53% da população de Duque de Caxias vivia na pobreza, de acordo com o Mapa de Pobreza e Desigualdade dos Municípios Brasileiros, publicado pelo IBGE. Desta forma, Duque de Caxias posiciona-se como o IX município com maior população vivendo na pobreza entre os 92 municípios do estado do RJ. Vale destacar, ainda, a presença, no município, do maior aterro sanitário da América Latina: o de Jardim Gramacho. O aterro constitui-se em meio de subsistência de grande número de famílias de catadores, que separam o material reciclável, porém encontra-se atualmente no limite de sua utilização. Os governos estadual e municipal o desativaram em dezembro de 2011 e em sua substituição, como destino do lixo da maior parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o centro de tratamento de resíduos que está sendo construído em Seropédica.

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Principais acessos • Principais acessos rodoviários BR-040 - Rodovia Washington

Luiz BR-116 Norte - Rodovia Santos Dumont RJ-071 - Linha Vermelha RJ-101 - Avenida Presidente Kennedy RJ-107 - Estrada Velha RJ-109 - Arco Metropolitano do Rio de Janeiro TransBaixada Duque de Caxias também é servido por um ramal ferroviário. Partindo da Estação Central do Brasil, o Ramal de Saracuruna corta o município e se integra com o Ramal de Vila Inhomirim, assim alcançando Magé. Ao todo, são onze estações ferroviárias em Duque de Caxias: Duque de Caxias, Corte 8, Gramacho, Campos Elíseos, Jardim Primavera, Saracuruna, Parada Morabi, Imbariê, Manoel Belo e Parada Angélica