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História da Saúde Coletiva Prof. Ms. Otávio Furtado

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Page 1: Hist Ria Da Sa de Coletiva

História da Saúde Coletiva

Prof. Ms. Otávio Furtado

Page 2: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Brasil Colônia

Cuidados à saúde no Brasil praticamente inexistiram nos tempos de colônia.

O pajé, com suas ervas e cantos, e os boticários eram as únicas formas de

O pajé, com suas ervas e cantos, e os boticários eram as únicas formas de assistência à saúde.

Em 1789, havia no Rio de

Janeiro apenas quatro médicos.

Page 3: Hist Ria Da Sa de Coletiva

1808 – Chegada da Corte Portuguesa

Criação das duas primeiras escolas de medicina do país:

– Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar – Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador

– Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro.

Page 4: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Médicos - monopólio da “arte de curar” (Constituição de 1891)

• A medicina individual era feita por “médicos de

família” e dirigidas as camadas de maior poder

aquisitivoaquisitivo

• Ao restante da população restavam os hospitais de

cunho filantrópico - Santas Casas de Misericórdia

Page 5: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Saneamento básico

Atividade relacionada com:

– Abastecimento de água potável,

– Manejo de água pluvial,

– Coleta e tratamento de esgoto, – Coleta e tratamento de esgoto,

– Limpeza urbana,

– Manejo do resíduos sólidos,

– Controle de pragas e qualquer tipo de agente patogênico, visando a saúde das comunidades

Page 6: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Rio de Janeiro X Saneamento básico

Governo Rodrigues Alves (1902-1906)

Febre amarela

Peste bubônica

Varíola Malária

Febre tifóide

Hanseníase

Tuberculose

Page 7: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Antibióticos

• Antibiótico é uma substância que tem capacidade de interagir com micro-organismos unicelulares ou pluricelulares que causam infecções no organismo. – Matam ou inibem seu metabolismo e/ou sua reprodução,

permitindo ao sistema imunológico combatê-los com permitindo ao sistema imunológico combatê-los com maior eficácia.

• 1928 - Fleming descobriu a penicilina.

• 1939 - Segunda Guerra Mundial: novos estudos

Page 8: Hist Ria Da Sa de Coletiva

A varíola (também conhecida como bexiga) é uma doença infecto-contagiosa. É causada por um Orthopoxvirus, um dos maiores vírus que infectam seres humanos.

Os sintomas iniciais são semelhantes aos da gripe, com febre, mal-estar, mas depois surgem dores musculares , gástricas e vômitos violentos. Após infecção do tracto respiratório, o vírus multiplica-se

Varíola

violentos. Após infecção do tracto respiratório, o vírus multiplica-se nas células e espalha-se primeiro para os órgãos linfáticos e depois via sanguínea para a pele, onde surgem as pústulas típicas, primeiro na boca, depois nos membros e após generalizadas.

Tratamento: isolamento e antibióticos.Controle: VacinaçãoStatus: Erradicada

Page 9: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Ou lepra é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos.

90% da população tem resistência ao bacilo,

Hanseníase

90% da população tem resistência ao bacilo, sendo a doença mais comum em regiões tropicais e pouco desenvolvidas.

Transmissão: gotículas de saliva

Tratamento: antibióticos

Page 10: Hist Ria Da Sa de Coletiva

A malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.

Sintomas e progressão: caracteriza-se inicialmente por sintomas inespecíficos, como dores de cabeça, fadiga, febre e náuseas. Estes

Malária

Sintomas e progressão: caracteriza-se inicialmente por sintomas inespecíficos, como dores de cabeça, fadiga, febre e náuseas. Estes sintomas podem durar vários dias.Mais tarde, caracterizam-se por acessos periódicos de calafrios e febre intensos que coincidem com a destruição maciça de hemácias e com a descarga de substâncias imunogênicas tóxicas na corrente sanguínea ao fim de cada ciclo reprodutivo do parasita..

Tratamento: uso de cocktel de fármacos é eficiente na maioria dos casos.

Page 11: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Doença infecciosa transmitida Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, contaminados por um flavivirus. Desde 1942 a febre amarela urbana é considerada erradicada do Brasil.

Sintomas iniciais são inespecíficos como febre, cansaço, mal-estar e dores de cabeça e musculares (principalmente no abdômen e na lombar). Náuseas, vômitos e diarreia também surgem por vezes. Sua progressão pode levar a

Febre amarela

vômitos e diarreia também surgem por vezes. Sua progressão pode levar a morte.

Tratamento: sintomático, com administração de líquidos e transfusões de sangue ou apenas plaquetas caso sejam necessárias.

Prevenção: combate ao mosquito e vacinação.

De 1980 a 2004, 662 casos de febre amarela silvestre,com taxa de letalidade de 51%

Page 12: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Ou peste negra, assolou a Europa durante o século XIV e

dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas.

Peste bubônica

- Causa: bactéria Yersinia pestis, transmitida ao ser humano

através das pulgas ou ratos-pretos.

- Sintomas: febre alta, mal estar e os bubos, que são

protuberâncias azuladas na pele.

- Tratamento: antibióticos.

Page 13: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Ou Peste cinzenta é uma doença contagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch. A tuberculose pulmonar é a forma mais frequente.

Sintomas: tosse com catarro, febre (mais comumente ao entardecer), suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento, cansaço fácil.

Tuberculose

Transmissão: tosse.

Tratamento: uso de cocktel de fármacos.

Prevenção: vacina BCG (dá entre 50% a 80% de resistência à doença)

Page 14: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Doença infectocontagiosa causada pela bactéria Salmonella typhi, transmitida através da ingestão de alimentos ou água contaminada.

Transmissão e cuidados: Hábitos de higiene

Febre tifóide

Sintomas: febre de cerca 40°C, dores de cabeça, fadiga, bradicardia, agitação durante o sono e, às vezes, podem aparecer manchas rosas na pele. Leva a morte em 25% dos casos não tratados.

Tratamento:antibióticos específicos

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Primeira medida sanitarista no país.

�Rio de Janeiro - Oswaldo Cruz �1.500 pessoas que invadiam as casas, queimavam

Governo Rodrigues Alves (1902-1906)

�1.500 pessoas que invadiam as casas, queimavam roupas e colchões.

�Instituição de uma vacinação antivaríola

�População às ruas - Revolta da Vacina

� Carlos Chagas (Sucessor) � Estruturação de campanha rotineira de ação e educação sanitária.

Page 16: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Décadas de 1910 -20

Chegada dos imigrantes europeus– Cobrança por modelo de assistência médica para a população

pobre

Funcionários de empresas e serviço público: �Assistência médica ao funcionário e a família

�Concessão de preços especiais para os medicamentos

�Aposentadorias e pensões

Page 17: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Endemia

É qualquer doença que ocorre apenas em um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades.nem se espalhando para outras comunidades.

• Exemplo: Febre amarela e malária comuns na Amazônia. No período de infestação da doença, as pessoas que viajam para tal região precisam ser vacinadas.

Page 18: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Epidemia

É uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico. Isso poderá ocorrer por causa de um grande desequilíbrio ocorrer por causa de um grande desequilíbrio (mutação) do agente transmissor da doença ou pelo surgimento de um novo agente (desconhecido).

Exemplo: Gripe aviária ou Suína

Page 19: Hist Ria Da Sa de Coletiva

1930 -60

Processo de INDUSTRIALIZAÇÃO

• Aumento das cidades

• Ampliação da massa trabalhadora – Precárias condições de higiene, assistência médica e habitação.

Getúlio Vargas � Criação do Ministério da Educação e Saúde Getúlio Vargas � Criação do Ministério da Educação e Saúde

– Ministério da Educação e Saúde

• Medidas sanitaristas como a criação de órgãos de combate a endemias e epidemias e normativos para ações sanitaristas.

• Divisão de escassos recursos.

– 1953- é criado o Ministério da Saúde

Page 20: Hist Ria Da Sa de Coletiva

1960

• Poucos recursos financeiros do Estado e falta de prioridade para o setor saúde.

• Aumento dos custos da assistência á saúde devido às mudanças no saber e na prática

• Aumento dos custos da assistência á saúde devido às mudanças no saber e na prática médica, transformações científicas e tecnológicas.

• Hospital, posição central na prestação de saúde.

Page 21: Hist Ria Da Sa de Coletiva

O Estado Militarista e o “Milagre Brasileiro” 1964-1984 “Privatização da Saúde”

Nova política salariale substituição da +

Aumento da jornada de trabalho de 8 para Reflexos nas e substituição da

estabilidade no emprego pelo FGTS(Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) – aumenta a produtividade

+

+

trabalho de 8 para 13 hs diárias

Baixo poder aquisitivodo salário mínimo

Reflexos nas estatísticas de mortalidade morbidade e acidentes de trabalho

Criação das CIPAs

Page 22: Hist Ria Da Sa de Coletiva

1967 - criado INPS (Instituto Nacional de Previdência Social)

– Concentração de recursos financeiros.

– Subsequente contratação de serviços médicos do – Subsequente contratação de serviços médicos do setor privado.

Modelo-Assistêncial Privatista

Page 23: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Meningite

Page 24: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Década de 70

• 1970- Direitos do INPS são estendidos aos trabalhadores rurais (FUNRURAL e PRORURAL)

• 1972- Inclusão das empregadas domésticas na Previdência Social

• 1973- Extensão aos trabalhadores autônomos dos benefícios da • 1973- Extensão aos trabalhadores autônomos dos benefícios da Previdência Social

• 1975 -Ocorre epidemia de meningite nos principais centros urbanos – campanhas de vacinação.

• 1978 –INPS � Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps)

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Década de 80

• Crescimento do setor empresarial médico -“lucratividade”

• Falta de investimentos em serviços públicos de saúde

• Hegemonia da medicina curativa

• Rumo ao fim da Ditadura Militar• Novos horizontes para a Saúde Pública

• Movimento de Reforma Sanitária

Page 26: Hist Ria Da Sa de Coletiva

As propostas do Movimento de Reforma SanitáriaAs propostas do Movimento de Reforma Sanitária

O Movimento de Reforma Sanitária transformou a política de saúde em elemento fundamental da estabilização da ordem política nacional – a retomada dos direitos de

1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde – sistematiza as propostas da Reforma Sanitária

nacional – a retomada dos direitos de cidadania

Page 27: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Saúde como Direito - em seu sentido mais abrangente é a resultante das condições de:

Alimentação,

No relatório da 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) consta que

Transporte, Alimentação, Habitação, Educação, Renda, Meio ambiente, Trabalho,

Transporte, Emprego,Lazer, Liberdade, Acesso e posse da terra Acesso a serviços de saúde

Page 28: Hist Ria Da Sa de Coletiva

- Saúde como um direito universal e dever do Estado

- Unificação dos serviços de saúde

As propostas do Movimento de Reforma SanitáriaAs propostas do Movimento de Reforma Sanitária

- Descentralização dos serviços de saúde

- Modelo de atenção à saúde

- Participação da sociedade – controle social

Page 29: Hist Ria Da Sa de Coletiva

1987 – Sistema unificado e descentralizado de saúde (SUDS)

Estadualização da saúde

Atendimento médico ainda privado

1988 – Sistema Único de Saúde (SUS)1988 – Sistema Único de Saúde (SUS)Municipalização da Saúde

– Equilíbrio entre ações preventivas e curativas– Equidade– Modelo universal– Prioridades aos serviços governamentais e filantrópicos

Page 30: Hist Ria Da Sa de Coletiva

Referências

www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/historico-da-saude

http://wikipedia.orghttp://wikipedia.org