healtharq 18ª edição

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Na 18ª edição da HealthARQ, o consagrado arquiteto da saúde, Lauro Miquelin fala, com exclusividade à, sobre as particularidades da sua vida pessoal e também de inovações do setor de arquitetura. Confira ainda nesta publicação, cases de obras das seguintes instituições: Hospital São Cristóvão, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital São Camilo Pompeia e Policlínica Regional de Araranguá (SC).

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CARTA AO LEITOR

Caro leitor,

Mesmo diante das dificuldades anuncia-das por causa do mal desempenho da economia mundial, a HealthARQ che-ga, em 2016, com uma grande missão

de difundir soluções para nossos problemas. Neste primeiro trimestre, damos os primeiros pas-

sos com a certeza de que devemos, cada vez mais, traçar metas, sermos ousados e não desistir dos desafios. Principalmente no que tange a arquitetu-ra da saúde, em que devemos repensar todos os dias por quais caminhos seguir para a conquista da otimização e economia necessária nas obras deste importantíssimo segmento.Diminuir custos e prazos e ainda manter a quali-

dade. Estes estão entre os principais objetivos de quem adota a racionalização construtiva. Muitas empresas e escritórios que atendem o setor da saú-de já descobriram que, quando bem empregadas, as metodologias da racionalização ajudam a reduzir os problemas construtivos e ainda permitem ga-nhos de produtividade e qualidade. Em meio a este cenário turbulento da economia,

as edificações tradicionais estão perdendo espaço nos canteiros de obras por não atender à demanda do mercado. Sai na frente quem conseguir usar a criatividade para descobrir novos caminhos susten-táveis, econômicos e seguros. Assim, devemos de fato enxergar que a raciona-

lização construtiva deixou de ser uma estratégia competitiva e tornou-se uma necessidade para a própria sobrevivência das construtoras e escritórios de arquitetura.Todos os integrantes desta comunidade da saúde

devem estar cientes que o sucesso da racionalização apenas é possível se buscarmos uma cultura eficiente

em um ambiente de obras. Para isso, é indispensável contar com o engajamento de uma equipe multidis-ciplinar. Essa é uma tarefa que exige o envolvimento de todos os participantes da cadeia construtiva.E por falar em integração de profissionais, apro-

veito este espaço para convidar os nossos leitores a participarem da votação do prêmio “100 Mais In-fluentes da Saúde”, que já está com data marcada. O evento será no dia 20 de maio, no último dia da HOSPITALAR Feira+Fórum, em São Paulo. Em mais uma edição, a comunidade da Saúde poderá atra-vés do saudeonline.net participar elegendo os no-mes que mais se destacaram no último ano. O es-pecial homenageia diversas áreas da Saúde, como Sustentabilidade, Projetos de Humanização e Infra-estrutura/Engenharia. Também aproveito este espaço para anunciar a 2ª

edição do Fórum + Prêmio HealthARQ em novem-bro deste ano. Marque em sua agenda.

Driblando a complexidade

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

Que todos tenham uma ótima leitura!

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CAPA

O consagrado arquiteto da saúde, Lauro Miquelin fala, com exclusividade à HealthARQ, sobre as particulari-dades da sua vida pessoal. Em relação ao setor de ar-quitetura, o profissional diz que consultoria, arquitetura, design e engenharia são áreas de conhecimento que não afetam diretamente a sobrevivência do dia a dia dos compradores. Para Miquelin, o desafio da atualida-de é adaptar-se às necessidades do mercado. “A solu-ção do espaço construído deve partir da perfeita com-preensão das funções necessárias para o cuidar e dos comportamentos humanos”, afirma.

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20EXPANSÃOA busca contínua pela segurança faz com que o projeto de expansão do Hospital São Camilo Pompeia decole rumo a um melhor atendimento.

16EXPANSÃOA ampliação do Hospital São Cris-tóvão se destaca com a utilização do aço carbono nas estruturas. Nesta obra, houve uma expansão de 25% no tamanho de quatro salas para aumentar a comodida-de de médicos e sua equipe du-rante os procedimentos.

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N.18 I dezembro | jaNeIro | fevereIro | 2016NESTA EDIÇÃO

dETALhEA infraestrutura da UTI do hospital Israelita Albert Einstein oferece ao paciente um alto padrão de segurança. Contam com divisórias de leitos em box de vi-dro anti-infecção.

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dETALhEO sistema de climatização do hospital Mater dei se torna referência por auxiliar na economia de energia elétrica. A climatização possui alta tecnologia que visa conforto, qualidade do ar, segurança, saúde e consciência ambiental.

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Com o tema “Ambientes de saúde: caminhos para a criatividade e inovação”, o próximo congresso da ABDEH, a ser realizado em setembro de 2016, em Salvador (BA), propõe uma importante e atual reflexão acerca das estratégias necessárias para o eficiente uso dos recursos disponíveis, visando a melhor qualidade da assistência destinada a toda a população.

CONSTRUÇÃO

A primeira Policlínica Regional a ser construída no Estado de Santa Catarina, a unidade de Araranguá foi criada para ampliar o acesso da população aos serviços ambulatoriais de média complexidade. O prédio consiste em uma unidade ambulatorial de alta resolubilidade em diagnóstico e orientação terapêutica para diferentes especialidades médicas.

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boletim ARQ

PLANEJAMENTOABDEH realiza sua primeira reunião de diretoria de 2016A ABDEH realizou sua primeira reunião de diretoria de 2016, em São Paulo, na Casa e-BASF. O encontro teve como objetivo o pla-nejamento das ações da entidade, cujo calendário já inclui mais de 70 eventos, como o sétimo congresso a ser realizado em Salvador

(BA), em setembro. A reunião contou com a participação dos diretores regionais Adriana Sarnelli (PR), João Rios do RS, Inara Beck de SC, Thalita Lellice (DF), Arthur Brito (SP) e Doris Vilas Boas (BA). Também estiveram presentes o Presidente da ABDEH, Marcio Oliveira, o VP de marketing, Adhemar Dizioli e a Assessora de Relações Internacionais, Walkiria Erse, além dos ex-presiden-tes Salim Lamha e João Carlos Bross.

DESIGN Reforma é concluída em Centro de Câncer nos EUA

O novo Centro de Câncer WellStar no Kennestone Hospital, na cidade de Marietta, no Estado da Geórgia (EUA), abriu suas portas após uma reforma de US$ 11 milhões. O novo Centro oferece aos pacientes o tratamento do câncer, incluindo uma abordagem única para ajudar os pacientes a obter respostas mais rápidas. A edificação foi pensada na humanização. Um painel de pacientes, médicos, enfermeiros e membros da equipe de oncologia deram importantes contribuições para moldar o design, criando um ambiente estimulante para ajudar na cura dos pacientes. “O paciente está no centro de tudo que fazemos”, disse Michael Andrews, chefe da instituição.

PIONEIRAHospital Mãe de Deus inaugura 1ª emergência oncológica do RSPortadores de câncer ou com suspeita de terem a doença passam a con-tar com a primeira emergência oncológica no Rio Grande do Sul. Em uma iniciativa inédita no Estado e adotada em apenas dois hospitais do país, o Hospital Mãe de Deus planejou uma estrutura para realizar com agilidade a

gestão integral dos cuidados com esse paciente, desde sua entrada no hospital, diagnóstico e trata-mento. O modelo de acolhimento inovador em emergências reúne a expertise de 15 anos do Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus e o projeto bem-sucedido de reordenamento do fluxo da emer-gência do hospital adotado desde 2014, com a separação física dos atendimentos de alta, média e baixa complexidade. A primeira emergência oncológica do RS é respaldada pelo Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus, uma referência nacional e internacional no segmento. Fo

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EXPANSÃOHospital São Camilo Ipiranga amplia Centro Médico e Pronto-SocorroA Unidade Ipiranga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo (SP) ampliou o Centro Médico de Especialidades que atendia 3.000 pacientes por mês, podendo chegar a 6.500, um crescimento de quase 120%. O pro-jeto de expansão da Unidade também contemplou o Pronto-Socorro, que

ampliou a área de 770,15 m² para 1.167,12 m². O novo espaço permitiu um aumento na capacidade de atendimento de 30% e passou a contar com uma sala de emergência com acesso direto à área externa que pode atender dois pacientes simultaneamente, sala de observação com 12 leitos, um leito indivi-dual isolado com pressão negativa, para o controle de doenças infecto contagiosas, além de uma sala de cirurgia para pequenos procedimentos.

REFERÊNCIAHapvida inaugura hospital em Manaus

O Hospital Rio Negro, em Manaus (AM), foi inaugurado, no final de 2015, proporcionando serviços especializados de UTI adulto, Hemodiálise e He-modinâmica. A unidade, a partir de agora, é a maior do Hapvida no Ama-zonas e será referência em Cardiologia e Neurologia. Além disso, tem uma hemodinâmica e uma unidade de Oncologia, assim como urgência e emergência ambulatorial 24 horas e UTI adulto. O hospital possui uma estrutura com cinco pavimentos, totalizando, na primeira etapa, 108 leitos. A segunda etapa está prevista para 2016. “Estamos muito felizes em dar esse presente ao Amazo-nas”, afirma o Vice-Presidente da operadora, Candido Pinheiro Júnior. O Hapvida investiu R$ 31 milhões na construção deste hospital.

ESTRUTURACentro de Especialidades do Hospital Restinga e Extremo-Sul é entregueO Centro de Especialidades do Hospital da Restinga e Extremo-Sul (HRES) foi oficialmente entregue em dezembro. A nova estrutura soma-se aos 62 leitos de internação e aos 25 da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), integrando o Sistema Único de Saúde (SUS). O Centro de Especialidades também possibi-

litará o monitoramento de vários indicadores – como o número de consultas ofertadas e realizadas, a satis-fação dos pacientes, a resolutividade e o percentual de encaminhamentos para outra especialidade, além de solicitações de exames complementares e de altas ambulatoriais. Este novo serviço chega para atender as diversas e urgentes necessidades de saúde e assistência da população.

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O Grupo Mídia lançou, no começo deste ano, o site da Revista HealthARQ. A página está hospedada dentro do saudeonline.net. Este novo portal traz as principais editorias da publicação, eventos do setor, colunistas, entrevistas e vídeos. Através deste novo site, os inter-nautas podem acessar todas as edições da HealthARQ por meio de um estande digital. Além disso, este novo site está totalmente integrado as principais redes so-ciais. O layout segue os mesmos padrões da plataforma utilizada pelo Saúde Online, sendo disponível tanto para mobile, quanto para desktop. Para acessar, basta digi-tar: healtharq.com.br

A revista Healthcare Management começa este ano tra-zendo uma novidade aos seus leitores. A 40ª edição da pu-blicação traz duas capas. Uma com Paulo Chachap, CEO do Sírio-Libanês, e a outra com José Ribamar Branco, Funda-dor e Diretor Executivo do Instituto Brasileiro para Segu-rança do Paciente. Esta é a primeira vez que uma revista do setor traz esta inovação em seu conteúdo. A edição também apresenta uma entrevista com o novo Presidente da Federação Brasileira dos Administradores Hospitalares (FBAH), Waldomiro Pazin que fala sobre o desenvolvimen-to da saúde no Brasil. Outro destaque é a publicação de “A ética e a nova medicina”, capítulo extraído do novo livro de Claudio Lottenberg: “Saúde e Cidadania - A tecnologia a serviço do paciente e não ao contrário”.

A quarta edição do prêmio “100 Mais Influentes da Saúde” já está com data marca-da. O evento será no dia 20 de maio, às 18h, no último dia da HOSPITALAR Feira+-Fórum, maior evento do setor da América Latina. A comunidade da Saúde poderá participar elegendo os nomes que mais se destacaram no último ano. Serão eleitos grandes profissionais das mais diversas áreas da Saúde, como Sustentabilidade, Projetos de Humanização e Infraestrutura/Engenharia. No total, são 20 categorias com cinco nomes eleitos pelo público em cada uma delas. As votações já estão abertas e podem ser feitas pelo site. Basta indicar o nome do profissional para concorrer à premiação em cada uma das categorias disponíveis.

Link de Votação: votacao.100maisinfluentesdasaude.com.br/

A 40ª edição da revista Healthcare Management traz duas capas

Revista HealthARQ ganha portal na Internet

Está aberta a votação para os “100 Mais Influentes da Saúde” de 2016

@SaudeOnlineBR /saude_online /in/saudeonline/SaudeOnlineBRSIgA, cuRtA E cOMENtE

Confira mais vídeos no Saúde Online TV

Confira o novo site da HealthARQ

http://goo.gl/j3zuWh

http://goo.gl/SkPrjr

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É gratificante saber que por trás de cada edifica-ção da saúde existe muito empenho e uma força conjunta para garantir ao paciente uma estrutura segura, confortável e humanizada. Desde a minha

primeira atuação na equipe editorial da HealthARQ, há quatro anos, tenho tido diversas oportunidades de co-nhecer tecnicamente o esforço dos verdadeiros prota-gonistas da arquitetura para a saúde, que visam obter resultados mais que positivos para o setor.

Ao lembrar de uma conversa que tive, em meados de 2013, com o nobre arquiteto Siegbert Zanettini, ele simplesmente disse que já esperava pela superação das “contradições e as insustentabilidades do nosso sistema político, econômico e social em todos os níveis.” Três anos depois, compartilho novamente esse mesmo pen-samento que vem ao encontro das atuais instabilidades financeiras vivenciadas em nosso país.

Baseado nesta proposta de buscar soluções para redu-zir custos em uma obra do setor da saúde, a nossa revis-ta apresenta nesta edição alguns cases que estimulam a economia dos projetos da saúde.

Uma prova desta proposta de diminuir gastos na edi-ficação é o sistema de climatização adotado no Hospital Mater Dei – Contorno, em Belo Horizonte (MG). A insti-tuição passou a ter um sistema de ar condicionado de alta tecnologia que visa conforto, qualidade do ar, se-gurança, saúde e consciência ambiental. Todas as salas cirúrgicas e de hemodinâmica híbrida do local possuem, agora, climatizadores com filtragem absoluta do ar e di-fusão por fluxo laminar, mantendo a perfeita qualidade do ar para os procedimentos cirúrgicos mais complexos.

Ainda por este caminho que preza pela qualidade des-tacamos também, nesta 18º edição, a infraestrutura de ponta da UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, na ca-pital paulista. Ao prezar pelo constante conforto e bem--estar do paciente, o hospital ganha evidência ao adotar boxes de vidro em cada leito, permitindo, assim, a visita de acompanhantes e familiares dos pacientes. Além dis-so, nossa reportagem mostra como essa unidade pro-porciona aos pacientes uma gama completa de comodi-

Vamos racionalizar?Palavra do Editor

dade seja nos banheiros ou nas salas de espera.Ainda nessa linha de referências da arquitetura, em

nossa publicação, não poderia deixar de mencionar a entrevista especial desta edição com o consagrado ar-quiteto Lauro Miquelin. Em uma conversa exclusiva, o profissional falou dos desafios existentes do setor da ar-quitetura da saúde e também contou um pouco das suas particularidades pessoais.

Que 2016 seja um ano para adotarmos soluções efica-zes para nossos problemas. Vamos em busca da otimiza-ção e racionalização!

Tenha uma excelente leitura!

Thiago Cruz,Editor da Revista HealthARQ

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A atualidade das discussões sobre os valores essen-ciais da função da

arquitetura na promoção da saúde pode ser percebi-da sob distintas formas de contribuição: elaboração de projeto e construção, manu-tenção contínua da edifica-ção e instalações, pesquisas e avaliação sobre o edifício pós-ocupação (APO).

As experiências profissio-nais, por exemplo, trazem o processo pragmático do projeto e da construção em uma forma de percepção mais direta, as edificações em toda sua complexidade funcional.

A experimentação da vi-vência diária no ambiente hospitalar, manutenção e operação, muitas vezes en-volta em problemas físico--funcionais, permite identi-ficar componentes a serem

Humanizando a arquitetura: hospital para as pessoas

Fábio Bitencourt Arquiteto D Sc e Professor

ARQ Coluna

analisados continuamente. Neste caso, convive-se com adequações, reformas e ajustes que poderão nunca vir a existir.

Outra forma de com-preender os ambientes de saúde seria observá-los em ângulos distintos, como os das experimentações inte-riores. Um olhar que pro-duza novas perspectivas.

Uma leitura que tem se tornado relevante entre especialistas e interessa-dos em estudos sobre as edificações produzindo no-vas perspectivas de análise é o livro Cidades para as Pessoas (Cities for people), publicado no ano de 2013 pela Editora Perspectiva.

O autor é um arquiteto e urbanista dinamarquês, Jan Ghel, professor universitário que promove uma percep-ção das cidades a partir dos usuários, das suas dimen-

sões, sentidos e necessida-des. Ele divide o tempo de se perceber as cidades e define três tipos de espaço para as mesmas: a cidade tradicio-nal, a cidade invadida e a ci-dade reconquistada.

Em entrevista para o Ins-tituto de Arquitetos do Bra-sil (IAB), em 21 de junho de 2012, ele comenta: “Precisa-mos resgatar outros valores da cidade, valores humanos. Essas cidades reconquista-das, como as chamamos, são então caracterizadas pela busca de um bom equilíbrio entre três fun-ções: um lugar de encontro para as pessoas, um lugar de mercado de bens e ser-viços e um lugar de mobili-dade, onde se pode conec-tar diferentes espaços”.

O livro nos traz uma refle-xão importante sobre a vida urbana, que também pode-rá ser utilizado em estudos

análogos sobre os ambien-tes de saúde, como o hospi-tal. Sobretudo os hospitais onde as internações são prolongadas, espaços que se transformam muitas ve-zes em local de viver.

Um hospital/cidade ou um hospital/residência para alguns usuários pode estar, caracterizado como local onde as necessidades fundamentais inerentes à sobrevivência humana e à prática terapêutica devem estar disponíveis. E esta não é uma referência apenas às necessidades do pacien-te. Alguns profissionais de saúde também têm o hos-pital como espaço de viver, no amplo sentido que a palavra permita compreen-der, considerando o tempo que ali permanecem.

Ghel faz referências úteis na concepção projetual da arquitetura da cidade, igual-

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Quais são as contribui-ções que o ambiente do hospital poderá fazer para a convivência huma-na que neste local se es-tabeleça?

Os componentes de quali-dade do projeto do hospital não podem, de forma algu-ma, prescindir dos valores dos conceitos guarda-chu-va de proteção, conforto e prazer. Conceitos ghelianos que podem ser adaptados às necessidades dos am-bientes de saúde, a seguir:

Proteção: proteção con-tra acidentes - sensação de segurança, proteção con-tra experiências sensoriais desconfortáveis.

Conforto: oportunidade

mente aplicável para a cida-de/hospital como a relação contraditória entre: reunir ou dispersar, integrar ou segre-gar, convidar ou repelir, abrir para ou encerrar, aumentar ou reduzir. Cada princípio do planejamento constitui um pré-requisito primordial ou “crucial”, como ele próprio comenta, para inclusão da efetiva dimensão humana e dos requisitos sensoriais aí contidos.

A adaptabilidade aqui proposta aos conceitos do Ghel descritos para a cida-de na proposta de utiliza-ção nos ambientes hospi-talares, também foram obtidas de outras referên-cias que se iniciaram com

estudiosos das dimensões humanas, como o antro-pólogo Robert Sommer. Este autor contribuiu com a criação de lugares ade-quados às necessidades de uma nova abordagem da assistência à saúde, con-siderando a relação entre espacialidade construída, conforto e comportamen-to espacial. Ou com as re-ferências das “dimensões ocultas” do antropólogo norteamericano Edwad T. Hall em The Silent Langua-ge (1973), uma das prin-cipais bases dos estudos ergonômicos e sua aplica-bilidade contemporânea às variáveis antropométri-cas das zonas de viver.

para caminhar ou sentar, ver, ouvir e conversar, praticar atividades físicas. Perceber e sentir os fatores ambientais

Prazer: sentir-se em ambientes com a escala humana, aproveitar os as-pectos positivos do clima e ter experiências sensoriais positivas.

Um exercício para os que lidam com o planejamen-to dos ambientes de saúde, deve ser conceber espaços que promovam a sensação de proteção, a percepção de conforto e experiência do prazer pelos aspectos acima descritos. E, sobretudo, res-gatar os valores humanos necessários aos ambientes para assistência à saúde.

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Em constante expansão A busca contínua pela segurança faz com que o projeto de expansão do Hospital São Camilo Pompeia decole rumo ao melhor atendimento

Não é por acaso que o Hospital São Camilo Pompeia, localizado em São Paulo, carre-ga em seu nome três certificações, sendo duas internacionais. A busca pelo alto ní-

vel de qualidade e o foco na segurança do paciente faz jus aos títulos, e é uma constante na rotina da unidade, que recentemente inaugurou parte de um prédio com quase 10 mil m² divididos em dez anda-res e cinco pisos de garagem.Baseada na necessidade de se fazer o melhor aten-

dimento, a nova torre faz parte do plano de expan-são da Rede de Hospitais São Camilo, iniciado há 10 anos. “A segurança do paciente é alvo constante na elaboração de plantas arquitetônicas que possibili-tam a funcionalidade assistencial, garantindo con-dições seguras para os funcionários, médicos, pa-cientes e acompanhantes”, conta Rogério Quintela, Diretor de Geral da Rede São Camilo de São Paulo. Com quase 23.000 m² de área construída o novo

bloco é dedicado à internação de pacientes, instala-ções para diagnóstico e centro médico. São 86 quar-tos, sendo 72 leitos individuais e 14 de UTIs, seis sa-las cirúrgicas e 104 vagas no estacionamento. “Com isso, a unidade Pompeia totaliza 370 leitos, o que representa um aumento de 30% na capacidade de ocupação”, destaca Quintela.A primeira etapa da obra teve início em setembro

de 2015 e prevê Contenções e Fundações. Prevista para ser concluída em junho próximo, a fase deve terminar no mesmo período em que se iniciarão as obras civis e instalações. As mesmas devem durar pelos próximos dois anos.

O atendimento médico do hospital é considerado essencial e não deve sofrer alterações até a conclusão do projeto de expansão. A nova torre está em construção na Rua Barão do Bananal do lado oposto ao complexo existente do Hospital São Camilo Pompeia, portanto há poucos impactos nesta eta-pa com relação ao funcionamento do restante do complexo.

Por outro lado, Carlos Frederico Costa Leite, Gerente do Projeto pela Planservice Engenheiros Associados, assume que manter o hospital em funcionamento restringe so-bremaneira a emissão de ruídos, motivando um plano de trabalho com horários reduzidos e estratégias de atenua-ção da parte acústica.

“Haverá apenas uma pequena interferência no momento da execução do túnel e das passarelas, com a interdição parcial das áreas que serão interligadas ao complexo exis-tente”, explica Leite, referindo-se ao método escolhido para conectar os edifícios, respectivamente sob e sobre a via.

A zona de restrição máxima de circulação onde a obra está inserida também demandou um planejamento dife-renciado para a entrega dos insumos e equipamentos, se-gundo o executivo.

A instituição está na fase de efetuar as concorrências para contratação dos projetos, nos quais a Planservice é respon-sável pela coordenação e acompanhamento da execução das contenções e escavações. “A qualidade já é verificada diariamente, tanto para a execução da obra como para a coordenação dos projetos. Temos um processo próprio de controle, registros e análise das atividades, desenvolvido e aprimorado nos mais de 25 anos de trabalhos realizados e, por exemplo, temos relatórios de análise crítica dos proje-tos onde a aderência ao programa desejado pelo cliente é aferido e indicado para correção em um modo cíclico, levando a melhoria continua dos projetos e processos.”

Funcionamento constante

Carlos Frederico Costa Leite, Gerente do Projeto pela Planservice Engenheiros Associados

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A incorporação de uma nova torre irá possibilitar o atendimento à crescente demanda de pacientes, ofe-recendo estrutura funcional, hotelaria arrojada e atu-alizada e equipamentos de alta tecnologia. Mais do que isso, os projetos estão sendo desenvolvidos com premissas de sustentabilidade, como eficiência ener-gética, reuso de água entre outras ações.

“Seguindo essa mesma linha sustentável nós temos responsabilidade social e, portanto, todo entulho reti-rado até o momento foi encaminhado para aterros de-vidamente autorizados. A maior parte do terreno era um estacionamento, cujos resíduos da capa asfáltica estão sendo utilizados como base para a movimenta-ção das máquinas”, conta Leite.

No quesito instalações elétricas, o projeto ainda está em fase básica e sendo desenvolvido com premissas sustentáveis que visam atender todas as necessidades do Hospital São Camilo Pompeia.

O resultado final do projeto deve contar com am-bientes confortáveis, humanizados e seguros para atendimentos de urgência e emergência, realização de cirurgias e internação.

“Pesquisas apontam que um ambiente acolhedor, com estímulos positivos de cores, sons e luz contribui com a recuperação da saúde. Por isso, a estrutura física foi planejada para que o paciente e seu acompanhan-te percebam todo o cuidado que a Unidade Pompeia tem com a permanência deles na instituição”, revela Rogério Quintela, da Rede São Camilo de São Paulo.

Em 2012, a Unidade Pompeia ganhou um novo Pron-to-Socorro Adulto, que teve sua capacidade duplicada para atender aos pacientes com mais agilidade e con-forto. Dois anos depois, o hospital inaugurou o Centro de Oncologia e ampliou o número de leitos da área de Transplante de Medula Óssea em mais de 120%, totali-zando 20 quartos de internação.

“Ainda em 2014, a instituição reestruturou a UTI Infan-til e transformou 17 leitos em quartos individualizados. Além disso, contratou mais empresas médicas especia-lizadas no atendimento às crianças, incluindo casos de alta complexidade, e adquiriu equipamentos de resso-nância magnética de 1,5 e 3,0 Teslas capazes de auxi-liar no diagnóstico de doenças que acometem pacientes dessa faixa etária”, relembra Lúcia Eid, gerente médica da Unidade Pompeia.

Naquele mesmo ano foi inaugurado também um Centro de Simulação. O espaço de 490 m², destinado ao treina-mento de até 120 profissionais, simultaneamente, conta com seis salas de aula e equipamentos de alta tecnolo-gia, como manequins computadorizados que reagem aos procedimentos realizados durante o atendimento.

“O plano de expansão da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo contempla, também, iniciativas nas outras unidades. Este ano, já foi inaugurado o novo Pronto-So-corro Infantil do hospital Santana que, totalmente refor-mado, passa a ter uma área de mais de 880 m² com todo conforto e segurança para pacientes e acompanhantes”, conta Lúcia.

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Sustentável Túnel do tempo

Conforto nos espaços

O Hospital São Camilo Pompeia foi a primeira Unidade da Rede a ser fun-dada, em 1960. Atualmente, é uma das referências no atendimento de urgên-cia, emergência e de alta complexida-de. Oferece atendimento em todas as especialidades, conta com um Centro de Diagnóstico por Imagem e é Centro de Referência para Transplante de Me-dula Óssea.

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Modernidade que faz a diferençaAmpliação do Hospital São Cristóvão se destaca com a utilização do aço carbono nas estruturas

Recentemente, o Hospital e Maternidade São Cristóvão, em São Paulo, reinaugurou o Centro Cirúrgico “Dr. Luiz Branco Ribeiro”, ampliando sua capacidade de atendi-mento. A entrega desta edificação compõe as ações

de comemoração dos 104 anos da Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão.“Concretizamos mais um sonho. Com aparelhos de alta tec-

nologia nós dobramos o número de leitos do pós-operatório, implementamos uma nova e informatizada central de agen-damentos de cirurgias, reformamos completamente a parte hidráulica e gasométrica, juntamente com a estrutura elétri-ca”, diz o Presidente/ CEO da Instituição, o engenheiro Valdir Ventura.Com essa nova expansão a instituição passa a contar com

o sistema de aterramento RDI®, forros antifungicidas e anti-bacterianos adequados para as áreas cirúrgicas. Além disso, o local recebeu câmeras de segurança, detector de fumaça e

sala de equipamentos. Nesta obra, houve uma expansão de 25% no ta-

manho de quatro salas para aumentar a comodi-dade de médicos e sua equipe durante os proce-dimentos. A capacidade dos leitos de recuperação dobrou para oito e os profissionais ganharam uma nova sala de conforto médico.O novo Centro Cirúrgico ganhou mais agilidade

aos agendamentos e atendimentos urgentes, além de proporcionar um novo e agradável local aos pa-cientes. A instituição também reformou mais dois apartamentos no 4º andar, com moderna infraes-trutura, equipamentos e mobiliário, totalizando 242 leitos. Todo esse partido arquitetônico do prédio foi

proposto pela Verzino Arquitetura que juntamente com as demandas da engenharia desenvolveram

Estrutura da cobertura do 5º pavimento Estrutura da cobertura do 4º pavimento

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os projetos de estrutura metálica para o auditório, pele de vidro, escadas, coberturas, plataforma, entre outros espaços. A Construtora Borá, em parceria com

Intermetal Construções Metálicas (fa-bricação) e SoluTEC Engenharia de Estruturas (projeto), durante todo o processo de ampliação estiveram inte-gradas, buscando soluções inteligen-tes conjuntas que não comprometes-sem o resultado final esperado. “A escolha do aço para as estruturas

do Hospital São Cristóvão foi funda-mental para o sucesso desta amplia-ção. O aço atendeu muito bem a obra em todos os aspectos, de maneira po-sitiva e insubstituível”, afirma o enge-nheiro Flávio Gaiga, da SoluTEC Enge-nharia de Estruturas. A redução das cargas devido ao me-

nor peso das estruturas e sistemas de piso viabilizou a criação de um núme-ro maior de pavimentos no hospital, possibilitando neste caso ampliação da área útil. Isso tudo aliado à expec-tativa em atender a uma proposta de arquitetura arrojada que desde o iní-cio foi planejada para que fosse exe-cutada em aço.“Este modelo de empreendimento

exige agilidade na execução. Neste caso, a utilização do aço vem suprir esta demanda. Com o aço diminuímos a quantidade de resíduos se for com-parado com os sistemas estruturais convencionais”, afirma Gaiga. O maior desafio no processo de mon-

tagem das estruturas nestas obra foi a compatibilização entre a edificação de concreto existente e as novas edifi-cação em estruturas metálicas. Por se tratar de uma reforma/ampliação to-das as estruturas de concreto existen-

Içamento de peças com a grua

Elevador do HSC

Estrutura do piso do 5º pavimento

Montagem do elevador do HSC

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DNA DAS ESTRUTURAS METÁLICASQuando se fala em fabricação de estru-

turas metálicas é preciso focar nos pro-cessos produtivos e condições encontra-das em campo para montagem, analisar todas as interferências e problemas que possam ocorrer durante a fase de monta-gem. Todas as obras têm suas particulari-dades e cabe aos engenheiros responsá-veis definir quais os melhores critérios a serem aplicados em cada obra.

As estruturas metálicas pré-fabricadas em ambiente industrial e montadas pos-teriormente em campo utilizam parafu-sos para montagem entre as peças e garantem a precisão das medidas e con-troles de qualidade idealizadas duran-te a fase de projeto, agilizando assim a montagem em campo gastando-se me-nos recurso com mobilização, alugueis de equipamento, estadias de funcioná-rios, transporte, etc.

A principal matéria-prima das estru-turas metálicas brasileiras é o aço car-bono. Esse material pode ser moldado em diversas seções transversais como U, L e I, e já vem prontos diretamente dos fornecedores em barras de 6 ou 12 me-tros, o que gera uma enorme gama de perfis disponíveis para serem aplicados nas mais diversas áreas da engenharia.

Como as matérias-primas já vem pron-tas da usina, todos os materiais que são empregados na fabricação/montagem das estruturas metálicas têm que ser fa-bricados/concebidos de acordo com as normas brasileiras em vigor.

“Todos os elementos passam por di-versos testes de qualidade a fim de ga-rantir que o produto especificado e ven-dido pelos diversos fornecedores para as obras estejam de acordo com os cri-térios definidos na época de fabricação, sejam eles eletrodos, perfis, parafusos, tintas, entre outros”, explica Gaiga.

tes tiveram que ser levantadas e catalogadas em projetos.“Nossa premissa de montagem era garantir uma perfeita in-

dustrialização das peças metálicas para evitar desperdícios em horas de retrabalho/mobilização de nosso time de montagem. Todo processo evitou ao máximo ajustar peças previamente en-viadas para montagem”, comenta o engenheiro Raphael Kozi-koski, da Construtora Borá e da Intermetal.

Raphael Netto Kozikoski, Engenheiro

Painel wall do piso do 4º pavimento

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Para viabilizar toda essa logística foi preciso alocar uma experiente equipe de engenharia e topografia em cam-po, anteriormente, ao processo de industrialização para realizar esses levantamentos e, assim, garantir que to-das as peças chegariam na obra em perfeitas condições de montagem. “Nosso time de engenharia se dedicou aproximadamente 1 mês em levantar todas as possíveis interferências.”

Outra grande dificuldade foi montar a obra em con-junto com o funcionamento do hospital, em que foram registradas várias preocupações com ruídos e horários pré-determinados para a execução dos trabalhos, que ti-nham que ser executados rapidamente para minimizar ao máximo as operações de funcionamento da instituição.

Todas as peças foram fabricadas na medida confor-me especificações de projeto e controle de qualidade da Intermetal, em Poços de Caldas (MG). O material foi despachado através de caminhão para o Hospital São Cristóvão e, consequentemente, montadas pela Cons-trutora Borá.

Toda a instalação das peças metálicas nas vigas ou pila-res de concreto foi concebida através de fixação química com a utilização de chumbadores que garante a perfeita ancoragem entre os elementos metálicos e concreto.

“Contamos também com a utilização de duas Gruas com capacidade de carga de 1 tonelada cada e com raio de atuação de 20 metros, que garantiu a montagem das peças metálicas e viabilização dos cronogramas preesta-belecidos pela instituição”, acrescenta Kozikoski.

Logística com as estruturas

“Com a utilização do aço atuando isoladamente ou em conjunto com outros materiais, como as estruturas denominadas mistas de aço e concreto, obtém-se um ganho considerável em prazo e controle de qualidade.” Flávio Gaiga, Engenheiro da SoluTEC Engenharia de Estruturas

IEP Dona Cica - Montagem da estrutura

IEP Dona Cica - Estrutura da cobertura sobre a laje

IEP Dona Cica - Montagem da estrura do 3º pavimento

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Ampliações do hospital executadas em estruturas metálicas:• Para as ampliações internas do Hospital; • Estruturas com cobertura para os novos leitos;• Nova torre de elevador contemplado 2 subsolos e mais 5 pavimentos; • Ampliação do subsolo, pavimento térreo ao quinto pavimentos. Todos os pisos foram executados em painel wall para alivio das sobrecargas;• Cobertura em estrutura metálica do quarto e quinto pavimento;• Plataforma de acesso a casa de máquinas da torre do elevador;• Para o instituto de ensino e pesquisa, IEP – Dona Cica;• Cabine elétrica primária;• Laje do segundo pavimento;• Laje do terceiro pavimento;• Cobertura sobre laje do terceiro pavimento;• Escadas de acesso do térreo ao terceiro pavimento;• Cobertura da Área Gourmet;• Fachada para recebimento da pele de vidro.

Daniel Kozikoski,Engenheiro

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Longe de parecer um consultório tradicional, Clínica Growing Up ganha layouts inovadores

Do sonho à realidade

Cores vibrantes e elementos únicos. São com esses dois fatores que o inovador projeto de arquitetura da Clínica Growing UP cativa diaria-mente os novos pacientes que são acolhidos na

unidade por 18 profissionais multidisciplinares. Especia-lizado em atender crianças e adolescentes de zero a 21 anos, o local foi minuciosamente estudado para que o novo layout abrangesse em 105 m² três salas amplas, dois banheiros, copa e uma espaçosa recepção compos-ta por três diferentes ambientes.

O projeto desenvolvido pela DABUS ARQUITETURA trans-formou a Growing UP na menina dos olhos de Ruth Rocha Franco, médica e sócia-diretora da instituição. “Conseguir transformar minha ideia em realidade e ter a certeza de uma decoração aconchegante e inovadora só me faz acreditar em ter a DABUS ARQUITETURA como a escolha certa. Não há cliente que não se encante com o resultado”, considera.

Para a executiva, o conceito do projeto vai muito além do atendimento humanizado e multiprofissional, é preci-so um desenho descontraído que não remeta o ambien-te a um consultório tradicional.

A DABUS ARQUITETURA acatou a exigência ao criar

espaços praticamente sem corredores, onde a recep-ção encontra-se localizada no centro da clínica com um painel perfurado que dá certa transparência para o Cyber Espaço, local de-senvolvido especialmente para os adolescentes que aguardam atendimento com privacidade privilegia-da. “Sem a equipe de arqui-tetos nada disso teria sido possível”, diz Ruth ao res-saltar que esses profissio-nais também criaram dife-rentes espaços, cores vivas e bancadas de iPad com suportes divertidos, além de paredes revestidas em vinílico e quadros coloridos para entreter as crianças.

“Desenvolver um projeto para pacientes de diferen-tes idades e que acolhesse de forma adequada as fai-xas etárias totalmente dis-tintas foi um desafio para a nossa equipe. Para isso criamos um espaço lúdico para as crianças mais novas e um ambiente cyber que privilegia a privacidade dos adolescentes enquanto es-peram para serem atendi-dos”, revela Heloisa Dabus, da DABUS ARQUITETURA.

A sócia-diretora da Gro-wing Up, Ruth, confirma: “Ir ao pediatra ficou mais prazeroso. Muitas crianças ao terminarem a consul-ta não querem ir embora, eles gostam de estar aqui.”

Growing Up - Área Interna

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A ideia do projeto não se limitou a ambientação acolhedora, divertida e adequada as idades dos frequentado-res, além de conforto térmico. O plano posto em prática também conta com acesso a portadores de necessidades especiais, aplicando o conceito do de-senho universal. O consultório tem vãos de porta com abertura capaz de facilitar a passagem de cadeiras de rodas.

Mais além, o mobiliário com design leve e reforço duplo foram projetados para suportar o peso de adolescentes de até 220 kg, já que a especialidade da clínica é obesidade infantil. “Este foi outro desafio lançado pela Growing UP e vencido pela nossa equipe”, des-creve Heloisa.

A inclusão e a acessibilidade eram prioridades do projeto, que proporcio-na de forma adequada e segura uma experiência inusitada capaz de instigar a curiosidade das crianças.

Com design de interiores exclusivo, os consultórios contam com paredes de drywall e tratamento acústico que garante a confidencialidade de cada consulta.

Desenho universal

A Growing Up é uma clínica de especialidades pediátricas que atende desde crianças recém-nascidas até adolescentes próximos da idade adulta. Localizada na Vila Leopoldina, na cidade de São Paulo, a unidade abriu as portas em novem-bro de 2015 e teve a obra do seu projeto arquitetônico rea-lizada pela DABY SERVICES e concluída em etapa única, com duração de 45 dias.

Growing Up - Área Lúdica

Growing Up - Recepção

Ficha TécnicaNome do empreendimento: Clinica Pediátrica Growing UpEndereço: Av. Imperiatriz Leopoldina, 1248 – Helbor Offices – sala: 310,311 e 312 – São Paulo – Bairro Vila LeopoldinaData do Projeto: 18-05-15Obra: 05-06-15Área do terreno: 102 m²Área total construída: 105 m²Nº pavimentos: 1Nº consultórios: 3Adicional (áreas de apoio, salas de treinamento ...): sala de multimídia para adolescentes, brinquedoteca para crianças, área de café para os adultos, WC comum e PNE, Copa.

“Desenvolver um projeto para pacientes de diferentes idades e que acolhesse de forma adequa-da as faixas etárias totalmente distintas foi um desafio vencido pela nossa equipe.” Heloisa Dabus, DABUS ARQUITETURA

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A Clínica Growing Up oferece atendimento pediátrico nas seguintes especialidades: endocrinologia, cardiolo-gia, pneumologia, alergista, neurologia, gastroenterolo-gia e cirurgia. Profissionais nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, neuropsicólogos e personal Kids também fazem parte do corpo clínico da unidade.

“São diversas as vantagens de ser cliente da Growing UP, entre elas a de estar em um único local e poder receber os mais variados atendimentos, o que facilita e reduz o tempo gasto no deslocamento para diferentes consultas”, consi-dera Ruth Franco. Além do atendimento médico a clínica realiza exames de ecocardiograma e bioimpedanciometria.

Com o novo projeto arquitetônico não são apenas os pacientes que ganham, mas também os profissionais en-volvidos no atendimento das crianças. Segundo a mé-dica, a maior vantagem para o corpo clínico é a rápida e

Vantagem em mão duplaeficiente troca de informa-ções entre os profissionais, garantia de um atendi-mento preciso.

A iluminação é outra vantagem para quem visi-ta a Growing UP, que dis-põe de luz natural devido aos vários vãos de janela dos três conjuntos que compõe a clínica. Na área lúdica da recepção foram usadas luminárias penden-tes e robustas com forma orgânica que transmitem a sensação de imersão em

um espaço cenográfico. Os demais ambientes foram iluminados com lâmpadas em LED. “Visamos a efici-ência energética e preve-mos louças e metais eco-nomizadores.”

A escolha de cada item da ambientação e revesti-mentos da clínica foi pen-sada cuidadosamente. “O resultado foi o mais po-sitivo possível. Médicos, pais e pacientes elogiam o projeto”, conclui Heloisa Dabus.

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Projeto da Growing Up

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Não existe dúvida de que os hospi-tais estão entre as edificações

mais complexas e dinâmi-cas, e que mais sofrem com constantes mudanças, seja na forma de readequações ou ampliações. Esta realida-de, observada em quase to-dos os tipos de edifícios de saúde, faz com que concei-tos como expansibilidade, acessibilidade, flexibilidade, modularidade e sustenta-bilidade tenham que ser incorporados a todos os projetos, desde a fase de planejamento inicial. Além destes conceitos, a grande tendência atual é a adoção das recomendações proje-tuais advindas dos estudos científicos, o que se conven-cionou chamar design ba-seado em evidências (DBE), que pode ser resumido como a utilização criteriosa

Congresso da ABDEH: em busca da criatividade e da inovação na arquitetura da saúde

Marcio Nascimento de OliveiraProf. Arq. Msc. e Presidente da ABDEH

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das evidências advindas da pesquisa nas decisões do projeto. Também é impor-tante reconhecer que a hu-manização dos ambientes, com foco tanto nos pacien-tes quanto nos trabalha-dores, passou a ser consi-derada uma característica fundamental em todos os novos projetos.

Com o tema “Ambientes de saúde: caminhos para a criatividade e inovação”, o próximo congresso da ABDEH, a ser realizado em setembro de 2016, em Sal-vador (BA), propõe uma importante e atual refle-xão acerca das estratégias necessárias para a melhor utilização dos recursos dis-poníveis, visando a melhor qualidade da assistência destinada a toda a popu-lação. Trata-se da sétima edição do mais importante evento nacional sobre as

edificações de saúde, um encontro que mobiliza pro-fissionais, pesquisadores e interessados na qualidade dos ambientes de saúde, possibilitando a troca de ex-periências e conhecimentos.

Para contextualizar a importância deste even-to, é importante voltar à ocasião do primeiro Con-gresso da associação, que aconteceu em Salvador, em 2004, quando um ain-da pequeno grupo de profissionais se uniu para concretizar um dos sonhos da ainda jovem associa-ção, que então completava uma década de existência. Naquela edição ficou clara a importância da realiza-ção deste tipo de encontro para o desenvolvimento da área. O segundo CB-DEH, que aconteceu em agosto de 2006, no Rio de Janeiro, cresceu visi-

velmente em importância e participação, contando com a presença de apro-ximadamente 200 pessoas, com destaque para as pre-senças do Dr. José Carlos Abrahão, então Presidente da Confederação Nacio-nal de Saúde (CNS), do Dr. Claudio Maierovitch, que era o Diretor da Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária (ANVISA), além do renomado arquiteto João Filgueira Lima, o Lelé, res-ponsável pelos projetos da rede Sarah de Hospitais. O terceiro congresso da ABDEH foi realizado em agosto de 2008 em Por-to Alegre (RS), escolhida pelo reconhecimento da importância que o Estado passou a ter no cenário na-cional, tanto na produção quando no pensamento relacionado aos ambientes de saúde. O evento contou

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com mais de 300 partici-pantes e incluiu visitas téc-nicas aos melhores hospi-tais da cidade, tais como o Moinhos de Vento, Mãe de Deus, Divina Providência e a Santa Casa de Miseri-córdia. Pela primeira vez, o evento contou com as par-ticipações de palestrantes internacionais, iniciando um ciclo de internaciona-lização e integração com os países integrantes da Federação Internacional de Engenharia Hospitalar, a IFHE. Realizado em Bra-sília em abril de 2010, o IV Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar também apresentou crescimento em participação. Durante o evento foram realizadas visitas aos melhores hos-pitais da cidade, com o Anchieta, Hospital de Base e Hospital do Coração do Brasil, contando com a participação de aproxima-damente 100 pessoas. A

conferência de abertura foi proferida pelo renomado Dr. Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da ANVISA, ex-secretário de saúde da cidade de São Paulo e di-retor do Hospital Sírio Li-banês. Durante os três dias de congresso passaram pelos salões do congres-so aproximadamente 500 pessoas e por lá circularam pessoas de praticamente todos os estados e tam-bém da Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Paraguai, Colômbia e República Do-minicana, consolidando o evento da ABDEH como um grande encontro lati-no-americano.

O quinto congresso da ABDEH foi realizado em São Paulo, em setembro de 2012, e reuniu mais de 400 profissionais de diver-sas áreas de atuação no planejamento, construção e gestão de edifícios de saúde, entre arquitetos, engenheiros, administra-

dores hospitalares, médi-cos, enfermeiros, desig-ners e outros. O evento incluiu visitas técnicas no Hospital Alemão Oswal-do Cruz, Paulistano Amil, Sírio-Libanês, Unidade São José da Beneficência Por-tuguesa e Vitória Amil e contou com conferências de conceituados profissio-nais e pesquisadores, tais como o italiano Romano Del Nord e o brasileiro Sie-gbert Zanettini. Este even-to ficou na memória tam-bém por uma importante ausência, da renomada designer norte-americana Jain Malkin, que, convida-da, chegou a vir ao Brasil, porém se adoentou e infe-lizmente não pôde partici-par do evento.

O último Congresso Bra-sileiro para o Desenvolvi-mento do Edifício Hospita-lar foi realizado em agosto de 2014 em Florianópolis. Com o tema “Excelência em Ambientes de Saúde:

experiências e evidências”, o evento contou com um público de aproximada-mente 500 pessoas, que puderam conferir exce-lentes conferências e pa-lestras, sobre temas como iluminação, cor, acústica, eficiência energética e er-gonomia. As conferências incluíram ainda as parti-cipações dos suecos Alan DIlani e Göran Lindahl, além do renomado arqui-teto argentino Mario Co-rea e do italiano Mattia At-zeni, além dos brasileiros Roberto Lamberts, Flavio Kelner e Salim Lamha.

Em 2016, o CBdEh retor-nará ao local da realização de sua primeira edição, buscando consolidar a atuação da ABDEH como a mais importante associa-ção de profissionais liga-dos à arquitetura e enge-nharia da saúde no Brasil. Convidamos todos os inte-ressados a participar deste importante evento!

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Qualidade que não se medeInfraestrutura da UTI do Hospital Israelita Albert Einstein oferece ao paciente um alto padrão de segurança

Motivos não faltam para que a infraestrutura do Hospital Israelita Albert Einstein ganhe destaque no rol das instituições referências do mundo. A Unidade de Terapia Intensiva

do hospital com certeza é um dos setores que contribuiu para que o HIAE conquistasse o 1º lugar no Ranking dos Melhores Hospitais da América Latina promovido pela Revista América Economía Intelligence.Essa premissa de proporcionar uma estrutura de ponta

ao paciente é confirmada pelo Gerente Médico da UTI da instituição, Guilherme Schittino. “Um dos nossos diferen-ciais é a visita liberada na UTI por parte de acompanhantes dos pacientes. Os quartos são totalmente individualizados. Nossos leitos contam não apenas com a cama, mas tam-bém com todos os equipamentos necessários”, afirma.Na UTI do Einstein, tanto os profissionais de saúde

quanto os familiares dos pacientes contam com todo o suporte de pias para higienizar as mãos. As divisórias dos leitos utilizam vidros em box anti-infecção. Além disso, possui banheiro completo e também televisão

para cada paciente.Outro destaque deste

local do hospital são as barras de apoio que con-tam com alto padrão de qualidade sob o desenvol-vimento da Crismoe. “Os critérios de avaliação de fornecedores do Einstein são absolutamente rigo-rosos. Acredito que fomos escolhidos por estarmos tecnicamente preparados e, ainda, por sermos o primeiro fabricante desse acessório no Brasil”, consi-dera Sérgio Antonio Moe-lin, Diretor da Crismoe.A pedidos do hIAE, a em-

presa também desenvol-

veu itens como puxadores, porta-soro fixo para pare-de, chapas de puxadores com trava de interdição, barras de apoio especiais, etc. “É sempre um desafio quando precisamos de-senvolver algum acessório para aplicação hospitalar”, afirma Sérgio.Todos os produtos de-

senvolvidos para a institui-ção, assim que projetados, têm protótipos construí-dos e testados na fábrica da Crismoe e, em seguida, são enviados ao Comitê de Enfermeiras-Chefes do Einstein para aprovação. “Tomamos os devidos

UTI do Albert Einstein Foto

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cuidados no desenvolvimento de cada produto. Estamos sempre atentos às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas [ABNT], nas matérias-primas utilizadas e, principalmente, na segurança desde o projeto”, diz Moelin.

A alta qualidade dos produtos Crismoe aliada ao com-prometimento e a customização para soluções de possíveis problemas conquistaram o coração do Hospital Israelita Al-bert Einstein. São mais de 10 anos de parceria que favorece variadas áreas da instituição, com diversos produtos.

Presente nas recentes obras de expansão do hospital, a Crismoe relembra que tudo começou com um pedido de barras de apoio para pessoas com dificuldades de locomoção.

A partir da primeira oportunidade, a Crismoe granjeou confiança, não só por parte da engenharia e especificado-res do Einstein, como também das empresas encarregadas das obras de expansão do hospital.

Conquista garantida

PARCERIA DE DESTAQUEA Crismoe nem imaginava o quão longe a parceria com

o Hospital Israelita Albert Einstein iria. Em 2005, a área de engenharia da empresa foi acionada para desenvolver o protótipo de um produto que viria a ser chamado de Abra-ço Seguro – um sistema de trava de segurança para a barra de apoio instalada nos banheiros.

“Alteradas algumas medidas para se adaptar aos toa-letes, o produto recebeu total aprovação. Mais do que isso, o hospital nos propôs uma parceria: a instituição patentearia o Abraço Seguro e passaria a indicá-lo a ou-tros hospitais e a Crismoe seria a única empresa a fabri-car o produto”, conta Moelin.

Dois anos depois, o Abraço Seguro rendeu ao hospi-tal o prêmio SIEN de inovação tecnológica. “O produto também foi apresentado em Paris [França], num con-gresso internacional com representantes de mais de 50 países”, afirma.

Os produtos da Crismoe são especificados para to-dos os retrofits, obras novas e indicações para outros hospitais. Além do Einstein, a empresa também atende os hospitais Sírio-libanês, Oswaldo Cruz, Santa Catarina, Santa Joana, São Camilo, São Luiz, Mater Dei, Menino Jesus, São José, Nove de Julho, entre outros.

Oneself abraço seguro

Oneself barra de apoio

Oneself barra de apoio angular

Oneself barra de apoio reta

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Sofisticação nos espaçosSistema de climatização do Hospital Mater Dei se tornareferência por colaborar na economia de energia elétrica

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O ar condicionado está deixando de ser o gran-de vilão do consumo de energia e está pas-

sando a contribuir com a redução de despesas em diversos ambien-tes de saúde. Isso ocorre, pois, os atuais sistemas de ar contam com avançadas tecnologias, evitando altos custos de energia.Os aparelhos de ponta podem

ser associados à automação pre-dial, permitindo não só o controle da temperatura, como também o uso para outras funções, tal como gerar água quente a partir do ca-lor rejeitado do ar condicionado para as áreas de banhos, cozinha, lavanderias. A relevância dessa es-trutura em hospitais é do conhe-cimento de todos, no entanto, é importante lembrar-se da necessi-dade de ter segurança na escolha.Um exemplo desse melhor uso

e aproveitamento do sistema de climatização pode ser observado no hospital Mater dei - Contorno, com 67 mil m² de área, inaugura-do no ano passado, em Belo ho-rizonte. A instituição passou a ter um sistema de ar condicionado de alta tecnologia que visa con-forto, qualidade do ar, segurança, saúde e consciência ambiental. Todas as salas cirúrgicas e de

hemodinâmica híbrida possuem agora climatizadores com filtra-gem absoluta do ar e difusão por fluxo laminar, mantendo a perfei-ta qualidade do ar para os pro-cedimentos cirúrgicos mais com-plexos. O sistema tem quase 2 mil toneladas de refrigeração e conta com uma central de água gelada,

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composta de chilhers com gás ecológico e recuperado-res de calor, que auxiliam no aquecimento da água de banhos, lavanderia e cozinha, proporcionando grande economia de energia ao empreendimento. “O difícil, ao construir uma edificação deste porte, é

escolher o fornecedor certo. Escolher uma empresa de climatização pode ser um problema para muitos, mas para nós foi fácil, pois conhecemos a JAM Engenharia e sua capacidade e competência. Escolhemos essa empre-sa pela seriedade, pela disponibilidade para assistência e pela qualidade do serviço que ela realiza”, afirma Dr. José Salvador Silva , Diretor Presidente do Mater Dei. A superintendente de infraestrutura e tecnologia da in-

formação da Rede Mater Dei de Saúde, Rafaela França, completa ao dizer que “a qualidade, o conforto e a segu-rança dos clientes e colaboradores são norteadores do trabalho da instituição.”O Diretor da JAM Engenharia, Joel Ayres da Motta Filho,

afirma que o desenvolvimento da climatização do Mater Dei precisou de uma avaliação do sistema idealizado e de suas condições de atendimento. “Sugerimos quais se-riam os equipamentos que garantem melhor resultado, com grande eficiência a um custo benefício mais favorá-vel para o cliente. Isso significa que temos uma grande parceria tanto com projetistas como com os empreen-dedores”, explica. Joel conta que na instituição a sua equipe atuou desde o

começo em parceria com a empresa que projetou a clima-tização. “Isso foi um ganho para a obra no contexto geral de economia de tempo e valores. O sistema do Mater Dei, por exemplo, é dotado de recuperador de calor, que faz o pré-aquecimento da água do chuveiro de banho, auxi-liando assim na economia de energia elétrica”, acrescenta.O trabalho desenvolvido no Mater Dei foi especializado na

área de TMO (Transplante de Medula Óssea), resultando na melhor área de transplante de medula óssea do Brasil. Fo-ram desenvolvidos, através de parcerias com as empresas TROX e Somitec, equipamentos e sistemas que atendem ao nível máximo de limpeza e seguranças de esterilidade sem comprometer a vulnerabilidade do paciente. “Tudo nesta obra foi realizado com bastante tranquili-

dade, pois trabalhar para o Mater Dei se resume em ga-nhar como empresa, como pessoa e como profissional. As reuniões são orquestradas por um médico que, apesar

CONSOLIDAÇÃO NO MERCADOA JAM Engenharia se orienta pela filosofia

da qualidade de vida e do bem-estar social. Nesse contexto, promove a execução de sis-temas de climatização prezando pelo cuida-do nos mais variados ambientes. A qualidade dos serviços da empresa é aferida regular-mente em auditoria técnica, o que faz com que a JAM mantenha o certificado ISO 9001 há vários anos. Administrada com conceitos modernos de gestão empresarial, a parti-cipação dos colaboradores nos projetos da empresa e dos clientes é valorizada com o aprimoramento constante da qualificação e do melhor relacionamento.

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de ser um ginecologista obstetra, é um generalista em administrar pessoas. Com seu bom senso e liderança, Dr. Salvador intui todos os especialistas de uma obra fazen-do com que a experiência de cada um se entrelace em prol da qualidade da obra do hospital. Todos opinam em todas as áreas e ele, com uma habilidade única, faz a tria-gem do melhor, sempre zelando pela qualidade e pelo que há de mais moderno para seus pacientes. A preocu-pação com a longevidade do serviço e garantia de fun-cionamento, faz o com que ele mande refazer qualquer serviço até que o mesmo esteja nos padrões do Mater Dei”, comenta o diretor da JAM.Para Joel, um importante diferencial do sistema de cli-

matização em hospitais é o cuidado e a atenção em es-colher equipamentos que possam manter o nível alto de filtragem de ar e um eficiente controle de pressão para as áreas de risco de contaminação. Caso a temperatura externa esteja muito alta, o hospital tem uma conside-rável margem de segurança para continuar dando con-forto e segurança aos seus pacientes e funcionários sem onerar a conta de energia”, finaliza Joel.

“Um importante diferencial do sistema de climatização em hospitais é o cuidado e a atenção em escolher equi-pamentos que possam man-ter o nível alto de filtragem de ar e um eficiente controle de pressão para as áreas de risco de contaminação.” Joel Ayres da Motta Filho,

diretor da JAM Engenharia de Ar Condicionado.

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Possibilidades já existem para melhorar a vida e a recuperação de pacientes

O design a favor da saúde

Batizado de Patient Room 2020, em português Quarto do Paciente 2020, a NXT Health – organização sem fins lucrativos – em parceria com a DuPont™ Co-rian®, criou o que deve ser o projeto do quarto do

futuro em hospitais. O ambiente traz as últimas tecnologias implementadas para atender as necessidades e dar mais co-modidade e rapidez à recuperação de pacientes. A ideia é proporcionar conforto, inclusive emocional, num momento em que o paciente se encontra abalado e fazê-lo sentir-se em casa ou mesmo em um hotel, e não em um hospital.

Corian® é o material predominante em todo o projeto,

isso porque sua constitui-ção é ideal para áreas que precisam de total assepsia, como hospitais. Com foco na higiene, todo o design do quarto é integrado para evitar cantos, prevenindo o acúmulo de sujeiras. A não porosidade do produ-to evita o desenvolvimen-to de fungos e bactérias

e, consequentemente, a proliferação de doenças. Corian® não retém odores e, por ter seus cantos arre-dondados, a higienização é ainda melhor. Além disso, a sensação tátil acetinada proporcionada pelo pro-duto traz conforto térmico ao ambiente, humanizando muito mais o espaço.

Patient Room 2020 no estúdio de design do DuPont™ Corian® em Nova York

Hospitais do futuro

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A alta tecnologia agregada ao ambiente, que visa agilizar, prin-cipalmente, as necessidades diárias, das mais comuns até as mais delicadas de um paciente, criou uma estrutura em volta da cama no Patient Room 2020 – chamada de Ribbon Patient – no qual ele pode controlar as luzes, o som e a temperatura.

Já que uma das propostas desse projeto é oferecer maior bem--estar possível, a mesa para alimentação também foi pensada para ser algo inovador e funcional. Por isso, ela possui uma espécie de computador no qual o paciente pode chamar os enfermeiros ou até mesmo se distrair com jogos. Outro destaque do Patient Room 2020 é o controle à higienização de todos que adentrem ao quarto. Uma luz vermelha se acende e, em frente à porta, há uma pia na qual deve ser feita a higienização correta. Só após a desinfecção, é que a luz se apaga e se pode entrar no quarto.

O banheiro, desenvolvido sob o conceito de casa de banho, é

Ambientes extremamente estressantes e, muitas vezes, adversos, provocam doenças dos músculos e taxas elevadas de exaustão aos profissionais clínicos. O projeto funcio-nal Patient Room 2020 surge para solucionar as demandas de desafios enfrentados pelos cuidadores nos ambientes de saúde como a falta de segurança no local de trabalho e os processos ineficientes.

Essa nova plataforma tem como finalidade a prevenção de lesões relacionadas ao am-biente de trabalho. Com este novo conceito, a Área do Paciente passa a contar com um sis-tema integrado de elevação (anexado ao pai-nel na cabeceira do leito) que pode ser usado para auxiliar os cuidadores durante as ativida-des de rotação e transporte do paciente com mínimo esforço físico.

Além disso, esta inovação conta com um painel na cabeceira do leito que possui pon-tos para montagem de organizadores dos tubos médicos, ajudando a minimizar os ris-cos durante os deslocamentos. Os espaços suspensos no painel da cabeceira podem ser movidos em uma faixa ergonômica através de um mecanismo de elevação, eliminando extensões complicadas.

Outra inovação deste modelo é o seu piso emborrachado, que serve de amortecedor para os cuidadores, minimizando o estresse fí-sico decorrente de longos períodos em pé.

Soluções para os profissionais de saúde

Área de banho com portas deslizantes e barras de segurança

adaptado com portas deslizantes para faci-litar o acesso do paciente e dos cuidadores. Desse modo, reduz o risco de lesões tanto para os profissionais quanto para o doente e possibilita que sejam aplicadas todas as assistências necessárias. Não há obstáculos entre a cama e o banheiro e, a fim de pro-porcionar uma passagem segura, contínuas barras de apoio se estendem da cabeceira até o vaso sanitário e chuveiro.

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riode

sign O Patient Room 2020 é um projeto de de-

sign colaborativo para a próxima geração de quartos de internação que busca aprimorar a experiência do paciente e elevar o desem-penho dos técnicos de saúde. O protótipo de 36 m², exposto no Corian® Design Stu-dio em Nova York, conta com cinco compo-nentes fundamentais do projeto conceitual, entre eles a Área do Paciente, Acessórios de Apoio, Banheiro Aberto, Estação de Trabalho e Central de Cuidados.

Área do Paciente: reúne muitos dos dife-rentes elementos comumente encontrados em ambientes da área de saúde em uma solução única de design, simples e centrada no paciente, que engloba itens da cabeceira aos pés do leito.

Acessórios de Apoio: combina dois ele-mentos, uma mesinha que pode ser trazida sobre a cama e um tablet sensível ao toque, que formam uma única peça de mobília mó-vel para ser utilizada em um amplo conjunto de situações.

Banheiro Aberto: conceito de banheiro adaptável com um sistema de porta desli-zante que pode ser reconfigurado de acordo com as necessidades do paciente.

Estação de Trabalho: estação de traba-lho com luzes indicativas para lavar as mãos, acessórios escondidos e compartimento.

Central de Cuidados: área de trabalho ao lado do leito com tecnologias incorporadas, higienização simulada por luz UV e estações para recarga de dispositivos sem fio.

A área de higienização contém luzes que alertam médicos e enfermeiros para uma correta desinfecção

Tecnologia, design e conforto alinhados para a recuperação do paciente

Essa nova plataforma tem como finalidade a prevenção de lesões relacionadas ao ambiente de trabalho. Com este novo conceito, a Área do Paciente passa a contar com um sistema integra-do de elevação (anexado ao painel na cabeceira do leito) que pode ser usado para auxiliar os cui-dadores durante as atividades de rotação e trans-porte do paciente com mínimo esforço físico.

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ARQ DestaquePerfil

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“Quero continuar contribuindo com ideias e ações para fazer o outro se sentir melhor quando usar os ambientes de saúde.”

As curiosidades de Lauro Miquelin

É quase que impossível falar em arquitetu-ra da saúde no Brasil e não mencionar o trabalho precursor de Lauro Miquelin, de 56 anos, Sócio Fundador da L+M. Esse

destaque não é por acaso. A história do arqui-teto com a profissão já ultrapassa três décadas.Entre 1985 e 1986, Miquelin percorreu pela In-

glaterra e estudou na Universidade de Bristol, a duas horas de Londres. Naquela época, o ar-quiteto tinha o costume de ir à capital britânica não apenas para ver a Rainha e passear, mas também para desenhar.A viagem para o continente europeu aconte-

ceu quando ele já atuava como Construtor – na verdade, realizava serviços de conservação pre-dial, com base nas experiências de construção que teve dos 16 aos 21 anos com o seu avô.“Esta foi uma viagem marcante, pela experiên-

cia de viver em outro País e pela chance de ape-nas estudar, já que comecei a trabalhar cedo. As viagens pelo Brasil e América Latina a trabalho também têm sido muito estimulantes”, conta o arquiteto.Para Miquelin, as viagens com a sua família foram

sempre as mais alimentadoras para a sua energia de viver, seja as para Picinguaba (litoral paulista) ou para Seichelles, na África. O arquiteto também gosta de relembrar dos passeios em Caruaru, Ere-chim, Manaus, entre outras cidades brasileiras.Nas recordações de Miquelin, ao longo da

vida ele realizou mais de 3 mil pousos e decola-gens. Entre viagens de avião e carro, já percor-reu mais de 2,9 milhões de Km. “Teria dado para ir e voltar da Lua quatro vezes”, comenta.No que tange ao lazer, o consagrado arquite-

to, além apreciar um bom vinho, também gosta de andar de bicicleta. Essa atividade esportiva está presente no cotidiano de Miquelin há mais de 15 anos.Depois de conhecer um pouco destas particu-

laridades pessoais, a HealthARQ convida você, nas próximas linhas, a conhecer como este con-ceituado profissional avalia diversos temas liga-dos ao mercado de arquitetura para a saúde.

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Health

ARQ DestaquePerfil

HealthARQ: Quais foram os seus maiores desafios à frente da L+M?Lauro Miquelin: Empreender durante todas as instabi-

lidades econômicas que o Brasil atravessou nestes quase 30 anos, do Plano Cruzado ao catastrófico cenário atual. Entretanto, observo isso tudo como a grande oportu-nidade de descobrir e inventar um novo Brasil, um país melhor para minha geração e para nossos filhos e netos.

HealthARQ: Perto de completar 30 anos, quais são as maiores conquistas da L+M no mercado da saúde?Miquelin: No momento em que o leitor da HealthARQ

está lendo esta entrevista, quase 90 mil pessoas (pacien-tes, visitantes e acompanhantes, cuidadores, fornecedo-res) estão usando os ambientes criados, construídos e operados com conhecimentos que os profissionais da nossa empresa empregam.Contribuir para que estas pessoas possam se sentir

melhor, através das características dos ambientes e pro-cessos que criamos, e experimentar o pleno estado de bem-estar possível é a primeira maior conquista. Contribuir para a capacitação de arquitetos, engenhei-

ros, tecnólogos, administradores, designers e profissio-nais de saúde em geral. Assim é possível obter a melho-ria do padrão de produção, atendimento e eficácia da entrega da saúde, que é a nossa segunda grande con-quista.Promover um ambiente de inovação e experimentação

é a terceira conquista. Rir de nossas limitações é outro grande passo e isso ainda estamos aprendendo.

HealthARQ: Hoje, quais são os principais projetos da saúde assinados pelo seu escritório?Miquelin: Os conhecimentos e serviços da L+M são

usados em todo o ciclo de vida dos ambientes de saúde, da concepção do perfil de atendimento, passando pelo Design, Construção e Operação. Temos atendido todos os tipos de clientes, de todos os portes em todos os Es-tados brasileiros. São mais de 330 clientes.Os projetos para expansão do Sírio-Libanês (conjunto

de 190 mil m²) e a Gestão de Implantação do Hospital em Juruti, na beira do Amazonas, (40 leitos, 4,5 mil m²) são exemplos realizados em um mesmo Brasil, cheio de sotaques, necessidades e realidades.Os empreendimentos das operadoras de planos de

saúde de todos os tamanhos que temos projetado, construído e administrado têm nos ensinado muito so-bre custo total de propriedade. Os Centros Especializa-dos (500 a 2 mil m²) que temos concebido e implantado para médicos empreendedores são marcantes para nos-sa prática em um Brasil realizador. Os Hospitais (de 100 a 300 leitos) que ocupam papel rele-

vante em regiões fora do eixo praia e pizza (litoral e capital) nos ensinam fatores excepcionais sobre a gestão de escassez dos recursos do SUS e o sobre relacionamento com compra-dores das operadoras de planos de saúde e seguradoras. HealthARQ: Você foi eleito por três anos consecuti-

vos uma das 100 personalidades mais influentes do setor da saúde. Como você define o seu papel de lide-rança no mercado?

Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos - Projeto de Miquelin Hospital Comunitário Juruti - Projeto de Miquelin

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Miquelin: Fico extremamente honrado por ter meu nome mencionado como um líder. Sinceramente, não sei como definir o papel de liderança, pois eu não o per-sigo. Só sei que meu propósito como ser humano é “ser feliz comigo e com os outros”. E no espaço importante de minha vida que o trabalho ocupa, quero continuar empreendendo e juntando pessoas talentosas para en-tregar ambientes para o melhor estado de bem-estar possível para pacientes, visitantes, cuidadores, fornece-dores e demais usuários. Quero continuar contribuindo com ideias, conhecimentos e ações para fazer o outro se sentir melhor quando usar ambientes de saúde.

HealthARQ: Através de quais maneiras as cidades podem ensinar aos hospitais? Miquelin: As cidades existem para abrigar os seres hu-

manos nas suas aventuras, desejos, necessidades. Nas cidades, há que se criar espaços e sistemas para convi-vência de todas as tribos, funções, comportamentos. As cidades têm sistemas viários e de circulação. Necessitam de infraestrutura de água, esgoto, energia e combustíveis. Caso as cidades não administrem resíduos e poluentes do ar e da água, acabam aumentando as doenças.As cidades precisam de mecanismos regulatórios para

se edificar e realizar serviços de conservação e manuten-ção. Os edifícios e ambientes das cidades têm ciclo de vida. Há que, de tempos em tempos, renovar e recons-truir, sem paralisar as operações e circulações. As cida-des precisam funcionar e oferecer beleza, a um custo de operação que os cidadãos possam pagar.

HealthARQ: Como as instituições de saúde po-dem adequar fluxos e processos para melhorar serviços, tornando-se espaços mais agradáveis e acolhedores?Miquelin: A solução do espaço construído deve partir

da perfeita compreensão das funções necessárias para o cuidar e dos comportamentos humanos. As funções são desenhadas a partir da missão e esta compreen-são se traduz no design da operação. Este design é uma das premissas mais importantes para o layout e alimenta as soluções e características ambientais. Ser agradável e acolhedor não é o máximo. É o mínimo.

HealthARQ: O grande desafio dos hospitais é in-tegrar áreas, pessoas e serviços por meio da tec-nologia. Qual a importância de escolher a tecno-logia certa para o ambiente de saúde?Miquelin: Os softwares, os aplicativos e a infraestru-

tura de tecnologia somente fazem sentido e só contri-buem para o melhor estado de bem-estar possível se forem o suporte para uma entrega efetiva de saúde. As tecnologias são suporte para a administração de

uma quantidade cada vez maior de dados; quantida-de esta que não presta para nada se não gerar co-nhecimento. A Tecnologia de Informação e Comuni-cação, por si, não integra nada.Cabe aqui uma grande reflexão sobre esses avanços

tecnológicos, tais como: como equilibrar a atenção para ter mais momentos de felicidade? Como usar tecnologias para ser livre?

Projeto da Unimed Jaragua do Sul - feito pela LM

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ARQ DestaquePerfil

HealthARQ: Qual a importância de um projeto ter times multidisciplinares, capazes de cuidar além da arquitetura do hospital?Miquelin: Arquitetura hospitalar é o nome que da-

mos ao produto final, ao ambiente construído. Sem olhares múltiplos e focados no propósito da existência dos edifícios, não se faz arquitetura digna do nome.Um arquiteto que não concretiza sua criação em uma

obra e em uma montagem de ambiente, não prova do seu doce e do seu veneno. Um arquiteto que não en-frenta diariamente a realização da sua ideia, com pro-fissionais das demais áreas envolvidas na construção, montagem e operação, não sabe 10% do que deveria. Concretizar a criação, muitas e muitas vezes, é mais doloroso, mas, por outro lado, mais divertido do que ficar no mundo das ideias.

HealthARQ: Como você avalia o crescimento e in-vestimento da arquitetura da saúde diante do atual cenário desafiador em que se encontram a política e a economia do país?Miquelin: Consultoria, arquitetura, design e enge-

nharia são áreas de conhecimento que não afetam diretamente a sobrevivência do dia a dia dos com-pradores. O desafio é adaptar-se às necessidades do mercado.

HealthARQ: Qual a sua opinião em relação ao uso de animações em 3D para garantir excelentes flu-xos na edificação?Miquelin: As animações 3D possuem um bom as-

pecto para visualização do edifício. Serão cada vez mais usadas, face a queda de custos de produção. Os criadores também usarão cada vez mais as Impressões 3D para testes de forma e detalhes construtivos. HealthARQ: O que os brasileiros devem aprender

com a arquitetura da saúde de outros países? Miquelin: Os principais conceitos a aprender com

as experiências de arquitetura, engenharia e design para saúde realizadas em outros lugares são a padro-nização de Elementos Construtivos; as tecnologias de racionalização de construção e a cultura de especifi-

Lauro Miquelin • Arquiteto pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

• PhD pela Universidade de Bristol, Inglaterra, em Arquitetura de Edifícios de Saúde

• Autor de “Anatomia dos Edifícios Hospitalares” e contribuiu para o livro “UTIs Contemporâneas”

• Sócio fundador da L+M

cações baseada na análise do custo total de proprie-dade, e no ciclo de vida do ambiente e do material.

HealthARQ: Em 1992, você escreveu o livro Anato-mia dos Edifícios Hospitalares. Como é o seu con-tato com a literatura?Miquelin: Estou há anos escrevendo um Diário no

qual tenho feito anotações sobre pessoas que conhe-ci, edifícios, modos de operação, erros que cometi e aprendizados, comidas e bebidas. Eu escrevo para me divertir, sem ousar uma publicação.

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HUMANIZAÇÃO

Design moderno e conforto se destacamno novo PA da Unimed São José do Rio Preto

Investir em recursos pró-prios é uma tendência para as operadoras que buscam se manter nes-

te mercado competitivo. Contudo, para isso é preci-so oferecer qualidade para garantir satisfação. Uma prova disso é o trabalho

Funcionalidade conceitual

Futu

ro

desenvolvido pela Unimed São José do Rio Preto. Desde abril, a instituição passou a oferecer aos be-neficiários mais um serviço próprio, o Pronto Atendi-mento Adulto 24 horas. O local comprova o potencial e a aceitação dos clientes

que passaram a utilizar o espaço em grande fluxo para casos de urgência e emergência.

Instalado no Complexo de Saúde Unimed, o Pron-to Atendimento possui consultórios, recepções, leitos de observações de

emergência (até 12 horas), serviços complementares para diagnósticos de ur-gência e emergência com radiografia digital, tomo-grafia computadorizada, ultrassom, eletrocardio-grama, exames laborato-riais entre outros, além da

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confortável parte admi-nistrativa.

Elaborado pela Constru-tora Settimo BR em 2013, e executado entre janeiro de 2014 a março de 2015, o projeto consiste na obra como um todo. No pata-mar inicial, registra-se a demolição do prédio pré--existente onde funciona-va a parte de vacinação da Unimed e que poste-riormente foram erguidos três blocos, sendo blocos 1 e 2 composto de am-bientes hospitalares para atendimento aos usuários e o bloco 3 para estaciona-mento de veículos.

Nos primeiros meses da criação deste projeto, a Diretoria da Unimed ha-via solicitado à Construto-ra Settimo BR, um prédio totalmente voltado para Pronto Atendimento in-fantil e adulto. Assim, com base nessa premissa foi elaborada uma edificação focada na funcionalidade (sinergia), otimização de recursos (sustentabilida-de), modernidade (tecno-logia), sempre respeitando as normas técnicas de en-genharia civil e exigências da vigilância sanitária.

Dessa forma, o proje-to foi desenvolvido para atender aos usuários da melhor forma possível, dispondo de amplos cor-redores de circulação que permitem a integração entre os ambientes, salas de espera confortáveis e compatíveis com o volume

de atendimento, além três elevadores de maca, entre outros. “Do ponto de vis-ta arquitetônico, considero como destaque neste pré-dio o design futurístico da fachada”, acrescenta Ro-gério Araújo Spini, diretor operacional da Construto-ra Settimo BR.

Na avaliação do Engº Glauco Spini Júnior, Dire-tor-presidente da Constru-tora Settimo BR, o maior desafio do plano de obras deste edifício foi a integra-ção entre os ambientes para uma maior agilidade nos atendimentos. “Por se tratar de um grande hospi-tal de pronto atendimen-to, tivemos a preocupação de elaborar um layout de tal forma a proporcionar uma perfeita sinergia en-tre os profissionais da área médica, permitindo assim, uma sequência de proce-dimentos para otimizar o tempo de atendimento aos usuários.”

Em relação à tecnolo-gia, foram empregados no edifício materiais de última geração, por exemplo: uti-lização de fibra ótica na T.I. de todo o complexo. A exe-cução de toda a estrutura do prédio foi em concreto pré-moldado, o que per-mitiu rapidez e limpeza da obra. Outro atributo inova-dor da obra é que 80% das divisões dos ambientes fo-ram executados em painéis dry wall, o que proporcio-nou agilidade e economia de materiais básicos.

Alta procuraO presidente da Unimed São José do Rio

Preto, Miguel Zerati Filho, afirma que para este Pronto Atendimento se tornasse uma realidade a instituição contou com a ajuda de uma consultoria. “Este suporte contribuiu desde a contratação do corpo clínico que atua no local, até a elaboração de protocolos e treinamentos dos colaboradores”, ressalta.

Ao todo, até o início de outubro, foram rea-lizados 35.338 atendimentos no local; 79% da capacidade mensal máxima prevista, o que re-presenta uma média de 196 consultas por dia.

Esse grande fluxo revela claramente a impor-tância do novo serviço que garante não apenas a satisfação dos beneficiários, mas influencia todo Sistema de Saúde do município, pois já contribui para a redução do fluxo nas demais unidades de pronto atendimento da cidade.

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HUMANIZAÇÃOFu

turo

No que diz respeito às práticas sustentá-veis, a obra prezou pela racionalização de materiais, execução de uma caixa subterrâ-nea de 450 mil litros para coleta de águas pluviais, sistema de ar condicionado com racionalização de energia, renovação de ar ambiente, uso de gases mais limpos.

Além disso, houve o controle rígido da geração de entulhos durante a construção. O que sobrou da obra foi separado entre materiais recicláveis e reutilizáveis, buscan-do a eliminação do desperdício. Por sua vez, foram encaminhados para a central de entulhos da Prefeitura, conforme normas e diretrizes.

Quanto à iluminação, o projeto lumino-técnico foi terceirizado para profissionais da área, onde cada ambiente foi estudado para atender à quantidades de lumens necessá-rios para proporcionar conforto aos seus usuários. “Utilizamos luminárias LED e lâm-padas fluorescentes T5, que são os materiais disponíveis no mercado desse tipo que mais favorecem a economia de energia”, Bruno Araújo Spini, Diretor-administrativo finan-ceiro da Construtora Settimo BR.

Sustentabilidade

Três décadas de crescimento

Com mais de 30 anos no ramo da engenharia civil e mais de 2 milhões de metros quadrados de obras civis executados, a Construtora Settimo BR é uma empresa de engenharia de construções e projetos. Desde 2010, a companhia vem se especializando na elaboração de projetos e execução de obras da área médica como hospitais e clínicas. Para tanto, a empresa foca no treinamento do seu corpo técnico formado por engenheiros e arquitetos para a otimi-zação, não somente no cumprimento de todas exi-gências especiais dos órgãos públicos em relação a obras hospitalares, como também na funcionalidade dos ambientes para melhor atender aos profissio-nais que nele atuam e seus usuários, unindo eficiên-cia, tecnologia e conforto.

Nesta obra do Pronto Atendimento da Unimed, além de desenvolver os projetos arquitetônicos, a Construtora Settimo BR terceirizou, sob a sua ge-rência, os demais projetos complementares (Deco-ração, Instalações Elétricas, Instalações Hidráulicas, Combate a Incêndio, Fundação e Estrutura).

Atualmente, a Construtora Settimo BR está geren-ciando a execução de mais dois projetos importantes para a cidade de São José do Rio Preto: a ampliação do Instituto do Coração de Rio Preto com aproxima-damente 15.000 m² de construção e a construção do Hospital D’OIhos, centro oftalmológico de 8 pavi-mentos mais subsolo com aproximadamente 10.000 m² de construção.

• Instituto do Coração de Rio Preto: Com o projeto desenvolvido pela Construtora Settimo BR, a cons-trução foi iniciada e tem a previsão de entrega da primeira etapa em novembro de 2016. Tecnicamente, o destaque deste projeto está na gestão sustentável com uso de materiais que geram resíduos mínimos, por exemplo, as divisórias internas dos ambientes em painéis de dry wall. Na parte gerencial, o desafio da obra está na execução do projeto de ampliação com o prédio em funcionamento, o que, por sua vez, exige um alto nível de planejamento para não in-terferir na rotina de atividades dos profissionais de medicina e dos pacientes que ali frequentam.

Unimed PA - Interno

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Health

• Hospital D’OIhos: Previsto para ser entregue em junho de 2016, este projeto se destaca por sua arquite-tura moderna com uma concepção voltada totalmente para a humani-zação, ou seja, um hospital espe-cializado em oftalmologia, na qual o paciente passa desde uma etapa de diagnósticos até a cirurgia se ne-cessário e tudo de uma forma mui-to sinérgica, com foco no conforto, qualidade, praticidade e satisfação do paciente. Outro ponto importan-te é a concepção de “obra verde”, ou seja, focada na sustentabilidade, com projeto de reutilização da água captada do sistema de ar condicio-nado, uso de luminárias LED, pro-dução de energia elétrica por meio da captação de energia solar, entre outros. Unimed PA - Interno

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Aço

Inox

Sustentável, aço inox ganha cada vez mais espaço no mercado

Conhecido por sua resistência, durabilidade e baixo índice de contaminação devido a fácil as-sepsia, o aço inox tem ganhado mercado não somente nas construções industriais e residen-

ciais, mas também nos ambientes de saúde. “Uma das grandes vantagens da escolha do material é que o aço inox conserva-se perfeitamente por pelo menos 50 anos, reduzindo o custo com a troca e manutenção, diferen-te de outras matérias primas”, garante Alexandre Nasci-mento, Diretor-comercial da Palmetal Metalúrgica.Além disso, este tipo de metal proporciona segurança fí-

sica ao ambiente e usuários, pois não quebra por corrosão,

A utilização do material reduz a frequência de manutenção e proporciona facilidade na limpeza das instituições de saúde

além da segurança química. Nos últimos anos, o aço inox tem se destacado nos órgãos de vigilância devido a sua baixa porosidade, não toxidade e a facilidade de limpeza e conservação em geral.Focada 100% no desenvolvimento de produtos com aço

inox, os produtos da Palmetal caminham desde o Expurgo Hospitalar, passando pelo carro de limpeza, até as me-sas de centro que decoram a recepção das instituições de saúde. “Somos a única empresa no Brasil que atua de ponta a ponta no projeto hospitalar fornecendo móveis padronizados em aço inox”, diz o Diretor.Outra grande vantagem do aço inox é o seu grau de sus-

Lavatório Splash

Info

rme

Publ

icitá

rio

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Health

tentabilidade, pois uma vez que é dificilmente descartado, gera menos rejeitos ao meio ambiente. “Em países com um pensamento mais desenvolvido (Alemanha e Korea) do que o Brasil, o consumo de aço inox chega a ser oito vezes o consumo daqui, pois, lá eles têm total consciên-cia de que economias de curto prazo se tornam despe-sas enormes no longo prazo”, comenta Nascimento que ainda salienta que pouquíssimos metais conseguem, por um valor razoável, ser bonitos, ter um elevado nível de sustentabilidade e aprovados pela Anvisa como um ma-terial seguro.O aço-inox deveria estar em todas as áreas do hospital,

até na decoração dos escritórios. Porém, algumas áreas prioritárias são o CME (Centro de Material Estéril), pois, é um total contrassenso guardar material estéril em mó-veis que não podem ser devidamente esterilizados, no centro cirúrgico, nas UTIs, maternidades e principalmente nas portas dos quartos. “Acredito que mesmo em tem-pos de ‘crise’ deve-se investir em diferenciais como o aço inox, por exemplo, pois segundo Jim Collins, o guru de Abilio de Diniz e Jorge Paulo Lehmann, as empresas que prosperam no longo prazo, são as que se mantem em um crescimento constante ao longo dos anos”, finaliza.

Expurgo AM Lateral Total

Carro Plataforma

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Even

toARQ destaque

Líderes da Saúde 2015 Uma homenagem àqueles que mais se destacaram na comunidade da Saúde

O Grupo Mídia realizou, em São Paulo, a noi-te de premiação do Líderes da Saúde 2015. A terceira edição do prêmio homenageou em-presas, instituições de ensino e saúde, opera-

doras, indústrias, entre outros players do mercado que mais se destacaram no último ano.

“Gestores, executivos e empresários, não apenas pro-varam que sabem lidar com as dificuldades, mas também que sabem inovar diante desta crise que assola o país. Os premiados são aqueles que, neste último ano, foram exemplos de liderança, de confiança e credibilidade para todo o setor”, disse Edmilson Jr. Caparelli, Presidente do Grupo Mídia.

Os ganhadores foram eleitos pelo Conselho do Grupo Mídia, composto pelas revistas Healthcare Manage-ment, HealthARQ, Health-IT e portal Saúde Online. Foram 23 categorias que abrangem desde a arquitetu-ra e infraestrutura, até saúde suplementar, associação, indústrias e instituição de ensino. Cada categoria trou-xe 3 eleitos homenageados igualmente, não havendo ranking entre eles.

Edmilson Jr Caparelli, Presidente do Grupo Mídia

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Na categoria Arquitetura, os premiados foram Paula Fiorentini, Presidente da Fioren-tini Arquitetura; Flávio Kelner, Sócio-diretor da RAF Arquitetura e Siegbert Zanettini, Di-retor Presidente da Zanettini Arquitetura. Já na categoria Infraestrutura os homenageados foram Salam Lamha Neto, Sócio Diretor da MHA Engenharia; Empa - Grupo Teixeira Du-arte e Votorantim.

O Grupo Mídia também reservou um es-paço na cerimônia para o seu homenageado especial. Neste ano, o escolhido foi Hospi-tal Albert Einstein, que completou 60 anos em 2015. A homenagem foi por toda a sua excelência e importância da instituição não apenas no Brasil, como também em toda a América Latina.

1º Prêmio ABIMED de Inovação Transformacional

Na mesma noite de cerimônia de premia-ção do Líderes da Saúde 2015 também acon-teceu o 1º Prêmio ABIMED de Inovação Trans-formacional. Foram premiadas três empresas que se destacaram por colocar no mercado inovações que contribuíram para a ampliação do acesso da população à saúde, a melhoria do padrão de cuidados médicos e a sustenta-bilidade econômica do sistema de saúde.

Líderes em Infraestrutura: MHA engenharia, EMPA - Grupo Teixeira Duarte e Votorantim

Líderes em Arquitetura: RAF Arquitetura, Fiorentini Arquitetura e Zanettini Arquitetura

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CONSTRUÇÃORe

adeq

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Investimento em qualidadeIntermédica investe em humanização e identidade visual

Errata

Com a preocupação de garantir conforto e acolhimento para seus 3,2 milhões de beneficiários, o Grupo Notre-Dame Intermédica realizou, recentemente, no Estado de São Paulo, obras em alguns centros clínicos e hos-

pitais da instituição, como o Renascença e o Paulo Sacramento.Entre as obras de destaque estão as de Look and Feel, que

consiste no retrofit das fachadas e lobbies das recepções, in-cluindo novos mobiliários. Estas reformulações foram aplica-das em 22 centros clínicos e oito hospitais

O projeto Look and Feel tem a finalidade de gerar uma iden-tidade visual que caracteriza o nome, a ideia, o serviço e a personalidade da instituição, através de uma logomarca e um conjunto de cores.

“Sem dúvida que procuramos dar uma identidade visual que pudesse ser associada ao grupo em si. A utilização de vidro e utilização das cores champanhe e acabamento idêntico em todas as filiais são pontos de destaques quanto aos projetos arquitetônicos”, afirma o Presidente do Grupo NotreDame In-termédica, Irlau Machado Filho.

Renner Perussi, Diretor da BR Construtora, empresa responsá-vel pelas obras da Intermédica, conta que a sustentabilidade es-teve lado a lado do processo construtivo do empreendimento.

“Tivemos como premissa de utilizar métodos construtivos “a seco” evitando ao máximo o desperdício de materiais. Usamos equipamentos e materiais sustentáveis”, destaca.

Diferente do que foi divulgado na 17ª edição da Re-vista HealthARQ, a frase “Tivemos como premissa de utilizar métodos construtivos “a seco” evitando ao máxi-mo o desperdício de materiais. Usamos equipamentos e materiais sustentáveis”, pertence ao Diretor da BR Cons-trutora, Renner Perussi, referente a imagem acima e não a imagem do sr. Irlau Machado Filho, Presidente do Gru-po NotreDame Intermédica, conforme foi publicado.

Renner Perussi,Diretor da BR Construtora

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CONSTRUÇÃOIn

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Investimento em SaúdeSanta Catarina investe em policlínica para melhor atender à população

Primeira Policlínica Regional a ser construída no Es-tado de Santa Catarina, a unidade de Araranguá foi criada para ampliar o acesso da população aos serviços ambulatoriais de média complexidade.

O prédio consiste em uma unidade ambulatorial de alta resolubilidade em diagnóstico e orientação terapêutica para diferentes especialidades médicas. “Nosso objetivo principal é apoiar as necessidades dos serviços de aten-ção básica de saúde, com oferta de consulta de especia-lidades médicas e serviços de diagnóstico”, diz Andrea

de Aguiar Kasper, docente da Univale e Coordenado-ra da gerência e projetos da gerência de obras.

A instituição, que será inaugurada este ano, tra-balhará apenas com pa-cientes do sistema SUS, referenciados a partir da rede básica de saúde, que

irá providenciar o agen-damento das consultas e exames especializados oferecidos pela Policlíni-ca. Possuirá atendimento adulto e pediátrico. “Foi um grande desafio definir o programa de necessida-des e o modelo de atendi-mento, já que foi pioneira.

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Para as demais Policlínicas, deverá ser revisto o progra-ma de necessidades conforme demanda local, assim cada região será melhor atendida”, diz a arquiteta Inara Rodrigues, Diretora da Salutare Arquitetura e responsá-vel pelo projeto.

A unidade está inserida no terreno do Hospital Regio-nal de Araranguá, mas atua de maneira totalmente inde-pendente, tendo toda a infraestrutura necessária para o seu funcionamento.

Sua tipologia horizontal está dividida em quatro blocos, sendo a edificação principal responsável por três deles. “Es-

ses blocos estão separados por jardins e interligados por passarelas envidraça-das”, diz a arquiteta.

No Bloco central, está o acesso principal, com uma grande recepção, na qual o paciente é orientado e encaminhado ao seu aten-dimento. Possui ainda as áreas de apoio adminis-

trativo e logístico, além de sala para palestras de pro-moção a saúde, cursos e atendimentos em grupos, ampliando o atendimen-to a população focando na prevenção e promoção da saúde, além da capa-citação dos funcionários. “O refeitório também está inserido neste bloco, é um

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CONSTRUÇÃOIn

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ambiente amplo, com vista para área ajardinada propi-ciando maior conforto ao funcionário”, lembra Inara.

Já o bloco da esquerda conta com 11 consultórios de diversas especialidades, sala de exames oftalmológicos, duas salas de curativos com área de prescrição, uma sala de inalação, e áreas de apoio.

Por sua vez, o bloco da direita possui salas para diag-nósticos por imagem e métodos gráficos. “Entre os blocos existem áreas ajardinadas permitindo iluminação e ven-tilação natural em todos os ambientes”, destaca a arqui-teta, que completa. “A unidade possui ainda a Central de Utilidades em bloco separado, este interligado ao Bloco Principal, através de uma cobertura e pátio de serviços”.

Além das características do projeto da edificação como um todo, o interior também foi pensado de modo que tornasse o ambiente prático e humanizado. Um bom exemplo é a diferenciação dos ambientes com cores e sinalização com pictogramas que facilitam a orientação.

Todas as áreas de esperas possuem comunicação direta com o exterior, este com áreas ajardinadas, possibilitando uma distração positiva. O mobiliário foi trabalhado para atender aos operadores e usuários, conforme necessida-des ergonômicas e acessibilidade, estes contribuem na comunicação visual e conforto do usuário, trazendo aco-lhimento. “A humanização deve ser sempre uma premissa em projetos, principalmente para ambientes de saúde”, ressalta Inara Rodrigues.

“A humanização deve ser sempre uma premissa em projetos, principalmente para ambientes de saúde.”Inara Rodrigues, Diretora da Salutare

Durante a construção do prédio optou-se por estrutura pré-moldada, diminuindo o volume de entulho no canteiro de obra. “O revestimento ex-terno foi trabalhado com sistema de fachada venti-lada com placa cerâmica, buscando melhor conforto térmico para o interior da edificação e menor custo de manutenção”, explica a arquiteta.

A configuração em mó-dulos possibilitou a ilu-minação natural direta em todos os ambientes, além de ventilação natural. “Trabalhamos com lâmpa-das de baixo consumo de energia”, conta.

Já o sistema de ar con-dicionado possui con-trole individualizado por

Construção

ambiente, possibilitando o uso somente nas áre-as que estão em uso, foi utilizado o sistema VRF. E o reaproveitamento de água de chuva atende toda a área externa, pátios e jardins, além da Central de Utilidades.

Por fim, o sistema em módulos possibilita a am-pliação, pois podem ex-pandir tanto para lateral com a implantação de outros módulos, como na continuidade do módu-lo, para frente ou fundos do terreno. “Foi prevista também a possibilidade do crescimento vertical de mais um pavimento. As pa-redes internas são em Ges-so acartonado, possibili-tando maior flexibilidade”.

A arquiteta finaliza di-

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zendo que “atender e compatibilizar as diversas espe-cialidades, além de atender todas as necessidades de instalações e funcionamento dos estabelecimentos as-sistenciais de saúde é sempre um grande desafio que deve ser vencido com trabalho em equipe, projetistas, clientes, gestores e executores”.

Ficha TécnicaProjeto Arquitetônico, Projeto de Interiores, Projeto de Comunicação Visual: Arq. Inara Rodrigues Projeto Estrutural: Engº: Jean Pierre Bork Miers Projeto Elétrico e telecomunicações, Projeto SPDA: Eng. Roberto KriegerProjeto Hidrossanitario, PPCI, Projeto de Drenagem e Planilha Orçamentária: Eng. Jane Correa DarelaProjeto de Climatização e Gases Medicinais: Eng. Artur Beck NetoProjeto de Blindagem: Físico Walmoli Gerber Júnior

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CONSTRUÇÃORe

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o

Mais assistência à saúdeHospital do Servidor Público será um complemento ao atendimento já feito pela rede credenciada de Goiás

Em um terreno de 21.455,69 m², localizado na Avenida Bela Vista, no Parque Acalanto, em Goiânia (GO), está sendo erguido mais uma nova instituição de saúde da região Centro

-Oeste, o Hospital do Servidor Público (HSP), do Insti-tuto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo).

O HSP terá atendimento ambulatorial em diversas especialidades, centro cirúrgico equipado para cirur-gias de alta complexidade, central de diagnóstico la-boratorial e de imagem, UTIs pediátricas, neonatal e adulta e ainda, um auditório. Toda estrutura de apoio ao funcionamento de um grande hospital geral tam-bém está no projeto, como lavanderia, central de nu-trição e central de gases.

A unidade será uma referência para o usuário e con-tará com atendimento em diversas especialidades, inclusive aquelas em que há dificuldade de agenda-

mento em função do dé-ficit de profissionais no mercado, como a endo-crinologia e as cirurgias de cabeça e pescoço. Re-presentará ainda mais um passo na consolidação da política de excelência no atendimento ao usuário do Ipasgo.

O presidente do Ipasgo, Francisco Taveira Neto, afirma que várias etapas foram percorridas até se chegar à execução das obras. “O hospital será um complemento ao atendi-mento já feito atualmente

pela rede credenciada. A nossa intenção é ter a ga-rantia de que em nenhum momento vai faltar qual-quer tipo de assistência ao nosso usuário”, garante.

A área construída total terá mais de 24.520,16 m², dividido em oito blo-cos, onde três deles te-rão quatro pavimentos. Um dos destaques desta edificação está na acessi-bilidade por contar com duas amplas entradas e também espaçosos esta-cionamentos.

As obras do HSP estão

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em ritmo acelerado, com a etapa de terraplenagem e fundações totalmente concluída. A parte de es-trutura e alvenaria está, respectivamente, 98% e 95% finalizadas.

A engenheira da Oli-veira Melo Construtora, Vanessa Andrade, Geren-te da Obra, afirma que é gratificante para a Empre-sa atuar em um projeto da grandiosidade do HSP, instituição que promete melhorar a qualidade de vida dos moradores do Goiânia.

“Esse é o quinto hos-pital de alto padrão que construímos e estamos muito satisfeitos com a experiência adquirida, pois sabemos que é um diferencial de mercado trabalhar em uma área tão importante para a po-pulação como é a saúde”, declara Vanessa.

A construção conta ainda com um engenheiro resi-dente e mais de trezentos funcionários trabalhando a todo vapor. O engenheiro Flávio Emmanuel Vieira de Sousa, da Oliveira Melo, informa que o maior desa-fio para a execução desse projeto é o cumprimen-to dos prazos conforme o planejamento. “Avaliamos que para se atingir o pra-zo, não basta um planeja-mento de longo prazo, é

Obras- Hospital do Servidor Público - GO

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CONSTRUÇÃORe

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preciso detalhar minuciosamente planos se-manais e cumpri-los com rigor”, afirma Flávio ao reforçar que a equipe utilizou um sistema moderno de formas, que associado ao plane-jamento rigoroso, permitiram reduzir o tempo de execução da obra.

O vice-governador do Goiás, José Eliton, ga-rante que o HSP vai integrar a rede de hospi-tais públicos que está sendo criada no Esta-do oferecendo atendimento de excelência ao cidadão goiano. “Nós pretendemos com essa rede, transformar a saúde pública em Goiás na melhor do país”, afirmou.

“Nosso compromisso é cumprir o cronogra-ma e entregar a obra no final do mês de ou-tubro de 2016″, explica o Gerente Técnico da Construtora Oliveira Melo, Ulisses Ulhôa.

O projeto do HSP prevê a construção de 211 leitos, assim distribuídos:

Internação apartamento: 44

Internação enfermaria: 76

Centros cirúrgicos: 08

Unidades de Terapia Intensiva (UTIs): 30

Recuperação/indução: 25

Quimioterapia: 18

Emergência/observação: 22

Hospital do Servidor Público - GO

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Hospital de Copacabana inaugura o maior centro cirúrgico da Zona Sul do Rio

O Hospital São Lucas, localizado em Copacaba-na, Região Sul do Rio de Janeiro, destaca-se pelo atendimento de excelência e recursos tecnológicos disponíveis para casos de alta

complexidade. A unidade conta com serviço de emer-gência 24hs, com profissionais de diversas especialida-des à disposição como clínicos, cirurgiões, cardiologis-tas, ortopedistas e radiologistas.Em sua estrutura, a instituição disponibiliza quase 200

leitos, distribuídos em cinco setores de internações clíni-ca e cirúrgica, cinco Unidades de Terapia Intensiva, sendo

Melhoria Contínua

ARQ reforma

uma delas voltada exclusi-vamente para as cardio-patias, Setor de Hemodi-nâmica, Centro Cirúrgico e Serviços de Imagem. A instituição também conta com tecnologia de pon-ta que o capacita a reali-zar procedimentos de alta complexidade como cirur-gias cardíacas, vasculares e

torácicas, embolização de aneurismas cerebrais, an-gioplastias e procedimen-tos endovasculares, cirur-gias de coluna, cirurgias bariátricas entre outros.O hospital realiza men-

salmente mais de cinco mil atendimentos de pronto--socorro, cerca 700 cirur-gias, 140 procedimentos

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67ARQ

Health

de hemodinâmica e mais de 1000 internações. Tornando--o uma das maiores uni-dades de saúde da região. Além disso, possui qualidade e segurança certificada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).Recentemente, a instituição

passou por mudanças em sua diretoria, instituindo o médico Lincoln Bittencourt, que possui 13 anos de atu-ação na unidade, como seu novo Diretor Geral. Para marcar esta nova gestão o hospital irá investir no aten-dimento de casos de alta complexidade, tecnologia e inovação, focando nas áreas de cardiologia e oncologia, e para isso será necessário uma obra de expansão em sua estrutura física. O São Lucas inaugurou, re-

centemente, seu novo cen-tro cirúrgico. O investimen-to, que girou em torno de R$ 20 milhões, resultará em um aumento de 40% do volume cirúrgico, o que significa mil cirurgias/mês.No total são 12 salas ci-

rúrgicas, incluindo uma sala para cirurgia robótica, e 13 leitos de Recuperação Pós--anestésica (RPA). As salas cirúrgicas são revestidas de Corian (material que evita a proliferação de micro-orga-nismos) e Fluxo Laminar (sis-tema de filtragem em que uma espécie de cortina de ar de alta pressão isola a mesa

cirúrgica do resto do am-biente, impedindo também a entrada de micro-organis-mos), sendo ambas medidas de prevenção das infecções cirúrgicas.Todas as salas foram pro-

jetadas com alta tecnolo-gia Maquet (focos de Led e estativas) e dispõem de um sistema de integração de imagens, possibilitando que todos os equipamentos do ambiente, como videolapa-roscópios, microscópios e intensificadores de imagem, entre outros, permitam que a equipe cirúrgica tenha acesso, em tempo real e simultâneo, a informações e, consequen-temente, maior segurança e precisão. “Com essa tecnolo-gia é possível também reali-zar a transmissão e visualiza-ção das cirurgias a distância, quando necessário”, detalhou Marcelo Mendes, Diretor de operações.“Todo o investimento teve

como premissa básica, além de conforto e padrão das instalações, qualidade e se-gurança assistencial, com-promissos permanentes do hospital”, ressaltou o Dr. Lin-coln. Além disso, a instituição

investe constantemente na humanização do ambiente hospitalar. Para atender a es-ses critérios teve seu projeto de interiores cuidadosamen-te projetado para proporcio-nar comodidade e segurança

aos pacientes. A arquitetura do hospital chama atenção, desde a área externa, com o novo letreiro, até a fachada espelhada; dessa forma, o hospital mudou definitiva-mente seu layout.“A cafeteria do hospital, por

exemplo, fica cravada en-tre a área urbana do bairro e um oásis ecológico, com imensas jaqueiras e famílias de micos, tudo demarcado por uma enorme pedreira”, conta a decoradora Solange Medina.No hospital, a decoradora

também ambientou o espa-ço e o restaurante dos médi-cos, além da recepção social e da internação. “Na recep-ção social, foi necessária uma longa obra, com a der-rubada de muitas paredes para a abertura de um es-paço maior”, explica Adriana Molina, arquiteta do projeto.Os detalhes charmosos

no paisagismo das insta-lações internas proporcio-nam toque sutil e curioso à decoração. No mezanino, imensos vasos de cerâmica vietnamita azul-cobalto, à frente de enormes janelas de vidro, exibem frondosas espécies de Agave attenu-ata, por exemplo. “Nossa meta era alinhar à gentileza, ao conforto e ao bem-estar de pacientes, suas famílias e acompanhantes e as equipes de saúde”, esclarece a deco-radora.

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Uma obra sendo realizada com a operação de uma instituição de saúde em funcionamento requer cuida-dos especiais, principalmente, relacionados ao correto isolamento da área de intervenção, a fim de minimizar o impacto não só dos incômodos acústicos, mas tam-bém da poeira gerada para fora do local de interven-ção. Por sua vez o trânsito de resíduos e materiais de construção em locais de acesso à pacientes, acompa-nhantes e colaboradores do hospital.

Para atender a necessidade de manter a instituição em funcionamento, a empresa responsável pela obra teve que criar estratégias logísticas durante o decorrer do processo. A utilização de caminhões, por exemplo, foi reduzida ao mínimo e em horários determinados. “Foram utilizados também transportes com caminho-netas mais ligeiras que facilitassem a movimentação no local”, conta Fernando Martins, Diretor da Teixeira Du-arte, responsável pela obra.

Já as demolições e atividades que causam desconfor-to acústico estão sendo realizadas dentro de horários específicos, previamente acordados com a direção do hospital, sendo muitas vezes necessário efetuar inter-rupções, em função das atividades do centro cirúrgico ou da gravidade em que se encontram alguns pacien-tes da Unidade de Tratamento Intensivo. “Por sua vez, esta condição exige um maior número de mão de obra,

Detalhes da obrapois não é possível utilizar mecanizados que permi-tam efetuar estas opera-ções de forma mais rápi-da, uma vez que os locais de intervenção localizam--se no interior do hospital sem acesso pelo exterior do edifício”, ressalta o Di-retor.

Outro cuidado impor-tante tomado nesta obra é a correta execução das instalações técnicas, pois possuem especificações próprias e criteriosas, sen-do necessário um acom-panhamento rigoroso dos serviços executados. “A responsabilidade destes elementos é acompanhar a realização dos serviços junto das empresas espe-cializadas, estabelecendo também a comunicação integrada com as equipes

de manutenção do hospi-tal, em especial nas áreas onde realizam reformas com instalações existen-tes, e que devem ser man-tidas em funcionamento durante a execução dos novos serviços”, garan-te Martins que completa dizendo que “A comuni-cação e relacionamento entre as equipes de proje-to, direção e manutenção do hospital e a equipe da obra foi muito importante durante todo o processo, pois tratando-se de uma reforma, nem sempre o que estava previsto em projeto correspondia ao que estava no local após a execução das demolições. Assim era necessário exe-cutar ajustes estruturais ou de instalações espe-ciais em conjunto”.

Para atender a necessidade de manter a instituição em funcio-namento, a empresa respon-sável pela obra teve que criar estratégias logísticas durante o decorrer do processo. A utili-zação de caminhões, por exem-plo, foi reduzida ao mínimo e em horários determinados.

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Os revestimentos em uma instituição de saúde são es-colhidos de forma a atender às especificações técnicas para cada tipo de área de utilização. Áreas hospitalares geralmente exigem revestimentos com facilidade de lim-peza, poucas juntas, evitando o acúmulo e proliferação de micro-organismos, revestimentos condutivos, garantindo segurança quanto às descargas estáticas, revestimentos bacteriostáticos e fungistáticos, dificultando a prolifera-ção de bactérias e fungos nocivos à saúde, entre outros. “Podemos realçar que, neste caso, o hospital adoptou para o revestimento das paredes das salas do centro ci-rúrgico, a aplicação de superfície sólida do tipo Corian, que corresponde a um material não poroso e inibe o cres-cimento de mofo e fungos”, revela Fernando Martins.

A escolha se deu, pois os acabamentos sobre paredes e pisos devem impedir a proliferação de micro-organismos, procurando sempre aplicar revestimentos de fácil limpe-za, com todas as juntas tratadas e vedadas e redução do número de juntas entre os revestimentos. “Além do Co-rian, utilizado nas paredes do Centro Cirurgico, aplicamos também placas de fórmica, no revestimento de paredes interiores, e piso com manta vinílica. Verificamos na re-forma do Hospital São Lucas uma forte preocupação em utilizar os revestimentos mais atuais para os ambientes hospitalares”, destaca o Diretor da Teixeira Duarte.

Escolher a lâmpada mais adequada para cada am-biente é muito importan-te para tirar o máximo de proveito que o produto tem a oferecer. “No caso das escadas, corredores ou locais de grande pro-fundidade, por exemplo, o ideal é optar por lâm-padas de arranque rápi-do. Já para locais em que se tem de acender e apa-gar constantemente a luz, uma lâmpada de alta re-sistência a ciclos de ligar/desligar é mais indicada”, indica Martins.

No São Lucas foram uti-lizadas lâmpadas fluores-

Revestimentos

Iluminaçãocente devido a vida útil da iluminação que, em média, é seis vezes maior do que uma lâmpada incandes-cente comum. “O consumo é menor, e pode ser ligado e desligado, sem receio de queimá-la. Além da ilumi-nação fluorescente não emitir calor, o que a torna ideal para áreas onde o ca-lor adicional pode provo-car o mau funcionamento de equipamentos ou inco-modar os pacientes. Foram também aplicadas luminá-rias com lâmpadas de LED para ambientes específicos – UTI”, diz o Diretor da Tei-xeira Duarte.

“Além do Corian, utilizado nas paredes do Centro Cirúrgico, aplicamos também placas de fórmica, no revestimento de paredes interiores, e piso com man-ta vinílica. Verificamos na reforma do Hospital São Lucas uma forte preocupação em utilizar os revesti-mentos mais atuais para os ambientes hospitalares”, Fernando Martins, Diretor da Teixeira Duarte

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Para garantir a segurança dos pacientes, os projetos de gases medicinais devem ser executados por profis-sionais comprovadamente especializados no segui-mento que tenham condi-ções de emitir ART (Ano-tação de Responsabilidade Técnica), aplicação de ma-teriais conforme orientação de normas vigentes e pro-cedimentos de engenharia. As soldaduras da tubula-ção devem ser realizadas por profissionais especiali-zados, de forma a garantir que não existem fugas na instalação durante a fase de operação. No entanto, nenhuma instalação é co-locada em funcionamento antes da realização de en-saios de estanqueidade da instalação.

Nas obras do Hospital São Lucas todos os cuida-dos foram devidamente to-mados. Ao executar a insta-lação de gases medicinais, por exemplo, a sua correta identificação foi realizada para evitar problemas na fase de operação.

O projeto de instalações elétricas do Hospital São Lu-cas levou em consideração não só a substituição dos sistemas antigos por novos, ajustando os mesmos às exigências atuais para ambientes hospitalares, como também a correta adequação as condições existentes no interior do hospital.

“Nós não desenvolvemos o projeto, porém, podemos destacar que a execução das instalações elétricas repre-senta uma parte significativa de toda a construção, sen-do objeto de atenção especial, acompanhada em per-manência por um engenheiro da especialidade”, garante Fernando Martins.

O sistema de IT médico está presente nas salas de ci-rurgia e UTI para atendimento das normas hospitalares de segurança ao paciente e ao médico garantindo, ener-gia elétrica estabilizada no caso da falta de energia da concessionaria. “Foi ainda instalado um No Break espe-cifico para atender às circulações e pontos de tomadas estabilizadas que atendem computadores e equipamen-tos sensíveis a variações da rede externa”, conta.

Para garantir a segurança dos pacientes, os quadros possuem dispositivos de proteção supressão de surto, curto circuito e proteção mecânica para impedir o con-tato direto de condutor vivo. “Já para favorecer a eco-nomia de energia utilizamos equipamentos novos que atendem as novas regras de consumo normatizadas no

Gases Medicinais

Instalações elétricas / Controle de Incêndio

Brasil. Também foram ins-taladas lâmpadas de LED e lâmpadas fluorescentes”.

Já em relação a preven-ção de incêndios, além de terem sido instalados de-tectores de fumaça nos ambientes aplicáveis, foi colocado um sistema es-pecial de combate a in-cêndio, os sprinklers, inte-grado por tubulações que entram em funcionamento automaticamente, permi-tindo que a água incida com volume adequado sobre a área em chamas. “O sistema de Sprinklers é reconhecidamente um dos mais eficazes no combate a incêndio, sendo exigido em grande parte das edi-ficações, dependendo de sua ocupação e grau de risco e área construída”, fi-naliza Martins.

O sistema de IT médico está pre-sente nas salas de cirurgia e UTI para atendimento das normas hos-pitalares de segurança ao paciente e ao médico, garantindo energia elétrica estabilizada no caso da fal-ta de energia da concessionária.

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