guia para planejamento elaboracao e apresentacao de monografias (24!03!08)[1]

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    GAdemir Machado de Oliveira

    Guia Para P lanejamento,Elaboração e Apresentação

    deMonografias

    ePesquisas Científicas

    nas

    Ciências Sociais Aplicadas(Versão Preliminar)

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    Ademir Machado de Oliveira

    Guia Para Planejamento, Elaboração e Apresentaçãode Monografias e Pesquisas Científicas nas Ciências

    Sociais Aplicadas(Versão Preliminar)

    Sinop2008

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    SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................1 2 CONHECIMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E ESPIRITO CIENTÍFICO..............5 2.1 Conceito de Conhecimento Científico............................................................................6 2.2 Ciência: Natureza e Especificidades ..............................................................................6 2.2.1 Conceito de ciência ........................................................................................................6 2.2.2 A Economia como ciência .............................................................................................7 2.3 Características do Conhecimento Científico.................................................................7 2.4 Formação do Espírito Científico ....................................................................................9 2.5 A Investigação Científica ..............................................................................................10 2.5.1 Finalidades da pesquisa científica .............................................................................10 2.5.2 Níveis e objetivos de uma pesquisa científica ...........................................................11 2.5.3 O Trabalho científico e o relatório científico versus o trabalho de prestação deserviços e o relatório técnico................................................................................................11 2.5.4 O Pesquisador e suas qualificações............................................................................13 2.5.5 O Trabalho científico e seu papel na formação universitária de um profissional 13 2.6 Considerações Finais.....................................................................................................15 3 ELEMENTOS DE UM PROJETO DE MONOGRAFIA E DE UMAMONOGRAFIA ...................................................................................................................17 3.1 Elementos da Estrutura de uma Monografia .............................................................17

    3.2 Elementos da Estrutura de um Projeto de Monografia.............................................19 3.2.1 Particularidades do Projeto de Monografia .............................................................20 3.2.2 Os Relatórios do Projeto de Monografia e da Monografia .....................................23 3.3 Elementos Pré-textuais de um Projeto de Monografia e Monografia ......................24 3.3.1 Capa ............................................................................................................................25 3.3.2 Folha de rosto ..............................................................................................................25 3.3.3 As capas e a lombada ..................................................................................................26

    3.3.4 Errata ...........................................................................................................................28 3.3.5 Folha de aprovação.....................................................................................................29

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    3.3.6 Folha de atestado de ética...........................................................................................30 3.3.7 Dedicatória...................................................................................................................30 3.3.8 Agradecimento ............................................................................................................31 3.3.9 Epígrafe........................................................................................................................32 3.3.10 Resumo na língua vernácula....................................................................................32 3.3.11 Resumo na língua estrangeira .................................................................................34 3.3.12 Sumário......................................................................................................................35 3.3.13 Listas de tabelas ........................................................................................................36 3.3.14 Lista de quadros........................................................................................................41 3.3.15 Lista de figuras..........................................................................................................42 3.3.16 Lista de abreviaturas e siglas...................................................................................45 3.3.17 Lista de símbolos.......................................................................................................46 3.4 Elementos Textuais de uma Monografia.....................................................................47 2.4.1 Introdução....................................................................................................................47 2.4.2 Desenvolvimento..........................................................................................................48 3.5 Elementos Pós-Textuais de Uma Monografia.............................................................49 3.5.1 Referências bibliográficas ..........................................................................................49 3.5.2 Bibliografia ..................................................................................................................49

    3.5.3 Anexos e apêndices......................................................................................................50 3.5.4 Glossário ......................................................................................................................52 3.5.5 Índice............................................................................................................................54 3.6 Considerações Gerais sobre os Elementos de Uma Monografia...............................54 4 A CONTEXTUALIZAÇÃO DE UMA PESQUISA .....................................................56 4.1 Temática da Pesquisa....................................................................................................57 4.2 Problematização da pesquisa .......................................................................................58

    4.2.1 Dicas de como encontrar um problema de pesquisa................................................60 4.2.2 Alguns aspectos que devem ser considerados na formulação do problema de .........pesquisa ............................................................................................................................61 4.2.3 Avaliação do problema pesquisa ...............................................................................62 4.3 Hipóteses e variáveis da pesquisa.................................................................................63 4.3.1 Importância das hipóteses..........................................................................................64 4.3.2 Função das hipóteses...................................................................................................65

    4.3.3 Função das variáveis...................................................................................................65 4.3.4 Tipos e níveis de mensuração de variáveis................................................................65

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    4.3.5 Tipos de hipóteses........................................................................................................66 4.3.6 Modelagem e teste das hipóteses da pesquisa...........................................................69 4.3.7 Definição de termos e variáveis da pesquisa.............................................................70 4.4 Objetivos da pesquisa....................................................................................................71 4.4.1 Objetivo geral da pesquisa .........................................................................................72 4.4.2 Objetivos específicos da pesquisa ..............................................................................72 4.5 Justificativa da Pesquisa...............................................................................................73 4.6 Resultados Esperados da Pesquisa ..............................................................................75 5 REVISÃO DE LITERATURA DE UMA PESQUISA.................................................76 5.1 Alguns Objetivos da Revisão de Literatura ................................................................76 5.2 Definições de Conceitos e Termos da Pesquisa...........................................................80 5.3 Base Conceitual das Hipóteses da Pesquisa ................................................................80 5.4 Fundamentação Teórica da Pesquisa ..........................................................................80 6 METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................................81 6.1 Aspectos metodológicos.................................................................................................81 6.1.1 Métodos de abordagem da pesquisa..........................................................................82 6.1.2 Métodos de procedimentos da pesquisa ....................................................................86 6.2 Tipologia e técnicas de pesquisa...................................................................................90

    6.2 Procedimentos e instrumentos de coleta e sistematização dos dados .......................95 1) Levantamento bibliográfico .......................................................................................96 2) Observação ..................................................................................................................97 3) Entrevista.....................................................................................................................98 4) Questionário ................................................................................................................98 5) Formulário...................................................................................................................99 6) Pesquisa na internet....................................................................................................99

    7) TécnicaDelphi ...........................................................................................................100 8) Amostragem...............................................................................................................101 8) Técnicas de normalização e formatação de dados .................................................102 6.3 Síntese da Tipologia, das Técnicas e dos Procedimentos em uma Pesquisa ..........103 6.4 Tipologia das Fontes e Tratamento dos Dados .........................................................105 6.5 Critérios de Definição da Amostragem da Pesquisa ................................................106 7 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES

    FINAIS DA PESQUISA.....................................................................................................107 7.1 Apresentação e Análise dos Resultados.....................................................................107

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    7.2 Conclusão ou Considerações Finais...........................................................................108 7 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO................................................................110 7.1 Apresentação Gráfica..................................................................................................110 7.1.1 Papel ..........................................................................................................................110 7.1.2 Editoração gráfica.....................................................................................................111 7.1.3 Margens......................................................................................................................112 7.1.4 Espaçamentos ............................................................................................................112 7.1.5 Paginação....................................................................................................................119 7.1.6 Notas de Rodapé........................................................................................................121 7.1.7 Volumes e tamanho da obra.....................................................................................122 7.1.8 Indicativos de seções .................................................................................................123 7.1.9 Alíneas........................................................................................................................125 7.2 Fichamento e Uso das Informações Bibliográficas...................................................127 7.2.1 Fichamento ................................................................................................................127 Figura 14 – Foto da tela “pastas, subpastas e arquivos de fichamentos”......................132 7.3 Citações.........................................................................................................................132 7.4 Elementos da Defesa e Depósito da Monografia.......................................................136 7.4.1 Encadernação em espiral e brochura......................................................................137

    7.4.2 Número de exemplares para a defesa......................................................................137 7.4.3 Número de exemplares definitivos...........................................................................138 7.4.4 Arquivo eletrônico do exemplar definitivo .............................................................138 8 FONTES BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................139 8.1 Periódicos Científicos Nacionais em Economia ........................................................142 8.2 Periódicos Científicos Nacionais em Áreas Afins à Economia................................149 8.3 Periódicos Técnicos Nacionais em Economia e Áreas Afins....................................156

    8.4 Publicações de Dados e Indicadores Econômicos e Conjuntura Econômica.........165 8.5 Bases de dados Nacionais e Internacionais ...............................................................167 8.6 Pesquisa nos Principais jornais Brasileiros...............................................................174 8.7 Pesquisa na Internet pelas Ferramentas de Busca ...................................................175 8.8 Bibliografia para Planejamento, Elaboração e Apresentação de Monografias.....178 8.9 Fontes de Financiamento à Pesquisa Científica e Tecnológica e Projetos Públicos ePrivados no Brasil e Exterior ............................................................................................185

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................193 ANEXOS ..........................................................................................................................195

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    Anexo 1 – Modelo de Capa para Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)..................196 Anexo 2 – Modelo de Folha de Rosto para Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)..197 Anexo 3 – Modelo de Lombada e Capa da Versão “Capa Dura” do TCC ...................198 Anexo 4 – Modelo de Folha de Aprovação para Trabalho de Conclusão de Curso

    (TCC) ................................................................................................................199 Anexo 5 – Modelo de Folha de “Atestado de Ética” para TCC e Estágio.....................200 Anexo 6 – Modelo de Folha de “Dedicatória” para TCC ...............................................201 Anexo 7 – Modelo de Folha de “Agradecimento” para TCC.........................................202 Anexo 8 – Modelo de Folha de “Resumo” e/ou “Abstract” para TCC .........................203 Anexo 9 – Modelo de Exemplificação de Formatação de Página para TCC ................204 Anexo 10 – Modelo de Cronograma de Pesquisa ............................................................205 Quadro 3 – Cronograma e período de realização das atividades da pesquisa..............205 Anexo 11 – Estrutura Proposta para a Pesquisa .............................................................206 Anexo 12 – Modelo de Ficha para Fichamentos..............................................................208 Quadro 4 – Modelo de ficha para fichamento de temas da pesquisa ............................208 Anexo 13 – Modelo de Ficha de Avaliação de Monografia.............................................209 Anexo 14 – Modelo de Ficha de Avaliação de Projeto de Pesquisa (Monografia)........211

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    LISTA DE TABELAS, QUADROS E FIGURAS

    Figura 1 – Elementos que compõem a forma de apresentação aberta de umamonografia ............................................................................................................................27 Exemplo de Tabela: Tabela 1 – Rateio do material indireto*..........................................40Quadro 1 – Diferentes gastos indiretos e possíveis bases (critérios) de rateio................42Figura 2 – Visão sistêmica da operacionalização de um SIG de custos...........................43Quadro 2 – Etapas e tipologia da pesquisa e as respectivas técnicas e procedimentos de

    coleta e sistematização dos dados utilizados..................................................104Figura 3 – Foto da tela “parágrafo” configurada para título de ilustrações ................114Figura 4 – Foto da tela “quebra” de seção dos capítulos................................................114Figura 5 – Foto da tela “parágrafo” configurada para título de capítulos...................115Figura 6 – Foto da tela “estilos e formatação” de título de capítulos ............................116Figura 7 – Foto da tela “Novo estilo” de título de capítulos...........................................117Figura 8 – Foto da tela “parágrafo” configurada para títulos secundários até

    quinários...........................................................................................................117Figura 9 – Foto da tela “Novo estilo” de título de nível secundário até o quinário......118Figura 10 – Foto da tela “números de pagina” ................................................................120Figura 11 – Foto da tela “formatar número de página” de seção pré-textual..............120Figura 12 – Foto da tela “formatar número de página” de seção textual .....................121Figura 13 – Foto da tela “nota de rodapé e nota de fim”................................................122

    Figura 14 – Foto da tela “pastas, subpastas e arquivos de fichamentos”......................132Quadro 3 – Cronograma e período de realização das atividades da pesquisa..............205Quadro 4 – Modelo de ficha para fichamento de temas da pesquisa ............................208

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    APRESENTAÇÃO

    As diversas publicações existentes que abordam temas ligados a como planejar,elaborar e apresentar uma Monografia, ou Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), as mesmas parecem carecer de consistência em algo muito importante, quando se esta procurandoexplicar as várias nuances de como se fazer uma pesquisa científica, que é a questão ligada àsrelações que existem entre os vários elementos que são necessários para dar sentido, coesão esustentação a uma pesquisa científica que, de modo geral, são relegados na abordagemdeferida nas diversas publicações. O que se deve considerar é que a soma das partes nãorevela o seu todo, ou seja, os vários elementos que são necessários para dar sentido, coesão esustentação a uma pesquisa científica, só oferecerão tais condições se cada elemento for abordado revelando o seu sentido (o porquê de sua necessidade de existência e de ter talforma) dentro de um todo maior (o trabalho científico), de modo que poderá garantir a coesãoe sustentação necessária a uma pesquisa científica a ponto de com a mesma se fazer ciência.

    Tal fato acredita-se que ocorra porque a grande maioria das obras aborda temascentrais relacionadas à metodologia científica e técnicas de pesquisa científica de formaisolada, obviamente se sabe que as mesmas são diferentes, porém muitos dos seus elementossão interdependentes e, por isso, precisam ser trabalhados conjuntamente, especialmente,quando se procura explicar como fazer uma pesquisa científica a um estudante iniciante na

    pesquisa científica. Assim, para cada elemento deve-se explicar de modo lógico o porquê danecessidade de sua existência e do mesmo ter determinada forma e ordem de apresentação, para que em relação aos demais elementos e com estes tenha-se um conjunto, um formato,que corresponda às necessidades inerentes a um trabalho científico (a Monografia ou TCC).

    E, quando se esta à frente da coordenação de Estágio e TCC é que se vê a necessidadede se poder disponibilizar aos acadêmicos um material que procure sanar tais deficiências queacredita-se existirem nas muitas publicações existentes.

    Considerando a necessidade de uma melhor sistematização e regulamentação dotrabalho de Monografia ou TCC, na condição de Coordenador de Estágio Supervisionado e

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    TCC em Economia, da Universidade do Estado de Mato Grosso – Unemat, que se buscouelaborar o presente Guia, assim como seus anexos, como elemento para melhor disciplinar amatéria. De modo geral, o material pode ser utilizado em outros cursos da própria instituição,em especial os cursos das ciências sociais aplicadas, ou cursos de graduação e especializaçãode outras Instituições de Ensino Superior (IES), que em muitos casos, têm normas própriasque divergem um pouco das aqui apresentadas, em que na sua grande maioria as diferençasencontradas referem-se à capa, lombada e à folha de rosto dos trabalhos.

    A forma de apresentação, assim como seus elementos constituintes, que deve ter umaMonografia (ou trabalho monográfico) é alvo das delimitações e prescrições da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas (ABNT – www.abnt.org.br), assim este material usa-se destas

    delimitações e prescrições, sendo que em muitos casos é exposto aquilo que se considera omais adequado para as características de um curso de economia em si dado à natureza de seusestudos. Desta forma, o texto apresenta inúmeros e, por vezes, extensos exemplos eorientações em tópicos relevantes para a elaboração e apresentação de uma monografiacientífica. No entanto, os elementos que não se encontram delimitados neste guia, devem osmesmos seguir as normas da ABNT para formatação e apresentação de trabalhosmonográficos.

    As corriqueiras atualizações das normas nacionais (NBR) pela ABNT exigirãorevisões deste guia, além de esta edição inicial é uma ‘versão preliminar’ do formato final quese quer a este guia, especialmente por que dado a pretensão de ser um guia sobre o tema, omesmo precisará sofrer a acareação dos maiores interessados sobre o mesmo, os acadêmicos eseus professores orientadores.

    Este guia ao sistematizar em um único documento as normas essenciais para o

    planejamento, elaboração e apresentação de trabalhos monográficos acredita-se que, com isso,o mesmo dá um passo importante na facilitação do entendimento da consecução eapresentação destes trabalhos pelos acadêmicos, e na orientação dos mesmos pelos professores. Portanto, com este instrumento, objetiva-se adotar um padrão de qualidade naelaboração e apresentação dos trabalhos de monografia e dos relatórios de estágio curricular supervisionado dos acadêmicos do Curso de Economia e qualquer outra pesquisa que venha aocorrer especialmente nas ciências sociais aplicadas.

    Profº. Ademir Machado de Oliveira, Msc.Coordenador de Estágio e MonografiaUniversidade do Estado de Mato Grosso

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    1 INTRODUÇÃO

    Existem várias definições e conceitos sobre Monografia (ou trabalho monográfico), osquais dependem da natureza sobre a qual se sustenta à análise dos seus autores. Num contextogeral Monografia “é o tratamento escrito de um tema específico que resulte de investigaçãocientífica com o escopo de apresentar uma contribuição relevante ou original e pessoal àciência” (SOLOMON, 1993, p.179).

    Segundo as definições da norma NBR 14724 (Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação), de janeiro de 2006, da ABNT, para trabalhosacadêmicos, adota-se como:

    a) trabalhos acadêmicos: denominados às vezes de Trabalhos de Conclusão de Curso(TCC), ou Trabalhos de Graduação Interdisciplinares (TGI), ou Trabalhos deEspecialização, os trabalhos que consistem em um documento que representa o resultadode estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa eoutros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador;

    b) dissertação: o documento que representa o resultado de um trabalho experimental ouexposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em suaextensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o

    conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização docandidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando à obtenção dotítulo de mestre;

    c) tese: o documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição deum estudo científico de tema único e bem delimitado; deve ser elaborado com base eminvestigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade emquestão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa à obtenção do título dedoutor, ou similar.

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    Além dos trabalhos acadêmicos citados é comum durante o desenvolvimento dasdisciplinas serem elaborados diversos trabalhos de acordo com os interesses e orientações decada docente, e segundo os objetivos específicos de cada disciplina e tema tratado. Demaneira geral podem estes trabalhos ser assim descritos:

    • trabalho de síntese: Exposição resumida de um assunto tratado em uma ou maisobras, isto é, a reprodução condensada dos elementos essenciais de uma ou mais obras,sem emitir juízo de valor acerca do assunto. O objetivo é fazer com que o aluno faça adistinção dos elementos essenciais dos elementos acessórios, das idéias principais dassecundárias em um texto. Neste se enquadram os resumos indicativo e informativo.

    • trabalho de revisão bibliográfica: Consiste no exame/revisão de um conjunto de bibliografias (livros, artigos, documentos, etc.) escritos sobre determinado assunto, por autores pertencentes a diferentes correntes de pensamento. Tem por objetivo fazer comque o acadêmico conheça os diferentes especialistas de determinada área doconhecimento e seus diferentes pontos de vista.

    • resenha: Apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de uma avaliaçãocrítica. Expõe conteúdo, propósito e método e em seguida desenvolve uma apreciaçãocrítica em relação ao conteúdo, distribuição das partes, do método, de sua forma eestilo. A crítica pode ser para concordar e/ou discordar no todo ou em partes da obra.Utiliza-se outros autores para fundamentar a crítica. Para sua elaboração é necessárioter conhecimento da obra, competência na matéria exposta no livro, capacidade de juízo crítico, independência de juízo, ou seja saber se as conclusões foram deduzidascorretamente, fidelidade ao pensamento do autor, respeito com a opinião e com a pessoa do autor.

    • trabalhos do tipo ensaio: É um comentário breve, informal e subjetivo, de naturezareflexiva e teórica sobre um tema ou obra. Parte de um pressuposto ou tese que inclui juízo de valor sobre determinado assunto (tese pessoal). Dispensa aparato técnicoexterior e domínio de técnicas de pesquisa científica. Exige, sim, cultura e maturidadeintelectual, pois procura expor e comprovar pressupostos/teses que defende através de juízos de valor, experiências pessoais e argumentos teóricos.

    • relatório de estágio: É a descrição de um processo de aprendizado do qual o aluno

    participa ou participou. Os itens obrigatórios normalmente seguem os de um projeto

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    de TCC, de acordo com as solicitações da coordenação de estágio, ou de cada professor, instituição ou objetivo do relatório.

    Em um âmbito mais específico, o termo monografia está associado aos trabalhos de

    conclusão de curso (TCC), desenvolvidos em níveis de graduação e pós-graduaçãolato sensu (especialização e mestrado profissional), e representa um documento escrito sobredeterminado tema, consolidando os resultados da investigação científica realizada eobedecendo a métodos e técnicas científicas adequadas a natureza do tema abordado.

    Neste contexto, a Monografia é um trabalho acadêmico de cunho científico, ou seja, éuma pesquisa científica, e como tal necessita primeiramente de um planejamento do que ecomo se irá pesquisar, este planejamento se dá através da elaboração de um projeto. O projetode uma Monografia é uma das etapas componentes do processo de elaboração, execução eapresentação da pesquisa, é onde o pesquisador explicita a sua intenção de pesquisa, ou seja,aquilo a que se propõe a pesquisar.

    Assim, o projeto de Monografia funciona como o planejamento prévio da pesquisa aser desenvolvida, é o guia inicial que serve de orientação na consecução da pesquisa em si.Esta necessita do seu projeto para que seja planejada em seus aspectos teóricos, conceituais,

    técnicos e operacionais, para que assim, o pesquisador possa ter êxito na sua busca deconhecimentos verdadeiros.

    Como todo projeto existe uma série de partes componentes que lhe dão coesão esentido, desta forma, um projeto de monografia, ou projeto de pesquisa, possui alguns passosque devem ser seguidos para que sejam desenvolvidos adequadamente seus componentes.Após suscitar (despertar) o interesse por algum assunto a ser pesquisado, o investigador deve primeiramente ter um contato com as obras que possuem relação direta com o assunto de

    estudo, o que permitirá que o mesmo possa clarificar melhor algo a ser estudado, com isso, aclarificação dos enunciados de assunto fornece um tema, o qual deverá ser verificado em queestado de desenvolvimento científico se encontra, para que com isso tenha-se condições dedelimitar melhor algo que necessite e/ou possibilite maiores esclarecimentos, e/ouaprofundamentos e/ou aplicações. Quando dentro de um assunto é encontrado um tema que possibilita maiores esclarecimento, aprofundamentos e aplicações, tem-se então ‘algo’ dentrodo campo científico que possibilita a busca por maiores conhecimentos. A busca por maiores

    conhecimentos é a pesquisa em si, e o ‘algo’ a ser pesquisado é o problema de pesquisa, ou aquestão norteadora da pesquisa.

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    Assim, antes de se começar a elaborar o projeto de pesquisa, deve-se ter um esboço deum tema/problema de pesquisa, este é a base do anteprojeto de pesquisa, o qual como vistoresultou da delimitação dos alcances teórico, conceitual e prático da pesquisa. Em síntese, oanteprojeto de pesquisa é a base para se elaborar o projeto, o qual consiste na ampliação davisão de pesquisa, e na apresentação de forma integrada dos diferentes elementos teóricos,conceituais e metodológicos da intenção de pesquisa.

    Neste contexto, existe uma série de passos (etapas que compõem a estrutura do projeto) a serem seguidos, os quais não são absolutos nem tão pouco únicos, pois cada estudotem suas características próprias, onde o projeto nada mais é do que o instrumento que colocaem evidencia estas particularidades segundo aspectos teóricos, conceituais e metodológicos.

    Considerando o termo Monografia na sua concepção global, observa-se uma estruturacomposta de elementos opcionais e obrigatórios, que devem ser desenvolvidos e apresentadosem uma ordem que explicita e determina uma lógica da geração do conhecimento científicoem si.

    Antes de se começar a pensar em um problema de pesquisa e no anteprojeto de uma pesquisa científica convêm expormos os principais aspectos que diferenciam a pesquisa

    científica e o conhecimento científico que resulta desta pesquisa, dos demais tipos de pesquisae conhecimentos existentes.

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    2 CONHECIMENTO CIENTÍFICO, CIÊNCIA E ESPIRITO CIENTÍFICO

    Existem quatro tipos de conhecimento:

    • Conhecimento Prático(ou vulgar, ou popular ou de senso comum);

    • Conhecimento Religioso(teológico ou mítico);

    • Conhecimento Filosófico; e

    • Conhecimento Científico.

    Em termos cognitivos (intelecto) a grande diferenciação entre os vários tipos deconhecimentos que existem é a forma como nós os produzimos e os estabelecemos, ou seja, adiferenciação está no processo mental necessário para nós os adquirirmos e a forma (amaneira) como este conhecimento é estabelecido na mente dos indivíduos ou como parte docorpo de conhecimento existente, em síntese:

    a) Conhecimento Prático: É adquirido através das experiências de vida e das atividades práticas desenvolvidas ao longo da nossa vivência.

    b) Conhecimento Religioso: Pode ser adquirido através do uso da fé e de deduçõeslógicas, que faz com que aceitemos princípios e doutrinas de forma a não questioná-los quanto a sua veracidade (verdade dos fatos).

    c) Conhecimento Filosófico:Adquirido através das experiências de vida, que nostransmitem determinados valores e princípios sobre o contexto social e cultural noqual estamos inseridos, e do uso da razão (reflexão) para sistematizarmos(organizarmos mentalmente) e o apreendermos.

    d) Conhecimento Científico:Produzido através do uso da metodologia científicaadequada ao objeto de estudo, o que garante que o que se está fazendo é ciência.Assim, cada objeto de estudo vai exigir o uso de métodos e procedimentos específicos(adequados) ao mesmo.

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    2.1 Conceito de Conhecimento Científico

    “O conhecimento científico corresponde a um tipo de conhecimento em que umaatividade cognitiva (teórica) orientada aos fatos segundo princípios estabelecidos e métodosdeterminados resulta em conhecimentos objetivos e comunicáveis” (MONTEIRO eSAVEDRA, 2001, p. 34).

    2.2 Ciência: Natureza e Especificidades

    A ciência, segundo os estudiosos da área, possui três aspectos essenciais:

    • A confiabilidade de seu conjunto de conhecimentos;

    • A maneira pela qual este conjunto de conhecimentos está organizado; e

    • O(s) método(s) utilizado(s) para se produzir este conjunto de conhecimentos e osacrescê-los.

    2.2.1 Conceito de ciência

    Ao longo dos tempos, foi procurado definir um conceito de ciência que incorporasseseus três aspectos essenciais: a confiabilidade de seu corpo de conhecimentos, suaorganização e seu método, Ogburn e Nimkoff apud Marconi e Lakatos (2000, p. 23). Nestesentido, Marconi e Lakatos (2000, p. 24), após analisar vários conceitos, nos colocam que:

    A ciência, portanto, constitui-se em conjunto de proposições eenunciados, hierarquicamente correlacionados, de maneiraascendente ou descendente, indo gradativamente de fatos particulares para os gerais, e vice versa (conexão ascendente =indução; conexão descendente = dedução), comprovados (com acerteza de serem fundamentados) pela pesquisa empírica(submetidos à verificação). Por sua vez, [...] o aspecto técnico daciência corresponde ao instrumento metodológico e ao arsenaltécnico que indica a melhor maneira de se operar em cada casoespecífico.

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    Como visto o conhecimento para ser chamado de ciência tem um formato que o fazassim ser chamado, e este formato é dado pelas técnicas utilizadas na operacionalização da pesquisa, na pesquisa científica.

    2.2.2 A Economia como ciência

    O conceito de ciência a cima dimensiona em linhas gerais os elementos quecaracterizam o que venha a ser ciência, neste sentido, em relação a inserção da economiacomo ciência podemos argumentar que

    A Economia caracteriza-se como ciência social ou humana porquetem objetos definidos: a produção, a distribuição e o uso dos bens eserviços. Seu esforço, como o de qualquer ciência, consiste emestudar sistematicamente a ocorrência dos fenômenos que compõemseu objeto. Seu objetivo [enquanto ciência] é a descoberta das leisque regem a ocorrência dos fenômenos do seu objeto, seguindo os procedimentos básicos que caracterizam qualquer esforço cientificoe acumulando suas conquistas num vasto, rico e diverso patrimônio[conceitual, teórico e político], formado por escolas, correntes eautores (BORBA, et al., 2004, p. 40).

    O excerto a cima situa a economia enquanto ciência social e humana, no entanto,outras classificações a definem como ciência social e aplicada, uma alusão as intervençõesque a aplicação de suas teorias tem nos meios sociais.

    2.3 Características do Conhecimento Científico

    As autoras Marconi e Lakatos (2000, p. 30-42) apresentam as principais característicasdo conhecimento científico nas ciências factuais, as quais são resumidas da seguinte forma:

    a) Racional: porque nos utilizamos da razão para refletirmos sobre aquilo que iremos procurar entender e explicar e assim organizamos o estudo (métodos, procedimentos,conceitos, proposições, etc) de forma a oferecermos soluções e respostas adequadas aomesmo.

    b) Objetivo: porque quando vamos realizar um estudo, devemos procurar encontrar asverdades dos fatos e fenômenos, devemos encontrar as causas e as relações que estão por trás da forma como o problema de estudo se apresenta ou se manifesta.

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    2.5 A Investigação Científica

    O que é pesquisa? Esta pergunta pode ser respondida de muitas formas, de forma bemsimples, pesquisar significa, procurar respostas para indagações propostas.

    Para Demo (1996, p. 34) a pesquisa é como atividade cotidiana, considera-a como umaatitude de “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente narealidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”.

    Em Gil (1999, p. 42), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um “processo formal esistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa édescobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.

    Em síntese, a pesquisa científica, ou investigação científica, nada mais é do que a busca do saber, do conhecimento por meio de métodos e procedimentos específicos eadequados ao objeto de estudo. Estes compreendem uma série de modalidades que expressamas diversas maneiras de se conduzir uma pesquisa. Dessa forma, dentro da metodologia da pesquisa, a ser tratada a seguir, serão melhor abordados os métodos, técnicas e procedimentos

    que são usuais nas diversas tipologias da investigação científica nas ciências sociais aplicadas.

    2.5.1 Finalidades da pesquisa científica

    A pesquisa científica pode ter inúmeras finalidades que são derivadas de interesses pessoais e intelectuais do pesquisador, do ponto de vista científico as pesquisas poderão ter

    duas grandes finalidades, a de serem puras ou aplicadas:

    • A pesquisa pura (ou básica): são estudos que visam essencialmente dar umacontribuição teórica para a ciência, sem a preocupação com a aplicação prática dosestudos.

    • A pesquisa aplicada:são estudos que visam além da contribuição teórica, dar umacontribuição e aplicação (utilização e suas conseqüências) prática dos conhecimentos produzidos.

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    2.5.2 Níveis e objetivos de uma pesquisa científica

    Toda pesquisa independente da área científica que estiver relacionada, seja pura ouaplicada, tem em si na mente do pesquisador um objetivo a ser alcançado, o qual deve ser entendido como indo além dos resultados esperados da pesquisa ou dos objetivos internos da pesquisa (ambos explicados na contextualização da pesquisa), este objetivo esta relacionado àtipologia e o nível de compreensão e entendimento dos fatos. Se a pesquisa pretende explicar a realidade dos fatos, ela tem um nível explicativo (ver esta e outras definições nametodologia da pesquisa), o qual é o nível de compreensão dos fatos mais elevado que existe.

    Luna (2000, p. 15-16) expõe alguns objetivos (associados à tipologia da pesquisa, itemabordado na metodologia da pesquisa) a serem atingidos por uma pesquisa científica:

    • demonstração da existência (ou da ausência) de relações entre diferentesfenômenos;

    • estabelecimento da consistência interna entre conceitos dentro de umadada teoria;

    • desenvolvimento de novas tecnologias ou demonstração de novasaplicações de tecnologias conhecidas;

    • aumento da generalidade do conhecimento;• descrição das condições sob as quais um fenômeno ocorre.

    Enfim, o objetivo a ser atingido por uma pesquisa fica nas entrelinhas dos posicionamentos e abordagens adotados pelo pesquisador, sendo que se tem um bomindicativo deste objetivo nos tópicos ‘resultados esperados’ e/ou nas ‘considerações finais’,quando são expostos as esperadas e possíveis aplicações da pesquisa.

    2.5.3 O Trabalho científico e o relatório científico versus o trabalho de prestação deserviços e o relatório técnico

    Devido à evolução do pensamento epistemológico em que pese a substituição da buscada verdade pela tentativa de aumentar o poder explicativo das teorias existentes, e asmudanças educacionais que buscam através de estágios acadêmicos e da maior inserção(principalmente via projetos de extensão) da universidade com a comunidade maior repasse e

    aplicação de conhecimentos, o papel do pesquisador passou paulatinamente a ser o de uminterprete da realidade e não o de estabelecedor da veracidade das suas constatações.

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    Neste contexto, o pesquisador passou a ter mais compromisso com a transformação darealidade pesquisada (seja pela intervenção direta, seja pelas implicações sociais doconhecimento produzido) do que com a veracidade do conhecimento produzido. Então aatividade de pesquisador passou, em muitos casos, a ser substituída pela do prestador deserviços.

    A distinção pode ser melhor caracterizada retomando-se um doscritérios para se definir pesquisa: a produção de conhecimento novo.Ao se realizar uma pesquisa, espera-se que o ponto de partidaidentifique um problema cuja resposta não se encontreexplicitamente na literatura; conseqüentemente, a resposta obtida aofinal da pesquisa – constatada a correção metodológica – deve ser relevante para a comunidade científica, não apenas por se tratar deuma resposta, mas, principalmente, por se tratar de uma respostaimportante de ser obtida. Desta forma, pesquisa é sempre um elo deligação entre o pesquisador e a comunidade científica, razão pelaqual sua publicidade é elemento indispensável do processo de

    produção de conhecimento . Nos projetos de intervenção [ou de prestação de serviços], o profissional (e não necessariamente o pesquisador) está a serviço de um interlocutor (individuo, grupo oucomunidade) que apresenta um problema que, para maior facilidadede comunicação, identificarei aqui como “queixa”. Cabe ao profissional identificá-la ou levar o seu interlocutor a identificá-la ecolocar sua habilitação a serviço do encaminhamento de soluções.Desta forma, um projeto de intervenção parte da “queixa” (ou danecessidade de identificá-la) e tem como ponto de chegada a sua

    solução. Se isto ocorrer, ter-se-á caracterizado uma adequada prestação de serviços (LUNA, 2000, p.15-16). Nada contra a prestação de serviços, aliás, o ideal é o pesquisador estudar uma

    realidade e, ao mesmo tempo, prestar serviços aos envolvidos nela. Entretanto, o que não se pode é alguém fazer uma prestação de serviços (normalmente atendendo a seus interesses pessoais) e qualificá-la e apresentá-la como sendo uma pesquisa científica, pois se não se estáfazendo ciência, não se deve dizer que se está. Sabe-se que muitos fazem isto sem saber querealmente o estão fazendo, e tem esta atitude por que desconhecem os elementos que

    distinguem uma pesquisa científica de um trabalho de intervenção.

    O que garante que em um estudo se está fazendo pesquisa científica e, por conseguinte, ciência, são os métodos, as técnicas e os procedimentos utilizados para tal, osquais devem estar adequados a realidade e natureza do objeto de estudo. Portanto, e semquerer estabelecer juízo de valor, grande parte do que faz hoje nos estudos de graduação,especialização, mestrado e até doutorado (estes dois últimos em menor grau) são trabalhos de prestação de serviços e não pesquisa científica. Esta evidência é tão clara que basta ver quemuitos dos trabalhos apresentados para conclusão de cursos têm um formato (que revela a suaforma de elaboração) de relatório técnico e não de uma pesquisa científica, à medida que esta

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    conhecimentos científicos. O pedreiro no caso de fazer uma argamassa precisa saber asquantidades ideais em que se irá misturar o cimento, a areia e a água para fazer umaargamassa com determinada densidade, já o engenheiro precisa ter conhecimentos científicos para determinar (normalmente ao mestre de obra e este determina ao pedreiro ou ao seuservente) em que proporções os ingredientes deverão ser combinados a ponto de se fazer umaargamassa para ser utilizada no alicerce de um edifício com a densidade (resistência dosmateriais) adequada para suportar o peso e pressão exercida pelos seus andares. Se acombinação for determinada pelo engenheiro e esta seguida na execução da obra e o edifíciovier a cair quem será responsabilizado por tal ato será o engenheiro e não o pedreiro ou omestre de obra. Portanto, quem tem a obrigação de ter um conhecimento verdadeiro (corretonas suas proposições e enunciados) é quem detêm e aplica conhecimentos científicos e nãoquem conhece e aplica conhecimentos práticos.

    As atuações dos diversos profissionais com formação universitária têm impactossociais relevantes à medida que interferem sobre maneira na condição pessoal do ser humanoem termos físico, mental, intelectual, econômico, etc. Sendo que, cada uma das formaçõesuniversitárias tem maior ou menor grau de participação nos elementos formadores dacondição pessoal de cada ser humano.

    Assim, quando uma pessoa no termino de sua formação universitária recebe umadeterminada titulação, e se intitula “formado” em tal área de conhecimento, deve realmenteter conhecimento suficiente sobre tal área para seja considerado formado em ela, ou seja, sabeos princípios e em que condições as teorias e as leis universais da ciência da qual estudou seaplicam. Dessa forma, para que uma pessoa receba determinado grau (bacharel, especialista,mestre, doutor e pós-doutor) ela deve provar (aos representantes da comunidade científica,representada pelos professores e estudiosos da área) que adquiriu conhecimento suficiente da

    ciência na qual estudou a ponto de receber dada titulação, indicando que tem determinadonível de “formação” e conhecimento desta ciência. E, é sobre o seu trabalho e na argüiçãosobre o mesmo que se prova que se detêm determinado conhecimento. Portanto cadaestudante deve o fazer individualmente (até mesmo porque receberá de forma individual acarteira de classe, e responderá individualmente pelos seus atos profissionais perante o seuconselho de classe), e não em grupo, senão não tem sentido o estudo final ser chamado deMonografia, que significa escrito por uma só pessoa.

    Em suma, o Trabalho de Conclusão de Curso, a Monografia tem como papel primordial na formação universitária de um futuro profissional o de provar a si mesmo, a

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    comunidade acadêmica (representado na banca de defesa pelos membros da banca), ao seuórgão de classe (representado na banca de defesa pelos membros da banca) e a sociedade que possui conhecimento suficiente sobre sua futura profissão e está apto a atuar na referida áreaem que se intitula.

    Neste sentido, o professor orientador de um estudo de qualquer nível tem um papel degrande importância, cabe a ele indicar o caminho a ser trilhado para que o estudantedesenvolva um estudo que prove que detêm conhecimentos suficientes ao grau que almejaalcançar dentro da ciência que estuda. Por isso, se exige sempre uma titulação superior, ouequivalente e com maior experiência acadêmica e profissional, para o professor orientador, pois significa que este já provou a outros membros e representantes da ciência que possui tal

    grau de conhecimento o que lhe torna apto a orientar, obviamente não se discutirá aqui a suaqualificação e aptidão prática para tal.

    Os membros de uma banca de defesa de monografia, seja esta de graduação,especialização, mestrado ou doutorado, têm um papel importante no momento da defesa, poiseles são os porta-vozes da comunidade científica, do órgão de classe (da futura profissão doacadêmico de graduação) e da sociedade, por isso, cabe ao acadêmico apresentar a banca umestudo com rigor científico o bastante que associado a sua argüição prove que está apto areceber uma titulação que indica uma determinada formação técnico-científica.

    Considerando o que fora ligeiramente exposto, é que este trabalho tem a preocupaçãomaior de servir como o guia que orientará os acadêmicos na elaboração e apresentação detrabalhos científicos com rigor científico necessário para a titulação a qual almejam. Tenha-seem mente aqui como rigor científico a qualidade em que os itens e as amarraçõesmetodológicas, técnicas e procedimentais serão desenvolvidos no trabalho a ponto de dar

    coerência e sustentação aos seus resultados alcançados.

    2.6 Considerações Finais

    Após estas colocações iniciais, a seguir, trabalha-se a estrutura básica e genérica deum de “Projeto de Monografia” (ou de qualquer outra pesquisa científica), e da Monografia

    em si, a qual envolve desde a escolha do tema; a delimitação do problema; a construção dashipóteses; a fixação dos objetivos; a apresentação da justificativa; a determinação da

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    metodologia; a definição dos instrumentos de coleta, análise e interpretação dos dados; entreoutros, que devem estar previstos em um projeto de pesquisa, e em uma pesquisa científica dequalquer natureza.

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    3 ELEMENTOS DE UM PROJETO DE MONOGRAFIA E DE UMA MONOGRAFIA

    Um projeto de monografia (TCC ou pesquisa) é realizado para servir de planejamento para o desenvolvimento da monografia, seja em estudos de graduação (monografia), deespecialização (monografia), de mestrado (dissertação) e para doutorado (tese) ou qualquer outra pesquisa científica ou de iniciação científica. Dessa forma, a seguir apresentam-se oselementos que compreendem tanto a monografia quanto ao projeto de monografia e osrelatórios destes trabalhos ou trabalhos correlatos.

    3.1 Elementos da Estrutura de uma Monografia

    A estrutura de uma Monografia contempla elementos pré-textuais, textuais e pós-

    textuais. Estes elementos são comuns e também específicos para cada tipo de estudomonográfico, como monografia (para graduação e pós-graduaçãolatu sensu : especialização emestrado profissional), dissertação (para mestrado) e tese (para doutorado), e também para pesquisas científicas de qualquer natureza.

    A NBR-15287, de dezembro de 2005, que estabelece parâmetros para apresentação edocumentação de Projeto de Pesquisa e a NBR-14724, também de dezembro de 2005, fixa asnormas para apresentação de trabalhos acadêmicos, segundo estas, as quais têm muito emcomum, na estrutura de um projeto de pesquisa (ou Monografia), segundo os critérios de suaadoção (obrigatório ou opcional), os seguintes elementos devem estar contemplados:

    • pré-textuais: capa (obrigatório), folha de rosto (obrigatório), errata (opcional), folhade aprovação (obrigatório), atestado de ética (obrigatório) dedicatória (opcional),agradecimentos (opcional), epígrafe (opcional), resumo na língua vernácula(obrigatório), resumo em língua estrangeira (opcional), sumário (obrigatório), listas detabelas (opcional), listas de quadros (opcional), listas de figuras (opcional), lista deabreviaturas e siglas (opcional);

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    A seguir são abordados os elementos que deverão compreender a estrutura básica deum “Projeto de Monografia”, e no anexo 14 é apresentado um “Modelo de Ficha de Avaliaçãode “Projeto de Monografia”.

    3.2 Elementos da Estrutura de um Projeto de Monografia

    Segundo as Normas da ABNT projeto de monografia (pesquisa ou TCC) é umdocumento que descreve os planos, fases e procedimentos de um processo de investigaçãocientífica a ser realizado.

    Um projeto de pesquisa é realizado para servir de planejamento para as pesquisas degraduação (monografia), de especialização (monografia), de mestrado (dissertação) e paradoutorado (tese) ou qualquer outra pesquisa científica ou de iniciação científica.

    No caso de uma “Monografia” ou “Pesquisa” ou “TCC” da estrutura do Projeto deMonografia apresentada a seguir deve-se acrescentar alguns itens e readequar alguns de seusconteúdos destes itens.

    Um Projeto de Pesquisa (Projeto de Monografia ou Projeto de TCC) de qualquer natureza deve conter, de modo genérico, em ordem de apresentação, na sua estrutura osseguintes elementos:

    CAPA;FOLHA DE ROSTO;SUMÁRIOLISTA DE TABELAS (opcional)LISTA DE QUADROS (opcional)LISTA DE FIGURAS (opcional)LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS (opcional)LISTA DE SÍMBOLOS (opcional)INTRODUÇÃO1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA1.1 Temática da Pesquisa

    1.2 Problema de Pesquisa1.3 Hipóteses e Variáveis da Pesquisa

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    1.4 Objetivos da Pesquisa1.4.1 Objetivo geral da pesquisa1.4.2 Objetivos específicos da pesquisa1.5 Justificativa (Relevância e Contribuição) da Pesquisa2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DA PESQUISA2.1 Definições de Conceitos e Termos da Pesquisa2.2 Fundamentação Teórica da Pesquisa3 METODOLOGIA DA PESQUISA3.1 Tipologia e técnicas da pesquisa3.2 Procedimentos e instrumentos de coleta e sistematização dos dados3.3 Tipologia das Fontes e Tratamento dos Dados

    3.4 Critérios de Definição da Amostragem da Pesquisa (pesquisa de campo)4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS5 CONCLUSÃO (estudos empíricos)5 CONSIDERAÇÕES FINAIS (demais estudos)REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASANEXOS

    Anexo I – Cronograma da pesquisaAnexo II – Estrutura proposta para a pesquisa (opcional)Anexo III – Instrumentos de pesquisa (questionário, entrevista,…) (se existir)

    GLOSSÁRIO (opcional)ÍNDICE (opcional)

    Como se observa entre os elementos que compreendem m Projeto de Monografia(Pesquisa ou TCC) e uma Monografia ambos possuem muitos elementos em comum, o queera de se esperar à medida que o Projeto de Monografia é base da Monografia e, enquanto tal,devem resguardar relações entre seus elementos, contudo, existem algumas particularidadesentre ambos, começamos evidenciando as particularidades do projeto para de depoistrabalharmos os elementos da Monografia, que com isso, estaremos também abordando oselementos em comum que esta possui com o seu projeto.

    3.2.1 Particularidades do Projeto de Monografia

    Primeiramente, dentre as particularidades de um projeto de monografia de graduaçãodestaca-se que a apresentação daRevisão de Literatura ou Revisão Bibliográficaé tida,

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    normalmente, como item opcional, em muitos casos, porque dado à pequena experiência dos pesquisadores, a sua contextualização e metodologia da pesquisa exposta no projeto poderásofrer grandes alterações, por isso, para evitar a perda de tempo da descrição de revisão deliteratura sobre temas e assuntos que poderão ser alterados pelo professor orientador, deixa-sede fora em um primeiro momento a sua apresentação. Mas, desde o primeiro momento que oacadêmico começa o processo de pesquisa bibliográfica para delimitar melhor seutema/assunto (e depois problema, objetivos, justificativa e metodologia) de pesquisa ele jáestá fazendo revisão bibliográfica, desta forma, sugere-se que vá fazendo os fichamentosdestas obras, que posteriormente poderão ser utilizadas na sua revisão de literatura.

    Outro motivo porque em muitos casos não se exige a apresentação da Revisão

    Bibliográfica no Projeto de Monografia nas ciências sociais é porque, de modo geral, nosestudos de graduação, a revisão de literatura representa a maior parte do estudo em si.Entretanto, se o acadêmico desenvolve seu projeto assistido por um professor, sugere-se queele deva ir já alinhavando sua revisão, além de que a Revisão Bibliográfica apresentada noProjeto de Monografia será alvo de críticas do coordenador de TCC, o que poderá contribuir para sua melhor elaboração no seu todo. Desta forma, sugere-se que os acadêmicosdesenvolvam e apresentem na Revisão Bibliográfica do seu de Projeto de Monografia ao

    menos a fundamentação dos temas e conceitos abordados pela sua pesquisa.Um tópico que é obrigatório, mas que só é apresentado (junto aos anexos) no Projeto

    de Monografia, é oCronograma da Pesquisa, este item nas versões da Monografia para a banca de defesa e capa dura não tem necessidade de ser apresentado. O quadro no anexo 10apresenta um modelo de cronograma de pesquisa de acordo com as atividades e o período derealização das mesmas, segundo: o ano, os meses e as quinzenas (1ª e 2ª). Em cronogramas deDissertação (mestrado) e Tese (doutorado), normalmente, utiliza-se somente anos e meses jáque se realizam em um período de tempo maior que uma Monografia de graduação ou

    especialização.O conjunto de atividades, como mostra o quadro 2, deverá estar disposto em uma

    ordem seqüencial de realização, porém como revela o período de realização de cada uma dasatividades elas ocorrem em momentos sobrepostos a outras, isto denota que muitas dasatividades são complementares e interdependentes umas às outras. De modo geral, estasatividades contemplam a grande maioria das atividades de planejamento e elaboração dequalquer pesquisa, ou no mínimo são as mais importantes.

    Cabe lembrar que o cronograma descrito no anexo 10 serve de exemplo, porém

    acredita-se que trabalhar com outras datas em um estudo de graduação (onde normalmente junto ao trabalho de Monografia o acadêmico cursa disciplinas), especialmente em termos de período de tempo menor, pode significar o comprometimento da qualidade da pesquisa e,

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    conseqüentemente, a possibilidade do estudo não sair satisfatório o bastante para ser aprovadona banca de defesa, por isso, deve-se procurar segui-lo com o máximo de afinco.

    Outro tópico que só é apresentado (junto aos anexos) no Projeto de Monografia é a“Estrutura Proposta para a Pesquisa” , definir este item é basicamente pensar em como a

    Monografia vai ficar em termos de conteúdo e forma depois de pronta.A pesar de ser item opcional de ser apresentado no “Projeto de Monografia” é item

    importante de estar dentro de um projeto, por isso, recomenda-se fortemente a suaapresentação, pois o quanto antes este item for definido mais direcionado será o trabalho de pesquisa bibliográfica e a realização da pesquisa em si. A definição da “Estrutura Proposta para a Pesquisa” dá uma noção clara do que se deverá procurar ao longo da pesquisa, portanto, a sua definição é de suma importância em termos de planejamento eoperacionalização da pesquisa.

    Caso a “Estrutura Proposta para a Pesquisa” não seja apresentada no Projeto dePesquisa sugere-se que ela seja feita, logo após a definição do projeto, pelo acadêmico juntoao professor orientador para que ambos tenham uma noção clara dos rumos que serão dados a pesquisa, e até mesmo para que o professor sugira bibliografias a serem consultadas sobre ostemas e abordagens a serem trabalhados na pesquisa. A definição da estrutura da pesquisa previamente facilitará a orientação e o controle das atividades do acadêmico pelo professor orientador. E para o acadêmico servirá para o mesmo se orientar em relação ao cronograma deatividades versus o tempo necessário para realização das mesmas.

    A definição da estrutura da pesquisa não é muito comum em estudos de mestrado e dedoutorado talvez porque seus pesquisadores não preferem amarar muito o rumo da sua pesquisa, e preferem então deixar que o rumo seja dado à medida que a pesquisa vai sedesenvolvendo, talvez o façam na expectativa de que surja ao longo da pesquisa novas idéiase nortes que permitam a descoberta de algo singular. Mas até mesmo para estes tipos deestudos é importante a definição da estrutura da pesquisa, porque facilitará o planejamento eoperacionalização da pesquisa, e qualquer novo rumo que se venha a dar a pesquisa, isto podeser feito livremente porque a definição previa da estrutura da pesquisa não implica que eladeva ser seguida à risca, simplesmente ela deve servir de suporte, e não de uma amara arumos da pesquisa.

    O anexo 11 mostra um exemplo de definição de uma estrutura de pesquisa. E, noanexo 14 há um “modelo de ficha de avaliação de projeto de pesquisa” (ou projeto demonografia). Sendo que, independente do tipo cada projeto monografia deverá apresentar umsomatório equivalente a 70% da pontuação total para que seja recomendada a suacontinuidade. Assim, a ficha no anexo 14 deverá ser entregue pelo acadêmico junto com oProjeto de Monografia à Coordenação de Estágio e TCC para que esta aprecie o projeto e faça

    suas recomendações sobre o mesmo.

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    3.2.2 Os Relatórios do Projeto de Monografia e da Monografia

    Os diversos tipos de trabalhos científicos apresentam alguns itens em comum, mas emgeral, apresentam elementos e formas diferentes. Estas diferenças, normalmente, procuramsalientar os propósitos em termos do tipo de comunicação que se quer dar ao trabalho, e/ou deacordo com o nível de aprofundamento que o trabalho deu a um dado tema de pesquisa.

    Independente da natureza do trabalho é comum aos pesquisadores fazerem relatórios,estes também terão formatos específicos, especialmente adequados ao estágio em que seencontra o trabalho em relação ao seu todo, distinguimos então independente do tipo de

    pesquisa científica os tipos de relatórios em: relatórios de atividades, relatórios preliminares(ou relatórios finais de fases), e relatórios conclusivos.

    Os relatórios são importantes porque é através deles que o próprio pesquisador vaivendo os resultados de pesquisa se materializarem em termos de conteúdo. E, é a maneiracomo os orientadores possuem para monitorar o andamento da pesquisa de seus orientandos.

    Os relatórios de atividades normalmente são definidos segundo um cronograma de

    atividades feito entre orientador e pesquisador. Este cronograma de atividades normalmentevincula-se a periodicidade das reuniões entre ambos, mas em geral, segue os itensevidenciados no modelo de cronograma de pesquisa para Monografia (ou TCC) e demaisestudos (Dissertação e Teses) apresentado no anexo 10. De modo geral os relatórios preliminares e os relatórios conclusivos são relatórios de atividades, porém estes estabelecemum divisor de águas na pesquisa em termos da sua evolução.

    Os relatórios preliminares (ou relatórios finais de fases) são, em geral, estabelecidos

    segundo blocos temáticos ou capítulos de obra. Algo como o Relatório Preliminar I de uma pesquisa seja a apresentação do “Projeto de Pesquisa”, o Relatório Preliminar II ser aapresentação da “Revisão Bibliográfica da Pesquisa”, e o Relatório Preliminar III ser aapresentação da “Análise e Interpretação dos Resultados”.

    Os relatórios conclusivos, como o próprio nome indica, contêm conteúdos quefinalizam determinadas etapas de uma pesquisa, ou a concluem. Assim, o relatório conclusivomais importante é o que apresenta a Monografia na sua versão pra a Banca de Defesa.

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    Ao longo das etapas posteriores serão abordados diversos conteúdos que enfatizam aforma e o conteúdo que devem conter um relatório de pesquisa que apresenta a Monografia nasua versão pra a Banca de Defesa. Assim, a seguir comenta-se quais os elementos, e suasformas, de um “Projeto de Pesquisa” ou “projeto de Monografia” ou “Projeto de TCC”.Dentre os elementos comenta-se a elaboração de um Cronograma de Pesquisa no seu todo, oque serve de subsídios para acadêmico e professor orientador estabelecerem os diversosrelatórios de pesquisa a serem apresentados pelo acadêmico.

    3.3 Elementos Pré-textuais de um Projeto de Monografia e Monografia

    Os elementos pré-textuais não diferem muito de um tipo para outro de estudo, seja ele:Pesquisa, Monografia, Dissertação ou Tese, ou projeto destes. No caso de apresentação deuma Monografia deve-se contemplar os seguintes itens:

    • capa (obrigatório);

    • folha de rosto (obrigatório);

    • errata (opcional);

    • folha de aprovação (obrigatório);• atestado de ética (opcional ou obrigatório segundo a IES);

    • resumo na língua vernácula (obrigatório);

    • listas de tabelas (opcional);

    • listas de quadros (opcional);

    • listas de figuras (opcional);

    • lista de abreviaturas e siglas (opcional).

    No caso de apresentação do estudo finalizado pode-se então inserir outros itensopcionais como dedicatória, agradecimentos, etc. As páginas relativas aos elementos pré-textuais devem ser numeradas com algarismos romanos a partir da Folha de Rosto, porém para efeito de paginação a contagem inicia-se a partir da Capa.

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    3.3.1 Capa

    É a proteção externa da Monografia e deve conter, somente, os elementos necessáriosà sua identificação: a instituição à qual é submetido o trabalho (Faculdades Integradas daRede de Ensino Univest); o nome do autor; o título do trabalho (deve fazer relação direta como estudo, deve ser conciso, claro, e preciso, e deve conter elementos textuais que facilitem aindexação do mesmo); o subtítulo, se houver, precedido de dois pontos; o local (cidade daInstituição de ensino onde é submetido); e a data de defesa (mês e ano). A forma, ordem, edisposição devem seguir o modelo no anexo 1.

    Após a defesa da Monografia a versão final (feita às correções caso necessárias) deentrega para depósito e catalogação na biblioteca da UNEMAT, a mesma deve ser feita emcapa dura, com revestimento na cor preta e com letras na cor dourada ou prateada, ver exemplo no Anexo 3.

    Para o Projeto de Monografia deve-se também seguir o exemplo de capa do anexo 1,entretanto, não se faz necessário a entrega do projeto em capa dura, tão somente uma versãoencadernada em espiral se vê como adequada.

    3.3.2 Folha de rosto

    Após a capa, a folha de rosto é a primeira página da monografia, e apresenta oselementos essenciais à identificação do trabalho, devendo constar: o nome do autor; o títulodo trabalho; o subtítulo, se houver, precedido de dois pontos; o número de volume, caso existamais de um volume em cada folha de rosto de cada volume deve constar o seu respectivo n°de volume, caso seja apenas um volume não há necessidade de especificação; as informaçõessobre o grau pleiteado (bacharel em Economia), e sobre a área de concentração do estudo(Agroindústria ou Tecnologia da Informação); as informações sobre a natureza do estudo(Monografia de graduação); o nome do professor orientador, e, caso houver, do co-orientador,com sua titulação. O Dr., vai a frente do nome de doutores, Esp., Msc. e Ph.D vai depois dosnomes de especialistas, mestres e philosophical doctor – título de doutor obtido em instituição

    que usam tal nomenclatura, não é representativo do título de pós-doutor, este ainda carece de

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    uma nomenclatura específica, respectivamente.A forma, ordem, e disposição da folha derosto devem seguir o modelo no anexo 2.

    O modelo do anexo 2 também pode ser usado para o “Projeto de Monografia” e

    “Relatório Final de Estágio Curricular”, sendo feitas as seguintes adaptações: onde tem TCCsubstituir para “Projeto de Monografia” ou “Relatório Final de Estágio Curricular”.

    Como se trata de estudo de graduação, não há a obrigatoriedade de no verso da folhade rosto constar à ficha catalográfica, conforme o código de Catalogação Anglo-americano-CCAA2. A forma, ordem, e disposição da folha de rosto devem seguir o modelo em anexo.

    3.3.3 As capas e a lombada

    A confecção das versões da monografia, a serem enviadas para análise pela bancaexaminadora, devem ser elaborados com material impresso em papel A4 (210 x 297 mm) eencadernados (ver no capítulo 4 mais orientações e dicas sobre as formas de apresentação deuma monografia). Porém, após a defesa dois exemplares da versão final da monografia

    (inclusive com as revisões e alterações solicitadas pela banca) deverão ser entregues acoordenação de TCC e Estágio, estas versões devem estar confeccionadas com “capa dura”(brochura).

    A capa dura quanto à sua forma de apresentação em uma Monografia compõe-se decapas externas (primeira e quarta capa), de capas internas (segunda e terceira capa) que nãosão obrigatórias, do miolo ou corpo (as folhas de textos e materiais da monografia) e dalombada (obrigatória). Em livros além destes muitas vezes aparecem: marcador; sobrecapa;

    orelhas e folhas de guarda.

    A versão em capa dura deve conter “lombada” (ou dorso), que é a parte encadernadaoposta ao corte das folhas. A lombada, segundo a NBR 12225 de julho de 2004 da ABNT, seconstitui na “parte da capa do trabalho que reúne as margens internas das folhas, sejam elascosturadas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas de outra maneira”.

    A figura 1, a seguir, evidencia os elementos que compõem a forma de apresentação

    aberta de uma Monografia.

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    Figura 1 – Elementos que compõem a forma de apresentação aberta de uma monografia

    Devido ao reforço que dão ao exemplar é importante que no momento de confecção dacapa dura da monografia seja pedido às capas internas (normalmente são em papel com umagramatura de 150g/m2 ou superior), a 2ª e a 3ª capa. A 4ª capa, assim como a lombada, é nomesmo material da 1ª capa (que deve seguir ao modelo no anexo 3), porém a 4ª capa,diferentemente da 1ª capa e da lombada, é lisa, ou seja, sem elementos textuais. Como ostextos têm corpo A4 (210 X 297 cm) a capa dura no seu todo (1ª e 4ª capa e lombada) deve ter

    tamanho ligeiramente superior a A4. Os elementos essenciais e obrigatórios a conter nalombada são os seguintes:

    a) nome do autor, disposto longitudinalmente e legível do pé para o alto da lombada.

    Esta forma possibilita a leitura quando o trabalho está no sentido vertical, com a face

    voltada para cima;

    b) título do trabalho, disposto da mesma forma que o nome do autor. Devido à pequena

    espessura dos trabalhos (devido ao limite ideal de 100 páginas) este elemento pode ser

    suprimido, pois a sua colocação implicaria em letras em tamanho muito reduzido o

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    que dificultaria a leitura, portanto, este item só vai quando a largura da lombada

    permitir;

    c) sigla da instituição na qual o estudo fora submetido: Faculdade de Economia da

    Facvest: FAECO. Devido à pequena espessura dos trabalhos este também deve ser

    disposto longitudinalmente;

    d) elemento alfanumérico de identificação de volume, quando existir mais de 1 volume,

    por exemplo: V. 1, caso seja somente 01 volume não há necessidade de identificação;

    e) ano de defesa da Monografia. Este pode ser disposto longitudinalmente ou

    transversalmente.A forma, ordem, e disposição da Lombada deve seguir o modelo

    no anexo 3.

    Como no projeto de monografia não existe necessidade de encadernação em capadura, estes elementos não devem ser contemplados.

    3.3.4 Errata

    É uma lista das folhas e linhas onde ocorreram erros de apresentação textuais eortográficos, seguidos das devidas correções. Como os erros são, normalmente, vistos após adefesa do estudo e, em muitos casos, remanescentes a entrega da versão final do trabalho,deve a errata ser apresentada em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois deimpresso, e deve estar disposta logo após a folha de rosto. O uso do corretor ortográfico e

    gramatical do editor eletrônico de texto ( Ms-Word® é o mais usual) e a correção ortográfica egramatical dos estudos por especialistas na área ajudam a evitar o uso de errata.Exemplo deerrata:

    Folha Linha Onde se lê Leia-se28 5 producao produção36 7 fianceira financeira

    Regras gerais de apresentação:

    • é item opcional que deve ser utilizado somente nos casos em que há erros ortográficose de apresentação textual;

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    • pode ser apresentada em folha avulsa ou fixa (preferencialmente), logo após a folha derosto;

    • o título ERRATA, deve ser em fonte 12, maiúsculo, negrito, centralizado, localizadoaproximadamente 6 cm da borda superior (ou três (3) espaços 1,5 da margem superior da folha);

    • os elementos textuais devem ser escritos na fonte 12, sem negrito, a 3cm do títuloERRATA (ou a dois (2) espaços 1,5 do título).

    Como o projeto de monografia será alvo da análise do professor orientador, entreoutros, não é plausível e nem se justifica o uso de errata neste, especialmente porque osdemais elementos da monografia serão elaborados, devendo ser revisados e eliminados os

    erros ortográficos do projeto nesta.

    3.3.5 Folha de aprovação

    A folha de aprovação normalmente segue modelo próprio da instituição. Nelaapresenta-se os dados sobre: o nome do autor; o título do trabalho; o subtítulo se houver; o

    grau obtido, o local (cidade da Instituição de ensino onde é submetido); a data de defesa (mêse ano); o nome do coordenador de curso, o nome do coordenador de TCC, o nome doorientador e do co-orientador (quando existir), e o nome dos outros profissionais que fazem parte da banca examinadora do trabalho, salientando seu grau de titulação.

    A folha de aprovação, mas não é item obrigatório de um ‘Projeto de Monografia” ou“Projeto de Pesquisa”, porém deve aparecer depois da folha de rosto na versão final daMonografia encadernada, sendo que após a defesa na versão final em “capa dura” a ser integre na Coordenação de Estágio e TCC esta deverá estar devidamente assinada pelosmembros da banca examinadora. A forma, ordem, e disposição da folha de aprovação devemseguir o modelo em anexo (anexo 3).

    Sempre que o projeto de monografia não passar por banca examinadora não énecessário a apresentação de folha de aprovação neste.

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    3.3.6 Folha de atestado de ética

    A inclusão deste item fica a critério de cada instituição, de modo que devido aoaumento de trabalhos copiados e plagiados, vem se tornando recorrente entre os cursos deInstituições de Ensino Superior (IES) o uso de item que atesta (ou certifica) a ética do pesquisador em relação a autoria do trabalho e a veracidade dos dados e informaçõesconstantes nele. A inclusão deste item procura eximir de qualquer responsabilidade o professor orientador (e co-orientador quando existir) e os demais participantes da banca dedefesa (no caso de monografia) de possíveis fraudes e/ou incoerências de autorias e naveracidade dos dados apresentados que possam existir no trabalho, e quer estes não

    descobriram no processo de defesa do trabalho.

    No curso de economia da Unemat é item obrigatório a constar no “Trabalho deConclusão de Curso” (e nos cursos que adotam estágio deve constar também o “RelatórioFinal de Estágio”). No caso de encontradas fraudes e/ou incoerências nos trabalhosapresentados por acadêmicos do curso de economia da Unemat cabem ao orientador (e co-orientador quando existir) do trabalho e aos demais participantes da banca de defesa (no casode monografia) comunicarem às coordenações de estágio e TCC e de curso para que sejamtomadas as providências cabíveis segundo os estatutos de Estágio e TCC do curso e dainstituição.Ver em anexo “Modelo de Folha de Atestado de Ética”.

    Sempre que o projeto de monografia não passar por banca examinadora não énecessário a apresentação de folha de atestado de ética neste.

    3.3.7 Dedicatória

    É um item opcional onde o autor presta uma homenagem ou dedica seu trabalho aalguém que teve uma contribuição especial para a sua consecução. Normalmente apresenta-sena forma de um parágrafo com recuo à esquerda, alinhado à direita, e fica disposto pouco acima do canto inferior direito da página. Ver modelo de folha de dedicatória no anexo 6.

    Como o projeto é uma intenção de pesquisa, que se materializará com a execução damonografia, e seu executor ainda tem muito a fazer e também poderá precisar e contar com a

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    ajuda de outros, não se vê como necessário a existência de dedicatória no projeto, a qual poderá figurar na monografia.

    3.3.8 Agradecimento

    Assim como a dedicatória é um item opcional onde o autor agradece àquelas pessoas einstituições que contribuíram de forma relevante para que o estudo pudesse ser realizado.Alguns começam o início do texto com a seguinte expressão: “Agradeço:” ou um pequenocomentário geral de agradecimento, e a seguir deixam uma linha ou mais em branco e segue

    no(s) parágrafo(s) seguinte(s) com o(s) agradecimento(s) mais direto a cada agradecido.

    Normalmente criam-se parágrafos (sem recuo) específicos para os agradecimentos,apresentando o agradecimento de cada instituição (órgão de financiamento da pesquisa,universidade, organizações que participaram da pesquisa, etc), profissional (orientador; co-orientador; professores, outros profissionais), pessoa (pai e mãe, esposa, namorada, amigo,etc), ou grupo de pessoas (família, professores, colegas de aula, etc), um após o outro.

    Deve-se evitar um número de agradecimentos muito extenso, sugere-se que não váalém de uma única página. Apresentar sempre os agradecimentos por ordem hierárquica deimportância e de contribuição para a realização do trabalho. Exemplo de itens em uma ordemhierárquica:

    • organizações e Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs)1 que financiaram o trabalho;

    • profissionais/pesquisadores que deram contribuição direta ao trabalho (orientador; co-orientador; professores, colegas de grupo de discussão, outros);

    • empresas ou organizações que participaram da pesquisa;• outros profissionais que auxiliaram no trabalho (bibliotecários, digitadores, bolsistas,

    etc);

    • familiares, amigos e outros os agradecimentos são por último.

    1 como: o Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNDECI/BNB, o Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NívelSuperior – CAPES, a Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina – FAPESC, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS, a Fundação deAmparo à Pesquisa do Estado do Paraná – FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA, a Fundação de Amparo à Pesquisa doEstado de São Paulo – FAPESP, etc.

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    francês) é uma apresentação concisa, seletiva, abreviada e que enfatiza somente os elementosimportantes do estudo. De acordo com a NBR-6028, de novembro de 2003, “O resumo deveressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento”. De maneirageral, depois do títuloRESUMO(que é centralizado, em caixa alta, em negrito e em tamanho12), devem estar dispostos na seguinte ordem:

    a) O cabeçalho(justificado sem recuo, e em letra fonte tamanho 12):

    • Identificação do(a) autor(a): nome do pesquisador (letras maiúsculas);

    • Título do trabalho: em negrito (letras maiúsculas descontínuas);

    • Identificação do(a) orientador(a):nome do(a) orientador(a) e caso existir do co-orientador(a) (em letras maiúsculas), precedido(s) de hífen, logo após o título;

    • Identificação da natureza do Trabalho: Ex.: Monografia de Graduação emEconomia, seguido da ênfase entre parênteses (Ex.: Ênfase em Agroindústria);

    • Local de execução do projeto: Em ordem: Curso, seguido de hífen, logo após vêm:departamento, faculdade, centro, e Universidade, de acordo com a existência ou nãona Instituição de Ensino. Ex.: Curso de Economia – Faculdades Integradas Facvest.

    • Data: ano de defesa.Exemplo de modelo de cabeçalho de Resumo: OLIVEIRA, Ademir Machado de.O Processo de Alocação de Recursos Orçamentários e SeusPrincipais Determinantes: Uma Análise Econométrica/ Orientador Gilberto de Oliveira Veloso.Monografia de Graduação em Economia (Ênfase em Economia de Empresas) – Curso de Economia,Departamento de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria/RS, 1999.

    b) o corpo do resumo(justificado sem recuo no início do parágrafo que deve ser único,e em letra tamanho 12 (quando pequeno o texto), tamanho 11 (quando o texto for grande) e tamanho 10 (quando o texto for muito grande): logo após os itens anteriores(que formam o cabeçalho) deixa-se uma linha em branco e inicia-se a confecção docorpo do resumo, no qual deverão constar as seguintes palavras ao longo do própriotexto: objetivos, metodologia, resultados, síntese da discu