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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR HISTÓRIA Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

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PRÉ-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

HISTÓRIA

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico

Disciplinas Autores

Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima BezerraLiteratura Fábio D’Ávila Danton Pedro dos SantosMatemática Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFísica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQuímica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério FernandesHistória Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

696 p.

ISBN: 978-85-387-0574-1

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

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A divisão do mundo em ideologias

O mundo após a II Grande Guerra achava-se dividido em duas áreas de influência, uma dominada pelos EUA (bloco capitalista) e outra dominada pela URSS (bloco socialista).

No bloco capitalista ocorreu um grande momen-to caracterizado pela concentração de empresas e pela ação das multinacionais, que se instalavam em regiões em “desenvolvimento”, explorando a mão-de-obra barata, matéria-prima, isenção fiscal, entre outros fatores.

O Bloco capitalistaPodemos caracterizar o bloco capitalista dentro

do âmbito econômico, político e social. No caso do plano político, os princípios capitalistas estavam fundamentados nas liberdades individuais, sendo o governo apenas uma forma representativa, buscava-se a igualdade política e de direitos, além de manter a pluralidade partidária e a busca pela democracia.

No contexto econômico, a propriedade e os meios de produção adotam um caráter privado e não-estatal, como seria o caso do Socialismo. No sistema capitalista é valorizada a livre-concorrência e a lei da oferta e procura, almejando o lucro, marca do sistema capitalista. No âmbito social, o Capita-lismo apresentava uma forte desigualdade entre as

pessoas, dividindo a sociedade em classes.

A partir de 1945, há cada vez mais intervenção do Estado na economia, dando origem ao que deno-minamos Welfare State (Estado de Bem Estar Social), possuindo basicamente as mesmas características do capitalismo, apresentando porém um menor des-nível social (programas de bem estar social, pleno emprego).

Na maioria das vezes, os governos constituídos nos países capitalistas são caracterizados por um regime republicano, constitucional e pluripartidários. Com o “Welfare State”, houve também o surgimento do neofascismo, chefiado pelo Movimento Social Ita-liano (MSI) e pelo Partido Nacional Democrata (NPD) da Alemanha.

EUAOs EUA, a partir do século XX, alcançou um

grande crescimento econômico, ligado principal-mente ao desenvolvimento e elevação da produção agrícola e da produção industrial. Também podemos mencionar aqui o crescimento da rede de transportes e comunicações, do número de bancos, entre outros. Daremos ênfase a alguns presidentes que marcaram a história mundial, e não de todos que ocuparam a cadeira de chefe de Estado.

A guerra hispano-americana, deu a vitória ao último e permitiu a concessão por parte dos EUA de algumas áreas na América Latina (Porto Rico, Cuba etc.).

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Intervenção americana em Cuba.

Já o governo de Theodore Roosevelt (1901–1909) determinou, no ano de 1901, a Emenda Platt cuja a finalidade era um política de intervenção em Cuba, podendo os EUA realizarem uma exploração de mi-nérios e a instalação de bases navais.

Esse presidente também determinou uma maior expansão “dominadora” sobre a América Latina, que logo foi expandida para o mundo. No ano de 1904, Roosevelt criou o Corolário Roosevelt – Big Stick (o Grande Porrete) – transformando os EUA na polícia intervencionista na América Latina.

O Big Stick funcionou muito bem em relação ao Canal do Panamá, pois os EUA intervieram no con-fronto existente na Colômbia, conseguindo assim a posse do território para a construção do canal. Neste mesmo governo, foi realizada com a China a chama-da “Política de Portas Abertas”, caracterizada pela abertura comercial por parte da China aos produtos norte-americanos.

A partir do governo de Woodrow Wilson (1913-1921) foi criado o conceito de vida norte-americana em combate ao avanço do comunismo. Era o “Ame-rican way of life”, que demonstrava para todo o mundo como era boa a sociedade capitalista norte-americana.

Após a crise de 1929, o mundo totalmente abalado trouxe a figura salvadora de Franklin D. Roosevelt (1933-45) e a sua política do New Deal. Também aplicou a Política da Boa Vizinhança para a América Latina que passou a ser considerada o “quintal dos EUA”.

O presidente norte-americano sofreu algumas reclusões por parte dos próprios países da América, especialmente nas Conferências de Montevidéu (1933), em que afirmaram que nenhum Estado pode-ria intervir no outro; e a de Buenos Aires (1936) – que expressava a paz continental. No ano de 1944 foram elaborados os acordos de Bretton Woods, que esta-

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Big Stick.

Intervenção militar norte-americana

Protetorados norte-americano

Influência norte-americana

Possessão norte-americana

Possessão norte-americana

Bases navais

beleceu a tentativa de estabilização das moedas e a concessão de créditos aos países que necessitassem. As principais decisões tomadas nesse acordo foram a criação do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvol-vimento (BIRD), além do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (Gatt), mais tarde batizado de Organização Mundial do Comércio (OMC).

O governo Harry Truman (1945-52) foi carac-terizado pela criação da política de continuação do New Deal, o chamado Fair Deal (Tratamento Justo), destacando o espaço de estabilização de preços agrícolas, criando subsídios para os mesmos, aumen-tando o salário e o número de empregos, e, acima de tudo, inserindo o soldado vindo da Segunda Guerra Mundial no cenário político-econômico da sociedade norte-americana sem afetá-la.

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O principal fato ocorrido neste governo foi a criação da Doutrina Truman (1947) que nada mais era que a ajuda financeira e militar aos países ame-açados pelo comunismo. E o outro, o Plano Marshall (1947), teve como finalidade a ajuda financeira aos países europeus destruídos na Segunda Guerra Mundial, objetivando atraí-los para o lado capitalista. Vale lembrar que, para os países asiáticos, os EUA também elaboraram um plano de ajuda econômica, porém não denominado Marshall, e sim denomina-do de Plano Colombo.

No ano de 1949 nascia o tratado do Atlântico Norte (Otan), através da união dos países europeus e dos EUA. Essa organização visava combater o avanço comunista. Nesse período também houve o período promovido pelo senador Joseph Mcarthy de caça às bruxas, ou melhor dizendo, aos comunistas. Este episódio foi denominado de macartismo, que confi-gurou a caça de americanos com ideias comunistas. Muitos artistas foram presos nessa época.

No ano de 1952 subia ao poder Eisenhower (1952-60), que possuiu como destaque em seu go-verno as grandes ações militares no Oriente Médio, criando a Organização do Tratado da Ásia do Sudeste (OTASE ou SEATO), para combater o avanço comu-nista naquela região. A Doutrina Eisenhower possuía o ideal de financiar grupos capitalistas com a finali-dade de combater o comunismo nas diversas partes do Planeta. Foi em seu governo que ocorreu a Guerra da Coreia (1950-53) e a Crise de Suez (1956).

A Guerra da Coreia começou em junho de 1950, com os conflitos entre o sul e o norte do país, na região dividida pelo paralelo 38. As duas partes rei-vindicavam para si a hegemonia sobre todo o país.

Os Estados Unidos, liderando uma força mul-tinacional da ONU, enviaram, em setembro, suas tropas em auxílio ao governo sul-coreano. Ao mesmo tempo, fizeram grandes encomendas ao Japão, que ficou encarregado de fabricar roupas e suprimentos para as tropas na frente de batalha. Dessa forma, o Japão pôde iniciar a reconstrução de sua economia. A Guerra da Coreia durou três anos e matou pelo me-nos três milhões e quinhentas mil pessoas. No final, tudo ficou como antes. As fronteiras permaneciam as mesmas, e os regimes dos dois países também: o norte sob o domínio dos comunistas pró-soviéticos e o sul controlado pelos capitalistas pró-Estados Unidos. Vale lembrar aqui, que esta região, ainda hoje, possui a maior zona desmilitarizada do mundo. Tendo em vista os reflexos do período da Guerra Fria.

Em 1961 surgia John F. Kennedy (1961-1963), e o seu governo teve como destaque a grande cam-panha para a coexistência pacífica entre as duas

potências (EUA e URSS). Participou de alguns con-flitos, como a Guerra do Vietnã, tendo recebido toda uma crítica de parcelas consideráveis da sociedade norte-americana, destacando a figura dos hippies e o slogan “Faça amor, mas não faça a guerra”. Outro momento do governo Kennedy foi o episódio da Baía dos Porcos (1961) e a crise dos mísseis soviéticos no ano de 1962, ambos em Cuba, o que levou os EUA a imporem um bloqueio comercial àquela ilha de ideais socialistas liderada por Fidel Castro, que dura até os nossos dias (2007). Para a América Latina iniciou a política batizada de Aliança e Progresso.

Nas questões internas, Kennedy revelou-se tole-rante e buscou elaborar planos que promovessem os direitos civis à população negra, causando conflitos raciais na sociedade norte-americana. Neste período e nos anos posteriores, o movimento negro ganhou maiores dimensões, destacando a figura de Martin Luther King, e os radicais dos panteras negras.

Kennedy foi morto antes de complementar o seu mandato, quando assumiu o vice Lyndon Johnson (1963-69). Em seu mandato foram intensi-ficadas as relações interraciais e o contingente de militares deslocados para o Vietnã veio a aumentar consideravelmente.

No ano de 1968 foi eleito Richard Nixon (1969-74). No seu governo podemos destacar a chegada do homem à Lua, marco estratégico dentro da corrida espacial, dentro do período da Guerra Fria e a inten-sificação a Guerra do Vietnã (que se estendeu para a região do Camboja). Porém, a carnificina era tão grande, que o seu governo começou a obter pontos negativos em relação àquela guerra. Logo a partir do ano de 1972 surgiram os primeiros acordos de paz entre as nações envolvidas no conflito. Mas o episódio mais marcante do seu governo foi o seu o envolvimento no caso Wa-tergate (1972) – corrupção e espionagem do Partido Republicano na sede do Partido Democrata. Esse caso levou o presidente Richard Nixon a renunciar ao seu mandato no ano de 1974. Com a saída de Nixon, o vice Gerald Ford assumiu a presidência até o ano de 1976, passando pela dura crise mundial do petróleo.

No governo de James E. Carter (1977-81) foi instituida uma política voltada para a América Latina, além de promover a posse do Canal do Panamá até o ano de 2000, em que os EUA o entregariam-no para o verdadeiro dono, Panamá. Dentro de sua política, Carter suspendeu as ajudas, financeiras ou militares às ditaduras da América Latina. Além disso,tentou promover a paz entre palestinos e israelenses. No ano de 1979, promoveu uma intervenção militar no Afeganistão, que tinha sido invadido pela URSS no ano anterior. A idéia de Carter era transformar o Afe-

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ganistão num “Vietnã” para os soviéticos, segundo as suas próprias palavras.

O presidente norte-americano da década de 1980, Ronald Reagan, ficou caracterizado pelo epi-sódio da queda da Bolsa de Nova Iorque (1987), causando medo no mundo de uma nova catástrofe econômica a nível mundial. Reagan também se des-tacou na corrida espacial, com o chamado projeto Guerra nas Estrelas, e no caso Irãgate – caracteriza-do pela venda de armas para o Irã durante a guerra Irã–Iraque. O dinheiro da venda dessas armas era utilizado para financiar o grupo dos “contras” que, apoiado pelos EUA, objetivavam derrubar o governo de Daniel Ortega, na Nicarágua.

Nesse meio termo, Reagan realizou uma política de assistência econômica, militar e política para os países da América Latina. Além disso legitimou a Doutrina Reagan, que tinha como finalidade comba-ter as ideias comunistas no mundo.

O governo de George Bush (1989–93) ficou mar-cado pelo conflito no Golfo, e pela tentativa de afirmar os EUA como única potência no mundo, dentro do contexto da Nova Ordem Mundial, após a queda da URSS (1991). Reafirmou também o Nafta, mercado comum entre Canadá, México e EUA. Já Bill Clinton (1993–2000) consolidou os EUA como a maior potên-cia econômica e militar do mundo. Nem o caso com a Mônica Levinski conseguiu derrubá-lo, terminando o seu governo com pequenas intervenções militares pelo mundo (Kosovo, Iraque), firmando o poder e o mundo nas mãos dos EUA. O governo de George W. Bush será observado num módulo à parte, sobre a Nova Ordem Mundial.

Europa A Europa foi totalmente destruída na Segunda

Guerra Mundial, precisando de ajuda externa para erguer-se novamente como potência. A recuperação foi bastante rápida devido aos empréstimos dos EUA via o plano Marshall, e a formação de blocos econômicos. O Benelux foi a primeira organização econômica a surgir, e a ele pertenciam Bélgica, Holanda e Luxemburgo, prevalecendo o sistema de livre comércio imposto pelos tratados de Londres (1944) e de Haia (1947), promovendo a uniformização das taxas alfandegárias.

Os empréstimos dados para reconstrução da Europa eram concentrados na Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE), cuja finalidade era distribuir o dinheiro entre os países conforme a necessidade de cada um.

Na ano de 1951 foi criada a Comunidade Euro-peia do Carvão e do Aço (CECA), organizada pelo tratado de Paris, que integrava as indústrias de várias nações. No ano de 1957, surgia pelo tratado de Roma, a Comunidade Econômica Europeia ou Mercado Comum Europeu (CEE ou MCE) organiza-ção que primeiramente visou livrar o país das taxas aduaneiras. No ano de 1959 houve a Aliança Europeia do Livre Comércio (AELC ou NFTA) que teve início com o tratado de Estocolmo.

Mas o grande destaque seria o tratado de Ma-astricht, assinado no ano de 1991, e começando a vigorar no ano de 1993, formando a União Europeia (UE), tendo servido de referência para a criação de uma moeda única, o Euro, em substituição a Unidade Monetária Europeia (ECU). A integração aprofundou com a criação de um instituto monetário europeu e um banco central europeu; além disso tentava-se construir uma única cidadania para a população euro-peia. Tudo isso em prol de transformar a Europa num bloco coeso e numa potência econômica do futuro. A União Europeia possui hoje 25 membros, destacando a presença da Inglaterra, da França, da Alemanha, da Itália, de alguns países do Leste europeu (estes foram os últimos a entrarem, no ano de 2004), entre outros membros.

JapãoO Japão foi derrotado durante a Segunda Guerra

Mundial, e dali saiu bastante danificado e humilhado. Com uma imensa política de reerguimento da ilha e a ajuda externa, principalmente dos EUA, o Japão promoveu uma reforma agrária, acabando com os seus zaibatsus (proprietários de terras). A partir daí deu um grande salto para a tecnologia de ponta, possuindo uma invejosa poupança e uma balança comercial favorável.

No ano de 1946 foi criada a constituição japone-sa que limitava o poder do imperador, transferindo o poder político para o parlamento.

Além disso, devido a invasão dos norte-core-anos na Coreia do Sul no ano de 1950, Washington estimulou a participação do Japão no chamado “esforço de guerra”. A indústria japonesa passou a produzir o material de apoio aos soldados no front, como roupas, remédios e alimentos sintéticos. Com isso, o Japão tentou resolver o problema do desem-prego por meio de compromissos econômicos com o bloco capitalista.

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No ano de 1997, dois momentos divergentes: O primeiro apresentando um crescimento fantástico do PIB japonês, o que acarretou grandes investimentos na região dos Tigres Asiáticos. Porém, o segundo momento não foi de prosperidade, e sim de crise. A crise econômica asiática, causada pela bolsa de Hong Kong, levou o Japão a uma reestruturação de sua economia para sobreviver ao mundo de caracte-rísticas globalizadas e mais competitivo.

O crescimento industrial do Japão

O bloco socialistaPara os pensadores modernos do socialismo,

seguir o caminho desta doutrina seria livrar-se de todo o mal contido no capitalismo, como por exem-plo, a opressão imperialista. A sociedade em si, socialista, é caracterizada pela propriedade coletiva e pela garantia de trabalho, educação, saúde (todos os benefícios sociais gratuitos).

Os primeiros países a serem socialistas foram a URSS (1922) e a Mongólia(1924). Os demais países que aderiram a ideia socialista somente o fizeram após a Segunda Guerra Mundial. Nesse período foi criado o Eurocomunismo, que expressava as ideias comunistas aos países da Europa, demonstrando as suas vantagens perante o sistema capitalista. Essa ideia era fundamentada por grandes pensadores da época,como por exemplo, Antonio Gramsci e Palmiro Togliatti.

Da mesma forma como estudamos o bloco capitalista, promoveremos uma rápida análise do bloco socialista, e depois abordaremos alguns casos. Em âmbito econômico a sociedade socialista visa a abolição da propriedade privada. As atividades eco-nômicas são controladas pelo Estado,ou seja, ocorre uma planificação da economia.

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Países capitalista desenvolvidos

Países capitalista subdesenvolvidos

Países socialista de elevado nível de bem-estar

Países socialista pobres

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Países socialista pobres

O mundo pós-45 e o bloco socialista.

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URSS

Após a Segunda Guerra Mundial, a URSS foi reconhecida pelo mundo como uma das grandes potências ao lado dos EUA e somente os dois dividiam o poder e a hegemonia do mundo, numa disputa acirrada, conhecida como Guerra Fria

Alguns planos quinquenais foram elaborados para erguer a URSS economicamente visando a planificação da economia.

Após a morte de Stalin (1953) assumiu um con-selho de ministros chefiados pela figura de Georgii Malenkov (1953–1955) e logo depois pelo presidente escolhido (não pelo povo) Nikita Kruschev (1955-1964). Esse governo foi o responsável pelo fim do culto à personalidade (Stalin) e pela hipertrofia da burocracia. No seu governo ocorreu o plano Setenal (1959-1965) caracterizado pela descentralização industrial da região da Sibéria

O processo de desestalinização foi o grande marco do governo de Kruschev, determinado pelo XX congresso do PCUS, no ano de 1956. Em seu governo, a URSS mandou uma nave ao espaço, com o astro-nauta Iúri Gagárin, dando início a Corrida Espacial, uma das características da Guerra Fria. Dentro desse contexto, a década de 1960 foi o apogeu deste perío-do, pois além da questão espacial tivemos episódios relacionados a Cuba (baía dos Porcos e a crise dos mísseis), além da divisão da Alemanha em duas com a construção do muro de Berlim.

No governo de Kruschev se deu o início a política denominada de “coexistência pacífica”, destinada a evitar um possível conflito entre as superpotências. Essa medida trouxe também vários acordos de paz entre as duas nações.

No ano de 1962, a China rompeu com a política de Moscou, devido ao rápido processo de aproximação com o Ocidente promovido por Kruschev. Já no ano de 1964, Kruschev foi afastado do cargo e substituído por uma junta formada por Lonild Brejnev, Alexei Kossiguin e Nicolas Podgorny – nesse momento voltavam os pla-nos quinquenais. O governo em si, depois de algumas perturbações, ficou nas mãos de Brejnev (1964-1982), que apoiou movimentos em prol da independência das colônias na Ásia e na África. Em seu governo a repressão a partidários contrários a ideologia de Stalin voltaram a ser caçados e presos. No ano de 1978 /1979 a URSS decidiu invadir a região do Afeganistão, obje-tivando sufocar uma rebelião muçulmana.

Em seu governo foi promovida a política da de-tente, que era caracterizada pela realização de boas relações entre as duas potencias,essa política tam-bém podia ser chamada de política de distensão.

Brejnev veio a falecer no ano de 1982, deixando Yuri Andropov ( 1982-1984) no poder da URSS, des-tacando em seu governo o crescimento de poder de outros partidos .

O novo secretário-geral do Partido Comunista era Yuri Andropov, uma figura enigmática que assu-miu o poder com fama de linha dura, por ter sido chefe da KGB durante 15 anos. Essa imagem foi reforçada com a derrubada, em 1983, de um avião de passa-geiros da Korean Air Lines, por invasão do espaço aéreo soviético. Por outro lado, Andropov iniciou um processo de pequenas mudanças liberalizantes na economia, estimulou uma campanha contra a corrupção na máquina administrativa do estado e reuniu em seu governo alguns auxiliares, que mais tarde estariam envolvidos nas reformas de Mikhail Gorbatchev. Andropov ficou no poder até a morte, em fevereiro de 1984.

O sucessor de Andropov, Konstant in Tchernenko,assumiu o poder já em condições precá-rias de saúde, governando apenas pelo curto período de 11 meses, até morrer em março de 1985. Hoje, sabe-se que sua indicação pelo partido foi um modo de adiar, por algum tempo, a questão sucessória, até que os dois grupos em disputa chegassem a um acordo. De um lado, os herdeiros políticos de Brejnev não queriam saber de reformas. De outro lado, a ala mais jovem do partido pretendia levar adiante as mudanças políticas e econômicas no país. Na década de 1980, Gorbatchev (1985 – até o final da URSS), dife-rentemente dos outros governantes, tentou implantar reformas na política e na economia soviética.

No governo Gorbatchev, duas tendências mar-cavam os seus ideais. A Glasnost, que se apresenta-va como uma abertura política, uma maior liberdade de expressão e consequentemente com democracia. E a Perestroika, como sendo uma reestruturação da economia soviética.

Mikhail Sergueievitch Gorbatchev assumiu a secretaria-geral do Partido Comunista em março de 1985. Sua ascensão ao cargo foi resultado de uma trajetória rápida e brilhante dentro da estrutura do partido. Em agosto de 1985, Gorbatchev surpreendeu o mundo ao suspender os testes nucleares subterrâ-neos, declarando uma moratória nuclear unilateral. A medida, no entanto, soou como mais uma peça de propaganda soviética.

O líder soviético reservava mais surpresas para o 27.º Congresso do Partido Comunista, em fevereiro de 1986, quando expôs um audacioso programa de reformas políticas e econômicas. No plano político, Gorbatchev queria enterrar a corrida armamentista e estabelecer um projeto de colaboração entre as nações. No plano econômico, a meta era revitalizar todos os

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setores de produção, estagnados desde a época de Leonid Brejnev. Estavam fundamentados a Glasnost e Perestroika. As expressões glasnost e perestroika começaram a se popularizar na imprensa ocidental.

Glasnost, em russo, queria dizer transparência. Com esse conceito, Gorbatchev queria expressar uma nova relação entre o poder e a sociedade. Para ele a censura deveria ser abolida, para que os pro-blemas pudessem ser discutidos abertamente pela população. Já a Perestroika significava reconstrução. Indicava a necessidade de reformulação da economia soviética, sobre novas bases. Em 1986, Gorbatchev mostrava-se um defensor do estadismo socialista e do igualitarismo econômico, mas afirmava também que seria bem-vinda a iniciativa empreendedora de cada cidadão. Para ele, o Estado não deveria ser um obstáculo para o progresso individual.

As propostas eram consideradas muito avança-das dentro da própria União Soviética. Observadores acreditavam que Gorbatchev poderia ter o mesmo fim de Nikita Khruschev,deposto em 1964 ao tentar introduzir reformas vistas com antipatia pelos buro-cratas do Partido Comunista.

O primeiro grande teste do novo líder acon-teceu em abril de 1986, quando um vazamento na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, liberou uma nuvem radioativa que contaminou diversas regiões da União Soviética e da Europa. O aumento dos níveis de radioatividade na atmosfera foi detectado pela Suécia, que pressionou o governo soviético por mais informações. Depois da relutância no primeiro momento, as autoridades de Moscou admitiram a responsabilidade pelo acidente e passaram a tratar do assunto com uma abertura sem precedentes. A imprensa internacional recebeu todas as informações que procurava, e se iniciou um amplo debate sobre o programa nuclear e as condições das usinas ins-taladas na Europa.

Em pouco tempo, Gorbatchev deu ao mundo provas de que falava sério ao propor reformas substanciais no Estado soviético. Essa disposição começou a inquietar setores do Partido Comu-nista. No final de 1987, o governante lidava com duas alas antagônicas dentro de seu partido. Não demorou para que essas divergências fossem de conhecimento público.

Na época em que Mikhail Gorbatchev e George Bush fizeram a reunião de cúpula na Ilha de Malta, no Mar Mediterrâneo, em dezembro de 1989, o mundo ainda sofria o impacto da derrubada do muro de Berlim, ocorrida em novembro do mesmo ano.

A crise que o socialismo atravessava parecia prenunciar a falência do bloco soviético. Naquele finalzinho de década, os Estados Unidos apareciam diante do mundo como os vencedores da Guerra Fria. Às vésperas do ano de 1990, ainda existiam duas Alemanhas e continuava de pé o Pacto de Varsóvia, a aliança militar do bloco socialista. Inicialmente, a proposta de reunificação das Alemanhas não foi bem recebida pela França, Grã-Bretanha e outros países europeus, que temiam o ressurgimento da grande potência germânica, berço do nazismo e de ambições históricas de hegemonia sobre a Europa. Dentro da própria Alemanha Ocidental, a oposição argumentava que o lado capitalista teria de arcar com um preço muito alto para modernizar as em-presas obsoletas e adaptar as estruturas sociais da Alemanha Oriental.

No mês de junho de 1990, o Pacto de Varsóvia anunciou que deixaria de exercer suas funções mili-tares, o que representava, na prática, o fim da aliança socialista. Acabava, assim, o único grande obstáculo geopolítico à reunificação das duas Alemanhas. Exatamente em 3 de outubro de 1990, a Alemanha Oriental deixava de existir. Com o apoio dos Estados Unidos, a potência germânica renascia no coração de uma Europa perplexa e preocupada. Nessa época, a União Soviética atravessava uma das piores crises de sua história. O líder Mikhail Gorbatchev era acusado de traidor por seus adversários. Além disso, ganha-vam força os movimentos de independência nas 15 repúblicas soviéticas.

No ano de 1991 a URSS caía com o golpe de Estado aplicado em Gorbatchev. Esse golpe causou uma forte reação da população, destacando a for-mação de barricadas e a reivindicação de retorno de Gorbatchev ao poder. Essa resistência foi comandada por Boris Ieltsin e tinha como objetivo recolocar o ex-presidente no poder. O feito foi conseguido após três dias de impasse, em que os golpistas foram presos e Gorbatchev retornava ao poder. Ao retornar, Gorbatchev tratou de suspender as ações do partido comunista, além de dissolver a alta cúpula da KGB. Porém, o estrago já estava feito. No mesmo ano, algumas repúblicas como por exemplo a Lituânia, proclamaram as suas independências, gerando um processo de fragmentação da URSS. No último mês de 1991 foi dissolvida a URSS e em seu lugar foi constru-ída a Comunidade dos Estados Independentes(CEI). Estava decretado o fim da URSS e consequentemente do ideal socialista daquele país e de todo o bloco que ela sustentava, isto é, dava-se início a Nova Ordem Mundial.

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Repúblicas que compunham a União Soviética

Países bálticos (independentes desde 06/09/1991)

Países-membros da CEI (Comunidade de Estados Independentes)

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Mar Mediterrâneo

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União Soviética.

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uma manifestação operária na cidade industrial de Poznan. Já no caso da Hungria, o movimento teve uma amplitude muito maior contando com o apoio da população. A revolta foi combatida duramente pelas tropas de Moscou numa ação bastante violenta.

Alguns países merecem um destaque a mais nas suas transições para o mundo socialista. Um des-ses é a Iugoslávia, que rompeu com a URSS, aderindo a um socialismo independente, destacando-se Tito, líder iugoslavo, que lutou contra os nazistas. Com a morte deste na década de 1980, as divergências políticas e econômicas começaram a aparecer entre as repúblicas que formavam a Iugoslávia. No ano de 1991, a Croácia e a Eslovênia proclamaram as suas respectivas independências. A Sérvia era a região mais forte, governada por Slobodan Milosevic, que declarou guerra contra as nações recentemente sepa-radas. No ano de 1992, as regiões da Macedônia e da Bósnia-Herzegovina proclamaram as suas indepen-dências. Outros dois conflitos apareceram no cenário báltico. Uma guerra entre a Sérvia-Montenegro (Nova Iugoslávia) e a Bósnia, durante os anos de 1992 e 1995, e a guerra de Kosovo (1998) que contou com a intervenção dos EUA naquela região e a deposição do ditador Slobodan Milosevic do poder da Sérvia.

Alguns países socialistas da Europa Ocidental

Um fator importante da expansão socialista na Europa era o apelo do nacionalismo contra o imperialismo ocidental capitalista,e uma abrangên-cia política muito grande dos partidos comunistas desses países.

O lado oriental foi a parte que coube a influência do socialismo, pois aqui vários países aderiram a esse sistema criando a “cortina de ferro”. O socialismo, em si, ganhou muitos adeptos nesse lado por causa dos movimentos de resistência contra os alemães, pois foram eles os principais líderes da resistência ao Eixo. Em contrapartida ao mundo capitalista, foi cria-do o Comecon (1949) ligado a formação de projetos econômicos e o Pacto de Varsóvia (1955) em choque com a Otan. O bloco era formado pela Polônia, Hun-gria, Tchecoslováquia, Romênia, Bulgária, Albânia e a República Democrática Alemã. A Iugoslávia era um caso a parte, vivendo fora do eixo de dominação soviético, mas sendo um país socialista.

No ano de 1956, revoltas eclodiram na Polônia e na Hungria. No primeiro caso a revolta se referia a

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No ano de 1968, acontecia a Primavera de Pra-ga, que foi caracterizada pela invasão dos tanques soviéticos naquele país, com o objetivo de implantar um regime socialista fiel a Moscou. Seus participan-tes lutavam por um socialismo mais liberal e foram duramente reprimidos pelo exército vermelho.

Não esquecendo da Polônia de 1980, do líder sindicalista Lech Walesa e o sindicato Solidariedade. Vale lembrar que no ano de 1990, o partido comunista polonês foi dissolvido e Lech Walessa foi eleito pre-sidente daquele país.

Voltando ao cenário da Tchecoslováquia, o ano de 1989 apresentou um novo levante contra o socialismo soviético. Graças a decadência da URSS e as ideias liberais de Gorbatchev, a população da Tchecoslováquia reivindicava a implantação da de-mocracia em seu país. Fato esse consumado no mês de novembro de 1989, quando o presidente Gústav Husák renunciou ao cargo. A partir daquele momento a presidência foi entregue para Alexander Dubcek, que assumiu a presidência do parlamento tcheco. O

episódio ficou marcado pelo nome de Revolução de Veludo. Três anos depois, no ano de 1992, este país foi dividido em dois: a república Tcheca e a Eslováquia, ambas adotando o sistema capitalista como forma político-econômica.

Na Romênia, os protestos populares eram con-tidos pelo governante Nicolae Ceausescu, o que aca-bou causando uma revolta que durou três semanas. O resultado desta revolta foi a prisão do presidente e o seu fuzilamento no final de 1989. Dois anos de-pois, a Romênia deixava de ser um país socialista e passava a adotar uma democracia de características capitalistas. A Bulgária, o líder Todor Zhivkov foi des-tituído do poder no inicio do ano de 1990, devido ao seu envolvimento em casos de corrupção. No ano de 1991 era instalada a democracia naquele país.

O caso da Albânia veio por reformas implanta-das a partir do ano de 1990, cinco anos após a morte do líder estalinista Enver Hoxha. A partir de 1990 o pluripartidarismo foi adotado, além de uma consti-tuição de caráter democrático.

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ChinaA China se constituiu numa grande potência

socialista que livrou-se do domínio soviético. Após a morte de Sun Yat-sen (1925), o Kuomintang (Partido da Direita Chinesa) passou a ser chefiado por Chiang Kai-shek, um líder anticomunista, que combateu fer-vorosamente os discípulos de Mao Tsé-Tung (líder da esquerda Chinesa) na guerra civil (1927-1937). Nessa guerra ocorreu a conhecida Longa Marcha, sobre o comando de Mao Tsé-Tung. O objetivo da marcha era escapar ao cerco das forças leais ao governo de Chiang Kai-chek.

Ainda na guerra civil, o Japão começou a sua expansão para dentro do continente asiático, com o objetivo de conquistar a região da Manchúria (região chinesa rica em minérios), e até 1945 travou numa dura batalha contra as forças comunistas de Mao Tsé-Tung. Os nacionalistas, liderados por Chiang Kai-Shek, somente ficaram esperando o resultado da guerra para darem o golpe fatal sobre os comu-nistas.

O que os nacionalistas não contavam era com a enorme mobilização de Mao Tsé-Tung, junto aos cam-poneses, na fundação da chamada Nova Democracia Chinesa. Diferentemente dos outros movimentos socialistas que possuíam a base no operariado, este tinha a base no campesinato.

Após a retirada dos japoneses da China no final da Segunda Guerra Mundial, os comunistas e os membros do kuomintang voltaram a se enfrentar em outra guerra civil, a Segunda (1946-1949). O grande vitorioso dessa batalha foi Mao Tsé-Tung, forçando a Chiang Kai-Shek fugir para Formosa. Naquele momento estava criada a República Popu-lar da China (1949). E a partir daquele momento, a sociedade chinesa conheceria um novo padrão de vida, a socialista.

De 1949 a 1953, o regime foi caracterizado por um processo de transição, possuindo uma economia mista. O grande momento da “socialização” foi a im-plantação dos planos quinquenais, tendo uma maior importância o 2.º plano, conhecido também como o grande salto para a frente, quando foram criadas Comunas Populares, com objetivo não só econômico, mas também social e político. O grande salto para a frente infelizmente não trouxe os resultados espera-dos previstos por Mao Tsé-Tung, provocando a morte de milhares de camponeses.

Na década de 1950 dois acontecimentos mar-caram o governo de Mao Tsé-Tung, o primeiro foi a invasão da região do Tibet pela China, ainda no início da década. A partir de então o governo chinês passou

a controlar o Estado teocrático de Dalai-Lama, e lá reprimiu várias revoltas de cunho popular. O outro acontecimento foi a criação das comunas populares, que nada mais eram que unidades econômicas que promoviam a coletivização da terra.

No ano de 1962, a China rompeu os seus laços políticos com a URSS. Já no ano de 1966 ocorreu uma rebelião dentro da revolução, também conhecida como a Revolução Cultural, cuja finalidade era a junção da economia com a política, eliminando assim a burocracia estatal e a participação do povo em rela-ção a produtividade. Foi criada a Cartilha Vermelha de Mao, que estimulou o povo chinês a praticar o regime socialista. Para isso dar certo, Mao Tsé-Tung criou os Guardas Vermelhos que tinham como prin-cipal finalidade educar o povo para o socialismo.

O líder chinês morreu no ano de 1976. Após sua morte, o poder na China foi disputado por Deng Xiaoping (moderado) e Chiang Ching (esquerda – vi-úva de Mao Tsé-Tung). No início da década de 1980, devido a uma política mista, promoveu-se a criação de “cidades especiais” (ZEEs). Estas cidades faziam parte do projeto de abertura da economia para o exterior, mantendo uma economia com participação ativa de empresas multinacionais, mas com uma forte presença do Estado comunista chinês. Aqui acabava o período também conhecido como Maoísmo e ini-ciava a Era das Quatro Modernizações (agricultura, indústria, defesa, cultura).

O fato mais recente que explodiu em forma de manifestações contra o autoritarismo do governo chi-nês foi o massacre da Praça da Paz Celestial (1989), também conhecido como a Primavera de Pequim. No ano de 1997 a cidade de Hong Kong passava novamente para o controle chinês, após o domínio inglês por mais de cem anos. Outra cidade devolvi-da à China foi Macau no ano de 1999 por Portugal. Vale ressaltar que, hoje, pesquisas apontam a China como grande candidata a dividir o posto de potência mundial ao lado dos EUA.

CubaA ilha de Cuba ficou independente da Espanha

graças a ajuda norte-americana na Guerra Hispano--Americana (1898). A partir dali foi dominada e explorada pelos EUA, segundo a Emenda Platt, que acabou concedendo uma área para a construção de uma base, a de Guantánamo (1903).

Cuba vivia da cana-de-açúcar, e do meio rural. No ano de 1925, subiu ao poder na ilha o ditador Ge-raldo Machado, que após passar por duros problemas por causa da crise de 1929, acabou sendo derrubado no ano de 1933 por Ramón Grau de San Martín.

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No ano de 1934, surgiu a figura de Fulgêncio Batista, homem de confiança dos EUA, e ali no go-verno abriu as portas para a entrada dos produtos e do capital norte-americano. Esse ficou no poder até o momento da Revolução Cubana(1959).

A partir de 1953, surgiu no cenário cubano a figura de um militar, Fidel Castro, que logo de início liderou um movimento para tomar o poder da ilha. O golpe fracassou e Fidel Castro foi preso e exilado (1955). Exilado no México, construiu o Movimento 26 de Julho e conheceu o argentino Ernesto “Che” Guevara, e juntos promoveram a Revolução.

Ao voltarem para Cuba, escondidos dentro de um veleiro, as tropas de Fidel foram bloqueadas pelas tropas de Fulgêncio e naquele momento em menor número, Fidel Castro e os seus revolucionários fugi-ram para a região de Sierra Maestra, criando lá uma Frente Cívico-Revolucionária Democrática (1958).

No ano de 1959, os revolucionários tomaram Ha-vana e promoveram a Revolução Cubana, nacionali-zando todas as empresas estrangeiras e implantando mais tarde o socialismo em Cuba. Isso era visto com péssimos olhos pelos EUA.

Um episódio que marcou foi o caso da Baía dos Porcos, no ano de 1961. Naquala ocasião a CIA treinou um grupo de exilados cubanos para tentar depor Fi-del Castro. Porém, o movimento não deu certo e com forte apoio popular, Fidel Castro conseguiu expulsar os golpistas da ilha.

Outro episódio foi a crise dos mísseis soviéticos implantados em Cuba. O episódio fez com que hou-vesse um bloqueio comercial a Cuba por determina-ção dos EUA que dura até os nossos dias. Cuba, a partir desse momento, foi o primeiro país socialista da América Latina.

(Unicamp) “Um dos exemplos do estado de pânico total 1. que dominou a sociedade norte-americana, naqueles anos iniciais da década, foi a cruzada anticomunista que levou o nome de Macarthismo por causa do senador Joseph MacCarthy.”

(FENELON, Dea. A Guerra Fria,1983.)

Explique o que foi o Macarthismo e as suas relações com a Guerra Fria.

Solução: `

Com o final da Segunda Guerra e a polarização dos blocos socialistas e capitalistas, os EUA saíram em uma cruzada propagandística dos “males” do comunismo, de forma ideológica.

Apresente os principais aspectos dos valores de-3. mocráticos dos norte-americanos e demonstre por que a existência dos guetos se contrapõe a esses ideais.

Solução: `

Constituição simples, neoliberalismo econômico.•

Tem pouco cuidado com programas sociais.•

(UERJ) Tomando por base o comportamento do eleito-4. rado no último pleito e o número de sufrágios até agora obtidos pelos srs. Juscelino e Jango, veremos que os dois pretendentes terão, no máximo, 33% dos votos depositados nas urnas do dia 3, em todo o País. (...) Há, no entanto, outra circunstância que compromete seriamente a situação eleitoral dos dois candidatos – e é que eles só atingiram aquela porcentagem porque re-ceberam os votos proclamados, ostensivos, negociados do Partido Comunista. (...) Parece-nos que o Estado- -Maior considera o Partido Comunista uma organização perigosa e subversiva ligada ao movimento internacional revolucionário dirigido pela União Soviética.

(OLIVEIRA, Rafael Corrêa de. O Estado de S. Paulo,11 out. 1955.

apud CARONE,Edgard. A Quarta República (1945-1964).

São Paulo; Difei,1980.)

Isso é o que não nos podem perdoar; que aqui, sob seu nariz, façamos uma revolução socialista.

(Declaração de Fidel Castro em 16 de abril de 1961. apud THOMAS,H.

Cuba, La Lucha por La Libertad.

Barcelona: Edições Grijalbo,1974.)

A década de 50 caracterizou-se, na América Latina, pelo crescimento do anticomunismo entre os setores políticos conservadores e entre parcela considerável dos

Explique a participação dos Estados Unidos na Guerra 2. do Vietnã.

Solução: `

Os Estados Unidos enviaram tropas ao Vietnã do Sul para combater o apoio dos guerrilheiros do Vietnã do Norte à Frente Nacional de Libertação, contrária à divisão do Vie-tnã, e evitar a expansão do socialismo na região. Apesar da avançada tecnologia militar e do grande número de soldados, os Estados Unidos saíram derrotados.

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militares, clima que se aprofundou com a declaração de Fidel Castro citada acima. No Brasil, a posse de Juscelino Kubitschek já fora contestado por um tipo de reação que muitas vezes identificava posturas nacionalistas ou reformistas com o comunismo.

Relacione o cenário internacional à conjuntura po-a) lítica brasileira na década de 1950, marcado pelos antagonismos entre nacionalistas/reformistas e conservadores/anticomunistas.

Identifique duas características da estrutura econô-b) mica vigente em Cuba, antes da Revolução de 1959, combatidas pelos revolucionários de Fidel Castro.

Solução: `

A bipolarização político-ideológica entre EUA e a) URSS estabeleceu uma disputa entre as democra-cias liberais e o modelo socialista soviético. No Bra-sil, este embate se evidenciou na discussão em torno do monopólio estatal sobre o petróleo e da abertura econômica ao capital estrangeiro na constante re-definição dos perfis partidários e na polarização em face da ampliação ou não da política trabalhista.

Duas dentre as características:b)

concentração da propriedade, seja rural, seja urbana;

dependência para com o capital estrangeiro, princi-palmente norte-americano;

propriedade norte-americana da maior parte das grandes usinas açucareiras cubanas;

propriedade estrangeira da maior parte das atividades econômicas cubanas.

(Fuvest) Quando o Muro de Berlim foi construído, em 1961, 5. a União Soviética estava no auge de sua força – havia até mesmo se adiantado aos Estados Unidos na exploração espacial. Quando o Muro de Berlim foi derrubado,em 1989, a União Soviética estava em plena crise e desapareceria dois anos depois.

Explique essa reviravolta e a relação entre o Muro de Berlim e a União Soviética.

Solução: `

O Muro de Berlim – tornou-se um dos mais expressivos símbolos de Guerra Fria. Na época de sua construção, a URSS controlava todo o Leste Europeu e estendia a sua influência a Cuba e a vários países africanos e asiáticos recém-emancipados.

Por outro lado, a queda do Muro em 1989 – abrindo caminho para a reunificação da Alemanha e para a al-teração do mapa geopolítico na Europa Centro-Oriental – reflete a situação de crise vivida pela URSS, mais grave. Tal situação,que levaria ao fim da Guerra Fria, do “socialismo real” e da própria União Soviética começou

a evidenciar-se com a ascensão de Gorbatchev (1985) e a implantação de seus projetos reformistas (“Glasnost” e “Perestroika”).

(UFF) A China vem colocando-se como uma das gran-6. des potências comerciais do mundo. Apesar dessa nova condição da economia chinesa, sua entrada para a Organização Mundial do Comércio (OMC) foi dificultada, durante os últimos 15 anos, pelos países que lideram essa Organização.

(Ministério do Desenvolvimento,

Associação de Comércio Exterior do Brasil – 2000.)

Explique duas razões que os países líderes da OMC alegavam como impedimento para a entrada da China nessa Organização.

Solução: `

A China era considerada como pouco confiável para par-ticipar do mercado mundial, em função da forte presença e comando do Estado na política econômica do país.

O Estado chinês era considerado como não pertencente ao “campo das democracias liberais”,sobretudo pela manutenção do “regime de partido único” e ausência de “eleições livres”.

Os baixos salários da imensa força de trabalho chinesa ameaçavam o poder de competitividade das empresas dos países líderes da OMC e possibilitariam a inundação do mercado mundial com produtos a preços muito baixos.

FILMES: A Insustentável Leveza do Ser.

Direção de Phillip Kaufman EUA, 1988.

O Último Imperador.

Direção de Bernardo Bertolucci, EUA, 1987.

Justiça Vermelha.

Direção de John Avnet, EUA, 1995.

O Sol é para todos.

Forrest Gump: o contador de histórias.

Texto para as questões 1 e 2. (UFRJ)

“A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encarar, razoavelmente, como uma Terceira Guerra Mundial, embora uma guerra muito peculiar. (...) A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Mais que isso: apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados,

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mas sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial (...). A URSS controlava uma parte do globo, ou sobre ela exercia predominante influência – a zona ocupada pelo Exército Vermelho e/ou outras Forças Armadas comunistas no término da guerra – e não tentava ampliá-la com o uso da força militar. Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos (...). Em troca, não intervinha na zona aceita de hegemonia soviética.”

(HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos: o breve século XX (1914-

1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 224.)

No texto acima, o historiador inglês buscou resumir as principais características das relações internacionais no período compreendido entre o final da Segunda Guerra Mundial e o fim da década de 1980, genericamente denominado Guerra Fria.

Considerando o contexto da Guerra Fria, cite dois movi-1. mentos políticos surgidos na África que questionavam a hegemonia norte-americana no continente.

Explique o papel da Organização do Tratado do Atlântico 2. Norte (Otan) e do Pacto de Varsóvia naquela conjun-tura.

(Unirio) “A Segunda Guerra Mundial mal terminara 3. quando a humanidade mergulhava no que se pode encarar, razoavelmente, como Terceira Guerra Mundial, embora uma guerra muito peculiar. Pois como observou o grande filósofo Thomas Hobbes, “guerra consiste não só na batalha, ou no ato de lutar: mas num período de tempo em que a vontade de disputar pela batalha é suficientemente conhecida” (Hobbes, capítulo 13). A Guerra Fria entre EUA e URSS, que dominou o cenário internacional na segunda metade do Breve Século XX, foi sem dúvida um desses períodos.”

(HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX (1914-

1991). São Paulo: Cia das Letras, 1995.)

Com relação ao período conhecido como Guerra Fria, verificamos que:

a humanidade vivia sob constante ameaça de uma a) guerra nuclear, em que dois países decidiriam o destino do mundo;

o bloco socialista sempre defendeu o desarmamen-b) to, apesar da rivalidade entre as duas potências;

o texto fez referência a uma Terceira Guerra Mun-c) dial, porém o bloco capitalista nunca interferiu na política latino-americana.

ao longo do século XX, não se observaram movi-d) mentos contestatórios à bipolarização.

o mundo assistiu passivamente à disputa entre as e) duas potências, portanto não podemos concordar com a idéia de a Guerra Fria ser um fenômeno mun-dial.

(UERJ)4.

(COUTO e SILVA, Golbery. Perspectivas do Antagonismo entre

o Ocidente e o Oriente Comunista. Geopolítica do Brasil. Rio de

Janeiro: José Olympio, 1967.)

Este mapa representa cartograficamente uma ideologia presente no Brasil durante o período militar.

Do ponto de vista geopolítico, pode-se dizer que o mapa, de autoria de um dos porta-vozes da Doutrina de Segurança Nacional, também evidencia:

o avanço soviético como ameaça para o bloco ca-a) pitalista.

as perdas territoriais da URSS após a crise do so-b) cialismo real.

a difusão comunista rumo às bases aéreas norte-c) americanas.

a expansão russa sobre as rotas comerciais no d) Oceano Índico.

(UFF) Com o final da Segunda Guerra Mundial, iniciou-5. -se um novo período na história da humanidade. Ven-cido o perigo nazista, enfrentaram-se as duas forças hegemônicas do pós-guerra: os Estados Unidos da América, campeões do capitalismo, e a URSS, campeã do socialismo.

A Guerra Fria foi o resultado óbvio dessas tensões e disputas. Entretanto, ao mesmo tempo em que socialismo e capitalismo disputavam o predomínio na produção e nos mercados, a revolução tecnológica avançava como consequência, até mesmo, da concorrência entre esses dois países. A corrida espacial foi um dos aspectos dessa concorrência.

Ao lado da política e da economia, passou a existir o desejo do bem-estar e do conforto – mostrar onde se vivia melhor era fundamental. Esse desejo fez com que rapidamente se transferissem para o cotidiano dos homens os resultados práticos das inovações de guerra. Mais conforto, novas comodidades, alterações

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nos comportamentos sinalizaram um novo tempo, um novo século.

Cai o império soviético.

Hoje, no mundo globalizado, o conhecimento humano não tem fronteiras nem limites: DNA, genoma, clonagem, novas tecnologias para comunicação evidenciam o progresso no século XXI.

No contexto do pós-Segunda Guerra Mundial, constata-se, entre outros aspectos, que:

a tecnologia incorporou-se à vida dos homens, a) tornando quase impossível imaginar-se que al-guém sobreviva sem um telefone e uma televisão. Essa ânsia por novidades levou às disputas nucle-ares entre EUA e URSS que culminaram com o desastre de Chernobyl.

a disputa, mostrada na TV, entre duas empresas que b) buscam conquistar usuários da telefonia, ilustra o quanto esse setor evoluiu. O mesmo progresso que permitiu, nos últimos 50 anos, a indiscutível evolu-ção dos meios de comunicação, também possibili-tou a eliminação da pobreza, reduziu as doenças e transformou as cidades em áreas despoluídas.

inovações tecnológicas levaram o homem à Lua e c) melhoraram as condições de vida no planeta. No entanto, a falta de controle sobre as pesquisas cien-tíficas realizadas na antiga URSS conduziu a certos exageros, como o desastroso desenvolvimento da engenharia genética.

a ditadura da técnica e da objetividade implantou-d) se no mundo pós-Segunda Guerra. De um lado, para fazer com que o holocausto fosse esquecido e, de outro, para viabilizar a constituição de for-mas universais de controle político e econômico que não deram certo porque a URSS foi derrotada pelo capitalismo.

a Guerra Fria representou para o século XX mais do e) que a mera disputa entre dois modos diferentes de vida; indicou, também, o momento em que as inova-ções tecnológicas e as transformações nas ciências passaram a se integrar no cotidiano dos homens. Tal integração trouxe novidades que revoluciona-ram o mundo como, por exemplo, as observadas nos campos da comunicação e da informática.

(Fatec) A reconstrução econômica do Japão, acelerada 6. após 1950, é explicada principalmente:

pelos progressos da agricultura, dirigida prioritaria-a) mente para a produção de matérias-primas.

pela maciça aplicação de capitais na produção e b) pela mão-de-obra numerosa e barata.

pela facilidade de comércio com os países asiáticos c) graças à construção de numerosa frota.

pela abundância de riquezas minerais.d)

pela existência de mercado consumidor interno.e)

(UFES) Em agosto de 1961, na “Conferência Econômica 7. e Social de Punta Del Este”, o presidente John Kennedy apresentou aos países latino-americanos o projeto da “Aliança para o Progresso”, o qual previa, em linhas gerais, o aperfeiçoamento e fortalecimento das institui-ções democráticas, mediante a autodeterminação dos povos, a aceleração do desenvolvimento econômico e social dos países latino-americanos, a erradicação do analfabetismo e a garantia aos trabalhadores de uma justa remuneração e adequadas condições de trabalho. Situando a “Aliança para o Progresso” no contexto das relações internacionais vigentes no Pós-Guerra, constatamos que sua criação se deveu ao desejo do governo norte-americano de:

bloquear a acentuada evasão de capitais latino- a) -americanos, resultante da importação maciça de bens de consumo japoneses e das altas taxas de juros pagas aos países integrantes do “Pacto de Varsóvia” por conta dos empréstimos contraídos na década de 50.

conter o avanço dos movimentos revolucionários b) na América Latina, reafirmando assim a liderança exercida pelos EUA sobre o Continente, numa con-juntura de acirramento da Guerra Fria por conta da Revolução Cubana.

desviar, para a América Latina, parte dos investi-c) mentos previstos no “Plano Global de Descoloni-zação Afro-Asiática”, em virtude das revoluções so-cialistas de Angola e Moçambique, que tornaram a posição norte-americana na África insustentável.

impedir que a República Federal Alemã, país de d) orientação socialista, firmasse acordos com a fi-nalidade de transplantar tecnologia nuclear para o Terceiro Mundo, a exemplo do que havia ocorrido no Brasil sob o governo JK.

reabilitar os acordos diplomáticos entre os EUA e e) os demais países latino-americanos, que haviam sido rompidos quando da invasão de Honduras e do Equador pelas tropas norte-americanas, forta-lecendo assim a OEA.

Qual foi a estratégia norte-americana para acelerar seu 8. progresso científico, cultural e tecnológico especialmente após a Segunda Guerra Mundial?

Foi uma verdadeira histeria anticomunista nos Estados 9. Unidos na década de 50, caracterizada pela perseguição a artistas, intelectuais e políticos com a criação das Listas Negras e a Caça às bruxas:

Doutrina Monroe.a)

Doutrina Truman.b)

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New Deal.c)

Watergate.d)

Macartismo.e)

(UFSM) Que crise(s) internacional(is) impediu(ram) 10. o governo Kennedy de fazer uma “revolução pacífica”, ou seja, executar os propósitos da “Aliança para o Progresso”?

O episódio da Baía dos Porcos, quando exilados I. cubanos, treinados nos EUA, tentaram derrubar Fidel Castro.

A escalada do Vietnã, quando Kennedy mandou II. “conselheiros militares” ajudarem o governo pró-ocidental de Saigon.

A crise dos Mísseis, em 1962, quando os EUA III. descobriram que a URSS instalava bases de lança-mento em Cuba, o que levou as relações soviético-americanas a ponto crítico.

Está(ão) correta(s):

apenas I.a)

apenas II.b)

apenas III.c)

apenas II e III.d)

I, II e III.e)

(PUC-Rio) “O fim do bloqueio a Berlim, em maio de 1949, 11. não impediu que os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a França mantivessem sua firme presença nos setores de ocupação ocidental da cidade. A partir daí, as fronteiras da Guerra Fria ficaram congeladas na Europa por mais de uma geração. (...) Relutantes em alterar o status quo europeu do pós-guerra (...) em função do alto custo das mudanças para ambos os lados (...) o campo de batalha da Guerra Fria foi deslocado para a Ásia e o Oriente Médio.”

(PAXTON, Robert O. Europe in the 20th

Century, p. 557-558. Adaptado.)

Considerando o texto apresentado:

cite dois exemplos de conflitos asiáticos que exem-a) plifiquem o deslocamento das maiores tensões da Guerra Fria para a Ásia e o Oriente Médio.

explique de que forma ou a partir de que meca-b) nismo foram mantidas, no continente europeu, as respectivas áreas de influência das duas principais potências durante a Guerra Fria.

(UFRJ) “Atravessamos um dos momentos mais graves 12. da vida do nosso povo. (...) é o sangue do povo, sem distinções de sexo ou de idade, de homens, mulheres e crianças, que corre nas ruas de nossas cidades e nos

cárceres da reação e, denuncia as intenções sinistras do bando de assassinos, negocistas e traidores que hoje governa o país.

É a guerra que nos bate às portas e ameaça a vida de nossos filhos e o futuro da nação. Sentimos em nossa própria carne, por meio do terror fascista, como avançam os imperialistas norte-americanos no caminho do crime, dos preparativos febris para a guerra, como passam eles à agressão aberta e à intervenção armada contra os povos que lutam pelo progresso e a independência nacional.

E é por meio do terror fascista, procurando criar um clima de guerra civil, que o governo de traição nacional de Dutra quer levar o país à guerra e fazer de nossa juventude carne de canhão para as aventuras bestiais de Truman.”

(PRESTES, Luís Carlos. Manifesto, agosto de 1950.)

Há cinquenta anos, o Partido Comunista do Brasil (PCB) emitia um documento de caráter radical assinado por seu Secretário Geral. Nele o Partido manifestava toda a sua apreensão em relação à situação política internacional (Guerra Fria) e seus reflexos no Brasil. Essas preocupações, segundo o documento, centravam-se, naquele momento:

no início da Guerra da Coreia, no risco de uma con-a) flagração nuclear e na pressão norte-americana pela participação do Brasil no conflito contra a Co-reia do Norte Socialista.

na defesa da União Soviética, enfraquecida, ao fi-b) nal da Segunda Guerra Mundial, e ameaçada de invasão pelos Estados Unidos da América (Plano Marshall).

no processo de descolonização africana a partir da c) perda de influência dos países imperialistas euro-peus e do surgimento de movimentos de indepen-dência com inspiração socialista.

na eclosão da Revolução Cubana e no conflito gera-d) do com os grandes latifundiários norte-americanos prejudicados com a decretação de uma reforma agrária.

no início do envolvimento norte-americano no Viet-e) nã e nos riscos de eclosão de uma guerra civil no Brasil após o suicídio de Getúlio Vargas.

(UERJ) O dia em que a Guerra Fria chegou à Lua13.

Casa Branca, 21 de novembro de 1962. Na sala de reunião, dez pessoas ouviam o então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy. Entre elas, o diretor-geral da Nasa – a agência espacial americana. (...) O motivo da reunião: a corrida espacial. Kennedy queria da Nasa mais empenho para que os americanos chegassem antes dos soviéticos à Lua. Pela primeira vez,

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o governo dos EUA dizia abertamente que a ida à Lua não era uma das prioridades do programa espacial, mas a prioridade. E mais, não era um problema de ciência, mas de política.

(Jornal do Brasil, 25 ago. 2001.)

Caracterize a Guerra Fria.a)

Aponte um fato histórico ocorrido na América, no b) início dos anos 1960, que exemplifique a inclusão deste continente no contexto da Guerra Fria.

(UFRJ) Ao longo do século XIX é possível identificar 14. algumas tentativas de integração europeia, que não alcançaram grande repercussão. A ideia de uma Eu-ropa unida estava ainda distante. Segundo Bismark, Chanceler da Prússia e depois da Alemanha, “quem fala de Europa, se equivoca. Noção geográfica... ficção insustentável.”

Contudo, na segunda metade do século XX, se fortaleceu a proposta de uma maior integração econômica e política do continente, com a assinatura do Tratado de Roma e a constituição da comunidade Econômica Europeia (CEE).

Explique um fator que tenha contribuído para a criação da CEE.

(UERJ) Tomando por base o comportamento do eleito-15. rado no último pleito e o número de sufrágios até agora obtidos pelos srs. Juscelino e Jango, veremos que os dois pretendentes terão, no máximo, 33% dos votos depositados nas urnas do dia 3, em todo o País. (...) Há, no entanto, outra circunstância que compromete seriamente a situação eleitoral dos dois candidatos – é que eles só atingiram aquela porcentagem porque re-ceberam os votos proclamados, ostensivos, negociados do Partido Comunista. (...) Parece-nos que o Estado- -Maior considera o Partido Comunista uma organização perigosa e subversiva ligada ao movimento internacional revolucionário dirigido pela União Soviética.

(OLIVEIRA, Rafael Corrêa de. O Estado de S. Paulo, 11 out. 55. Apud

CARONE, Edgard. A Quarta República [1945-1964].

São Paulo: Difei, 1980.)

“Isso é o que não nos podem perdoar; que aqui, sob seu nariz, façamos uma revolução socialista.”

(Declaração de Fidel Castro em 16 de abril de 1961. Apud THOMAS, H.

Cuba, La Lucha por Ia Libertad. Barcelona: Edições Grijalbo, 1974.)

A década de 1950 caracterizou-se, na América Latina, pelo crescimento do anticomunismo entre os setores políticos conservadores e entre uma parcela considerável dos militares, clima que se aprofundou com a declaração de Fidel Castro mencionada. No Brasil, a

posse de Juscelino Kubitschek já fora contestada por um tipo de reação que muitas vezes identificava posturas nacionalistas ou reformistas com o comunismo.

Relacione o cenário internacional à conjuntura po-a) lítica brasileira na década de 1950, marcado pelos antagonismos entre nacionalistas/reformistas e conservadores/anticomunistas.

Identifique duas características da estrutura eco-b) nômica vigente em Cuba, antes da Revolução de 1959, combatidas pelos revolucionários de Fidel Castro.

(UEL) As mudanças no panorama internacional re-16. presentadas pela vitória socialista de Mao-Tsé-Tung na China, pela eclosão da Guerra da Coreia e pelas cres-centes dificuldades no relacionamento com a URSS, repercutiram na forma de tratamento dispensada pelos Estados Unidos ao Japão. Este, de “inimigo vencido”, passou a:

atuar como o mais forte aliado da URSS naquela a) região.

ser a principal base de operações norte-america-b) nas na Ásia.

competir com as forças econômicas alemãs e in-c) glesas.

buscar o seu nível econômico de antes da Primeira d) Guerra Mundial.

menosprezar o “consenso” – política de participa-e) ção de pessoal, que visa à integração do trabalha-dor no esquema da empresa capitalista.

(UFBA) Considere a expansão do bloco socialista no 17. mundo, entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a década de 1960, e conclua:

(01) a União Soviética contentou-se com os territórios ocupados no Leste europeu e estabeleceu uma política de alinhamento e cooperação com os pa-íses ocidentais, por meio do Pacto de Varsóvia.

(02) a China realizou sua revolução socialista na déca-da de 1940, definindo uma política de cooperação econômica e militar com o Japão e a Índia.

(04) a Revolução Cultural instalada na China, entre as décadas de 1960 e 1970, pretendia estabelecer uma grande transformação ideológica, alterar pro-fundamente as estruturas socioculturais e garantir o poder de Mao-Tsé-Tung.

(08) instalação do regime socialista na ilha de Cuba entrou em choque com a política capitalista norte-americana, resultando no episódio de invasão da Baía dos Porcos.

(16) Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão estabe-leceu uma política de reconstrução nacional, pro-

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clamando a república e organizando um governo de base socialista.

(32) A América Latina manteve-se distante das influ-ências socialistas, como resultado da severa vigi-lância dos seus governos e da incapacidade de trabalhadores e intelectuais para organizar parti-dos e associações de caráter socialista.

Soma ( )

(Faap) Em duas ocasiões, pelo menos, a subordinação 18. dos países do leste europeu a Moscou ficou evidenciada por meio de invasões, tais como a da Hungria em 1956 e em 1968 a de:

Tchecoslováquia.a)

Berlim.b)

Paris.c)

Romênia.d)

Albânia.e)

(Faap) Após a Segunda Guerra Mundial, a URSS estru-19. turou um plano de cooperação política com os países do bloco oriental, criado em 1947, é:

o Comecom.a)

o Kominform.b)

o Pacto de Varsóvia.c)

o Plano Marshall.d)

a Otan.e)

(PUC-Campinas) Stalin havia acreditado que, em nome 1. do Partido Comunista Soviético e da URSS, podia envolver-se com todo o direito nos assuntos internos dos demais partidos e países socialistas. E isto era o que fazia. Stalin considerava que o caminho do socia-lismo escolhido pela URSS era o caminho universal e obrigatório para todos. O credo stalinista impunha-se para os demais partidos... O primeiro que se arriscasse a por dúvida a justiça e acerto aos postulados da política stalinista caminhava em busca deliberada do anátema. E os primeiros fomos nós.

(Editorial do Jornal Borba, de Belgrado, 26/6/1968. ln: François Fejto.

Historia de Ias Democracias Populares. Barcelona: Martinez Roca,

1971, v. 1, p. 10 e In: Leonel I. A. Mello e Luis C. A. Costa. História Mo-

derna e Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999. p. 402.)

O texto, escrito num jornal da Iugoslávia, refletia a principal contradição interna do bloco socialista, no que se referia:

à tendência liberal dos antigos países socialistas e a) ao forte controle regional soviético.

ao patriotismo dos povos dominados na Europa b) Oriental e à pressão política da URSS.

à formação de democracias populares no Leste Eu-c) ropeu e à abertura política da União Soviética.

ao nacionalismo dos novos países socialistas e à d) busca de hegemonia por parte da URSS.

à descolonização dos países socialistas subdesen-e) volvidos e ao enfraquecimento da URSS.

(Cesgranrio) Durante a presidência de Harry Truman 2. (1945-53), criou-se a Doutrina de Segurança Nacio-nal, cujo objetivo era conter o avanço do comunismo no mundo. Na Europa, adotou-se o Plano Marshall. Na América Latina, os Estados Unidos buscaram uma política de alianças, cuja expressão foi o(a):

Pacto Andino.a)

Tratado Interamericano de Assistência Recíproca.b)

Tratado de Bryan–Chamorro.c)

Tratado de Guadalupe–Hidalgo.d)

Primeira Conferência Pan–Americana.e)

(Cesgranrio) No início da década de 60, o arsenal nu-3. clear à disposição das grandes potências era suficiente para destruir a humanidade, caso fosse utilizado em uma situação de confronto. Ao assumir o governo, o Presidente Kennedy (1961-63) defendeu a substituição da política externa norte-americana de confronto por uma de entendimento com a URSS, cujo objetivo era o desarmamento gradual das duas superpotências. Esse programa do governo Kennedy foi conhecido como:

Doutrina Drago.a)

Doutrina Monroe.b)

Corolário Roosevelt.c)

Nova Fronteira.d)

Política de Boa Vizinhança.e)

(Cesgranrio) Marque a opção que apresenta um acon-4. tecimento relacionado com as origens da Guerra Fria.

Construção do Muro de Berlim (1961).a)

Intervenção militar norte-americana no Conflito do b) Vietnã (1962).

Criação da Organização do Tratado do Atlântico c) Norte – Otan (1949).

Eclosão da crise dos mísseis em Cuba (1962).d)

Invasão da Baía dos Porcos (1961).e)

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(Cesgranrio) Com o desenvolvimento da política de Glas-5. nost, a história da URSS aparentemente está dividida entre a era de Gorbachev e a era Stalin. Entretanto, a desestalinização iniciou-se em 1956, com o 20.° Con-gresso do Partido Comunista da União Soviética, no qual Nikita Kruschev:

apresentou um relatório que, denunciando as ar-a) bitrariedades dos seguidores de Stalin acabou por provocar a reação dos setores militares soviéticos e o fechamento da URSS ao Ocidente.

apoiando as realizações econômicas de Stalin, b) apresentou um relatório em que as justificava em nome da manutenção da vitória da revolução.

apresentou um relatório em que analisava as re-c) lações de Stalin com o Kuomitang de Chiang Kai Shek e propunha a união política da URSS com a China para barrar o avanço do capitalismo ameri-cano na Ásia.

apoiando as propostas americanas de “degelo”, or-d) ganizou um programa político que determinava o princípio da coexistência política com o Ocidente e uma aliança com os EUA para troca de tecnologia.

apresentou um relatório denunciando as arbitrarie-e) dades e os erros de Stalin e abriu a URSS ao Oci-dente, estabelecendo o princípio da coexistência pacífica.

(Cesgranrio) O Acordo de Paris, que marcou o início 6. do fim da Guerra do Vietnã, negociado por Henry Kissinger e Le Duc Tho, estabelecia, além do cessar fogo imediato:

a criação de uma área neutra entre o Vietnã do Sul a) e o do Norte, onde seriam iniciadas as trocas de prisioneiros.

a retirada das tropas americanas, a libertação dos b) prisioneiros de guerra e eleições livres no Vietnã do Sul.

a entrega do governo do Vietnã do Sul aos vietcon-c) gs, a libertação dos prisioneiros de guerra o a reti-rada das tropas americanas.

a manutenção da divisão entre o Vietnã do Sul e d) do Norte com o estabelecimento da administração soviética no Norte.

a retirada das tropas americanas, a fixação de um e) calendário de democratização para o Vietnã do Norte e a eleição da China como árbitro da região.

(Cesgranrio) A partir de 1948, evidenciou-se a divisão do 7. mundo em dois blocos antagônicos – o Bloco Ociden-tal, liderados pelos Estados Unidos, e o Bloco Oriental, sob a influência da União Soviética. Fazem parte desse processo a:

criação do Comecon (1948), em relação ao plano I. Marshall (1947).

assinatura do pacto de Varsóvia (1955), em oposi-II. ção ao seu equivalente ocidental - a Otan (1949).

a eclosão de grandes conflitos internacionais (Co-III. reia, Vietnã, Oriente Médio), que levaram ao afasta-mento do bloco comunista da ONU.

a tentativa de desarmamento mundial, por meio dos IV. Acordos de Camp David, entre os Estados Unidos e a República Popular da China.

Assinale se estão corretas apenas:

I e II.a)

II e III.b)

III e IV.c)

I e IV.d)

II e IV.e)

(UERJ) O ano de 1946 traz de volta as eleições para o 8. cenário político brasileiro, com o fim do Estado Novo. O governo Dutra (1946-1951), contudo, reflete sua participação nos quadros da Guerra Fria, caracterizada pela Doutrina Truman e pelo Plano Marshall.

Explique o significado do Plano Marshall, relacio-a) nando-o ao surgimento da Guerra Fria.

Cite dois acontecimentos ocorridos durante o go-b) verno Dutra que evidenciem a influência do contex-to da Guerra Fria.

(PUC-Rio) Entre meados da década de 1950 e meados 9. dos anos 1970, os Estados Unidos e a União Soviética realizaram uma política de aproximação chamada “Dé-tente”. Sobre esse momento das relações entre as duas superpotências, é correto afirmar:

americanos e soviéticos assinaram tratados para a) controle dos arsenais nucleares e ampliaram os contatos diplomáticos como caminho para resolver as situações de conflito entre os dois países.

a aproximação entre os Estados Unidos e a União b) Soviética diminuiu o investimento em armas e tec-nologia, do que resultaram diversas crises na in-dústria militar de ambos os países.

a política de “Coexistência Pacífica” fracassou, c) aprofundando a instabilidade nas relações políticas internacionais.

a “Coexistência Pacífica” pôs fim à Guerra Fria e sig-d) nificou um novo período nas relações entre os dois países, caracterizado pela competição econômica e não pelo conflito militar.

o relaxameno das tensões políticas entre america-e) nos e soviéticos possibilitou a ascensão de outras

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potências – tais como China, Japão e Alemanha – o que provocou, a partir dos anos 1970, a desagrega-ção da ordem internacional bipolar.

(Fuvest) A era de paz e cooperação, que muitos es-10. peravam, se seguiria à vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial, não resistiu até o final dos anos de 1940, tendo sido substituída pela “guerra fria”, entre as grandes potências, e por “guerras quentes” localizadas.

Considerando a “guerra fria”:

explique as divergências fundamentais entre as a) grandes potências.

relacione a “guerra fria” com um conflito de “guerra b) quente”.

Apresente os nomes dos países onde o socialismo b) chegou a ser questionado por meio do Sindicato Solidariedade, da perestroika e da repressão às manifestações na Praça da Paz Celestial.

(Cesgranrio) Com o desenvolvimento da política de Glas-14. nost, a história da URSS aparentemente está dividida entre a era de Gorbachev e a era Stalin. Entretanto, a desestalinização iniciou-se em 1956, com o XX.° Con-gresso do Partido Comunista da União Soviética, no qual Nikita Kruschev:

apresentou um relatório que, denunciando as ar-a) bitrariedades dos seguidores de Stalin acabou por provocar a reação dos setores militares soviéticos e o fechamento da URSS ao Ocidente.

apoiando as realizações econômicas de Stalin, b) apresentou um relatório em que as justificava em nome da manutenção da vitória da revolução.

apresentou um relatório em que analisava as re-c) lações de Stalin com o Kuomitang de Chiang Kai Shek, e propunha a união política da URSS com a China para barrar o avanço do capitalismo ameri-cano na Ásia.

apoiando as propostas americanas de “degelo”, or-d) ganizou um programa político que determinava o princípio da coexistência política com o Ocidente e uma aliança com os EUA para troca de tecnologia.

apresentou um relatório denunciando as arbitrarie-e) dades e os erros de Stalin e abriu a URSS ao Oci-dente, estabelecendo o princípio da coexistência pacífica.

(UFRJ) “Falo na qualidade de membro e dirigente do 15. único partido verdadeiramente nacional...

Nós, comunistas, que vivemos sempre na ilegalidade, sentimos bem o quanto difere esta nova época daqueles tempos de antes da guerra, em que vivíamos perseguidos, insultados e vilmente caluniados. Mas dez anos de guerra e perseguições contra o comunismo fizeram do nosso povo o mais comunista da América (...). Comunista para o nosso povo é aquele que de maneira mais firme e consequente luta contra o estado de coisas intoleráveis e injustas predominantes em nossa terra; comunista é o que quer a negação disso que aí temos, a negação da miséria e da fome, a negação do atraso e do analfabetismo... “

(Discurso de Luiz Carlos Prestes, em 22 de maio de 1945, no Estádio do

Vasco da Gama, São Januário, Rio de Janeiro.)

Após passar nove anos e três meses preso e incomunicável durante a ditadura do Estado Novo, Prestes retoma, com a redemocratização, as suas atividades políticas. Nascido em janeiro de 1898, aproxima-se a data do centenário

11.

Observa-se, neste final de século, a organização de alguns países em torno de grandes blocos econômicos. Surgida na Europa na década de 50, a CEE também se revigora na atualidade, com consequências nas relações econômicas internacionais.

Responda:

O que significa CEE?a)

Quais os principais objetivos dessa organização?b)

Com relação à charge, por que o presidente dos c) Estados Unidos ordena a elevação do muro?

Qual foi a estratégia norte-americana para acelerar seu 12. progresso científico, cultural e tecnológico especialmen-te após a Segunda Guerra Mundial?

(Unesp) Na fase pós-Guerra emergiram e se consoli-13. daram dois grandes blocos rivais, liderados pelos EUA e a URSS, originando a Guerra Fria.

Discorra sobre as diferenças, apenas do ponto de a) vista econômico, entre capitalismo e socialismo.

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daquele que foi um dos mais importantes atores do Brasil republicano.

Analise a conjuntura política brasileira no imediato a) pós-guerra, relacionando-a com o panorama inter-nacional.

Destaque uma mudança significativa nas relações b) soviético-americanas ocorrida após a denúncia do “culto da personalidade” apresentada pelo Relató-rio Kruschev, no Vigésimo Congresso do Partido Comunista Soviético, em 1956.

(UFF) Com o final da Segunda Guerra Mundial, iniciou-16. se um novo período na história da humanidade. Ven-cido o perigo nazista, enfrentaram-se as duas forças hegemônicas do pós-guerra: os Estados Unidos da América, campeões do capitalismo, e a URSS, campeã do socialismo.

A Guerra Fria foi o resultado óbvio dessas tensões e disputas. Entretanto, ao mesmo tempo em que socialismo e capitalismo disputavam o predomínio na produção e nos mercados, a revolução tecnológica avançava como consequência, até mesmo, da concorrência entre esses dois países. A corrida espacial foi um dos aspectos dessa concorrência.

Ao lado da política e da economia, passou a existir o desejo do bem-estar e do conforto – mostrar onde se vivia melhor era fundamental. Esse desejo fez com que rapidamente se transferissem para o cotidiano dos homens os resultados práticos das inovações de guerra. Mais conforto, novas comodidades, alterações nos comportamentos sinalizaram um novo tempo, um novo século.

Cai o império soviético.

Hoje, no mundo globalizado, o conhecimento humano não tem fronteiras nem limites: DNA, genoma, clonagem, novas tecnologias para comunicação evidenciam o progresso no século XXI.

No contexto do pós-Segunda Guerra Mundial, constata-se, entre outros aspectos, que:

a tecnologia incorporou-se à vida dos homens, tor-a) nando quase impossível imaginar-se que alguém sobreviva sem um telefone e uma televisão. Essa ânsia por novidades levou às disputas nucleares entre EUA e URSS que culminaram com o desastre de Chernobyl.

a disputa, mostrada na TV, entre duas empresas que b) buscam conquistar usuários da telefonia ilustra o quanto esse setor evoluiu. O mesmo progresso que permitiu, nos últimos 50 anos, a indiscutível evolu-ção dos meios de comunicação, também possibili-tou a eliminação da pobreza, reduziu as doenças e transformou as cidades em áreas despoluídas.

inovações tecnológicas levaram o homem à Lua e c) melhoraram as condições de vida no planeta. No entanto, a falta de controle sobre as pesquisas cien-tíficas realizadas na antiga URSS conduziu a certos exageros, como o desastroso desenvolvimento da engenharia genética.

a ditadura da técnica e da objetividade implantou-d) se no mundo pós-Segunda Guerra. De um lado, para fazer com que o holocausto fosse esquecido e, de outro, para viabilizar a constituição de formas universais de controle político e econômico que não deram certo porque a URSS foi derrotada pelo capitalismo.

a Guerra Fria representou para o século XX mais do e) que a mera disputa entre dois modos diferentes de vida; indicou, também, o momento em que as inova-ções tecnológicas e as transformações nas ciências passaram a se integrar no cotidiano dos homens. Tal integração trouxe novidades que revoluciona-ram o mundo como, por exemplo, as observadas nos campos da comunicação e da informática.

(Cesgranrio) A URSS transformou-se, após 1945, numa 17. das potências mundiais, tanto no campo econômico como técnico. Um dos melhores exemplos dessa trans-formação é o:

desenvolvimento da política espacial, representada a) pela primeira viagem em torno da Terra por Gaga-rin.

desenvolvimento da indústria cinematográfica e das b) teorias em torno da fusão nuclear.

desenvolvimento da indústria automobilística e o c) incremento do sistema industrial privado.

crescimento do mercado interno, com o desenvol-d) vimento de novas técnicas de cultivo agrícola e au-mento de salários.

crescimento da produção agrícola em função do e) fim da intervenção do Estado no setor e de técnicas administrativas americanas.

(Cesgranrio) Ao final da Segunda Guerra Mundial, a 18. ruptura do acordo que unira os aliados vitoriosos gerou um ordenamento político internacional baseado na bi-polaridade. Nesse contexto, crises políticas e tensões sociais desencadearam um processo de construção do socialismo em diversos países. Assinale a opção que apresenta uma afirmativa correta sobre a construção do socialismo no mundo do pós-guerra.

Na Iugoslávia (1944-45), o regime comunista implan-a) tado pelo Marechal Tito submeteu-se à hegemonia política e econômica soviética, o que acarretou sua expulsão do movimento dos países não alinhados.

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Na Tchecoslováquia (1946), o socialismo reformis-b) ta, baseado na descentralização e liberalização do sistema frente ao modelo stalinista, retomado na política de Brejnev, foi interrompido pela repressão russa, encerrando a “Primavera de Praga”.

Na China (1949), a revolução comunista derrubou c) o regime imperial e expulsou os invasores japone-ses da Manchúria, reunindo os nacionalistas, os “senhores da guerra” e os comunistas maoístas em um governo de coalizão que instituiu uma república popular no país.

Na Coreia (1950-53), a intervenção militar norte-d) americana impediu o avanço das forças revolu-cionárias comunistas que ocupavam o Norte do país, reunificando as duas Coreias sob a tutela do Conselho de Segurança da ONU.

Em Cuba (1959), a vitória dos revolucionários cas-e) tristas foi favorecida pela promulgação da Emenda Platt no Senado americano, que regularizou o en-vio de armamentos aos guerrilheiros contrários à ditadura de Fulgêncio Batista.

(Cesgranrio) A Indochina, após a rendição japonesa, 19. em 1945, resistiu ao retorno do seus antigos senho-res – os franceses. Daí uma sucessão de conflitos e negociações, tais como:

a derrota dos franceses em Dien Bien Phu, (1954), I. que afastou definitivamente a hipótese de se man-ter o domínio francês nessa região.

a divisão provisória do Vietnã em duas partes, uma II. comunista (Norte), e a outra capitalista (Sul), pelos Acordos de Genebra (1956).

o progressivo desenvolvimento dos Estados Unidos III. no conflito para conter o Vietcong e evitar a queda de toda a Indochina em poder dos comunistas.

o triunfo militar norte-americano sobre os guerri-IV. lheiros comunistas, prejudicado pelas manobras diplomáticas que entregaram aos comunistas o Vietnã do Sul.

Assinale se estão corretas apenas:

I e II.a)

II e III.b)

III e IV.c)

I, II e III.d)

I, III e IV.e)

(Fuvest) Quando o Muro de Berlim foi construído, em 20. 1961, a União Soviética estava no auge de sua força - havia até mesmo se adiantado aos Estados Unidos na exploração espacial. Quando o Muro de Berlim foi

derrubado, em 1989, a União Soviética estava em plena crise e desapareceria dois anos depois.

Explique essa reviravolta e a relação entre o Muro de Berlim e a União Soviética.

Discuta o problema portuário da União Soviética.21.

Explique a Glasnost e a Perestroika na ex-União Sovié-22. tica, durante a Era Gorbatchev.

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Os movimentos de inspiração marxista MPLA (Movi-1. mento pela Libertação de Angola) e Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique)

Ambos os blocos se estruturavam em função da 2. manutenção de seus respectivos sistemas e ideários políticos, para o que desenvolveram aparatos militares e geoestratégicos.

A3.

A4.

E5.

B6.

B7.

Realizar grandes investimentos nos centros de pesquisa, 8. tanto em universidades como em empresas privadas, e trazendo os melhores cientistas e intelectuais de qual-quer parte do mundo para viverem e produzirem nos Estados Unidos.

E9.

E10.

11.

a)

A Guerra da Coreia, 1950-53.•

O início da escalada americana no Vietnã, 1960; • com a guerra se estendendo até 1972.

Foram adotadas políticas de cooperação econômi-b) ca e alianças militares, tais como:

o Plano Marshall;•

Conselho de Assistência Econômica Mútua, • Comecon;

Comunidade Econômica Europeia, CEE;•

o Pacto de Varsóvia;•

Organização do Tratado do Atlântico Norte, • Otan.

A12.

13.

A Guerra Fria foi um momento de tensão e hostili-a) dade fundamental e permanente entre a URSS e os EUA, que, por meio de uma disputa ideológica,

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buscavam a liderança na nova ordem internacional, estabelecida após a Segunda Guerra Mundial.

A fracassada invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, b) com o objetivo de derrubar o regime de Fidel Cas-tro, em abril de 1961 e a “Crise dos Mísseis” de 1962, envolvendo Cuba, Estados Unidos e União Soviética, ilustram a inclusão do continente ameri-cano na Guerra Fria e caracterizam a preocupação dos Estados Unidos com a propagação do socialis-mo e a ameaça à sua hegemonia no continente.

A reconstrução da Europa Ocidental após a Segunda 14. Guerra Mundial, ocorreu sob a influência da Guerra Fria que suplantava as rivalidades anteriores por meio da bipolarização do mundo entre capitalismo e socialismo. Assim sendo, tornava-se necessária a reconstrução que neutralizasse eventuais rivalidades, levasse ao fortaleci-mento econômico das nações e afastasse o fantasma do comunismo. Daí, a integração consagrada com a criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE), em 1957, com o apoio dos Estados Unidos consolidando-se o capitalismo. Formava-se, também, o embrião da atual União Europeia, cuja formação atende às novas neces-sidades criadas às nações europeias com o advento da globalização a partir da década de 90 do século XX.

15.

A bipolarização político-ideológica entre EUA e a) URSS estabeleceu uma disputa entre as demo-cracias liberais e o modelo socialista soviético. No Brasil, este embate se evidenciou na discussão em torno do monopólio estatal sobre o petróleo e da abertura econômica ao capital estrangeiro na cons-tante redefinição dos perfis partidários, e na pola-rização em face da ampliação ou não da política trabalhista.

Duas dentre as características:b)

concentração da propriedade, seja rural, ou ur-• bana;

dependência para com o capital estrangeiro, • principalmente norte-americano;

propriedade norte-americana da maior parte • das grandes usinas açucareiras cubanas;

propriedade estrangeira da maior parte das ati-• vidades econômicas cubanas.

B16.

1217.

A18.

B19.

D1.

B2.

D3.

C4.

E5.

B6.

A7.

8.

O Plano Marshall (1947) – ajuda financeira para a) a reconstrução das economias europeias – tinha como principal objetivo conter o avanço das ideias socialistas no território europeu. Com a Europa em-pobrecida após a destruição da Segunda Guerra Mundial, a possibilidade do crescimento dos parti-dos de esquerda e dos movimentos sociais de con-testação era muito grande. A conjuntura internacio-nal cada vez mais demonstrava que a disputa pelo poder estava bipolarizada ideologicamente entre os EUA e a URSS (Guerra Fria).

Rompimento de relações diplomáticas com a b) URSS;

fechamento do Partido Comunista;

cassação de parlamentares do Partido Comunista.

A9.

10.

As divergências entre as grandes potências relacio-a) navam-se às formas de organização social e eco-nômica antagônicas: o socialismo e o capitalismo. União Soviética e Estados Unidos partiram para um confronto que envolveu formação de blocos de paí-ses, intensa disputa pela hegemonia política mun-dial e acentuada corrida armamentista.

Uma das principais “guerras quentes” localizadas b) foi a da Coreia (1950-53). A intervenção dos Esta-dos Unidos (bloco capitalista) e da República Po-pular da China (bloco socialista) no confronto entre Coreia do Sul e Coreia do Norte acabou por asso-ciar um conflito regional à complexa disputa global entre os blocos.

11.

Comunidade Econômica Europeia.a)

Facilitam o comércio entre seus membros e enfren-b) tam a concorrência com Japão e EUA.

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Barreiras alfandegárias protecionistas contra os c) produtos europeus.

Realizar grandes investimentos nos centros de pesquisa, 12. tanto em universidades como em empresas privadas, e trazendo os melhores cientistas e intelectuais de qual-quer parte do mundo para viverem e produzirem nos Estados Unidos.

13.

Respectivamente livre iniciativa e planejamento a) econômico pelo Estado.

Polônia, URSS e China.b)

E14.

15.

Coluna Prestes e “Intentona Comunista “.a)

O fim do Estado Novo, o processo de democratiza-b) ção com a atuação de novos partidos como UDN, PSD e PTB, a luta pela Constituinte e o crescimen-to do prestígio político do Partido Comunista. No plano internacional: o avanço da democracia após o fim dos regimes nazi-fascistas, o crescimento do prestígio da União Soviética e a emergência das tensões políticas entre EUA e URSS que resultaram na Guerra Fria.

Denúncia ao culto à personalidade e severas crí-c) ticas ao stalinismo, viabilizaram uma revisão da diplomacia soviética no sentido de uma coexistên-cia pacífica com os EUA, reduzindo as tensões da Guerra Fria.

E16.

A17.

B18.

D19.

O Muro de Berlim - tornou-se um dos mais expressivos 20. símbolos de Guerra Fria. Na época de sua construção, a URSS controlava todo o Leste Europeu e estendia a sua influência a Cuba e a vários países africanos e asiáticos recém-emancipados.

Por outro lado, a queda do Muro em 1989 – abrindo caminho para a reunificação da Alemanha e para a alteração do mapa geopolítico na Europa Centro-Oriental – reflete a situação de crise vivida pela URSS, mais graves. Tal situação, que levaria ao fim da Guerra Fria, do “socialismo real” e da própria União Soviética começou a evidenciar-se com a ascensão de Gorbatchev (1985) e a implantação de seus projetos reformistas (“Glasnost” e “Perestroika”).

Praticamente não tem saídas para o mar. Toda a Costa 21. Norte (mais extensa) está no mar Glacial Ártico. Para o Pacífico as distâncias são enormes. Sobram o Mar Negro e o Mar Báltico.

A Glasnost (Transparência) foi o conjunto de reformas 22. sociopolíticas que rompeu com a rigidez do regime soviético e a Perestroika (restruturação) foi a reforma econômica que abriu caminho para uma economia de mercado.

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