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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR HISTÓRIA Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

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PRÉ-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

HISTÓRIA

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico

Disciplinas Autores

Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima BezerraLiteratura Fábio D’Ávila Danton Pedro dos SantosMatemática Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFísica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQuímica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério FernandesHistória Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

696 p.

ISBN: 978-85-387-0574-1

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

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A ditadura militar

brasileira

Este é um dos períodos mais controversos da história do Brasil, a começar pela denominação do movimento que deu origem. Os que defendem a ditadura militar afirmam que a mobilização que der-rubou Jango foi uma Revolução Democrática, pois conseguiu reverter uma suposta ameaça comunista que poderia implantar a temida “ditadura do prole-tariado” defendida pelos comunistas. Os partidários de Jango e os observadores da Constituição afirmam que ele foi derrubado por um golpe, pois Jango era o presidente eleito.

No início do golpe, o senso comum compreendia que o golpe foi feito em nome da Política de Lim-peza, de maneira que os militares “expurgariam” a oposição ligada aos movimentos de esquerda, garantindo a “normalidade democrática” e depois transmitiria o poder de volta aos civis. Essa concep-ção esteve presente no governo de Castelo Branco, fazendo com que muitas pessoas, hoje em dia, o lembre com saudosismo.

“De todas as violências e ilegalidade posta em prática pela quartelada de 1.º de abril, a mais repugnante (...) é a oficialização e a santificação da delegação (...). Delatar um colega de trabalho, apontá-lo aos algozes de hoje porque ele pensa di-ferente de nós não é um ato digno de um homem,

e muito menos de um democrata. A oficialização da delação é a arma predileta e inseparável dos regimes de força. Quem melhor se utilizou dela foram nomes recentes para o nosso repúdio: Hitler, Mussolini e Stálin. ”

(CONY, Carlos Heitor. Judas, o dedo-duro.

Correio da Manhã, 14 mai. 1964.)

Mas com a ascensão de Costa e Silva ficou claro que o objetivo dos militares não era abrir mão do poder de imediato, argumentando que defendiam, a supostamente ameaçada, Segurança Nacional. O resultado: uma onda de insatisfação a qual os militares responderam com o AI-5, em 1968. Daí por diante, a violência e repressão se tornaram uma política de estado, distendendo-se apenas a partir do governo Geizel.

O governo de Castelo Branco (1964-1967)

Após o golpe, formou-se um Governo Provisório entre 9/4 até 15/4/1964, que teve a participação do Brigadeiro Correia de Mello, do almirante Augusto Rademaker e do General Artur da Costa e Silva. Ocor-reu neste período a proclamação do Ato Institucional n.o 1 em 9/4/1964, que garantia:

autorização do Executivo, por sessenta dias, •para cassar mandatos e suspender direitos políticos de parlamentares de oposição liga-dos a Jango;

suspensão por seis meses das garantias •constitucionais;

eleição indireta para presidente. •

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O objetivo do ato institucional era garantir ao governo provisório poderes para eliminar a oposição no Congresso, favorecendo a eleição de Humberto Castelo Branco em 1964. Entre os exilados encon-tram-se os ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek que, uniram-se para formar a Frente Ampla, de oposição ao governo militar.

No dia 11 de abril de 1964, com a concordância relutante de Costa e Silva, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco foi eleito presidente.

Humberto de Alencar Castelo Branco.

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Dentre as ações do governo Castelo Branco podemos destacar: a dissolução de órgãos de oposi-ção como a UNE, a CGT e as Ligas Camponesas, a criação do Serviço Nacional de Informações (SNI) e a implantação dos Atos Adicionais 2 , 3 e 4 discri-minados abaixo:

“A nova lei de Segurança Nacional consolida no Brasil um regime totalitário, onde a oposição passa a inexistir em qualquer forma válida, desde a luta partidária a um simples protesto de um manifesto: tudo é passível de prisão, variando apenas a pena-lidade aos infratores.”

(Correio da Manhã, 14 mar. 1967.)

O Ato Institucional n.o 2 (1965)

Maiores poderes para o presidente; •

Suspensão da estabilidade de funcionários •públicos;

O julgamento de civis acusados de crimes •contra a segurança nacional passou a ser feito pela Justiça Militar;

Extinção dos partidos políticos existentes e •criação de dois partidos: Arena (Aliança Re-novadora Nacional – apoio ao governo militar) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro – oposição).

O Ato Institucional n.o 3 (1966)

Eleições indiretas para governadores e vice- •-governadores;

Nomeação dos prefeitos das capitais pelos •governadores;

Vinculação entre governadores e vice-gover- •nadores, para que ambos sejam do mesmo partido.

O Ato Institucional n.o 4 (1966)

Definia os critérios para a criação da consti- •tuição de 1967, incorporando os textos dos Atos Institucionais.

No campo econômico desenvolveu-se uma eco-nomia totalmente vinculada aos Estados Unidos e a entrada de capital estrangeiro, a partir da criação do Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), que congelou salários, aumentou os impostos dos serviços, normalizou a oferta de crédito a partir da criação da ORTN (Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional – indexação da economia) e criou o Banco Nacional de Habitação (BNH) para estimular a cons-trução civil, ampliando o número de empregos.

Após a morte de Castelo Branco em 1967, foi in-dicado o ministro da guerra marechal Artur da Costa e Silva, eleito sem restrições pelo Parlamento.

O governo Costa e Silva (1967-1969)

Foi neste momento que os movimentos de oposi-ção ao regime militar avançaram, exigindo a redemo-cratização do país. Tais movimentos foram reprimidos com extrema violência pelas tropas militares. Um dos maiores símbolos da repressão da ditadura militar foi o Ato Institucional n.o 5, cuja justificativa incidiu sobre um discurso do deputado do MDB, Márcio Mo-reira Alves, incitando a população a não participar do desfile de 7 de setembro de 1968.

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Artur da Costa e Silva.

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As principais medidas do AI-5 estão discrimi-nadas abaixo:

legislar através de decreto de lei; •

o presidente poderia decretar o recesso do •Congresso Nacional, das assembleias legis-lativas e das câmaras dos vereadores;

o presidente poderia intervir nos estados e •municípios, cassar mandatos eletivos fede-rais, estaduais e municipais;

o presidente poderia decretar o estado de •sítio;

suspensão das garantias constitucionais e •do habeas corpus;

suspensão da possibilidade de reuniões com •pautas políticas.

Um dos acontecimentos mais chocantes durante a ditadura foi o assassinato do estudante Edson Luiz, membro da UNE, pelas tropas governistas gerando uma grande comoção nacional que culminou com a passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro, 1968.

Em agosto de 1969, Costa e Silva sofreu um derrame e foi substituído por uma Junta Militar formada pelo general Lira Tavares, o almirante Augusto Rademaker e o brigadeiro Márcio de Souza Melo, que governou até a eleição de Emílio Garrastazu Médici.

O governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974)

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Emílio Garrastazu Médici.

Este período é considerado o auge da ditadura e do fechamento político “anos de chumbo”, devi-do à repressão policial aos movimentos estudantis e sindicais e pelo silenciamento do MDB através do AI-5. Neste período encontra-se, ainda, o surgimento de movimentos de esquerda radicais, que desenvol-veram a luta armada sob influência da Revolução Cubana de 1959 e do jovem marxista francês Régis Debray, como os citados abaixo:

ALN (Aliança Libertadora Nacional) • , chefia-da por Carlos Mariguela. Exercia a guerrilha urbana, principalmente em São Paulo. Em 1969, organizou o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, exigindo liberdade para os presos políticos em troca da libertação do embaixador. Mariguela foi morto em São Paulo no ano de 1969;

MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outu- •bro – data da morte de Che Guevara na Bolívia em 1967). Também exercia a guerrilha urbana.

VAR-Palmares (Vanguarda Armada Re- •volucionária Palmares), chefiada pelo ex-

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-capitão do exército Carlos Lamarca, realizou uma guerrilha rural no Vale do Ribeira, no sul de São Paulo. Lamarca foi morto no sertão baiano em 1971.

A guerrilha do Araguaia (Tocantins, Pará e •Maranhão). Foi um movimento, organizado pelo PC do B, e chefiado por Oswaldo Orlando da Costa que durou de 1969 a 1974.

Para que fosse possível combater as guerrilhas, foram criados vários órgãos de informação e de re-pressão, sob o controle das Forças Armadas, como o SNI (Serviço Nacional de Informações ), CIEx (Centro de Informações do Exército), Cenimar (Centro de Informações da Marinha), Cisa (Centro de Informação Social do Exército), Codi (Comando de Operações de Defesa Interna) que comandava as tropas dos Destacamentos de Operações Internas (DOI), Oban (Operação Bandeirantes), comandada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury.

Faz-se necessário ressaltar, também na década de 1960, os vários movimentos culturais de oposição ao regime militar, como os CPC’s (Centros Populares de Cultura) organizados pela UNE, o Teatro de Arena e o Grupo Oficina, o Cinema Novo representado por Glauber Rocha, a Tropicália representada por Caeta-no Veloso e Gilberto Gil. O DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) foi um órgão, criado durante o “Estado Novo” utilizado para censurar as produções durante a Ditadura.

Músicos como Chico Buarque e Milton Nasci-mento foram fundamentais nas críticas ao regime militar e com toda sua criatividade conseguiam muitas vezes driblar a censura:

“Hoje você é quem manda Falou, tá faladoNão tem discussão, nãoA minha gente hoje andaFalando de ladoE olhando pro chão, viu(...)”

(Chico Buarque. Apesar de Você, 1970.)

“Eu já estou com pé nessa estrada.Qualquer dia a gente se vê.Sei que nada será como antes, amanhã.Que notícias que me dão dos amigos,Que notícia me dão de você?

(...)Sei que nada será como está Amanhã ou depois de amanhã.Resistindo na boca da noite um gosto de sol.(...)”

(Milton Nascimento e Ronaldo Bastos.

Nada será como antes, 1972.)

A ditadura militar utilizou a máquina propa-gandista para passar aos brasileiros a imagem de que tudo ia bem, por meio da campanha oficial que praticamente definia uma espécie de “nacionalismo obrigatório”, mediante lemas como “Ninguém segura este país”, “Brasil, ame-o ou deixe-o”, “Pra frente, Brasil”. Neste contexto, o tricampeonato de futebol brasileiro em 1970 também foi utilizado como sím-bolos da imagem positiva do Brasil.

“Noventa milhões em ações,

pra frente Brasil, do meu coração.

todos juntos, vamos, pra frente, Brasil,

salve a seleção!

De repente é aquela corrente pra frente,

Parece que todo o Brasil deu a mão.

Todos ligados na mesma emoção,

Tudo é um só coração.

Todos juntos, vamos, pra frente Brasil, Brasil, Brasil,

Salve a seleção.”

(Miguel Gustavo – Marcha Cantada em 1970 na

campanha do tricampeonato de futebol.)

O milagre econômicoParte da euforia, que legitimou durante anos o

regime militar foi trazida pelo milagre econômico, que consistiu em um grande crescimento econômico brasileiro, entre os governos Costa e Silva e Médici, sob o comando do Ministro da Fazenda de ambos os governos, Delfim Netto. De fato, entre 1969 e 1973, ocorreu um extraordinário crescimento do PIB brasi-leiro. Veja abaixo a estrutura do milagre econômico:

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os princípios econômicos seguiam as defini- •ções do PAEG, elaborado no governo Castelo Branco, propondo ainda a redução no déficit dos pagamentos do governo, incentivo às ex-portações e à atração de capitais estrangeiros a partir da possibilidade de lucros considerá-veis e da estabilidade política obtida com a de-sarticulação dos movimentos de esquerda;

de 1968 até 1973 o Brasil apresentou um •crescimento médio de 11% ao ano, decorrente da contenção de salários, permitindo a con-centração de renda; grandes investimentos estatais em setores estratégicos; taxas de juros baixas; grande endividamento externo e entrada de multinacionais em busca de fontes de matéria-prima, mercados consumidores e mão-de-obra barata de baixa organização sindical, reprimida pelo regime militar.

Quando indagado sobre a crescente concen-tração de renda e o não-repasse do crescimento para o bolso da maioria da população, Delfim Netto afirmou que “primeiro era necessário fazer o bolo [PIB] crescer, depois o bolo seria dividido”. Muitos aguardam até hoje o seu pedaço de bolo...

O milagre econômico permitiu a ascensão da classe média mediante empregos qualificados em multinacionais e devido ao aumento da oferta de cré-dito que combinado ao arrocho dos salários, contri-buía para ampliar a concentração de renda no Brasil. As obras faraônicas (investimento de grande soma de capital estrangeiro em obras que simbolizavam o Brasil potência) foram características do milagre econômico. No governo Médici, temos a construção da Transamazônica e da ponte Rio-Niterói.

O esgotamento do milagre brasileiro ocorreu a partir de 1973, motivado pela retração do poder de compra da população com o arrocho salarial e pelo endividamento externo. Boa parte dos lucros das em-presas multinacionais eram remetidos para o exterior e inviabilizavam o desenvolvimento consolidado da economia brasileira. Era apenas uma expansão sem bases, solapada pela grande importação de produtos de tecnologia de alto valor e elevação do preço dos derivados de petróleo da década de 1973, ocasionada pela restrição de fornecimento de petróleo aos países

que apoiaram Israel na Guerra do Yom Kippur im-posto pelos países árabes da Opep. O resultado do esgotamento do Milagre foi uma grande inflação e emissão de títulos para obtenção de receitas extras para financiamento dos projetos estatais.

O governo Ernesto Geisel (1974-1979)

O fim do Milagre Econômico foi um dos gran-des responsáveis pela alteração dos rumos do Regime Militar. A oposição ao fechamento político do regime não encontrava grande amplitude na população brasileira, pois a “falsa impressão” de desenvolvimento fazia com que muitos silenciassem diante das denúncias de violência. Entretanto, com o desgaste econômico a partir de 1973, a sociedade brasileira elevou seus gritos de descontentamento que atingiram diversas classes, dos trabalhadores do ABC Paulista até parlamentares do MDB – a crítica à ditadura se acentuava.

Foi essa conjuntura que motivou o início do pro-cesso de redemocratização do Brasil. Uma abertura política que não deveria ser brusca, mas sim “lenta, gradual e segura”. O ideal de segurança era expresso no desejo dos militares de não permitir que os grupos de esquerda, afastados em 1964, retornassem ao po-der, tudo enquadrado dentro da lógica da “segurança nacional”. O temor da revolução comunista estava presente no imaginário da população servindo para manutenção da ditadura e de seu modelo econômico comprometido com o grande capital internacional.

Com a posse de Geisel, voltou ao poder também o general Golbery do Couto e Silva e juntos inicia-ram o processo de redemocratização do Brasil de forma “lenta, gradual e segura”, que garantiria a transição para um governo civil, porém vinculado aos antigos dirigentes e ao modelo econômico atre-lado ao capital estrangeiro. Não seriam permitidas investigações dos crimes cometidos pelos militares durante o Regime Militar.

Ernesto Geisel.

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Entre os princípios da abertura política estão:

Programa de anistia, permitindo o retorno de •exilados políticos, incluindo Leonel Brizola e Luis Carlos Prestes;

Revogação do Ato Institucional n.º 5, em •1979;

Extinção da censura no Brasil; •

Cronograma eleitoral marcando eleições •indiretas em 1978 para um sucessor militar para Geisel e diretas em 1989 para eleger um presidente civil.

Como chefe da casa militar de Castelo Branco, o general Ernesto Geisel procurou manter a linha dura (militares que defendiam a manutenção do fechamento político) à distância. Sua indicação para presidente representou uma derrota para Médici e seus seguidores mais radicais. Geisel tomou posse em 15 de março de 1974, e herdou do governo anterior uma grave crise econômica que ampliou o descon-tentamento com o regime militar. Fato evidenciado na vitória do MDB nas eleições legislativas do ano de 1974. Em represália, os militares impuseram a Lei Falcão em 1978, proibindo a campanha eleitoral no rádio e na televisão para limitar a influência do MDB, que pela mesma lei teve alguns de seus parlamen-tares cassados. A Lei Falcão foi um “pé-no-freio” no processo de redemocratização, procurando conter as expressivas vitórias do MDB nas eleições.

Contudo, este processo de abertura política iniciada por Geisel não agradou algumas lideranças militares que passaram à oposição ao presidente. Um fato que muito chamou a atenção foi a morte do jornalista Wladimir Herzog, em outubro de 1975. O chefe de jornalismo da TV Cultura foi chamado para prestar depoimento junto ao Doi-Codi e acabou morrendo. Em janeiro de 1976, o operário Manoel Fiel Filho faleceu em circunstâncias similares. Nos dois casos, o comandante do Segundo Exército, Ednardo D’Ávila Filho divulgou a versão de suicídio, de pouco crédito entre a opinião pública. Geisel demitiu-o do comando do Segundo Exército.

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Wladimir Herzog.

O general Sylvio Frota, Ministro do Exército e representante da ala conservadora dos militares, pretendia lançar sua candidatura nas próximas eleições presidenciais, contrariando os desejos de Geisel, que acabou por demiti-lo. Sylvio Frota ainda tentou dar um golpe, divulgando um manifesto que acusava Geisel de permitir a infiltração do comunis-mo no Brasil. Geisel soube do golpe e junto ao SNI (Serviço Nacional de Informação), conseguiu desar-ticular a tentativa de golpe com o apoio do general Hugo de Abreu.

Diante das eleições que se aproximavam, Geisel em 1977 fechou o Congresso para instalar o Pacote de Abril que estabeleceu a nomeação dos senadores biônicos para o Congresso (um terço do Senado seria composto por políticos nomeados diretamente pelo governo militar). Além disso, impôs a alteração das regras de representação proporcional dos deputa-dos, favorecendo as bancadas dos estados nordes-tinos, onde a Arena obtinha vantagens eleitorais. O objetivo das medidas era evitar uma vitória esmaga-dora do MDB nas eleições. Outras medidas do Pacote de Abril são: mandato de seis anos para o sucessor de Geisel e eleições indiretas para governadores.

Por fim, em 1978 ocorreu um grande movimento de metalúrgicos do ABC paulista, exigindo a redemo-cratização do Brasil, sob o comando de Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula e os movimentos operários.

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Frente a toda a crise econômica na qual estava inserido o Brasil, ainda foi assinado em 1975 o acor-do nuclear entre Brasil e Alemanha, que previa a construção de oito usinas nucleares no Brasil, ao custo de 10 bilhões de dólares. Das oito, apenas duas foram construídas em Angra dos Reis no Rio de Janeiro (Angra I e II), superando em grande monta os investimentos inicialmente planejados e apresentando uma baixíssima produção energéti-ca. Na verdade, Geisel deu continuidade à política econômica iniciada por Médici, procurando atrair capital e empresas estrangeiras e construir novas “obras faraônicas” como as hidrelétricas de Itaipu e Tucuruí e o Projeto Carajás.

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No ano de 1975, o governo Geisel instituiu o Programa Pró-Álcool, programa de incentivo ao consumo e à produção de álcool combustível. Dian-te da crise internacional do petróleo, o Pró-Álcool procurou, através de subsídios estatais, uma alter-nativa de combustível para o país. Entretanto, o programa não se consolidou, pois muitos usineiros se dedicaram à plantação de cana-de-açúcar para produção de açúcar que tinha melhores preços no mercado internacional. Além disso, com a superação da crise do petróleo e o restabelecimento do preço combustível, os consumidores passaram a consumi-lo preferencialmente, em detrimento do álcool.

Pró-Álcool: Na hora em que o mundo quis uma resposta para a crise do petróleo, o Brasil apresentou o álcool.

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O governo João Baptista Figueiredo (1979-1985)

Durante este governo ocorreu um agravamento da crise econômica brasileira acentuada pela nova crise do petróleo de 1979 e pelo pedido de moratória da dívida externa em 1982, efetuada pelo México, o que dificultou a entrada de capitais estrangeiros no Brasil. A emissão de papel moeda para cobrir a dívida ampliou ainda mais a crise, gerando inflação, além da estagnação econômica, que atingia a população mais humilde influindo na intensificação dos movi-mentos sindicais.

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João Baptista Figueiredo.

Figueiredo manteve o processo de abertura polí-tica gradual, iniciada por Geisel, determinando a Lei da Anistia que perdoou todos os presos ou exilados de crimes políticos, com exceção dos acusados de terrorismo contra o governo.

O clima era de muita instabilidade. No dia 30 de abril de 1981, os setores mais reacionários das Forças Armadas, empreenderam um atentado no centro de exposições do Riocentro, no Rio de Janeiro, onde se re-alizava um grande festival de música em homenagem aos trabalhadores. Uma das bombas atingiu a central de energia e a outra explodiu acidentalmente dentro do carro que a transportava, matando um sargento e ferindo gravemente um oficial. O atentado não foi apurado pelo governo, gerando um grande escândalo, que desarticulou as forças reacionárias militares.

Tendo em vista as eleições para governadores dos estados em 1982, foi autorizada, em 1979, a for-mação de novos partidos políticos, fato conhecido como Reforma Partidária, cuja finalidade era deter-minar o enfraquecimento do MDB nestas eleições, através do esfacelamento da oposição em diversos partidos. Entre os partidos que se formaram estão:

o • PDS (Partido Democrático Social), formado pelos políticos da antiga Arena;

o • PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), sob a liderança de Ulysses Gui-marães, que trabalhou para manter coeso o MDB;

o • PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), herdei-ro do populismo varguista;

o • PT (Partido dos Trabalhadores), organizado pelas lideranças sindicais, principalmente de Lula, que conheceram amplo crescimento após as greves de 1978-1979;

o • PDT (Partido Democrático Trabalhista), sob a liderança de Leonel Brizola.

O Partido Comunista Brasileiro só foi legalizado com a Constituição de 1988.

Nas eleições para governadores de 1982, a opo-sição obteve ampla vantagem, exemplificada na vitó-ria de Tancredo Neves e de Franco Montoro do PMDB, em Minas Gerais e São Paulo, respectivamente, e de Leonel Brizola do PDT, no Rio de Janeiro. Em 1983, o PMDB e o PT, lideraram uma intensa campanha popular pela realização de eleições presidenciais diretas em 1984, para a sucessão de Figueiredo. Este movimento ficou conhecido como Diretas Já e foi uma das maiores mobilizações populares da história do Brasil. Porém, apesar do forte apelo popular, a emen-da Dante de Oliveira que tratava das eleições diretas não foi aprovada por 22 votos no Congresso.

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A campanha das Diretas Já mobilizou a população brasilei-ra nas principais cidades do país.

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lico.

Já para as eleições de 1984, o PDS apresentou a candidatura de Paulo Maluf a presidente, após a vitória deste sobre Mário Andreazza a partir de uma série de concessões e promessas aos militares. Devido à intransigência de Paulo Maluf, vários pe-dessistas como Marco Maciel, José Sarney, Antônio Carlos Magalhães, Jorge Bornhausen, sob a lideran-ça de Aureliano Chaves, resolveram sair do partido para formar o Partido da Frente Liberal (PFL). Este partido juntamente com o PMDB, formou a Aliança Democrática, tendo Tancredo Neves do PMDB como presidente e José Sarney como vice. Contando com o apoio da maioria dos estados, a Aliança Democrática obteve ampla vitória nas eleições presidenciais.

A vitória de Tancredo marcou o fim da ditadura militar no Brasil.

(UFRJ) [...] a crise do petróleo, decretada unilateral-1. mente pela imposição do boicote seletivo dos países

produtores árabes, desde a terceira semana de outu-bro último, está afetando o abastecimento das nações industrializadas. E as sociedades afluentes do ocidente, acostumadas à fartura, agora se mostram perplexas e frustradas com a escassez compulsória.

(O destino de uma crise. Veja.

São Paulo: 274, 5 dez. 1973, p. 111.)

Em outubro de 1973, a Opep (Organização dos Países Expor tadores de Petróleo), então responsável por 60% das exportações mundiais do produto, surpreendeu o mundo ao aumentar o preço do barril de petróleo e impor um boicote seletivo no fornecimento do produto aos países aliados de Israel na Guerra do Yom Kippur. As economias ocidentais foram fortemente atingidas e os diferentes governos buscaram soluções para enfrentar a crise.

No segundo semestre de 2000, uma alta dos preços do petróleo trouxe com ela o medo de que pudesse se repetir uma crise semelhante à ocorrida na década de 70.

Identifique uma consequência social das medidas a) adotadas pela OPEP para as economias ocidentais na década de 70.

Explique uma medida tomada pelo governo brasi-b) leiro a fim de enfrentar a crise do petróleo na dé-cada de 70.

Solução: `

A elevação dos índices de inflação; o aumento do a) desemprego e a queda dos salários face à falência de empresas.

b) – a criação de Programas visando a pesquisa e o

uso de outras fontes de energia, como o Programa Nacional do Álcool (Pró-álcool) e o Programa Nu-clear Brasileiro;

– o maior investimento na Petrobras com o objetivo de prospecção na plataforma submarina, notada-mente na bacia de Campos (RJ) e em projetos de pesquisa com o objetivo de encontrar bacias de pe-tróleo em outras áreas do país.

(UFF) “Brasil, ame-o ou deixe-o” foi um dos célebres 2. slogans do regime militar, em torno de 1970, época em que o Governo Médici divulgava a imagem do “Brasil Grande” e proclamava o “Milagre Econômico” que faria do país uma grande potência. Assinale a opção que melhor caracteriza a política econômica correspondente ao chamado “Milagre”.

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Fusão do capital industrial e do bancário, gerando a) monopólios capazes de impor preços inflacionários, dos quais resultaram o crescimento econômico e o aumento do mercado consumidor nos grandes centros urbanos.

Desenvolvimento de obras de infraestrutura, a b) exemplo de hidrelétricas e rodovias, com base na poupança nacional e no investimento de bancos públicos.

Crescimento econômico e aquecimento do merca-c) do de bens duráveis ancorados em políticas sala-riais redistributivas e na indexação de rendimentos do mercado financeiro.

Elevados investimentos no setor de bens de capital d) e na indústria automobilística combinados a uma vigorosa agricultura comercial de médio porte.

Incentivo à entrada maciça de capitais estrangei-e) ros combinada ao arrocho salarial, resultando em elevados índices de crescimento econômico e in-flação baixa.

Solução: ` E

(UERJ) Observe a charge de Ricardo Goulart, referente 3. à política econômica empreendida no período dos go-vernos militares no Brasil (1964/1985).

(BOCAYUVA, P. C. C.; VEIGA, S. M.(Orgs.).

Afinal, que País É este? Rio de Janeiro: DP&A, 1999.)

A mensagem da charge está fundamentada na seguinte crítica à política econômica do período citado:

a política financeira não estimulou a desejada acu-a) mulação de capitais.

a ação do Estado não promoveu crescimento ace-b) lerado da economia.

o déficit da balança comercial não permitiu melhor c) repartição da riqueza.

o crescimento econômico não garantiu uma distri-d) buição de renda mais justa.

Solução: ` D

(UFSM) “Eu briguei, apanhei, eu sofri, aprendi / eu 4. cantei, eu berrei, eu chorei, eu sorri / eu saí pra sonhar meu país / e foi tão bom, não estava sozinho / a praça era alegria sadia / o povo era senhor / e só uma voz, numa só canção / e foi por ter posto a mão no futuro / que no presente preciso ser duro / que eu não posso me acomodar / quero um país melhor.”

A letra da música “Carta à República”, de autoria de Mílton Nascimento e Fernando Brant, embora seja ainda adequada à atualidade, é expressão da resistência à ditadura militar e da luta pela democratização política do Brasil nos anos 80. Sobre esse período, é correto afirmar:

A partir do final dos anos 70, os movimentos sociais, I. tanto do campo quanto da cidade, deram novo im-pulso às atividades sindicais, liderados, principal-mente, pela CUT, UNE, MST, CONTAG e partidos políticos de oposição à ditadura.

A anistia aos presos políticos e aos exilados resul-II. tou de uma ampla campanha popular, vitoriosa em 1979, possibilitando a conquista do pluripartidaris-mo nos anos 80.

A partir dos últimos meses de 1983, intensificou- III. -se a campanha pelas eleições diretas para presi-dente da República, tornando-se vitoriosa com a aprovação da emenda Dante de Oliveira, em abril de 1984.

A vitória eleitoral de Tancredo Neves, por eleição IV. direta, resultou de uma aliança política entre liberais descontentes com a ditadura militar e a totalidade dos oposicionistas de esquerda.

Está(ão) correta(s):

apenas I e II.a)

apenas I, II e III.b)

apenas IV.c)

apenas III e IV.d)

I, II, III e IV.e)

Solução: ` A

(Fuvest)5.

(O Estado de S.Paulo, 14 ago. 2001.)

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No primeiro plano desta fotografia, Fernando Henrique Cardoso e Fidel Castro juntam as mãos com Hugo Chávez. Na década de 1970, esta foto seria impossível, já que os governos do Brasil e de Cuba não mantinham relações diplomáticas.

Aponte duas razões – uma nacional e outra internacional – para essa impossibilidade.

Solução: `

Nacional: O anticomunismo dos governos militares do Brasil vinculados aos interesses, principalmente, do capital norte-americano.

Internacional: A Guerra Fria na medida em que os gover-nos militares, no Brasil, sob influência político-ideológica dos Estados Unidos, romperam as relações diplomáticas com Cuba.

Texto para as próximas quatro questões(UERJ) Utilizando os trechos das composições de Chico Buarque e outros parceiros, que dizem muito sobre o período da ditadura militar no Brasil, responda à(s) questão(ões).

I.

“Apesar de você

Amanhã há de ser

Outro dia

Ainda pago pra ver

O jardim florescer

Qual você não queria

Você vai amargar

Vendo o dia raiar

Sem lhe pedir licença

E eu vou morrer de rir

Antes do que você pensa.”

(Apesar de você, 1970.)

II.

“Vai meu irmão

Pega esse avião

Você tem razão

De correr assim

Desse frio, mas veja

O meu Rio de Janeiro

(...)

Pede perdão

Pela duração dessa temporada

Mas não diga nada

Que me viu chorando

E pros da pesada

Diz que eu vou levando.”

(Samba de Orly, 1970.)

III.

“Ninguém

Ninguém vai me segurar

Ninguém há de me fechar

As portas do coração

(...)

Ninguém

Ninguém vai me acorrentar

(PUC Minas) Leia, com atenção, a letra que se segue. 6. Ela é de uma música de protesto surgida durante a repressão desencadeada pelos governos militares brasileiros.

“Acender as velas já é profissão

Quando não tem samba tem desilusão

É mais um coração que deixa de bater

Um anjo que vai ao Pai do Céu

Deus me perdoe

Mas vou te dizer

O doutor chegou tarde demais

Porque no morro não tem automóvel

Para subir

Não tem telefone para chamar

Não tem beleza para se ver

E a gente morre sem querer morrer!”

O cantor e compositor Zé Ketti, na letra que você acabou de ler:

clama por justiça diante da violência observada a) nos morros dominados pelos traficantes.

conclama a população carente a se mobilizar e b) derrubar o regime vigente no país.

aborda a questão social, em que o lirismo se en-c) trelaça com o desânimo em face às injustiças.

denuncia o descaso dos postos de saúde insta-d) lados pelo governo nas favelas e nas periferias.

Solução: ` C

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Enquanto eu puder cantar

Enquanto eu puder sorrir

Enquanto eu puder cantar

Alguém vai me ouvir.”

(Cordão, 1971.)

IV.

“Pai, afasta de mim esse cálice

De vinho tinto de sangue

Como beber essa bebida amarga

Tragar a dor; engolir a labuta

Mesmo calada a boca, resta o peito

Silêncio na cidade não se escuta”.

(Cálice, 1973.)

V.

“Cadê o meu!

Cadê o meu, ô meu?

Dizem que você se defendeu

É o milagre brasileiro

Quanto mais trabalho, menos vejo dinheiro

É o verdadeiro boom

Tu tá no bem bom

Mas eu vivo sem nenhum.”

(Milagre brasileiro, 1975.)

VI.

“Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever

Mas o correio andou arisco

Se permitem, vou tentar-lhe remeter

Notícias frescas nesse disco

Aqui na terra tão jogando futebol

Tem muito samba, muito choro e rock’ n’ roll

Uns dias chove, noutros bate sol

Mas eu só quero lhe dizer que a coisa aqui tá preta.”

(Meu caro amigo, 1978.)

Os trechos que melhor explicitam uma voz de determi-1. nação de luta contra a ditadura militar no Brasil e uma motivação para esta luta são, respectivamente, os de número:

II e Va)

III e Ib)

V e IIc)

VI e IVd)

Sobre o chamado Milagre Brasileiro (1967-1973), uma 2. característica salientada pelo compositor no trecho V é a ausência de uma ampla política de:

redução da inflação.a)

fomento às exportações.b)

distribuição da riqueza.c)

liberalização crescente de crédito.d)

O crescente antagonismo entre o regime e parcelas 3. expressivas de estudantes, intelectuais e trabalhadores descontentes gerou medidas governamentais enérgicas e autoritárias.

A mais significativa dessas medidas, empreendida pelo governo Costa e Silva, e a canção com a crítica mais direta ao silêncio que foi imposto naquele momento, estão indicadas em:

edição do Ato lnstitucional n.° 5 – a) Cálice.

formação da Junta Militar – b) Meu caro amigo.

criação do Ministério da Economia – c) Milagre bra-sileiro.

decretação do Ato lnstitucional n.° 2 – d) Apesar de você.

Na canção 4. Meu caro amigo, o compositor faz uma ironia que poderia ser motivada não somente pelo desencanto com o regime militar, mas também pela situação econômica do país.

Essa situação econômica desfavorável é manifestada pelo:

avanço das empresas estatais desencadeando a a) formação dos sindicatos.

crescimento econômico mantendo parte da popu-b) lação à margem do mercado consumidor.

arrocho salarial desestimulando o crescimento dos c) setores mais dinâmicos da economia.

esgotamento do milagre econômico provocando a d) adoção de medidas contra o desemprego.

(UFRJ) “(...) Considerando que, assim, se torna imperiosa 5. a adoção de medidas que impeçam sejam frustrados os ideais superiores da Revolução, preservando a ordem, a segurança, a tranquilidade e o desenvolvimento econômi-co e cultural e a harmonia política e social do país (...).”

(Ato Institucional n.º 5. 13 dez. 1968.)

A edição do AI-5 representou, há 30 anos, uma radicalização do poder gerado pelo golpe político-militar de abril de 1964 no Brasil. Diante do quadro que se apresentava na época, podemos entender que “os ideais superiores da Revolução” significavam:

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a integração do capitalismo brasileiro ao grande ca-a) pital internacional e a representação da segurança nacional por um anticomunismo radical.

a implantação da chamada “República Sindicalista” b) e a vinculação econômica ao sistema financeiro in-ternacional.

o desenvolvimento capitalista independente e a c) aproximação político-cultural com os países latino- -americanos.

a maior aproximação com o capitalismo europeu, d) para romper a dependência com os Estados Uni-dos e a União Soviética.

a criação de uma economia planificada e uma apro-e) ximação com outros regimes revolucionários da América.

(UERJ) Observe os trechos iniciais das seguintes 6. canções:

A Banda

Chico Buarque

Estava à toa na vida

O meu amor me chamou

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida

Despediu-se da dor

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor

Disparada

Geraldo Vandré/Theo de Barros

Prepare o seu coração

Pras coisas que eu vou contar

Eu venho lá do sertão

E posso não lhe agradar

Aprendi a dizer não

Ver a morte sem chorar

E a morte, o destino, tudo

Estava fora de lugar

Eu vivo pra consertar

(Essas duas canções, de grande apelo popular, ficaram

empatadas em 1.º lugar, no Festival de MPB da

Record, em 1966.)

Diferente do que ocorre com “A Banda”, em “Disparada” os autores assumem, de forma explícita, uma crítica social que expressa:

a aliança política entre as elites regionais.a)

a fuga dos problemas sociais pelo povo trabalhador.b)

o saudosismo das oligarquias rurais afastadas do c) poder.

o inconformismo dos marginalizados diante da de-d) sigualdade social.

(UERJ) 7.

(Nosso Século. São Paulo: Abril Cultural, 1980.)

A charge de Ziraldo relaciona o autoritarismo ao nacionalismo característico dos governos militares brasileiros, porque faz a seguinte denúncia:

a palavra de ordem seguia uma diretriz de patriotis-a) mo obrigatório.

o nacionalismo militarista supunha a negação da b) exploração capitalista.

o abandono do país significava a manutenção de fé c) no futuro da nação.

o autoritarismo tinha um respaldo inegável dos di-d) versos segmentos sociais.

(UERJ) A estratégia do “milagre econômico”, no Brasil 8. do início da década de 1970, buscava conter os ânimos da oposição, através da diminuição do desemprego e da exaltação patriótica.

Essa estratégia motivou, dentre outras, a seguinte política:

ação no setor de serviços, com a diminuição de im-a) postos e o aumento na oferta de bens duráveis.

ocupação da Amazônia, com a construção da rodo-b) via Transamazônica e a propaganda da integração nacional.

valorização das atividades administrativas, com a c) adoção dos concursos públicos e o estímulo à or-ganização sindical.

criação de incentivos fiscais para a agricultura, com d) a absorção do homem do campo e o desenvolvi-mento de novas atividades primárias.

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(Cesgranrio) O conjunto de fatos relacionados abaixo 9. dizem respeito ao processo de abertura democrática iniciado pelo presidente Geisel, com exceção de um. Assinale-o.

A demissão do Ministro da Guerra Sílvio Frota e o a) movimento de anistia.

A liberdade para criação de novos partidos políti-b) cos, como UDN e PTB, e o pluralismo sindical.

A eleição de Tancredo Neves e o fim da Lei de Se-c) gurança Nacional.

A promulgação da Constituição de 1988 e a elimi-d) nação da censura.

A Campanha das Diretas Já e a criação de novos e) partidos políticos como, entre outros, o PFL, o PMDB e o PDT.

(Cesgranrio) O processo de redemocratização brasileiro, 10. no final da década de 1970, combinou pressões da socie-dade civil e a estratégia de distensão/abertura do próprio regime militar, como pode ser observado na(no):

vitória do movimento popular das “Diretas Já”, per-a) mitindo eleições gerais diretas em 1982.

concessão de anistia “ampla, geral e irrestrita”, por lei b) de iniciativa do governo, mas que excluía as principais lideranças ligadas ao governo derrubado em 1964.

total autonomia do movimento sindical, forçada pe-c) las greves do ABCD paulista.

revogação dos Atos Institucionais, por iniciativa do d) governo, após negociação com setores representa-tivos da sociedade civil.

“pacote de abril” de 1977, que transformou o Con-e) gresso Nacional em Assembleia Constituinte.

(Cesgranrio) Durante o período militar brasileiro, insta-11. lou-se uma nova dinâmica nas relações entre o capital nacional, o capital estrangeiro e o Estado. Assinale a opção que não corresponde a uma característica dessa nova dinâmica:

instalação de bases técnicas necessárias para a au-a) todeterminação do capital nacional.

articulação do capital nacional com o estrangeiro.b)

fortalecimento de uma classe média consumista.c)

fortalecimento do setor agroexportador com a me-d) canização da lavoura.

implantação de um mercado financeiro sólido e oli-e) gopolizado.

(UFRJ) “O Brasil é hoje uma Nação dividida. Há 14 anos 12. tenta-se silenciar seu povo. O regime, imposto contra

os interesses da maioria da população, outorgou-se o direito de legislar sobre tudo e sobre todos. A tudo e a todos, por todos os meios, tentou impor sua vontade.

(...)

Expressando insatisfações nacionais, os participantes do Congresso repudiam a marginalização política, econômica e social do povo brasileiro, condenam a repressão que sobre ele se abate e exigem anistia.

(...)

As entidades presentes no Congresso Nacional pela Anistia assumiram o compromisso da transformação da luta pela anistia num amplo e estruturado movimento popular, entendendo que é da organização e da pressão popular que depende a conquista do fim da legislação repressiva, inclusive a revogação da Lei de Segurança Nacional e da insegurança dos brasileiros; desmantelamento do aparelho de repressão política e fim da tortura; liberdade de organização e manifestação e anistia ampla, geral e irrestrita. (...)”

(Manifesto à Nação - do Congresso Brasileiro

pela Anistia. Folha de S.Paulo: 6 nov. 1978.)

A luta pela anistia política no Brasil, segundo o Manifesto à Nação, tinha objetivos:

restritos à libertação dos presos políticos, por se-a) rem as prisões arbitrárias e ilegais.

os mais amplos, voltados à derrubada do sistema b) capitalista e à conquista do socialismo no Brasil.

puramente político-partidários, garantindo a eleição c) do maior número de parlamentares oposicionistas.

amplos, de derrubada dos instrumentos repressi-d) vos da ditadura e a conquista de uma sociedade mais livre.

os mais limitados, dada a grande força que ainda e) tinha na época o governo ditatorial e seu aparato repressivo.

(FGV) Taxas de inflação no Brasil:13.

Ano Índice

19601961196219631964196519661967

26,333,354,078,087,855,439,528,8

Jânio Quadros

João Goulart

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Ano Índice

1969

1970

1971

1972

1973

1974

1975

1976

1977

1978

1979

1980

1981

1982

27,620,318,217,317,420,531,532,741,944,140,677,2110,297,099,7239,0

Milagre Brasileiro

Lei da AnistiaReorganização Partidária

(MOREIRA ALVES, M. H. Estado e oposição no Brasil (1964-

1984). 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1989. p. 331.)

A partir do exame dos dados da tabela acima, assinale a alternativa correta:

O milagre econômico brasileiro caracterizou-se pelo a) crescimento do PIB, entrada crescente de capitais es-trangeiros e estabilização dos índices inflacionários.

O processo gradativo de abertura política ocorreu b) numa conjuntura de elevação progressiva dos índi-ces inflacionários.

A luta armada contra o regime militar transcorreu c) numa conjuntura de aumento progressivo da infla-ção, o que explica a grande adesão das classes mé-dias urbanas, sobretudo estudantes e intelectuais.

A Lei da Anistia, que permitiu o retorno de exila-d) dos, a libertação de presos políticos e a devolução de direitos a pessoas cassadas durante a ditadura, ocorreu numa conjuntura de acentuada queda dos índices inflacionários.

A estabilização da inflação registrada ao longo do e) governo João Goulart permitiu ao presidente contar com o apoio de amplos setores das classes médias, que se manifestaram favoravelmente às Reformas de Base em grandes concentrações populares.

(Unicamp) O movimento das Diretas Já em 1984 che-14. gou a reunir centenas de milhares de pessoas na Praça da Sé em São Paulo e em outras cidades do Brasil. Ao final de cada comício, cantava-se o Hino Nacional, que expressava o descontentamento da sociedade civil com o regime político, cada vez mais, antipopular e deslegitimado.

O que foi o movimento Diretas Já?a)

De que maneira o Hino Nacional, cantado nas pra-b) ças públicas, marcava uma nova relação entre o estado e a nação?

(UERJ) “(…) Na década de 50, um neto do Dr. Cidadão 15. pelo lado pobre da família, o Dr. Nacional-Progressista, casou-se com uma neta de Zé Povinho, Dona Classe Operária (…)

O casal não teve, de início, muita sorte. O primeiro filho, Populismo, nascido no início dos anos 50, trouxe grandes esperanças aos pais e amigos. Mas teve infância atribulada, marcada por acidentes e doenças. Ao entrar na adolescência (…) foi atropelado por um tanque durante um desfile militar em 1964 (…) Na década de 70 nasceu-lhes uma filha, Armada, mas antes não nascera. Morreu tragicamente, ainda muito jovem, vítima da imperícia médica quando submetida à sessão de cirurgia (…) No início dos anos 80 (…), afinal, um terceiro filho, que era outra filha. Deram-lhe o nome de Cidadania, nossa heroína (…)”

(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania e seus dois maridos.

Jornal do Brasil, 15 jan. 1995. p.11.)

No trecho do artigo acima, o cientista político José Murilo de Carvalho faz, em forma de ficção, um passeio pela história política de nosso país, entre as décadas de 1950 e 1980.

A afirmativa que não se refere corretamente ao período por ele analisado é:

A Constituição de 1967 foi a última tentativa das a) forças democráticas brasileiras no sentido de evitar o total controle do poder executivo pelos militares “linha-dura”.

O período denominado populista (1946-64) é ca-b) racterizado pela intervenção do Estado na organi-zação da infraestrutura necessária ao desenvolvi-mento da indústria de base.

O nome Armada, no texto, sugere o desenvolvimento c) das guerrilhas urbanas e rurais como uma das pou-cas possibilidades que restaram à oposição, após o endurecimento do regime militar, com o AI-5.

A economia brasileira entre 1970 e 1973 viveu uma d) fase de euforia desenvolvimentista conhecida como “milagre econômico”, graças ao arrocho salarial e aos juros baixos dos empréstimos internacionais

(UERJ) Na Copa do Mundo de 1958, o povo cantou a 1. vitória brasileira com:

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“A taça do mundo é nossa!

Com brasileiro, não há quem possa!

Eeeta, esquadrão de ouro

(...), é bom no samba, é bom no couro (...)”

Em 1970, cantou-se:

“Noventa milhões em ação

Pra frente Brasil, do meu coração

Todos juntos vamos

Pra frente Brasil, salve a seleção

De repente é aquela corrente pra frente (...)”

Essas duas formas de celebrar a vitória brasileira estão relacionadas, em 1958 e em 1970, respectivamente, aos contextos de:

alienação frente aos valores nacionais – investimen-a) tos do governo no setor esportivo.

ênfase na capacidade criativa do brasileiro – tenta-b) tiva de legitimação do governo militar.

reconhecimento do subdesenvolvimento nacional – c) exaltação à arrancada para o desenvolvimento.

mobilização após a vitória aliada na Segunda Guer-d) ra Mundial campanha popular pela superação da pobreza.

(Unirio)2.

Sei que ainda vou voltar

Para o meu lugar

Foi lá

E é ainda lá

Que eu hei de ouvir cantar

Uma sabiá

(Sabiá, de A.C. Jobim e Chico Buarque.)

Vem, vamos embora

Que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora

Não espera acontecer

(Pra não dizer que não falei de flores ou Caminhando, de Geraldo Vandré.)

Estávamos em 1968 e os ânimos acirrados. A disputa entre as duas composições era mais que o resultado do festival nacional de canção popular. A ditadura militar pouco depois introduziu o Al-5 ao texto da Constituição. Entre as medidas drásticas adotadas pelo Al-5, podemos citar a(o):

dissolução do CGT (Comando Geral dos Trabalha-a) dores), das Ligas Camponesas e da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Lei de imprensa, a Lei de Segurança nacional e a b) dissolução dos Partidos Políticos.

eleição do presidente da República pelo Congresso c) e a criação do CCC (Comando de Caça aos Co-munistas).

criação de dois poderes paralelos: um civil (Congres-d) so) e um militar, composto pelas forças armadas.

fim das imunidades parlamentares e a instituição da e) prisão perpétua e da pena de morte.

(UFF) No período após 1964, o regime militar inaugurou 3. uma política econômica que, entre 1968 e 1974, ganhou a denominação de “milagre brasileiro”.

Mencione dois resultados econômico-sociais ob-a) servados durante o “milagre brasileiro”.

Analise as repercussões desse período histórico b) (1968 - 1974) na sociedade brasileira.

(UFF) “O confronto foi direto. O Paço Municipal 4. transformou-se numa verdadeira praça de guerra. (...) Num dos momentos de calma, os metalúrgicos aproveitaram e escreveram com seus próprios corpos a palavra DEMOCRACIA, no chão do Paço de São Bernardo. Foi um recado ao país, para explicar o motivo da luta.

(GRAMMONT, Júlio. Os subversivos de 1978. In: Teoria &

Debate, n.º 37. São Paulo: Fundação Perseu Abramo,1998. p. 27.)

As greves organizadas pelos metalúrgicos do ABC paulista, ocorridas há 20 anos, fizeram parte de um conjunto de lutas que visavam por fim às arbitrariedades do regime militar, instituído no Brasil após 1964.

Identifique dois aspectos da ditadura militar, evi-a) denciando as medidas daquele governo, contra a democracia.

Cite duas lutas ou dois movimentos sociais de opo-b) sição à Ditadura.

(UFF) A economia brasileira, em fins da década de 5. 60, apresentou um novo direcionamento analisado de modo ambíguo pelos especialistas: tanto corresponde-ria a uma política distributivista, quanto a uma política econômica altamente concentracionista da riqueza e da renda do país.

Apesar dessa ambiguidade, não se pode negar que, nesse período:

o aspecto concentracionista da economia foi de-a) terminado pela violência da perseguição política movida pelo regime militar aos setores médios urbanos.

o novo direcionamento econômico elevou o nível b) médio salarial da classe operária no Brasil.

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o cunho distributivista da economia brasileira, para c) os que o defendem, teve sua origem no caráter al-tamente democrático de participação no mercado financeiro.

a característica distributivista deveu-se ao aumento d) da renda dos trabalhadores do setor primário da economia.

a economia concentracionista deveu-se à política e) de arrocho salarial seletiva, praticada pelos gover-nos militares.

(PUC-Rio) A música, como produção cultural de ampla 6. circulação entre diversos segmentos sociais, é muitas vezes apropriada por dirigentes governamentais como instrumento de divulgação de valores e ideias do regime vigente. As alternativas abaixo reproduzem trechos de músicas brasileiras. Assinale a alternativa que não apre-senta ideias valorizadas e apropriadas pela propaganda e pela censura política do Governo Médici (1969-1974):

“90 milhões em ação, prá frente Brasil do meu co-a) ração...”.

“Eu te amo, meu Brasil, eu te amo. Meu coração é b) verde, amarelo, branco, azul anil... Ninguém segura a juventude do Brasil”.

“Este é um país que vai prá frente... De uma gente c) alegre e tão contente...”

“Apesar de você, amanhã há de ser outro dia...”d)

“Moro num país tropical, abençoado por Deus e e) bonito por natureza.”

(UFRJ) “7. AO POVO BRASILEIRO

Grupos revolucionários detiveram, hoje, o senhor Burke Elbrick, Embaixador dos Estados Unidos, levando-o para algum ponto do país, onde o mantêm preso. (...)

O Senhor Burke Elbrick representa em nosso país os interesses do imperialismo que, aliados aos grandes patrões, aos grandes fazendeiros e aos grandes banqueiros nacionais, mantêm o regime de opressão e de exploração. São os interesses desses consórcios, de enriquecerem cada vez mais, que criaram e mantêm o arrocho salarial, a estrutura agrária injusta, a repressão institucionalizada. (...)

Nossas duas exigências são: a) a libertação de quinze prisioneiros políticos. São quinze revolucionários entre os milhares que sofrem as torturas nas prisões-quartéis de todo o país, que são espancados, seviciados e que amargam as humilhações impostas pelos militares. (...) b) a publicação e leitura desta mensagem, na íntegra, nos principais jornais, rádios e televisões de todo o país. (...)”

(Manifesto da Ação Libertadora Nacional e do Movimento

Revolucionário 8 de Outubro. Correio da Manhã: 5 set. 1969.)

O sequestro do embaixador norte-americano acabou pegando de surpresa a recém-empossada Junta Militar que, por alguns meses governou o país, criando uma crise política de alcance internacional. De acordo com o texto:

cite uma razão para a ocorrência da luta de guerri-a) lhas após 1964.

explicite as condições políticas que levaram à criação b) de uma Junta Militar para governar o país em 1969.

(UERJ) Um homem de direita, que já foi de esquerda, se 8. une a um homem de esquerda, para fins de direita.

(QUEIRÓS, Raquel de. Nosso Século (1960/1980).

São Paulo: Abril Cultural, 1980.)

A frase acima exemplifica o clima de tensão gerado pelo avanço dos segmentos mais autoritários do exército brasileiro no pós-1964. O avanço dessas ações mais repressivas promoveu “alianças impossíveis” de serem imaginadas antes de 1964, como aquela que uniu o presidente da república deposto, João Goulart, vinculado ao movimento trabalhista, e o primeiro governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda, um dos principais líderes do movimento de 1964.

Identifique duas ações dos governos militares que possam explicar essas “alianças impossíveis”.

(UFF) Ao longo dos anos 1960, um dos setores da 9. cultura brasileira que mais resistência ofereceu ao regime militar foi a MPB (Música Popular Brasileira) que expressava, em seus festivais e nas letras das canções, a insatisfação da sociedade diante da censura e da repressão.

A partir da conjuntura aludida, explique o significado da expressão “É proibido proibir” - lema do Tropicalismo, importante movimento musical da época.

(UERJ) 10.

Distribuição de renda pessoal: 1960-1970:

Extrato da população economicamente ativa

Proporção da renda total (%)

1960 1970

Baixa (50%) 17,73 14,91

Média Baixa (30%) 27,92 22,85

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Extrato da população economicamente ativa

Proporção da renda total (%)

1960 1970

Média Alta (15%) 26,66 27,83

Alta (5%) 27,69 34,86

Total (100%) 100,00 100,00

(MENDONÇA, Sônia Regina. Estado e Economia no Brasil:

opções de desenvolvimento. Rio de Janeiro: Graal, 1986.)

Relacionando os dados apresentados no tabela acima à performance da economia brasileira nos anos de 1960 e 1970, podemos verificar a ocorrência de:

crescimento salarial generalizado, em virtude dos a) incentivos oferecidos no período de 1964-1970.

aumento do concentração de renda, decorrente da b) política econômica implementado no período.

melhoria nos condições de vida, por causa do sa-c) neamento econômico empreendido pelos primeiros governos militares.

elevação do poder de compra das camadas popu-d) lares; consequência da política de indexação sala-rial instituída nos governos militares.

(UFRJ) 11.

Chi

co C

aruz

o, J

B,

20 ju

l. 19

79.

Com que roupa?

A charge anterior, do cartunista Chico Caruso, diz respeito às dúvidas do general João Figueiredo no início do seu governo, sobre como deveria conduzir o principal projeto da sua administração: a “abertura política”. O novo presidente tanto poderia vestir a farda militar e acentuar a face dura do regime, por meio de medidas discricionárias, como se compor com trajes civis dando prosseguimento à política de “distensão gradual e segura” desenvolvida pelo governo anterior.

Ao longo do seu governo, João Figueiredo terminou por se utilizar de ambos os trajes: ora fez questão de demonstrar força por meio de medidas repressivas, ora estimulou a aprovação de medidas que favoreceram a liberalização do regime.

Explique duas medidas adotadas pelo presidente João Figueiredo, no âmbito da “abertura política”, que favoreceram a liberalização do regime.

Texto para as questões 12 e 13.

Hen

fil,

“Dir

etas

Já”

.

(RODRIGUES, M. O Brasil da Abertura: de 1974

à Constituinte. São Paulo: Atual, 1980.)

A campanha das Diretas Já, iniciada no final de 1983, 12. tinha como objetivo pressionar os políticos e o governo a aceitarem a emenda Dante de Oliveira, que propunha eleições diretas para presidente.

Estabeleça a relação entre o resultado das eleições de 1982 para governadores e o início da campanha das Diretas Já.

Cite um desdobramento da campanha das “Diretas Já” que 13. possibilitou a conclusão do processo de abertura política.

(PUC-Rio) São exemplos de práticas centralizadoras 14. e intervencionistas do Estado brasileiro ao longo do século XX:

A criação de associações e sindicatos de trabalha-I. dores urbanos, no início do século.

A atuação do Departamento de Imprensa e Propa-II. ganda na regulamentação dos meios de comunica-ção, durante o Estado Novo.

O crescimento da indústria do entretenimento, nos III. anos cinquenta, através da expansão do rádio, da criação da televisão e da popularização do cinema.

A política econômica de concessão de subsídios às IV. exportações agrícolas como estratégia de sustenta-ção do “Milagre Brasileiro”, no início dos anos 70.

Está(ão) correta(s):

apenas a afirmativa I.a)

as afirmativas I e III.b)

as afirmativas II e IV.c)

as afirmativas II, III e IV.d)

todas as afirmativas.e)

(UFRJ) “Ato Complementar n.º 102 de 1.º de abril 15. de 1977.

O Presidente da República, com fundamento no artigo 182 da Constituição, resolve baixar o seguinte Ato Complementar:

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Art. 19.º Nos termos do artigo 2o e seus parágrafos do Ato Institucional n.o 5, de 13 de dezembro de 1968, fica decretado o recesso do Congresso Nacional.

Art. 2.º O presente Ato Complementar entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 1.º de abril de 1977, 156o da Independência e 89o da República. Ernesto Geisel”

O fechamento do Congresso Nacional e a edição de um conjunto de medidas conhecidas como “pacote de abril” fizeram parte da estratégia política do Governo do General Ernesto Geisel, denominada “distensão lenta, gradual e segura”, coroada em dezembro de 1978 com a extinção do Ato Institucional n.o 5 (AI-5), embora fossem mantidas “salvaguardas”, como o Estado de Emergência e a Lei de Segurança Nacional. No mesmo período, na África, ocorria a chamada “descolonização tardia”, ou seja, a emancipação das antigas colônias portuguesas.

Analise uma medida do “pacote de abril” no quadro da transição “gradual e segura” do Governo Geisel.

(Fatec)16.

“Vai passar

Nessa avenida um samba popular

Cada paralelepípedo

Da velha cidade

Essa noite vai

Se arrepiar

Ao lembrar

Que aqui passaram sambas imortais

Que sangraram pelos nossos pés

Que aqui sambaram nossos ancestrais.

Num tempo

Página infeliz de nossa história

Passagem desbotada na memória

Das novas gerações

Dormia

A nossa pátria mãe tão distraída

Sem perceber que era subtraída

Em tenebrosas transações.”

Os versos anteriores são de Chico Buarque de Holanda e pertencem à composição “Vai Passar”, lançada no final de 1984. O Brasil estava prestes a virar mais uma página de sua história.

Sobre esse período é correto afirmar:

Apesar da modernização e do crescimento eco-a) nômico acelerados, muitas camadas da população não se beneficiaram com o “milagre econômico.”

As reivindicações sindicais passaram ao patamar b) das exigências políticas, desaguando em uma par-ticipação maciça dos trabalhadores nas Diretas Já.

Mesmo após atribuir a si mesmo poderes excep-c) cionais, os militares brasileiros procuraram legitimar suas atitudes, fazendo referendar parte de suas medidas pelo poder legislativo, ao contrário do ocorrido em outros países latino-americanos.

A ação contra elementos vinculados ao governo d) deposto gerou atos primitivos, tendo sido fechadas entidades estudantis e da sociedade civil.

A extrema direita realizava sequestros e atentados e) com a cumplicidade dos setores governamentais da linha dura, que, percebendo a reação negativa da população a esses atos, atribuíam sua autoria à extrema esquerda.

(Fuvest) “...Meu Brasil...17.

que sonha com a volta do irmão do Henfil

com tanta gente que partiu num rabo de foguete

chora a nossa pátria mãe gentil

choram Marias e Clarices no solo do Brasil...”

Esse trecho de O Bêbado e o Equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc, expressa qual momento político brasileiro? Analise o panorama cultural do período retratado.

(UFBA) Da análise da tabela a seguir e dos conhecimen-18. tos sobre a economia brasileira no período 1960-1976, pode-se concluir:

Comparação da distribuição da renda no Brasil 1960, 1970, 1975

População economicamente

ativa (%)

Participação na renda

1960 1970 1976

50% mais pobres 17,71% 14,91% 11,8%

30% seguintes 27,92% 22,85% 21,2%

15% seguintes 26,66% 27,38% 28%

5% mais ricos 27,69% 34,86% 39%

(01) O bolo da economia nacional cresceu, mas não foi dividido; os ricos ficaram mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

(02) A tabela indica que, entre 1960 e 1976, a distribuição da renda no Brasil ocorreu de forma mais justa.

(04) Entre os anos 1960 e 1970, o crescimento do mer-cado interno foi visto como fator de correção das distorções registradas na tabela.

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(08) A expansão do sistema de crédito, verificada no Bra-sil, a partir do início dos anos 1970, permitiu à classe média a participação no consumo de bens duráveis ainda que ficasse progressivamente endividada.

(16) Os índices registrados na tabela demonstram que foi possível incentivar o crescimento da indústria de bens de consumo não duráveis, em prejuízo da indústria de produtos de luxo e bens de consumo duráveis.

(32) No início dos anos 1970, a abertura da economia brasileira para o capital estrangeiro possibilitou o controle quase exclusivo dos setores de bens de consumo duráveis pelas empresas multinacionais.

Soma ( )

(Fuvest) 20.

E agora um minuto prá nos-sa programação. Voltaremos

logo após os comerciais...

A caricatura de Glauco, no “Folhetim” de 18/11/79, critica:

os programas televisivos que não eram submetidos a) à censura prévia e favoreciam a inculcação de hábi-tos consumistas nos telespectadores.

a censura dos anos ditatoriais, que obrigava os do-b) nos das redes de televisão a substituírem os pro-gramas normais por comerciais.

a indústria cultural em crescente desenvolvimento, c) na época do autoritarismo, que criava hábitos e va-lores consumistas.

a mediocridade de programas televisivos durante o d) regime militar, submetidos a um sistema de mono-pólio estatal das redes de difusão.

a televisão comercial, como veículo do sistema po-e) lítico implementado na fase da ditadura militar, para divulgar propagandas anticomunistas.

(UFRJ) “a ideologia do desenvolvimento tem neces-19. sariamente de ser um fenômeno de massas. (...) o processo de desenvolvimento é função da consciên-cia das massas. (...) a ideologia do desenvolvimento tem de proceder da consciência das massas.”

(PINTO, Álvaro Vieira. Consciência e Realidade Nacional.

Rio de Janeiro: ISEB, 1960.)

“(...) a revolução modernizadora de 1964 fundamenta toda a sua doutrina estratégica no binômio do desenvolvimento e da segurança, reconhecido desde logo que, em essência, o primeiro é dominante (...) para a nação brasileira (...).”

(GEISEL, E. Discursos. Brasília: Assessoria de Imprensa

da Presidência da República, 1976.)

A ideia de desenvolvimento está presente nos dois textos acima, representativos de dois momentos históricos distintos, os dos governos João Goulart (1961-1964) e Ernesto Geisel (1974-1979), respectivamente. Em ambos, essa ideia refere-se a projetos políticos orientados por concepções bem definidas no que diz respeito aos compromissos sociais desses governos.

Indique uma iniciativa do governo João Goulart a) que evidencie seu projeto de desenvolvimento.

Compare as visões dos projetos de desenvol-b) vimento expressas nos documentos apresen-tados.

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B1.

C2.

A3.

B4.

A5.

D6.

A7.

B8.

B9.

D10.

A11.

D12.

B13.

14.

Mobilização popular em prol da emenda do depu-a) tado Dante de Oliveira pelas eleições direitas.

Era o clamor popular exigindo, pela maioria, a de-b) mocratização plena so país.

A15.

B1.

E2.

3.

O candidato poderá citar:a)

arrocho salarial sobre os operários e trabalha-I. dores de baixa renda;

favorecimento das grandes empresas – sobre-II. tudo as estrangeiras - pelo Estado;

obtenção de empréstimos externos pelo gover-III. no para financiar as multinacionais;

O “milagre brasileiro” trouxe para a classe trabalha-b) dora um brutal achatamento salarial, com o conse-quente encarecimento da cesta básica. Face a esse arrocho, os operários foram obrigados a trabalhar mais de 44 horas semanais, em vários turnos de

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trabalho, de modo a tentar recuperar o poder de compra de seu salário. Desse processo decorreram tanto o aumento do número de acidentes de tra-balho no Brasil (pelo cansaço e má alimentação), quanto o crescimento do trabalho feminino e infan-til como forma de recomposição salarial da família. Faz parte, ainda, desse quadro, o aumento dos ín-dices de subnutrição e mortalidade infantil, no país. Ademais, com o fim da estabilidade instaurada no pós-64, o “milagre brasileiro” consolidou a alta ro-tatividade no sistema de trabalho fabril, com perdas evidentes para o operariado.

4.

A ausência do direito de greve; a aplicação da Lei a) de Segurança Nacional; a tortura e as violações nos direitos humanos; a extinção de partidos políticos e de entidades políticas como a UNE e a UEF.

As manifestações estudantis; a anistia ampla, geral e b) irrestrita a todos exilados e perseguidos pelo regime militar; a formação do Partido dos Trabalhadores.

E5.

D6.

7.

O restabelecimento da democracia no país, contes-a) tando as medidas ditatoriais, sobretudo o AI-5 (Ato Institucional n.° 5) eram motivações para a luta de guerrilhas inspirados no êxito da Revolução Russa.

O afastamento do presidente Costa e Silva por mo-b) tivos de saúde, levam à formação da Junta Militar, formada por reacionárias que não pretendiam en-tregar poderão vice-presidente Pedro Aleixo.

Duas dentre as ações:8.

adiamento das eleições presidenciais marcadas para •1965, sem nova data;

instituição dos IPM e cassações de políticos que •apoiavam o golpe em 1964;

aumento da repressão, provocando divisões no inte- •rior das facções presentes no movimento de 1964;

aumento da repressão ao movimento sindical e a •eliminação dos partidos tradicionais, provocando maior controle sobre os oposicionistas;

controle, de forma mais contundente, por parte das •agências oficiais de informação e repressão, que se constituiu em um poder paralelo dentro do Estado.

O lema “É proibido proibir” denunciava o clima de cen-9. sura e repressão imposto pelo regime militar, acentuava a crítica ao autoritarismo e reivindicava a liberdade. As denúncias eram feitas nas letras das canções, em per-formances teatrais, festivais e shows de vários grupos

e artistas ligados ao movimento. Esse lema também pode ser associado à crítica aos valores conservadores dominantes, à sisudez dos mais velhos, às limitações da criatividade.

B10.

A anistia política iniciada em 1979 favoreceu o retorno 11. de políticos, intelectuais e artistas exilados durante o período de linha dura.

A reformulação partidária acabou com o bipartidarismo (ARENA E MDB), possibilitando o surgimento de novos partidos como o PDS, PMDB, PP, PTB, PDT e PT.

O avanço político da oposição, com o crescimento do 12. PMDB e o destaque da vitória do PDT no Rio de Janeiro, possibilitou maior organização da opinião pública e o amadurecimento da participação popular, levando-a à campanha das Diretas Já.

Um dentre os desdobramentos:13.

articulação política entre conservadores e liberais; •

fundação do PFL; •

eleição de Tancredo Neves; •

fim dos governos militares. •

C14.

Dentre as medidas podemos destacar: a extensão do 15. mandato do último presidente do regime para seis anos, com o intuito de adiar o processo de redemocratização; a manutenção das eleições indiretas para governadores estaduais, o que mantém o limite da representatividade eleitoral da nação que é uma prova de conservadorismo no processo de transição para a democracia; a definição de que um terço das cadeiras do senado seriam direta-mente designadas aos membros da Arena, o que ficou conhecido como “Senador Biônico”, como a Arena era o partido do governo, é mais uma prova que o processo redemocratizador se deu por vias conservadoras, ou seja, de forma gradual e segura.

B16.

Fase de intensa repressão cultural e política que abrange 17. o governo Medici e parte do governo Geisel (1969-1977). Perseguição aos opositores do regime e censura dos meios de comunicação são os principais temas abordados no plano cultural da época.

4118.

19.

A formulação do Plano Trienal, regulamentação do a) Código Brasileiro de Telecomunicações (nacionali-zação dos serviços), criação da Eletrobras, conces-são à Petrobras do monopólio de fornecimento de derivados de petróleo aos órgãos de governo, au-tarquias e estatais, proibição do registro de financia-

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mento estrangeiro para a importação de máquinas e equipamentos que a indústria nacional pudesse fabricar, inauguração Usiminas e Cosipa.

O projeto do governo João Goulart, expressa um b) momento de forte pressão dos mais diversos se-tores da sociedade por reformas, diante das trans-formações que ocorrem no Brasil a partir do go-verno JK.

O projeto do governo Geisel fundamentado no bi-nômio desenvolvimento e segurança, evidencia a estreita ligação entre o regime militar e o capital externo, sobretudo norte-americano.

C20.

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