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História Contemporânea Núcleo de Conhecimento Brasileiro Ágora Curso de História São Raimundo Nonato - PI

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Page 1: História Contemporânea I

História Contemporânea

Núcleo de Conhecimento Brasileiro – ÁgoraCurso de História

São Raimundo Nonato - PI

Page 2: História Contemporânea I

A Idade Contemporânea

A Idade Contemporânea compreende o espaço de tempo que vai da revolução francesa aos nossos dias. A Contemporaneidade está marcada de maneira geral, pelo desenvolvimento e consolidação do regime capitalista no ocidente e, consequentemente pelas disputas das grandes potências europeias por territórios,matérias-primas e mercados consumidores.

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Atualmente está havendo uma especulação a respeito de quando essa era irá acabar, e, por tabela, a respeito da eficiência atual do modelo europeu da divisão histórica.

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Século XVIII– Revolução Francesa– Guerras Napoleônicas

Século XIX– Independência da América Espanhola– Guerras do ópio– Guerra civil dos Estados Unidos– Rebelião Taiping– Revolução Meiji– Unificação da Itália– Unificação da Alemanha

Século XX– Belle Époque– Revolução Mexicana– Revolução Xinhai– Primeira Guerra Mundial– Revolução Russa– Crise de 1929– Modernismo– Comunismo– Fascismo– Nazismo– Guerra Civil Espanhola– Segunda Guerra Mundial– Guerra Civil Chinesa– Descolonização da África– Guerra Fria

Século XXI– Atentados de 11 de setembro– Guerra ao Terror– Revolução Digital– Grande Recessão– Primavera Árabe

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Revolução Francesa- 1789

Transformações políticas; econômicas; sociais e culturais;

Tornou a burguesia a classe dominante;

O mundo contemporâneo é produto da revolução francesa por seus ideias de igualdade política e jurídica.

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Palácio de Versallhes

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Page 9: História Contemporânea I

Causas Crise Geral; Sobrevivência de estruturas políticas e jurídicas arcaicas; Persistência do Sistema Absolutista e privilégios

socioeconômicos; 1780 – Condições climaticas provocam escassez de

alimentos Salarios baixos; Concentração de terras ferteis porem improdutivas nas

maos da nobreza; Situação finaceira sufocava o orçamento do estado; Burguesia recusava de fazer emprestimos; Nobreza e clero isentos de impostos; Camponeses ainda eram submetidos a obrigações

feudais: corveia, talha, capitação;

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Nobreza e Clero

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Burguesia francesa

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Camponeses

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Sociedade Francesa

Clero e Nobreza 2% da população

Tiers (Povo ou terceiro estado) 98%

A burguesia formava a elite dos tiers e subdividia-se

_ Alta, media, pequena burgusia

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Na cidade, trabalhadores assalariados conhecidos como Sanz Cullotes( sem calçoes) traje usado pela nobreza foi a força da revolução:

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O terceiro estado lutava por igualdades civis, juridicas e melhores condições de

vida;

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Assembléia de 1789

Convocada por Luiz XVI;

Discutir a crise;

A burgusia pretendia reformas profundas;

Três estados tinham o direito ao voto;

Como o terceiro estado era minoria; foi proposto o voto por cabeça;

Proposta recusada;

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O terceiro estado se reúne e declara Assembléia Nacional;

Aprova constituição para substituir o Absolutismo pela Monarquia Constitucional;

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Queda da Bastilha – Símbolo do Absolutismo Francês ;

14 de julho de 1789;

Assembléia Nacional Constituinte revoga todos os direitos tradicionais;

Fim do feudalismo;

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

Nova ordem burguesa baseada na riqueza( propriedades) e não mais no nascimento( origem)

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Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As destinações sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.

Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.

Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.

Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.

Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.

Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.

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Art. 8.º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.

Art. 9.º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.

Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões , incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.

Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.

Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.

Art. 13.º Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.

Art. 14.º Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a colecta, a cobrança e a duração.

Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.

Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.

Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.

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Clérigos tornam-se funcionarios do Estado;

Nas Assembléias os deputados se agrupam de acordo com suas tendências:

À esquerda, sentam se os revolucionários jacobinos;

À direita, os reacionários absolutistas;

E no centro os moderados;

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1791

A França torna-se Monarquia Constitucional;

O poder dividiu-se em três poderes:

Executivo : Rei

Legislativo: Assembléia Nacional

Judiciário: Tribunais

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O Rei Luis XVI é acusado de conspiração;

A Dinastia Bourbon chega ao fim com a implantação da Republica;

A Igreja separa-se do Estado;

Direito ao voto (somente para homens)

O rei é guilhotinado em 21 de janeiro de 1973;

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Inicia-se a onda do terror

Os acusados de anti-revolucionarios eram imediatamente condenados a guilhotina;

O chamado Diretório que governava a França, com cinco diretores executivos entregou as tropas militares francesas a Napoleão. Iniciava- se o 18 Brumário e o Período Napoleônico;

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PERÍODO NAPOLEÔNICO

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Antecedentes A Revolução Francesa representou uma grande vitória da burguesia

e pôs fim ao regime absolutista. O governo do Diretório marcou o fim da revolução.

Para consolidar o poder dos burgueses, os membros do Diretório indicaram Napoleão Bonaparte – um representante da burguesia -como governante da França.

De 1799 a 1815, toda a história da França e mesmo da Europa foi dominada pela forte personalidade de Napoleão Bonaparte.

Bonaparte nasceu na ilha de Córsega, em 1769. Além de ter sido um grande general, conquistava a lealdade de seus soldados com promessas de glória e riquezas.

O governo napoleônico na França é dividido em três fases: Consulado, Império e Governo dos Cem Dias.

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Consulado

O Consulado, que durou de 1799 a 1804, marca o início do poder de Napoleão Bonaparte na França. Apoiado pela burguesia, ele derrubou o Diretório através do chamado Golpe de 18 Brumário.

Napoleão se tornou primeiro-cônsul, instituindo uma série de medidas na França, como a censura da imprensa, criação do Banco da França, estreitamento das relações com a Igreja Católica, entre outras.

Criou também o Código Civil Napoleônico, que permitiu o casamento civil, respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos perante a lei.

Além disso, o código – que garantia as conquistas da burguesia –proibia os sindicatos de trabalhadores e manifestações sindicais, como greves e paralisações.

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Império Através de um plebiscito, Napoleão se tornou imperador da França,

sob o título de Napoleão I. O Império durou de 1804 a 1815.

Neste período, Napoleão tentou conquistar grande parte da Europa. Paralelamente, levantou monumentos de exaltação, como o Arco do Triunfo, em Paris.

A Inglaterra, temendo a supremacia francesa, se opôs ao domínio napoleônico. Em contrapartida, a França invadiu a Inglaterra em 1805, na chamada Batalha de Trafalgar.

Como a marinha inglesa era superior à francesa, Napoleão foi derrotado. Inconformado e humilhado com a derrota, decretou o chamado Bloqueio Continental.

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Bloqueio Continental

O Bloqueio Continental declarava que todos os países europeus deveriam fechar os seus portos para os produtos industriais da Inglaterra.

O objetivo era enfraquecer a economia inglesa, em processo de crescimento devido a Revolução Industrial. Com a economia enfraquecida, Napoleão calculava dominar a Inglaterra mais facilmente.

Portugal, por ser um antigo aliado da Inglaterra, desobedeceu ao bloqueio. Napoleão logo acionou suas tropas para invadir o reino português.

Temendo a perda de seu poder, o rei de Portugal, D. João VI, fugiu com aproximadamente 15 mil componentes da família real portuguesa, vindo para o Brasil.

Este fato é conhecido como Vinda da Família Real Portuguesa, e foi um dos fatores que possibilitou o processo de independência do Brasil, em 1822.

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Campanha da Rússia

A Rússia também desafiou o poder de Napoleão, desobedecendo o bloqueio. Foi invadida pelas tropas de Napoleão, na chamada Campanha da Rússia, em 1812.

As tropas napoleônicas foram surpreendidas pelo forte inverno russo e pela estratégia da terra arrasada, que deixou as tropas sem água e mantimentos.

Isto fez com que Napoleão sofresse uma grande derrota, tendo seu exército se reduzido a apenas 2% do contingente total.

Esta derrota, aliada a outros conflitos, acabou levando Napoleão a abdicar do trono, em 1814, pelo Tratado de Fontainebleau. O general, então, foi exilado na ilha de Elba, próxima à Itália.

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Governo dos 100 dias

Os inimigos de Napoleão foram surpreendidos com sua fuga da ilha de Elba, em 1815.

Com uma forte base aliada, Napoleão conseguiu retomar o poder na França, em um período conhecido como governo dos 100 dias.

Assim, seu último governo teve um curto período. No mesmo ano, ele foi derrotado por ingleses e prussianos na chamada Batalha de Waterloo.

Napoleão, então, foi preso e exilado na Ilha de Santa Helena, no litoral africano, onde morreu em 1821.

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Congresso de Viena

Após o fim do império de Napoleão, os representantes dos países vencedores se reuniram em Viena, na Áustria, em 1815.

O objetivo do Congresso de Viena foi discutir formas de redesenhar o mapa da Europa, devolvendo os territórios dominados por Napoleão.

O congresso também desejava manter ou restaurar as monarquias absolutistas e deter os movimentos de independência na América.

Além disso, foi criada a Santa Aliança, com o objetivo de impedir novas manifestações contra o antigo regime e a disseminação dos princípios da Revolução Francesa.