healtharq 17ª edição

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A 17ª Edição da Revista HealthARQ destaca uma forma de sustentabilidade não tão comentada no setor, entretanto, não menos importante: a sustentabilidade cultural. O retrofit tem sido um grande aliado neste processo, permitindo que antigo e novo caminhem juntos. Já no Perfil desta edição quem figura é Salim Lamha Neto, ele tem um lado que nem todos conhecem, e a HealtHARQ vai mostrar. A revista traz ainda a cobertura completa do Primeiro Fórum+Prêmio HealthARQ, cases de sucesso focados em humanização e sustentabilidade, as novidades sobre o VII CBDEH (Congresso Brasileiro pra o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar) e os detalhes sobre as obras de construção e ampliação de diversas instituições de saúde brasileiras.

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CARTA AO LEITOR

Caro leitor,

Chegamos ao final de mais um ciclo, o ano 5 de publi-cação da Revista HealthARQ. A última edição de 2015 está cheia de novidades sobre o setor de arquitetura para a saúde. Um assunto que tem se consolidado cada vez mais

dentro do universo da arquitetura e da engenharia é a sustentabilidade. A preocupação com o meio ambien-te foi incorporada não somente por arquitetos e enge-nheiros, mas também pelos empresários e profissionais que atuam dentro das instituições de saúde. Com isso, podemos observar um significativo crescimento de construções e reformas que utilizam materiais não pre-judiciais à natureza, como madeira de reflorestamento, além de fazer a destinação correta dos entulhos.Um bom exemplo de edificação focada na sustenta-

bilidade é o Hospital Unimed Erechim, com ambientes bem planejados e instalações modernas, a instituição também tomou cuidado com o controle da geração, manuseio e descarte de resíduos através do PGRE (Pla-no de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes). Redu-zindo, reciclando, reutilizando e direcionando correta-mente os resíduos sólidos.Para economia de água, foram implantadas a captação

e o aproveitamento das águas da chuva direcionadas a utilização nos jardins e calçadas. Houve a preocupação em reduzir o consumo, procurando ter uma vazão mais eficiente, utilizando aeradores que melhor distribuem a água; torneiras com o sistema de temporização, para evitar desperdícios, e bacias com descargas em duas faces para o descarte de resíduos. Uma forma de sustentabilidade menos comentada,

porém não menos importante, é a sustentabilidade cultural. Edifícios históricos representam a memória do passado, não somente em sua expressão física, mas principalmente na forma como eles retratam a vida de seu tempo. Nesse sentido, eles incorporam a cultura de suas épocas aos dias atuais.Baseado nesta premissa, a UNESCO introduziu no

mercado o conceito de “Sustentabilidade Cultural”, que visa transferir à futura geração a memória do passado, agregando valor aos edifícios históricos e integrando novas funções que valorizem sua riqueza cultural. O retrofit tem sido um grande aliado da sustentabilida-

de cultural neste processo, permitindo que antigo e novo caminhem juntos. Alguns hospitais centenários têm op-tado por esta técnica para incorporar as novas tecnolo-gias e não perder seu valor cultural. Este assunto ganhou destaque na matéria de capa da 17ª HealthARQ.Outro tema que não poderia ficar de fora desta edição

é a economia. O assunto foi bastante discutido durante o ano todo, não só no setor da saúde, mas de modo geral, devido ao momento complicado pelo qual o País vem passando. Pensando nisso, ouvimos especialistas para falarem sobre sustentabilidade na crise. Diante de um cenário turbulento na economia, mais do que nunca, é necessário reduzir os gastos na construção e operação dos edifícios de saúde.

A palavra de ordem é sustentabilidade

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

Que todos tenham uma excelente leitura.

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CAPA

HOSPitAiS CENtENáRiOSEdifícios históricos representam a memória do pas-sado, não somente em sua expressão física, mas principalmente na forma como eles retratam a vida e o tempo. Nesse sentido, eles incorporam a cultura de suas épocas à sociedade atual. O retrofit tem sido um grande aliado da sustentabilidade cultural neste processo, permitindo que antigo e novo caminhem juntos. Alguns hospitais centenários têm optado por esta técnica para incorporar as novas tecnologias e não perder seu valor cultural.

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CONStRUçãOO Hospital Municipal de Parelheiros (SP) está localizado em um terreno de apro-ximadamente 110 mil metros quadrados e teve suas obras ini-ciadas em 2015.

162 58ExPANSãOO Hospital viValle está passan-do por um processo de amplia-ção que irá triplicar sua capa-cidade inicial. Porém, o projeto teve a preocupação em manter as características originais da instituição com enfoque em hu-manização.

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N.17 I setembro | outubro | Novembro | 2015NESTA EDIÇÃO

HUMANizAçãOCom a preocupação de garantir conforto e acolhimento para seus 3,2 milhões de beneficiários, o Grupo NotreDame intermédica realizou, recentemente, no Estado de São Paulo, obras em alguns centros clínicos e hospitais do grupo.

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ARQ DEStAQUESalim Lamha Neto é o Perfil desta edição. Engenheiro industrial, modalidade mecânica, o Sócio-fundador da MHA Engenharia tem um lado que nem todos conhecem.

ARQ REfORMAMesmo depois de entregar à população sua versão mais moderna, as obras no Hospital Moriah não pararam. Adaptações e reformas que visam aumentar a disponibilidade e confiabilidade dos diversos sistemas, melhorar os fluxos e adequar os ambientes e instalações as novas tecnologias estão sendo executadas.

SUStENtABiLiDADECom o grande espaço que a sustentabilidade ganhou nos projetos, uma antiga técnica de construção está de volta, a taipa de pilão. O método de construção com terra é utilizado em todos os continentes e, nas últimas décadas, tem sido aplicado em larga escala em países como a Austrália e os Estados Unidos.

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boletim ARQ

EvEnto intErnaCionalPresidente da aBDEH participa de congresso na Costa ricaA ABDEH participou do 3º Congresso da Associação Costa-Riquenha de Arquitetura e Engenharia Hospi-talar, realizado entre os dias 20 e 23 de outubro de 2015, na cidade de San José, através da presença de seu atual Presidente, Marcio Oliveira. Na ocasião, Oli-

veira apresentou dois trabalhos, sobre os seguintes temas: “A construção da sustentabilidade na rede de sangue no Brasil” e “Laboratórios para o controle da qualidade da água - a experi-ência brasileira”, com base em trabalhos desenvolvidos junto ao Ministério da Saúde. O evento foi realizado no Hotel Barceló Palacio San José, e incluiu, além das palestras, a realização de workshops e visitas técnicas a estabelecimentos de saúde da cidade.

aCorDoautoridades buscam melhorias na infraestrutura da saúde

pública do DFPor meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), o Ministério Público do Distrito federal (MPDft) procurou o apoio da ABDEH para solucionar problemas no Hospital Regional da Ceilândia (Df). O MPDft quer realizar análises e sugestões acerca da infra-estrutura do hospital, visando a melhoria nas condições de atendi-mento à população de uma das maiores cidades satélites de Brasília. Em outubro, o Presidente da ABDEH, Marcio Oliveira, esteve reunido com a Promotora de Justiça, Marisa isar, quando foram discutidos os termos de um acordo a ser assinado entre o Ministério Público e a associação, visando a realização de ações que busquem a melhoria da infraestrutura da rede pública de saúde.

onCologiaHospital angelina Caron inaugura ala oncológica para pacientes do SUSO Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba (PR), inaugurou em novembro um moderno complexo oncológico voltado aos pacientes do SUS. A obra é fruto de um investimento de R$ 30 milhões, feitos

com recursos próprios do hospital. A nova ala permitirá triplicar o número mensal de pacientes em tratamento, passando de 850 para 2.500 pessoas. A nova ala está distribuída por quatro mil metros quadrados. O espaço físico abrangerá 47 poltronas para tratamentos quimioterápicos de curta dura-ção e oito em pediatria. A estrutura contará com 20 leitos para impedir contaminações, um sistema de filtros especial, de pressão positiva, que impedirá que o ar de fora entre na unidade.

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alto PaDrãoHospital Moinhos de vento anuncia nova unidade em CanoasO Hospital Moinhos de Vento contará com uma nova unidade no Es-tado do Rio Grande do Sul. O empreendimento ocupará uma área de 600 m² onde serão implantados serviços que seguem o conceito de Medicina Diagnóstica. Nesta unidade, serão oferecidos procedimen-

tos de média e baixa complexidade. O prédio ficará às margens da BR-116, próximo do eixo Hospitalar de Canoas, com fácil acesso para toda a região. O investimento estimado em R$ 300 milhões resultará na construção de cinco torres, com Medical Center, consultórios, hotel com centro de eventos, salas comerciais, apartamentos residenciais e mall com lojas e serviços. As obras do complexo deverão ter início em março do ano que vem e serem concluídas em 2019.

ESPECialiDaDErJ ganha Unidade Especial de Cirurgia para pacientes com

Síndrome de DownO Hospital Universitário (HU) Clementino fraga filho (UfRJ) inaugurou, em outubro, uma Unidade Especial de Cirurgia para pacientes com Síndrome de Down. Além dos leitos, a nova unidade tem tV e sofá para dar conforto aos acompanhantes e aparelhos modernos para monitorar o estado de saúde do paciente. A equipe de profissionais será composta por nutricionistas, enfermeiros e assistentes sociais que prestarão atendimento específico. “Nós temos um ‘ouro’ em nossas mãos, que é a equipe do hos-pital universitário. Essa será a primeira unidade exclusiva e especializada para atendimento de pessoas com Down da rede pública de saúde do País”, revelou o Diretor Geral do HU, Eduardo Côrtes, um dos idealizadores desta nova unidade.

inFantilregião do aBC Paulista ganha moderno Pronto-Socorro infantilRecentemente, o Hospital Next São Bernardo (SP), anteriormente chama-do ABC Unidade Cirúrgica, inaugurou um Pronto-Socorro infantil e uma Ala Pediátrica com leitos de internação. O Pronto-Socorro infantil possui consultórios médicos, leitos de observação, sala de emergência equipada

para atendimento a casos críticos, salas de inalação e medicação e posto de enfermagem. também oferece uma brinquedoteca, um espaço de descanso para a equipe médica e outro dedicado aos familiares. Já a ala da pediatria possui leitos de internação e uma área de recreação para os pacientes e seus acompanhantes (pais ou responsáveis). O novo espaço dedicado às crianças e aos adolescentes, de até 12 anos de idade, tem infraestrutura para realizar um atendimento eficiente e humanizado de média complexidade.

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RedeS SOcIAIS ceLULAR e TABLeT

Ribeirão Preto (SP) e região passaram a contar com uma nova re-ferência no atendimento pediátrico. O Hospital Materno infantil Si-nhá Junqueira inaugurou, em novembro, as novas instalações de seu pronto atendimento. Com uma estrutura totalmente humanizada, a nova ala oferece infraestrutura completa para o atendimento aos pacientes pediátricos. A equipe do Portal saudeonline.net esteve presente no evento exclusivo de apresentação da instituição.

Interior paulista ganha novo pronto atendimento pediátrico totalmente humanizado

HealthCare destaca os Líderes da Saúde 2015 Engemon comemora 25 anos em grande estilo

Confira o vídeo no Saúde Online tV:http://goo.gl/W75ysf

Confira o vídeo no Saúde Online tV:http://goo.gl/tVsoHt

A Revista HealthCare Management traz na sua última edição de 2015 o especial Líderes da Saúde, que já chega a terceira edição, com 69 empresas, instituições de saúde, de ensino, operadoras, indústrias, entre outros players do mercado que mais se destacaram neste último ano. A publicação também apresenta uma entrevista com fabrício Campolina, Presidente do Conselho de Administração da ABiMED, que fala sobre a necessidade de fomentar a inovação no País e sua importância para o equilíbrio do sistema de saúde. No Saúde 10, fabio Jatene, Diretor-geral do inCor, explica como conseguiu manter a sustentabilidade da instituição. A revista está disponível através do portal saudeonline.net

Neste semestre, a Engemon, empresa especializada em engenharia civil e elétrica, que tem atuado em diversas obras no setor da saúde, comemorou seus 25 anos em um jantar festivo, na Casa fasano em São Paulo. No encontro, os sócios-fundadores da empresa, Marco Alberto Silva e Robson Rocha, anunciaram a nova marca da companhia e lançaram o livro “A Engenharia Nacional se faz com tecnologia e inovação”, da BB Editora. O evento contou ainda com um show da banda titãs e teve como mestre de cerimônia a apresentadora Renata fan.

Confira mais vídeos no Saúde Online tV:http://goo.gl/j3zuWh

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O TIL Radial Rede da Tigre, lançado recentemente, tem como temperatura máxima indicada para a utilização do tubo Vi-nilfort, 40ºC, não sendo recomendado a sua utilização em

temperaturas superiores. O produto pode ser utilizado tanto em sistemas horizontais quanto verticais, porém é de fundamental im-portância efetuar a ancoragem ou chumbamento da mesma para impedir sua movimentação. Para proteção da tubulação contra a ação dos Raios U.V, recomenda-se uma pintura com tinta a base d’água, não sendo indicadas tintas com base em solventes ou óleo, pois estes podem acarretar na perda da resistência da tubulação.

opção de tinta sem cheiro e lavável

Exclusivo, o chuveiro Chromo, lançado pela Deca recentemente, tem o conforto do banho aliado ao poder relaxante das cores. Com um baixo consumo de energia, proporciona uma experiência

única. O produto possui crivos salientes, que facilitam a limpeza e pro-porcionam jato linear e intenso com maior conforto. Seu jato é linear, com fluxo continuo e o efeito colorido da água é proporcionado por LED’s (fontes luminosas de alta eficiência). Cada cor traz uma sensação e um estimulo diferente. Além disso, o produto possui controle de acio-namento com sete variações de cores, próprio para a Cromoterapia e a função randômica, na qual as cores são alternadas automaticamente.

Lançamento da Coral, a tinta Acrílico Total é um produto in-dicado para ambientes externos e internos. Sem cheiro e de fácil aplicação, segundo uma pesquisa realizada, 86,4% dos

consumidores avaliaram a intensidade do cheiro como fraco/sem cheiro. (Instituto responsável: PERCEPTION Pesquisa em Análise Sensorial Ltda). Seu acabamento é superior e, se seguidas corre-tamente as instruções de aplicação, a tinta permite resistência à abrasão 30% maior que o mínimo exigido pelo PSQ para categoria Premium, mantendo a proteção das superfícies pintadas após a limpeza. Sua cobertura é 50% maior que o mínimo exigido pelo mesmo órgão e categoria. Além disso, o produto é lavável, o que abre a possibilidade de 30% mais ciclos.

radial rede

Banho em cores

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O ano de 2015 está se encerrando, mas vai le-var com ele grandes iniciativas do setor de arquitetura, engenharia e construção para

saúde que, inclusive, renderam prêmios a seus auto-res. Me refiro ao Primeiro Prêmio HealtHARQ, rea-lizado em agosto em São Paulo.

O evento, que reuniu os mais renomados profissio-nais do setor, elegeu 36 premiados nas categorias: Profissional em Destaque (Arquitetura, Engenharia e Construção, infraestrutura); Marcas Mais Lembra-das (Acabamento, interiores, infraestrutura); Cases de Sucesso (Projeto, Engenharia e Construção, Am-pliação); e instituições do Ano (Hospital Sustentável, Hospital Conceito, Hospital Modelo).

O objetivo do prêmio não foi apresentar dados matemáticos ou científicos, mas sim homenagear o respeito conquistado por estas pessoas, marcas e instituições devido trabalho realizado em prol da arquitetura, engenharia e construção para saúde no Brasil.

Um dos homenageados na categoria Profissional em Destaque – infraestrutura é o Perfil da nossa edi-ção: Salim Lamha Neto.

Engenheiro industrial, modalidade mecânica, gra-duado pela faculdade de Engenharia industrial em 1976, ele tem também um lado que nem todos co-nhecem, como sua paixão pelo automobilismo, os títulos de Campeão brasileiro e sulamericano de rallye de velocidade, e a presença nas reuniões de um clube de charuto que preserva a prática da boa conversa e das viagens entre amigos.

Mas a revista traz também alguns cases focados em outro assunto que há muito tempo se fala, mas tem sempre novidades a apresentar, a humanização. Na comunidade da saúde é trabalhada como forma

Reconhecimento profissional

Palavra da Editora

de atender melhor aos usuários de clínicas e hospi-tais assim como de oferecer melhores condições de trabalho aos profissionais do setor.

Embora ainda esteja engatinhando em países como o Brasil, as técnicas intimistas para garantir maior conforto aos pacientes estão cada vez mais presen-tes nos projetos de arquitetura da saúde. Uma prova dessa adequação humanizada focada no usuário é o recente retrofit da Eye Clinic.

Para cada ambiente desta edificação foi elabora-do e desenvolvido uma especificação que atendesse aos critérios de operação e comodidade. Durante a escolha do mobiliário, a instituição teve sempre como premissa prezar pela durabilidade e a ergono-mia. O mobiliário adotado busca atender as necessi-dades dos pacientes com dificuldade de mobilidade.

Um ótimo final de ano e até 2016!

Patricia Bonelli,Editora da Revista HealthARQ

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Custos hospitalares ainda representam uma abordagem

pouco conhecida, mas re-correntemente explorada nas justificativas para os altos custos dos serviços de saúde em diversos paí-ses. Estudos realizados pela federação internacional de Hospitais (iHf) apontam a gestão do edifício, desde a construção à gestão da operação, como item de alta relevância e de signifi-cativo impacto na compo-sição dos referidos custos.

Em publicação realizada em 2014, o administrador hospitalar José Cléber Nasci-mento Costa comenta sobre o assunto: “Para um hospital ter qualidade, é importante manter equipes multiprofis-sionais; ...é vital ter equipa-mentos de última geração, mas não se admitindo aten-dimento impessoal, pois a tecnologia não substitui a pessoalidade do atendimen-to; é necessário também le-var em conta, como atributo de qualidade, o preço médio

Redução de custos em edificações de saúde: contribuições da arquitetura e engenharia para um problema global

Fábio Bitencourt Arquiteto D Sc e Professor

ARQ Coluna

cobrado pelos serviços” (Ar-quitetura e Engenharia Hos-pitalar, Editora Rio Books, 2014, p. 346)

Nos dias 19 a 21 de abril de 2016 acontecerá em Ge-nebra, Suíça, o Geneva He-alth forum, uma discussão importante em busca de so-luções para reduzir os custos para construção e manuten-ção dos edifícios hospitalares sem, no entanto, interferir na sua qualidade assistencial. Um tema de interesse para o futuro da saúde em todo o mundo. O Workshop Re-ducing hospital operating costs throuh better design (Reduzindo os custos ope-racionais do Hospital através da qualidade do projeto), promovido pela União inter-nacional de Arquitetos (UiA) e a federação internacional de Hospitais (iHf), represen-ta um passo intermediário no processo de desenvolvi-mento de um projeto signifi-cativamente mais complexo sobre o tema.

Esse encontro propõe--se a definir um programa

operacional para redução de custos em edifícios para serviços de saúde. Será a contribuição de especialis-tas de todas as regiões do planeta que possam contri-buir com suas experiências e pesquisas para produzir as bases do conhecimento que possibilitem identificar situações críticas.

Dentre as muitas neces-sidades identificáveis que possam contribuir para esta finalidade, destaca-se a ne-cessidade de serem pro-duzidas recomendações e conteúdos especialmente focados em ações para re-dução dos custos hospitala-res, incluindo-se:

• custos da construção através de decisões prove-nientes do projeto;

• custos da gestão e da operação “in use”;

• manutenção e trans-formação das “facilities” do hospital.

O termo facility muito uti-lizado pelos países de lín-gua inglesa, e até mesmo em Portugal, ainda não dis-

põe de uma palavra ou ex-pressão que o defina intei-ramente no Brasil, além de ter a palavra facilidade mui-to distante do seu amplo significado. Pode-se aqui utilizar a referência para as instalações, equipamentos e sistemas que compõem a edificação hospitalar. Pode também significar todas as instalações prediais e hospitalares, sistemas de transportes verticais e ho-rizontais, além de outros serviços que os edifícios de saúde requerem para o seu funcionamento.

Muito embora a tradu-ção do termo “facility ma-nagement” para a língua portuguesa não esteja ain-da efetivamente padroni-zada há quem o utilize na sua integralidade criando um anglicismo. A Associa-ção Brasileira de facilities (ABRAfAC) traduz “facility management” como “ati-vidade de administração e gerenciamento de serviços e atividades de infraestru-tura destinadas a suportar

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etapa da construção e da gestão funcional. Sendo as-sim e de forma estaratégica, os participantes dos estu-dos iniciais recomendaram a adoção das seguintes fases em que é possível ter impac-to na redução de custos:

• técnica de controle de custos/taxas/tributos;

• Valor do trabalho (custos da construção);

• Custos operacionais (in-use);

• Custos de manutenção;• Gestão de custos;• Custos de demolição;• Custos de mobilidade e

infraestrutura;• Custo de sustentabili-

dade.Em paralelo, uma discus-

são recorrente envolve os custos sociais implícitos, vis-to como um dos componen-tes de alta complexidade a serem considerados no que se refere aos custos hos-pitalares. As suas diversas interpretações, os aspectos culturais e a transparência política e social de cada país

a atividade fim de uma or-ganização”. Já a Associação Portuguesa de facility Ma-nagement (APfM) apresenta o termo como “gestão inte-grada dos locais e ambientes de trabalho, com o objectivo de optimizar os espaços, os processos e as tecnologias envolventes”.

Em Genebra, o Workshop proposto deverá dar solidez aos ”estudos e encontros promovidos pelo professor e arquiteto italiano Roma-no Del Nord (faculdade de Arquitetura de florença), pelo arquiteto suíço Hans Eggen Membro Executivo e ex-Presidente do Programa de trabalho de Saúde Pú-blica da União internacio-nal de Arquitetos - UiA) e pelo médico francês Eric de Roodenbeke (Presidente da federação internacional de Hospitais).

Os encontros técnicos, as reuniões já realizadas, assim como as previstas, propõem-se a elaborar e apresentar um produto final

que auxilie no “desenvolvi-mento de orientações e re-comendações destinadas a direcionar o projeto para as soluções que resultem nos custos do investimento ini-cial, bem como contenham as despesas durante o uso, gestão e manutenção das instalações”.

Algumas inovações de processo do planejamento do estabelecimento assis-tencial de saúde passam a ser recomendadas a en-fatizar a participação do cliente em decisões que envolvem o conhecimento de todas as etapas, desde a concepção projetual à ges-tão do edifício.

Outro aspecto importante a ser considerado nas ações propostas será a vinculação aos distintos contextos so-cioeconômicos e sistemas de saúde dos diferentes pa-íses envolvidos no projeto. Conhecer e adotar proces-sos de desenvolvimento de projetos compatíveis com as especificidades de cada

podem interferir diretamen-te nos resultados a serem obtidos. Variáveis de difícil mensuração.

Há uma tensão natural en-tre os custos de investimen-to e os custos operacionais conforme os mecanismos de investimentos e os respecti-vos parceiros envolvidos. E de acordo com o documen-to preliminar referente ao evento “é necessário rever-ter a tendência de limitar os investimentos que podem conduzir a custos operacio-nais muito elevados”.

Há também uma expec-tativa no cenário interna-cional sobre os resultados e sobre as possíveis contri-buições que esse encontro de especialistas em Gene-bra possa resultar. Assim como o que suas propostas possam apresentar para a economia e qualidade dos edifícios de atenção à saú-de sem, no entanto, com-prometer a qualidade dos respectivos serviços.

Um bom desafio!

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A frase acima é uma famosa ci-tação de Winston

Churchill, um dos mais in-fluentes políticos da his-tória, proferida em um discurso na Câmara dos Comuns do Reino Uni-do, em 28 de outubro de 1944. O significado da ci-tação, muito repetida por autores e pesquisadores, é o reconhecimento de que, ao longo do tempo, as pessoas acabam por to-mar a qualidade (ou o de-feito) dos edifícios em que vivem e trabalham. Em suma, primeiro o homem molda o edifício, depois é

a utilização terapêutica do ambiente construído – pesquisa científica aplicada à arquitetura hospitalar

“First we shape our buildings, thereafter they shape us.”

Marcio nascimento de oliveiraProf. Arq. Msc. e Presidente da ABDEH

ARQ Coluna

moldado por ele.Desde o século xix a en-

fermeira Britânica florence Nightingale, desenvolven-do sua teoria de cuidados com a saúde, já enfatizava que os elementos físicos do ambiente eram vitais para a saúde do indivíduo. Deste então a ventilação e a iluminação natural fo-ram incorporadas à forma de se projetarem os edifí-cios de saúde, em particu-lar as alas de internação, sendo entendidos como elementos fundamentais para afetar positivamente a saúde do paciente.

Desde então, diferentes

pesquisadores desenvol-veram pesquisas que mos-travam como o ambiente físico afetava a saúde hu-mana e o bem-estar, com abordagens relacionadas à compreensão so efeito terapêutico do ambiente, gerando uma onda de in-tegração entre as diversas disciplinas que se relacio-nam com a saúde humana.

No século xx todos os teóricos da arquitetura de alguma forma con-templaram a influência do espaço na saúde das pessoas. Neste último pe-ríodo, diversos pesquisa-dores realizaram estudos

dos espaços construídos e sua influência sobre o comportamento humano, resultando na adoção do termo “Psicologia Arquite-tural”. Mais recentemente, esta área do conhecimen-to ganhou um sentido mais amplo, não apenas relacionado ao ambiente edificado, passando a se adotar o termo “Psicolo-gia Ambiental”.

Mais recente, o conceito de Arquitetura ou Design ou Arquitetura Baseada em Evidências vem sendo utilizado para categorizar os projetos desenvolvidos com base em recomenda-

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ções advindas de resulta-dos científicos, tomando como princípio as ideias de determinismo arqui-tetônico, ou seja, o reco-nhecimento de que o am-biente físico exerce uma influência real e mensurá-vel no bem-estar de seus ocupantes e desempenha um papel fundamental no processo do cuidado da saúde. Como as re-comendações advindas de evidências científicas diferenciam-se da forma tradicional de se pensar e

definir o espaço, observa--se que ainda são poucos os projetistas que utilizam esta metodologia, que tem na Psicologia Am-biental um de seus pilares conceituais.

As recomendações pro-jetuais da Arquitetura Baseadas em Evidências incluem aspectos impor-tantes para a saúde dos usuários, tal como o foco na redução de estresse, o que é conseguido por meio da provisão de espa-ços dedicados ao supor-

te social, a utilização de elementos arquitetônicos que permitam, dentre ou-tros aspectos, o controle e a privacidade do paciente, uma decoração que pro-mova as distrações posi-tivas (por meio de obras de arte, música, entrete-nimento) e um paisagis-mo que explore de forma ampla a influência da na-tureza. Os jardins terapêu-ticos, aliás, são exemplos bem conhecidos de utili-zação das recomendações da Arquitetura Baseada

em Evidências. Coloca-se, neste mo-

mento, a necessidade de se ampliar a revisão acer-ca dos diversos estudos existentes, relacionados à utilização terapêutica do ambiente construído, de forma a proporcionar uma maior sistematização e utilização dos resultados, sejam no aprofundamen-to ou na aplicação de seus achados, na busca por projetos mais eficientes e ambientes mais resoluti-vos e humanizados.

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Uma empresa de prestação de ser-viços de Saúde,

seja uma clínica médica ou um hospital de porte, ne-cessita compor e consoli-dar um documento que, com aval de seus dirigen-tes, defina com bastante clareza qual é o negócio que operam ou preten-dem operar. O conheci-mento do Ambiente onde se propõe implantar o mesmo esclarece que, em serviços médico-hospita-lares, poderemos realizar de forma que sejam con-sumidos e remunerados por nossos clientes, levan-

Edifício de Saúde e o Plano de negócio

João Carlos BrossArquiteto, Docente e Consultor em Arquitetura da Saúde

ARQ Coluna

tar a estratégia mercado-lógica que pretendemos adotar para conquistá-los e em que recurso físico vamos realizar a sua en-trega às pessoas e pacien-tes que os demandam.Para fazer operar o Ne-

gócio, seus dirigentes necessitam de “capital de investimento” a ser aplica-do nas instalações físicas, nas tecnologias médica e de informação e comuni-cação, recursos que, ao lado das competências profissionais, são funda-mentais para a produção de serviços médico-hos-pitalares de qualidade. O

Plano de Negócio deverá compor o montante de re-ceitas, despesas e resulta-dos financeiros projetados para quando da operação plena, indicando qual o retorno previsto do in-vestimento e o tempo sua amortização. instalações físicas e tec-

nologias médicas e de informação represen-tam um valor significati-vo quando da montagem inicial ou melhoria de um negócio de Saúde. Arqui-tetos e Engenheiros, tan-to de projetos, como de construção, têm um papel marcante no estabeleci-

mento de um Negócio Viável, ao encontrarem custos de obras e equipa-mentos cujos valores de amortização que permi-tam um tempo de retorno aceito pelos investidores, com seus montantes re-tirados dos resultados da operação do negócio.Recomendamos que

adequações nos edifícios, mesmo que setoriais, ou a incorporação de no-vas tecnologias médicas, gerem um Plano de Ne-gócios que indique se o mesmo é viável ou requer alterações para que assim se torne!!!

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Instituição modelo Ampliação do Hospital Sírio-Libanês conta com alta tecnologia e cuidado aos detalhes

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Com um projeto que se caracteriza por um avanço tecnológico grande, aplican-do inclusive materiais de nanotecnolo-gia, a expansão do Hospital Sírio-Liba-

nês, entregue este ano, duplicou a capacidade da instituição de 350 leitos para em torno de 700 leitos. “A expectativa ao utilizarmos tecnologia de ponta nas Novas torres é que isso traga menos custos de manutenção e aumente o conforto do paciente desse edifício”, comenta Antonio Carlos Cascão, Superintendente de Engenharia e Obras do Hospital Sírio-Libanês.

Segundo Cascão, apesar de toda tecnologia dis-ponível não só no prédio, mas para o processo de obras, durante o período de construção, a logís-tica de implantação da obra denotou algumas di-ficuldades, pois com as restrições que existem no município de São Paulo em relação a circulação de veículos de grande porte, foi preciso trabalhar de modo planejado para abastecer a obra. “Conciliar isso com os interesses dos vizinhos, para causar o menor impacto possível na vizinhança, trazendo materiais e abastecendo durante a noite, sem dú-vida necessitou de um bom gerenciamento.”

A construção das Novas torres teve início em 2009, com investimento de, aproximadamente, 1,9 bilhão de reais, que também inclui a moder-nização e ampliação de estruturas já existentes, como o Ponto Atendimento, e o Centro de Diag-nósticos.

Segundo Gonzalo Vecina Neto, Superintenden-te do Hospital Sírio-Libanês, as reformas e am-pliações estão transformando a instituição em uma instituição contemporânea. “Este comple-xo, com 85 mil m² e modernos sistemas de ge-ração de energia elétrica para contingencias, de ar-condicionado, de tratamento de esgoto para o reaproveitamento de água e menor utilização de carga elétrica é um edifício ambientalmente cor-reto, que atualizou o restante dos edifícios tam-bém”, afirma.

Apesar das obras concluídas, a ocupação das Novas torres deve levar entre dois e três anos. Segundo Cascão, a expectativa é que em 2017 to-dos os leitos já estejam em utilização.

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Cuidado aos detalhesApesar da maior visibilidade ser para as áreas visíveis da insti-

tuição, como tamanho da edificação, interiores e paisagismo, o hospital tratou para que cada detalhe da estrutura fosse cuida-dosamente implantado, garantindo segurança, serviços e con-forto aos pacientes e colaboradores.

“Aceitamos um grande desafio, com uma meta bastante ousa-da, tendo em vista que as atividades deveriam acontecer com o hospital em pleno funcionamento, garantindo as diretrizes pré-estabelecidas de responsabilidade ambiental e social”, comen-ta Wagner Meirelles, Gestor de Contrato da temon técnica de Montagens e Construções, responsável pelas instalações elétri-cas, hidráulicas, sistema de combate à incêndio e gases medici-nais das Novas torres do Sírio-Libanês.

A instalação dos gases medicinais, por exemplo, seguiram com seriedade o compromisso e os processos que garantem níveis de limpeza das tubulações e qualidade nas soldas. “Para garantir a segurança do usuário, a execução foi feita através

de mão de obra qualificada, utilização de equipamentos de alto desempenho e materiais de primeira linha”, garante Meirelles.

Segundo o Gestor de Contrato, outro item de grande relevância no processo é o monitoramento e acompanhamento dos engenheiros e técnicos para evitar inversões nas linhas, item que poderia gerar grande impacto para uma institui-ção de saúde.

No que diz respeito às instalações elétricas, foram utilizados os melhores equipamentos e tecnologias disponí-veis no mercado interno e externo, pois todo sistema de distribuição elétrica em baixa tensão foi feito através de barra-

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mentos blindados que im-portamos da Hungria em parceria com a Empresa Schneider Electric. “Além disso, todo sistema apre-senta diversos tipos de redundância, ou seja, duas ou três fontes de alimen-tação distintas visando a segurança dos pacientes. E por fim submetemos todo sistema há um comissiona-mento com os mais altos rigores de atendimento de normas e especificações técnicas”, explica Meirelles.

Para favorecer a eco-nomia de energia, toda instalação elétrica foi de-senvolvida atendendo aos

requisitos do LEED no que diz respeito a performan-ce e eficiência energética. “Utilizamos sistema de ilu-minação com luminárias a LED’s importadas de Por-tugal pela Empresa trilux, instalamos também um conjunto de trocadores de calor que utilizam água das torres de resfriamen-to para aquecimento da água, utilizada na central de água quente”, comenta.

Em relação a preven-ção de incêndios, a ins-tituição também tomou os cuidados necessários, foi instalado um siste-ma de prevenção através

de chuveiros automáti-cos (sprinklers) e hidran-tes distribuídos por toda edificação. “Utilizamos a técnica do sistema groo-ved (ranhura) eliminando assim todo tipo de solda elétrica do processo de instalação”, conta o Gestor de Contrato da temon.

Já as instalações hidráu-licas, que foram realizadas em um período de três anos, recebeu tubulações de água fria e reuso, es-goto, águas pluviais, água quente, bombas de recal-que, redutoras de pressão, louças e metais. foi insta-lado também uma estação

de tratamento de efluen-tes com uma capacidade de 10m³/h através de um sistema de ultrafiltração visando a reutilização dos recursos naturais.

“Os processos visam o desempenho das bombas, redutores de pressão, vál-vulas de balanceamento, vasos de pressão, garan-tindo a segurança dessas instalações. Além disso, o comissionamento de todo sistema, através de testes de pressão e estanqueida-de, também nos ajudaram a oferecer um sistema con-fiável e sem vazamentos”, finaliza Meirelles.

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O investimento não para

Além do investimento em seu complexo principal, o Hospital Sírio-Libanês também realizou, recentemente, reformas e ampliações em outras unidades da instituição. Por exemplo, a Unidade Brasil, que passou por reforma para a implantação da área de ressonância magnética no primeiro semestre de 2015.

fora a implantação de um equipamento de ressonância magnética, hou-ve também a reforma de alguns locais, para mudança de layout das novas áreas. “Apesar de o equipamento de ressonância magnética não emitir ra-diação, a sala destinada para recebê-lo ganhou uma blindagem específica, com o intuito de evitar as interferências de rádio frequência e eletromagné-ticas”, explica Eduardo Vassoler, engenheiro da Consfat Engenharia.

Localizada na Rua itararé, no mesmo bairro do complexo Sírio-Libanês está sendo construída uma nova unidade de ultrassom, voltada à filantro-pia. “Os projetos de arquitetura e engenharia desta edificação procuraram manter as características originais do imóvel que já existia no local, usando a alta tecnologia para fazer as adequações necessárias, sem deixar de lado também as normas de acessibilidades”, conta Marcos Peres, engenheiro da Consfat.

Com espaço físico reduzido para recebimento e estocagem de material, a obra foi dividida em fases, começando pela demolição, seguida do reforço de fundação, estrutura, e acabamento. “tudo sempre acompanhado com os sistemas de instalações Elétricas, Hidráulica, Gases Medicinais, Dados, Ar Condicionado e Bombeiro”, ressalta.

Não só nos projetos, mas também durante o processo de obras, a sus-tentabilidade foi trabalhada, reaproveitando todos os tijolos da demolição

para execução das novas caixas de passagem e encunhamento de alvena-rias. “O descarte de entulhos ocorreu através de caçamba, porém, separan-do entulho seco dos demais materiais, e levados para aterros credenciados”.

Já na unidade do hospital em Brasí-lia (Df), está havendo a ampliação do “Bunker” , no subsolo da edificação. “Na realidade, estamos construindo uma nova sala de Radioterapia, contando com todas as paredes de concreto de alta densidade, laje de concreto com espessura de 1,5m, bloqueando assim, a passagem da radiação”, conta Marcos Peres, engenheiro da Consfat.

Como a construção vem ocorrendo com a instituição em funcionamento, para não atrapalhar o fluxo normal do hospital foi isolado o acesso interno, utilizando materiais que garantissem o isolamento acústico. Além disso, todo o trabalho está sendo executado com acesso externo”, revela.

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Para não perder a excelênciaSanta Casa de Misericórdia de Santos amplia e revitaliza espaços

Fundada em 1543, a Santa Casa de Misericórdia de Santos possui 700 leitos, 2.700 internações, 25 salas cirúrgicas e realiza 160 mil procedimentos ao mês. Primeiro hospital do Brasil, maior hospi-

tal da Região Metropolitana da Baixada Santista, é hoje centro especializado de referência.

Para não perder a excelência, neste ano, a instituição deu início a uma série de obras de expansão, que com-preendem 840 metros quadrados no quinto andar e na Ala B da instituição. Além disso, o hospital conta com recursos específicos para a melhoria, que agregará no-vos leitos de maternidade para atender ao SUS e par-ticular, reforçando o setor de maternidade já existente no quarto andar no hospital, a Ala H.

O projeto Arquitetônico contempla 26 leitos de ma-ternidade, todos com suíte, salas executivas de en-fermagem, medicação, exames e curativos, quarto de plantonista, copa e banheiro de funcionários.

As obras na maternidade constituem a primeira eta-pa da obra, com a construção de um novo andar sobre o telhado atual. A próxima etapa do projeto é a cons-trução de uma Uti pediátrica com dez leitos, sobre a ala C. O prazo previsto para a conclusão da nova obra é de 12 meses e está orçada em R$ 3,4 milhões. Há planos de se construir também uma Uti pediátrica cardiológica e uma enfermaria para adultos.

De acordo com a diretoria da construtora, “a logís-tica da obra garantiu o bom andamento do processo.

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toda a laje foi imperializada e a construção aconteceu em etapas”. “Elaboramos um cronograma fí-sico com início em março de 15 e término em fevereiro de 16”, completa Carlos Alberto indame, Engenheiro Civil da Engeplus, responsável pelo processo.

A diretoria da Santa Casa de-clarou ainda que a verba para o projeto trata-se de uma multa aplicada à antiga Cosipa - Com-panhia Siderúrgica Paulista, de-corrente de ações trabalhistas. Em acordo entre Ministério Pú-blico e Justiça do trabalho, ficou decidido que o valor de aproxi-madamente R$ 20 milhões fosse

destinado à Santa Casa. “A quan-tia será liberada em parcelas e só pode ter uma finalidade: gastos com infraestrutura e mediante prestação de contas”, afirma.

Para não atrapalhar o funcio-namento normal do hospital, desde o início das obras, a equi-pe que executa o serviço tem tentado amenizar ao máximo o barulho gerado pela constru-ção, que também tem contado com o auxílio da tecnologia. “A utilizamos, principalmente, na escolha da estrutura metálica em lugar da convencional (pro-cesso construtivo, com utiliza-ção de materiais mais leves e

modernos), revela indame.todo o trabalho foi realizado

com cuidado especial em cada uma das etapas, zelando sempre pela segurança dos pacientes. “isso envolve uma sequencia de serviços, iniciando-se pela reti-rada do entulho existente, lim-peza geral e impermeabilização da laje antes da retirada do te-lhado existente”, destaca o en-genheiro, que garante que sua equipe encontrou dificuldades apenas em momentos isolados da construção, como na retira-da do entulho existente embai-xo do telhado, o que provocou atraso do início da obra.

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Crescimento em focoHospital Alvorada Moema amplia alas e da continuidade a trajetória de sucesso

Fundado em 1961 pelo médico fernando Mauro Pires Ro-cha, o Hospital Alvorada Moema deu os seus primeiros passos com a criação de um consultório na região Sul de São Paulo, onde conquistou, com atendimento humaniza-

do e personalizado, a confiança e a preferência dos moradores no seu entorno.

Dois anos depois, com o intuito de oferecer atendimento equi-valente às necessidades dos seus clientes, o Dr. fernando percebe a possibilidade de ampliar a estrutura do serviço oferecido. Com a ampliação das instalações em 1963, o consultório se transforma no Pronto-Socorro Alvorada.

Em 1967, o Dr. fernando associou-se a outros três médicos: o Dr. Geraldo Rocha Mello, o Dr. Samir José Kalil e o Dr. David Schapira. Por meio da nova sociedade, o pronto-socorro foi transformado em Casa de Saúde, com alas para Emergência, internação, Centro Cirúrgico, Obstétrico e Raios x, alcançando, dessa forma, o nível terciário de atenção à saúde.

Em 1974, a Casa de Saúde foi demolida para dar início à constru-ção do Hospital e Maternidade Alvorada, sendo esta obra execu-tado pela antiga Construtora fakiani, empresa fundada pelo pai do André, o Engo. Antônio fakiani (“in memoriam”), e inaugurado em 1976, com 122 leitos, dos quais 14 exclusivos para terapia in-tensiva, e sete salas cirúrgicas, sendo duas obstétricas.

Com o decorrer do tempo, o hospital passa por mais uma re-forma, iniciada em 1996 e concluída em 2000, sendo batizado de Hospital Alvorada Moema e contando com 209 leitos, dos quais 29 para terapia intensiva, além de dobrar a quantidade de sa-las cirúrgicas (totalizando 14). Nesse mesmo período, começa a construção do Medical Center Paulista (um anexo ao hospital), inaugurado em 1999, com estrutura para 262 consultórios, um mini-shopping, amplo estacionamento e praça de alimentação.

Uma segunda ampliação foi realizada em 2005 e outra, em 2009, com a inauguração de mais 19 leitos de Uti.

Em 2009, o grupo Amil adquiriu o hospital e, em 2010, deu-se início ao processo de acreditação pela JCi. Em 2011, foram inau-

gurados oito leitos ViP e o conforto médico com novo conceito, além de realizada a ampliação dos leitos de Uti pediátrico.

Porém, o investimento da instituição em infraestrutura física não parou.

Novas demandas estão por vir, como as obras do Centro de Reabi-litação do Hospital Alvorada Moe-ma. “A execução da obra ocorrerá de maneira integral e contínua. Po-rém, internamente visando garantir o sucesso do projeto com relação à qualidade, custo e prazo dividimos o em três fases: planejamento; exe-cução e finalização”, adianta André fakiani, Sócio-fundador da fakiani Construtora, escolhida para realizar o processo.

Para atender o prazo de nove meses e garantir que a obra seja entregue com todos os requisitos atendidos, foi desenvolvido um pla-nejamento prévio e detalhado em parceria entre a engenharia da fa-kiani e a manutenção do hospital, afim de programar as atividades au-xiliares de maneira que não impacte as atividades referente ao caminho crítico do projeto, considerando também as restrições da área em que o terreno está implantado.

Já no projeto da construção do Novo Pronto Socorro infantil, os maiores desafios serão realizar as

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internação e OrtopediaEm fase final, a instituição também soma aos seus investi-

mentos nas obras das alas de internação e ortopedia. Neste processo, devido à interferência dos andares ocupados, e as instalações comuns ao hospital em funcionamento, foi desen-volvido um planejamento prévio e detalhado entre a engenha-ria da empresa executora e a manutenção do hospital, afim de programar o isolamento correto das áreas permitindo as frentes de trabalho necessárias à execução das atividades em total segurança e dentro do prazo acordado. “Nosso principal desafio neste processo está sendo conciliar os serviços a serem executados com as atividades do hospital em funcionamento”, diz fakiani.

Embora a obra não conte com a certificação LEED, a equi-pe trabalha sempre em prol da sustentabilidade atuando em ações que visam a redução dos impactos ao meio ambiente, evitando desperdícios e reduzindo consumo. “Os entulhos es-tão sendo coletados e transportados de maneira a diminuir os riscos de contaminação no hospital e estão sendo destinados a locais autorizados e especializados no descarte e reciclagem de material”, reforça.

ExpertiseA fakiani Construtora,

através de suas experiências em construções hospita-lares adquiriu expertise na realização de projetos em unidades em funcionamen-to, sem deixar comprome-ter o bom andamento das atividades do cliente. isso é resultado da constante bus-ca por inovação nos servi-ços e uma equipe técnica bem estruturada. todo esse Know-how da empresa é implantado no planejamen-to detalhado do projeto e no acompanhamento da realização das atividades exatamente conforme pla-nejado, garantindo o suces-so na execução da obra.

atividades necessárias à obra de maneira a causar o menor impacto possível à vizinhança e principalmente ao funciona-mento do Hospital Alvorada, localizado no terreno limítrofe ao Canteiro da obra, a logística de abastecimento da obra, que exige bastante planejamento, devido as restrições do local com relação a circulação de veículos de grande porte, e o espaço limitado do canteiro de obra.

“A tecnologia esteve bastante presente nesta obra, desde o planejamento, com a utilização de software de gerencia-mento de projetos para a gestão de escopo e prazos, soft-ware que possibilitam a compatibilização dos projetos entre disciplinas, até a utilização de sistema de enfermagem com iP que garantem maior funcionalidade e eficiência do siste-ma para funcionários e pacientes”, relata fakiani.

Segundo o Sócio-fundador, para garantir a qualidade da obra, a empresa utiliza o Sistema de Gestão da Qualidade da fakiani, que atua de forma integrada com a equipe de obra, planejamento e custo.

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Investimento que não paraHospital Brasília amplia e revitaliza instalações ao longo dos anos

Com o objetivo de acolher da melhor forma pos-sível quem precisa passar por algum procedi-mento médico, o Hospital Brasília passa cons-tantemente por reformas, tanto na estrutura de

atendimento, quanto em sua estrutura física.Uma das grandes obras realizadas foi a construção do

novo setor de pronto atendimento, finalizada em 2008. O espaço passou de, aproximadamente, 150 m² para uma área com 1000 m². A nova ala está mais moder-na, com instalações mais confortáveis e, após a reforma, contabiliza cerca de 6 mil a 8 mil atendimentos por mês.

Em 2009, o setor de radiologia do hospital passou por um projeto de modernização e contou com a aquisição

de uma nova máquina de ressonância magnética, além da digitalização dos serviços de imagem, que possibi-litou a visualização dos arquivos por meio do sistema informatizado presente nas diversas áreas assistenciais. Este ano foi adquirido e está em processo de instalação um novo equipamento de tomografia, que possui 256 canais e, por isso, opera de forma mais rápida e com me-lhor qualidade de imagem, auxiliando no diagnóstico de pacientes oncológicos. Para complementar, também foi feita a aquisição do PEt-Ct, um novo equipamento de tomografia computadorizada que possibilita o diagnós-tico, com mais precisão, de doenças do coração, câncer e desordens do cérebro.

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O hospital está investindo também em obras na área de hotelaria, com a reforma de apartamentos antigos e a construção de acomodações maiores, voltadas para o conforto tanto do paciente quanto do acompanhante. Os novos apartamentos contam com projeto de ventila-ção e paisagismo. A primeira etapa das obras foi finali-zada em 2012 e conta com 13 apartamentos na Unidade 4, em um total de 600 m². A segunda, na Unidade 3, ganhou um espaço total de 900 m²

As obras seguiram ainda pela ampliação e revitaliza-ção da Unidade de terapia intensiva (Uti), que ganhou, além de mais 24 leitos (distribuídos em 1000 m²), equi-pamentos mais modernos, como um novo parque de ventilação mecânica.

Durante todo o processo, a instituição teve alguns parceiros. Entre eles, a CONBRAL, que teve seu primei-ro vínculo em 2003 para fazer o retrofit e ampliação do Hospital Brasília, localizado na SHiS Qi 15 conjunto G lago Sul Brasília Df.

“A área final após a ampliação é de 16 mil m², onde to-das as suas dependências e instalações foram revitaliza-das em diversos contratos parciais até a presente data”, conta Paulo Muniz, Diretor da CONBRAL SA CONStRU-tORA BRASÍLiA, que vem realizando todas as obras civis, reforços estruturais em casos específicos, revestimento de piso, parede e forro, aplicando o que há de mais moderno em acabamento, bem como o fornecimento de grande parte da marcenaria, instalações compreendendo, insta-lações elétricas, instalações hidrosanitárias, ar-condicio-nado, telemática, Gases medicinais e luminotécnico.

Hoje, o prédio do Hospital Brasília está composto por uma recepção central, e sala internação; 120 apartamen-tos, divididos em cinco unidades de internação, sendo quatro apartamentos considerados ViP´s, compostos de ante sala, banheiro para visitantes e outro para o pacien-te, copa, amplo apartamento com closet , acabamento de alto padrão e área média de 60 m² cada; além de três apartamentos para pacientes infectados.

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A Uti da instituição possui 49 leitos, divi-didos em três unidades; já o pronto-socorro está composto por recepção e sala de espe-ra, 20 boxes de observação, 11 consultórios, posto de enfermagem, sala de emergência e procedimentos invasivos, triagem e toda es-trutura operacional, além de estacionamento externo com 45 vagas.

O Centro Cirúrgico por sua vez, conta com sete salas cirúrgicas, sendo duas delas con-cebidas para cirurgias de pacientes infecta-dos e uma sala de “cirurgia inteligente”; além de sala de RPA, de pequenos procedimen-tos, e toda estrutura para o funcionamento do setor, como vestiários, estar médico, salas administrativas, arsenal, prescrição médica, assepsia, equipamentos, sala para recém nascidos, DML Expurgo, vestiários e copa.

Nesta área, ao longo do processo de am-pliações e aprimoramentos, foram implan-tadas uma sala de ressonância magnética, outra de tomografia, sala de indução, três salas de Rx, sendo um aparelho digital e um telecomandado, sala de mamografia e sala de densitometria. também duas salas de ul-trassonografia, sala de endoscopia, recepção com espera para 31 pessoas, e toda estrutu-ra adjacente necessária para a operação do setor, como salas administrativas, sanitários, expurgo, DML, sala de laudos, sala de digita-ção, entre outras.

“Estamos executando mais uma espaço para ressonância magnética, onde haverá substituição do tomógrafo e implantação fu-tura de um novo tomógrafo. O projeto prevê também uma sala de cintilografia, de inje-tados, e a reformulação de toda área com-plementar, para adequação às novas condi-ções”, adianta Muniz.

Equipado com duas autoclaves, uma termo-desinfectora e uma osmose, o espaço é dotado de central de material esterilizado, preparo, esterilização química, armazenagem e distribuição de material esterilizado, além de área suja, com recepção e lavagem de material sujo.

Este espaço possui, além da recepção, da sala de inflamáveis e estoque de suprimentos, uma sala de soro, análise de compras e distribuição, DML, área de medicamentos controlados (Psicos), barreiras, fracionamento, distribuição e estrutura adjacente neces-sária para a operação do setor.

Cada detalhe

Centro de Diagnóstico por imagem

CME - Central de Material e Esterilização

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Com adequação das áreas e implanta-ção de uma câmara fria, área de açougue, nutrição e estoque, além de cocção, lava-gem de panelas, DML, sala administrati-va, substituição do sistema de exaustão e renovação de ar da área, está área ga-nhou novos ares após as obras.

O espaço apresenta capacidade para 72 refeições simultâneas, e também o refeitó-rio ViP do hospital, que pode oferecer 14 refeições simultâneas.

Subdividida em área suja, limpa e de expedição, a lavanderia passou por ade-quação para a implantação dos novos equipamentos, como lavadoras de roupa, secadora, e maquinas para passar a roupa.

Composto por sala de exame, com toda sua adequação para recebimen-to do equipamento de hemodinâmica da marca Philips, sala de RPA, con-sultórios, salas administrativas e operacionais, recepção. incluindo nova es-trutura para acesso e reforço estrutural para recebimento do equipamento.

Além disso, toda a parte de instalações foi ampliada ou substituída, por exemploa subestação rebaixadora de energia elétrica, com carga amplia-da para 2.000 KVA, 13.800/380/220v, a instalação eletromecânica de três Grupos Motor Geradores, sendo uma unidade de 247/275 KVA carenado e duas unidades de 405/450 KVA x 380V carenado.

O atual sistema de ar condicionado está constituído de duas torres alpi-nas totalizando 200 tR, 2 chillers a AR de 60 tR cada totalizando 120 tR, 2 chillers a ar totalizando 42 tR para as ressonâncias (18tR + 24tR)

Já o sistema de alimentação de água potável, totaliza 180 mil litros, e o sistema de alimentação de água quente, através de quatro queimadores de passagem de 200 mil Kcal/h e vazão de 8 l/min e três bombas para pres-surização ligadas em série de 4 KW cada com dois reservatórios térmicos de 10.000l no total

Por fim, a central de gases foi composta de tanque de oxigênio de 15 mil litros com redundância de 18 cilindros, Óxido nitroso com quatro cilindros de 5m³ cada, Dióxido de carbono: seis cilindros de 5m³, Nitrogênio com seis cilindros de 5 m³ cada e central de vácuo.

Cozinha industrial

Refeitório de funcionários do hospital

Lavanderia

CtCV (Centro de tratamento Cardio-Vascular) – Hemodinâmica

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Planejamento em execuçãoUnimed Sorocaba realiza obras de ampliação

A Unimed Sorocaba vem trabalhando através de um planejamento estratégico de longo prazo, previsto para ser executado em quatro anos, visando cumprir a missão da empresa: ofere-

cer as melhores soluções de saúde para seus ambientes, valorizar os colaboradores e respeitar as medidas sócio-ambientais.

instalado em um espaço de 67 mil m², o Hospital Uni-med Sorocaba, está cercado por uma área verde que fa-cilita a humanização, utilizando como uma das formas o contato com a natureza. “Até este momento, crescemos horizontalmente, agora começamos a verticalizar a edifi-cação. Entretanto, ela mantém toda uma estrutura arquite-tônica horizontal, que favorece desfrutar da natureza”, res-salta Paulo Ungaro, Vice-presidente da Unimed Sorocaba.

Durante o processo de ampliação, as obras foram di-vididas por setores e executadas por duas empresas de engenharia. A Omar Maksoud Engenharia coordenou e executou a ampliação da Unimed Sorocaba das alas de pronto-socorro, salas de confortos médicos, laborató-rios, centro de ortopedia, construção de uma Uti neo-natal, sala de geração e transformação de energia, sala de sutura e ampliação da Uti adulta. Mais duas obras importantes foram acrescentadas ao escopo do contrato inicial, sendo elas, a ampliação do estacionamento e a construção do Centro de Atendimento e Diagnósticos no Shopping Plaza itavuvu.

Aqueles que compreendem a sala de geração e trans-formação de energia tiveram início em setembro de 2012 com término seis meses depois. Já nas demais uni-

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dades, caracterizadas como serviços in-ternos, as obras tiveram início em dezem-bro de 2012 e terminaram em novembro de 2013. “Porém, 60 dias antes do seu iní-cio, foi feito um cronograma de atividades detalhado, em conjunto com a engenha-ria hospitalar da Unimed, a fim de diminuir os riscos nas execuções das obras”, lembra Paulo Cesar Paris Bermejo, engenheiro da Omar Maksoud Engenharia.

A Unidade da Uti neonatal foi construída na parte central do hospital, desde a fun-dação, montagem de uma estrutura metá-lica e fechamentos em alvenarias e placas de gessos, esquadrias metálicas e mate-riais de acabamentos, com vários tipos de instalações especiais (inclusive hospitalar), que interligavam as novas alas com as já existentes. todo o processo foi realizado de maneira que não houvesse interrupções na antiga Uti neonatal, que nesse momen-to estava em pleno funcionamento, sepa-rada apenas por uma parede acústica. “foi um desafio muito grande. Graças à dedica-ção de todos os envolvidos, tudo pode ser cumprido da melhor maneira e dentro das metas previstas”, comenta Bermejo.

O gerente da engenharia da Omar Maksoud Engenharia revela que em função dos dados históricos obtidos com a equipe de facilites da Unimed, fazia-se a programação das atividades a serem realizadas no período, gerando um documento com descrição detalhada de todos os serviços a executar, previsão de prazo, responsáveis pelas ações e alo-cação de recursos necessários. Semanal-mente, realizavam-se reuniões presenciais para atualizar e reprogramar as atividades caso houvesse desvios significativos.

A tecnologia também esteve presente no processo operacional e gerencial. Ela foi incorporada na construção através de funcionários altamente treinados e qua-lificados para realização dos serviços. “Mantivemos uma equipe técnica integral

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indireta em todas as fases da obra, forma-da por engenheiros, técnicos de edificação, arquiteto, técnico de segurança, mestre de obras e topografia. Além disso, sempre que possível, aplicamos um recurso denominado como “Construção Seca”, muito difundida nos países Europeus e nos Estados Unidos da Amé-rica, onde os produtos são feitos em fabrica e na obra realiza apenas a sua montagem. Esse sistema tem várias vantagens em relação ao convencional. tais como: menor ruído, diminui-ção de sujeiras, diminuem os desperdícios, ga-nho de qualidade e menor prazo de execução”.

também foram utilizados equipamentos e ferramentas de última geração, como equi-pamento a laser e a perfuratriz de concreto, adotada para realização das demolições, o que possibilitou o processo com baixo índice de ruído. “Nossa política de trabalho adota-da é que, acima de tudo, estaria a seguran-ça e o conforto dos pacientes, nada poderia se sobrepor a isso. Partindo desse principio, executamos os nossos trabalhos com ponde-rações e ações preventivas, gerenciando os riscos com medidas de mitigação, por meio de conhecimento profundo das áreas afeta-das, possibilitando a realização das tarefas de forma ordenada e sem interrupção”.

Apesar de toda tecnologia e da equipe qua-lificada, como toda obra, essa também apre-sentou algumas dificuldades. Como as cons-truções eram espalhadas internamente por todo o hospital e próximas às áreas em fun-cionamento, em termos logísticos, os aces-sos aos locais da obra eram bem complexos. “Adotar rigorosamente as normas de segu-rança do trabalho e prever acessos alternati-vos, através de instalações de plataformas aé-reas, foram algumas estratégias que criamos para conseguir realizar os trabalhos”, revela.

Apesar da obra não possuir certificação construções sustentáveis do LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), adota-mos sempre que possível os seus conceitos, através da compra de materiais de menor im-

pacto ambiental, utilização de equipamentos com baixo consumo de água e energia; produtos com baixo índice de VOC; madeiras de reflorestamentos (fSC).

A obra atendeu rigorosamente a Resolução 307 do Conselho Na-cional do Meio Ambiente (Conama), onde estabelece diretrizes para a gestão dos resíduos gerados pela construção civil, com o objetivo de disciplinar as ações necessárias de forma a minimizar os impac-tos ambientais. Assim como a proteção de solos expostos, implan-tação, operação e manutenção da lava-bicas; manutenção da pro-teção da boca-de-lobo; kit mitigação disposto na frente de serviço; baias centrais de resíduos da obra; triagem dos resíduos produzidos em obra; procedimentos de logística reversa; mantendo boa a qua-lidade do ar interno; materiais de baixa emissão (VOC – Composto Orgânico Volátil); formação dos funcionários sobre as práticas am-bientais e; comunicação visual da obra (sinalização, placas).

O bom relacionamento entre todos os envolvidos foi a base do su-cesso desta obra. Qualquer ação a ser adotada, seja de ordem estra-tégica ou operacional, era feita em conjunto entre a Omar Maksoud, a direção e a engenharia da Unimed Sorocaba, sempre mantendo como padrão de metodologia de trabalho, uma vistoria técnica nos locais e uma análise criteriosa dos projetos existentes, antes de ini-ciarem os serviços em campo, possibilitando com isso o sucesso do empreendimento em todas as suas etapas.

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Cuidado especial em cada detalhe

O Hospital Unimed Sorocaba manteve atenção não somente ao projeto da instituição como um todo, mas buscou especialistas para aplicar cuidadosamente as devidas características a cada espaço da instituição. Os projetos direcionados às recepções dos pacientes, tanto para coleta de exames, quanto para entrega dos resultados, por exemplo, possuem uma característica comum através da implementação de elementos que proporcionem sensação de bem-estar e aconchego através de cores mais quentes, quadros, iluminação e materiais de acabamento como madeira, evitando am-bientes com características impessoais.

Além das questões de humanização, merece desta-que em todo o projeto, a reformulação do layout, que ampliou o número de atendimentos sem comprometer a funcionalidade e a nova linguagem de caráter mais pessoal e menos institucional. “A proposta dos novos layouts para as recepções em questão, levou em con-sideração a logística para se realizar as obras, de ma-neira a não interromper os atendimentos, minimizar os transtornos e agilizar a finalização”, comenta zuremar Basso Maia, arquiteta da zuremar Arquitetura.

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Arquitetura das recepções foi integrada dentro do projeto através do átrio principal existente, que já apli-ca o conceito da humanização do espaço, integrando o exterior com o interior através de grandes panos de vidro, ambientes de convívio nas poltronas da espera, café, vegetação interna, elementos esses que foram balizadores para as novas recepções. “Para a ilumina-ção, a proposta foi substituir as luminárias de lâmpa-das fluorescentes por placas de LED na cor 3000K, nos pontos já existentes, de maneira a proporcionar me-lhor conforto visual e reduzir o consumo de energia”, revela zuremar.

Segundo a arquiteta, as cadeiras e poltronas foram escolhidas pensando no conforto e na facilidade de manutenção e outros elementos da decoração dão o suporte para proporcionar ambientes mais aco-lhedores.

A proposta dos novos layouts para as recepções em questão, levou em con-sideração a logística para se realizar as obras, de maneira a não interromper os atendimentos, minimizar os trans-tornos e agilizar a finalização”.zuremar Basso Maia, Arquiteta da zuremar Arquitetura

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Investimentos em infraestruturaHospital e Maternidade Metropolitano da Lapa inaugura Unidade Cardiointensiva e passa por reforma global

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O Hospital e Maternidade Metropo-litano da Lapa inaugurou, no início deste segundo semestre, uma Uni-dade Cardiointensiva (UCi) com 10

leitos individualizados, sendo um deles para pacientes que necessitam de isolamento, em uma área total de 230 m2. Com essa iniciativa, a instituição amplia em 5% sua capacidade de atendimento, totalizando 212 leitos.

A UCi do Hospital Metropolitano atende pacientes de baixa, média e alta complexida-de, que apresentarem complicações de doen-ças cardiovasculares. “Estamos preparados para tratar, além dos pacientes com proble-mas coronarianos, patologias como urgência e emergência hipertensiva (elevação abrupta da pressão arterial), infarto agudo do miocárdio, angina instável (um tipo de dor no peito cau-sada pela redução do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco), insuficiência cardíaca con-gestiva (doença na qual o coração não con-segue mais bombear sangue suficiente para o resto do corpo), valvulopatias cardíacas e pro-blemas vasculares, com ainda mais segurança e agilidade, em uma área específica para essas situações”, destaca a Diretora da instituição, Maria Claudia Dalaneze Gomes.

Os pacientes internados na Unidade Car-

diointensiva contam com suporte de equipe multidisciplinar, composta por médicos cardio-logistas em regime de plantão 24 horas, além de fisioterapeutas, psicólogas, fonoaudiólogas e nutricionistas. Os profissionais seguirão um protocolo de “Dor torácica”, implementado pelo Metropolitano durante a acreditação do hospital pela Organização Nacional de Acredi-tação (ONA), cujo objetivo é atuar de maneira focada e ágil junto a pacientes com suspeita de insuficiência coronariana.

“temos uma equipe de cirurgiões cardíacos a postos, que são acionados sempre que há ne-cessidade de realizar procedimentos de emer-gência e urgência, em que a rapidez é deter-minante para a contenção de complicações e sequelas para os pacientes”, explica a diretora.

Mas não foi só na Unidade Cardiointensiva que o Hospital Metropolitano investiu recen-temente. A instituição vem passando também por uma reforma global em vários de seus pi-sos. “fomos contratados para reformar os pa-vimentos desde a sua raiz, ou seja, ‘remover’ o pavimento existente e todas as suas infraes-truturas e executar um novo pavimento apto a funcionar”, conta fernando Martins, Diretor da teixeira Duarte Engenharia.

Martins revela que, o primeiro passo deste

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processo foi executar a demolição de todas as paredes, tetos, revesti-mentos de pisos e infraestruturas do pavimento em causa. “Para isto, participamos de reuniões prévias de coordenação com o hospital e com as equipes de manutenção, garan-tindo que os demais pavimentos não sejam afetados”, ressalta.

Em seguida, iniciou-se a execu-ção do pavimento propriamente dito, com a execução de contra piso, marcação e levantamento de paredes e execução de todas as infraestruturas necessárias. “Os trabalhos consistem em executar todos os revestimentos internos, desde forros (gesso) a pavimen-tos (vinílico e mosaicos) e paredes (formica e mosaicos), incluindo to-das as esquadrias, louças e serra-lharias”.

O processo que teve início em janeiro deste ano, deve terminar 2015 concluído. No decorrer das obras, foram utilizados caminhões de entulho, materiais diversos e caminhão caçamba. “Nos primeiro meses, chegaram a ser utilizados, em média, dez por semana, redu-zindo, gradualmente, conforme os serviços era executados”, revela Martins.

Por tratar-se de uma obra em ins-tituição de saúde, uma das princi-pais preocupações no decorrer do processo tem sido trabalhar sem afetar o funcionamento normal da instituição. “Uma das dificuldades encontradas nesta obra esteve no fluxo de materiais, especialmen-te pelo horário para recebimento, muita vezes noturno”, comenta o Diretor.

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Conceito de alto padrãoComplexo hospitalar em MG está na vanguarda das estruturas modernas por adotar verticalização e flexibilidade na edificação

Um verdadeiro obstáculo para qualquer instituição de saúde é adotar um projeto de ampliação focado na tendência da verticalização e flexibilidade da estru-tura. Essa proposta arquitetônica desafiadora é uma

realidade nas recentes obras de expansão do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, em Uberlândia (MG).

Neste projeto a verticalização total das estruturas foi adota-da por falta de espaço físico. Já a flexibilidade foi aplicada no plano de obras para permitir possíveis intervenções ao longo dos próximos anos.

Diante destes desafios, o processo de reformulação deste

complexo necessitou adequar diversos setores, criando estruturas que ainda não existiam e re-tirando outras que não eram necessárias dentro do ambiente hospitalar, como a lavanderia, ser-viços de manutenção e a administração.

“Quem lida com hospitais, sabe bem do quan-to é complicado reformar e adequar com a es-trutura em funcionamento”, acrescenta o arqui-teto e urbanista Clóvis Lima, contratado há mais de dez anos para criar o projeto de adequação da estrutura do Santa Genoveva.

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Composição

Ao analisar as particularidades da obra, Clóvis comenta que esse moderno prédio possibilitará o intercambio do complexo com o mundo via web. “Esta edificação possui toda a estrutura que viabiliza a troca de informações, a me-lhoria no atendimento e a capacidade instalada de proce-dimentos de alta complexidade em convênio com grandes centros ao redor do mundo”, diz o arquiteto.

O novo prédio é formado por uma torre de seis andares, que totaliza 3.300m². O primeiro pavimento térreo abriga uma Unidade Coronariana (Uti), com 11 leitos de internação, sendo um leito de pós-operatório para cirurgia cardíaca. Já o segundo pavimento é constituído por oito salas cirúrgicas, sendo duas delas especiais: uma Sala inteligente (preparada para cirurgias de vídeo e robótica) e outra Sala Híbrida, com equipamento de hemodinâmica para cirurgias cardíacas e neurocirurgias de alto risco. As outras seis são para cirurgias gerais, além do apoio de nove leitos de pós-operatório.

O terceiro pavimento e compostos por uma Uti Geral - Adulto, que conta com dez leitos de internação e um leito de isolamento com toda infraestrutura de apoio.

O quarto pavimento, que anteriormente seria ocupado pela administração, foi destinado ao tratamento oncológi-co, com dez poltronas de tratamento, sendo duas infantis, sete adultos e uma de emergência. Além de laboratório de fármacos, três consultórios para atendimento, áreas de apoio e área de acolhimento de pacientes.

O quinto pavimento, que antes seria ocupado pela admi-nistração (deslocada para fora da estrutura hospitalar) será ocupado por treze leitos de Hospital Dia, sendo que três deles destinados a pediatria e os demais para uso geral. áreas de apoio como posto de enfermagem e serviços e demais áreas necessárias, com instalação também de duas salas de apoio técnico – pesquisa clínica e sala de reuniões clínicas – discussão de casos.

Já o sexto pavimento é estritamente técnico e abrigará a casa de máquinas de dois elevadores de maca (transpor-te vertical), central de refrigeração com todo estrutura de filtros das áreas criticas e elétrica com central de distribui-ção e gerador de energia. Além da estrutura de reserva de água para abastecimento do prédio. “A ideia e que todas as torres do hospital sejam independentes estruturalmente”, acrescenta Clóvis Lima.

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tecnologia de ponta

Quatro décadas investindo

Atualmente, a demanda cirúrgica da instituição conta-biliza em média 600 intervenções ao mês, números que devem aumentar em 30%, conforme a diretoria do Santa Genoveva. “investimos cerca de R$ 17 milhões em uma estrutura totalmente moderna, que consolida o Comple-xo como referência tecnológica na região. Vamos am-pliar em 20% a nossa capacidade de atendimento e em 30% a capacidade cirúrgica, bem como garantir tecnolo-gicamente o aumento da segurança, qualidade cirúrgica e de internação”, esclarece o gestor Ricardo Sá.

O Diretor financeiro-administrativo do Hospital San-ta Genoveva, Gilson fayad, afirma que a instituição visa promover a melhoria da qualidade no atendimento, não apenas com instalações novas, mas acima de tudo com o uso de novas tecnologias. “Buscamos proporcionar ao Complexo Hospitalar um avanço rumo ao que acontece nos maiores centros médicos do país e do mundo”, des-taca fayad.

A tecnologia aplicada na instituição é totalmente ino-vadora na região, tanto nas salas cirúrgicas, quanto nas Uti’s. “temos a primeira Uti da região com o sistema de condicionamento de ar limpo e box individualizados por paciente. todo ar que circula nas Uti’s será filtrado 100% e, constantemente, sem troca com o meio exterior. isso significa que ocorrerá a filtragem de todo e qualquer tipo de bactéria que circule no ar. Com isso, os índices de infecção hospitalar nas Uti’s serão minimizados, o que

A cada dia a área da saúde está inovando e incorporan-do novos procedimentos e o Santa Genoveva Complexo Hospitalar acompanha esse desenvolvimento. Em outu-bro deste ano, o empreendimento comemorou 40 anos e anunciou ampliação com novos serviços e tecnologias para a população, com investimento de mais de R$ 1,5 milhão. “Estamos em fase final de estruturação e a nossa intenção é inaugurar até o fim do ano um setor de oncologia, com três novos consultórios, oito leitos para quimioterapia em adultos e dois leitos para crianças”, adianta Ricardo Sá.

Para cirurgias de baixa complexidade, o hospital vai ofe-recer 13 novos leitos de Day Clinic Cirúrgico para atender pacientes que passam por pequenos procedimentos ci-rúrgicos e não necessitam de internação.

garante a segurança dos pacientes internados evitando qualquer tipo de contaminação”, explica o administra-dor, Ricardo Sá.

A tecnologia de Sala Híbrida adotada na instituição é comum nos hospitais dos EUA e na Europa e nas-ceu a partir da necessidade de tratar casos cada vez mais complexos e de forma menos invasiva. Em Minas Gerais, o Santa Genoveva Complexo Hospitalar se con-solida como primeiro hospital do Estado a ter esta tec-nologia instalada.

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“Sempre com o intuito de ser moderno e com vistas à alta complexida-de, o grupo de diretores do hospital tomou como bandeira a modernização de todos os serviços e os investimentos necessários para a obra”.

Clóvis Lima, Arquiteto e Urbanista

Com esta ampliação, o Santa Genove-va também pretende instalar um servi-ço de transplante de Medula Óssea, que entrará em funcionamento até o final do ano. “É com imensa satisfação e orgu-lho que apresentamos mais este plano de expansão para o Hospital Santa Ge-noveva. Quando do término e conclu-são dessa construção, ao final de 2016, a construção estará consolidando o Santa Genoveva como o maior, o mais comple-to hospital e de maior complexidade da macro região do triangulo Mineiro”, diz Ricardo Sá.

Segundo o arquiteto Clóvis Lima, os investimentos do Complexo Hospitalar não param. Já está sendo projetada outra “nova torre” com sete pavimentos e mais de 8 mil metros quadrados de área, com um investimento estimado em mais R$30 milhões, que contará com uma estrutu-ra de apoio técnico, além de completa modernização da estrutura hoteleira e de serviços do hospital, criando mais de 70 novos leitos. “Sempre com o intuito de ser moderno e com vistas à alta com-plexidade, o grupo de Diretores tomou como bandeira a modernização de todos os serviços e os investimentos necessá-rios para tal”, salienta o arquiteto.

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Crescimento planejadoCom localização privilegiada, Hospital viValle cresce sem deixar de lado humanização e sustentabilidade

Competência, credibilidade, desenvolvimento, humanização, integridade e respeito, são valores que fazem do viValle, lo-calizado em São José dos Campos (SP), um dos principais Hospitais do Vale do Paraíba.

Em 2008, um minucioso projeto de expansão foi iniciado com o in-tuito de guiar a instituição em uma nova fase de crescimento. Um ano mais tarde, em 2009, o hospital ampliou em 30% o número de leitos de internação, além de uma nova área de conforto, nova recepção ex-clusiva para internação, novos vestiários para funcionários, bem como

a ampliação das áreas administrativas e melhorias nas áreas de apoio de Pronto Atendimento e Uti.

Em 2011, as obras continuaram com a reforma de 100m² e a ampliação de 40m² do Pronto atendimento, ampliando em 50% o número de leitos. Em dezembro deste ano, o Hospital viValle passou a fazer parte da Rede D’Or São Luiz, uma

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das maiores redes de hospitais pri-vados do Brasil, em um movimento de potencialização de investimen-tos para a excelência médica.

“fizemos a superestrutura em con-creto armado, em quatro setores, tendo como principal logística uma grua e dois guinchos cremalheiras para abastecimentos dos materiais nestes quatro setores”, conta a só-cia-diretora da ironfer Construções.

Segundo Solange, a principal difi-culdades que encontramos durante o processo foi em relação ao can-teiro de obras para estoque de ma-teriais. “Ele ficava bem distante do local de execução, provocando as-sim muito custo em relação e trans-porte interno de materiais”, ressalta.

Em 2012, novos frutos foram colhi-dos com a ampliação da Uti, cons-trução do novo Centro Cardiovas-cular Avançado e a inauguração do novo auditório do iEP. Já em 2013, foi entregue uma nova estrutura de Pronto Atendimento e iniciada as obras do Plano de Expansão viVal-le. No primeiro semestre de 2014, o Hospital inaugurou mais 10 leitos de internação e uma nova sala cirúrgica.

Atualmente, a instituição conta com 61 leitos, sendo 27 em aparta-mentos individuais, 18 apartamen-tos duplos e 16 em Utis. O complexo do Centro Cirúrgico possui quatro salas de operação e cinco salas de Recuperação Pós Anestésica, reali-zando aproximadamente 620 cirur-gias por mês, de pequeno, médio e grande porte. O pronto atendimen-to realiza mensalmente, em média, cinco mil e 800 atendimentos e dis-põe de seis consultórios.

O prédio atual foi inaugurado no ano 2000. Mas, desde então, já passou por diversas ampliações. Em 2011, passou por uma reforma na recepção e Pronto Atendimento, ampliando em 40% a área do Hos-

pital Dia. Em 2012, inaugurou o Centro Cardiovascular avançado (Hemo-dinâmica) e o novo auditório do instituto de Ensino e Pesquisa viValle. No primeiro semestre de 2014 inaugurou 10 novos leitos e até a conclusão do projeto de expansão a capacidade do Hospital será triplicada, passando a oferecer um total de 150 leitos.

O hospital está concluindo as obras do novo prédio, situado ao lado do prédio atual, e interligado por passarelas e áreas de circulação. “Essa em-preitada inclui diferentes obras dentro da instituição, que acontecem em paralelo, e que são parte do projeto de expansão, como a nova área de refeição de colaboradores e médicos”, comenta Ana Carina Bacha, Gerente de Operações do Hospital ViValle.

O novo refeitório está em fase de acabamento, o número de lugares dis-poníveis será aumentado em 60% em relação ao refeitório atual, e haverá monta carga interligando a cozinha e a copa de pacientes, facilitando o trabalho das copeiras e agilizando o atendimento. A lanchonete também será aumentada, passando a oferecer a visitantes o dobro do tamanho e uma cozinha exclusiva.

viValle fachada Lateral

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A obra do novo prédio foi construída no terreno ao lado do prédio atual. isolamos parcialmente o corredor social, que é o local onde será feita a inter-ligação dos dois prédios. Nos momentos de intervenção, tudo é programado e o paciente é informado através de comunicados internos, entregues no momento da internação. “Nos quartos com vista para a obra, foi instalado isolamento acústico, para diminuir o ruído da obra”, salienta Ana Carina.

O terreno do novo prédio era o estacionamento, por isso, o Hospital alugou um terreno somente para este fim a alguns metros do Hospital. Para garantir o conforto e praticidade para pacientes e visitantes, passou a oferecer o serviço gratuito de manobristas e complementou o serviço disponibilizando uma van, que faz o traslado entre recepção do Hospital e estacionamento diariamente, das 9h às 22h. Quando o paciente está debilitado, o carro é entregue na recepção principal. “Para a reforma da fachada, transferimos a entrada principal para um terreno lateral ao hospi-tal e mudamos o nosso fluxo interno”, diz a Gerente de Operações.

A sustentabilidade não foi esquecida em todo o processo e está presen-te através da utilização de energia solar. O novo prédio conta com sistema de aquecimento de água que utiliza energia solar, visando economia de energia elétrica, e diminuição do consumo de recursos naturais (água).

Do reuso de água. toda água proveniente da chuva é conduzida através das tubulações e enviada a um compartimento, onde é bombeada nova-mente para as caixas independentes para ser reaproveitada para serviços de manutenção e jardinagem, por exemplo.

E também da coleta seletiva. todo resíduo gerado pela obra, é separa-do em caçambas apropriadas e enviados para empresa que faz o correto beneficiamento desse material antes de ser destinado ao aterro sanitário do município. O objetivo é diminuir o volume de descarte ao máximo, re-duzindo o impacto ao meio ambiente. Atualmente são beneficiadas cerca de 280 toneladas de entulhos por mês.

“A sustentabilidade também se fez presente durante as obras através da utilização de reuso de águas, resíduos separados classificados e com descarte especifico, materiais com selo de sustentabilidade comprovadas, não há cer-tificação LEED”, comenta Solange Coelho, da ironfer Construções.

O projeto, que está aumentan-do em três vezes a capacidade inicial do hospital, teve a preocu-pação em manter as caracterís-ticas originais da instituição com enfoque em humanização. “todo o terreno está cercado por verde, então nós criamos os quartos e Uti’s com janelas voltadas para essa área preservada, priorizan-do a vista. Para se ter uma ideia da natureza que circunda o hos-pital, precisamos colocar telas nas janelas para evitar a entrada de animais”, conta Cynthia Kali-chsztein, Sócia-diretora da RAf Arquitetura, responsável pelo projeto.

Além da preocupação com o paciente, a humanização do projeto também teve como foco a equipe médica, criando no úl-timo pavimento da ampliação, uma área de conforto médico com varanda e uma vista privi-legiada. “A humanização está muito presente neste hospital. A própria iluminação contribui, pois buscamos levar o máximo de luz natural aos ambientes”, reforça Cynthia.

Dentro desta proposta de pre-servar as características do pré-dio antigo, para a fachada prin-cipal foram determinados brises em curvas. “Criamos uma facha-da única para o hospital, pois ela é a continuidade da linguagem que já existia na instituição”, diz flávio Kelner, Sócio-diretor da RAf Arquitetura.

O arquiteto ressalta que, com a expansão finalizada, quando se olhar para a fachada será pra-ticamente imperceptível o que faz parte do antigo e do novo.

Detalhes do Projeto

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“Conseguimos criar uma nova identidade com a for-ma curva. Buscamos apre-sentar uma fachada impo-nente e única, abraçando o prédio existente”.

A ampliação facilitou ain-da o fluxo dentro da insti-tuição através da implan-tação de dois corredores principais. “Outro ponto a ser ressaltado no que tan-ge ao fluxo é em relação a entrada do hospital, que antes era única e agora foi dividida entre pronto aten-dimento e entrada para vi-sitantes/outros, que está no prédio novo”, comenta a arquiteta. viValle fachada Noturna

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Projeto concretizadoHospital Unimed Campo Grande começa a inaugurar suas obras de ampliação

Com objetivo de ampliar o número de leitos hospitalares e ofere-cer atendimento diferenciado, o Hospital Unimed Campo Gran-de investe R$ 100 milhões em obra de ampliação do empreen-

dimento – que passará de 3.000 para 23.000m² de área construída. Distribuída em nove pavimentos, a nova estrutura contará com

180 leitos, 10 salas cirúrgicas modernamente equipadas, além de Uti adulto e infantil. “O Hospital Unimed Campo Grande atenderá as mais diversas especialidades médicas, com tecnologia de última geração. Vale o ressaltar aumento significativo do número de leitos de internação, situação de urgência em todo o Brasil”, destaca a pre-sidente da Unimed Campo Grande, Sarita Garcia Rocha.

Em junho de 2015, a diretoria da Unimed Campo Grande inaugu-

rou a nova Uti do hospital (provisória). Esta é mais uma entrega de trabalho do projeto de ampliação do Hospital Unimed CG.

O local conta com 300m², oito lei-tos (sendo dois de isolamento), novos equipamentos, uma sala de acolhi-mento a familiares e iluminação natu-ral. Além disso, há também uma área de preparo de medicamentos e ba-nheiro adaptado às necessidades es-peciais do setor.

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“É uma enorme satisfação verificar que uma das fases começa a se concretizar. isso demonstra o que será o novo Hospital Unimed Campo Grande no que se refere à tecnologia e avanço no atendi-mento à saúde”, afirma o Dr. João Bosco de Barros Wanderley, cooperado e um dos ex-presidentes da Cooperativa.

Já o coordenador da Uti, Dr. Carlos Geraldo Sobral de Medeiros, diz que a melhora na qua-lidade do ambiente de trabalho é fundamental para o desenvolvimento da atividade de qual-quer profissional: “Na área médica, isso gera enorme um efeito multiplicador da saúde do pa-ciente, além dos benefícios para o próprio médi-co, que pode desempenhar seu papel de forma ainda mais eficaz”.

O espaço foi inaugurado na presença da Comis-são de fiscalização de Obras do Hospital Unimed CG. Após o término da torre, a atual Uti mudará de local e o espaço inaugurado se tornará área de convivência.

Para finalizar, o presidente da Comissão e tam-bém ex-presidente a Unimed CG - Dr. Heber fer-reira Santana, afirma que a obra progride rapida-mente e que a inauguração da Uti é um marco.

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As obras foram divididas em três fases, pois estão acontecendo com o hospital em funcio-namento e o atendimento não foi interrompido durante todo o processo.

O projeto prevê isolamento acústico e térmico através de barreiras físicas, reduzindo o consu-mo de energia elétrica. Por ser totalmente em estrutura metálica, a obra reduz a quantidade de água e resíduos no processo construtivo.

As fundações também estão sendo execu-tadas em etapas. Em todas elas estão sendo envolvidos o tipo de fundação Hélice Contínua Monitorada. “As estacas executadas foram nos diâmetros de 45cm, 50cm, 60cm, 70cm, 80cm, 90cm e 100cm, variando de 12m a 16m”, revela Carlos Eduardo Steffens, Engenheiro da fun-solos, responsável pelo processo.

O processo de execução do estaqueamento não afetou o funcionamento do hospital uma vez que foi possível separar a obra do hospi-tal. A primeira obra a ser executada foi a Uti provisória que foi construída ao lado do hos-

Obras e sustentabilidadepital existente. “A entrada do equipamento de Hélice Contínua se deu pelos fundos do hos-pital e também dos equipamentos auxiliares e materiais. Essa obra possibilitou a mudança de local da Uti antiga, demolição do prédio no lo-cal onde ela estava localizada e preparação do local para ser executado as fundações do pré-dio principal”, conta.

Para garantir a segurança do prédio, além de todo o sistema, optou-se por executar três ensaios de prova de carga dinâmica e executar ensaio Pit (Pile integrity test) em 100% do es-taqueamento.

Assim que a Uti provisória foi finalizada e en-trou em funcionamento a antiga foi desativada e começou-se a demolição. “Na etapa seguinte, executamos as estacas de contenção que cir-cundam o prédio principal, o que possibilitou a escavação do terreno até o nível do subsolo. Executamos a fundação do prédio principal”, diz Carlos Eduardo Steffens, Engenheiro da funsolos.

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A obra de ampliação iniciou em fevereiro de 2015. Distribuída em nove pavimentos, a nova estrutura aumentará 20 mil m², contará com até 180 leitos, diversas especialida-des médicas e 100% de acessibili-dade para portadores de deficiên-cias físicas.

A construção é em estrutura me-tálica, o que reduzirá a quantidade de água e resíduos. Um isolamento acústico e térmico através de bar-reiras físicas reduzirá o consumo de energia elétrica. Durante todas as fases da obra o funcionamento do hospital será mantido.

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inauguração da Uti

Nova Uti“A entrada do equipamento

de Hélice Contínua se deu pelos fundos do hospital e também dos equipamentos auxiliares e materiais. Essa obra possibili-tou a mudança de local da Uti antiga, demolição do prédio no local onde ela estava localizada e preparação do local para ser executado as fundações do pré-dio principal”

Carlos Eduardo Steffens, Engenheiro da funsolos

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Nova estante da Palmetal garante melhor acomodação e praticidade

Organização eficiente

A organização es-pacial dentro dos estabelecimen-tos de saúde está

diretamente ligada com a escolha dos móveis que atenderão a cada setor. Pensando nas necessida-des hospitalares, a Palmetal desenvolveu recentemente uma estante, a modelo PBL, com capacidade de carga alta, de 100Kg por prate-leira, limpeza simples e boa ergonomia por não possuir colunas no piso, além de ser produzida em aço inox AiSi 304, com dez anos de garantia e da regulagem de altura feita através do encaixe das prateleiras. “Não é necessário apertar nenhum parafuso, o que

libera a equipe de manu-tenção que muitas vezes é bastante requisitada em outras atividades”, ressalta Alexandre Nascimento, Di-retor Comercial da Palme-tal Metalúrgica.

fabricada em aço inox AiSi 304 escovado, possui uma estrutura em perfil de chapa de 2mm. Prateleiras com laterais elevadas e fu-ração oblonga, a Estante PBL tem grande destaque para suas bordas altas, o que funciona como uma espécie de “gaveta”, permi-tindo o armazenamento de produtos pequenos e/ou frágeis, sem risco de que-da. Além disso, ela permite uma prática regulagem de altura, para melhor se ade-

quar às suas necessidades.Outro ponto importante

é o fato desse móvel ser totalmente fixado na pa-rede, sem as tradicionais quatro colunas em contato com o piso. isso permite uma limpeza muito mais prática do ambiente e um aproveitamento maior do espaço.

“É possível guardar mui-to mais material nesta es-tante do que em uma co-mum, pois, suas laterais fazem dela uma gaveta. isso também é importante quando se armazena líqui-dos, que ficam mais sus-cetíveis a quedas. A segu-rança da PBL é bem maior nesse sentido”, garante Nascimento.

Projetada inicialmen-te para o CME (Centro de Material Estéril), DML (De-posito de Material de Lim-peza) e farmácia, a estante PBL é um produto versátil que pode ser utilizada em praticamente todas as áre-as do hospital.

Oportunidade A Palmetal está à pro-

cura de hospitais priva-dos para degustarem a nova estante, modelo PBL. As três primeiras unidades interessadas, receberão uma unidade para teste. Basta entrar em contato pelo e-mail: [email protected]

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Planejamento detalhado

Cada vez mais a higienização vem ganhando destaque nos pro-cessos construtivos das instituições de saúde. Exemplos dessa primordial preocupação estão nas recentes adequações das uni-dades Morumbi, Jardins, ibirapuera, Alphaville e Perdizes do Hos-

pital israelita Albert Einstein.Essas edificações contam com pisos especiais, paredes com tintas que

permitem serem lavadas e cestos de descarte de lixos estrategicamente alocados nas salas.

Unidades do Albert Einstein são readequadas prezando pela higienização diante de um rigoroso gerenciamento de obras

Durante a execução destes pro-jetos foram desenvolvidos isola-mentos e vedações especiais entre as áreas em obras e em funciona-mento. tais fatores foram funda-mentais para não gerar contami-nação no ambiente hospitalar. Nestas unidades, além dos cuida-

Hospital israelita Albert Einstein - Unidade AlphavillePortas de acesso a Sala de Raio x e sala de comando

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dos com a higiene, outro ponto que ganhou evidência foi a segu-rança. todas as salas de exames foram concebidas seguindo pa-drões rigorosos de radioproteção. As salas de exames de forma geral contam com dimensões adequa-das para circulação de cadeiras de rodas e principalmente macas. Os visores plumbiferos foram

idealizados para que o operador tenha uma visão abrangente do paciente, independentemente onde este possa estar.Nos pisos não existe nada que

possa ocasionar algum acidente por queda. Já os banheiros possuem pisos

antiderrapantes, barras de prote-ção e um sistema de acionamen-to de emergência caso o pacien-te tenha algum mal súbito. Outro atributo inovador dessas

unidades são os equipamentos móveis com figuras infantis que transportam as crianças ao mun-do mais lúdico. Além disso, os prédios também contam com armários para armazenamento e organização de vestuários, mate-riais e acessórios. Quanto à iluminação, as salas

de exames possuem luzes com indicativo de radiação. Em locais específicos e estratégicos estão afixados informativos a respeito dos cuidados inerentes a radia-ção ionizante. A iluminação utili-zada no local é de alto rendimen-to (LED). As edificações contam com sa-

las de mamografia que possuem monitores, luzes, painéis espe-ciais e som ambiente. O hospital estuda-se futuramente persona-lizar mais salas de exames.

Confiabilidade no mercadoNo mercado desde 1999, a Ararat Engenha-

ria, com sede em São Paulo, atua na área de construção, reforma e ampliação de edifica-ções para o setor privado e público. A em-presa conta com dispões de uma equipe de engenheiros de alto nível técnico, dedicados e comprometidos com a qualidade, prazos e a otimização dos recursos. A Ararat é especializada na execução de

ambientes de saúde como hospitais e clí-nicas. Sua eficiente atuação no setor da construção civil se tornou sinônimo de qualidade e confiabilidade, oferecendo a melhor combinação de custo benefício aliado à experiência e competência técnica de seus serviços.

Hospital israelita Albert Einstein - Unidade AlphavilleSala com equipamento e canaletas finalizadas

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A equipe de obras definiu com a direção do hospital como seria feita a entrada e saída de mate-riais, funcionários e terceiros bem como horários para realização dos atendimentos. toda essa logística da reforma contribuiu para o al-cance do cronograma de obras. Na avaliação de Kegham Dadian,

Diretor da Ararat Engenharia, companhia responsável pela exe-cução das obras, um dos grandes desafios foi reformar a instituição em pleno funcionamento sem in-terferir na rotina do local. “Para que estas edificações pu-

dessem ser mantidas em fun-cionamento ao longo das obras foi necessário um planejamento detalhado e um cronograma dos serviços”, afirma Dadian.Ao longo deste processo foi feita

a redução dos ruídos com a uti-lização de isolamento acústicos nas paredes e a compartimenta-ção dos ambientes com constru-ção das paredes até a laje. Ainda de acordo com o profissional de engenharia, todo o transporte do entulho dentro do hospital foi rea-lizado por meio de carros cubas com tampa para evitar qualquer tipo de suspensão de poeira no local.“todo o material foi separado du-

rante a execução da obra. Depois desta etapa, o descarte é monito-rado e controlado. Durante a cole-ta, somente empresas licenciadas, certificadas e com autorizações le-gais foram contratadas”, afirma.

Missão

instalações de equipamentos • Unidade ibirapuera Equipamento Raio x Ysio, digital primeiro

raio x sem fio wi-D

• Unidade Alphaville Equipamento Axiom Luminos Drf Moderno Aparelho Digital 2 em 1 para

radiografia e fluoroscopia

• Unidade Jardins Equipamento Raio x Ysio, digital primeiro

raio x sem fio wi-D

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Hospital israelita Albert Einstein - Unidade AlphavilleSala de Raio x

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Garantia de qualidadeEm constante expansão, Hospital Santa Paula atenta aos detalhes da obra

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O Hospital Santa Paula foi fundado em 1958 como Pronto-Socorro Santa Paula, atendendo principalmente pacientes do inamps até 1987. Hoje, a instituição tem uma área física de 15 mil m². Conta com 200 leitos, sendo cinco suítes, 91

apartamentos privativos, 52 leitos de enfermaria, 32 na Unidade de terapia intensiva, nove na Unidade Coronariana e nove na Unidade de terapia intensiva Neurológica. Além disso, a instituição também possui nove salas de cirurgia, 50 leitos de terapia intensiva. Seu complexo hospitalar, é considerado um centro de excelência

na zona Sul da cidade de São Paulo, chegando a atender cerca de 100.000 pacientes por ano em seu Pronto Atendimento e realizar cerca de 7500 cirurgias por ano. Sua gestão arrojada treina e em-prega mais de 900 colaboradores diretos, 300 terceirizados, além de contar com um corpo clínico competente. Sempre investindo em crescimento, em 2002, iniciou a construção

iOHSP – instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula. Em 2006, as obras foram na UCO – Unidade Coronariana, da Uti – A, da Uti - B e implantação

da Uti – C, baseado nos conceitos modernos de humanização para o tratamento do paciente grave. No ano seguinte, o Hospital Santa Paula investiu R$ 2 milhões para a construção de uma nova ala de internação com um conceito estético baseado em hotéis boutique que une sofisticação à alta tecnologia em hotelaria. Em 2008, foi a vez da reforma da Ala C do Hospital, dando continui-

dade aos investimentos de 2007, introduzindo um novo conceito de hotelaria hospitalar, com apartamentos sofisticados e a utilização de um sistema de gerenciamento integrado com prontuário eletrônico. Mais tarde, em 2010, as enfermarias também passaram por refor-

mas, simultaneamente a ampliação do Pronto Atendimento, ocu-pando uma área de 680 m². Dando continuidade ao seu crescimento, a instituição inaugurou

em julho deste ano, o instituto de Oncologia Santa Paula. Com investimento de R$ 26 milhões o novo prédio tem capacidade para realizar 800 atendimento aos mês e conta com equipamen-tos de alta tecnologia, como é o caso da Radioncologia instalada no subsolo do iOSP. Além disso, a instituição investiu também em capacitação profissional. “O iOSP foi desenvolvido especialmente para atendimento de pa-

cientes oncológicos localizados na zona Sul da Cidade de São Pau-lo, onde não existe ainda nenhum Centro de Oncologia completo como este. Ele é dedicado ao tratamento e combate ao câncer e não possui internação. Caso esta seja necessária, o paciente é di-recionado para o Hospital Santa Paula”, explica George Schahin, Diretor Presidente do hospital.A tecnologia é outro ponto que ganhou destaque dentro do ins-

tituto de Oncologia Santa Paula. “Atualmente, utilizamos o mes-mo sistema de ti do Hospital Santa Paula. Ele atende a demanda de gestão eletrônica do instituto, inclusive todo o administrativo, que apoia o iOSP.”

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Sempre atenta a cada particularidade da obra e do acabamento, a instituição optou por utilizar as mais modernas soluções de revestimentos em cada uma das novas áreas. “Estamos nesta parceria com o Santa Paula desde 2012, e trabalhamos com os espaços da Uti, UCO, Medicina Nuclear, tomografia, Ressonância e Passare-la. Utilizamos pisos em manta homogênea Medintone PUR e conseguimos fazer o rodapé boleado para evitar o acumulo de sujeiras. Além disso, esse revestimento é termosoldado, o que também facilita a limpeza”, conta thiago zatz, Diretor Comercial da Revitech Pisos.zatz salienta que este piso tem propriedades bacte-

riostáticas e possui garantia de 10 anos, o que garan-te à instituição, se seguida as normas de manutenção recomendadas, estar isenta de obras de reparo neste período. “Além disso, o hospital pode usar um imper-meabilizante para manter o piso brilhando e prolongar a durabilidade”, reforça.Outro ponto a ser destacado no revestimento esco-

lhido é que além de serem produtos sustentáveis, usar pouca água na manutenção, permitiram que a criativi-dade do arquiteto fosse executada.

Cuidado com os detalhes

“Estamos nesta parceria com o Santa Pau-la desde 2012, e trabalhamos com os espaços da Uti, UCO, Medicina Nuclear, tomografia, Ressonância e Passarela. Utilizamos pisos em manta homogênea Medintone PUR e conse-guimos fazer o rodapé boleado para evitar o acumulo de sujeiras. Além disso, esse revesti-mento é termosoldado, o que também facilita a limpeza”.

thiago zatz, Diretor Comercial da Revitech Pisos

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Ambiente agradável

Foi construído sob a coordenação do engenheiro Rafael B. fehr, na ilha do fundão, no Parque tecnológico da Universidade federal do Rio de Janeiro (UfRJ), a Siemens R&D Center RJ. Lá estão concen-tradas todas as atividades de pesquisa e desenvolvimento do gru-

po e serão alocados mais de 800 colaboradores. A estrutura é totalmente voltada para inovação, e abrigará, inicialmente,

800 profissionais dedicados ao desenvolvimento de soluções de alta tec-nologia para o setor de Óleo e Gás. Neste contexto de alta tecnologia, o partido arquitetônico adotado foi de linhas retas e espaços cleans, onde a imponência do edifício se reflete na amplitude dos espaços, e na mo-dernidade e tecnologia das fachadas.O projeto do espaço levou em conta a implantação do edifício e o me-

lhor aproveitamento do lote respeitando os limites de recuos frontais, laterais e posteriores. O estudo inicial foi enviado para aprovação na Ale-manha e, só após a plena aceitação da matriz, o processo foi consolidado.A Siemens possui o conceito utilizado na construção dos espaços da em-

presa, chamado de Siemens Office, que prevê diversas áreas de convívio para seus colaborados, com sala de criatividade, sala 3D, salas de reunião e videoconferência, áreas de coffee break e lounges para descompressão. Além disso, o projeto reúne diversas qualidades que podem ser consi-

deradas como diferenciais, entre os destaques está a visão privilegiada para o mar, a linguagem contemporânea da arquitetura, com linhas retas e imponentes, e também a Certificação com o selo LEED GOLD, atestan-do que o prédio tem um caráter sustentável.

Novo Centro de P&D da Siemens Brasil, no Rio de Janeiro, conta com moderno sistema de climatização

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Na central de ar condi-cionado, estão instaladas duas unidades resfria-doras de líquido (Chiller) de condensação de ar de alta eficiência, com-pressor do tipo parafuso, com sistema de bombea-mento primário e bom-beamento secundário. “O sistema de controle para estes equipamentos foi distribuído através de unidades CLP (Controle Lógico Programável) de fabricação Siemens (har-dware industrial) de ação PiD (proporcional-inte-gral-derivativo), integra-do através de iHM (inter-face Homem/Máquina)”, explica o engenheiro David de Sousa Augusto, Gestor de Negócios da Constarco Engenharia.foram instalados tam-

Climatização

“Soluções como esta, adequadas às neces-sidades dos clientes, e alinhadas ao que há de mais avançado em termos de tecnologia, são resultados do tra-balho de uma equipe de mais de 850 pro-fissionais e da expe-riência de 36 anos da Constarco Engenharia, reconhecida pela sua excelência nos setores de instalação e manu-tenção de sistemas de ar condicionado”.Paulo Cesar Santini, Diretor-comercial da Constarco Engenharia

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bém, condicionadores de ar com sensores eletrônicos sensíveis, de precisão, com alto fator de calor sensível para condicionamento do ar, que funcionam ininterrupta-mente durante verão e in-verno, com controle restrito de temperatura e umidade relativa. “todos os equipa-mentos foram baseados nos mais modernos padrões de eficiência energética e sob os requisitos de certificação LEED, resultando na obten-ção do selo LEED GOLD”, re-força Augusto.De acordo com Paulo Cesar

Santini, Diretor-comercial da Constarco Engenharia, solu-ções como esta, adequadas às necessidades dos clien-tes, e alinhadas ao que há de mais avançado em termos de tecnologia. “São resultados do trabalho de uma equipe de mais de 850 profissionais e da experiência de 36 anos da Constarco.

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Em 1960, com o objetivo de dotar Brasília de um moderno centro de reabilitação, a fundação das Pioneiras Sociais implanta, na nova capital, um centro de reabilitação, inaugurado, em 21 de abril de 1960, pelo Presidente Juscelino Kubitschek, tratava-se do

Centro de Reabilitação SARAH Kubitschek.Oito anos mais tarde, Aloysio Campos da Paz Júnior é convidado para diri-

gir o Centro de Reabilitação SARAH Kubitschek e nele desenvolver as ideias que surgiram do seu treinamento em Oxford. Surge então o embrião do Conselho Comunitário, para dar apoio político ao futuro projeto.Em 1969, o Centro de Reabilitação, ampliado e adaptado, funcionando

também como hospital cirúrgico com 66 leitos, atende não só a Brasília como às populações das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País. Com isso, a instituição consegue que a Secretaria de Planejamen-to da Presidência da República e o Ministério da Saúde aprovem o projeto que prevê um futuro hospital. Mais tarde, em 1980, o SARAH torna-se realidade e é inaugurado pelo

Hospitais da Rede Sarah se destacam com a mesma identidade nas unidades espalhadas pelo Brasil

Projeto Diferenciado

Presidente da República. Nos anos de 1993, a Rede SARAH expande as suas atividades, inaugurando uma unidade em São Luís, no Maranhão, para co-meçar a atender a população no norte do Brasil. Porém esse era só o primeiro passo do crescimento. Nos anos se-guintes, a Rede se espalhou por Salva-dor, Belo Horizonte, fortaleza, Rio de Janeiro, Macapá e Belém.Em 2009, inaugura-se o Centro inter-

nacional de Neurociências e Neuror-reabilitação, no Rio de Janeiro, concre-tizando-se o ideal que começou com a implantação do Centro de Reabilita-ção infantil, na ilha da Pombeba.

Rede Sarah - Centro Brasília

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identidade característica

todas as unidades da Rede SARAH caracterizam-se por uma cuidado-sa integração de sua concepção arquitetônica aos princípios de orga-nização do trabalho e aos diferentes programas de reabilitação, defini-dos conforme os indicadores epidemiológicos da região em que cada unidade está inserida.Essa integração resulta, por exemplo, nos amplos espaços dos hos-

pitais da Rede SARAH, com seus solários e jardins, na humanização do ambiente hospitalar e nas enfermarias coletivas, com o sistema de assistência progressiva e o melhor aproveitamento dos recursos dis-poníveis.As unidades estão interligadas por tecnologias de comunicação à

distância. Os prontuários eletrônicos registram o cotidiano de cada pessoa em tratamento. Diagnósticos de patologias, casos e imagens radiográficas e fotográficas, bem como exames, podem ser discutidos conjuntamente, em tempo real, por meio de videoconferência, pelas equipes das diversas unidades, multiplicando seu potencial de conhe-cimento. também é possível acessar os prontuários de qualquer uni-dade, permitindo interconsultas e compartilhamento de informações.Além disso, o modelo de arquitetura em todas as unidades foi criado

pela genialidade do arquiteto João filgueiras Lima, mais conhecido por Lelé, falecido em 2014. Seus hospitais têm características próprias que, além de atenderem os requisitos das instalações hospitalares, objetiva através da arquitetura, reduzir a necessidade do condicionamento de ar através da utilização de processos naturais de ventilação e resfria-

mento adiabático.“Lelé sempre objetivou minimizar

as áreas com condicionamento de ar, privilegiando a ventilação natural e proteção de invólucro da edificação. E dentro deste modelo, em 1992, nos chamou para elaboração do projeto de condicionamento de ar da prefei-tura de Salvador, prédio localizado no Centro Histórico da cidade. Desde en-tão a Engenharia de Sistemas térmicos S/S foi a parceira de Lelé em todos os seus projetos, sendo os da Rede Sarah os maiores desafios e um permanente aprendizado”, comenta George Rauli-no, Sócio-proprietário e fundador da Estermic.O projeto da unidade do Rio de Ja-

neiro foi o último projeto de Lelé, e pode-se imaginá-lo como uma edifi-cação construída sob a copa de uma árvore, havendo uma cobertura cin-co metros acima dos ambientes, que projeta sombra e permite que o vento

Rede Sarah - Salvador

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passe entre a cobertura e o teto do prédio.Nesta unidade, sob todo o pavimento térreo há

o pavimento técnico onde o ar é captado nas fa-chadas de ventos predominantes através de venti-ladores. Se as condições de ar externo forem pro-pícias, este ar é inserido nos ambientes através de totens com registros motorizados. “O ar é, então, exaurido de forma natural através de aberturas motorizadas no teto dos ambientes. Quando as condições climáticas são desfavoráveis, os regis-tros de admissão e descarte de ar são fechados e o sistema de condicionamento do ar passa a atender aos ambientes”, explica Raulino.Já as salas de cirurgias são atendidas por condicio-

nadores individuais que cumprem todos os requisi-tos exigidos pelas normas e regulamentos brasileiros e da ASHRAE. As casas de máquinas, que abrigam os condicionadores de cada sala de cirurgia, estão localizadas no pavimento técnico abaixo da sala atendida, minimizando a extensão dos dutos de insuflamento, de retorno e de extração, facilitando operações de descontaminação dos dutos. “As salas têm o recurso de alterar a pressão interna de positiva para negativa com o acionamento de ventilador e registro de ar. todas as salas têm difusores laminares e retorno junto ao piso”, conta.

Em todas as unidades da rede o projeto de arquitetura privilegia o processo natural de climatização, restringindo a utilização do condicionamento de ar às áreas que reque-rem controle das condições do ambiente.Os sistemas de ar condicionado são do tipo expansão in-

direta com resfriamento central de água são utilizados em todas as unidades. “Nas unidades de Brasília e Belo Ho-rizonte são utilizadas unidades resfriadoras com conden-sação a ar e nas demais resfriadoras com condensação a água”, especifica.Segundo Raulino, o conhecimento do arquiteto Lelé e

atenção prestada por ele aos projetos complementares proporcionaram a plena interação entre arquitetura, estru-tura e instalações, havendo total harmonia, que se demons-tra durante as construções pela inexistência de questões maiores. “Apesar das soluções arquitetônicas adotadas na Rede Sarah privilegiarem a utilização de climatização natu-ral, os espaços técnicos reservados aos sistemas de condi-cionamento de ar sempre foram muito generosos”.O fundador da Estermic reforça que nos hospitais da Rede

Sarah, as salas de primeiro estágio, como são denominadas as Uti’s, são atendidas por sistemas de condicionamento de ar. Estes ambientes geminados com jardins, varandas, solários, onde o paciente volta a ter contato com o exte-rior. Há evidências que esta rotina proporciona mais rápida recuperação aos pacientes.

Especificidades

Rede Sarah - Belém

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Muito antes do conceito de sus-tentabilidade ter o alcance atual as unidades da Rede Sarah já o tinham em seus projetos. As unidades do Nordeste têm galerias sob os hospi-tais e nas extremidades há a entrada dos ventos constantes desta região e dutos verticais levam o ar aos am-bientes que não requerem ar-condi-cionado. A cobertura das unidades é feita de modo a otimizar a ilumi-nação natural e a proteção contra a incidência direta de radiação solar existe nas fachadas e nos sheds da cobertura. “todos estes são concei-tos ainda raros de se observar em edifícios no Brasil, mas que vêm tra-zendo benefícios à qualidade am-biental dos Hospitais e redução no consumo de energia”.

Climatização sustentável

Rede Sarah - São Luís

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Opção certaEscolha do vidro correto contribui para o combate a contaminação hospitalar

Um material moderno e ao mesmo tempo clássico. Assim se define, com poucos detalhes, o vidro. Utilizar o vidro na com-posição das edificações hospitalares tem sido algo bastante visível nos últimos anos. O uso deste material na envoltória

dos novos prédios é uma tendência atual. Este cristal tem agrega-do muita tecnologia às fachadas, com muito desempenho quanto ao controle de energia, além de muita transparência de designs.Devido a sua baixa porosidade, todos os vidros, de uma maneira ge-

ral, são recomendados para o ambiente hospitalar. A facilidade para limpeza que o material possui contribui para que não haja acúmulo de detritos, contribuindo para o controle da contaminação hospitalar. “O vidro antibactéria, além dessas características, possui a proprieda-de de eliminar as bactérias que possam se acumular sobre ele sen-do indicados para aplicação em locais que requeiram luminosidade, transparência e visibilidade como salas de espera, hall de elevador e circulação”, ressalta Katia Sugimura Simoes, Consultora externa AGC para o vidro antibacteria. Kátia salienta ainda que o vidro antibactéria pode ser utilizado como

espelho ou como revestimento de pa-redes, quando pitado, assim como nas janelas e portas dos quartos e divisórias internas. A propriedade antibactéria é aplicada

ao vidro através de um processo paten-teado pela AGC de difusão de íons de prata e outros metais. “Esta camada eli-mina 99,9% das bactérias na superfície do vidro em 24 horas e evita a prolife-ração de fungos”, garante a consultora.A camada de íons de prata garante não

só a ação antibactéria no vidro, mas tam-bém a maior durabilidade ao produto, uma vez que é incorporada ao material. “Esta durabilidade é de tempo indetermi-nado, só a garantia da AGC para a eficácia do produto dura por 10 anos”, afirma.

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Além do modelo bactericida, o merca-do dispõe de diversos modelos de vidro e sistemas de envidraçamento que, quando especificados e instalados corretamen-te, oferecem conforto térmico e acústico, com ganhos significativos na economia de energia elétrica (ar condicionado e ilumi-nação natural) . Os vidros de controle solar Stopsol, Su-

nergy são produtos da AGC muito utiliza-dos no mundo todo por sua alta eficiência energética e estética de acordo com as tendências na arquitetura. “A nossa empresa desenvolveu também

um vidro refletivo exclusivamente para o mercado brasileiro: Stopray Lamismart 24®, composto por versatilidade, fácil pro-cessamento, e ainda oferece maior trans-missão de luminosidade e menor fator so-lar que seus concorrentes diretos.”

Sustentabilidade

Os vidros de controle so-lar, por contribuírem na re-dução de energia elétrica para uso de ar condiciona-do e iluminação artificial, recebem pontuação para obras que buscam a cer-tificação LEED (Leadership in Energy and Environmen-tal Design).Outra medida de susten-

tabilidade adotada pela empresa não está direta-mente ligada a edificação, mas sim ao processo de fabricação dos produtos. Quando há quebra ou re-fugos do material, todos os vidros são 100% reci-clados.

“O vidro antibactéria, além dessas características, pos-sui a propriedade de elimi-nar as bactérias que possam se acumular sobre ele, sen-do indicados para aplicação em locais que requeiram lu-minosidade, transparência e visibilidade como salas de espera, hall de elevador e circulação” Katia Sugimura Simoes, Consultora externa AGC para o vidro antibacteria

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Hospital próprio

Com investimento de R$ 100 milhões, o Hospital Unimed chega a cidade de Governador Valadares (MG) para somar à Saúde do município. A instituição possui uma área total construída de 17.700m², com oito andares, além de um heliponto. A uni-

dade está voltada para atendimentos de média e alta complexidade, com capacidade de 168 leitos, disponíveis para internação clínica, ci-rurgia geral, intensiva adulta e pediátrica, maternidade e internação de recém- nascidos sadios e Uti. toda a superestrutura do hospital foi construída em estrutura me-

tálica, que, segundo o presidente da Unimed, Manoel Arcísio Araújo declarou à imprensa, mostrou ser o modelo construtivo mais adequa-do para a obra, além de ser mais rápido, possibilitando que em pouco

Unimed Governador Valadares investe em edificação com base em estrutura metálica

tempo todos os pavimentos estejam praticamente erguidos.O Presidente ressaltou ainda que

a construção do hospital é a realiza-ção de um sonho. “Será um hospital moderno, entre os mais avançados do Leste de Minas, com 168 leitos, e contemplará vários serviços de alta complexidade. Acredito que Valadares vai avançar muito com esse empreen-dimento, que é fruto de anos de pla-nejamento”.

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Base da obra

Entre o início do desenvolvimento dos projetos até as primeiras etapas de montagem, decorreram aproximadamente três meses. “A montagem da estrutura da torre, bem como todo o pavimento térreo, foram exe-cutados com grua e auxílio de muncks na parte inferior”, detalha Diego Minozzo, Engenheiro de Obras da Medabil Sistemas Construtivos.Segundo Minozzo, no projeto da Unimed Governador Valadares

(UGV) houve um cuidado criterioso no desenvolvimento dos projetos da estrutura, visto a responsabilidade estrutural de um projeto como este. “toda a estrutura da obra foi projetada em softwares de cálcu-los tridimensionais, simulando as condições de carregamento, vento e utilização em todas as situações mais extremas”. No desenvolvimento do projeto também foi privilegiado o uso de

sistema de lajes com forma de aço e armadura incorporada (steel deck), que eliminaram completamente o uso de escoramentos em obra e possibilitaram grande velocidade de execução da concretagem das lajes. “No pico da obra tivemos a concretagem de cerca de um pavimento por semana, o qual já estaria liberado para as demais ativi-dades (alvenarias, vedações, revestimentos e instalações) em cerca de dez dias”, comenta.

“toda a estrutura da bra foi projetada em soft-wares de cálculo tridi-mensionais, simulando as condições de carrega-mento, vento e utilização em todas as situações mais extremas”.Diego Minozzo, Engenheiro de Obras da Medabil Sistemas Cons-trutivos

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LogísticaO Engenheiro Minozzo explica que a montagem de es-

truturas em prédios de múltiplos pavimentos obedece uma sequencia construtiva de montagem: pilares, vigas, steel decks e escadas. “Entretanto, na UGV havia uma situação particular: a obra possuía uma grande área de pavimento térreo toda estruturada que não dependia da montagem da torre principal. Desta forma, foi pos-sível a execução da obra com duas frentes de monta-gem simultâneas, uma subindo a torre principal andar por andar e a outra efetuando a montagem do térreo e periferias”, lembra.Em obras deste tipo, em que o prazo é fundamental,

sempre há um desafio muito grande no planejamento logístico da montagem da estrutura e na UGV não foi diferente. “tivemos fornecimentos a partir de três uni-dades da Medabil, os quais teriam de ser sincronizados perfeitamente sob pena de paralisação da montagem”.Da mesma forma, todas as peças e componentes da

estrutura foram projetados e dimensionados pela em-presa para atender a legislação nos requisitos de trans-porte rodoviário convencional, bem como na capacida-de de içamento dos equipamentos alocados no canteiro e disponíveis na região. “Em um terceiro ponto, a ado-ção de um pátio de estocagem próximo a obra possibi-litou a realização de um buffer de peças, possibilitando à montagem trabalhar ininterruptamente independente de qualquer variabilidade no fornecimento ou no trans-porte”, ressalta Minozzo.

Expertise

Atuando com soluções em Estrutura Metálicas, a Medabil iniciou suas ativi-dades no ano de 1967 e, desde então, vem se consolidando como uma das principais empresas no mercado cons-trutivo metálico, tornando-se referência de qualidade dentro e fora do Brasil.A empresa, através da industrialização

da execução de suas obras e do contro-le de material, cronograma e serviços, atende a esta expectativa e garante a conclusão de obras de hospitais, labo-ratórios, centros de tratamentos espe-cializados entre outros. A Medabil, promove um serviço que

atende aos planos dos investidores e dentro do que for compromissado, es-tendendo a parceria para futuros em-preendimentos do mesmo grupo ou rede sempre que novos projetos apa-recem.focada na concepção de projetos,

fabricação e montagem de estruturas metálicas mundialmente, hoje a empre-sa é composta por cinco unidades de negócio, atuando em obras industriais, comerciais, varejo, logística, infraestru-tura, edifícios de múltiplos pavimentos e serviços técnicos.

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ParticularidadesAs edificações com estrutura metálica têm um cuidado muito

grande no seu uso em relação à proteção contra incêndios. Além de todos os Projetos de Proteção Contra incêndio (PPCi), de apli-cação obrigatória e já corriqueira no Brasil, as obras em estrutura metálica também são verificadas em relação ao tempo Requerido de Resistência ao fogo (tRRf). “Este tempo é determinado esti-pulando-se quantos minutos serão necessários para a evacuação completa dos usuários do prédio com segurança”, explica Ronaldo Martineli da Medabil.A partir da determinação do tempo necessário, realiza-se uma

série de cálculos e simulações da estrutura através de modela-gem computacional e numérica, nos quais todos os elementos são levados ao limite da sua resistência perante uma condição de incêndio. De posse dessas informações é realizado o projeto de proteção passiva ou ativa das estruturas, garantindo-se assim a segurança em caso de incêndios. “Para citar como exemplo, na obra da Unimed GV foi adotado tRRf de 120 minutos e com isso optou-se pela execução apenas de proteção passiva com arga-massa projetada na estrutura”.Os componentes estruturais adotados nas obras da Medabil,

sejam perfis laminados, soldados ou mesmo as ligações apara-fusadas ou soldadas, seguem as mesmas diretrizes de projeto e controle de qualidade adotadas em países da Europa e EUA. “Des-de a concepção do projeto, até a entrega das estruturas na obra, todo o processo é planejado para atender os requisitos do cliente, sejam prazos curtos, sejam requisitos de uso, através da compa-tibilização e aprovação de projetos da estrutura com as demais disciplinas envolvidas mantendo plenamente a funcionalidade dos ambientes”.

ficha técnica

Nome da obra: Unimed Governador Va-ladares área total construída: 23.274m²Numero de pavimentos: 12 pavimentos

(incluindo andares técnicos) e HelipontoNúmero de escadas: 2 escadas enclausu-

radas para emergênciaNumero de elevadores: 4 elevadoresNumero de peças estruturais: 3100 (apro-

ximadamente)Ligações: aparafusadastipo de proteção anti-incêndio: proteção

passiva com argamassa projetada

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Marcas do passado

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Retrofit ajuda a manter viva a história de diferentes épocas e culturas

Edifícios históricos representam a memória do pas-sado não somente em sua expressão física, mas principalmente na forma como eles retratam a vida de seu tempo. Neste sentido, eles incorpo-

ram a cultura de suas épocas.Baseado nesta premissa, a UNESCO introduziu no mer-

cado o conceito de “Sustentabilidade Cultural”, que visa transferir à futura geração a memória da cultura do pas-sado, agregando valor aos edifícios históricos e integran-do novas funções que valorizem sua riqueza histórica. A sustentabilidade cultural (a quarta dimensão do de-

senvolvimento sustentável) significa preservar e melho-rar o acesso à arquitetura que agrega a identidade lo-cal e regional, contribuindo de forma econômica, social, educacional e ambiental através da sua conservação. “Restaurar ou reformar hospitais antigos, significa que o

design do hospital, deve incluir a interpretação de iden-tidades históricas através da conservação de valor am-biental e patrimonial dos edifícios, a maximização dos benefícios sociais e comunitários e a exploração de suas qualidades únicas”, ressalta Romano Del Nord, Diretor da faculade de Arquitetura de firenze, na itália, que prosse-gue dizendo: “por esta mesma razão, esses prédios preci-sam ser regenerados com abordagem diferente, uma vez que podem ser até milenares, a fim de aumentar o ‘valor cultural’ da arquitetura hospitalar”, acredita Del Nord.Os hospitais centenários, na sua maioria, são tombados

pelo Patrimônio Histórico, sendo um desafio maior in-serir nessas edificações as necessidades das instituições de saúde atuais. isso porque, normalmente, a estrutura física é pouco flexível, devido as características da cons-trução e, muitas vezes, o arquiteto encontra varias fases de construções, de diferentes épocas, com materiais e técnicas bem distintas. Os princípios que inspiram o conceito de cultura como

um recurso renovável dizem que deve-se preservar to-dos os edifícios que contribuem para a tradição e vida cultural de uma comunidade. “isso também significa que é preciso preservar toda a riqueza e complexidade da arquitetura moderna, trazendo a atenção para a im-portância de avaliar o stock existente”, diz a arquiteta inara Rodrigues.

Centro Oncológico Villa Ragionieri - firenze, itáliaSéculo xiV

Centro Oncológico Villa Ragionieri - firenze, itália

Centro Oncológico Villa Ragionieri - firenze, itália

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inara atenta também para os principais pontos que garantem a sustentabilidade cultural. “Ao se trabalhar com estas institui-ções, devemos estudar caso a caso, respei-tando a história e o que realmente é con-veniente inserir nestes espaços, analisando que atividades são possíveis”, salienta a ar-quiteta, que possui em seu currículo o retro-fit do Hospital de Caridade, localizado em florianópolis (SC).Segundo inara, ter a visão completa do

conjunto arquitetônico é fundamental para se manter a harmonia da edificação. “As no-vas intervenções devem ter personalidade sem ofuscar a história e criar ruídos no con-junto. Conseguir este equilíbrio é o desafio da arquitetura”, reforça.O arquiteto argentino Luciano Monza, Ex

-presidente da AADAiH (Comisión Directiva de la Asociación Argentina de Arquitectu-ra e ingeniería Hospitalaria) salienta que o modo mais usual para conservar as caracte-rísticas de uma edificação centenária é man-ter a fachada do edificio, os jardins e apenas alguns espaços internos, pois, geralmente, a maioria das áreas internas necessita de mu-danças para atender a demanda e as neces-sidades da medicina atual.Quando o retrofit se da em apenas uma das

áreas da instituição, para que o prédio não perca suas características, é preciso respei-tar alguns elementos arquitetônicos sugnifi-cativos da obra original e propor uma nova arquitetura através destes conceitos. A arquiteta argentina membro da AADAiH,

Laura tonelli, salienta que após definido o que será retrofitado é preciso desenvolver um planejamento das diferentes fases do proceso e das adaptações. “Neste estudo, levamos em conta o que é patrimônio tan-gível de material (aspectos físicos e cons-trutivos) e intangíveis (tudo relacionado a memória coletiva, sua imagem e identidade cívica)”.O retrofit ou processo de modernização de

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áreas hospitalares, envolve o uso de várias técnicas para melhorar, renovar o espaço e obter retornos adequados. Ele pode ser limitado a espacial, funcio-nal, a criação de setores para otimizar instalações como sanitárias, gases medicinais, equipamentos de aquecimento central, de refrigeração e ar condicio-nado, instalações elétricas, elevadores mecânicos e especiais, etc. “Vale ressaltar que revitalizar e atua-lizar o prédio do hospital e sua infraestrutura física aumentam a vida útil do imóvel”, destaca Laura.Durante a criação deste formato de projeto, um

dos cuidados primordiais está em tornar a institui-ção um único prédio integrado no que diz respeito às características arquitetônicas. “É preciso dar con-tinuidade ao existente estabelecendo uma relação estreita entre as necessidades médicas, o contexto local e as propostas de design”, diz a arquiteta da Argentina.O retrofit de um hospital centenário exige inves-

timentos maiores que o valor comum. “isso por-que, normalmente, os prédios antigos possuem uma contrução e organização espacial mais rígidas em relação as edificações modernas, o que limita a instituição a responder as necesidades de saúde atuais”, reforça Monza.

“Vale ressaltar que revitalizar e atualizar o prédio do hospital e sua infraestrutura física aumentam a vida útil do imóvel”, Laura tonelli, arquiteta membro da AADAiH

Centro Oncológico Villa Ragionieri - firenze, itália

Centro Oncológico Villa Ragionieri - firenze, itáliaSéculo xiV

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Estrutura Muito além dos cem anosA estrutura da edificação também precisa ser levada em con-

sideração quando projeta-se o retrofit do local, pois, em alguns casos, é necessária a análise de um profissional de engenharia para garantir a segurança do prédio. “Geralmente, precisa-se de reforços estruturais no prédio antigo para apoiar a construção nova. E este é um dos fatores que oneram a obra de retrofit”, explica o arquiteto argentino Luciano Monza.

Presentes em alguns pontos da Europa, os hospitais medievais, na maioria dos casos, possuem em sua forma e arquitetura a essên-cia das performances de huma-nização. E essas instituições, que muitas vezes continuam em fun-cionamento, precisam passar por adaptações e reparos. “Para nós, arquitetos, engenheiros e pesqui-sadores, um caso desses requer um planejamento estratégico, que surge quando temos que decidir como avaliar a “resiliência” da zona histórica de saúde em relação aos usos futuros e princípios da coesão econômica, social e de sustentabi-lidade ambiental”, diz Romano Del Nord, Diretor da faculade de Ar-quitetura de firenze, na itália.Mais e mais frequentemente, na

itália, em particular, hospitais si-tuados nos centros históricos são percebidos como não adequados para fornecer os serviços que as pessoas esperam hoje. O pro-blema de ‘se’ e ‘como’ fazer para atualizar a edificação é muitas ve-zes dirigido através de um estudo de viabilidade que avalia se é mais adequado criar um novo hospi-tal fora do centro da cidade ou para ampliar, adaptar e reutilizar o existente com a permanência no contexto urbano. “Metodologias de avaliação avançadas e proce-dimentos de análise de valor são usados para comparar vantagens e desvantagens das duas alterna-tivas. Não há dúvida de que a de-cisão de permanência no contexto urbano pode trazer muitos benefí-cios comunitários”.

imperial Hospital de Caridade

imperial Hospital de Caridade - Década de 20

imperial Hospital de Caridade - Década de 30

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imperial Hospital de Caridade (Santa Catarina – Brasil)

Centro Hemato Oncológico do Hospital de Pediatria Dr. Juan P. Garrahan (Argentina)

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No caso do imperial Hospital de Caridade - iHC, uma instituição de 225 anos, na qual existem algumas dificuldades de alteração da estrutura atual e limitações em função do tombamento, a diretoria do local optou por criar um novo bloco, anexo à estrutura existente. Neste novo bloco, foram colo-cadas as unidades mais críticas, que necessitam de estruturas e instalações mais modernas e complexas, como Uti, CC e CME, e ainda uma área para, futuramente, levar também o Centro de Diagnóstico por imagem. “Somen-te com o novo bloco, foi possível atender as novas normas e necessidades das novas instalações, sendo um Centro intensivo de Alta Complexidade moderno e resolutivo”, explica a arquiteta inara Rodrigues. As atividades administrativas, internações, e áreas de apoio logístico fi-

caram no bloco mais antigo do hospital, pois possuem maior facilidade

Nascido como hospital de referência em alta complexidade, a instituição loca-lizada na Argentina possui um prédio de nove hectares e uma área construída de 103 mil m². A edificação com tipologia de projeto sistêmico tem uma grade modular estrutural e dimensional com base no local e flexibilidade. A instituição passou por uma obra de ampliação em 2012, que tinha como

premissa básica respeitar o tipo de desenvolvimento do hospital e manter o piso térreo para atendimento ambulatorial e hospitalar. Além disso, o projeto de retrofit considerou também o conceito de modulação estrutural, mas com uma dimensão diferente do projeto original. Para dar continuidade as características visuais do hospital houve uma inte-

gração através das cores.

imperial Hospital de Caridade - Dias atuais

de adaptação e menos ne-cessidade de instalações es-peciais. “Somente analisando a estrutura como um todo e conhecendo as características estruturais de cada área espe-cificamente, é possível plane-jar e projetar adequadamente, sem ferir a história que estas edificações possuem e con-tam”, reforça a arquiteta de Santa Catarina.

Hospital de Pediatria Dr. Juan P. Garrahan

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isola tiberina (Roma – itália)

Santa Maria Nuova Hospital (florença – itália)

O complexo monumental de isola tiberina, em Roma, foi construído pelos romanos em 293 aC como um templo para Aesculapious e foi usado como um hospital pela primeira vez em 1584. A instituição passou por várias reformas que tornaram possível manter o seu uso hospitalar. O complexo hos-pitalar é, agora, não apenas uma unidade de saúde trabalhando, mas um marco urbano.Soluções tecnológicas avançadas

têm sido adotadas para mostrar a memória do passado para os usuá-rios do hospital. “O valor histórico original dá a este hospital um sen-tido de identidade para as pessoas que trabalham lá. Além disso, ele mostra como a renovação pode aumentar a memória do passado e integrá-lo plenamente em uma instituição moderna, sem perder a coerência”, destaca o arquiteto ita-liano Romano Del Nord.Nesta edificação foram implan-

tados pisos de vidro, que permi-tem enxergar o hospital original.

Esta instituição remete ao século xiii e é registrada como o hospital mais antigo de florença. Recentemente renovado, oferece uma elevada qua-lidade de atendimento para todos os residentes no centro histórico. As características desta intervenção são multifacetadas e incluem questões como: o papel da assistência prestada em um contexto urbano ao longo dos séculos por um hospital cercado pelos mais importantes monumen-tos históricos da cidade de florença; o caráter científico de uma investiga-ção técnica na base do Estudo de Viabilidade; a restauração das obras de arte como parte da restauração do hospital; a ênfase dada à interdepen-dência do desenvolvimento artístico, reutilização hospitalar e reabilitação social do contexto urbano; a singularidade do “novo uso” como hospital museu integrado com as unidades de saúde; “A regeneração deste edifí-cio histórico tem sido levada a sério sem comprometer ao funcionamento do hospital e conforto ambiental dos pacientes”, conta Romano Del Nord.O projeto restaura o principal eixo transversal e o layout do pátio da ins-

tituição. O retrofit foi desenvolvido em etapas, mantendo os serviços hos-pitalares em funcionamento. “Os trabalhos de restauração foram iniciados no ano de 2000 com escavações arqueológicas que revelaram vestígios históricos do assentamento romano”, revela o arquiteto.Nesta restauração foram utilizadas as técnicas mais avançadas no setor,

devido ao alto valor das pinturas e das fachadas. Um hospital museu di-fuso foi criado para a exibição de obras, que foram doadas através dos séculos, dentro do hospital. “Enquanto o patrimônio histórico foi cuida-dosamente restaurado, novas inserções modernas foram projetadas com alto padrão de qualidade”.

Hospital Santa Maria Nuova

isola tiberina

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Santa Maria della Scala (Siena – itália)Santa Maria della Scala foi construído em frente ao Duomo e é,

provavelmente, o hospital mais antigo da Europa que começou a operar na idade Média até o século xx, quando finalmente se transformou em um museu. “Pesquisa, gravação e armazena-mento de provas do passado têm sido a parte mais importante do projeto”, destaca.No início deste novo século, o antigo hospital tornou-se um

museu que mostra as diferentes fases do seu desenvolvimento

“Restaurar ou reformar hospitais antigos, significa que o design do hospital deve incluir a interpretação de iden-tidades históricas através da conservação de valor am-biental e patrimonial dos edifícios, a maximização dos benefícios sociais e comunitários e a exploração de suas qualidades únicas”. Romano Del Nord, Diretor da faculade de Arquitetura de firenze, na itália

através dos anos. A riqueza da me-mória histórica integrada no patri-mónio torna-se visível e acessível a todos os cidadãos e visitantes.O retrofit desta instituição é um

bom exemplo de uma reutiliza-ção adaptativa de um quarteirão inteiro que tem evoluído ao lon-go dos séculos como “uma cidade dentro da cidade”. A singularidade de Santa Maria della Scala encon-tra-se em uma série de elementos peculiares, tais como: a ideia de um novo espaço funcional com o qual pode-se melhorar e trans-mitir a memória do passado para as gerações futuras. “A riqueza da memória histórica integrada com o patrimônio ainda é visível”, co-menta Romano Del Nord, Diretor da faculade de Arquitetura de fi-renze, na itália.

Hospital Santa Maria della Scala

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Centro de Câncer florenceO projeto complexo do Centro de Câncer florence (CfO) envol-

veu a criação de um novo pavilhão e a restauração de uma antiga casa de campo. “A combinação difícil entre o antigo e o novo foi, contudo, essencial para reforçar a identidade da arquitetura para a cura do câncer, que está exigindo ambientes com uma intensidade tecnológica diferente, onde é possível realizar uma ampla gama de atividades que variam de prevenção, diagnóstico, cura e follow-up”, explica Romano Del Nord.O complexo histórico do século xVii apresenta um pátio que

pertencia a antiga vila, conhecida como Villa Ragionieri. Apesar do avançado estado de degradação, o projeto tem sido capaz de combinar a restauração filológica com a requalificação dos espaços internos com o objetivo de facilitar a comunicação entre os pesqui-sadores e médicos. “A antiga vila foi, portanto, transformada em uma praça científica, que inclui o centro de pesquisa, biblioteca, as salas de conferências, um ambulatório, uma unidade de câncer de hospital-dia, bem como o departamento executivo e escritórios administrativos. O novo Centro de Câncer também está composto pela construção de uma plataforma tecnológica em que o impacto volumétrico não é percebido graças à forma da paisagem verde”.

O novo pavilhão possui três andares e o bunker no sub-solo para os aceleradores lineares e os laboratórios de anatomia patológica, bem como a investigação trans-lacional. O piso térreo é de-dicado às salas de operação ao lado da unidade de radio-logia, a unidade de medicina nuclear e sala de recupera-ção. “A posição central do bloco operacional facilita a integração multidisciplinar dos setores cirúrgicos, far-macológicos, bem como radioterapia entre as ope-rações em que o futuro dos cuidados de câncer”, finaliza o arquiteto.

Luciano Monza,ex-presidente da AADAiH (Comisión directiva de la Asociación Argentina de Arquitectura e ingeniería Hospitalaria)

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Refrofit da Eye Clinic garante mais conforto ao adotar um inovador conceito de ambientação

Embora ainda es-teja engatinhando em países como o Brasil, as técnicas

intimistas para garantir maior conforto aos pa-cientes estão cada vez mais presentes nos pro-jetos de arquitetura da

Visão além da comodidade

saúde do País. Uma prova dessa adequação huma-nizada focada no usuário é o recente retrofit da Eye Clinic, localizada na Ave-nida República do Líbano, na capital paulista.

Para cada ambiente desta edificação foi ela-

borado e desenvolvido uma especificação que atendesse aos critérios de operação e comodidade. Durante a escolha do mo-biliário a instituição teve sempre como premissa prezar pela durabilidade e a ergonomia. O mobili-

Conf

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Nova Espera do Centro Cirúrgico

ário adotado busca aten-der as necessidades dos pacientes com dificuldade de mobilidade.

Dentro deste plano de reformulação também está o novo auditório para a unidade com ca-pacidade de 40 lugares,

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os novos consultórios com um conceito diferente de ambientação e uma área de exame única integrada à operação dos consultórios.

Este projeto foi o caminho ideal para o centro clínico receber novos layouts em sua estrutura física. toda a reformulação do prédio buscou atender às novas de-mandas de exames e as novas tecnolo-gias na área de oftalmologia.

Na avaliação da arquiteta Ana Paula Naffah Perez, Diretora da C+A Arquite-tura, o retrofit mudou completamente a ambientação da unidade, criando novos modelos de recepção e de atendimento

Estrutura para o pacienteA primeira instalação da Eye Clinic era uma casa bem localizada

na capital paulista, porém, com dificuldades para reformas e ade-quações tecnológicas. Alguns anos depois, a diretoria da instituição resolveu investir na atual clínica, que abriga, hoje, o hospital especia-lizado em que concentra os atendimentos.

Atualmente, a Eye Clinic é um centro oftalmológico com reconhe-cimento internacional, especializado no diagnóstico e tratamento de todas as doenças oculares. Contando com localização de fácil aces-so e grande comodidade aos pacientes, a instituição possui ampla estrutura, contando com 17 consultórios oftalmológicos completos, amplas e confortáveis salas de atendimento, auditório para 40 pes-soas, lanchonete, três salas cirúrgicas completas, duas suítes para in-ternações Day Hospital, biblioteca e um Centro Avançado de Excimer Laser para correção da miopia, hipermetropia, astigmatismo e pres-biopia, distribuídos em dois prédios com total de 2000 m².

“A nossa proposta é investir sempre no conforto dos nossos pa-ciente buscando a inovação das instalação.”

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e áreas de estar com um novo padrão visual. “todo o projeto teve como finalidade a mu-dança de conceito, tanto no tocante ao projeto de arquitetura, quanto no projeto de humani-zação”, afirma.

Ana Paula explica que o projeto também con-tou com uma reavaliação do sistema de aten-dimento do usuário, que envolveu uma con-sultoria especifica para criar um novo processo de recepção e atendimento dos pacientes.

“Entre os desafios que tivemos foi conduzir junto à construtora Cruz Lima, uma logística de obra que permitisse a implantação da obra sem que as atividades da clínica ficassem com-prometidas”, acrescenta a arquiteta.

Para o fundador e Diretor da Eye Clinic, Wal-ton Nosé, a modernização do centro clínico procurou sempre seguir as recentes leis e re-gras sanitárias. “É uma necessidade constante das instituições se adaptarem conforme as no-vas tecnologias e demandas, por isso, que ade-rimos a essa reforma na unidade”, afirma Nosé.

Pediatria

Pediatria

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iluminação baseada na sustentabilidadeEm termos de sustentabilidade, um dos itens mais tra-

balhados nesta obra foi a troca da iluminação existente por luminárias com menor grau de gasto energético, a exemplo das lâmpadas de LEED. Por tratar-se de uma clínica de olhos, alguns ambientes foram repaginados a fim de terem a iluminação adequada e até a possibilida-de de terem o controle da luz através de dimers, para a realização dos exames.

A reforma incluiu a troca de todos os forros dos am-bientes, o que possibilitou a equipe de arquitetura tra-balhar a iluminação do projeto como um todo, criando também neste caso, um novo padrão para a unidade.

De acordo com Ana Paula, ao longo da elaboração do projeto foi feita uma especificação das luminárias baseadas em cálculos de lumens necessários para cada espaço e no efeito de valorização dos itens de ambientação que o projeto gostaria de destacar.

“Para favorecer a economia de energia foram reava-liadas as instalações elétricas dos ambientes, em ter-mos de demanda, e revista toda a especificação das luminárias no intuito de diminuir o consumo geral de energia na unidade”, complementa.

Novo Consultório

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fachada do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

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Hospital Alemão Oswaldo Cruz amplia instalações especializadas

R eferência em serviços de alta com-plexidade e localizado nas proxi-midades da Avenida Paulista há 17 anos, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz investe fortemente no desen-

volvimento científico, por meio do ensino e da pesquisa, dispõe de instalações moder-nas e de um Corpo Clínico renomado, para que os pacientes tenham acesso aos mais al-tos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Comission international (JCi).

Com 119 anos de história, a instituição pos-sui hoje um complexo com mais de 96 mil m² de área construída e passou recentemente por mais uma expansão a fim de otimizar o atendimento e atingir a expectativa e exce-lência desejada, a construção de uma nova torre (Bloco E), seguindo a estratégia de cres-cimento sustentável do próprio hospital, foi concluída em dezembro de 2012. A ocupação do novo prédio foi realizada gradualmente durante todo o ano de 2013. “O projeto de expansão reflete o compromisso da institui-ção com a melhoria contínua, oferecendo aos pacientes atendimento de acordo com pa-drões internacionais de qualidade e seguran-ça”, afirma o Superintendente Executivo do Hospital, Paulo Vasconcellos Bastian.

O novo bloco dispõe de 25 pavimentos en-tre andares e subsolos. Dos 16 andares cons-truídos,11 são destinados às Unidades de in-ternação, que aumentou no número geral de leitos em todo o hospital de 255 para 371, sendo 327 de internação, 44 leitos na Unida-de de terapia intensiva, 22 salas cirúrgicas e Pronto Atendimento 24 horas.

Atendimento Humanizado

Além do novo bloco, a instituição também tem investido em novas áreas dentro das edificações antigas, por exemplo o Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi inaugurado no dia 9 de novembro. Além de tecnologia de ponta, os 1.550 m² do local foram pensados de forma a valorizar o conforto e o bem-estar do paciente e de seu acompanhante. São 19 apartamentos de aplicação de quimioterapia, oito consultórios, sala da família e todo o fluxo de atendimen-to e preparo de medicamentos, para garantir um atendimento de excelência.

“A área do Centro de Oncologia, encontra--se no bloco mais antigo do hospital, portan-to nosso maior desafio, foi realizar toda a in-fraestrutura de instalações necessárias, com grandes limitações estruturais e de pé direito e ainda assim garantir espaços amplos e agra-dáveis. A otimização dos fluxos, também não foi fácil, tivemos que adaptar espaços exis-tentes às novas necessidades, para torna-lo moderno e equipado” explica teresa Gou-veia, Diretora do escritório de arquitetura.

De acordo com a arquiteta tudo foi pen-sado com foco no conforto e respeito aos pacientes e acompanhantes. “O centro carre-ga traços modernos que respondem às ne-cessidades de um atendimento humanizado e também à excelência de uma instituição como é o Hospital Alemão Oswaldo Cruz”, reforça.

Este trabalho durou cerca de um ano para se concretizar e durante todo este tempo te-resa salienta a importância de um diálogo próximo ao corpo de gestores e engenheiros. “foi um trabalho desenvolvido a quatro mãos

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e esta proximidade com os diretores fez com que tudo se transformasse conforme as necessidades e anseios da instituição. Com isso, conseguimos abraçar todas as deman-das exigidas.”

todo o projeto foi pen-sado levando em con-sideração a percepção dos pacientes e acom-panhantes, desde o mo-mento em que ele entra no centro oncológico, até sua volta para casa. O uso das transparências, cores e texturas amadeiradas,

deixaram os ambientes amplos, seguros e acolhe-dores, com a intenção de aliviar o stress e propor-cionar conforto durante as consultas e tratamen-tos. áreas de conforto fo-ram destinadas à família para tornar essa experi-ência menos traumática.

“trabalhamos muito a iluminação indireta atra-vés de sancas, tornando tudo mais acolhedor, mas garantimos iluminação suficiente para realização dos trabalhos das equipes de médicos e enfermei-

ros. O paciente escolhe quando diminuir ou au-mentar a luz”, salienta a arquiteta.

Entre os diferenciais do projeto destaca-se o uso de cores, justamente para fugir daqueles típicos ambientes de oncologia de um hospital. “Nossa maior tarefa foi levar aco-lhimento ao paciente e o uso de cores proporciona essa sensação.”

Por estarmos dentro de um prédio de mais de cem anos, ficou inviável uma adaptação total no que

tange à sustentabilidade, porém o projeto procurou escolher materiais reci-cláveis, que não agridem nosso globo, e soluções que otimizam a economia de água e energia. “Estive presente no Centro de On-cologia, no dia inaugura-ção e foi muito gratifican-te presenciar a reação de todos. É realmente muito bom saber que nosso tra-balho pode influenciar de forma tão positiva a vida dessas pessoas durante momentos tão delicados”, finaliza.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz - Bloco E e Bloco B

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Grupo do Rio de Janeiro investe em novas unidades com traços fortes de humanização

Medicina especializada

Investir em infraestrutura física, no ambiente harmônico e alinhado com os seus fundamentos são características sempre presentes na gestão do Grupo COi. O ambiente tem uma influência

muito grande na materialização desses aspectos dentro da instituição. Os espaços felizes, claros, bem decorado e com paisagismo, ajudam a har-monizar um pouco mais o fluxo do paciente dentro de cada uma das unidades da clínica. “Existe uma preocupação em manter o padrão de qualidade do Grupo COi em todas as suas unidades. ter uma identidade visual unificada é o primeiro passo para que os clientes percebam esse padrão. Na concep-ção do projeto, o foco sempre foi o cliente”, afirma fernando Meton, Diretor-médico do Grupo COi.

As unidades COi seguem alguns padrões visuais internos, uma vez que estas estão situadas em di-versas regiões do Rio de Janeiro. Uma das marcas desta identidade é o padrão de cores que varia en-tre o vermelho, caqui, grená e tons de bege. isso está aplicado aos revestimentos e ao mobiliário es-pecificados, buscando remeter as pessoas às suas casas. “Para o tratamento de uma doença como o câncer, que torna o ambiente pesado, temos que oferecer uma estrutura humanizada, leve, com co-res adequadas e bem decorada. O paisagismo na unidade de Botafogo remete à natureza, à saúde e ao bem-estar”, diz o Diretor-médico.

A unidade COi Botafogo ii, localizada no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, é um empreen-dimento composto por três subsolos, pavimento térreo, 2º e 3º pavimentos e pavimento técnico, destinado à instalação de dois aceleradores line-ares para tratamento de radioterapia. Além disso, a edificação também conta com amplos salões para tratamento infusional e espaços destinados a consultórios para a oncologia clínica. “foram insta-lados dois aceleradores lineares modelo Clinac ix Silhouete e truebean Stx, equipamentos de última geração de fabricação Varian Medical Systems. A VitPLAN interagiu, diretamente, com os técnicos

COi Niterói - Recepção

COi Niterói - Atendimento dos Consultórios

COi Niterói - Box de Quimioterapia com luz natual

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norte americanos da Varian para garantir a execução técnica adequada, durante a fase de instalação destes equipamentos”, conta Mauricio zaroni, Diretor da Vit-PLAN, responsável pelo gerenciamento das obras da COi Botafogo ii e COi Niterói.

Nas salas destinadas a Radioterapia, das Unidades COi Botafogo ii e COi Niterói o ambiente foi projetado com riqueza de detalhes, contando inclusive com a repre-sentação de uma paisagem através de um backlight em um trecho do teto. “É muito importante entender que não apenas tra-tamos o câncer: nós cuidamos de pessoas. Um ambiente aconchegante e acolhedor nos ajuda a obter os melhores resultados”, reforça Meton.

Já a edificação da COi Niterói, localiza-da no Município de Niterói (RJ), é com-posta por pavimento térreo, 2º, 3º e 4º andares, além de pavimento técnico, des-tinado à instalação de dois aceleradores lineares para tratamento de radioterapia, amplo salão para tratamento infusional e espaços destinados à consultórios para a oncologia clínica. “Nesta unidade foi ins-talado um acelerador linear modelo tri-logy Silhouete e até março de 2016 será instalado o segundo acelerador linear do mesmo modelo”, reforça zaroni.

Este projeto de Niterói lançou um gran-de desafio aos arquitetos: transformar um prédio comercial em um ambiente para a saúde. “Como o sistema estrutural original não nasceu para ser um Centro de Onco-logia, precisamos desenvolver algumas al-terações e adaptações para atender qua-litativamente a implantação”, conta flávio Kelner, Sócio-Diretor da RAf Arquitetura, responsável pelos projetos.

A humanização foi uma das principais preocupações da instituição na hora de encomendar estes projetos, consideran-do também a qualidade do fluxo de pa-cientes dentro das clínicas. E a diretriz foi seguida pela equipe de arquitetos, que propôs bastante luz natural no projeto, acuidade visual, mobiliário colorido e es-paços com tratamento acústico, que im-

COi Niterói - Espera dos Consultórios

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pede que reverbere o som das pessoas conversando.

Na sala de radioterapia, por exemplo, o ambiente, da mesma forma que na COi Botafogo, foi projetado com ri-queza de detalhes, contando inclusive com a representação de uma paisagem através de um backlight em um trecho do teto. Além disso, foram dispostas, nos demais ambientes da clínica fotos de Niterói, da praia e da vista do Rio de Janeiro, criando um “tema” para a decoração do local.

Para facilitar a entrada de luz natural no prédio, a fachada da instituição foi trabalhada em vidro, e no desenvolvi-mento do layout priorizou-se os am-bientes que requerem mais entrada de luz natural, como as áreas de espera, tratamento infusional e consultórios.

As duas edificações escolhidas para abrigar as novas clínicas tinham suas concepções arquitetônicas originais baseadas em uso comercial, o que de-mandou adaptações ao novo modelo, já que as fundações e estruturas já se encontravam em andamento. “inicia-mos o gerenciamento dos projetos téc-nicos e das obras em uma fase em que as atividades já estavam em andamen-to, ou seja, não tivemos oportunidade de atuar desde o início das obras. tal fato gerou a necessidade de absorver-mos rapidamente os fatos ocorridos. Diante deste conhecimento e avaliação a Equipe da VitPLAN passou a geren-ciar todos os procedimentos pertinen-tes aos projetos técnicos e as obras da COi Botafogo e COi Niterói”, comenta zaroni.

A VitPLAN atuou no gerenciamento dos projetos técnicos, que envolveu o acompanhamento do desenvolvimen-to dos projetos técnicos de engenharia. também no gerenciamento de escopo, com a definição do trabalho necessário para concluir o projeto, seu monitora-mento e controle; no gerenciamento de tempo, que envolveu a elaboração

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COi Niterói - Radioterapia

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do cronograma e o seu monitoramen-to e controle. Ainda no gerenciamen-to das aquisições, com as compras ou aquisições de produtos e contratações de serviços do projeto, seu monitora-mento e controle; no gerenciamento dos custos, que envolveu a estimati-va de custos, orçamento do projeto, seu monitoramento e controle. Assim como no gerenciamento técnico, com o acompanhamento da execução obras civis e de instalações; no gerenciamen-to da legalização das obras, que inclui a documentação de aprovação dos projetos de engenharia nos órgãos fe-derais, Estaduais e Municipais e a do-cumentação para a obtenção do Habi-te-se. Por fim, a empresa atuou junto ao gerenciamento das instalações dos aceleradores lineares e dos tomógra-fos e também no gerenciamento das atividades técnicas de construção dos Bunkers, que possibilitou a aprovação técnica na Comissão Nacional de Ener-gia Nuclear – CNEN.

“A compatibilização dos projetos técnicos de engenharia foi realizada pelo escritório de arquitetura con-tratado diretamente pela COi. Nossa participação foi permanente, facilitan-do informações, já que cabia a nós o gerenciamento e coordenação duran-te o desenvolvimento destes projetos técnicos, a contratação de projetistas, a organização das reuniões técnicas, o monitoramento e controle do pro-gresso dos trabalhos, e o controle dos contratos com os projetistas”, comple-menta zaroni.

A organização do canteiro de obras coube a Empresa de Construção, res-ponsável pela execução das obras. “Paralelo a isso, promovemos o acom-panhamento técnico das atividades através de nossa equipe especializada, que apontava as falhas de execução às diversas empresas envolvidas e as au-xiliava na solução de problemas”, co-menta o Diretor.

HistóriaEm novembro de 1990, o Rio de Janeiro ganhava um novo gru-

po que iria investir em saúde e tratamento dos pacientes oncoló-gicos: o Grupo COI. Ao longo de sua existência, a instituição tem acompanhado de perto a evolução da medicina, utilizando um novo conceito no tratamento oncológico, que une investimento em tecnologia e pesquisa, aperfeiçoamento técnico dos profis-sionais, e sensibilidade na forma de cuidar do paciente.

Seguindo esses princípios, o Grupo COI possui uma moderna estrutura dentro de um avançado Centro Médico do Rio de Ja-neiro, o MDX Barra Medical Center. Neste ambiente confortável e seguro está instalado seu Centro de Tratamento Radioterápico, onde são praticadas técnicas como IGRT (Image Guided Radio-therapy) e IMRT (Intensity Modulated Radiotherapy). Além da unidade no MDX, o Grupo possui ainda unidades no edifício Tor-re do Rio Sul, Nova Iguaçu, Niterói e Botafogo.

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Principais projetos técnicos de engenharia que compuseram as edificações das COIs Botafogo II e Niterói

• Projeto de arquitetura• Projeto de infra e supraestrutura• Projeto de instalações elétricas - força e iluminação• Projeto de entrada de energia - subestação• Projeto de instalação do grupo gerador• Projeto de dados, voz, CftV, controle de acesso, sonorização e vídeo• Projeto de luminotécnica• Projeto de ar condicionado e exaustão mecânica• Projeto do sistema de combate a incêndio• Projeto de detecção de fumaça• Projeto de impermeabilização• Projeto de gases medicinais• Projeto de topografia• Projeto de instalação dos aceleradores lineares• Projeto de instalação de tomógrafo• Projeto de paisagismo• Projeto de marcenaria e mobiliário

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O local onde foi construída a unidade do Grupo COi, da Rua da Passagem, em Botafogo, no Rio de Janeiro, não era apenas um ter-reno pronto para receber uma edificação. O espaço havia sido incor-porado pela Engeziler Construções e Empreendimentos, que enxer-gou uma oportunidade de negócio na área residencial. “Chegamos a aprovar o projeto e a iniciar as vendas das unidades”, conta Alberto zilberman, Diretor-presidente da empresa.

Em dado momento, tendo um encontro casual com um empresário de sucesso na área de imóveis corporativos na zona Sul da cidade, os então proprietários do terreno foram convencidos deixar o projeto residencial de lado para implantar um projeto empresarial. “Partimos então para um projeto comercial de uso exclusivo na área médica, o que seria uma grande possibilidade para o futuro, o que viria a ser comprovado mais tarde”, diz zilberman.

A partir daí iniciaram-se as obras do edifício corporativo, que até então, não estava destino ao COi. “Quando já tínhamos 30% do es-taqueamento cravado, fomos procurados por uma empresa indicada pela RAf Arquitetura, a autora de todo o projeto, solicitando que in-terrompêssemos as fundações imediatamente, porque eles gostariam de instalar uma clínica de oncologia, o que mudaria todo o conceito do projeto aprovado”, lembra o Diretor-presidente da Engeziler.

Um ano mais tarde, foi aprovado o projeto definitivo e o que deveria ser originalmente um prédio de 12m de altura, com apenas um subsolo se transformou em um edifício com mais de 2 mil m² de área constru-ída e três subsolos, a alguns metros da Praia de Botafogo. “Os maiores desafios neste processo foram, sem dúvida, as questões técnicas. Além do lençol freático praticamente ao rés do chão, rio não catalogado no logradouro público, prédio centenário aos fundos e prédios construídos de cada lado. O terreno, de 10m de largura, não permitia a entrada de máquinas pesadas para execução das fundações e contenções”, salienta.

A solução adotada pela empresa para solucionar as dificuldades foram estacas raiz justapostas executadas com máquinas menores, além de diversas injeções de material expansivo para conter o fluxo de água durante a execução da estrutura. “Criamos ainda fundações

A história da edificação

provisórias suspensas e começamos a su-bir o prédio concomitante com as esca-vações confinadas, que prosseguiam com uma grande resistência do lençol freático devidamente controlado”, destaca zilber-man, que acredita que o grande diferen-cial desta obra foi ter construído um mini hospital com uma complexidade técnica sem igual. “Utilizamos toda a nossa ex-pertise adquirida na construção do Hos-pital Pasteur e demais unidades médicas para a AMiL, como a de Campo Grande, Nova iguaçu, o CiD Leblon e mais recen-temente o Hospitalis, no Jardim Botânico”.

foram construídos dois bunkers no 3º. sub-solo com paredes e tetos que chegam a dois metros de espessura abrigando duas máqui-nas de radioterapia e as respectivas centrais de comando. Pavimentos de atendimento, recepções, consultórios, tomografia, etc.

Além de pavimento técnico, geradores, chillers de ar condicionado nos terraços superiores, foram instalados e construí-dos pela Light uma câmara subterrânea de alta tensão com transformador de 1000 kva de capacidade com previsão de abri-gar futuramente outro com mais 1000. “A demanda de energia é muito elevada com as máquinas medidas no pico. O prédio na parte externa pode parecer pequeno, mas por dentro parece uma pequena cidade”.

Alberto zilberman destaca que o proje-to COi BOtAfOGO foi resultado de supe-ração a cada dia e a medida que a obra evoluía aos desafios que se apresenta-vam foram encontradas as soluções técni-cas e as dificuldades superadas. Ao final, o objetivo foi alcançado e o sucesso do empreendimento com a unidade em ple-no funcionamento.

“A Engeziler agradece o espaço ofere-cido nesta prestigiosa revista e olha para frente em direção aos próximos trabalhos na área da construção médica com a mes-ma determinação dos últimos 30 anos e parabeniza a COi pelo nobre trabalho de prover mais esperança às pessoas e salvar vidas através de uma medicina de ponta”, finaliza o Diretor-presidente.

COI Botafogo

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fachada do Laboratório Behring

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Projeto une arte, iluminação e integração interior e exterior

Humanização em pauta

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Aproximar o ambiente físi-co dos valores humanos, ten-

do o homem como foco do projeto, foi uma das primícias que norteou a elaboração do Projeto do Laboratório Behring. Si-tuado em uma das prin-cipais avenidas da cidade de Ribeirão Preto, em um terreno de 829,34 m², de declividade acentuada, o complexo é composto por: subsolo com estacio-namento e auditório, pa-vimento térreo com aten-dimento ao público e o pavimento superior onde encontram-se os labora-tórios e a administração, totalizando 1.750m² de área construída.

Esse projeto foi resul-tado de um trabalho de pesquisa realizado em centros de referências de São Paulo e Brasília, na busca de um mode-lo ideal de atendimen-to e processamento, de forma a contribuir com a qualidade e a confiabi-lidade que conduzem a proposta de trabalho do Laboratório Behring. Vale ressaltar que a participa-ção do cliente no proces-so de elaboração do pro-jeto fez toda a diferença.

Recepção

Recepção e Espera infantil

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Café

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“Os espaços foram es-tudados nos mínimos detalhes com programa extenso e complexo, en-volvendo novas tecnolo-gias somadas as exigências normativas, um grande desafio para nós” dizem os arquitetos Joel Pereira e Alexandra Marinelli.

O projeto preocupou--se com a utilização de materiais práticos, du-ráveis e adequados. Os estímulos visuais ficaram por conta do uso de co-res, texturas e obras de arte que tornam os espa-ços mais convidativos.

Com arquitetura con-temporânea, a volumetria se define através de pai-néis perfurados coloridos que remetem a identida-de visual do Laboratório, além de filtrar a luz natu-ral, permitir a ventilação e a visualização das antigas Sibipirunas da avenida Nove de Julho .

A partir da mesma me-todologia e conceito, estamos finalizando o projeto da Unidade ii do Laboratório Behring na região de Ribeirão Preto.

“O resultado positivo de um projeto, é sem dúvida, a satisfação do cliente“ diz Joel Pereira.

Circulação Coleta Sala de Coleta

Sala de prova de função endócrina

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Equipe do escritório Joel Pereira Arte & Arquitetura

“Os espaços foram es-tudados nos mínimos detalhes com programa extenso e complexo, en-volvendo novas tecno-logias somadas as exi-gências normativas, um grande desafio para nós”.Joel Pereira e Alexandra Marinelli, Arquitetos

Confira o vídeo no Saúde Online tVhttp://goo.gl/QvV8od

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Novas ferramentas e humanização são destaques em projetos de edificações hospitalares

Tecnologia aplicada

Unimed Nova iguaçu - Nova iguaçu - RJ

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A Unimed é o maior sistema cooperativis-ta de trabalho médico do mundo e tam-bém a maior rede de assistência médica do Brasil, presente em 84% do território

nacional. O Sistema nasceu com a fundação da Uni-med Santos (SP) pelo Dr. Edmundo Castilho, em 1967, e hoje é composto por 351 cooperativas mé-dicas, que prestam assistência para mais de 20 mi-lhões de clientes em todo País.

Clientes da cooperativa contam com mais de 110 mil médicos ativos,113 hospitais próprios e 13 hos-pitais dia, além de pronto atendimento, laborató-rios, ambulâncias e hospitais credenciados para ga-rantir qualidade na assistência médica, hospitalar e de diagnóstico complementar oferecidos.

Além de deter 30% do mercado nacional de pla-nos de saúde, a Unimed possui lembrança cativa na mente dos brasileiros. De acordo com pesquisa nacional do instituto Datafolha, a Unimed é pelo 22º ano consecutivo a marca top of Mind quando o assunto é plano de saúde. Outro destaque é o prêmio plano de saúde em que os brasileiros mais confiam, recebido pela 13ª vez consecutiva, na pes-quisa Marcas de Confiança.

A cooperativa que não para de crescer tem investi-do constantemente em unidades próprias. Somen-te em 2015, várias obras de edificações da Unimed no Brasil foram iniciadas, finalizadas e tiveram seus projetos desenvolvidos. Entre elas Unimed Campo

Unimed Costa dos Sol - Macaé - Macaé - RJ

Unimed Campo Grande - Campo Grande - MS

Unimed Sudoeste de Minas - Passos - MG

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Grande, Unimed Costa do Sol, Unimed Juiz de fora, Unimed Nova iguaçu, Uni-med Salto de itu, Unimed Sorocaba, Unimed Sudoes-te de Minas Unimed Cam-po Grande, Unimed Cos-ta do Sol, Unimed Juiz de fora, Unimed Nova iguaçu, Unimed Salto de itu, Uni-med Sorocaba e Unimed Sudoeste de Minas

“De uma maneira ge-ral, os pontos de desta-ques dos projetos são as tecnologias aplicadas na metodologia construtiva, aliadas ao projeto arqui-tetônico modoluar expan-sível e os novos conceitos de humanização e funcio-nalidade”, conta Leandro Evangelista, arquiteto da Emed arquitetura.

Além da tecnologia, a hu-manização e a sustentabili-dade também fizeram par-te dos projetos. A primeira, teve como principal ferra-menta a iluminação natural em áreas críticas como as Uti’s, áreas de convivência com cafés e restaurantes, átrios nas áreas de inter-nação proporcionando jar-dins internos totalmente iluminados naturalmente. “A iluminação natural está em todos os setores do hospital. O projeto arqui-tetônico é concebido com grandes vãos abertos para o exterior de forma perma-nente. Essa sensação (dia/noite) ajuda demais no

Unimed Juiz de fora - Juiz de fora - MG

Unimed Salto de itu - Salto - SP

Unimed Sorocaba - Sorocaba - SP

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aumento da qualidade do trabalho dos profissionais envolvidos, mas principal-mente na evolução clínica dos pacientes”, salienta o arquiteto.

Já a sustentabilidade, em função da metodologia aplicada às obras da Emed: a utilização de materiais in-dustriais como a estrutura metálica pré fabricada e pai-néis unitizados nas fachadas que possibilitam a diminui-ção drástica dos resíduos sólidos na obra. “Além disso, todos os projetos contam com reaproveitamento de água, sistema de tratamen-to de esgoto, aquecimento através de energia solar”, diz Evangelista.

“De uma maneira geral, os pontos de destaques dos projetos são as tecnolo-gias aplicadas na metodologia construti-va, aliadas ao projeto arquitetônico mo-doluar expansível e os novos conceitos de humanização e funcionalidade”.Leandro Evangelista, Arquiteto da Emed Arquitetura

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Hospitais do Grupo Bandeirantes investem em retrofit e ampliação

Investimento constante

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Ao longo de seus 70 anos de existência, o Hospital Ban-deirantes, em São Paulo, é reconhecido por seus aten-dimentos em alta complexidade, com foco nas áreas de Cardiologia, Neurologia, Oncologia, Urgências, trauma/Ortopedia, transplante de Rins, Pâncreas e fígado. Com uma média de 14 mil internações/ano e 10 mil cirurgias/ano, a instituição possui certificação em nível diamante concedida pela Canadense Qmentum internacional.

São mais de três mil médicos e dois mil colaboradores focados em um único objetivo: manter-se referência no segmento hospitalar, preservando a qualidade de seus tratamentos clínicos e cirúrgicos, aliado ao atendimento humanizado, ao amadurecimento da gestão sustentável na busca pelo crescimento.

Crescimento esse que se reflete na infraestrutura física da instituição. Nos últimos anos, o Hospital Bandeirantes vem investindo em seus três Centros de Referência: Car-diologia, Oncologia e Diagnóstico; na ampliação de seu número de leitos entre Uti, Semi-intensiva e internação; em novas salas cirúrgicas – que inclui a aquisição de um microscópio de última geração – OPMi Pentero; em tec-nologia da informação (ti) para integração de todos os seus sistemas; e na aplicação e disseminação da metodo-logia Lean Healthcare – técnica de gestão que tem como foco aumentar a produtividade por meio da revisão de processos internos, em prol da otimização de seus recur-sos e em processos operacionais.

Sem parar de investir, a instituição passou recentemente pelo retrofit da fachada dos blocos B e C, que trarão a nova identidade dada aos edifícios mais antigos do complexo. “O retrofit buscou modernizar as fachadas com a compo-sição de chapas de ACM (alumínio composto metalizado) branco e vidro laminado de tom azulado, de modo que estes tivessem a mesma linguagem arquitetônica do bloco A, que por sua vez é o edifício mais novo do complexo”, co-menta Marcio Wellington, arquiteto da Vitah Arquitetura.

As novas fachadas permitem que se tenha melhor con-

Bandeirantes

trole sobre a entrada da luz solar dentro dos quartos de internação através do uso de vidros que filtram a entrada do calor do sol nos ambien-tes, proporcionando mais conforto aos pacientes e co-laboradores. “também foi le-vado em consideração a ana-tomia da fachada atual das edificações para que a nova fachada pudesse ser projeta-da para obter os resultados desejados”, completa.

O arquiteto, o principal de-safio de unificar a linguagem arquitetônica dos blocos B e C que são mais antigos e pos-suem características diferen-tes no seu partido arquitetô-nico ao bloco A, qual se trata de um edifício mais moderno. “Dessa forma tivemos um óti-mo resultado em valorizar a percepção de todos os edi-fícios do hospital Bandeiran-tes como um grande e único complexo hospitalar”.

Por fim, a sustentabilidade não ficou fora do projeto, foi aplicada através da colocação de vidros especiais de alta performance na fachada, au-mentamos a eficiência do uso do ar condicionado, o que resulta e menor consumo de energia.

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Hospital Bandeirantes - Administrativo

Outro investimento recente em infra-estrutura, feio pelo grupo, que merece destaque são as obras do Centro Ad-ministrativo da instituição. Neste caso, o ponto de destaque foi remover to-das as áreas administrativas que esta-vam locadas em edifícios mais antigos espalhados pelas ruas da Liberdade para ocuparem três lajes interligadas entre si com 400m² cada (14º,15º e 16º andar) em um único edifício moderno e estrategicamente localizado próximo ao hospital.

todos os setores desfrutarão de ar--condicionado, copa para funcionários, iluminação natural e piso em carpete, o que garante melhor conforto acústi-co. O conceito utilizado foi organizar os setores em “open office”, na qual pro-porciona espaços mais abertos onde as pessoas possam interagir mais umas com as outras.

Além disso, a paginação das luminá-rias foi cuidadosamente posicionada sobre os planos de trabalho e calcu-ladas de forma a garantir a luminância adequada para que os colaboradores possam obter melhor desempenho durante o desenvolvimento de suas atividades. “O principal desafio deste projeto foi organizar os diversos seto-res em 1.200m² divididos em 03 lajes de forma a manter a sinergia entre as áreas que necessitam estar próximas para obterem o máximo de desempe-nho durante a jornada de trabalho”, conta Wellington.

Centro Administrativo

Hospital Bandeirantes - Administrativo

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também integrante do Grupo Bandeirantes, o Hospital Leforte, lo-calizado no bairro do Morumbi, em São Paulo, foi inaugurado em 2009 e possui infraestrutura que segue tecnologias ecoeficientes que, aliadas ao conceito de hotelaria de alto padrão, aos protocolos assistenciais e à tecnologia de ponta, cumprem seu papel de ofere-cer excelência nos serviços de saúde e responsabilidade social.

As especialidades atendidas e núcleos de referência da insti-tuição são diversos, como Cardiologia, Oncologia, Neurologia, traumatologia e Pediatria. Além disso, a instituição possui um es-paço exclusivo para o atendimento ambulatorial pediátrico, com diversas subespecialidades, como Alergologia, Cardiologia, Cirur-gia Geral, Dermatologia, Endocrinologia, Hematologia, infectolo-gia, Nefrologia, Neurologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia e Pneumologia.

O Hospital Leforte apresenta um novo conceito em seu Pronto--Atendimento, com foco na eficiência e agilidade. O objetivo é ofe-recer aos pacientes o melhor serviço, de forma rápida e efetiva, diminuindo ao máximo seu tempo de permanência na instituição.

Hospital Leforte

Para isso, foram implementadas normas internacionais estruturadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Qmentum (Acreditação Canadense), além de protocolos in-ternacionais de atendimento em caso de catástrofes, que avalia o aten-dimento priorizando pacientes de acordo com o grau de emergência.

A estrutura do Pronto Atendi-mento também foi modificada e otimizada, com o intuito de melho-rar o fluxo de pacientes. O Hospital investiu em tecnologia, adquirindo, por exemplo, um aparelho de to-mografia computadorizada de últi-ma geração, e na equipe médica e assistencial.

Hospital Leforte - Pronto Atendimento

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O ponto de destaque deste projeto foi criar uma nova recepção para o PA com um moderno e fun-cional balcão de atendimento feito sob medida em marcenaria de forma que pudesse impressionar os pacientes e visitantes ao adentrarem o hospital para serem atendidos. “A recepção foi tratada com a com-binação de cores e revestimentos amadeirados, com cores sólidas de tons claros que proporcionam con-forto ao ambiente. Painéis de tV em marcenaria tam-bém fazem a composição para um ambiente confor-tável e acolhedor, comenta Juliana Khouri, arquiteta da Vitah Arquitetura.

Nos corredores do pronto atendimento foi aplicado revestimento vinílico até 1.20m de altura nas pare-des para garantir melhor proteção contra choques e melhor assepsia durante a limpeza. Já no layout dos consultórios foi desenvolvido um móvel específico em marcenaria sob medida com o objetivo de otimi-zar o espaço do médico e deixá-lo mais próximo ao paciente deitado ou sentado na maca, durante a ava-liação do mesmo na entrevista de anamnese. “Dessa forma temos maior rapidez e eficiência no atendi-mento e menor tempo de espera no PA”, reforça.

Hospital Leforte - Pronto Atendimento

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A internação também passou por am-pliação. foram implantados seis novos leitos em quartos individuais com banhei-ros privativos na unidade de internação pediátrica localizada no 3º andar. “todos os quartos possuem iluminação natural, móveis em marcenaria sob medida, tv a cabo e banheiro com espaço adequado para o paciente”, conta Juliana.

A arquiteta explica que a paginação das luminárias de led foi cuidadosamen-te posicionada sobre os leitos de forma a garantir a luminância adequada e con-fortável para pacientes e colaborado-res durante algum procedimento no lei-to. “Além do cuidado com a iluminação, toda a marcenaria foi desenvolvida sob medida para garantir maior eficiência do layout. Utilizamos sofanetes da teto que são compactos quando fechados e que se transformam em uma cama para os acompanhantes”, conta. Hospital Leforte - internação

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Identidade conjuntaCentros clínicos em SP são reformulados comhumanização e padronização visual nos ambientes

Com a preocupação de garantir conforto e acolhimento para seus 3,2 milhões de beneficiários, o Grupo NotreDame intermédica realizou, re-centemente, no Estado de São Paulo, obras em alguns centros clínicos e hospitais da instituição, como o Renascença e o Paulo Sacramento.

Entre as obras de destaque estão as de Look and feel, que consistem no re-trofit das fachadas e lobbies das recepções, incluindo novos mobiliários. Estas reformulações foram aplicadas em 22 centros clínicos e oito hospitais

O projeto do Look and feel tem a finalidade de gerar uma identidade visu-al que caracteriza o nome, a ideia, o serviço e a personalidade da instituição, através de uma logomarca e um conjunto de cores. Desta forma, a edificação permite uma comunicação com o cliente, que reconhecerá a empresa quando se aproximar de uma das unidades NotreDame intermédica.

Na fachada foi aplicado o material ACM de cor bronze, que remete ao laranja (cor principal da empresa). Além disso, houve a criação de espaços com “pele de vidro”; paredes em pintura branca; logotipo com o nome de cada unidade.

Em cada recepção foi introduzi-do um painel de MDf para sobre-posição do logotipo da instituição e também, de forma padronizada, estes espaços receberam bancadas de atendimento, forros, luminárias e mobiliário. “Sem dúvida que pro-curamos dar uma identidade visual que pudesse ser associada ao grupo em si. A utilização de vidro e utiliza-ção das cores champanhe e acaba-mento idêntico em todas as filiais são pontos de destaques quanto aos projetos arquitetônicos”, afirma o Presidente do Grupo NotreDame

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intermédica, irlau Machado filho.Diante dessa proposta de garantir uma sintonia entre as unidades do grupo,

a humanização esteve presente no plano de obras levando para os ambientes tons mais claros e alegres. “As pessoas têm que identificar nossos hospitais como se estivessem em suas próprias casas. Por isso, oferecemos espaços acolhedores.”

Renner Perussi, Diretor da BR Construtora, empresa responsável pelas obras da intermédica conta que a sustentabilidade esteve lado a lado do processo construtivo do empreendimento. “tivemos como premissa utilizar métodos construtivos “a seco” evitando ao máximo o desperdício de materiais. Usamos equipamentos e materiais sustentáveis”, destaca.

Perussi também afirma que as obras contaram com construção de paredes e forros no sistema de gesso estruturado Dry Wall, pisos vinilicos com colagem a base d´água, esquadrias industrializadas, pintura através de tintas a base de água, luminárias compostas por lâmpadas LED de baixo consumo energético,

bacias sanitárias com acionadores de descarga de baixo consumo.

Em relação ao tratamento final dos entulhos, devido a modulação e es-tudos preliminares dos vãos, o proje-to gerou uma quantidade mínima de dejetos. “Os mesmos foram tratados por categorias e separados em caçam-bas independentes para seu descarte”, acrescenta o diretor.

No que tange às dificuldades da exe-cução dos projetos, Perussi relembra que os prazos foram extremamente curtos, principalmente, para definir os layouts e os pontos de utilidades.

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Apesar do atual momento turbulento da economia, o Grupo NotreDame intermédica tem conquistado bons resultados, um exemplo é o fato de conseguir expandir e reformular suas unidades nos últimos dois anos. O Pre-sidente da instituição, irlau Machado filho, afirma que o grupo tem realizado um trabalho a partir da gestão de custos. “A partir dos nossos serviços eficientes consegui-mos vários novos clientes. temos uma rede própria de hospitais bastante robusta e essa rede nos auxilia a con-trolar os custos”, destaca.

filho diz que em uma metrópole como São Paulo, o gru-po busca estar mais próximo possível dos seus usuários. “Por isso, que estamos com este programa de ampliação dos nossos centros clínicos”, salienta.

A direção da intermédica adiantou à HealthARQ que os investimentos no grupo vão continuar em 2016. A meta do grupo é ter 70 clínicas. “Dentro do nosso plano de ex-pansão em infraestrutura investiremos em torno de R$ 140 milhões em nossas unidades”, diz filho.

“tivemos como premissa utilizar métodos construtivos “a seco” evitando ao máximo o desperdício de materiais. Usamos equipa-mentos e materiais sustentáveis”

Renner Perussi,Diretor da BR Construtora

Reformulações• Novos Centros Clínicos: Neste ano, foram

inaugurados dois centros clínicos: Guarulhos ii (primeiro semestre) e Anália franco (segundo se-mestre).

• Unidades de Quimioterapia: Em agosto, foi inaugurada a nova unidade Exclusive de Quimio-terapia, no Centro de Oncologia, situado na ca-pital paulista, com modernas instalações e con-forto, entre elas internet wireless, tv a cabo, salas privativas, totalizando 11 postos de atendimento.

• Hospital Paulo Sacramento. Em setembro, esta instituição do grupo passou a ter uma nova ala de diagnósticos, composto por salas de to-mografia, ressonância magnética e raio x.

• Hospital e Maternidade Renascença: As áreas de Serviços de Nutrição e Dietética, vestiários e a copa destinadas a funcionários do Hospital e Maternidade Renascença (Osasco) foram refor-mas e contam com modernas instalações.

Expandindo contra a crise

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Excelência da SaúdePremiação reúne as instituições vencedoras da edição de 2015

No dia 23 de setembro, aconteceu no Espaço Apas em São Paulo, após o II Fórum Healthcare Business, a premiação Excelência da Saúde 2015. No total, foram 39 instituições premiadas em diversas categorias como Governança Cor-

porativa, Empreendedorismo, Hotelaria hospitalar, Arquitetura e En-genharia, entre outras. Os eleitos foram escolhidos pelo Conselho Edi-torial da vertical de Saúde do Grupo Mídia, composta pelas revistas Healthcare Management, HealthARQ e Health-IT.

O grande homenageado da noite foi Biocor instituto. Mario Vran-decic, fundador e Presidente da instituição, recebeu o troféu de Ed-milson Jr. Caparelli, Presidente do Grupo Mídia. “Esta homenagem reflete toda a nossa missão, que é levar o melhor atendimento ao paciente. Com amor e dedicação é possível transformar a saúde bra-sileira e levar qualidade a todos aqueles que tanto precisam”, disse Vrandecic em seu discurso.

Na categoria “Arquitetura e Engenharia”, foram premiados o Hos-pital São Camilo Pompeia, Hospital Moriá e Unimed São José do

Rio Preto.O Hospital São Camilo Pompeia teve

em seu mais recente projeto de expan-são, a ampliação do pronto-socorro in-fantil, passando a atender cerca de 70 mil pessoas por ano, o que representa um crescimento de 20%.

O Hospital Moriá, inaugurado em 2015, investiu mais de 105 milhões de reais em infraestrutura. Sua arquitetura traz so-luções ecoeficientes e sustentáveis. E a Unimed São José do Rio Preto, dispen-sou um investimento de 44 milhões de reais, o Complexo de Saúde Unimed re-úne serviços exclusivos para os clientes como uma Central de Quimioterapia e o Centro de infusão.

Representantes da Unimed S.J. do Rio Preto, do Hospital Moriah e do Hospital São Camilo

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Fórum+Prêmio HealthARQEvento marca setor de infraestrutura para saúde

O dia 13 de agosto foi marcado pelo Primeiro fórum+Prêmio da Revista HealthARQ. O evento, que aconteceu no Espaço Apas, na cidade de São Paulo, reuniu os mais importantes nomes ligados à arquitetura, engenharia e construção para a Saúde.

A manhã começou com a apresentação de um Case de Sucesso, que mostrou o crescimento, as inovações e os investimentos em infraestru-tura física que o Hospital São Cistóvão teve recentemente. Quem subiu ao palco para apresentar o case foram a responsável pelo planejamen-to estratégico da instituição, Edna Sumie Matsushita, a arquiteta Cibeli Bagnato Boihagian, e o engenheiro Ademir Melo Domingues.

Na sequência, uma palestra chamou atenção para as novas, eficien-tes, e mais altas tecnologias do mercado de automação, que podem contribuir com a gestão e a edificação de saúde. O engenheiro Roberto Luigi Bettoni foi quem ministrou o tema “Os desafios da infraestrutura na informatização”.

“Hospital hoje é sinônimo de tecnologia. Nós estamos falando de rede de alta velocidade, sistemas médicos, imagens e vídeos, que saem de uma sala de operações e chegam a um auditório que fazem com que o hospital tenha alta performance”, ressalta Roberto Luigi Bettoni.

A primeira Mesa Redonda do Fórum HealthARQ discutiu a “Capa-citação no mercado competitivo da arquitetura”. Mediada pela editora

da revista HealthARQ, Patricia Bonelli, a mesa foi composta por Bruno Roberto Padovano, professor da Unicamp; Alan Cury, Presidente do iAB de Campinas; Enio Moro, Coordenador institucional do programa Ciências sem fronteiras do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo; Márcio Oliveira, Presidente Nacional da ABDEH e Antonio Carlos Rodrigues, Diretor da ACR Arquitetura.

“O Grupo Mídia tem sido parceiro da ABDEH nos últimos anos e vejo com mui-to bons olhos esse tipo de evento pro-movido pelo Grupo, pois nos permite além de encontrarmos colegas trocar co-nhecimentos com outros profissionais”, Márcio Oliveira, Presidente da ABDEH.

Alan Cury, Presidente do iAB Campi-nas, também falou sobre a importância da troca de informações. “Esse evento é

Mesa Redonda - Capacitação no mercado competitivo da arquitetura

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muito importante, porque toca em um pon-to da arquitetura ainda pouco tradado, a ar-quitetura hospitalar. falar sobre qualificação no espaço, no atendimento é essencial para desenvolver os profissionais”.

O segundo debate, colocou em xeque “Conflito de Gerações – Do nanquim ao Sis-tema BiM” e contou com a participação dos arquitetos Siegbert zanettini, Paula fiorentini, teresa Gouveia, Astério Santos e Clóvis Lima. Quem mediou a discussão foi Márcio Oliveira.

“O conflito existe para quem está mal in-formado. Na realidade, o que acontece é que as gerações anteriores, como a minha traba-lharam no mesmo universo da arquitetura de hoje, porém com outras ferramentas, como o lápis o esquadro e a prancheta. O que acon-teceu é que, hoje, as novas tecnologias te auxiliam como ferramenta, mas e não como criação”, acredita Siegbert zanettini.

Um bate-papo entre dois renomados profissionais do setor da saúde também enriqueceu o evento. Gleiner Ambrósio, Di-retor de Engenharia Clínica e manutenção do HCor e o professor universitário Doni-zetti Louro, estiveram reunidos para trocar experiências no que diz respeito “A impor-tância da Engenharia Clínica na infraestru-tura hospitalar”.

No período da tarde, sustentabilidade, paisagismo e combate às infecções hospitalares ganharam espaço. O Case de Sucesso apre-sentado pela consultora externa AGC vidros Kátia Sugimura apresen-tou o “Vidro antibactéria AGC: um grande aliado da arquitetura no combate às infecções hospitalares”.

Logo em seguida, “A importância do paisagismo no processo de cura” ganhou espaço. Responsável pelo projeto que maximizou a ocupação do espaço exterior com áreas de relaxamento, convívio e contemplação como importantes “válvulas de escape” no Hospi-tal Sírio-Libanês, a arquiteta Evani Kuperman franco e o paisagista Mauricio Alito explanaram sobre o case e o assunto.

“fizemos na palestra um panorama da história do paisagismo como fonte terapêutica dentro do processo de cura e sua evolução. Assim como a atual busca de um maior envolvimento com o meio ambiente e as premissas de sustentabilidade”, conta Evani franco, palestrante.

Dando sequência aos debates no período da tarde, o mediador Salim Lamha Neto, engenheiro e Diretor da MHA Engenharia, re-cebeu os arquitetos Ana Paula Naffah Perez, Charles Varsseman e Cynthia Kalichsztein, o paisagista Ricardo Julião e a administradora hospitalar Márcia Cristina Mariani para discutir o assunto “Novas ferramentas para a sustentabilidade na arquitetura moderna”.

Para fechar o fórum, uma nova mesa redonda tratou sobre o “Ge-renciamento de custos: um desafio a ser vencido”, tendo importantes figuras do setor como debatedores: Antonio Carlos Cascão, Diretor de Engenharia do Hospital Sírio-Libanês; o Engenheiro Mecânico e de Segurança do trabalho Lúcio flávio Magalhães Brito, André fakiani, Diretor da fakiani Construtora e Eduardo Luiz de Brito Neves Sócio--fundador da MHA Engenharia. O debate foi mediado pela editora da Revista HealthCare Management, Carla de Paula Pinto.

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Vencedores do Primeiro Prêmio HealthARQ

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Prêmio

Errata

A noite, foi o momento de dedicar atenção especial aos ganhadores do Primeiro Prêmio HealthARQ. Os 36 premiados nas categorias: Profissional em Destaque (Arquitetura, Enge-nharia e Construção, infraestrutura); Marcas Mais Lembradas (Acabamento, interiores, infra-estrutura); Cases de Sucesso (Projeto, Engenha-ria e Construção, Ampliação); e instituições do Ano (Hospital Sustentável, Hospital Conceito, Hospital Modelo), foram convidados a compa-recer para receber um troféu de homenagem.

Entre os cases premiados esteve o do San-ta Genoveva Complexo Hospitalar. Situado em Uberlândia (MG) que realizou obras de expansão, recentemente, que englobaram a construção de uma torre de cinco andares com a reforma e adequação do atual prédio da administração, parte do centro cirúrgico e sala dos médicos.

O projeto desenvolvido pela ARq+Saúde, empresa que presta serviços técnicos des-de 2001 no ramo de projetos arquitetônicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, contou com o investimento de cerca de R$ 12 milhões, para o novo prédio de 3.300 m². “Receber este prêmio é muito gratificante, mas eu não poderia deixar de agradecer ao hospi-tal por nos dar essa oportunidade de mostrar nosso trabalho”, comenta Clóvis Lima, Diretor da ARQ+Saúde.

Além da premiação, o evento contou também com uma homenagem especial. O nome esco-lhido foi do arquiteto, consultor e professor João

Carlos Bross, por sua trajetória e contribuição para arquitetura da saúde. Os projetos executivos produzidos por Bross, ao longo de 45 anos, che-gam a uma área somada de mais de um milhão de metros quadrados.

Bross recebeu um troféu de homenagem das mãos das filhas Graziela e Monica Bross em um momento emocionante junto aos amigos Ana Paula Peres, Salim Lamha e Ana Carolina Campos.

“Eu me sinto muito feliz com esta homenagem, porque, de al-guma forma, ela representa que eu estou conseguindo alcançar meu objetivo: a cada momento da minha vida fazer o que de mais complexo se apresenta dentro do setor. Espero deixar aos jovens arquitetos o legado da responsabilidade que nós temos em fazer melhorias no sistema de saúde para todas as populações através da arquitetura”, diz João Carlos Boss.

Premiada na categoria Case de Suces-so – Ampliação, gostaríamos de retificar a imagem creditada ao projeto da Dávila Ar-quitetura para Unimed BH. A Dávila Arquite-tura foi escolhida para realizar o projeto de modernização e conciliou funcionalidade, avanços técnicos e qualidade arquitetônica.

Edmilson Jr. Caparelli, Publisher do Grupo Mídia

Homenagem Especial a João Carlos Bross

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Ganhadores do Prêmio HealthARQ 2015

Categoria Marcas mais Lembradas - Acabamento Categoria Cases de Sucesso - Ampliação

Categoria instituições do Ano - Hospital Sustentável

Categoria Cases de Sucesso - Engenharia e Construção

Categoria Cases de Sucesso - Projeto

Categoria Marcas mais Lembradas - infraestrutura

Categoria instituições do Ano - Hospital Conceito Categoria instituições do Ano -

Hospital ModeloCategoria Marcas mais Lembradas - interiores

Categoria Profissional em Destaque - Arquitetura

Categoria Profissional em Destaque Engenharia e Construção

Categoria Profissional em Destaque infraestrutura

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Reconhecimento pelo sucessoEscritório Betty Birger recebe o 1º Prêmio HealthARQ

Entre os 36 premiados da primeira edição do Prêmio HealthARQ está o escritório Betty Birger Arquitetura & Design, que recebeu neste semestre, o reconhecimento do Grupo Mídia na categoria Marcas mais lembradas e subcategoria interiores.

fundado no início dos anos 90, o escritório tem em seu portfólio mais de 600 projetos realizados em diversos Estados do País e também no exterior. Os projetos são desenvolvidos um a um, com a abordagem con-temporânea e humanista.

Na área da saúde, Betty e sua equipe já realizaram diversos projetos para clínicas de neurocirurgia, cirurgia plástica, dermatologia, ginecologia e acupuntura entre outros. E ainda para o Centro Oftalmológico Paulista, Clínica zampar, Centro de Diagnósticos Schmillevitch, Somma Spa Ur-bano, fisioshape e Centro Médico Messina, assim como para o Hospital Albert Einstein nas Unidades Morumbi, Jardins e Cidade Jardim.

Ao avaliar este mais novo reconhecimento do escritório, a arquiteta Betty Birger se diz muito satisfeita de ver o trabalho de toda a sua equipe ser prestigiado através de uma premiação feita por um grupo editorial. “Ver o nosso esforço e competência ganhando evidência é algo tão gra-tificante. É mais um motivo que nos deixa felizes e empenhados para manter este alto padrão em nossos projetos arquitetônicos”, afirma.

Diante deste importante prêmio para o escritório, a arquiteta conta atual-mente com uma gama de projetos desenvolvidos por sua empresa. “Esta-

mos desenvolvendo uma variedade inte-ressante de obras. Um destes destaques é o Hospital israelita Albert Einstein, em que estamos elaborando um novo ca-derno de especificações técnicas com to-dos os novos materiais de acabamento, mobiliário e materiais sustentáveis.”

Ainda segundo Betty, seu escritório tem desenvolvido projetos inovadores para as chamadas mega clínicas. “temos um direcionamento voltado para o seg-mento de saúde em torno de 75%”, avalia a arquiteta ao dizer que cada projeto fei-to por sua equipe é personalizado para aquele cliente, única e exclusivamente para ele, e atende todos os objetivos específicos da sua especialidade analisa-mos a finalidade muito de perto.”

Nesse contexto de estar lado a lado das instituições ao desenvolver seus projetos, Betty afirma que o resultado fi-nal positivo de uma edificação da saúde

Hospital Albert Einstein Clínica Dr Sidney Klajner

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Olhar sustentável

está na interação entre arquitetos, engenheiros, médicos e diretores da clínica/hospital. “Nos nossos projetos existe uma troca muito grande de experiências e ideias. A partir disso conse-guimos chegar em um consenso que contribui para obras de altíssimo padrão”, destaca. E Bet-ty continua: “nós procuramos criar um ambiente de resultado estético compatível com a imagem da clinica ou instituição, e de seus pacientes. A imagem que é projetada deve deixar clara a proposta de modernidade , eficiência , compe-tência e especialidade do negócio”.

Betty acha que os arquitetos precisam ousar e entender profundamente o projeto a ser desen-volvido. “Hoje, em qualquer obra, seja na área hospitalar ou em outra área, nós temos que pensar obrigatoriamente no futuro do planeta e na autoeficiência da edificação. A inovação tecnológica e a sustentabilidade dos processos e dos materiais usados na obra são dois gran-des pilares definidores dos projetos”. Betty Birger recebendo o reconhecimento da Revista HealtHARQ

“Nossos projetos sempre são diferentes um do outro. Não existe fórmula pronta. Existe um resultado final que busca apre-sentar a marca institucional e corporativa daquele cliente.”

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Especialização como diferencialArquiteto fala sobre tendências e desafios do mercado

Com mais de 20 anos de atuação em Arquitetura para a Saúde, An-tonio Carlos Rodrigues é uma das referências do setor atualmente.

Desde 1998, o arquiteto comanda uma equipe multidisciplinar no seu escritório, a ACR Arquitetura e Planejamento, em São Paulo. Nesse bate-papo, Rodrigues fala sobre as tendências e desafios desse mer-cado em constante evolução. E faz ques-tão de frisar: “a especialização faz toda a diferença para o sucesso de um projeto”.

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HealtharQ: Em arquitetura para a saúde, quais as tendências que você tem observado e aplicado?

Antonio Carlos Rodrigues: Nos últimos anos, o setor de saúde tem absorvido a alta tecnologia, dis-ponível em diagnósticos e tratamentos. E, na ver-tente contrária ao emprego de tecnologia, corre-se o risco de deixar para um segundo plano e tornar frio e calculista o relacionamento profissional-pa-ciente ou instituição-paciente. Nesse contexto, é preciso um ponto de equilíbrio e observamos um movimento a favor da hospitalidade e da huma-nização. Hoje, a hotelaria da saúde oferece aos clientes, pacientes e acompanhantes, serviços que agregam valor durante a internação, um momento gerador de tensão, estresse e até desconforto.

HealtharQ: Como o projeto arquitetônico pode interferir para tornar o ambiente mais acolhedor?

Antonio Carlos: É importante lembrar que no conceito de hospitalidade existem aspectos intan-gíveis ao atendimento do cliente, que ele não per-cebe, mas que criam uma maior sensação de bem--estar. Na prática, porém, a hotelaria se reflete em aspectos tangíveis: ambientes limpos, iluminados e seguros. Por isso, as instalações devem apresentar conforto, praticidade e qualidade. E a hospitalida-de só será completa quando se unir estas duas per-cepções. O que é intangível, na prática se traduz na humanização do atendimento, onde cada colabo-rador presta o cuidado com ternura, carinho, res-peito, dignidade e empatia ao cliente e o tangível, assegurar um serviço de qualidade, da recepção à alta do paciente.

HealtharQ: alinhar estes aspectos não gera um maior custo para o projeto?

Antonio Carlos: O investimento em espaços huma-nizados e hospitalidade, além de uma tendência é um diferencial e pode representar a redução do des-perdício, aumento da qualidade de serviços e con-sequente fidelização do cliente. Por isso, o projeto deve assegurar a funcionalidade, mas sem esquecer o bem-estar dos usuários. Um centro diagnóstico ou hospital tem que ser bom e parecer bom para pas-sar a sensação de segurança. Deve-se aliar o conhe-

cimento e exigências sanitárias da arquitetura em saúde, com a valorização do design de interiores, do conforto visual e acústico, com a boa iluminação e o uso de alta tecnologia disponível na área.

HealtharQ: Então a arquitetura é muito mais que uma edificação?

Antonio Carlos: Sem dúvida. A arquitetura pode e deve contribuir significativamente para o bem-estar do paciente, através de projetos que ajudem o indi-víduo a enfrentar as dificuldades da uma internação e da própria doença. Os projetos devem promover a segurança desse paciente, passando tranquilidade pois, nos edifícios de atenção à saúde são frequen-tes as ocorrências de situações críticas e estressan-tes, envolvendo relações interpessoais e algum grau de sofrimento físico e psicológico. E essa sensação de acolhimento se consegue através de detalhes simples, como o maior uso da iluminação natural em diferentes ambientes e cores, por exemplo. Ao projetarmos um consultório, uma clínica ou um hos-pital, procuramos dar ao local um aspecto vivo e, ao mesmo tempo, acolhedor. A arquitetura é deter-minante para a humanização hospitalar, melhoran-do as condições dos usuários e contribuindo com o próprio tratamento do paciente.

HealtharQ: Quais são as peculiaridades nos projetos da aCr?

Antonio Carlos: Nosso trabalho, para todos os projetos, se baseia nos conceitos da arquitetura contemporânea, humanizada, priorizando solu-ções inovadoras, práticas, eficientes e com custos que se adaptam ao perfil de cada cliente. Além disso, hoje é imperativo pensarmos na sustenta-bilidade. É uma contradição que, uma edificação que cuida de pessoas agrida o meio ambiente ou cause qualquer outro tipo de mal a saúde, mes-mo que das gerações futuras. Um edifício de assis-tência à saúde é a 2ª maior atividade consumidora de energia, perdendo apenas para a produção de alimentos. Quando sustentável, pode-se reduzir o consumo de energia em até 30%, a emissão de car-bono em até 35%, economizar água entre 30 a 50 % e reduzir a geração de entulho ou desperdício de 50 a 90%.

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HealtharQ: E como equacionar a tecnologia, em constante evolução?

Antonio Carlos: O aparato tecnológico se confronta com o desafio de orçamentos cada vez mais enxutos. Porém, é possível desenvolver projetos que aliem simpli-cidade, inteligência e baixa manutenção com custos bai-xos. Um bom exemplo é o projeto que desenvolvemos para a rede Dr. Consulta. Era necessário aproveitar ao máximo a área disponível, otimizar custos, ser funcional e respeitar a logística do atendimento, com ambientes compactos, porém práticos e acolhedores para o cliente e funcional para a equipe de trabalho, sem abrir mão da qualidade. O resultado foi altamente positivo e hoje já projetamos nove unidades.

HealtharQ: Seguindo estes conceitos, quais as ca-racterísticas de um projeto contemporâneo? Poderia detalhar algum da aCr?

Antonio Carlos: Em primeiro lugar, é preciso investir em planejamento e projeto, acreditar na força transfor-madora da arquitetura e pensar em longo prazo. Um projeto contemporâneo deve instigar e inovar, acima de tudo. Deve ser atemporal, confortável e humano, mas, além disto, projetos na área da saúde precisam refletir valores do setor. Portanto ser e parecer seguros. Um bom exemplo foi o trabalho desenvolvido, em 2014, para o Grupo fleury, nosso cliente há mais de 10 anos. foi inaugurado um Centro integrado Cardiológico e Neuro-vascular com os equipamentos mais modernos e sofis-ticados do mercado e com uma proposta em medicina diagnóstica completamente diferenciada e inovadora. Os exames são realizados em sequência, em um am-biente equipado com tecnologia avançada e amparados por médicos especializados em diagnósticos.

HealthARQ: Foi um desafio para ACR?Antonio Carlos: Com certeza. inserir uma nova unida-

de à rede poderia ser uma mera repetição de soluções e clichês. No entanto, fizemos deste projeto uma inte-ressante e complexa revisão crítica, pesquisamos novos materiais, caminhos e inovamos. Aliamos a excelência técnica do fleury a uma ambientação e atendimento humanizado, com espaços e experiências integradas e agradáveis, com recepções e hall que remetem a praças e salas de estar, com cafés aconchegantes e salas de es-

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pera localizadas estrategicamente em diferentes locais e escalas: algumas bem intimistas, outras mais amplas. Às complexidades do projeto somaram-se metas ambi-ciosas de certificação LEED que lançaram grandes de-safios aos projetistas. A iluminação foi uma delas, com uma economia de quase 30%. Uma característica que percorre toda a unidade de atendimento é a integração do branding, arquitetura e iluminação.

HealtharQ: Quais os erros mais comuns na arqui-tetura para a saúde?

Antonio Carlos: É a falta de conhecimento do setor. É preciso entender muito bem a atividade e as normas que regulamentam o segmento, que são bastante complexas. Se considerarmos que edifícios de assistência à saúde são empreendimentos que exigem grandes investimentos na construção, na compra de equipamentos e, principalmen-te, na manutenção dos custos operacionais, esses valores crescem proporcionalmente às transformações construti-vas executadas sem planejamento. Problemas iniciais de projeto, decorrentes de soluções arquitetônicas inade-quadas são agravadas ainda mais com as ampliações em função do aumento da demanda e o acompanhamento de novas tecnologias e equipamentos.

HealtharQ: Pode se dizer que a especialização na arquitetura para saúde é essencial?

Antonio Carlos: Eu diria fundamental. O arquiteto, quando especializado, compreende melhor a demanda e debate o programa em paridade de conhecimento com seu cliente, ganhando tempo e somando experiências. O setor de saúde é complexo e altamente regulamentado, portanto o arquiteto deve conhecer e aplicar as diver-sas legislações pertinentes, que incluem as exigências da Vigilância Sanitária, Prefeitura Municipal, Bombeiros, certificações, assim como a própria operação do negócio medicina. Além disso, dependendo da complexidade e da expectativa do cliente será necessário ou não formar uma equipe de profissionais de múltiplas disciplinas que farão os projetos complementares. É função do arquiteto coordenar esta equipe, garantir a troca de informações necessárias e compatibilizar os projetos, sempre com foco no resultado final esperado, levando em conta fato-res como tempo e investimento. A arquitetura é o ponto de partida e de chegada para todos os projetos.

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Trajetória de sucessoSalim Lamha conta sobre sua história profissional e algumas curiosidades de sua vida pessoal

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Engenheiro industrial, modalidade mecânica, gra-duado pela faculdade de Engenharia industrial em 1976, Salim Lamha Neto é também graduado no

Curso intensivo de Administração de Empresas da fun-dação Getúlio Vargas (Escola de Administração de Em-presas de São Paulo).

Sócio-fundador da MHA Engenharia em 1975, ocupa o cargo de Diretor da empresa desde essa data. Sua atuação é estratégica, e se verifica tanto na área técnica da engenharia, como no setor comercial e de definição dos rumos, juntamente com Eduardo Luiz de Brito Ne-ves, também sócio-fundador.

Sua representatividade no diz respeito a infraestrutu-ra dentro do setor da saúde fez com que ele fosse eleito por três anos consecutivos entre os “100 Mais influentes da Saúde” da Revista Healthcare Management. Além disso, em 2015, Salim Lamha Neto também figurou en-tre os eleitos do 1º Prêmio da Revista HealthARQ na categoria Profissional em Destaque – infraestrutura.

Mas nosso “Perfil” desta edição tem também um lado que nem todos conhecem, como sua paixão pelo auto-mobilismo, os títulos de Campeão brasileiro e sulameri-cano de rallye de velocidade, e a presença nas reuniões de um clube de charuto que preserva a prática da boa conversa e das viagens entre amigos.

A HealthARQ realizou uma entrevista exclusiva com o empresário para falar sobre sua história, carreira e al-gumas curiosidades de sua vida pessoal.

HealtharQ: Como começa seu interesse pelo rallye?

Salim: A história é longa, faz mais de 40 anos. Meu in-teresse, na verdade, começou pelo automobilismo. Eu sou carioca e vim para São Paulo porque queria fazer o curso de mecânica automobilística e, na época, só exis-tia uma faculdade no Brasil, a fEi, que ficava aqui, na capital paulista.

Durante a faculdade, eu trabalhei um pouco em um departamento de projetos de veículos, mas descobri que o meu negócio não era projetar carro, eu gosta-va do automobilismo de correr mesmo. foi então, na década de 80, já formado e com a empresa fundada, que eu comecei a colocar a minha paixão por automo-bilismo e velocidade em prática de fato, comecei a me dedicar ao rallye. Corri até 2005 mais ou menos.

HealtharQ: Como você fazia para conciliar os campeonatos de rallye com o trabalho?

Salim: Na verdade tinha que conciliar com o trabalho

e a família, porque no rallye de velocidade você tem a oportunidade de percorrer as estradas nas quais o campeonato vai acontecer antes da data. Em geral, são vicinais, que estão abertas, em seu tráfego normal, nós percorríamos com um carro comum também e dentro da velocidade permitida, por isso, leva-se mais tempo no processo. Eu viajava na segunda a noite, o máximo terça de manhã, e o rallye era sexta, sábado e domin-go. O campeonato brasileiro tem sete ou oito provas no ano. Então, no mínimo eram entre 10 e 12 semanas no ano fora do trabalho.

HealtharQ: Sua paixão pelo automobilismo o le-vou a cursar mecânica automobilística, quando a engenharia civil surge em sua vida?

Salim: Na realidade, a engenharia civil aqui da empre-sa abrange todas as modalidades, desde a civil, elétrica e mecânica. Apesar de a minha formação ser em enge-nharia mecânica, desde a faculdade, a gente já percebia que o primeiro caminho era trabalhar com indústrias. Então abrimos a empresa com dois objetivos: um que era exatamente fazer o planejamento industrial e outro era atuar em engenharia e saneamentos.

Começamos a MHA fazendo projetos de hidráulica e ar condicionado. Até porque a gente tinha formação em engenharia mecânica. E o ar condicionado era o domí-nio do engenheiro mecânico.

HealtharQ: no primeiro momento da empresa, se pensava em trabalhar para saúde?

Salim: No início, nosso foco era a indústria, mas a gen-te vinha apresentando uma série de especialidades que

O empresário na prática do Rallye

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o coordenador ou o arquiteto geralmente tinham que contratar se-paradamente, então, nosso trabalho facilitava a coordenação deles. E foi isso que nos levou para este mercado. Um dos primeiros trabalhos que fizemos para um hospital foi para o zanettini. Logo depois conhe-cemos o Jarbas Carmo e assim seguimos no setor. Com certeza a área de saúde, nestes 40 anos de empresa, é a mais importante para nós.

HealtharQ: a MHa nasceu de uma sociedade sua com o Edu-ardo neves, seu colega de faculdade. Como surgiu essa amizade entre vocês?

Salim: Nossa amizade começou na faculdade. E eu vim para São Paulo para fazer a faculdade em São Bernardo do Campo e o conheci em uma pensão, no inicio deste processo todo. Além de estudarmos juntos, mo-rávamos no mesmo lugar. tem uma passagem da nossa história que é muito interessante, quando eu chegava para me instalar, me perdi, não lembrava o nome da pensão que iria ficar. Encontrei um rapaz na rua, comentei a situação e descobri que ele morava lá, era o Eduardo.

HealtharQ: E a história da sua família, como começa?Salim: Eu Conheci a minha mulher no meu segundo ano de facul-

dade. Somos casados desde 1979. tenho duas filhas, hoje sou avô de um casal de netos e tem um terceiro a caminho. Sou um avô babão e adoro fazer atividades esportivas com eles, como correr, andar de patinete ou de bicicleta.

HealtharQ: Então você é um vovô atleta?Salim: Já corri meia maratona, mas não posso dizer que não sou

um atleta, porém consigo me movimentar bem. temos, inclusive, uma equipe de corrida na MHA que tem aproximadamente 50 pessoas. Muitos que não corriam estão correndo. Contamos também com pro-fessores de ginástica laboral.

HealtharQ: você possui um so-brenome libanês, certo? algo desta cultura faz parte da sua vida?

Salim: Meus dois avôs homens, tan-to por parte do meu pai, quanto o da minha mãe, eram libaneses, vieram para cá na época de 1910/1920 por conta das guerras. Existem sim algu-mas coisas desta cultura libanesa em minha vida. A comida é uma delas. Em casa sempre comemos muitos pratos libaneses, talvez não no dia a dia, mas sempre há alguma coisa.

HealtharQ: É verdade que você faz parte de um grupo de charuteiros?

Salim: O charuto, às vezes, é mal vis-to pela sociedade, eu comecei a fumar próximo aos 40 anos. tudo começou através de um grupo de amigos que eram jogadores de vôlei e alguns deles pertenciam ao clube de charuto, até que um dia resolvi conhecer e descobri que o charuto, na verdade, é um pre-texto para reuniões de boas conversas e até viagens em grupo, talvez por isso tenha se tornado um hobby para mim.

HealtharQ: Qual foi a sua viagem inesquecível?

Salim: Viagem é uma das coisas que eu mais valorizei ao longo da vida. Na época em que estava na faculdade, sai de carro do Rio de Janeiro e fui parar em Manaus, no meio da selva. Mais tarde, com minha família formada, na época em que minhas filhas tinha entre cinco e 15 anos, viajei bastante no mês de Julho para os parques americanos.

Mas uma viagem inesquecível para mim foi para áfrica, nos safaris, espe-cialmente no Quênia.

HealtharQ: você tem algum livro de cabeceira?

Salim: tenho vários livros. Li vários livros do José Saramago, desde o “Via-gem do Elefante” até o “Ensaio sobre a Cegueira”.

Salim em um safari na áfrica

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HealtharQ: você tem al-gum sonho?

Salim: tenho vários sonhos. Hoje, tenho um desejo que é acalmar um pouquinho mais o trabalho para aproveitar pra-zeres como o rallye e os netos. Mas também tenho um sonho profissional, que é a perenida-de da empresa. Mas já tenho uma filha que cuida da gestão da empresa e o filho do Eduar-do, que cuida da parte de pla-nejamento e novas tecnologias.

HealtharQ: você tem al-gum medo?

Salim: tenho vários. No âm-bito profissional, temo pelo rumo que a profissão possa tomar no futuro. Já entre meus medos pessoais estão as ques-tões ligadas à segurança.

HealthARQ: Como você se define?Salim: Sou uma pessoa, de certa forma, aventureira. Como empresário você

tem que ser um pouco aventureiro. Posso me definir também como, desde o primeiro momento, um apaixonado pelo trabalho, absolutamente focado. Apaixonado também pelos amigos, sejam os do meu grupo de rallye, ou os do grupo de charuto. E, claro, sempre ligado a minha família.

Os sócios Salim Lamha Neto e Eduardo Brito Neves

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VII CBDEH é lançado em São PauloEvento reuniu diretoria e associados da ABDEH para apresentar as novidades e propostas para o congresso de 2016

Marcio Oliveira apresenta o Vii CBDEH

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Entre os dias 28 e 30 de setem-bro de 2016, acontecerá o Vii Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício

Hospitalar, o Vii CBDEH. A cidade escolhida para sediar esta edição do evento que reúne os principais pro-fissionais de arquitetura, engenharia e construção com atuação no setor da saúde foi Salvador. “Nossa cida-de está sempre de braços abertos para receber as pessoas. Com certe-za, quem for ao congresso vai poder aproveitar também momento de la-zer”, diz Doris Vilas Boas, Presidente do Vii CBDEH.

O tema central escolhido para o congresso foi “inovação e criativi-dade no setor da Saúde”. “O assun-to foi escolhido exatamente por este momento que a gente vive no País, no qual nós estamos pre-cisando usar nossa criatividade em todos os campos. Pois são nesses momentos que florescem os pro-fissionais que desejam fazer uma boa prática”, comenta Marcio Oli-veira, Presidente da ABDEH.

Os assuntos a serem abordados em cada um dos módulos, assim como os nomes dos palestrantes foram discutidos pela comissão científica do congresso. “Somos em 14 mem-bros especializados no setor. Base-amos nossas escolhas na proposta central do congresso: criatividade e inovação. Eles trarão para discussão a questão do planejamento em in-fraestrutura hospitalar”, diz Antonio Pedro Carvalho, Presidente da Co-missão Científica do Vii CBDEH.

Doris Vilas Boas fala sobre as particularidades do congresso de Salvador

Marcio Oliveira, Doris Vilas Boas, Salim Lamha e Antonio Pedro Carvalho

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O evento proporcionará tam-bém visitas técnicas a hospitais da cidade para os participantes. “Mas para esta edição, além das visitas, estamos com uma novi-dade: os pré-congressos com um aprofundamento maior sobre os temas, que serão realizados no hotel”, adianta Doris Vilas Boas, Presidente do Vii CBDEH.

A Vice-presidente executiva da ABDEH, Ana Paula Peres, adianta que na edição de 2016 do CBDEH, serão abordadas as novas normas do Ministério da Saúde. “Quem vai no nosso congresso busca a questão da inovação. Então fala-remos sobre este assunto bastan-te importante para quem atua no mercado hospitalar”, conta.

Segundo o arquiteto Siegbert zanettini , este tipo de evento au-xilia na formação e no aprimora-mento de quem atua na área. “Ele congrega em um trabalho um pouco mais coletivo com esses profissionais, o que é muito bom para a saúde”, salienta.

O arquiteto Antonio Carlos Ro-drigues, membro da associação, também destaca a importância do evento. “O congresso nos permite a troca de experiências, que um ensine ao outro aquilo que já tra-balhou e deu certo. É importante a gente divulgar o que faz”, diz.

O arquiteto Siegbert zanettini se apresenta aos presentes

Associados e parceiros da ABDEH acompanham o lançamento do congresso

Associados e parceiros da ABDEH acompanham o lançamento do congresso

Confira o vídeo no Saúde Online tVhttp://goo.gl/iL9RAx

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Nova edificaçãoHospital Moinhos de Vento investe R$ 55 milhões em obras

Projeto do novo prédio do Hospital Moinhos de Vento

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No segundo semestre de 2015, o Hospital Moinhos de Vento celebrou mais um mar-co na sua história anunciando a construção do novo prédio que ampliará a capacidade

em 100 leitos de internação. “Atualmente temos 380 leitos e passaremos a 480 quando do final da obra. Estaremos atendendo melhor os pacientes que procuram o Hospital Moinhos de Vento. Devemos apoiar os projetos do Estado e do Município com a criação do Medical Valley, fortalecendo a saúde como uma marca de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul”, salientou o superintendente executivo da instituição, fernando Andreatta torelly.

Os leitos do novo prédio que atenderá por con-vênios e particulares serão divididos em Unidades de internação, Centro de terapia intensiva Adulta e Centro de terapia Hematológica (especializado no tratamento de doenças oncohematológicas). A construção de oito andares e com área total cons-truída de 9.300 m² deverá gerar 500 novos empre-gos e beneficiar três mil pacientes por ano. A previ-são é de que a obra localizada na Rua Dr. Vale seja concluída em 18 meses. “Essa é mais uma conquista para a área da saúde da população de Porto Alegre. Esta obra demonstra o nosso compromisso em cui-dar de vidas, reforçando o cuidado que temos ao disponibilizar recursos e opções de tratamento para a comunidade, proporcionando um atendimento de excelência”, diz torelly.

O ponto de destaque do projeto contempla o de-safio de criar diferentes serviços alocados na mesma edificação. “Além disso, internamente, a incorporação e a estruturação de unidades com características es-peciais como a internação de terapia hematológica e, externamente, o tratamento das fachadas através da utilização do sistema de fachadas ventiladas, do desenvolvimento de projeto de isolamento acústi-co envolvendo as esquadrias externas e vedações e da composição plástica diferenciada (mosaico de vi-dros)”, ressalta Carlos Emílio Stigler Marczyk, Gerente de infraestrutura do Hospital Moinhos de Vento.

A humanização foi trabalhada no projeto contem-plando três premissas. A criação de ambientes que contribuam para promover o reestabelecimento dos pacientes através de elementos como cor, luz e materiais de acabamento; a estruturação física dos ambientes e incorporação de tecnologia, respeitan-do plenamente a privacidade, a autonomia e o es-

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tado de saúde dos pacientes; e os ambientes concebi-dos para permitir adequado acolhimento aos usuários (pacientes, visitantes, acompanhantes e colaboradores), tendo como referência os conceitos de acessibilidade e a utilização de uma linguagem contemporânea (ex.: projetos corporativos e hoteleiros).

O projeto de iluminação está baseado nos conceitos de contemporaneidade, assepsia e sustentabilidade. “Para o projeto luminotécnico do hospital, utilizamos na circulação luminárias contínuas para evitar manchas e áreas escuras. Nos quartos, trabalhamos levando em consideração o conforto visual do paciente, bem como a eficiência na ilu-minação de procedimentos. Luz indireta e de balizamento para que o paciente possa se orientar dentro do quarto sem que haja desconforto visual causado pela intensa lu-minosidade, e luminárias de procedimento instaladas de modo que não haja sombra sobre o paciente, auxiliando médicos e enfermeiros”, adianta Marczyk.

A temperatura de cor foi outro item levado em consi-deração pela equipe. “trabalhamos com luminárias de temperatura de cor de 4000K, pois essa cor por estar entre o branco frio e o morno auxilia na questão da assepsia, sem ser desconfortável para pacientes e vi-sitantes”, diz o Gerente de infraestrutura do Hospital

Moinhos de Vento.O Gerente de infraestrutura ressalta que todas as lumi-

nárias utilizadas são vedadas para evitar o acumulo de sujeira e possuem a tecnologia LED, que por sua longa vida útil evita manutenção e com isso, não haverá grandes interrupções nas atividades do prédio para a troca das pe-ças. “Além disso, gera economia efetiva na conta de luz e ar condicionado, pela luz do LED não emitir calor”.

Segundo Marczyk, nesta fase, o principal desafio foi harmonizar diferentes usos da edificação e compatibi-lizar níveis com as estruturas existentes. Sendo assim, a interação entre ambientes internos e externos do pré-dio de ampliação em questão é composta na base por pavimentos onde se localizam unidades de apoio logís-tico (almoxarifado, rouparia, etc.) e nos andares supe-riores por unidades de internação.

“Desta forma, os principais desafios no desenvolvi-mento deste projeto foram, de um lado, integrá-lo ade-quadamente ao corpo do prédio existente do hospital, e de outro possibilitar que os fluxos de recebimento (carga/descarga) e distribuição das unidades de apoio logístico não produzissem qualquer tipo de interferên-cia na dinâmica de funcionamento das unidades de in-ternação”, reforça o Gerente.

Autoridades participaram de solenidade que marcou a assinatura do contrato para a construção do novo prédio

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O projeto de engenharia levou em consideração o atendimento as normas técnicas, a segurança das instalações, o desempenho da edi-ficação, a durabilidade e a manu-tenção. “Com orientações técnicas previamente acordadas entre os projetistas, elaboradas pelo grupo de técnicos do Hospital Moinhos de Vento, os projetos de engenha-ria e arquitetura foram afinados para esta obra”, conta Carlos Emí-lio Stigler Marczyk, Gerente de in-fraestrutura da instituição.

As obras estão previstas para três etapas distintas, a prepara-ção do terreno, com demolições e realocação de serviços impactados pela obra; execução das conten-ções e escavações; e a construção da estrutura e demais itens que compõem a obra.

“O ponto crítico desta obra será a logística de acesso e operação do site, pois a construção vai ocupar praticamente toda área disponível, dificultando circulação e armazena-mento de materiais. Além disso a rua de acesso tem uma rampa muito íngreme, o que impede a utilização da capacidade total de carga dos equipamentos de transporte, e em determinados horários o trânsito é muito intenso”, adianta Alex Lemes, Gerente de negócios da Construtora tedesco, responsável pelo processo.

Para que o hospital possa ser mantido em funcionamento, a em-presa executora da obra fará o aces-so ao canteiro de obras de maneira totalmente independente do hospi-tal. “Quando da interligação do blo-co 16 com o prédio existente, serão tomadas medidas de isolamento es-pecificas para não interferir com as atividades do hospital”, garante.

Engenharia Diferenciais da Edificação

- Projeto arquitetônico desenvolvido com linguagem con-temporânea, fachada principal composta de perfis em alumí-nio e composição de vidros, com várias tonalidades de cor.

- fachadas ventiladas que melhoram a condição térmica da edificação e otimizam o sistema de climatização.

- Esquadrias com isolamento acústico, dotada de aciona-mento motorizado para movimentação de persianas.

-Sistema de climatização com filtragem especial, para aten-dimento da unidade de internação de oncohematológico.

- áreas de apoio exclusiva de atividade físicas para pacien-tes da unidade oncohematológico.

-áreas de convivência para familiares de pacientes da uni-dade oncohematológica.

- Dispensação de medicamentos através de equipamento Pixys, automatizado.

-Sistema integrado denominado checagem à beira do leito, para administração e controle de medicação.

- Postos assistenciais individualizados para cada dois leitos, no Centro de tratamento intensivo (Cti).

- Sistema de controle de temperatura de medicamentos au-tomatizado, controlado pela farmácia central.

- Unidade de internação diferenciada com suítes e serviços de hotelaria exclusiva.

- Pavimento técnico, localizado na cobertura da edificação com otimização da ocupação da edificação.

- Sistema elétrico atendido por duas subestações, a fim de garantir fornecimento ininterrupto de energia.

- Sistema redundante de geradores de energia, para aten-der operação de suporte a vida..

-Sistema redundante de equipamentos de nobreaks para operação de sistemas.

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O sistema elétrico do novo pré-dio foi projetado de forma to-talmente independente das ins-talações existentes nos outros prédios do Hospital. Uma nova subestação atenderá todo o sis-tema de HVAC e as instalações elétricas do novo prédio.

Para atendimento das cargas emergenciais, foi projetado tam-bém um novo grupo gerador de emergência que atende 100% das áreas operacionais do pré-dio. também foram instalados dois sistemas de energia ininter-rupta (Nobreaks), com operação redundante em paralelo ativo.

Um destes sistemas atende to-das as áreas de ti do novo pré-dio. O outro sistema atende uni-camente as cargas de it-Médico das áreas do Centro de trata-mento intensivo (Cti).

Como segurança, o complexo já possui abastecimento de energia por duas subestações distintas, minimizando o impacto de inter-rupção de fornecimento.

“todas as instalações elétricas que tenham contato com pacien-tes e/ou acompanhantes pos-suem Proteção Diferencial Resi-dual (iDR), seletiva por aposento.

Nas áreas do Centro de trata-mento intensivo (Cti), foi imple-mentado um sistema de it-Mé-dico que atende todas as cargas elétricas que possam estar em contato com o paciente (invasivas ou não) atendendo plenamente e sobrepondo-se as indicações normativas”, afirma Lemes.

Visando a preservação de recursos naturais e redução de consumo de energia algumas medidas serão adotadas nas obras, como a utilização de um sistema de aquecimento da água dos vestiários a gás, que permitirá redução significa-tiva do consumo de energia elétrica, além de proporcionar mais conforto aos colaboradores com a qualidade na tem-peratura e vazão da água para banho.

Além disso, serão usados escoramento e formas metá-licas com partes em polipropileno injetado, materiais es-tes altamente recicláveis e reutilizáveis, o que leva a uma grande redução no consumo de madeira.

O descarte de resíduos sólidos ocorrerá visando desti-natários que fazem a reciclagem e, sempre que aplicável, serão contratados fornecedores que atendam a política de logística reversa, devolvendo ao fabricante os resíduos de seus produtos. “Serão adotadas ainda medidas de controle de emissão de poeira e ruídos”, salienta Lemes.

Já a tecnologia, está fortemente aplicada às instalações elétricas, sistema de transporte de gases medicinais e cli-matização, que foram projetadas com sistemas de auto-

instalações Elétricas

Sustentabilidade e tecnologia

Superintendente executivo fernando Andreatta torelly Solenidade novo prédio do Hospital Moinhos de Vento

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Ficha técnicanome do empreendimento: Projeto Expansão HMV – Bloco 16Endereço: Rua Ramiro Barcelos, 910 – Porto Alegre/RSnº pavimentos: 08obra: 18 meses a partir de outubro de 2015Área total construída: 9.305,75m²Construção: Construtora tEDESCOProjeto arquitetônico: Schertel e Cassiano Arquitetos Associadosarquitetura de interiores: Moema Wertheimer Projeto estrutural: Projetak Projeto de fundações e contenções: Milititsky Consultoria Geotécnica e Engenheiros Associados S/SProjeto elétrico: Ana terra Engenharia LtDA.Projeto hidrossanitário, gases e PPCi: Optare Engenharia LtDA.iluminação: Atelier de iluminação Climatização: Projetum Engenharia LtDAgerenciamento de Projetos e obras: Equipe interna Hospital Moinhos de Ventogestor do Hospital: Superintendente Executivo fernando Andreatta torellygerente de infraestrutura: Eng. Carlos Emílio Stigler Marczyk

mação com alta tecnologia de desempenho e redun-dância de operação, evi-tando falhas no seu fun-cionamento. “O sistema de fachada será do tipo ventilada, proporcionando maior conforto térmico in-terno aos ambientes, o que reduz significativamente o consumo energético, além de ter uma manutenção di-ferenciada pelo seu baixo custo, durante a execução a geração de resíduos é mínima tornando uma al-ternativa de baixo impacto ambiental”, o conta Geren-te de negócios da Constru-tora tedesco.

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Atendimento à populaçãoHospital está sendo construído na zona Sul de São Paulo para beneficiar 200 mil pessoas

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Projeto Arquitetônico

Com as construções iniciadas em 2015, o Hospital Muni-cipal de Parelheiros localizado na zona Sul da cidade de São Paulo, irá beneficiar mais de 200 mil pessoas com pronto-socorro, maternidade e centro de especialidades.

Em um terreno de aproximadamente 110 mil metros quadrados, a edificação terá cerca de 34 mil metros de área construída, será um equipamento constituído por blocos, que se comunicam por amplas passarelas cobertas, que formarão os corredores de inter-ligação entre os blocos. No total serão 6 blocos, além do estacio-namento, portaria, paisagismo e utilidades.

O edifício terá espaço para 255 novos leitos, dos quais 38 obstetrí-cias, 31 Unidades de terapia intensiva (Uti) neonatal, infantil e adulto, 09 leitos para ginecologia, 11 salas cirúrgicas, além de leitos psiquiá-tricos com área de deambulação ao ar livre. Em uma mesma estrutu-ra haverá um hospital dia, um hospital escola e um centro de apoio diagnóstico, que oferecerá exames como mamografia, endoscopia, raio-x tomografia, ultrassom e ressonância magnética.

Considerado como o melhor projeto na categoria Saúde em 2015, o Hospital de Parelheiros, foi projetado pela equipe da Raf Arquitetura em conjunto com a Secretaria Municipal da Saúde e com a Secretaria de infraestrutura Urbana e Obras (SiURB). Um dos grandes destaques deste projeto foi a forma de implantação do edifício. “O terreno tinha um desnível entre o ponto mais baixo e o mais alto de 25 metros e, de acordo com a legislação, só po-deríamos ter um gabarito de altura de 9 metros, então, tivemos que fazer um partido arquitetônico pavilhonar que se adaptasse ao terreno” comenta Cynthia Kalichsztein, sócia diretora da RAf Arquitetura.

Para atender esta premissa e facilitar no fluxo e na circulação dos pacientes, criamos uma rua interna na instituição, que corta o prédio ao meio. Esta rua separa os blocos de alta complexida-de e emergência, dos blocos de internação e apoio. Estes blocos são interligados nos pavimentos superiores por passarelas. “No projeto pensei na separação dos fluxos destes blocos de formas distintas e específicas para cada um deles, criando assim a indi-vidualidade”, diz flávio Kelner, sócio diretor da RAf Arquitetura.

O terreno é beneficiado por uma vegetação nativa que ocupa 50% de sua área, portanto, houve a preocupação em conservar a área como também agregar a vegetação na concepção arquitetô-nica, através do uso de aberturas no edifício para este verde. isto garantiu uma fachada com muita ventilação natural além de uma vista diferenciada para os usuários. “A implantação dos blocos foi pensada de forma a preservar a área verde existente. Os blocos estão escalonados, se adequando as cotas existentes do terreno. Esta implantação possibilitou a separação dos acessos em andares diferentes, organizando o fluxo e a distribuição”, revela Cynthia.

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Responsável pela execução dos projetos bá-sicos de estrutura, climatização hidrossanitária, sistemas elétricos e eletrônicos, como também a coordenação geral do projeto do hospital de Parelheiros, a MHA Engenharia cuidou da com-patibilização multidisciplinar com um projeto de-senvolvido em um prazo de seis meses.

A gestora de projetos Maria Eloisa Neves da MHA compartilhou detalhes interessantes sobre o projeto básico da instituição e conta que “um dos grandes desafios foi executá-lo em um terreno ro-choso e com flora atlântica, a qual deveria ser pre-servada, dificultando a implantação de edificações em toda área do terreno”, conta. “Não podíamos retirar a flora do local por lei e por princípios da própria MHA”. Outro desafio de Parelheiros foi a distribuição de todas as instalações em um hospi-tal horizontal implantado sobre um terreno com grandes desníveis, com interligação de vários edi-fícios e grandes distâncias a serem vencidas.

Umas das preocupações do projeto foi reduzir o impacto ambiental do hospital, então “foram pre-vistos para o edifício, placas solares para aqueci-mento de água economizando energia elétrica e reservatórios para água de reuso da chuva, sendo estas utilizadas para irrigação das áreas externas e nas bacias sanitárias, além de diversos equipa-mentos de redução de consumo (válvulas, lumi-nárias e etc.) e de grandes rendimentos (unidades resfriadoras – chillers - entre outros)”.

A edificação contará também com um sistema de automação predial, que possibilitará a monitoração e o controle dos vários subsistemas, visando uso racional da energia, água e climatização. O prédio contará com acessibilidade universal e terá ainda estacionamento, bicicletário e brinquedoteca.

“A grande expectativa com relação ao projeto foi atender às solicitações da saúde, inclusive com in-formações advindas de médicos especialistas, pro-porcionando ao município um atendimento à rede pública com um bom nível de funcionamento. Em complemento, o projeto também atendeu a todas as exigências e normas da ABNt, RDC-50, NR-10 entre outras, respeitando todas as solicitações de segurança para o pleno funcionamento do hospi-tal, visando sempre áreas críticas em respeito ao atendimento da vida humana”, completa Eloisa.

Engenharia e Edificações

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Na obra ainda em fase de construção, está sendo instalada toda a infraestrutu-ra para receber os sistemas para a segu-rança do hospital. Está sendo projetada a instalação de circuito de CftV. “O sis-tema tem por objetivo fornecer os recur-sos visuais para o controle e segurança de todo o hospital, onde está prevista instalação de câmeras de CftV em locais estratégicos”, explica a engenheira Josy Nascimento Gerente Obra da Engemon.

Já o sistema de automação e supervi-são predial será aplicado para integrar as diversas facilidades projetadas no em-preendimento, como: gerenciamento e monitoramento centralizado, softwares operacionais automação e controle das utilidades prediais e do sistema de ar condicionado.

Sistemas especiais e automação predial

DETALHES DA OBRA

“O terreno tinha um desnível entre o ponto mais baixo e o mais alto de 25 m e, de acordo com a legislação, só poderíamos ter um gabarito de altura de 9 m. Este foi o grande desafio deste projeto e com isso, tivemos que fazer um partido arquitetônico pavilhonar que se adaptasse ao terreno” Cynthia Kalichsztein, Sócia-diretora da RAf Arquitetura

“Para garantir a condução adequada desses medica-mentos até o paciente, o primeiro passo é ter um bom projeto de gases medicinais para as redes de gases do hospital e contatar uma empresa atualizada e especia-lizada no segmento que cumpram a norma da ABNt 12188:2012 e a RDC 50 da Anvisa, que regulamenta esses tipos de instalações” Josy Nascimento, Gerente Obra da Engemon

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O sistema hidráulico a ser aplicado nesta edificação consiste na capitação das coletas de água pluvial dos telhados para aprovei-tamento no uso em bacias sanitárias e no sistema de hidrantes, com sistema de trata-mento através de filtro e desinfecção.

O sistema de distribuição elétrica foi concebido visando atender todo o hos-pital em quadro de energia emergencial, ou seja, toda carga crítica à vida huma-na está em segurança quanto à falta de rede por parte da concessionária sem-pre atendendo a RDC-50 e ABNt. todos os equipamentos que serão utilizados terão capacidade qualificada e atende-rão todas as normas. e aprovados pelas mesmas. toda a tubulação e fiação es-tão dentro dos padrões de atendimen-to às normas de prevenção e combate a incêndio.

instalações hidráulicas

instalações elétricas

A RDC 60, de dezembro 2012, da Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária (Anvisa), estabelece que os gases medicinais estejam inclusos na classificação de medicamentos, por isso a Anvisa passou a fiscali-zá-los como tal. “Para garantir a condução adequa-da desses medicamentos até o paciente, o primeiro passo é ter um bom projeto para as redes de gases do hospital e contatar uma empresa atualizada e es-pecializada no segmento que cumpram a norma da ABNt 12188:2012 e a RDC 50 da Anvisa, que regu-lamenta esses tipos de instalações”, comenta Josy.

Nesta edificação, durante a montagem, a verifi-cação da classe de tubulação que está sendo usa-da, que, por norma deve ser classe A, e a qualida-de da solda, que deve ser prata, pois outros tipos de soldas em contato com o oxigênio criam gases nocivos à saúde e devem ser observadas. “Neste tipo de instalação é feito teste de estanqueidade da rede, garantindo ao cliente que não haverá va-zamentos. Além disso, submetemos as instalações ao processo final de homologação, com oximetro, garantindo que o ponto de consumo está sendo abastecido com o gás correto”, explica.

Gases Medicinais

“Um dos grandes desafios deste projeto, foi a distribuição de todas as instalações em um hospital horizontal implantado sobre um terreno com grandes desníveis, com interligação de vários edifícios e grandes distâncias a serem vencidas” Maria Eloisa Neves,Gerente de Projetos da MHA Engenharia

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Espaço dedicadoBeneficência Portuguesa de São Paulo investe em projeto de Centro Avançado de Oncologia

Considerado o hospital Premium da Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos maiores comple-xos hospitalares privados da América Latina, o Hos-pital São José foi inaugurado em 2007 e projetado

para ser referência em oncologia, cardiologia, ortopedia e neurologia.

No ano de 2010, a instituição foi acreditada pela Joint Commission international (JCi), o que o colocou entre um seleto grupo de hospitais dispondo de serviços, atendi-mento e estrutura com padrões aprovados e reconhecidos mundialmente.

Planejado para atender seus pacientes com os mais mo-dernos conceitos de hotelaria hospitalar e gastronomia, além de rigoroso trabalho de prevenção de infecções e acidentes com a utilização de tecnologias de ponta, o Hos-pital São José tem orgulho de prestar atendimento refe-renciado pensando no bem-estar dos pacientes, médicos e colaboradores.

O hospital possui mais de 23 mil m² distribuídos em 9 an-dares, sete salas cirúrgicas e 65 leitos em estrutura moderna e completa para atuar na prevenção, diagnóstico, tratamen-to e reabilitação da saúde dos pacientes. As Utis e semi-in-tensivas são privativas, com janela, banheiro, poltronas para acompanhantes, ar condicionado e tV. O Hospital conta, ain-da, com um moderno Centro de Diagnóstico, onde os proce-dimentos cardíacos e neurológicos são realizados com equi-pamentos tridimensionais que garantem mais confiabilidade aos profissionais e pacientes.

Para proporcionar mais comodidade e atendimento dire-cionado aos pacientes oncológicos a instituição decidiu in-vestir em um segundo bloco, o instituto de Oncologia. O Dr. Antônio Carlos Buzaid, renomado oncologista, foi contra-tado para estar à frente do Centro Avançado de Oncologia, que está prestes a ser inaugurado.

O Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José pretende oferecer atendimento Premium para pacientes particulares e planos de saúde A/B. A infraestrutura do es-paço é completa, foram preparados dois andares de leitos para realização de quimioterapia, bem como locais especí-ficos para sua aplicação, além de consultórios médicos para prestar assistência completa aos pacientes com câncer.

Como a edificação está localizada ao lado do hospital em funciona-mento, o planejamento e a logís-tica das obras foram algumas das dificuldades do processo. “Execu-tamos a obra respeitando as nor-mas e legislações, respeitando o meio ambiente, procurando causar o menor impacto a vizinhança e ao Hospital em funcionamento”, diz Luis Gonçalves, Diretor de obras da Construtora tODA do Brasil.

Como os processos são execu-tados por uma construtora cer-tificada nas normas iSO 9001 e 14001, durante a gestão da obra estão sendo aplicados todos os procedimentos e requisitos am-bientais. “Estamos trabalhando de forma a gerar o mínimo possível de resíduos e aqueles gerados são destinados a locais apropriados e certificados para descarte e ou re-ciclagem”, comenta.

Segundo Gonçalves, algumas tecnologias estão sendo aplicadas na execução da obra, podendo-se destacar o sistema unitizado da fachada que consiste em um con-junto pré-montado composto de perfis de alumínio, vidros insula-dos e vedações, garantindo maior rapidez e segurança na execução e estanqueidade. “Para mensurar a qualidade durante os processos, na execução da obra a qualidade é atestada através da utilização de materiais certificados e proce-dimentos de execução conforme normas pertinentes a este padrão de obra”, finaliza Gonçalves.

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Unimed Erechim investe em novas áreas para melhor atender aos usuários

Edificação sustentável

O momento é de inovação fundamentada na qualidade e garantida pela experiência em serviços de saúde. A Unimed Erechim, pri-meira cooperativa médica do estado, fun-

dada em 1971, conta com 220 médicos, 174 colaborado-res e 45.518 beneficiários.

No final do semestre de 2014, a Unimed Erechim, no Rio Grande do Sul, inaugurou um novo espaço que passou a

agregar diversos serviços aos seus associados, o Centro de Qualidade de Vida. “Certamente, os usuários dos nos-sos serviços e nossos cooperados terão à disposição um espaço único para promoção da saúde e da qualidade de vida”, declarou à imprensa o Presidente da Cooperativa, Alcides Mandelli Stumpf, pouco antes da inauguração.

O prédio está adequado às regras de sustentabilida-de ambiental, aproveitando os recursos naturais como

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luz solar e água da chuva para utilização nas ativida-des diárias. Com área total de 7.133 m², no local, ini-cialmente, funcionarão os setores administrativos, La-boratório de Análises Clíni-cas, Saúde Ocupacional e Medicina Preventiva. Em um segundo momento, o espa-ço deverá abrigar, também, a Uniclínica e o Centro de Diagnóstico por imagem.

A construção do Centro de Qualidade de Vida Unimed foi executada pensando nas pessoas, vislumbrando uma obra de qualidade, sem deixar de lado os princípios básicos de uma construção sustentável, privilegiando as questões ambientais, ge-rando economia de custos; também, mostrando uma postura comprometida com o futuro e a qualidade de vida das pessoas. Empenha-do na busca de um futuro promissor e comprometido com a comunidade, o em-preendimento teve como proposta desde sua concep-ção, bem como durante sua implantação de ter um uso sustentável.

“O projeto buscou for-talecer a imagem da Uni-med, modernizando as instalações e preservando a sua história. tendo como meta, valorizar o conceito de hospitalidade, no qual os ambientes foram trans-formados em espaços di-ferenciados na proposta

realizada, com um clima confortável e aconchegante, através do uso de materiais inovadores e de qualidade, buscando criar ambientes com composições agradá-veis como resultado final, com o foco constante no ser humano”, explica Rosa-ne Lemos de Pinho zanardo, sócia-proprietária do Arma-zém de Design, especialista em arquitetura hospitalar.

Com a superestrutura de concreto executada, o escri-tório foi convidado a assumir as definições para execução dos acabamentos, bem como das instalações especiais, um trabalho de acompanhamen-to e orientação até a finali-zação da obra. Após análise cuidadosa dos projetos exis-tentes foi definido as princi-pais posturas e soluções per-tinentes a serem adotadas em relação aos projetos em andamento.

“O sucesso de todo o pro-cesso, foi possível, devido a parceria criada entre a Equipe técnica, a Gerência Executiva e a Diretoria da Unimed, fator muito impor-tante, visto que resultou na união e integral colaboração na montagem da programa-ção e cronogramas detalha-dos dos trabalhos específi-cos realizados pelo grupo, especificando materiais e acabamentos, redefinindo alguns layouts internos, cor de tinta, revestimentos de piso e paredes, etc.”

Pavimentação permeávelO revestimento dos acessos foi

executado em paver, pela preocu-pação de utilizar uma pavimenta-ção externa permeável, que per-mitisse a absorção natural da água da chuva, reduzindo o risco de grandes volumes de água retor-nando para as vias públicas, bem como preservando o ciclo natural das águas e assim preservando o ciclo normal da natureza.

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Quanto à sustentabilidade e meio ambiente, houve uma preocupação de toda equipe técnica com a pre-servação ambiental e a sustentabilidade. Com ambien-tes bem planejados e instalações modernas, a consoli-dação do espaço aconteceu devido à preocupação em se ter uma tecnologia de ponta em todos os equipa-mentos. “foram consideradas a durabilidade, economia e funcionalidade para se buscar atingir a sustentabilida-de com um bom resultado final”, reforça Rosane.

também houve cuidado com o controle da geração, manuseio e descarte de resíduos, através do PGRE (Pla-no de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes). Redu-zindo, reciclando, reutilizando e direcionando correta-mente os resíduos sólidos.

Para economia de água, foram implantadas a captação e o aproveitamento das águas da chuva, para utilização nos jardins e calçadas. A preocupação em reduzir o consumo, procurando ter uma vazão mais eficiente, utilizando aera-dores que melhor distribuem a água; torneiras com o siste-ma de temporização, para evitar desperdícios e bacias com descargas em duas faces para o descarte de resíduos.

Sustentabilidade e Meio Ambiente

Quanto ao consumo energético, houve uma preocu-pação com a economia de energia em toda edificação. A energia solar foi utilizada para o aquecimento de água, por exemplo, e houve uma preocupação com o uso da iluminação natural, adotando luminárias e san-cas com lâmpadas fluorescentes ou lâmpadas Led, que possuem baixo consumo de energia elétrica entre ou-tras medidas de seleção de equipamentos com eficiên-cia energética ajustada as necessidades do edifício.

“Durante o acompanhamento dos projetos elétricos, foram colocadas tomadas estabilizadas, para atender computadores e equipamentos sensíveis as variações da rede externa”, conta a Engenheira Rosane.

Para garantia da evacuação do prédio com segurança, foram instalados blocos autônomos junto aos circuitos de iluminação das circulações e escadas. Outros cuida-dos como as instalações de dispositivos de projeção, supressão de surto (proteção contra raios atmosféricos), curto circuito e proteção mecânica. “O prédio foi con-templado com uma fachada em pele de vidro e janelas nos demais ambientes, que permite o aproveitamento

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da luz, nas áreas internas do prédio, trazendo a luz natural para dentro do ambiente”, explica.

A humanização também esteve pre-sente neste projeto através de algumas soluções para melhorar o dia a dia dos funcionários e trazer conforto aos usuá-rios, como a ergonomia dos móveis e garantindo a acessibilidade às pessoas com necessidades especiais. O projeto seguiu as normas de acessibilidade (NBR 9050), considerando as medidas de er-gonomia, níveis de ruído para conforto acústico, utilizando recursos de áudio, vídeo, com proposta de uso de muita luz natural, e com a iluminação planeja-da para criar uma atmosfera agradável e acolhedora. “Pensamos dentro do intui-to de proporcionar, em um único local, quase que a totalidade dos serviços da Unimed, trazendo como benefícios ao cliente, otimizando seu tempo, coisa tão preciosa nos dias de hoje”, ressalta.

Outro ponto bastante considerado neste projeto foi a qualidade, aplicada logo na fase de seleção dos fornece-dores de materiais e serviços até a fi-nalização das dúvidas executadas. “O processo de contratação é assegura-do pela qualidade através do quadro de competências e avaliações perió-dicas das habilidades especificas das equipes de obra treinadas, mantendo o acompanhamento e verificação de atividades executadas, com a utiliza-ção de ferramentas especificas para a execução da obra”, conta Rosane.

Durante a análise de materiais rece-bidos e utilizados, foram feitas ações corretivas para prevenir possíveis des-conformidades de uso durante a obra, com uma fiscalização efetiva, para que não ocorresse o desperdício de mate-riais na construção, bem como, evitan-do-se um volume elevado de entulho.

De acordo com a profissional, houve uma preocupação em tornar este espaço agradável e funcional. Um ambiente para realizar reuniões com um ou mais grupos. Utilizado também para seminários, palestras, reuniões, workshop, jornadas científicas, além das assembléias e reu-niões mensais de cooperados.

Respeitando as exigências do projeto de PPCi, foi utilizado tecido apropriado nas cadeiras Cavaletti, sem a fixação das mesmas no piso, apenas entre elas, em função da utilização diversificada do espaço.

“As cadeiras Cavaletti foram escolhidas pensando no conforto, ergo-nomia e em função do tempo de utilização do público usuário, que em alguns eventos precisam permanecer horas na mesma posição”, conta.

Rosane ressalta que a principal foi a busca por um ambiente com uma acústica perfeita, utilizando todos os recursos tecnológicos para alcan-çar um espaço confortável e eficaz. “Buscou-se criar um espaço com entrada de luz natural, porém, quando necessário para projeções, com uma vedação adequada do som externo, deixando o ambiente perfeito à sua utilização”, relata.

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Neste caso, buscou-se criar um ambiente aconchegante e confortável na área de aten-dimento, para deixar os pacientes e usuários com a sensação de estar em um espaço que lembre sua casa, tirando um pouco a sensação de um ambiente hospitalar.

O laboratório conta com uma área de recep-ção com várias salas de coletas. No espaço técnico de trabalho, realizado dentro de um conceito inovador, equipado com modernas tecnologias e amparado por profissionais competentes.

“tem-se um ambiente integrado com toda equipe técnica trabalhando em conjunto, onde as bioquímicas forneceram a nossa equi-pe técnica, todo suporte, informações e dados para realização dos projetos e redefinição de lay-out”, explica.

Laboratório AcessibilidadeOs estudos e projetos respei-

tando todas as pessoas, princi-palmente as com necessidades especiais, proporcionou os neces-sários cuidados para acessar a edi-ficação, bem como para o entor-no do prédio. foram obedecidas as regras de acessibilidade (NBR 9050), tanto na escolha dos mate-riais, quanto na execução dos pro-cessos, como também conside-radas as medidas de ergonomia, iluminação e níveis de ruído para conforto acústico.Com a proposta de ambientes bem sinalizados e preparados para atender todas as questões de acessibilidade.

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Hospital de olhos foi projetado através de estudo que prioriza a sustentabilidade e o meio ambiente

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Inaugurado em março de 2013, o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, localizado em Join-ville (SC), realizou somente no primeiro semestre daquele ano uma média de 15.524 atendimentos/

mês. “Nosso diferencial é ter em nossa sede um Cen-tro de Diagnóstico e um Centro Cirúrgico, fazendo com que todos os tratamentos e cirurgias que não necessitem de anestesia geral sejam realizadas no próprio hospital”, diz Mirian Pinheiro, Gerente Admi-nistrativa do Hospital.

Seu projeto foi baseado em um estudo técnico que visava oferecer elementos para análise de viabilida-de ambiental do empreendimento, tanto que 30% da área de construção foi preservada com mata nativa. Além disso, medidas de responsabilidade ambiental foram algumas das ações adotadas durante a cons-trução da instituição. Na dimensão econômica, a es-colha de materiais teve como base o menor impacto possível: as luminárias consomem menos energia, as louças sanitárias têm menor consumo de água por serem automatizadas e os vidros especiais diminuem a incidência dos raios solares na área interna, redu-zindo a carga térmica e, portanto, há redução do consumo do sistema de ar condicionado. A utilização de vidros em toda fachada também contribuiu para a redução do consumo de energia elétrica em função da maior utilização da luz natural.

Já na dimensão ambiental, a sustentabilidade es-teve presente na obra com um programa de geren-ciamento de resíduos sólidos provendo a correta

separação e destinação para reciclagem de lixo. fo-ram instalados, no canteiro de obras, containers para classificação e destinação de resíduos. “Com relação ao social, foi implementado um plano para monito-ramento e controle de ruídos e houve grande intera-ção com a comunidade no entorno minimizando os possíveis impactos na qualidade de vida dos vizinhos decorrentes das atividades de obra”, conta a gerente.

Apesar do hospital apresentar um projeto extre-mamente rigoroso em relação à funcionalidade, o layout contemplou a otimização e correta distribui-ção das atividades internas, assim como a beleza e o conforto não foram excluídos em detrimento da sofisticação. Os arquitetos consideraram como fato-res fundamentais a beleza e a funcionalidade para humanizar os ambientes.

Dentro deste contexto, foram criadas amplas re-cepções com a utilização da ventilação e iluminação naturais, o que evita os frequentes espaços confi-nados e proporcionam ambientes mais humanos e ergonômicos para pacientes e colaboradores, além de contribuir para a redução do consumo de energia elétrica. Na ambientação das recepções foram utili-zados sofás, tVs, máquinas de café e água para aten-der aos pacientes e garantir tranquilidade durante as consultas, exames e cirurgias. As cores claras nas pa-redes foram escolhidas para proporcionar amplitude e tranquilidade aos pacientes e aos colaboradores.

“Os arquitetos configuraram a recepção ao públi-co através de uma extensa galeria no espaço térreo,

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Esta obra edificada foi executada com funda-ções tipo estaca hélice continua, blocos e vigas. A estrutura compreende pilares e lajes proten-didas, sistema este adotado para maiores vão livres. “Além disso, todos os serviços e materiais foram acompanhados e inspecionados pela área de qualidade da construtora. Devido a grande quantidade de empresas fornecedoras e tercei-ras, houve um estudo de logística flexível para que tudo funcionasse sem entraves e sem com-prometer o prazo final”, comenta Max Rodnei Magri, engenheiro da Construtora Hora Certa

Segundo Magri, uma das grandes dificuldades da obra foi a compatibilização dos projetos, vis-to que, por se tratar de uma edificação da área de saúde, requer muito cuidado, pois existem vários projetos complementares, como gás, elétrica, sanitários e climatização voltadas dire-tamente para a área da saúde que requerem um estudo minucioso para as execuções.

Apesar do cuidado minucioso exigido em cada detalhe, a sustentabilidade não foi deixa-da de lado em nenhum momento. “Os resíduos, sobras da obra, foram destinados corretamente conforme sua classificação, em locais onde re-cebemos os certificados de destinação”, finaliza o engenheiro da Construtora Hora Certa.

proporcionando uma sensação agradável de amplitude pelo pé-direito alto na recepção principal. A intenção foi trocar os espaços frios, impessoais e estressantes pre-sentes nos hospitais tradicionais por um espaço mais humanizado e descontraído, alcançado por meio de uma efetiva comunicação visual com cores mais quentes, se-melhante a de um hotel”, ressalta.

Já o projeto luminotécnico foi desenvolvido para ofe-recer sensações de bem-estar e conforto aos pacientes e colaboradores utilizando ao máximo a luz natural que o prédio proporciona. Houve preocupação para que o fluxo luminoso interno não fosse projetado para fora das janelas e a iluminação externa fosse projetada para ga-rantir segurança e conforto. Na área externa foram insta-lados temporizadores, que permitem a programação de horários para ligar e desligar as luzes, mantendo a partir das 23 horas somente luzes vigias.

Na recepção principal, a iluminação ganhou ares mais sofisticados – marcada por belos lustres, sem prejudicar a luz funcional necessária para um ambiente de trabalho. O objetivo foi transformar a estada no hospital em algo parecido com o que se vê em recepções de hotel.

Outro ponto levado em consideração na instituição foi a segurança. Para isso, foram instalados controles de acesso nos principais pontos onde há grande fluxo de passagem por funcionários, pacientes e visitantes (nas entradas do restaurante, auditório e portão de pedes-tres). Além dos locais de acessos restritos: centro cirúr-gico, tesouraria e datacenter.

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Desafio necessárioEspecialistas falam da proposta de criar um projeto sustentável em tempos de crise

Diante de um cenário turbulento na economia, mais do que nunca é necessário reduzir os gastos na construção e operação dos edifí-cios da saúde. Na maioria das vezes, ocorre um equívoco por parte das instituições contratantes por considerarem somente o preço do

projeto e da obra. Dessa forma, as empresas se esquecem do custo global da edificação após 20 ou 30 anos de operação e uso.

Ao mencionar a globalização neste contexto econômico das obras, é válido reforçar desde os investimentos iniciais no projeto e na obra até o processo de reciclagem. “isso implica em uma concepção sábia” como diria o grande arquiteto suíço Le Corbusier.

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Assim, diversos profissionais do setor da construção já levantam a bandeira verde por acreditar que é possível de-senvolver um projeto em tempos de crise prezando pela sustentabilidade.

Para isso, em primeiro lugar, a obra deve ser feita com materiais resistentes à intempérie e ao uso, além de ter uma estrutura que o torne apta a reciclagem.

Adotar práticas sustentáveis não é a salvação para as empresas mediante a crise econômica que o mundo atraves-sa, mas, sem dúvida alguma, é o ca-minho que poderá salvar o planeta do colapso frente à escassez dos recursos naturais não renováveis.

Na opinião do Coordenador de Proje-tos do Núcleo de Pesquisa em tecnolo-gia da Arquitetura e Urbanismo da Uni-versidade de São Paulo (NUtAU/USP), Geraldo Gomes Serra, responsável pela obra do instituto de Psiaquiatria do HC, a sustentabilidade é a qualidade de um processo pelo qual ele pode ser manti-do em operação indefinidamente. “Por tanto, no caso de um edifício qualquer, as práticas sustentáveis implicam na durabilidade e na reciclabilidade.”

Durabilidade porque esta é uma con-dição fundamental da sustentabilida-de, pois um edifício pouco durável não é sustentável e deverá ser substituído alguns anos depois da sua construção.

Reciclabilidade porque, embora o edifício seja durável, os usos e costu-mes são variáveis, uma vez que são social e culturalmente definidos. De modo que do custo da obra, se refe-rido ao desembolso imediato duran-te a construção, poderá ser um pou-

co maior, mas se referido ao custo de construção, manutenção, operação e reciclagem do edifício, poderá ser mui-to menor. “A Sala São Paulo, por exem-plo, só foi possível porque o grande arquiteto Cristiano Stockler das Neves o fez a Estação Júlio Prestes durável e reciclável”, ressalta Serra.

O Coordenador Científico do NUtAU/USP, Bruno Roberto Padovano, acredi-ta que adotar medidas de sustenta-bilidade em uma instituição de saúde podem auxiliar a gestão a reduzir os gastos. “Os equipamentos utilizados hoje, tanto no diagnóstico, como nas cirurgias e tratamentos, passam por um contínuo processo de inovação tecnológica. Seria insustentável ter que reformar a edificação cada vez que um novo equipamento é introduzido”, acrescenta.

Nessa linha de pensamento, Padovano diz que a nova tendência das instituições de saúde é adotar o “retrofit” no sentido mais sustentável. “Creio que todos nós estamos hoje substituindo lâmpadas incandescentes por leds, o que já é um importantíssimo retrofit em tempos de energia cada vez mais cara.”

Desde a produção dos materiais de construção até o processo de reci-clagem das edificações e mesmo das áreas urbanas, a sustentabilidade, no sentido preciso de durabilidade e reci-clabilidade, deve estar presente.

“Não sem razão, nos países desenvol-vidos gasta-se mais tempo com o pro-jeto do que com a obra, discrepando totalmente neste aspecto do que acon-tece nos países periféricos”, afirma.

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Arquitetura da terratécnica de construção milenar, a “taipa de pilão” garante uma edificação resistente e durável

É reconhecido que o segmento da construção ci-vil é um dos que causam maior impacto no meio ambiente. Além do uso de muitos recursos na-turais, o setor é um grande gerador de entulho,

classificado como resíduo sólido, tanto durante o pro-cesso de execução, como na demolição das obras. É pa-pel de todos os envolvidos nesta área proporem novas ideias que conciliem o desenvolvimento das atividades da construção à preservação do meio ambiente.

Nesse sentido de aplicar métodos sustentáveis nos projetos arquitetônicos está o investimento em técnicas

milenares como a taipa de pilão em partes da obra. As técnicas de construção com terra são utilizadas em todos os continentes e, nas últimas décadas, acompanhando a onda da sustentabilidade, vêm sendo desenvolvidas e usadas em larga escala em países como a Austrália e os Estados Unidos, com a taipa de pilão.

As paredes de taipa são estruturais e costumam apre-sentar um acabamento adequado. Sem contar que pos-sui menor custo quando comparadas com a soma dos valores de estrutura, alvenaria de vedação e acabamen-to de ambos os lados de paredes construídas com as

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técnicas convencionais.A taipa de pilão é um sistema construtivo utilizado

para execução de paredes. Neste sistema, o solo é de-vidamente preparado e compactado. Muitas vezes, se acresce algum tipo de aglomerante durante a prepara-ção do solo para melhorar ainda mais os parâmetros estruturais.

Esse material pode responder positivamente aos de-safios colocados no atual panorama, pois, quando bem empregada, apresenta baixo consumo de energia no processo de produção, pode não necessitar de transpor-te de matéria-prima e é totalmente reciclável, pois quan-do demolidas, as paredes voltam à condição original de solo. Além dessas características, a taipa possui excelente inércia térmica, e permite trocas de umidade com o meio, garantindo assim, menor ou nenhum consumo de ener-gia na climatização do ambiente construído.

O processo de produção da parede, resumidamente, consiste em destorroar o solo, secar, peneirar, adicionar aglomerante conforme a necessidade, acrescentar água até o ponto ótimo de umidade, colocar dentro de uma forma, também chamado molde ou taipal, e finalmen-

te compactar até atingir a densidade ideal, criando assim uma estrutura resistente e durável.

No Brasil esta tecnologia, agora denominada simples-mente de taipa, é desenvolvida há mais de 10 anos. Al-gumas empresas utilizam o sistema, aplicando novos materiais e equipamentos e sempre buscando referências no exterior, alcançando assim altos níveis de qualidade e produtividade em suas obras.

“A relação do homem com a terra sempre foi familiar e é necessário preservar essa tradição. Entretanto, é impor-tante desenvolver e aprimorar técnicas de construção com terra de modo a equiparar sua eficiência aos sistemas cons-trutivos hoje estabelecidos no mercado”, afirma o arquiteto Marcio Hoffmann, da taipal Construções em terra.

Atualmente, os principais equipamentos para a execu-ção da taipa são a forma, o compactador e o misturador. O misturador é usado para o preparo da terra com o aglo-merante e a água. O misturador indicado é o planetário ou de pás rotativas. Diferentemente da betoneira, bas-tante comum nas obras, o misturador é adequado para misturar material seco. O uso desse equipamento reduz o tempo desta atividade e consequentemente o tempo de

tAiPA DE MãOA taipa de mão ou pau a pi-

que é um sistema para constru-ção de paredes de vedação for-mada pela soma de uma trama vegetal (madeira, bambu, etc.) ou metálica com uma massa de terra. Essa técnica, além das mesmas características ambien-tais da taipa de pilão permite grande versatilidade de dese-nhos e utilização. Os sistemas construtivos em terra, quando bem empregados, possuem grande beleza, apresentam ex-celente desempenho e contri-buem para a busca pela susten-tabilidade na construção.

Profissionais do setor participamde workshop sobre taipa de pilão em Ribeirão Preto (SP)

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Detalhes do materialNos projetos de arquitetura, todo desenho proposto tem

uma relação direta com o material e com o sistema construtivo adotado. fica clara a importante relação entre o material da construção, o tipo dos elementos estruturais e o desenho do edifício. Então, ao projetar uma edificação cujo principal mate-rial é a terra e o sistema construtivo a taipa de pilão, necessa-riamente deve-se considerar suas especificações.

A taipa caracteriza-se, principalmente, como elemento estru-tural moldado in loco com elevada resistência à compressão e baixa resistência à tração. Então devem ser previstas as devidas soluções quando o caminho das forças configurarem momentos de torção, de flexão ou esforços de deformação na parede. “A resultante das forças nas paredes de taipa de pilão deve ser sem-pre perpendicular à superfície resistente. Deve-se evitar que as paredes de taipa de pilão recebam cargas horizontais”, orienta.

Devem ser previstos elementos construtivos que protejam os topos das paredes como beirais ou pingadeiras, a imper-meabilização das fundações ou as formas de evitar o contato direto da parede com o chão para proteger sua base, e ainda, a depender do índice pluviométrico da região, a aplicação de hidrofugante para proteger a superfície da parede.

produção da parede.Já as formas devem ser resistentes à força do

impacto do compactador e à pressão exercida pela terra durante sua compactação. Entretanto, apesar de bem estruturadas, devem ser leves e fáceis de operar, pois as atividades de monta-gem e desmontagem das formas são determi-nantes para a produtividade. O compactador deve ser leve e de fácil utilização.

A qualidade de uma construção depende do controle eficaz de cada atividade do processo de produção. Com a taipa não é diferente. Então, além dos operários serem treinados, devem ser colhidas amostras, feitas análises e preenchidas fichas de controle a cada repetição da atividade.

“Hoje, trabalhamos com um sistema de for-mas metálicas auto nivelantes que permitem a execução de paredes retas, em “L” e em “t”, em qualquer comprimento especificado em projeto de até 2,8 m de altura com uma montagem ou o dobro com a sobre montagem da estrutura”, explica o arquiteto.

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Hospital Moriah segue com obras para aprimorar sua infraestrutura física

O Hospital Moriah é um dos mais novos e modernos cen-tros médico-cirúrgicos de alta complexidade do Brasil e surgiu com a proposta de inovar a atenção à saúde nes-te segmento. Para atingir esse objetivo, ele concentra

em um só lugar todos os atributos necessários para desenvolver, na prática e de forma integrada, o conceito de medicina de ponta. Sua estrutura compacta permite que o acolhimento e o atendimento humanizado aconteçam de fato e criem uma nova relação entre pa-cientes, familiares, médicos, enfermeiros e profissionais da saúde, com os recursos tecnológicos de última geração. “É um empreen-

Investimento constante

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dimento com padrão de excelência, que prima pela precisão de resultados e de-tecção precoce de problemas de saúde”, diz Leonardo iquizli, médico radiologista responsável pelo Centro de Diagnósti-cos do Moriah. Merecem destaque no projeto o levan-

tamento minucioso da parte do edifício existente visando a sua grande transfor-mação funcional como hospital de ponta;

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a obra como proposta conceitual deveria atender atributos de um edi-fício contemporâneo, com alta tecnologia construtiva de equipamentos e funcionalidade, com soluções de ecoeficiência e sustentabilidade e atendimento médico de mais alto nível.Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, Siegbert zanettini, o

desenvolvimento deste projeto foi um grande desafio pois a arquite-tura do prédio existente, antiga Estação da tV Record em São Paulo, não apresentava condições espaciais, estruturais e principalmente dos sistemas de energia, água, gazes, etc, condizentes com as necessida-des de um hospital. “Além disso, havia um acréscimo significativo de áreas especialmente mais complexas como centro cirúrgico e obsté-trico, setor de imagens, Uti, pronto-socorro, áreas de serviços, far-mácia, almoxarifado, central de utilidades estacionamentos coberto e descoberto, áreas permeável e paisagismo para atender as legislações da Anvisa, Prefeitura, Corpo de Bombeiros e companhia de energia

elétrica local”, lembra.Além das preocupações para aten-

der as todas as regulamentações, o projeto desenvolvido por zanettini para o Moriah considerou também as medidas de humanização dos espa-ços, iniciando-se com a preocupação da setorização de áreas e também dos fluxos entre as mesmas. “tivemos ainda cuidados ligados à ambienta-ção através de materiais de acaba-mento, cores, iluminação, na busca por espaços com qualidade, aconche-gantes a pacientes, a quem trabalha e aos visitantes”, ressalta o arquiteto.

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O conforto luminotécnico, cli-mático e acústico foram outros fatores levados em considera-ção neste processo. foi reali-zada uma pesquisa de condi-ções climáticas da latitude de São Paulo, regime de ventos, condições de ruído, pela apro-ximação do aeroporto de Con-gonhas; dos materiais das fa-ces do edifício, pela vegetação incluída na área externa e nos pátios internos, pela cobertura verde em toda a edificação e principalmente pela ilumina-ção e ventilação natural em quase em todos os ambientes. “trabalhamos de modo a aten-der também a economia de energia. todos esses fatores deram a este hospital a sen-sação prazerosa e agradável já manifestada inúmeras vezes pelos usuários e visitantes.”Completa o projeto o estu-

do da arquitetura de interiores com os desenhos de balcões, guichês, mobiliário fixo como armários, estantes, mesas e bancadas de trabalho, solução de paisagismo e da comuni-cação visual interna e externa. “todos os nossos projetos são completos e profundamente detalhados. Não há soluções ou adaptações posteriores na obra”, afirma zanettini.Mesmo depois de entregar a

versão mais moderna do hos-pital à população, as obras no Moriah não pararam. As adap-tações e reformas executadas visam aumentar a disponibili-dade e confiabilidade dos di-versos sistemas, melhorar os

fluxos internos dos diversos usuários, adequar os ambien-tes e instalações para novas técnicas e tecnologias nos pro-cedimentos médicos ou ainda adequação às normas e regu-lamentações de agências regu-ladoras. “tudo isso aumenta a segurança para os colaborado-res da instituição, a qualidade para os pacientes e o retorno aos acionistas, contribuindo, portanto, fortemente com a sustentabilidade”, comenta Lu-ciana frança, Gerente de Enge-nharia da frança Engenharia.Antes do início de qualquer

atividade a equipe multidis-ciplinar da frança Engenha-ria se reuni com a Engenharia do Hospital para realizar o planejamento detalhado das atividades. “Discute-se deta-lhes da obra, eventuais ajustes de projeto, logística, melho-res acessos, transporte e re-manejamento de mobiliário, construção de barreiras para controle de poeira e ruído, en-tre outros itens, que precisam estar resolvidos para executar as atividades dentro do prazo previsto com o mínimo impac-to para as outras atividades do hospital”, revela.A logística dos trabalhos é

definida pelo planejamen-to de cada atividade como foco em duas vertentes: ga-rantir que todos os materiais, equipamentos, profissionais e informações estejam dispo-níveis no momento certo, na quantidade exata, para permi-tir o atendimento aos prazos

Experiência e Profissionalismo

A frança Engenharia conta com pro-fissionais com vasta experiência tanto na área de instalações quanto na área de construção civil, no âmbito de no-vas implantações e manutenção, o que por um lado reduz a energia empre-gada pela engenharia de seus clientes no gerenciamento das diversas es-pecialidades necessárias para realizar qualquer obra, e por outro lado agre-ga valor na análise crítica e proposta de soluções técnicas que visem aten-der às demandas com o melhor tCO (total Cost of Ownership ou em por-tuguês o Custo total de Propriedade) otimizando o investimento, aumen-tando a disponibilidade e permitindo aumentar a vida útil de equipamentos e sistemas. “Nós e nossos colabora-dores nos sentimos motivados diaria-mente pela construção e atualização de estabelecimentos que empregam tecnologia de ponta a serviço do au-mento da qualidade de vida da nossa sociedade.”

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acordados, minimizando custos com estoques desnecessários e maximi-zando a produtividade; e estudar os impactos dos serviços desenvolvidos com cada fluxo/atividade do hospital, definindo alternativas para minimizar ou eliminar estas interferências.De acordo com Luciana, as maiores pre-

ocupações durante os processos são ga-rantir a continuidade dos sistemas prin-cipais, controle de dispersão de poeira e a transmissão de ruídos. “Medidas de controle e planos de contingência são sempre bem planejados para minimizar os riscos e impactos. Não podemos fa-lhar nas programações uma vez que não é admissível a descontinuidade operacio-nal de nenhum sistema essencial, por isso tudo tem que dar certo”, garante.Para mensurar esta qualidade a empre-

sa realiza o controle de materiais, equi-pamentos e ferramentas, controle da mão de obra empregada, organização e limpeza em geral, além de zelar pelo atendimento integral às normas técnicas ABNt e normas específicas de ambiente hospitalar.Neste case, a sustentabilidade tam-

bém não ficou de lado. Diversos cui-dados foram tomados desde o projeto. Na execução da obra foram adotados equipamentos com alta eficiência ener-gética, a seleção de matéria primas sus-tentáveis e a otimização de recursos naturais. Além do controle na utilização e descarte de produtos químicos, redu-ção na produção de rejeitos e descarte adequado dos mesmos utilizando uma empresa homologada para esta ativi-dade. Outras medidas como desmon-tagem prevendo reaproveitamento de canteiro e materiais e limpeza final e re-composição da área de canteiros tam-bém foram tomadas.

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“Medidas de controle e planos de contingência são sempre bem planejados para minimizar os riscos e impactos. Não podemos fa-lhar nas programações uma vez que não é admissível a desconti-nuidade operacional de nenhum sistema essencial, por isso tudo tem que dar certo”. Luciana frança, Diretora de Engenharia da frança Engenharia

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A tecnologia é um item cada vez mais importante para agregar qua-lidade aos serviços prestados aos pacientes. A frança Engenharia dis-ponibiliza sua equipe de engenharia multidisciplinar para, em conjunto com a engenharia do hospital, im-plantar novas tecnologias que per-mitam aumento de disponibilidade/confiabilidade aos diversos sistemas. Um exemplo recente foi o estudo e equilíbrio de cargas dos sistemas de energia ininterrupta e a inclusão de equipamentos do Centro Cirúrgico na rede de energia ininterrupta.

tecnologia

Conheça os trabalhos desenvolvidos pela França Engenharia para o Hospital Moriah- Adequação Recebimento SND – Subsolo- Adequação Vestiários – Subsolo- Adequação SND – Layout, cronograma e execução de obra- Exaustão e insuflamento da Uti- Retirada de telhado verde- Adequação Reciclagem- Relocação de coifa industrial- Execução de interligação dos barrilete - Adequação de layout da área da presidência- Adequação de layout da área administrativa- Adequação da sala de laudos - infraestrutura elétrica para instalação de sistema de contingen-

ciamento de energia- instalação de quadros e cabos alimentadores áreas diversas- impermeabilizações e recomposições no estacionamento- Manutenção em geral- Sala ViP- Sistema de energia assegurada para hemodinâmica - Ampliação da área administrativa

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Projeto Estruturado

A cidade de São Paulo ganhou, recentemente, um mo-derno e compacto complexo hospitalar na região de Mo-ema, zona Sul da capital paulista. Com investimento de R$ 105 milhões em infraestrutura e tecnologia, o Hospital Moriah contou com um projeto que garantiu à edificação condições para atender a demanda dos moradores da re-gião e de pacientes que precisam realizar tratamentos e procedimentos cirúrgicos de alta complexidade.O parque tecnológico do Hospital Moriah possui 52 lei-

tos no total, sendo 31 eletivos, 11 na Uti e 10 no Pronto Atendimento; cinco salas cirúrgicas, sendo uma sala hí-brida para procedimentos hemodinâmicos; quatro con-sultórios para atendimento no Pronto Atendimento; e seis salas para consultas eletivas. A instituição conta com aparelhos de ponta nas cinco

salas do centro cirúrgico, sendo uma delas sala híbrida, que permite ao médico optar por um procedimento convencional ou mesmo fazer um exame antes, durante e depois da intervenção.

Versatilidade e experiência

A empresa Penha Vidros, está presente no mercado há mais de 60 anos e possui uma linha totalmente voltada para hospi-tais. Além do Hospital Moriah já atendeu o Sírio Libanês, Nove de Julho, Paulistano, Maternidade Santa Joana e Hospital das Clínicas.“temos vidros polarizados, que permi-

tem o controle de transparência e opa-cidade para ambientes de Uti, mater-nidades, portas e divisórias de centros cirúrgicos, e consultórios. Além da linha de vidros antibacterianos para divisórias e revestimento de paredes. Vidros insula-dos com persianas internas para quartos de pacientes”, garante Jorge Chakur Ab-duch, Diretor-comercial da empresa.

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O arco cirúrgico e o sistema de navegação ultramo-derno proporcionam ao cirurgião realizar procedi-mentos de alta complexidade e com máxima precisão e segurança. Na área de medicina diagnóstica, o parque de imagem

também foi equipado com aparelhos de última geração. tomografia computadorizada, ressonância magnética 3t, mamógrafo digital como tomossíntese, ultrassons e raios x digitais, além de estrutura para atender as de-mandas por exames de análises laboratoriais. O serviço de endoscopia avançada é outro destaque,

com equipamentos que permitem diagnóstico de alta qualidade e intervenção cirúrgica para a extração de tumores, procedimento ainda pouco disponível nos hospitais brasileiros.“Merecem destaque neste projeto o levantamento

minucioso da parte do edifício existente, visando a sua grande transformação funcional como hospital de ponta. A obra como proposta conceitual deve-ria atender atributos de um edifício contemporâneo, com alta tecnologia construtiva de equipamentos e funcionalidade, com soluções de ecoeficiência e sus-tentabilidade, além do atendimento médico de mais alto nível”, reforça o arquiteto responsável pelo pro-jeto, Siegbert zanettini.zanettini faz questão de salientar também que “ha-

via um acréscimo significativo de áreas, especialmen-te as mais complexas, como centro cirúrgico e obs-tétrico, setor de imagens, Uti, pronto-socorro, áreas de serviços, farmácia, almoxarifado, central de utili-dades, estacionamentos coberto e descoberto, áreas permeável e paisagismo, para atender as legislações da Anvisa, Prefeitura, Corpo de Bombeiros e compa-nhia de energia elétrica local”.também em suas particularidades, o projeto consi-

derou critérios de humanização dos espaços, inician-do-se com a preocupação da setorização de áreas e também dos fluxos entre as mesmas. “tivemos ainda cuidados ligados à ambientação através de materiais de acabamento, cores, iluminação, na busca por es-paços com qualidade, que fosse aconchegantes para os pacientes, para quem trabalha e aos visitantes”, ressalta o arquiteto.

Versatilidade e experiência

A empresa Penha Vidros, está presente no mercado há mais de 60 anos e pos-sui uma linha totalmente voltada para hospitais. Além do Hospital Moriah já atendeu o Sírio Libanês, Nove de Julho, Paulistano, Maternidade Santa Joana e Hospital das Clínicas.“temos vidros polarizados, que permi-

tem o controle de transparência e opa-cidade para ambientes de Uti, mater-nidades, portas e divisórias de centros cirúrgicos, e consultórios. Além da linha de vidros antibacterianos para divisórias e revestimento de paredes. Vidros insu-lados com persianas internas para quar-tos de pacientes”, garante Jorge Chakur Abduch, Diretor-comercial da empresa.

O projeto eficiente desenvolvido no projeto do Hospital Moriah, contou ainda, com a pre-ocupação em relação aos vidros instalados por todo complexo. Por isso, foram escolhidos ma-teriais voltados para estabelecimentos de saú-de, sendo fáceis de limpar, 100% recicláveis e proporcionando transparência. “A partir da execução do projeto executivo e

cálculo estrutural, fornecemos os vidros e ins-talamos os materiais proporcionando controle e barreira da entrada de calor e som nos am-bientes”, comenta Jorge Chakur Abduch, Dire-tor-comercial da Penha Vidros, quem instalou as cúpulas, fachadas, marquises e divisórias internas em vidro do complexo.“Utilizamos nas fachadas o sistema spider

glass, com tratamento térmico e acústico, con-templando os conceitos de sustentabilidade. Nas divisórias, vidros serigrafados e lamina-dos. Já nas marquises, vidros laminados”, con-clui Abduch.

Sustentabilidade

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Eventos 2016

Evento: 39º Simpósio internacional Moacyr álvaro- SiMASP local: São Paulo/SPData: 25 a 27 de fevereiroinformações: http://simasp.com.br/2016/

Evento: Programa internacional de Qualidade e Excelência na Saúde local: AzUzA Pacific UniversityData: 11 de janeiro 2016

Evento: Arab Healthlocal: Dubai/Emirados árabes UnidosData: 25 a 28 de janeiroinformações: http://www.arabhealthonline.com/home/

Evento: iii Simpósio internacional de Uro-Oncologialocal: Hospital israelita Albert Einstein - São PauloData: 19 e 20 de fevereiro informações: http://www.einstein.br

Evento: 11º Congresso Nacional de Psicologia da Saúdelocal: SCtE-instituto Universitário de Lisboa, Portugal Data: 26 e 29 de janeiroinformações: http://11cnps.iscte-iul.pt/

Janeiro

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