hiponatremia associada ao exercício karina b. ortiz

25
Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

108 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Hiponatremia associada ao exercícioKarina B. Ortiz

Page 2: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Definições EAH(Hiponatremia associada ao

exercício): Ocorrência de hiponatremia em indivíduos envolvidos em exercícios prolongados

[NA] plasmático<135mmol/L 2 formas: 1)EAHE: Encefalopatia hiponatrêmica

associada ao exercício: Sintomas SNC 2)Hiponatremia assintomática.

Page 3: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Incidência Eventos de endurance (maratonas,

triathlons, corridas de ultradistâncias) Maratona Boston 2002: 13% (0,6% severa) Speedy et al: 18% Outros estudos: Incidência pode ser maior

que 29% 8 mortes por EAH relatadas. Maioria militares entre 1989 e 1996: eram

encorajados a beber 1,8L/h

Page 4: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Fatores de risco

Page 5: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Fatores de risco 1) O maior FR: Consumo excessivo de

fluidos durante a atividade. OVERHIDRATAÇÃO

2)Ganho de peso significativo durante exercício: preditor mais importante de EHA

Atletas que ganharam mais q 4% do peso corporal durante o exercício tiveram uma probabilidade de 45% de desenvolver EAH

OBS: 70% dos indv que ganharam peso não desenvolveram!

Page 6: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

3)Gênero Mulheres: EAH foi 3 vezes mais comum

do q nos homens no ironman de Nova Zelândia em 1997

Quando os resultados são corrigidos para IMC, tempo de corrida, mudança de peso, as diferenças não são significativas.

Page 7: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Outros 4)Corredores menos experientes 5)Tempos de corrida maiores (>4h):

maior consumo de água 6)Baixo IMC: Ingestão de maiores qtds

de líq em relação ao tamanho e TBW 7)AINE: podem diminuir a capacidade

de filtração renal. Estudos não confirmaram associação

Page 8: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Fisiopatologia Defeitos nos mecanismos hormonais e renais

que controlam a osmolaridade plasmática ou ingestão de água.

Perda excessiva de sódio Ingestão excessiva de água Hiponatremia dilucional A maioria dos atletas tiveram aumento da TBW Noakes et al: Relação linear invers. Propor.

Entre o Na após corrida e o grau de mudança de peso.

Page 9: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz
Page 10: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Fisiopatologia 70% dos que tiveram aumento da TBW não

desenvolveram hiponatremia! Então: O consumo excessivo de água não é a

única explicação. Outros fatores devem estar presentes. Capacidade excretória máx dos rins: 750-

1500ml/h Perdas de água pelo suor/perdas insensíveis: 500

ml/h Os atletas deveriam poder beber um excesso de

1500 ml/h antes de reter peso e aumentar TBW

Page 11: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

ADH Aumenta com o aumento da intensidade do exercício Exposição ao calor Em alguns atletas, os níveis de ADH plasmáticos

podem não ser suprimidos apesar da manutenção ou mesmo excesso de volume plasmático

Speedy et al: Níveis significante maiores em atletas q desenvolveram EAH

Alguns: osmolaridade urinária inapropriadamente elevada

Pequenos aumentos de ADH levariam a grande retenção de água e hiponatremia

Page 12: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Fisiopatologia Speedy et al: Dois triatletas com EAH

tinham ADH nl (suprimido). Outra causa! Durante exercício a capacidade de

diluição renal é diminuída. Contribuição de perdas de sódio pelo suor Modelos matemáticos demonstram que a

perda de sódio pelo suor é insuficiente para produzir EHA

Page 13: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Mobilização de estoques de sódio Alguns atletas são capazes de mobilizar sódio

de estoques internos que antes aeram osmoticamente inativos.

Mais de ¼ do sódio corporal total estão na forma de composto cristal insolúvel no osso e na cartilagem , mas potencialmente recrutáveis numa forma osmoticamente ativa.

SIADH: o balanço de perda de sódio e ganho de água não explicam os níveis de hiponatremia. Hipótese: hiponatremia estaria relacionada a inativação do sódio osmoticamente ativo.

Page 14: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Fisiopatologia Atletas que ganham TWB e mantém

sódio normal: são capazes de mobilizar esse estoque de sódio “trocável”

Atletas que desenvolvem EAH podem tanto não serem capazes de mobilizar os estoques de sódio, como podem osmoticamente inativar o sódio ativo.

Page 15: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz
Page 16: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz
Page 17: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz
Page 18: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Sinais clínicos Assintomático----morte! Maioria: assintomáticos ou

oligossintomáticos. Fraqueza Tontura Dores de cabeça Náuseas/vômitos Na: 134-128mmol/L

Page 19: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Sinais e sintomas Na<126mmol/L: maior chance de

sintomas mais severos. Edema cerebral Alteração do estado mental Convulsões Edema pulmonar Coma morte

Page 20: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Diagnósticos diferenciais Hipertermia

Page 21: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Prevenção Beber de acordo com a sede, não mais que 400-800 ml/h USA track and field guidelines: Estimar taxas de sudorese: aferições seriadas de peso

antes, durante e após exercício. Objetivo: terminar prova com o mesmo peso ou

ligeiramente menor Evidências insuficientes quanto se o consumo de sódio

previne. Sem evidências de sports-drinks previnem (maioria

hipotônicas!) ACSM: Na 0,5-0,7g Na/L de água: nível adequado para

repor as perdas

Page 22: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Terapia Maioria ( oligo ou assintomáticos): restrição

hídrica e observação até q a diurese espontânea ocorra.

Hidratação com SF: apenas para sinais de depleção de volume. Casos de edema pulmonar!!!

EAH severa ou sintomática: Salina hipertônica!

EAH é aguda: a correção rápida é segura SF 3% 100 ml em 10 min

Page 23: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Tratamento Transporte ao centro médico para

monitorização do sódio. SF 3% 1-2 ml/kg/h até diurese

recomeçar

EAHE e edema pulmonar: devem receber com emergência de salina hipertônica 3% mesmo sem evidências de sobrecarga de volume

Page 24: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz

Conclusão 3 Mecanismos independentes: 1) Overdrinking (fatores biológicos ou

psicológicos) 2) Secreção inapropriada de ADH ( falha na

supressão da secreção de ADH em face do aumento da TBW

3)Falha em mobilizar Na+ de estoques de sódio osmoticamente inativo ou inapropriada inativação osmótica do Na+ circulante

Page 25: Hiponatremia associada ao exercício Karina B. Ortiz