historia de rondonia - ceeja 22

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Karipunas: Ocupam o Parque Indígena Karipuna no vale do rio Jaci- Paraná, ainda não demarcado. Os caripunas numerosíssimos no final do século XIX e início do Século XX foram os mais prejudicados com a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, no Alto Madeira, sendo hostilizado e dizimados pelos construtores dessa obra. Chegaram a ser considerados extintos. Porém, em 1970, os Caripunas reapareceram em cena ao atacarem um seringal no vale do rio Jaci-Paraná, com perdas de vidas de ambas as partes. Em 1973, um topógrafo localizou uma de suas aldeias e comunicou o achado a FUNAI, a qual conseguiu manter contato com seus habitantes em 1976. Os sertanistas tomaram conhecimento da existência de outras aldeias, porém ainda não conseguiram manter contato com essas. Os Caripunas estão reduzidos a pequenos grupos arredios. Pakaás Novos Atualmente a maior área indígena em Rondônia, habitam no Município de Guajará-Mirim as reservas de Ribeirão (48.000 há) na margem do rio Ribeirão; Lage (110 há) na margem do rio Lages; Pacaás Novos (21.800 há) na margem esquerda do rio Pacaás Novos e rio Negro-Ocaia (104.000 há) na margem do rio do mesmo nome, afluente do rio Pacaás Novos. Estes vivem sob o controle da FUNAI. Há um grupo sob o controle da diocese de Guajará Mirim, localizado em Sagarana, na margem do rio Guaporé.Os Pakaás Novos entram em conflito armado, revidando as violências de que foram vítimas por parte dos construtores da ferrovia Madeira-Mamoré e dos seringueiros, no início do século XX. Atualmente, estão sob a violência muito mais agressiva, a dominação ideológica descaracterizando-os e despojando-os dos seus valores culturais atávicos de nação. Violência praticada pelas missões religiosas nacionais e estrangeiras de vários matizes e credos. Karitianas Ocupam uma reserva de 57.000 há próxima a cidade de Porto Velho. Seu contato com os brancos ocorreu a partir da Segunda metade do século XIX quando a região foi penetrada

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HISTORIA DE RONDONIA

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Karipunas: Ocupam o Parque Indgena Karipuna no vale do rio Jaci-Paran, ainda no demarcado. Os caripunas numerosssimos no final do sculo XIX e incio do Sculo XX foram os mais prejudicados com a construo da ferrovia Madeira-Mamor, no Alto Madeira, sendo hostilizado e dizimados pelos construtores dessa obra. Chegaram a ser considerados extintos. Porm, em 1970, os Caripunas reapareceram em cena ao atacarem um seringal no vale do rio Jaci-Paran, com perdas de vidas de ambas as partes. Em 1973, um topgrafo localizou uma de suas aldeias e comunicou o achado a FUNAI, a qual conseguiu manter contato com seus habitantes em 1976. Os sertanistas tomaram conhecimento da existncia de outras aldeias, porm ainda no conseguiram manter contato com essas. Os Caripunasesto reduzidos a pequenos grupos arredios.Pakas NovosAtualmente a maior rea indgena em Rondnia, habitam no Municpio de Guajar-Mirim as reservas de Ribeiro (48.000 h) na margem do rio Ribeiro; Lage (110 h) na margem do rio Lages; Pacas Novos (21.800 h) na margem esquerda do rio Pacas Novos erio Negro-Ocaia (104.000 h) na margem do rio do mesmo nome, afluente do rio Pacas Novos. Estes vivem sob o controle da FUNAI. H um grupo sob o controle da diocese de Guajar Mirim, localizado em Sagarana, na margem do rio Guapor.Os Pakas Novos entram em conflito armado, revidando as violncias de que foram vtimas por parte dos construtores da ferrovia Madeira-Mamor e dos seringueiros, no incio do sculo XX. Atualmente, esto sob a violncia muito mais agressiva, a dominao ideolgica descaracterizando-os e despojando-osdos seus valores culturais atvicos de nao. Violncia praticada pelas misses religiosas nacionais e estrangeiras de vrios matizes e credos.

Karitianas Ocupam uma reserva de 57.000 h prxima a cidade de Porto Velho. Seu contato com os brancos ocorreu a partir da Segunda metade do sculo XIX quando a regio foi penetrada pelos seringueiros.

A reflexo sobre o cotidiano das aldeias, a importncia da preservao cultural e o fortalecimento do Movimento de Mulheres Indgenas Karitianas tambm fazem parte da programao. O povo karatiana, segundo a obra "Os Povos Indgenas de Rondnia: Contribuies para a compreenso de sua cultura e de sua histria", fez os primeiros contatos com no ndios no final do sculo XVII.Contato que fez os karitianas se fixarem em uma rea menor e mais prximo do rio Candeias. Segundo a Fundao Nacional do ndio (Funai), a Terra Indgena Karitiana possui 89.682,1380 hectares e est regularizada. E na aldeia dos karitianas que representantes daFunai,Secretaria de Estado da Educao (Seduc), Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Rondnia (Ifro) vo discutir sobre aorganizao social, cultura e sustentabilidade em Terras Indgenas(TIs).Tapari, Makurap e JatobiVivem nos Postos Indgenas do Rio Branco e do Rio Guapor, so poucos indivduos remanescentes destas naes que tiveram prxima a extino vtimas das aes hostis dos seringalistas.

KaxacarisHabitam a regio limtrofe entre os municpios de Porto Velho e Lbrea/AM.Uru-Eu-Wau-WauGrupo arredio em fase de contato com a FUNAI, habitam os municpios de Ariquemes e Guajar-Mirim. So provavelmente do grupo tupi.Tubaro LatundHabitam a reserva do mesmo nome no municpio de Vilhena.Cinta LargaOcupam a rea do Projeto Indgena do Roosevelt com 190.000 h, parte integrante da reserva do Parque Indgena do Aripuan, localizada em terras dos Estados de Rondnia e Mato Grosso.SuruisHabitam os postos indgenas 7 de Setembro e Quatorze, no Municpio de Cacoal, a reserva indgena 7 de Setembro ocupa terras de Rondnia e Mato Grosso. Os Suruis foram atingidos pela construo da BR 364, ocorrendo a invaso de seus territrios pelos migrantes sulistas lhes ocasionando graves prejuzos.GaviesOcupam uma reserva com rea de 160.000 h j demarcada, suas aldeias situam-se s margens dos Igaraps Lourdes e Homnios, afluentes da margem direita do rio Ji-Paran, prximo a cidade de Ji-Paran.Em contato com o branco a mais de 40 anos, em transaes comerciais e de trabalho com os seringalistas e admisso de missionrios religiosos estrangeiros em suas aldeias. Atualmente mantm contato com a populao da cidade de Ji-Paran, onde se abastecem no comrcio local.ArarasOcupam a mesma reserva dos Gavies, hoje em contato pacfico com o branco, aps mais de cem anos de tenaz resistncia. Os Araras se constituem no terror das misses religiosas que tentaram se estabelecer no vale do Ji-Paran. S em 1950, dizimados por doenas fizeram os primeiros contatos amigveis com os seringalistas.