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  • GUIA DE PLANTASFLORES NO CAMPO RUPESTRE

  • GUIA DE PLANTASFlores no Campo rupestre

  • CoordenaoLdia Maria dos Santos

    organizaoAna Cristina Silva Amoroso AnastacioMorena Tomich Santos

    Levantamentos de dados e eLaborao de textosSrgio Antnio Tomich Santos Coord. de CampoMarco Otvio Dias Pivari TaxonomiaJlia Andrada Biloga

    CoLaboraoSara da Costa DiasSrgio Jos Leite Dias

    Projeto grfiCo e diagramaoMorena Tomich Santos

    iLustraesMaria Clara Gbbel

    tratamento de imagensPedro Andr Tomich Mitre

    Vale S.A.Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e CarvoMina de guas Claras - Prdio 1 - 1 andar34.000-000, Nova Lima, MG - Brasil

    bioma meio ambiente LtdaAlameda do Ing, 840/1001, Vale do Sereno34.000-000, Nova Lima, MG - Brasil

    Copyright2018 OrganizadoresAs fotos e os textos deste livro podem ser reproduzidos desde que solicitada autorizao aos autores/organizadores ou seu representante legal.

    Bioma Meio Ambiente. Consultoria Ambiental. Guia de plantas: flores no campo rupestre / Bioma Meio Ambiente, Vale S.A.; [Coordenao: Ldia Maria dos Santos; Organizao: Ana Cristina Silva Amoroso Anastacio, Morena Tomich Santos ; Ilustraes: Maria Clara Gbbel]. Nova Lima (MG) : CVRD, 2018. 128.: il., fots (color)

    Inclui bibliografia.

    ISBN: 978-85-85377-19-9

    1. Bioma Meio Ambiente. Consultoria Ambiental. 2. Vale S.A.. 3. Reserva Particular do Patrimnio Natural Quadriltero Ferrfero (MG). 4. reas de conservao de recursos naturais Quadriltero Ferrfero (MG). 5. Biodiversidade Conservao Quadriltero Ferrfero (MG). 6. Botnica Quadriltero Ferrfero (MG). I. Vale S. A.. II. Santos, Ldia Maria dos. III. Anastcio, Ana Cristina Amoroso. IV. Santos, Morena S. Tomich. V. Ttulo.

    CDD : 581

    B615g

    Ficha catalogrfica elaborada pela Bibliotecria Priscila O. da Mata CRB/6-2706

  • Bioma Meio AmbienteVale S.A.

    GUIA DE PLANTASFlores no Campo rupestre

    Minas GeraisCVRD2018

  • PREFCIO

    Pas com uma das maiores biodiversidades do planeta e com a maior riqueza de espcies da flora, o Brasil signatrio de acordos e convenes internacionais, tanto no que diz respeito conservao de espcies quanto de habitats ameaados.

    De acordo com o Art. 8 da Conveno sobre a Diversidade Biolgica, estabelecida durante a ECO 92, e cujo compromisso j foi assinado por 197 pases, todas as partes devem garantir complexos de reas protegidas com o objetivo de conservar essa diversidade.

    Os campos rupestres em Minas Gerais so considerados grandes centros de biodiversidade e endemismos. A Vale possui, consi-deradas as Reservas Particulares do Patrimnio Natural RPPNs, Reservas Legais e Compensaes Florestais, alm de reas doadas para constituio de Unidades de Conservao, aproximadamen-te 70.000ha de reas protegidas no Estado, formando um extenso complexo de biodiversidade.

    Esse Guia de Plantas Flores no Campo Rupestre, traz algumas espcies dessa rica flora encontrada nas Reservas Particulares do Patrimnio Natural (RPPNs) da Vale. Foi concebido com o objetivo de levar conhecimento e despertar a curiosidade e o interesse dos apaixonados pelas montanhas mineiras em suas caminhadas, onde podero realizar o reconhecimento de algumas famlias, gneros e espcies, guiados pelas cores predominantes das flores, que orien-taram a organizao do Guia.

    Trata-se de uma colorida viagem pelo universo da Botnica dos Campos Rupestres, onde todos podero se incluir nas descobertas de nossas plantas e a importncia da sua conservao.

    Desejamos um excelente passeio!

    Lcio Cavalli Rodrigo Dutra Amaral

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    SUMRIO

    INTRODUO 13OS CAMPOS RUPESTRES 20COMO USAR ESTE GUIA 24

    Richterago arenaria (Baker) Roque 29Asteraceae

    Vriesea longistaminea C.C.Paula & Leme 30Bromeliaceae

    Arthrocereus glaziovii (K.Schum.) N.P.Taylor & Zappi 31Cactaceae

    Cipocereus crassisepalus (Buining & Brederoo) Zappi & N.P.Taylor 32Cactaceae

    Cipocereus minensis (Werderm.) Ritter 33Cactaceae

    Merremia tomentosa (Choisy) Hallier f. 34Convolvulaceae

    Actinocephalus bongardii (A.St.-Hil.) Sano 35Eriocaulaceae

    Paliavana sericiflora Benth. 36Gesneriaceae

    Diplusodon virgatus Pohl 37Lythraceae

    Eriocnema acaulis (Cham.) Triana 38Melastomataceae

    Trembleya laniflora (D.Don) Cogn. 39Melastomataceae

    Bulbophyllum weddellii (Lindl.) Rchb.f. 40Orchidaceae

  • 8

    Prosthechea pachysepala (Klotzsch) Chiron & V.P.Castro 41Orchidaceae

    Phyllanthus klotzschianus Mll.Arg. 42Phyllanthaceae

    Hillia parasitica Jacq. 43Rubiaceae

    Solanum didymum Dunal 44Solanaceae

    Drimys brasiliensis Miers 45Winteraceae

    Zeyheria montana Mart. 49Bignoniaceae

    Vriesea minarum L.B.Sm. 50Bromeliaceae

    Hatiora salicornioides (Haw.) Britton & Rose 51Cactaceae

    Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip 52Fabaceae

    Mimosa calodendron Mart. ex Benth. 53Fabaceae

    Trimezia juncifolia (Klatt) Benth. & Hook. 54Iridaceae

    Peixotoa tomentosa A.Juss.. 55Malpighiaceae

    Ouratea floribunda (A.St.-Hil.) Engl. 56Ochnaceae

    Cattleya crispata (Thunb.) Van den Berg 57Orchidaceae

    Barbacenia flava Mart. ex Schult. & Schult.f. 58Velloziaceae

    Xyris jupicai Rich. 59Xyridaceae

    Alstroemeria plantaginea Mart. ex Schult. & Schult.f. 63Alstroemeriaceae

    Hippeastrum morelianum Lem. 64Amaryllidaceae

  • 9

    Gomphrena arborescens L.f. 65Amaranthaceae

    Billbergia elegans Mart. ex Schult. & Schult.f. 66Bromeliaceae

    Dyckia brachyphylla L.B.Sm. 67Bromeliaceae

    Siphocampylus westinianus (Thunb.) Pohl 68Campanulaceae

    Calolisianthus pedunculatus (Cham. & Schltdl.) Gilg 69Gentianaceae

    Nematanthus strigillosus (Mart.) H.E.Moore 70Gesneriaceae

    Cambessedesia salviifolia (Cham.) A.B.Martins 71Melastomataceae

    Acianthera teres (Lindl.) Borba 72Orchidaceae

    Cattleya cinnabarina (Bateman ex Lindl.) Van den Berg 73Orchidaceae

    Cyrtopodium parviflorum Lindl. 74Orchidaceae

    Esterhazya splendida J.C.Mikan 75Orobanchaceae

    Augusta longifolia (Spreng.) Rehder 76Rubiaceae

    Barbacenia sessiliflora L.B.Sm. 77Velloziaceae

    Mandevilla sellowii (Mll.Arg.) Woodson 81Apocynaceae

    Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish 82Asteraceae

    Heterocoma albida (DC. ex Pers.) DC. 83Asteraceae

    Hololepis pedunculata (DC. ex Pers.) DC. 84Asteraceae

    Kielmeyera rosea Mart. & Zucc. 85Calophyllaceae

    Ipomoea delphinioides Choisy 86

  • 10

    Convolvulaceae

    Drosera montana A.St.-Hil. 87Droseraceae

    Deianira damazioi E.F.Guim 88Gentianaceae

    Sinningia rupicola (Mart.) Wiehler 89Gesneriaceae

    Spigelia sellowiana Cham. & Schltdl. 90Loganiaceae

    Diplusodon buxifolius (Cham. & Schltdl.) A.DC. 91Lythraceae

    Lavoisiera sampaioana Barreto 92Melastomataceae

    Microlicia multicaulis Mart. ex Naudin 93Melastomataceae

    Siphanthera arenaria (DC.) Cogn. 94Melastomataceae

    Sauvagesia ericoides (A.St.-Hil.) Sastre 95Ochnaceae

    Bifrenaria harrisoniae (Hook.) Rchb.f. 96Orchidaceae

    Bifrenaria tyrianthina (Lodd.) Rchb.f. 97Orchidaceae

    Cattleya caulescens (Lindl.) Van den Berg 98Orchidaceae

    Epidendrum secundum Jacq. 99Orchidaceae

    Isabelia violacea (Lindl.) van den Berg & M.W.Chase 100Orchidaceae

    Polygala poaya Mart. 101Polygalaceae

    Calibrachoa elegans (Miers) Stehmann & Semir 102Solanaceae

    Lippia corymbosa Cham. 103Verbenaceae

    Lessingianthus rosmarinifolius (Less.) H.Rob. 107Asteraceae

  • 11

    Lychnophora pinaster Mart. 108Asteraceae

    Jacaranda caroba (Vell.) DC. 109Bignoniaceae

    Tillandsia stricta Sol. 110Bromeliaceae

    Centrosema coriaceum Benth. 111Fabaceae

    Periandra mediterranea (Vell.) Taub. 112Fabaceae

    Calolisianthus speciosus (Cham. & Schltdl.) Gilg 113Gentianaceae

    Chelonanthus purpurascens (Aubl.) Struwe et al. 114Gentianaceae

    Neomarica glauca (Seub. ex Klatt) Sprague 115Iridaceae

    Pleroma heteromallum D. Don (D.Don) 116Melastomataceae

    Zygopetalum maculatum (Kunth) Garay 117Orchidaceae

    Solanum viscosissimum Sendtn. 118Solanaceae

    Vellozia compacta Mart. ex Schult. & Schult.f. 119Velloziaceae

    Stachytarpheta glabra Cham. 120Verbenaceae

    GLOSSRIO 121REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 125

  • 13

    INTRODUO

    Este Guia de Plantas - Flores no Campo Rupestre dirigido que-les que desejam conhecer um pouco mais sobre as plantas dos Campos Rupestres atravs de suas flores e caractersticas, que per-mitem a identificao de cada uma delas.

    A Sistemtica Botnica ou Sistemtica Vegetal a cincia que trata da classificao dos vegetais, sua nomeao (Taxonomia) e proces-sos que envolvem o reconhecimento dos diferentes organismos, o que se d, principalmente, atravs das caractersticas morfolgicas que apresentam.

    Os registros mais antigos sobre plantas, com separao por forma, uso e cultivo esto no Papiro de Erbes, datado em 1500 anos a.C., e num outro documento registrado no mesmo perodo, na China, escrito por Shen-nung pen, o Pai da Medicina Chinesa. Teofrasto (372 a. C. 287 a. C) considerado o Pai da Botnica, foi autor de tratados importantes para o desenvolvimento desta cincia, como a Histria das Plantas e Sobre as Causas das Plantas, que serviram como referncia at a poca do Renascimento (Sc. XIV ao XVIII), quando a botnica desenvolveu-se como uma disciplina cientfica, separada do herbalismo e da medicina, embora tenha continuado a dar contribuies para ambas. Nesta poca, Lineu (1707 e 1778), bo-tnico, zologo e mdico sueco, considerado o Pai da Taxonomia Moderna, fez avanar a conhecimento sobre taxonomia cincia que d nome s espcies -, criando a nomenclatura binomial em ligao com uma rigorosa caracterizao morfolgica das mesmas e definiu com preciso vrios termos morfolgicos que seriam utili-zados nas suas descries de cada espcie ou gnero, em particular aqueles relacionados com a morfologia floral e com a morfologia do fruto.

  • 14

    Evoluo e diviso do reino vegetal

    Algas verdes

    Brifitas

    Pteridfitas

    Angiospermas

    Gimnospermas

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    Milhes de anos atrs

    Origem das plantas

    Primeiras plantas vasculares

    Plantas com sementes

    Plantas com flor, frutos e sementes

    A Sistemtica Vegetal regida por regras e definies prprias, estru-turada com base em distintos nveis de classificao, respeitando-se uma sequncia hierrquica que compreende classe, ordem, famlia, gnero e espcie todos eles definidos por conjuntos de caracte-rsticas comuns quele grupo de organismos. Tradicionalmente, a classificao de plantas seguiu critrios diferenciados, hoje fixos no Cdigo Internacional de Nomenclatura Botnica refletindo histria de trabalho da comunidade botnica.

    O reino das plantas apresenta divises entre plantas avasculares, correspondentes s Algas (plantas aquticas) e Brifitas (musgos); e vasculares, correspondentes s Pteridfitas (samambaias), s Gimnospermas (com sementes nuas) e s Angiospermas (plantas com flores). Das cerca de 400 mil espcies de plantas da Terra, 70% correspondem s Angiospermas.

  • 15

    Os nomes populares das plantas variam de lugar para lugar e, por este motivo, foram estabelecidos critrios de denominao das es-pcies, os nomes cientficos, vistos como unidades de classificao dos seres vivos. So criados em latim, que uma lngua caracters-tica por no sofrer variaes ao longo do tempo., e composto pelo nome do gnero ao qual a espcie pertence, associado a outro nome atribudo espcie (gnero + epteto especfico) constituin-do assim um binmio. Geralmente, o nome da espcie faz aluso a alguma caracterstica morfolgica da planta, a nomes tradicionais vinculados a esta, ao seu primeiro registro, ao local ou ambiente de sua ocorrncia ou a uma homenagem a pessoas. A importncia de haver nomes cientficos atribudos aos seres vivos historicamen-te notria, uma vez que para uma dada planta s deve existir uma forma nica de se referir a cada espcie. Tal procedimento garan-te que haja uma comunicao global com exatido a respeito de um determinado organismo, ao contrrio da utilizao de nomes populares, que no deixam de ser importantes. Porm, comum verificar a utilizao de dois ou mais nomes populares para uma mesma espcie ou ainda a existncia de um mesmo nome popular dado a diferentes espcies, fatos que ocorrem quando consideradas diferentes regies, por exemplo, no permitindo uma comunicao precisa.

    Diferentes espcies com o mesmo nome popularDrimys brasiliensis, Hortia brasiliana e Gomphrena arborescens - paratudo

  • 16

    De uma forma geral, os seres vivos so classificados segundo aspec-tos morfolgicos que permitem agrup-los por semelhana. Para exemplificar de maneira simples, os mamferos so aqueles animais que, dentre outras singularidades, possuem dois pares de membros, pelos e alimentam seus filhotes com o leite que produzem em suas glndulas mamrias; as aves possuem um par de asas, bico, penas e pem ovos; e assim por diante.

    As plantas, por sua vez, apresentam estruturas marcantes, como razes, caules, ramos, flores, frutos, sementes, entre outras. Tais es-truturas, englobando as variaes destas, so utilizadas para clas-sificao dos vegetais dentre as diferentes linhagens existentes. Morfologicamente, a estrutura corprea bsica das plantas pode ser dividida em rgos vegetativos e em rgos reprodutivos. Considerando a linhagem mais expressiva em termos de diversida-de de organismos, dentre as plantas existentes no planeta, os rgos vegetativos consistem em razes, caules, ramos e folhas, enquanto os rgos reprodutivos so as flores e os frutos.

    Raiz

    Caule

    Folha

    Fruto

    Flor

    Estrutura das Angiospermas rgos vegetativos (raiz, caule e folhas) e rgos reprodutivos (flores, frutos e sementes)

  • 17

    Liana (trepadeira)

    Podemos encontrar plantas com diferentes portes, desde ervas at rvores, passando por arbustos e trepadeiras. As plantas podem ser terrestres, aquticas, epfitas, rupcolas ou parasitas. Existem razes axiais ou fasciculadas; podem apresentar diferentes tipos de caules areos ou subterrneos; suas folhas podem ser simples ou compos-tas; as flores e frutos podem ter diferentes composies, formas e estruturas. Enfim, as plantas apresentam uma infinidade de aspectos e caractersticas que tornam necessrio estudar muito para conhe-ce-las um pouco.

    Hbito das plantas

    Erva

    Arbusto

    rvore

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    Dentre os principais grupos de vegetais destaca-se o das angiosper-mas, que rene as plantas que apresentam flores como as apresen-tadas no presente Guia. No geral, as flores so os principais rgos responsveis pela reproduo dessas plantas, onde esto dispostas as estruturas masculinas (androceu - conjunto de estames) e femini-nas (gineceu - estigma e conjunto de carpelos).

    Considerando uma espcie, quando na mesma flor esto presen-tes os rgos reprodutivos masculinos (androceu) e femininas (gi-neceu), dizemos que as flores so monoclinas (ou bissexuadas ou hermafroditas), ao passo que, quando o androceu e o gineceu esto presentes em flores distintas de um mesmo indivduo, dizemos que estas so diclinas (ou unissexuadas). Quando uma planta s apre-senta flores femininas ou masculinas so chamadas de dioicas.

    A reproduo nas plantas com flores est associada ao evento da polinizao - transferncia do gro de plen do estame at o es-tigma - a qual aps ocorrer, permite a formao de sementes no interior do fruto que ir se desenvolver.

    Pednculo

    Receptculo

    Spala

    Ptala

    Estigma

    Filete

    Antera

    Estilete

    Ovrio

    vulo

    As estruturas das flores

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    A polinizao nas angiospermas um acontecimento marcante, havendo inmeras variaes, haja visto a presena de estruturas masculinas e femininas em flores ou mesmo em plantas distintas, alm das inmeras formas de interao com animais polinizadores (abelhas, aves, morcegos, etc), ou ainda atravs do vento ou da gua, no momento da conduo do gro de plen ao estigma.

    A disperso das sementes tambm outro evento importante, po-dendo haver diferentes agentes dispersores (animais, vento, gua) para disseminao de sementes e frutos. Assim, quando as semen-tes atingem locais e condies adequadas a sua germinao, po-dem dar origem a novas plantas, perpetuando o ciclo de vida das espcies.

    Partindo do princpio de que a natureza est em nossas mos e que no conservaremos aquilo que no conhecemos, reconhecer as espcies de plantas de uma dada regio significa um importante passo na conservao da flora nativa.

    Nesse sentido, este Guia, que procura trazer informaes tcnicas de fcil apreenso por parte de qualquer interessado, visa subsidiar o reconhecimento de 80 espcies vegetais campestres nativas ocor-rentes na regio do Quadriltero Ferrfero de Minas Gerais.

    A seleo das espcies e das informaes que compem a presente obra procurou contemplar vegetais comuns de serem encontrados nas serras mineiras da regio do Quadriltero Ferrfero, de forma pr-tica e didtica, consistindo em um material de apoio ao reconheci-mento dos vegetais em campo. Ao mesmo tempo, busca favorecer a conservao dos mesmos e dos ambientes naturais onde se esta-belecem a partir do conhecimento e da sua valorizao.

  • 20

    OS CAMPOS RUPESTRES

    Os Campos Naturais formaes vegetacionais herbceas e arbus-tivas - ocorrem em toda a Terra, desde os polos at as zonas equato-riais, variando sua vegetao de acordo com as condies climticas e o solo. Nos polos e nos picos mais elevados h um predomnio de poucas espcies, enquanto que nos trpicos e na faixa equatorial a diversidade maior.

    Nos campos europeus ocorrem ervas de ciclo curto, em geral aro-mticas, como as espcies das famlias Lamiaceae (hortel, poejo), Apiaceae e seus temperos consagrados (salso e aipo), as Asteraceae (margaridinhas) nanicas e as apreciadas Crassulaceae - rosas de pe-dra, ervas suculentas muito conhecidas e estudadas por apresenta-rem metabolismo adaptado para habitats com pouca disponibilida-de de recursos hdricos. Nos campos africanos, espcies da famlia Crassulaceae tambm ocorrem em abundncia, colonizando partes elevadas das montanhas, assim como espcies de Liliaceae e seus diversos alos (babosas) e muitas espcies da famlia Poaceae. Nos campos da Amrica do Norte ocorrem tambm as Liliaceae (nolinas e yucas) alguns arbustos e, especialmente no Mxico, ocorrem esp-cies da famlia Cactaceae em profuso.

    No Brasil, os Campos Naturais ocorrem em quase todo o territrio. No Estado do Rio, nas serras dos rgos e Mantiqueira, assentados sobre granitos, formam lindas paisagens com flora especfica e gran-de diversidade de liquens. No Esprito Santo, na serra do Capara, a flora rica e diferente da dos campos do Rio de Janeiro, se desta-cando espcies nativas de bambu. No Mato Grosso do Sul recobrem serras que afloram no Pantanal, guardando grande diversidade de espcies de Poaceae (capins). No Rio Grande do Sul, os Pampas Gachos so parecidos mas o conjunto de plantas que os formam prprio, assim como nos demais lugares.

  • 21

    Em Minas Gerais ocorrem vrios tipos de Campos Naturais, seja co-lonizando formaes arenosas midas, que guardam os Campos de Sempre Vivas de Diamantina; os Campos de Altitude das serras da Canastra e do Cip; os campos aliados ao Cerrado e suas varieda-des de Campo Limpo e Campo Sujo; e aqueles associados ao bio-ma da Mata Atlntica, como os encontrados a leste do Estado e no Quadriltero Ferrfero, onde foram registradas as espcies que com-pem o presente Guia de Flores.

    O Quadriltero Ferrfero est localizado na regio centro-sul de Minas Gerais, a sul do centro urbano de Belo Horizonte e ocupa rea de cerca de 7000km2. As serras que compem os quatro lados que lhe do o nome so: a noroeste, o alinhamento da serra do Curral; a oeste, a serra da Moeda; a centro-oeste, a serra de Itabirito; a sudo-este, a serra do Ouro Branco; a leste, as serras do Caraa e Ouro Preto; e no centro, a serra do Gandarela. H, no Quadriltero Ferrfero, um mosaico de litotipos (rochas) onde a cobertura vegetal varia de acordo com eles: sobre filitos encontramos as matas, sobre xistos o Campo Cerrado e Campo Sujo e sobre quartzitos e formaes ferr-feras os Campos Rupestres, todos formados por plantas tpicas, sin-gulares e que geram grande beleza cnica, o que torna estimulante um passeio focado na vegetao e nos diferentes tipos de cobertura vegetal observados.

    O clima regional temperado quente, com estao seca de abril a setembro e chuvosa de outubro a maro. A temperatura mdia anu-al de 20C e a precipitao mdia anual varia entre 1300mm, na poro leste, at 2100mm j registrado na poro sul, em Ouro Preto, concentrada no vero. A seca ocorre durante seis meses, quando o orvalho torna-se a principal fonte de umidade para as plantas.

    Nesta regio, encontram-se os limites definidos por Lei do bioma da Mata Atlntica, que aqui coincide com o do Cerrado, o primei-ro localizado a leste e o segundo a oeste. Encontram-se tambm, nascentes de duas bacias hidrogrficas nacionais que recebem im-portantes contribuies da regio para sua formao: a do rio So Francisco, a noroeste, com os rios Paraopeba e Velhas; e a do rio Doce, a sudeste, com os rios Piracicaba e Gualaxo.

    Os Campos Rupestres ocorrem nas pores mais elevadas do rele-vo, acima de 900m de altitude. Neles existe uma grande diversidade de fitofisionomias que variam, principalmente, de acordo com os

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    ambientes encontrados. Os fatores climticos nessas formaes so extremos, a amplitude trmica pode chegar a 40C por dia, h pouca disponibilidade hdrica j que a gua da chuva escorre rapidamente entre as rochas e a luminosidade intensa devido grande expo-sio das plantas no alto das serras. Essa variedade de fisionomias proporciona o aspecto de um jardim, com espcies peculiares que s ocorrem ali: rvores de porte reduzido, com folhas caducas e, s vezes, sem folhas ou com folhas modificadas; troncos com casca grossa e razes modificadas para reteno de gua; bulbos areos ou subterrneos; florao e frutificao intensa no perodo chuvoso.

    Tambm ocorrem em quase todo o territrio nacional, com fauna e flora ricas em diversidade de espcies e elevado grau de endemismo, principalmente na flora, dependendo da regio, do clima e da ro-cha. Em Minas Gerais ocorrem dois significativos Campos Rupestres brasileiros, formados sobre rochas aflorantes, solos rasos e pedre-gosos, onde foram criados Parques Nacionais e Estaduais para con-servao, dada a singularidade dos ambientes presentes: o Parque Nacional da Serra do Cip, abrangendo a serra do Espinhao e seus Campos Rupestres Quartzticos, o Parque Nacional do Gandarela, abrangendo diferentes Campos Rupestres sobre Xistos, Quartzitos e Formaes Ferrferas; os Parques Estaduais do Itacolomy, da Serra do Rola Moa, da Serra de Ouro Branco; e diversas outras unidades de conservao onde tais ambientes podem ser apreciados.

    Nos Campos Rupestres h uma diversidade de plantas de riqueza inquestionvel quanto a formas, cores, portes e, principalmente as espcies, muitas e com fenologia to peculiar que nos permite en-contrar flores durante todo o ano. Ocorre, em geral, um tapete de capins, ornado por canelas de ema, candeias, quaresminhas, arnicas, alecrins, gabirobas, camars, lpias, orqudeas, bromlias, de vrias espcies, de acordo com o local, muitas delas consideradas de in-teresse para conservao porque so raras, endmicas ou porque sofrem algum risco de ameaa.

    A Vale, visando ampliar o conhecimento e desenvolver mecanismos de conservao dessas plantas vem realizando diversos trabalhos dos quais destacam-se os estudos de florstica e mapeamento de espcies raras e endmicas guardadas nas suas unidades de con-servao - RPPN; a instalao da Biofbrica, com propsito de pro-pagao e reintroduo de espcies de interesse para conservao,

  • 23

    incluindo as ameaadas de extino; e pesquisas desenvolvidas no Instituto Tecnolgico Vale - ITV, buscando ampliar conhecimento sobre essas plantas.

    Este Guia traz algumas espcies dessa rica flora comumente encon-trada nos campos mineiros, dividido em captulos de acordo com a cor da flor, para facilitar a identificao e ampliar o conhecimento daqueles que desejem fazer caminhadas e passeios pelos Campos Naturais da regio.

  • 24

    COMO USAR ESTE GUIAapresentao das InFormaes BotnICas

    Para compor este Guia, procuramos selecionar espcies que melhor representassem os jardins que existem no Campo Rupestre, levan-do em considerao, aquelas registradas ao longo dos trabalhos de busca de espcies realizados nas RPPNs Vale do Quadriltero Ferrfero, critrios como facilidade de visualizao e reconhecimento da espcie em campo por qualquer pessoa, caractersticas ecolgi-cas da espcies ou do gnero e famlia, alm de priorizar as:

    Ameaadas de extino: aquelas que, por algum motivo, esto suscetveis a desaparecerem da natureza no futuro;

    Raras: aquelas cujos representantes esto confinados a uma rea de ocorrncia restrita, quando ocorrem sob con-dies ambientais especficas e/ou quando so escassos ao longo de sua distribuio (baixa densidade);

    Endmicas: aquelas que apresentam ocorrncia limitada a uma determinada regio geogrfica.

    As espcies esto organizadas pela cor de suas flores: brancas a cre-me, amarelas, laranja a vermelha, rosa e roxa a azul. Em cada cap-tulo, so organizadas em ordem alfabtica por famlias e, quando o caso, dentro das famlias tambm seguida a ordem alfabtica por gneros e espcies, respectivamente. Os nomes das famlias se-guem o sistema de classificao de APG IV (2016) para angiosper-mas (isto , plantas que apresentam flores).

    Para cada espcie apresentado um texto contendo, via de regra, informaes extradas da literatura relacionadas a: caractersticas morfolgicas; fenologia; agentes polinizadores e dispersores de suas sementes; curiosidades e importncias econmicas e ecolgi-cas; endemismo e distribuio geogrfica (no contexto brasileiro); tipos de ambientes de ocorrncia das espcies; riscos de ameaa de

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    extino de espcies; alm dos nomes populares conhecidos para aquela espcie.

    Essas informaes foram buscadas a partir de consulta bibliografia especializada e atualizada, sobre as espcies raras foram consulta-dos Plantas Raras do Brasil (Giulietti et al., 2009) e Livro Vermelho da Flora do Brasil - Plantas Raras do Cerrado (Martinelli et al., 2014), para endemismos o Flora do Brasil 2020, o CNCFlora, 2018; revises taxonmicas diversas, alm das listas vigentes de espcies da flora ameaadas de extino (MMA, 2014; CNCFlora, 2018; IUCN, 2017-3).

    Para cada espcie, fornecida uma ou duas fotografias, seleciona-das a fim de representar uma vista macrofotogrfica da planta e um detalhe da flor, de modo a facilitar a identificao visual da planta em campo.

    O objetivo do guia facilitar o reconhecimento de plantas que ocor-rem nas serras do Quadriltero Ferrfero, proporcionando a dissemi-nao do conhecimento.

    Todas as espcies

    Avaliadas

    Dados adequados

    No avaliada (NE)

    Dados insuficientes (DD)

    Menos preocupante (LC)

    Quase ameaada (NT)

    Vulnervel (VU)

    Em perigo (EN)

    Criticamente em perigo (CR)

    Extinta na natureza (EW)

    Extinta (EX)Ri

    sco d

    e ext

    in

    o+

    -

    Categorias ameaadas

    Dendrograma da estrutura e relao das categorias consideradas na classificao de espcies em relao ameaa de extino, segundo IUCN (2001).

    Adaptado de CNCFlora (2013).

  • Eriocaulaceae Actinocephalus bongardii (A.St.-Hil.) Sano

  • 29

    Richterago arenaria (Baker) RoqueAsteraceae

    Erva terrcola que mede at 80cm de altura, tem folhas com pelos, flores pequenas, de cor creme, em captulo com pednculo longo e frutos castanhos tipo aqunio.

    Encontrada frtil durante todo o ano, polinizada por insetos e suas sementes so dispersadas pelo vento. uma espcie perene, normalmente encontrada em populaes de at 15 indivduos, em reas de pleno sol, que florescem junto.

    Endmica da poro mineira da Cadeia do Espinhao, ocorre em Campo Rupestre. Est Vulnervel (VU) de extino segundo MMA 2014 e CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Capivary e Capanema.

  • 30

    Vriesea longistaminea C.C.Paula & LemeBromeliaceae

    Erva saxcola ou terrcola que mede at 1,2m de altura e tem folhas coriceas sem acleos nas margens, esta bromlia de pednculo longo possui brcteas verdes e flores de cor creme.

    Encontrada frtil entre maro e julho, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Encontrada comumente en-tre blocos de rocha, prximo a rvores e arbustos que promovem meia sombra, muito vistosa e possui grande potencial ornamental, mas exigente quanto aos tratos culturais.

    Endmica do Quadriltero Ferrfero, ocorre em Campo Rupestre. Est Criticamente (CR) em perigo de extino segundo MMA 2014 e CNCFlora 2016. Foi registrada na RPPN Horto Alegria.

  • 31

    Arthrocereus glaziovii (K.Schum.) N.P.Taylor & ZappiCactaceae

    Erva rupcola ou saxcola, medindo at 30cm de altura, um cac-to de caule articulado prostrado, sem folhas, com espinhos e flores brancas vistosas.

    Encontrada frtil em janeiro, maro, maio, junho, setembro, novem-bro e dezembro, polinizada por animais, que tambm so respon-sveis pela disperso de suas sementes. Suas flores so noturnas e efmeras.

    Endmica do Quadriltero Ferrfero uma planta rara, que ocor-re em Campo Rupestre. Est em perigo de extino (EN) segundo MMA 2014, CNCFlora 2016 e IUCN 2017-3. Foi registrada nas RPPNs Faria e Poo Fundo e na Serra da Moeda.

  • 32

    Cipocereus crassisepalus (Buining & Brederoo) Zappi & N.P.Taylor

    Cactaceae

    Arbusto saxcola ou terrcola, mede at 2m de altura, tem caule ere-to sem folhas e com espinhos, suas flores so brancas e vistosas e os frutos so azuis tipo baga.

    Encontrada com flor e fruto em agosto e setembro, polinizada por animais, que tambm so os dispersores de suas sementes. Possui grande potencial ornamental.

    Endmica do Cerrado mineiro, uma espcie rara e ocorre em Campo Rupestre, Carrasco e Floresta Estacional Semidecidual. Est Em Perigo (EN) de extino segundo MMA 2014 e CNCFlora 2016, sendo a hibridizao natural um dos principais fatores de ameaa espcie. Foi registrada nas RPPNs Capanema e Horto Alegria.

  • 33

    Cipocereus minensis (Werderm.) RitterCactaceae

    Popularmente conhecida como rabo-de-raposa ou quiabo-do-in-ferno, um arbusto saxcola ou terrcola que mede at 2m de altura, tem caule ereto sem folhas e com espinhos, as flores so brancas vistosas e os frutos so azuis tipo baga.

    Floresce durante o ano todo, polinizada por morcegos e suas se-mentes so dispersadas por estes e outros animais. Devido beleza das flores e dos frutos azuis, a espcie possui um grande potencial ornamental.

    Endmica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre e est Vulnervel (VU) de extino segundo MMA 2014 e CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Cata Branca e Crrego Seco I.

  • 34

    Merremia tomentosa (Choisy) Hallier f.Convolvulaceae

    Popularmente conhecida como velame-do-campo, um subarbus-to terrcola de at 80cm de altura, ramos e folhas com pelos, flo-res brancas agrupadas no pice dos ramos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flor durante o ano todo, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Muito atrativa aos olhos quando visualizada em campo, utilizada na medicina popular.

    Endmica do Cerrado, ocorre em Campo Limpo, Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu). Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Andaime, Capanema, Cata Branca e Crrego Seco I e Fazenda Cachoeira.

  • 35

    Actinocephalus bongardii (A.St.-Hil.) SanoEriocaulaceae

    Conhecida como sempre-viva e chuveirinho, uma erva terrcola de at 1,5m de altura, folhas em roseta na base da planta e flores brancas pequenas agrupadas em captulo com pednculo longo.

    Encontrada frtil durante todo o ano, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo de Altitude, Campo de Vrzea, Campo Limpo, Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu). Seu risco de extino no est avaliado, no entanto o extrativimos de sempre--vivas contribui para que Eriocaulaceae seja uma das famlias mais ameaadas dos Campos Rupestres de Minas Gerais. Foi registrada na RPPN Capivary e Poo Fundo.

    mas como muitas espcies da famlia so ex-ploradas economicamente, as chamadas sem-pre-vivas, o extrativismo indiscriminado vem colocando muitas delas em perigo de extino.

  • 36

    Paliavana sericiflora Benth.Gesneriaceae

    Arbusto saxcola ou terrcola, mede at 3m de altura, tem flores de cor creme com pintas roxas e pelos prateados externamente e fru-tos castanhos do tipo cpsula.

    Floresce entre dezembro e maro. polinizada por animais, que tam-bm so responsveis pela disperso de suas sementes. Apresenta potencial para o paisagismo e atrativa da fauna.

    Endmica da poro mineira da Cadeia do Espinhao, ocorre em Campo Rupestre, preferencialmente entre fendas de rochas onde existe concentrao de matria orgnica. No avaliada quanto ao risco de extino, foi registrada nas RPNNs Capanema, Capito do Mato, Capivary, Cata Branca e Horto Alegria.

  • 37

    Diplusodon virgatus PohlLythraceae

    Arbusto terrcola, mede at 2m de altura, possui folhas glabras com at 3x1,3cm, flores brancas com ptalas de base estreita e frutos cas-tanhos tipo cpsula.

    Floresce praticamente o ano todo. polinizada por abelhas e suas sementes so dispersadas pelo vento.

    Ocorre em Cerrado (lato sensu) e Floresta Ciliar. Seu risco de ex-tino no est avaliado, mas, do mesmo gnero, outras espcies possuem distribuio restrita e esto ameaadas, como o caso do Diplusodon villosissimus e Diplusodon aggregatifolius, ambas consi-deradas raras, com ocorrncia em Minas Gerais e em risco de extin-o. Foi registrada na RPPN Capito do Mato.

  • 38

    Eriocnema acaulis (Cham.) TrianaMelastomataceae

    Erva rupcola, mede at 15cm de altura, tem ramos, pecolos e pe-dicelos com pelos vermelhos; as flores so brancas e pequenas e os frutos so castanhos, tipo cpsula.

    Floresce entre outubro e janeiro. polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Apresenta grande potencial ornamental, no entanto extremamente exigente quanto ao am-biente e substrato para reproduo e sobrevivncia.

    Endmica do Quadriltero Ferrfero uma planta rara e ocorre em partes midas do Campo Rupestre, a meia sombra, e Floresta Ciliar. Est em risco extino, avaliada como Em Perigo (EN) pelo MMA 2014 e CNCFlora 2016. Foi registrada na RPPN Horto Alegria.

  • 39

    Trembleya laniflora (D.Don) Cogn.Melastomataceae

    Popularmente conhecida como quaresminha-de-l, um arbusto terrcola que mede at 2m de altura, tem folhas com pelos de cor creme, flores brancas agrupadas nos ramos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flor em abril e maio, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Muito expressiva em campo pela cor de suas folhas e pelos conjuntos que forma.

    Endmica da poro mineira da Cadeia do Espinhao, ocorre em Campo Rupestre. Seu risco de extino no est avaliado. Foi regis-trada nas RPPNs Capito do Mato e Cata Branca.

  • 40

    Bulbophyllum weddellii (Lindl.) Rchb.f.Orchidaceae

    Erva rupcola que mede at 20cm de altura, uma orqudea com folhas em pseudobulbos, flores com manchas roxas em pednculo curvo e frutos castanhos tipo cpsula.

    Floresce entre novembro e julho, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Pode ser encontrada a venda em orquidrios e floriculturas.

    Ocorre em Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrfila. Seu risco de extino est ava-liado como menos preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016, porm a coleta indiscriminada pode ser uma futura ameaa s suas popu-laes. Foi registrada na RPPNs Capanema, Cata Branca, Capivary, Horto Alegria e Poo Fundo.

  • 41

    Prosthechea pachysepala (Klotzsch) Chiron & V.P.CastroOrchidaceae

    Erva rupcola que mede at 50cm de altura, uma orqudea de fo-lhas coriceas em pseudobulbos, flores na cor creme com pintas roxas e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores entre setembro e maro, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Possui grande potencial ornamental, assim como outras espcies da famlia.

    Endmica do Brasil, ocorre em Cerrado (lato sensu) e Floresta Ombrfila nos estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e So Paulo. No est avaliada quanto ao risco de extino. Foi registra-da nas RPPNs Capanema, Capito do Mato, Capivary, Cata Branca, Crrego Seco I, Horto Alegria e Poo Fundo.

  • 42

    Phyllanthus klotzschianus Mll.Arg.Phyllanthaceae

    Subarbusto terrcola que mede at 1,5m de altura, possui ramos ver-des largos e achatados sem folhas, flores pequenas de cor creme e frutos vermelhos tipo cpsula

    Registrada com flores e frutos durante todos os meses do ano, po-linizada por animais e suas sementes so dispersadas naturalmente. Seus ramos achatados e sem folhas conferem um desenho diferente planta, que se destaca na paisagem.

    Endmica do Brasil, ocorre em Caatinga (stricto sensu), Campo Rupestre, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Ombrfila e Restinga. No est avaliada quanto ao risco de extino. Foi registra-da nas RPPNs Capanema, Capivary e Horto Alegria.

  • 43

    Hillia parasitica Jacq.Rubiaceae

    Popularmente conhecida como jasmim-do-mato, um arbusto ter-rcola que mede at 3m de altura, possui folhas glabras, flores bran-cas vistosas agrupadas no pice dos ramos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores e frutos o ano todo, polinizada por maripo-sas e suas sementes so naturalmente dispersadas. Possui potencial paisagstico, mas dependente de rea sombreada e ombrfila (ciliar ou nebular) para se desenvolver.

    Ocorre em Campo Rupestre, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrfila. Seu risco de extino est avaliado como me-nos preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Capanema e Horto Alegria.

  • 44

    Solanum didymum DunalSolanaceae

    Arbusto terrcola, mede at 2m de altura, ramos e folhas com pelos, flores brancas com centro das ptalas roxo e frutos roxos tipo baga.

    Floresce durante todo o ano, polinizada por animais, que tambm so responsveis pela disperso de suas sementes.

    No endmica do Brasil, ocorre em Cerrado (lato sensu), Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrfila e Ombrfila Mista e em reas antro-pizadas. No est avaliada quanto ao risco de extino. Foi registrada nas RPPNs Crrego Seco I e Poo Fundo.

  • 45

    Drimys brasiliensis MiersWinteraceae

    Popularmente conhecida como paratudo ou casca-de-anta um arbusto ou rvore terrcola que mede at 12m de altura, tem folhas glabras, flores brancas vistosas no pice dos ramos e frutos roxos tipo agregado (baga).

    Floresce entre julho e setembro, polinizada por insetos e suas se-mentes so dispersadas por pssaros. Possui potencial paisagstico, atrativo para fauna e utilizada pela medicina popular.

    Ocorre em Floresta Ciliar, Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrfila e Ombrfila Mista. Seu risco de extino est avaliado como menos preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada na RPPN Capanema.

  • 47Orchidaceae Cattleya crispata (Thunb.) Van den Berg

  • 48

  • 49

    Zeyheria montana Mart.Bignoniaceae

    Popularmente conhecida como bolsa-de-pastor, um arbusto ou arvoreta terrcola que mede at 4m de altura, possui folhas digitadas com a face de baixo de cor creme, flores amarelas com pelos e frutos muricados tipo cpsula.

    Encontrada frtil durante todo o ano, polinizada por pssaros e suas sementes so dispersadas pelo vento. utilizada na medicina popular e possui potencial paisagstico.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo Limpo, Carrasco, Cerrado (lato sensu) e Floresta Estacional Semidecidual. Seu risco de extino est classificado como Menos Preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Andaime, Capito do Mato e Cata Branca.

  • 50

    Vriesea minarum L.B.Sm.Bromeliaceae

    Erva rupcola ou saxcola, mede at 80cm de altura e tem folhas coriceas sem acleos nas margens uma bromlia de pednculo mdio, brcteas verdes e flores amarelas.

    Floresce entre julho e maio, polinizada por pssaros e suas sementes so dispersadas pelo vento. Espcie bastante resistente ao sol pleno, ocorre com frequncia em rochas ensolaradas, possui potencial orna-mental, mas exigente quanto ao substrato para desenvolvimento.

    Endmica do Quadriltero Ferrfero, ocorre em Campo Rupestre. Est classificada como Em Perigo (EN) de extino segundo MMA 2014 e CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Capito do Mato, Crrego Seco I e Poo Fundo, na Serra da Moeda e na Fazenda Rodeio.

  • 51

    Hatiora salicornioides (Haw.) Britton & RoseCactaceae

    Erva rupcola, mede at 1m de altura, possui caule sem folhas e com espinhos delicados, flores pequenas amarelas e laranjas e frutos avermelhados tipo baga.

    Floresce entre maro e junho, polinizada por animais e a sua pro-pagao e d pela disperso de suas sementes por animais ou atra-vs da estaquia de um segmento.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo de Altitude, Campo Rupestre, Floresta Ciliar, Floresta Estacional Pereniflia, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrfila e Floresta Ombrfila Mista. Seu ris-co de extino est classificado como Menos Preocupante (LC) pela IUCN 2017-3. Foi registrada nas RPPNs Capito do Mato e Capivary.

  • 52

    Chamaecrista desvauxii (Collad.) KillipFabaceae

    Conhecida popularmente como camecrista, um arbusto terrcola que mede at 1,5m de altura, possui folhas paripinadas, estpulas avermelhadas, as flores so amarelas e os frutos castanho-averme-lhados tipo legume.

    Floresce ao longo de todo o ano, polinizada por abelhas e suas sementes so dispersadas naturalmente.

    Ocorre tanto em ambientes campestres como em florestas em praticamente todo o territrio brasileiro. Seu risco de extino est classificado como Menos Preocupante (LC) pela IUCN 2017-3. Foi registrada nas RPPNs Capivary, Cata Branca, Crrego Seco I e Horto Alegria.

  • 53

    Mimosa calodendron Mart. ex Benth.Fabaceae

    Arbusto terrcola que mede at 2m de altura, possui ramos e face de baixo das folhas com pelos castanhos, suas flores so amarelas e os frutos so castanhos tipo legume.

    Floresce e frutifica praticamente o ano todo, polinizada por ani-mais e suas sementes so dispersadas naturalmente. Espcie consi-derada facilitadora por contribuir com o estabelecimento de outras plantas debaixo de suas copas.

    At recentemente era considerada endmica do Quadriltero Ferrfero, mas em 2017 foram confirmados registros para o estado de Gois. Ocorre em Campo Rupestre e seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada na RPPN Poo Fundo.

  • 54

    Trimezia juncifolia (Klatt) Benth. & Hook.Iridaceae

    Popularmente conhecida como bariri, uma erva terrcola que mede at 1,2m de altura, possui folhas finas arredondadas e muito longas, flo-res amarelas com centro castanho e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada frtil ao longo de todo o ano, polinizada por animais e suas sementes dispersadas naturalmente. Suas flores so efmeras, abrem no final da manh e no final do dia j esto fechadas. Possui uso na medicina popular.

    Ocorre em Campo de Altitude, Campo Rupestre e Cerrado (lato sen-su). Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Andaime, Capito do Mato, Crrego Seco I e Poo Fundo.

  • 55

    Peixotoa tomentosa A.Juss..Malpighiaceae

    Arbusto terrcola, mede at 2m de altura, tem ramos e folhas com pelos, flores amarelas com ptalas de base estreita e seus frutos so vermelhos tipo smara.

    Floresce ao longo de todo o ano, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Normalmente, encontrada em reas de sol pleno formandou touceiras que se destacam na paisagem.

    Endmica do Cerrado, ocorre em Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu), nos estados da Bahia, Gois, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais. No est avaliada quanto ao risco de extino. Foi registrada nas RPPNs Andaime e Crrego Seco I.

  • 56

    Ouratea floribunda (A.St.-Hil.) Engl.Ochnaceae

    Popularmente conhecida como folha-da-serra, um arbusto terr-cola que mede at 1m de altura, em folhas glabras, flores amare-las agrupadas e frutos roxos tipo esquizocarpo, com base dilatada vermelha.

    Floresce ao longo de todo o ano, polinizada por animais, que tam-bm so responsveis pela disperso de suas sementes. De suas sementes produzido um leo adocicado e aromtico, usado pela medicina popular e tambm em conservas e temperos.

    Endmica do Cerrado, ocorre em Campo Limpo e Cerrado (lato sen-su). Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Capivary, Cata Branca e Crrego Seco I.

  • 57

    Cattleya crispata (Thunb.) Van den BergOrchidaceae

    Erva rupcola que mede at 30cm de altura e possui folhas coriceas, flores amarelas e frutos castanhos tipo cpsula.

    Floresce entre agosto e outubro, polinizada por animais e suas se-mentes so dispersadas pelo vento. Possui disperso heterognea que contribui para formao de populaes pequenas e exigentes de ambiente equilibrado para seu estabelecimento.

    Endmica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre. Est enqua-drada como Quase Ameaada (NT) pelo CNCFlora 2016. Foi registra-da na RPPN Cata Branca.

  • 58

    Barbacenia flava Mart. ex Schult. & Schult.f.Velloziaceae

    Arbusto saxcola, que mede at 60cm de altura, tem folhas verdes no pice dos ramos, flores amarelas com pedicelos longos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Floresce ao longo de todo o ano, polinizada por animais e suas se-mentes so naturalmente dispersadas. Suas flores apresentam gran-de variao de cor, indo do amarelo intenso at uma cor creme bem suave. Possui potencial ornamental, mas de difcil cultivo e ainda pouco se conhece sobre sua reproduo e tratos culturais.

    Endmica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Capito do Mato e Cata Branca.

  • 59

    Xyris jupicai Rich.Xyridaceae

    Erva terrcola, mede at 80cm de altura, possui folhas estreitas e lon-gas, flores amarelas agrupadas em captulo com pednculo longo e brcteas castanhas.

    Floresce ao longo de todo o ano, polinizada pelo vento, que tam-bm o agente de disperso de suas sementes. Considerada uma sempre-viva coletada para utilizao como planta ornamental.

    Ocorre em Campinarana, Campo de Altitude, Campo de Vrzea, Campo Limpo, Campo Rupestre, Restinga e rea Antrpica, em to-dos os estados brasileiros. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada na RPPN Capivary.

  • Alstroemeriaceae Alstroemeria plantaginea Mart. ex Schult. & Schult.f.

  • 63

    Alstroemeria plantaginea Mart. ex Schult. & Schult.f.Alstroemeriaceae

    Popularmente conhecida como alstroemeria, uma erva terrcola que mede at 1,2m de altura, tem folhas glabras, flores vermelhas ou laranjas com pintas escuras e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada frtil o ano todo, floresce principalmente entre dezem-bro e abril, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas naturalmente. Possui grande potencial para uso ornamental e como planta de corte, sendo algumas espcies do gnero j comercializa-das como plantas decorativas.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo de Altitude e Campo Rupestre. No est avaliada quanto ao risco de extino. Foi registra-da na RPPN Capito do Mato e Cata Branca.

  • 64

    Hippeastrum morelianum Lem.Amaryllidaceae

    Conhecida popularmente como aucena ou amarlis, uma erva saxcola ou terrcola, mede at 80cm de altura e possui flores ver-melhas vistosas.

    Floresce entre outubro e abril, polinizada por animais e suas se-mentes so dispersadas naturalmente. Durante o perodo seco per-de suas folhas, restando apenas seus bulbos enterrados, o que torna sua visualizao difcil entre maio e setembro. Possui uso na medici-na popular e grande potencial ornamental.

    Espcie endmica da Mata Atlntica, ocorre em Campos Rupestres. Est Vulnervel (VU) de extino segundo MMA 2014 e CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Capanema e Capivary.

  • 65

    Gomphrena arborescens L.f.Amaranthaceae

    Popularmente conhecida como perptua ou paratudo-do-campo, um subarbusto terrcola, mede at 30cm de altura, possui ramos e folhas com pelos, flores avermelhadas pequenas entre brcteas vermelhas vistosas.

    Floresce entre novembro e abril, polinizada por animais e suas se-mentes so dispersadas pelo vento. Possui uso na medicina popular e suas belas flores nunca murcham, o que a torna alvo de coletas para a produo de arranjos ornamentais secos.

    Ocorre em Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu) nos estados da Bahia, Distrito Federal, Gois, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e So Paulo. No est avaliada quanto ao risco de ex-tino. Foi registrada na RPPN Capito do Mato.

  • 66

    Billbergia elegans Mart. ex Schult. & Schult.f.Bromeliaceae

    Erva rupcola ou epfita que mede at 50cm de altura, uma brom-lia de folhas coriceas com acleos nas margens, brcteas averme-lhadas e flores verdes com pice azul.

    Encontrada com flores entre os meses janeiro e maio e entre agos-to e dezembro, polinizada por animais, que tambm so os dis-persores de suas sementes. Possui grande potencial ornamental e paisagstico.

    Endmica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre e Floresta Ciliar. No est avaliada quanto ao risco de extino. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Capivary, Crrego Seco I e Horto Alegria.

  • 67

    Dyckia brachyphylla L.B.Sm.Bromeliaceae

    Erva rupcola, mede at 60cm de altura, possui folhas verde-acin-zentadas carnosas com acleos nas margens, flores laranjas e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores nos meses de maro e maio, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento.

    Endmica da poro mineira da Cadeia do Espinhao, uma plan-ta rara que ocorre em Campo Rupestre. Est em risco de extino, avaliada como Em Perigo (EN) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada na RPPN Capivary e Crrego Seco I.

  • 68

    Siphocampylus westinianus (Thunb.) PohlCampanulaceae

    Arbusto terrcola, mede at 1,5m de altura, possui ltex, folhas com margens denteadas, flores vermelhas no agrupadas e frutos casta-nhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores entre os meses de janeiro e maio, poliniza-da por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Possui potencial paisagstico.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo de Altitude e Campo Rupestre, com registro confirmado nos estados de Gois, Minas Gerais, Rio de Janeiro e So Paulo. No est avaliada quanto ao risco de extino. Foi registrada na RPPN Capivary.

  • 69

    Calolisianthus pedunculatus (Cham. & Schltdl.) GilgGentianaceae

    Erva terrcola ou saxcola, mede at 1m de altura, possui flores ver-melhas com pedicelos longos agrupadas no pice dos ramos e fru-tos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores durante todo o ano, polinizada por ani-mais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Possui potencial ornamental.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo Rupestre e Cerrado (lato sen-su). No est avaliada quanto ao risco de extino. Foi registrada nas RPPNs Andaime, Capanema, Capito do Mato, Capivary, Cata Branca, Crrego Seco I, Horto Alegria e Poo Fundo.

  • 70

    Nematanthus strigillosus (Mart.) H.E.MooreGesneriaceae

    Popularmente conhecido como peixinho, por causa do formato de suas flores, um arbusto saxcola ou epfita que mede at 50cm de altura, possui folhas com pelos, flores vermelhas ou laranjas com pi-ce amarelo e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada em flores de janeiro a abril, polinizada por animais, que tambm so responsveis pela disperso de suas sementes. Espcie com grande potencial ornamental, j encontrada para compra em floriculturas.

    Endmica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre. Est avalia-da como Quase Ameaada (NT) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Capivary, Crrego Seco I e Horto Alegria.

  • 71

    Cambessedesia salviifolia (Cham.) A.B.MartinsMelastomataceae

    Arbusto terrcola, mede at 2,5m de altura, possui ramos e folhas com pelos, flores vermelhas com centro amarelo e frutos castanhos tipo cpsula.

    Floresce praticamente o ano todo, com pico de florao de janeiro a maio, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Possui potencial paisagstico, mas pouco se conhece sobre seu cultivo.

    Endmica de Minas Gerais, uma planta rara que ocorre em Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu). Est Em Perigo (EN) de extino se-gundo avaliao do CNCFlora 2016. Foi registrada na RPPN Capito do Mato.

  • 72

    Acianthera teres (Lindl.) BorbaOrchidaceae

    Popularmente conhecida como bananinha, esta orqudea uma erva rupcola ue mede at 15cm de altura, possui folhas verdes ou roxas, carnosas, cilndricas e sulcadas, com flores muito pequenas e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada frtil durante todo o ano, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Possui potencial ornamental, sendo possvel encontr-la a venda em orquidrios.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo Rupestre. Seu risco de ex-tino est avaliado como Menos Preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Capivary, Crrego Seco I, Horto Alegria e Poo Fundo.

  • 73

    Cattleya cinnabarina (Bateman ex Lindl.) Van den BergOrchidaceae

    Erva rupcola, esta orqudea chega a medir at 50cm de altura, em folhas coriceas em pseudobulbos, flores laranjas com labelo laranja e frutos castanhos tipo cpsula.

    Floresce entre agosto e novembro, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Muito apreciada por colecio-nadores de orqudeas, possvel encontr-la a venda em orquidrios.

    Endmica da Mata Atlntica da regio sudeste, ocorre em Floresta Estacional Semidecidual, Campo de Altitude e Campo Rupestre. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Capivary e Horto Alegria.

  • 74

    Cyrtopodium parviflorum Lindl.Orchidaceae

    Erva terrcola, esta orqudea mede at 1,2m de altura, tem folhas lon-gas em pseudobulbos, flores carmim com labelo amarelo, dispostas em longo pednculo ramificado.

    Floresce praticamente o ano todo, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento.

    No endmica do Brasil, ocorre em Caatinga (stricto sensu), Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu) e Restinga. Seu ris-co de extino est avaliado como menos preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Capanema e Capivary.

  • 75

    Esterhazya splendida J.C.MikanOrobanchaceae

    Arbusto hemiparasita saxcola ou terrcola, mede at 2m de altura, possui flores vermelhas ou laranjas vistosas agrupadas e estames com pelos brancos.

    Floresce e frutifica durante todo o ano, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Possui potencial paisagstico.

    Ocorre em Campo de Altitude, Campo Limpo, Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu) e possui ampla distribuio geogrfica, com re-gistro desde a Bahia at o Rio Grande do Sul e no Paraguai. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Andaime e Poo Fundo

  • 76

    Augusta longifolia (Spreng.) RehderRubiaceae

    Conhecida popularmente como saro um arbusto rupcola, mede at 2m de altura, possui folhas glabras, flores vermelhas vistosas agrupadas no pice dos ramos e frutos esverdeados tipo cpsula.

    Floresce durante todo o ano, polinizada por animais e suas semen-tes so dispersadas naturalmente. Encontrada sob rochas e locais sombreados e midos, uma espcie atrativa para fauna e possui potencial paisagstico em funo do porte da planta e beleza de suas flores, mas no h estudos sobre os tratos culturais.

    Endmica do Brasil, ocorre em Floresta Ciliar. Seu risco de extin-o no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Cata Branca e Poo Fundo.

  • 77

    Barbacenia sessiliflora L.B.Sm.Velloziaceae

    Erva rupcola, mede at 30cm de altura, folhas verdes no pice dos ramos, flores vermelhas vistosas sem pedicelos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores entre os meses de fevereiro a maio, poli-nizada por animais e suas sementes so dispersadas naturalmente. Possui grande potencial paisagstico, embora seja uma planta de difcil cultivo, muito frgil e exigente quanto a ambiente e substrato.

    Endmica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Capanema e Horto Alegria.

  • Calophyllaceae Kielmeyera rosea Mart. & Zucc.

  • 81

    Mandevilla sellowii (Mll.Arg.) WoodsonApocynaceae

    Liana ou arbusto terrcola, possui folhas glabras, flores rosas visto-sas com interior do tubo amarelo e frutos castanho-arroxeado tipo folculo.

    Floresce entre outubro e abril, polinizada por animais e suas se-mentes so dispersadas pelo vento. Possui grande potencial orna-mental, sendo possvel encontrar algumas espcies do gnero a venda em floriculturas.

    Endmica da Mata Atlntica, ocorre Campo Rupestre e Floresta Estacional Semidecidual, nos estados da Bahia a Santa Catarina. Est avaliada como Quase Ameaada (NT) pelo CNCFlora 2016, mas uma espcie ainda pouco estudada. Foi registrada na RPPN Capanema.

  • 82

    Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeishAsteraceae

    Popularmente conhecida por candeia, uma rvore terrcola que mede at 8m de altura, possui folhas com pelos acinzentados, flores pequenas em captulo e frutos castanhos tipo aqunio.

    Encontrada com flores durante todo o ano, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Sua madeira muito utilizada, principalmente como moiro de cerca e lenha, pelo aroma que possui, utilizada na medicina popular.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar e Floresta Estacional Semidecidual. Seu risco de extin-o no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Andaime e Capivary.

  • 83

    Heterocoma albida (DC. ex Pers.) DC.Asteraceae

    Arbusto terrcola mede at 2m de altura, possui folhas na cor bran-co-prateadas, flores rosas pequenas agrupadas em captulo e frutos castanhos tipo aqunio.

    Encontrada com flor no ms de junho, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Espcie pouco coletada e com populaes, at pouco tempo, conhecidas apenas na Serra do Caraa, mas recentemente novos registros ampliaram sua distri-buio para outras regies, como a Serra do Cip.

    Endmica do Quadriltero Ferrfero, ocorre em Campo Rupestre e est Criticamente Ameaada de extino (CR) segundo MMA 2014 e CNCFlora2016. Foi registrada nas RPPNs Capivary e Horto Alegria.

  • 84

    Hololepis pedunculata (DC. ex Pers.) DC.Asteraceae

    Arbusto terrcola que mede at 2m de altura, possui flores rosas pe-quenas agrupadas em captulo com pednculo longo e frutos cas-tanhos tipo aqunio.

    Encontrada com flores nos meses de setembro e outubro, polini-zada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento.

    Endmica da poro mineira da Cadeia do Espinhao, ocorre em Campo Rupestre e Floresta Ciliar. Apesar de endmica de Minas Gerais, a espcie que possui a maior distribuio geogrfica entre as do gnero. Est classificada como Menos Preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada na RPPN Capanema, Capito do Mato e Capivary.

  • 85

    Kielmeyera rosea Mart. & Zucc.Calophyllaceae

    Popularmente conhecida como pau-santo-da-serra ou pareirinha um arbusto terrcola que mede at 1,5m de altura, com ltex, possui folhas coriceas glabras, flores rosas agrupadas no pice dos ramos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada frtil durante todo o ano, com registros de flores de de-zembro a outubro e frutos nos meses de abril e agosto., polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Possui po-tencial paisagstico.

    Endmica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu). Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada na RPPN Horto Alegria.

  • 86

    Ipomoea delphinioides ChoisyConvolvulaceae

    Liana terrcola de folhas inteiras ou trilobadas com pelos, possui flo-res rosas em formato de funil com pedicelos rosas e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores de janeiro a abril, em junho e de setembro a dezembro. polinizada por animais e suas sementes so dispersa-das naturalmente.

    Ocorre no Campo Limpo, Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu), nos estados de Gois, Minas Gerais, So Paulo, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Capito do Mato e Poo Fundo e na Fazenda Rodeio.

  • 87

    Drosera montana A.St.-Hil.Droseraceae

    Erva saxcola ou rupcola, mede at 15cm de altura, possui folhas vermelhas com pelos mucilaginosos, flores rosas pequenas e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada frtil durante todo o ano, a espcie apresenta dormn-cia durante a estao seca e floresce na estao mida. polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. uma erva carnvora de reas midas, muito admirada por colecionadores.

    Ocorre em Campo Limpo, Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu). Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Capito do Mato, Capivary, Cata Branca, Crrego Seco I e Horto Alegria.

  • 88

    Deianira damazioi E.F.GuimGentianaceae

    Erva terrcola, medindo at 40cm de altura possui folhas coriceas glabras, flores rosas agrupadas no pice dos ramos e frutos casta-nhos tipo cpsula.

    Floresce entre fevereiro e abril, polinizada por animais e suas se-mentes so dispersadas pelo vento. Possui grande potencial orna-mental devido beleza de suas flores rosas, porm de difcil cultivo.

    Endmica do Quadriltero Ferrfero, uma espcies rara e ocorre em Campo Rupestre. Seu risco de extino no est avaliado. Foi regis-trada nas RPPNs Andaime, Capito do Mato, Cata Branca e Crrego Seco I.

  • 89

    Sinningia rupicola (Mart.) WiehlerGesneriaceae

    Erva rupcola, mede at 40cm de altura, possui folhas com face de baixo roxa, flores rosa avermelhadas com pintas roxas e frutos casta-nhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores entre dezembro e abril, polinizada por ani-mais, sendo os beija-flores seu principal polinizador, e suas semen-tes so dispersadas pelo vento. Possui potencial ornamental e j possvel encontr-la a venda em floriculturas.

    Endmica da Mata Atlntica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre, normalmente entre fendas e sulcos de rocha Est Em Perigo (EN) de extino segundo o CNCFlora 2016. Foi registrada na RPPN Capanema.

  • 90

    Spigelia sellowiana Cham. & Schltdl.Loganiaceae

    Subarbusto terrcola que mede at 1m de altura, possui folhas de cor creme na face de baixo, flores rosas agrupadas no pice dos ra-mos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores em fevereiro, maro, maio e entre agosto e dezembro, polinizada por animais e suas sementes so dispersa-das naturalmente. Possui potencial paisagstico, principalmente para jardins, em funo de seu porte e intensidade da cor de suas flores.

    Endmica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre. Seu ris-co de extino est avaliado como Menos Preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Andaime, Capanema, Capivary, Cata Branca e Crrego Seco I.

  • 91

    Diplusodon buxifolius (Cham. & Schltdl.) A.DC.Lythraceae

    Arbusto terrcola, mede at 2m de altura, possui folhas glabras com at 2 x 1,1cm, flores rosas com ptalas unguiculadas e frutos casta-nhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores praticamente o ano todo, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento.

    Endmica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Andaime, Capanema, Capito do Mato e Capivary e Fazenda Cuto.

  • 92

    Lavoisiera sampaioana BarretoMelastomataceae

    Arbusto terrcola que mede at 1,5m de altura, possui folhas justa-postas nos ramos, com margens pectinadas , flores rosas e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores nos meses de fevereiro, maro, junho, julho e novembro, polinizada por animais e suas sementes so dispersa-das pelo vento. Possui potencial paisagstico.

    Endmica da poro mineira da Cadeia do Espinhao uma esp-cie rara que ocorre em Campo Limpo e Campo Rupestre. Avaliada como Dados Insuficientes (DD) pelo CNCFlora 2016, no possvel afirmar seu risco de extino. Foi registrada na RPPN Capivary.

  • 93

    Microlicia multicaulis Mart. ex NaudinMelastomataceae

    Popularmente conhecida como quaresminha-branca ou quaresmi-nha-das-pedras, um arbusto terrcola, mede at 80cm de altura, possui folhas muito pequenas, flores rosas pequenas e frutos casta-nhos tipo cpsula.

    Encontrada com flor em abril e maio, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Possui grande potencial pai-sagstico para reas ensolaradas, a exemplo de outras espcies da famlia j utilizadas na ornamentao de jardins.

    Endmica do Quadriltero Ferrfero, ocorre em Campo Rupestre. Seu risco de extino no est avaliado, foi registrada na RPPN Horto Alegria.

  • 94

    Siphanthera arenaria (DC.) Cogn.Melastomataceae

    Erva terrcola, mede at 30cm de altura e possui ramos e folhas com pelos, flores pequenas de cor rosa e prpura, no geral no pice dos ramos, e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores praticamente o ano todo, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento.

    Endmica da regio Sudeste, ocorre em Campo Rupestre nos esta-dos de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada na RPPN Horto Alegria.

  • 95

    Sauvagesia ericoides (A.St.-Hil.) SastreOchnaceae

    Erva terrcola que mede at 40cm de altura, possui folhas pequenas e estreitas, flores rosas pequenas no pice dos ramos e frutos casta-nhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores em abril e de agosto a outubro, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas naturalmente.

    Endmica do Quadriltero Ferrfero, ocorre em Campo Rupestre. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada na RPPN Capanema.

  • 96

    Bifrenaria harrisoniae (Hook.) Rchb.f.Orchidaceae

    Erva rupcola ou epfita que mede at 25cm de altura e possui folhas com pseudobulbos, uma orqudea de flores rosas ou creme com labelos roxos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Floresce entre julho e dezembro, polinizada por animais e suas se-mentes so dispersadas pelo vento. Assim como as demais espcies da famlia, possui alto valor ornamental, se destacando por possuir flores vistosas e muito perfumadas.

    Endmica da Mata Atlntica, ocorre em Campo Rupestre, Floresta Ciliar e Floresta Ombrfila. Seu risco de extino est avaliado como Menos Preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Capivary e Horto Alegria.

  • 97

    Bifrenaria tyrianthina (Lodd.) Rchb.f.Orchidaceae

    Erva rupcola que mede at 30cm de altura, esta orqudea possui folhas em pseudobulbos, flores rosas ou cremes com labelo roxo trilobado e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores de outubro a abril, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Devido a sua dinmica po-pulacional apresenta uma variao muito grande na cor de suas flores.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo Rupestre nos estados da Bahia, Esprito Santo, Minas Gerais e So Paulo. Seu risco de extino est avaliado como Menos Preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Cata Branca, Crrego Seco I e Horto Alegria.

  • 98

    Cattleya caulescens (Lindl.) Van den BergOrchidaceae

    Erva rupcola, mede at 30cm de altura e possui folhas coriceas, uma orqudea de flores rosas com labelos de interior branco e borda rosa com frutos castanhos tipo cpsula.

    Floresce entre abril e julho, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Espcie muito ornamental e j comer-cializada, sendo possvel encontr-la a venda em orquidrios.

    Endmica de Minas Gerais, ocorre em Campo Rupestre. Est Em Perigo (EN) de extino segundo MMA 2014 e CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Capanema e Poo Fundo.

  • 99

    Epidendrum secundum Jacq.Orchidaceae

    Erva rupcola ou terrcola que mede at 90cm de altura, uma or-qudea de folhas carnosas glabras, flores rosas com labelo branco dispostas no pice do pednculo.

    Encontrada frtil durante todo o ano, com flores e frutos, poliniza-da por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. muito utilizada em paisagismo e ornamentao. Planta com potencial co-lonizador, resistente a condies inspitas.

    Ocorre em Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrfila. Seu risco de extino est avaliado como Menos Preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada na RPPNs Capito do Mato, Capanema, Capivary, Cata Branca, Crrego Seco I e Horto Alegria.

  • 100

    Isabelia violacea (Lindl.) van den Berg & M.W.ChaseOrchidaceae

    Erva epfita ou rupcola, esta orqudea mede at 25cm de altura, pos-sui folhas em pseudobulbos, flores rosas com centro branco e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores em fevereiro e entre os meses de junho e agosto, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. bastante apreciada por colecionadores e possvel en-contra-la a venda em orquidrios online e feiras.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo Rupestre, Cerrado (lato sen-su), Floresta Ciliar, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrfila e Ombrfila Mista. Seu risco de extino est avaliado como Menos Preocupante (LC) pelo CNCFlora2016. Foi registrada na RPPN Horto Alegria.

  • 101

    Polygala poaya Mart.Polygalaceae

    Popularmente conhecida como violeta-do-campo um subarbusto terrcola, medindo at 50cm de altura, possui folhas verdes ou roxas, flores rosas agrupadas no pice do ramos e frutos esverdeados tipo cpsula.

    Encontrada com flores durante todo o ano, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas naturalmente. Possui potencial ornamental.

    Ocorre em Cerrado. Seu risco de extino no est avaliado. Foi re-gistrada nas RPPNs Cata Branca e Crrego Seco I.

  • 102

    Calibrachoa elegans (Miers) Stehmann & SemirSolanaceae

    Subarbusto terrcola, mede at 60cm de altura, possui folhas estrei-tas com margens dobradas e pelos, flores rosas vistosas e frutos cas-tanhos do tipo cpsula.

    Encontrada com flores entre setembro e junho, polinizada por abelhas, que tambm fazem a disperso de suas sementes. Possui potencial ornamental e paisagstico.

    Endmica do Quadriltero Ferrfero, ocorre em Cerrado (lato sensu). Est Em Perigo (EN) de extino segundo o CNCFlora 2016. Foi regis-trada na RPPN Crrego Seco I.

  • 103

    Lippia corymbosa Cham.Verbenaceae

    Arbusto terrcola que mede at 1,5m de altura, possui folhas com pelos e margens denteadas, flores rosas pequenas agrupadas entre brcteas rosas vistosas.

    Encontrada frtil durante todo o ano, com registros de flores en-tre os meses de janeiro e maio, julho e setembro, novembro e de-zembro, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas naturalmente.

    Endmica do Cerrado, ocorre em Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu). Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Andaime e Crrego Seco I.

  • Asteraceae Lychnophora pinaster Mart.Asteraceae Lychnophora pinaster Mart.

  • 107

    Lessingianthus rosmarinifolius (Less.) H.Rob.Asteraceae

    Erva terrcola, mede at 1m de altura, possui ramos e folhas com pelos de cor creme, flores pequenas, de cor lils, agrupadas em cap-tulo e frutos castanhos tipo aqunio.

    Encontrada frtil entre fevereiro e setembro, polinizada por insetos e suas sementes so dispersadas pelo vento.

    Endmica da Cadeia do Espinhao, ocorre em Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu), sua estrutura populacional encontra-se se-veramente fragmentada. Classificada como Em Perigo (EN) pelo MMA2014 e CNCFlora 2016 est em risco de extino. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Capivary, Cata Branca e Poo Fundo.

  • 108

    Lychnophora pinaster Mart.Asteraceae

    Conhecida popularmente como arnica, um arbusto saxcola ou terrcola de at 2,5m de altura, possui folhas com pelos de cor creme, flores roxas pequenas em captulo e frutos castanhos tipo aqunio.

    A florao e frutificao apresentam variao sazonal, sendo a flora-da comum a partir de abril. polinizada por animais e as sementes so dispersadas pelo vento. Possui uso na medicina popular e vem sendo estudada, na fitoqumica e reas afins.

    Endmica do Quadriltero Ferrfero, ocorre em Campo Rupestre. Classificada como Quase Ameaada (NT) pelo CNCFlora 2016, foi re-gistrada nas RPPNs Andaime, Capanema, Capito do Mato, Capivary, Cata Branca, Capito do Mato e Poo Fundo.

  • 109

    Jacaranda caroba (Vell.) DC.Bignoniaceae

    Popularmente conhecida como caroba, um arbusto terrcola que mede at 2m de altura, possui folhas bipinadas glabras, flores roxas agrupadas nos ramos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada em florao durante todo o ano, polinizada por ani-mais e suas sementes so dispersadas pelo vento. utilizada na me-dicina popular e possui grande potencial paisagstico e ornamental.

    Endmica do Brasil, ocorre em Cerrado (lato sensu). Seu risco de ex-tino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Capito do Mato, Cata Branca, Crrego Seco I e Poo Fundo.

  • 110

    Tillandsia stricta Sol.Bromeliaceae

    Popularmente conhecida como bromlia cravo-do-mato uma erva epfita que mede at 20cm de altura, possui folhas verde-acin-zentadas coriceas com escamas brancas curtas, brcteas rosas e flores azuis ou roxas.

    Encontrada com flores durante todo o ano, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Espcie muito utilizada em projetos paisagsticos e para ornamentao.

    No endmica do Brasil, ocorre em Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica e Pampa, em vrios estados brasileiros. Seu risco de extin-o no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Crrego Seco I e Poo Fundo.

  • 111

    Centrosema coriaceum Benth.Fabaceae

    Popularmente conhecida como feijo-da-canga, uma liana terr-cola de folhas trifolioladas coriceas, flores rosas, roxas ou brancas agrupadas nos ramos e frutos castanhos tipo legume.

    Encontrada com flores durante todo o ano, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas naturalmente.

    Endmica do Brasil, ocorre em Caatinga (stricto sensu), Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar, Floresta Ombrfila e Restinga, nos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Piau, Distrito Federal, Gois e Minas Gerais. Seu risco de extino no est avalia-do. Foi registrada na RPPN Crrego Seco I.

  • 112

    Periandra mediterranea (Vell.) Taub.Fabaceae

    Popularmente conhecida como alcauz um arbusto terrcola, mede at 2m de altura, tem folhas trifolioladas coriceas, flores roxas ou azuis agrupadas nos ramos e frutos castanhos tipo legume.

    Encontrada frtil durante todo o ano, com flores e frutos, polini-zada por animais e suas sementes so dispersadas naturalmente. utilizada pela medicina popular.

    No endmica do Brasil, ocorre em Caatinga (stricto sensu), Campo de Altitude, Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Restinga e Savana Amaznica. Seu risco de extino est avaliado como Menos Preocupante (LC) pela IUCN 2017-3. Foi registrada nas RPPNs Andaime, Capanema, Capito do Mato, Crrego Seco I, Horto Alegria e Poo Fundo.

  • 113

    Calolisianthus speciosus (Cham. & Schltdl.) GilgGentianaceae

    Erva terrcola ou saxcola que mede at 1m de altura, possui flores azuis com pedicelos curtos agrupadas no pice dos ramos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Floresce durante todo o ano, polinizada por animais e suas semen-tes so dispersadas pelo vento. Possui grande potencial ornamental, pela beleza e formato de suas flores.

    Endmica do Cerrado, ocorre em Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu). Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Andaime, Capito do Mato, Capivary, Cata Branca, Crrego Seco I e Poo Fundo.

  • 114

    Chelonanthus purpurascens (Aubl.) Struwe et al.Gentianaceae

    Erva terrcola que mede at 1,5m de altura, possui flores roxas, agru-padas no pice dos ramos, com interior do tubo de cor branca e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada frtil durante todo o ano. polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Possui potencial ornamental e paisagstico.

    No endmica do Brasil, ocorre em Campinarana, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar, Floresta de Igap, Floresta de Terra Firme e Savana Amaznica, em vrios estados brasileiros. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada na RPPN Cata Branca.

  • 115

    Neomarica glauca (Seub. ex Klatt) SpragueIridaceae

    ris, ou planta-dos-apstolos, uma erva saxcola ou terrcola de at 1,5m de altura e folhas longas, flores azuis ou roxas com centro vinceo e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flor em abril, polinizada por animais e suas se-mentes so naturalmente dispersadas. Possui grande potencial or-namental e paisagsticos, outras espcies do gnero j so domesti-cadas e difundidas para jardins de meia sombra.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo Rupestre, Floresta Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrfila e Ombrfila Mista. Classificada como Quase Ameaada (NT) pelo CNCFlora 2016, foi registrada nas RPPNs Andaime, Capito do Mato e Poo Fundo.

  • 116

    Pleroma heteromallum D. Don (D.Don)Melastomataceae

    Popularmente chamada de quaresminha ou orelha-de-ona, um arbusto terrcola ou saxcola que mede at 2m de altura, possui fo-lhas com pelos, flores roxas vistosas agrupadas nos ramos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores durante todo o ano, sobretudo de outubro a maio. polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Utilizada como planta ornamental possvel encontr-la a venda em floriculturas.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu) e Floresta Ombrfila. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Andaime e Horto Alegria.

  • 117

    Zygopetalum maculatum (Kunth) GarayOrchidaceae

    Erva rupcola ou terrcola, esta orqudea mede at 80cm de altura, possui folhas em pseudobulbos, flores verdes com manchas roxas e labelo branco com manchas rosas.

    Encontrada com flores durante todo o ano. polinizada por animais e suas sementes so dispersadas pelo vento. Muito apreciada por colecionadores, possvel encontr-la a venda em orquidrios.

    No endmica do Brasil, ocorre em Campo de Altitude, Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ombrfila e Restinga. Seu risco de extino est avaliado como Menos Preocupante (LC) pelo CNCFlora 2016. Foi registrada nas RPPNs Andaime, Capanema, Capito do Mato, Capivary, Cata Branca, Horto Alegria e Poo Fundo.

  • 118

    Solanum viscosissimum Sendtn.Solanaceae

    Popularmente conhecido como jo-cip-melado, um arbusto es-candente terrcola que mede at 4m de altura, possui folhas inteiras ou pinatilobadas, flores lilses no pice dos ramos e frutos roxos tipo baga.

    Encontrada com flores entre os meses de janeiro e maio e de julho a dezembro, polinizada por animais, que tambm fazem a disperso de suas sementes.

    Endmica do Brasil, ocorre em Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrfila e Ombrfila Mista. Est Em Perigo (EN) de extin-o segundo MMA 2014 e CNCFlora 2016. Foi registrada na RPPN Capivary.

  • 119

    Vellozia compacta Mart. ex Schult. & Schult.f.Velloziaceae

    Popularmente conhecida como canela-de-ema, um arbusto saxcola que mede at 2m de altura, possui folhas glabras agrupadas no pice dos ramos, flores de cor branca a roxa e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flor em abril, polinizada por abelhas e suas sementes so dispersadas naturalmente. Tpicas dos campos naturais, as velozias tem caractersticas peculiares, so bem adaptadas a restrio hdrica e possuem crescimento muito lento (em torno de 1cm por ano).

    Endmica da poro mineira da Cadeia do Espinhao, ocorre em Campo Rupestre. No est avaliada quanto ao seu risco de extino. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Capito do Mato, Crrego Seco I, Horto Alegria, Capivary, Poo Fundo, Troves e Fazenda Rodeio.

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    Stachytarpheta glabra Cham.Verbenaceae

    Popularmente conhecida como gervo, um arbusto terrcola que mede at 1,5m de altura, possui folhas verdes glabras, flores azuis agrupadas no pice dos ramos e frutos castanhos tipo cpsula.

    Encontrada com flores durante todo o ano, polinizada por animais e suas sementes so dispersadas naturalmente. Possui potencial pai-sagstico e j vem sendo usada na recuperao de reas mineradas.

    Endmica do Brasil, ocorre em Campo Rupestre nos estados da Bahia e Minas Gerais. Seu risco de extino no est avaliado. Foi registrada nas RPPNs Capanema, Horto Alegria e Poo Fundo.

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    GLOSSRIOConheCendo as InFormaes BotnICas

    Acleo: Estrutura pontiaguda, originada na superfcie da planta, fcil de ser destacada.

    Aqunio: Fruto seco, que no se abre na maturidade, cuja semente ni-ca encontra-se ligada parede do fruto em apenas um ponto.

    Arbusto: Planta de pequeno a mdio porte, lignificada.

    Articulado: O que apresenta articulao, isto , que apresenta duas par-tes em contato por um ponto.

    Arvoreta: Referente rvore de pequeno porte.

    Baga: Fruto carnoso, que geralmente no se abre na maturidade, po-dendo variar muito em forma e textura. Contm grande nmero de sementes.

    Brctea: Folha modificada que ocorre no eixo floral. As brcteas pos-suem funo de proteo de estruturas reprodutivas e tambm podem servir para atrao de animais sendo, s vezes, mais vistosas que as flores.

    Bilobado: O que apresenta dois lobos (regies), isto , que apresenta reentrana em seu formato distinguindo duas regies.

    Bulbo: Caule extremamente comprimido, geralmente em forma de dis-co, cujo pice encontra-se protegido.

    Captulo: Inflorescncia densamente condensada, de formato cnico ou arredondado, com flores ssseis. Geralmente, possui um conjunto de brcteas dispostas externamente.

    Cpsula: Fruto seco que se abre na maturidade. Geralmente, contm muitas sementes.

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    Carnosa: Que apresenta aspecto espesso e suculento.

    Coricea: Qualquer rgo laminar que apresenta-se seco e levemente endurecido, com aspecto de couro.

    Denteada: O que apresenta superfcie semelhante a dentes.

    Epfita: Planta que se desenvolve sobre outra planta. Esta serve apenas como suporte para fixao, no fornecendo qualquer tipo de substncia epfita.

    Erva: Planta de pequeno porte, no lignificada.

    Escama: Estrutura muito pequena, geralmente plana, presente em su-perfcies vegetais.

    Esquizocarpo: Fruto seco que se origina a partir de um ovrio cujos car-pelos se separam na maturidade.

    Estpula: Estrutura presente geralmente em pares, na base das folhas, em forma de pequenas lminas ou muito reduzidas.

    Folha bipinada: Folha do tipo composta, com aspecto de pena. Apresenta a lmina da folha dividida em partes distintas (fololos) que se inserem ao longo de um eixo central.

    Folha digitada: Folha do tipo composta, com aspecto de mo. Apresenta a lmina da folha dividida em partes distintas (fololos) que se inserem em um nico ponto central.

    Folha inteira: Folha do tipo simples. Apresenta a lmina foliar sem divi-ses em partes menores (fololos) e sem reentranas ocasionando regi-es distintas (lobos).

    Folha linear: Folha com formato relativo a uma linha, isto , longa e mui-to fina.

    Folha paripinada: Folha do tipo composta, com aspecto de pena. Apresenta a lmina da folha dividida em partes distintas (fololos) que se inserem ao longo de um eixo central, o qual tem um par de fololos no pice.

    Folha trifoliolada: Folha do tipo composta, dividida em trs partes dis-tintas (fololos).

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    Folculo: Cada unidade de uma folha composta.

    Glabra: Superfcie vegetal sem plos.

    Labelo: Ptala modificada encontrada nas orqudeas e que geralmente apresenta cor, textura e colorao diferente das demais ptalas.

    Ltex: Substncia geralmente leitosa liberada com o rompimento dos tecidos vegetais.

    Legume: O mesmo que vagem. Tipo de fruto no carnoso e que se abre na maturidade para exposio das sementes. Fruto tpico das espcies da famlia Fabaceae (Leguminosae).

    Liana: Forma de vida vegetal cujo caule incapaz de elevar o prprio peso da planta. o mesmo que trepadeira.

    Mucilaginoso: Que apresenta mucilagem.

    Muricado: Superfcie coberta por estruturas pontiagudas curtas e duras.

    Pecolo: Estrutura, geralmente filiforme, que faz a conexo entre a lmi-na da folha e o caule.

    Pectinada: estrutura com projees regulares semalhantes a dentes de um pente.

    Pedicelo: Estrutura que suporta a flor.

    Pednculo: Estrutura que suporta a inflorescncia. Menos comumente, o mesmo que pedicelo.

    Ptala: Estrutura presente na flores, geralmente com funo atrativa. Ao conjunto de ptalas da-se o nome de corola.

    Prostrado: Em contato ou com proximidade ao solo, isto , sem estrutura ereta.

    Pseudobulbo: Estrutura caulinar de reserva formada por um nico en-tren ou por vrios ns e entrens, encontrada em espcies orqudeas.

    Ramo: O mesmo que galho. Subdiviso do caule das plantas, no geral, onde se inserem as folhas, flores e frutos.

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    Roseta: Forma de disposio das folhas em um caule, muito prximas, em geral, com aspecto espiralado.

    Rupcola: Planta que se desenvolve sobre a rocha.

    Saxcola: Planta que se desenvolve em solos rochosos ou fendas de ro-chas onde, geralmente, h acmulo de matria orgnica.

    Sazonal: Referente ao que temporrio.

    Subarbusto: Referente ao arbusto de pequeno porte, lignificado.

    Sulcada: O que apresenta sulco (fissura), isto , que apresenta superfcie plana descontinuada por algo semelhante a uma canaleta.

    Terrcola: Planta que se desenvolve na terra.

    Trilobado: O que apresenta trs lobos (partes), isto , que apresenta re-entranas em seu formato distinguindo trs regies.

    Unguiculada: Formato estreito, relativo a uma unha. Formato encontra-do na base de ptalas de espcies da famlia Lythraceae.

    Vinceo: Relativo cor do vinho tinto, cor roxa.

    Vistosa: O que chamativa, seja pelo tamanho avantajado, pela cor vi-brante, ou por ambos.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICASonde pesquIsamos as InFormaes

    APG IV - ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP. 2016. An update of the Angiosperm Phylogeny Group cllpassification for the orders and fa-milies of flowering plants: APG IV. Bot. J. Linn. Soc. 181: 1-20.

    Backes, A; Nardino, M. 2001. Nomes populares e cientficos de plan-tas do Rio Grande do Sul. 2 ed. Editora Unisinos, Sao Leopoldo. 202p.

    CNCFLORA - Centro Nacional de Conservao da Flora. 2018. Lista Vermelha da Flora do Brasil. Disponvel em: . Acessado em abril de 2018.

    Flora do Brasil 2020. Flora do Brasil 2020 em construo. Disponvel em: . Acessado em abril de 2018.

    Giulietti, A.M.; Rapini, A.; Andrade, M.J.G.; Queiroz, L.P.; Silva, J.M.C. 2009. Plantas raras do Brasil. Conservao Internacional, Belo Hori-zonte. 496p.

    Gonalves, E.G.; Lorenzi, H. 2007. Morfologia vegetal: organografia e dicionrio ilustrado de morfologia das plantas vasculares. Instituto Plantarum, Nova Odessa. 416p.

    HVFF-INCT - Herbrio Virtual da Flora e dos Fungos - Instituto Na-cional de Cincia e Tecnologia. 2017. Herbrio Virtual da Flora e dos Fungos. Disponvel em: http://inct.spl