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118 A prova inclui três grupos. Todos os itens são de resposta obrigatória. Todos os itens exigem a análise das fontes apresentadas. No Grupo II, a questão 3 exige resposta desenvolvida. Ficha de Avaliação Global Partindo da análise das fontes, responde às questões que te são colocadas. Não te esqueças de incluir, nas tuas respostas, para além dos teus conhecimentos, as informações fornecidas pelas fontes: Grupo I 1. A que se deve “a superioridade da organização romana”, referida pelo autor da fonte 1? 2. Com base na fonte, identifica três instrumentos utilizados pelos romanos para aculturação dos povos do Império. PROFESSOR As propostas de resolução destas atividades encontram-se no Guia do Professor. A romanização Fonte 1 O “romano” consegue infiltrar-se nos modos de vida e cultura das tribos peninsulares até se impor como modelo de atuação e pauta do comportamento social. (…) No entanto, a romanização não foi rápida nem simples; e prosseguirá ainda depois de as estruturas políticas romanas terem desaparecido. (…) Muitos fatores se conjugam nesta obra de aculturação. A prolongada convivência das tribos hispâni- cas com os exércitos conquistadores, e a fundação de cidades e colónias, mostraram aos nativos a supe- rioridade da organização romana. Por outro lado, atraíram-se as classes dirigentes com direitos de cida- dania, ao mesmo tempo que se integravam os habitantes peninsulares nas trocas comerciais e na colonização agrícola. Desfrutando da comodidade das vias romanas, estreitavam-se também as relações pessoais, favorecidas pelo emprego do latim como língua oficial do Estado e das classes cultas. (…) Graças à paz de Augusto e à extensão da rede de vias terrestres e marítimas, a Hispânia participa ple- namente no comércio mediterrânico. (…) O interior peninsular vai-se organizando em redor das cidades, a partir das quais são distribuídas as mercadorias chegadas de todo o Império e onde se concentram os produtos da região. Cortázar, F. & al., História de Espanha, Lisboa, Presença, 1997, pp. 85-86 Grupo II Doação do Foral da Covilhã – 1186 Fonte 2 Eu, o rei D. Sancho, filho do nobilíssimo rei de Portugal, Afonso e da rainha D. Mafalda juntamente com a minha mulher a rainha D. Dulce e o meu filho, o infante D. Afonso e as minhas filhas D. Teresa e D. Sancha queremos restaurar e povoar a Covilhã. Damos e concedemos a todos os ao que ao presente e de futuro a quiserem habitar o foral e os costu- mes da cidade de Évora. Ordenamos que duas partes dos cavaleiros vão ao fossado do rei e que a terça parte fique na vila com os peões fazendo fossado uma só vez por ano. E quem a ele não for pagará cinco soldos para fossadeira (…). O gado da Covilhã não pagará o tributo de pasto em terra alguma. (…) Concedemos que todo o cristão, ainda que seja servo que habitar na Covilhã durante um ano fique livre (…) ele e a sua descendência. in Alcina Isidoro e outros, Do foral à Covilhã do século XII, Edição da Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico - Cultural da Covilhã, Covilhã, 1988, pp. 109-115

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118

A prova inclui três grupos.

Todos os itens são de resposta obrigatória.

Todos os itens exigem a análise das fontes apresentadas.

No Grupo II, a questão 3 exige resposta desenvolvida.

Ficha de Avaliação Global

Partindo da análise das fontes, responde às questões que te são colocadas. Não te esqueças deincluir, nas tuas respostas, para além dos teus conhecimentos, as informações fornecidas pelasfontes:

Grupo I

1. A que se deve “a superioridade da organização romana”, referida pelo autor da fonte 1?

2. Com base na fonte, identifica três instrumentos utilizados pelos romanos para aculturação dospovos do Império.

PROFESSOR

As propostas de resolução destasatividades encontram-se no Guiado Professor.

A romanizaçãoFonte 1

O “romano” consegue infiltrar-se nos modos de vida e cultura das tribos peninsulares até se imporcomo modelo de atuação e pauta do comportamento social. (…)

No entanto, a romanização não foi rápida nem simples; e prosseguirá ainda depois de as estruturaspolíticas romanas terem desaparecido. (…)

Muitos fatores se conjugam nesta obra de aculturação. A prolongada convivência das tribos hispâni-cas com os exércitos conquistadores, e a fundação de cidades e colónias, mostraram aos nativos a supe-rioridade da organização romana. Por outro lado, atraíram-se as classes dirigentes com direitos de cida-dania, ao mesmo tempo que se integravam os habitantes peninsulares nas trocas comerciais e nacolonização agrícola. Desfrutando da comodidade das vias romanas, estreitavam-se também as relaçõespessoais, favorecidas pelo emprego do latim como língua oficial do Estado e das classes cultas. (…)

Graças à paz de Augusto e à extensão da rede de vias terrestres e marítimas, a Hispânia participa ple-namente no comércio mediterrânico. (…)

O interior peninsular vai-se organizando em redor das cidades, a partir das quais são distribuídas asmercadorias chegadas de todo o Império e onde se concentram os produtos da região.

Cortázar, F. & al., História de Espanha, Lisboa, Presença, 1997, pp. 85-86

Grupo II

Doação do Foral da Covilhã – 1186Fonte 2

Eu, o rei D. Sancho, filho do nobilíssimo rei de Portugal, Afonso e da rainha D. Mafalda juntamentecom a minha mulher a rainha D. Dulce e o meu filho, o infante D. Afonso e as minhas filhas D. Teresa eD. Sancha queremos restaurar e povoar a Covilhã.

Damos e concedemos a todos os ao que ao presente e de futuro a quiserem habitar o foral e os costu-mes da cidade de Évora.

Ordenamos que duas partes dos cavaleiros vão ao fossado do rei e que a terça parte fique na vila comos peões fazendo fossado uma só vez por ano. E quem a ele não for pagará cinco soldos para fossadeira(…). O gado da Covilhã não pagará o tributo de pasto em terra alguma. (…)

Concedemos que todo o cristão, ainda que seja servo que habitar na Covilhã durante um ano fiquelivre (…) ele e a sua descendência.

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in Alcina Isidoro e outros, Do foral à Covilhã do século XII, Edição da Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico - Cultural da Covilhã, Covilhã, 1988, pp. 109-115

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Doação do Foral de Almada – 1190Fonte 3

De cada jugo de bois darão (um moiode) milho ou de trigo, conforme o cerealque cultivarem, e se lavrarem um e outroque paguem de ambos pelo alqueire aferi-do da vila. (...)

Os moradores de Almada podem livre-mente ter tendas, fornos de pão e de louça.E dos fornos de telha pagarão dízima. (...)

Os pescadores paguem a dízima.

Alexandre Flores “Foral de Almada - 1190”,Câmara Municipal de Almada, 1991, pp. 26-31

1. Aponta três benefícios concedidos pelo foral da Covilhã (fonte 2) aos habitantes da cidade.

2. Explica a importância das cartas de foral para o desenvolvimento económico do país (fontes2 e 3).

3. Com base nas fontes 2 a 5 e nos teus conhecimentos, explica a afirmação do poder régio emPortugal.

A tua resposta deve abordar, pela ordem que entenderes, os seguintes tópicos dedesenvolvimento:

• O papel das Inquirições; A aliança com os concelhos; A importância das Cortes.

Inquirições Gerais (1258)Fonte 3

In Nomine Christi. D. Afonso, pela graça de Deus Reide Portugal [...] manda inquirir toda a terra entre Cávadoe Minho, todos aqueles direitos que aí El-Rei deve ter,novos e velhos, assim como de coutos, herdades de cava-leiros e de ordens, em que El-Rei tem direitos ou deve ter[...] e esta inquirição será feita desta maneira: que osinquiridores chamem o juiz de cada julgado e o abade decada igreja e todos os fregueses de cada freguesia e con-jurem sobre os Santos Evangelhos um de cada vez e sobretodas as coisas.

http://www.ribatejo.com/hp/base/cgi-bin/ficha_documento.asp?cod_documento=29, acedido em

28.12.2012Cortes de 1254Fonte 4

Com os bispos e com os próceres [nobres] e com prelados e com as Ordens e com os homens bons dosconcelhos (…) para tratar do estado do reino e das coisas a corrigir e emendar.

Livro I de D. Afonso III, fl. 6 v., in Alexandre Herculano, op. cit., tomo IIII, livro VI, nota da p.52

Grupo III

1. Carateriza o estilo artístico a que pertence a janela representada na fonte 5.

2. Identifica três caraterísticas comuns às obras representadas nas fontes 6 e 7.

Janela do Conventode Cristo, em Tomar

Fonte 5 A pinturarenascentista

Fonte 6A esculturarenascentista

Fonte 7

Diogo de Arruda, 1510-1513 Rafael, Nossa Senhora como Menino, 1505

Michelangelo Buonarroti, Pietà, 1498-1501

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