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Guia de Estudos Conselho de Direitos Humanos: Sistema Carcerário e Violações aos Direitos Humanos Mesa: Maria Eduarda Gatto e Thiago Ferreira

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Guia de Estudos

Conselho de Direitos Humanos: Sistema Carcerário e Violações aos Direitos Humanos

Mesa: Maria Eduarda Gatto e Thiago Ferreira

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Sumário 1. Carta de Apresentação. ..................................................................... 3

2.O comitê ............................................................................................... 4

2.Violação de direitos universais .......................................................... 5

4. Tratados Internacionais .................................................................... 6

5. Atuais sistemas penitenciários ao redor do globo ........................... 9

6. Segurança e violência dentro do Cárcere ...................................... 11

7. Superlotação ..................................................................................... 12

8. Reabilitação e punição ..................................................................... 13

9.Tratamento de minorias ................................................................... 14

10. Posições oficiais .............................................................................. 17

11. Bibliografia ..................................................................................... 32

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1. Carta de Apresentação

Querido Delegado,

É com muito amor e dedicação que os diretores e a secretária acadêmica lhes

entregam esse guia, que servirá como um ponta pé inicial para o seu estudo e nunca

como fonte única de informação. Esperamos que o nosso comitê traga conhecimento,

aprendizado e a amizade de todos vocês.

Temos muito orgulho de dirigir um comitê humanitário em tempos tão

necessários. O tema, que envolve a questão dos encarcerados e os direitos humanos,

é uma questão bastante debatida, muitas vezes encarecidamente, e acreditamos que

os senhores, através desse guia e dos seus estudos individuais, tenham o que é preciso

para enriquecer essa discussão, dentro e fora da simulação.

É importante também a leitura do guia de regras para que os senhores se

familiarizem com as regras e o sistema de debate que usaremos em nosso comitê.

Sintam-se livres para falar conosco antes, durante e depois da simulação, sempre que

precisarem.

Bons estudos e sejam muito bem-vindos ao Conselho dos Direitos Humanos.

Atenciosamente,

Thiago Ferreira e Maria Eduarda Gatto,

A Mesa diretora.

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2.O comitê

O órgão foi criado em 2006, como sucessor da Comissão das Nações Unidas para os

Direitos Humanos, e desde então a ONU conta com um grupo de quatro órgãos que tem

como objetivo garantir, proteger e promover os Direitos Humanos para todos.

O CDH é um órgão subsidiário da Assembleia Geral das Nações Unidas, e por conta

disso sua finalidade é aconselhar o órgão superior sobre ações e situações em que os

Direitos Humanos estão sendo descumpridos. Com esses objetivos, e sempre visando a

garantia e promoção dos diretos humanos, mesmo não podendo aplicar sanções, nada do

que foi resolvido dentro do CDH foi descumprido por nenhum país em toda a sua

existência. O órgão é composto por 47 Estados-membros, que são eleitos através da

Assembleia Geral de três em três anos, e por meio de uma votação secreta, os candidatos

que farão parte. Os Estados-membros não podem ser reeleitos depois de dois mandatos

de três anos consecutivos. Todo o processo de entrada dos Estados-membros visa o

compromisso de cada país para com a promoção e garantia dos Direitos Humanos.

De forma diferente do que acontecia na Comissão das Nações Unidas para os Direitos

Humanos, os possíveis membros do CDH precisam da aprovação da maioria dos Estados-

membros da Assembleia Geral, e para que isso ocorra eles precisam comprovar e se

comprometer com o cumprimento dos Direitos Humanos. Outro ponto que o deixa mais

forte do que seu antecessor é o mecanismo de análise, a Revisão Periódica Universal, que

consiste em avaliar todos os Estados-membros da ONU, e que permite que todos possam

examinar a atuação dos países em relação ao cumprimento dos Direitos Humanos.

Então, os principais objetivos do CDH são a promoção do respeito universal e a

proteção de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, promover a

assistência e educação no domínio dos direitos humanos, ajudar a desenvolver o direito

internacional na esfera dos direitos humanos, analisar a atuação dos Estados-membros no

campo dos direitos humanos, esforçar-se para evitar abusos, responder à situações de

emergência e servir de fórum internacional para o diálogo sobre questões de direitos

humanos.

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3.Violação de direitos universais

Muitos sistemas penitenciários no mundo estão em crise, algo que afeta os

encarcerados, suas famílias e toda a população. A forma como os prisioneiros são

tratados está cada vez mais distante dos padrões internacionais, e da proposta principal

das sentenças de prisão: proteger a sociedade do crime, e acabar com o crime. Vale

ressaltar que cada país tem sua própria legislação e posicionamento quando se trata

do tratamento de encarcerados. Contudo, a população carcerária é contemplada pela

Declaração Universal dos Direitos Humanos, e todos os países signatários da Carta

devem respeitá-la. Este comitê será focado na violação de direitos humanos dentro

das prisões, e para chegar a esse tema, é necessário analisar todos os problemas nos

atuais sistemas penitenciários.

A população carcerária está crescendo mais a cada ano, e a superlotação das

prisões é um grande empecilho na aplicação das Regras de Mandela no mundo todo.

Existem países que excederam a capacidade de suas prisões em mais de 400%. A

superlotação significa um tratamento precário dos encarcerados, o que pode acarretar

problemas de saúde, falta de saneamento básico e mais violência. Com infraestrutura

precária, mau gerenciamento e financiamento, e superlotação, as prisões podem se

tornar perigosas tanto para prisioneiros quanto para os funcionários da penitenciária,

e falhar completamente em proteger a sociedade.

Por isso, se torna necessário discutir os direitos dos presos, a forma correta de

tratá-los, e como fazer com que a população carcerária e o crime diminuam

drasticamente. A UNODC cita as áreas-chave para solucionar problemas envolvendo

encarceramento, entre elas: a prevenção do crime, principalmente de infrações

cometidas por jovens; políticas de sentenciamento e alternativas ao encarceramento;

gerenciamento das prisões; a população carcerária feminina; prisioneiros com

necessidades especiais, como deficientes, imigrantes e usuários de droga;

reintegração social e prevenção do recidivíssimo.

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4. Tratados Internacionais

Tratado é todo acordo formal e escrito celebrado entre estados e/ou organizações

internacionais, que busca produzir efeitos numa ordem jurídica de direito internacional.

Terão protagonismo ao decorrer do debate os seguintes:

4. 1. Princípios básicos para o tratamento da população encarcerada

As Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos, adotadas pelo Primeiro

Congresso das Nações Unidas de Prevenção de Crimes e o Tratamento de Infratores em

1955, constitui as regras básicas reconhecidas internacionalmente para o tratamento de

encarcerados e a gestão de prisões. Apesar de sua natureza não-vinculativa legal (não

afeta leis ou constituições), as regras foram de imenso valor e influência no

desenvolvimento de leis de prisão, políticas e práticas dos Estados Membros do mundo

inteiro.

O princípio básico descrito nas Regras Mínimas é: "Não deverá ter nenhuma

discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, política ou de outra opinião, de origem

nacional ou social, de nascença ou outro status".

Ainda que as regras tenham sido de grande importância, o modelo foi criado em

1955, e reconhecendo os avanços das leis internacionais e da ciência correcional desde

essa época, a Assembleia Geral decidiu, em 2011, estabelecer um Grupo de Especialistas

intergovernamentais em aberto para revisar as regras. Comitês da ONU, organizações

internacionais e também a sociedade civil foram convidados a contribuir para o processo.

Em dezembro de 2015, a Assembleia Geral adotou a atualização das Regras

Mínimas para o Tratamento de Reclusos das Nações Unidas. Conforme recomendação

do Grupo de Especialistas, as regras revisadas deveriam ser conhecidas como "As Regras

de Nelson Mandela", para honrar o legado do ex-presidente da África do Sul, Nelson

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Rolihlahla Mandela, que passou 27 anos na prisão durante sua luta para alcançar

direitos humanos, igualdade, democracia e paz.

4.2. Regras de Bangkok

Em 2010 à Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou um conjunto de regras

voltadas para as necessidades e direitos das mulheres encarceradas, o documento

apresentado intitulou-se: Regras das Nações Unidas para o tratamento de mulheres presas

e medidas não privativas de liberdade para mulheres infratoras (Regras de Bangkok).

As regras mínimas têm como objetivo estabelecer regras e princípios para uma boa

organização penitenciaria e ao tratamento mínimo para os encarcerados. Os países que

fazem parte da ONU, tem o dever de cumprir essas regras, porém não podem sofrer

sanções por não as cumprir.

Em 1997 foram aprovadas As Regras Mínimas para o Tratamento do Preso, todavia

não foram consideradas as necessidades e nem as realidades das mulheres em estado de

cárcere. As Regras de Bangkok procuram complementar as Regras Mínimas para o

Tratamento do Preso e as Regras Mínimas para a Elaboração de Medidas não Privativas

de Liberdade (Regras de Tóquio), desta vez considerando as necessidades das mulheres

e reconhecendo que é necessário um tratamento específico para este grupo.

As regras de Bangkok, entre outras considerações, visam: a realidade da mulher mãe

em situação de cárcere; o fato de que atualmente a maioria das mulheres é presa por

envolvimento com drogas; a realidade das estrangeiras; as questões de saúde geral e

mental; e o direito de ter contato com suas famílias.

Em relação aos direitos das mães fica definido:

• A provisão para que a mulher possa definir com quem pode deixar os filhos

enquanto estiver presa, e, se necessário, até ter a prisão suspensa enquanto procura

resolver esta questão.

• Será incluído em seu prontuário no momento de inclusão, as informações acerca

dos filhos, quantos são, com quem estão e se necessitam de abrigo.

• jamais se utilizará algemas no caso de mulheres em dores de parto, durante o parto

e no período imediatamente pós-parto.

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A amamentação e a necessidade de permanência conjunta entre mãe e filho

durante os primeiros momentos da vida dos recém-nascidos de mulheres encarceradas

ocupam

posição de destaque no documento. As regras não especificam um prazo ou tempo

limite para a separação, mas deixam claro que este deve ser definido priorizando, ao

máximo, o bem-estar da criança. É também assegurado o direito ao contato da mãe com

a criança que deverá ser provido pelo estado.

Mulheres em conflito com a lei muitas vezes têm múltiplas e complexas necessidades

como: altas taxas de distúrbios de saúde mental, violência doméstica, vitimização e

dependência química além de serem três vezes mais susceptíveis à automutilação que os

homens. Devido aos enormes números de mulheres presas por envolvimento com drogas,

as regras abordam a necessidade de oferecer tratamentos para as mulheres que apresentam

dependência química dentro das unidades prisionais.

4.3. Regras de Mandela

Em 2015, a ONU sentiu a necessidade de atualizar as Regras Mínimas para

Tratamento de Presos, criadas em 1995. Esse novo documento, aprovado pela

Assembleia Geral, teve o intuito de ampliar o respeito à dignidade dos presos, garantir

o direito a saúde e a defesa, regulando punições disciplinares, como os isolamentos

solitários e as reduções de alimentações.

O objetivo dessas regras não é descrever um sistema penitenciário modelo, e sim

estabelecer regras e princípios para uma boa organização penitenciaria, e da política de

tratamento para com os encarcerados.

O princípio que carrega todas as regras é o de serem todas aplicadas

imparcialmente, ou seja, sem nenhum tipo de descriminação. As regras se dividem em

duas, as aplicadas a todos os encarcerados, e as de aplicações especiais, que são

aplicadas a apenas determinadas categorias de presos.

Aquelas de aplicações gerais garantem a separação dos presos, locais destinados,

higiene pessoas, roupas de cama e de vestir, alimentação, exercícios físicos,

atendimentos médicos, disciplina, informação e direito de se queixar, contatos com o

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mundo exterior, biblioteca, direito a ter e ser respeitado pela sua escolha de

religião, depósito de objetos pessoais.

O documento manteve algumas regras do anterior, porem adicionou algumas

como: fixou um tempo máximo para as solitárias, de 15 dias; no que diz respeito às

mortes de presos dentro do sistema penitenciário, impôs a necessidade de

monitoramento do sistema prisional por órgãos externos e independentes; proibiu a

revista vexatória em crianças.

5. Atuais sistemas penitenciários ao redor do globo

Durante a Idade Antiga, civilizações como Grécia, Egito, Pérsia e Babilônia,

tratavam o ato de encarcerar como conter, manter sob custódia e tortura aqueles que

cometiam faltas, ou praticavam o que para a antiga civilização, fosse considerado delito

ou crime. Na Antiguidade os cativeiros existiam desde 1700 a.C-1.280 a.C. para que os

egípcios pudessem manter sob custódia seus escravos. Por volta de 525 a.C., os lavradores

eram requisitados para construir as obras públicas e cultivar as terras do faraó,

proprietário de toda a terra do Egito e toda a riqueza. Quem não conseguisse pagar os

impostos ao faraó, em troca de construção de obras de irrigação e armazenamento de

cereais, se tornava escravo.

O Direito Penal, até o século XVIII, era marcado por penas cruéis e desumanas,

não havendo até então a privação de liberdade como forma de pena, mas sim como

custódia, garantia de que o acusado não iria fugir e para a produção de provas por meio

da tortura. O acusado então aguardaria o julgamento e a pena que viria em seguida,

privado de sua liberdade, em cárcere. “O encarceramento era um meio, não era o fim da

punição”.

Foi apenas no século XVIII que a pena privativa de liberdade passou a fazer parte

das punições do Direito Penal, para realizarem o real banimento das penas cruéis e

desumanas, a pena de prisão passa a ter o objetivo de humanizar as penas.

Segundo o filosofo Michel Foucault a mudança no meio de punição vêm junto

com as mudanças políticas e sociais da época, com a queda do antigo regime e a ascensão

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da burguesia a grande quantidade de poder do governo continuou a ser exercido

após 1789, e apenas deixou, parcialmente, de permitir penas consideradas cruéis e passou

a adotar uma política de correção que, na visão do autor francês, poderia ser tão cruel

quanto.

É no fim do século XVIII que começam a surgir os primeiros projetos do que se

tornariam as penitenciárias. Primeiro com John Howard, que em 1777, depois de

conhecer a realidade de várias prisões diferentes, decide publicar “The State of Prisons

in England and Wales” (tradução livre: As condições das prisões da Inglaterra e Gales),

em que o mesmo faz várias críticas à realidade prisional da Inglaterra, e propõe várias

mudanças para a mesma. Sendo uma das mais importantes a criação de estabelecimentos

específicos prisionais, uma forma de adequar as prisões ao novo ideal de cárcere

definitivo.

Outro autor importante foi o inglês Jeremy Bentham, que apresentou várias

contribuições para a reforma do sistema penitenciário, como a ideia de uma penitenciaria

modelo circular, no qual as celas se encontrariam na borda do cilindro, este centralizado

por uma torre na qual os carcereiros poderiam vigiar todos os detentos ao mesmo tempo.

Além de que para ele, a vida no cárcere deveria ser extremamente regrada e as vestimentas

dos presidiários deveria ser humilhante, o que faria a introdução do arrependimento do

indivíduo.

Os primeiros presídios tradicionais surgiram na Filadélfia, EUA no início do

século XIX e adotavam o sistema celular, no qual os presos ficavam isolados

permanentemente, o que recebeu o nome de Sistema da Filadélfia. Já em 1820 surge o

Sistema de Nova York, no qual havia convívio social durante o período diurno, estando

os presos reclusos em celas individuais apenas durante a noite. Ambos os sistemas

sofreram influência das ideias de Jeremy Bentham.

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6. Segurança e violência dentro do Cárcere

As penitenciarias são locais, que, em tese deveriam ser estabelecimentos aonde os

condenados fossem penalizados, pudessem refletir e ponderar sobre seus erros, ao mesmo

tempo em que recebem orientações do Estado para que sua volta à sociedade seja

realizada de forma efetiva. Contudo, temos consciência de que não é isso que ocorre na

maioria dos países, e que na maioria dos casos o que realmente acontece e as condições

das penitenciarias, só faz com que o inverso ocorra.

A maioria dos sistemas carcerários encontram-se falidos, superlotados, sem

qualquer perceptiva de mudanças positivas, com falta de defensores públicos, médicos,

psicólogos, sofrendo maus tratos, péssimas condições de higiene, torturas e outras

violações, e outras milhares de situações que faz com que as condições de vida dos

presidiários sejam no mínimo desumanas.

As condições das penitenciarias são de completo abandono, com superlotação das

selas, falta de higiene e sistema de esgoto, repletas de mofo, ratos e baratas, comem

alimentos estragados, falta de banho dos presos, o que faz com que ocorra a grande e

rápida repercussão de epidemias e mortes dentro das penitenciarias. De acordo com o

Portal de Saúde, a chance de um detento contrair tuberculose é 28 vezes maior que o da

população em liberdade.

Outro grande problema enfrentado pelas penitenciarias são os abusos de poder

exercidos pelos policias, os mais frequentes incluem chutes, tapas, sufocamento, choques

elétricos, uso de sprays de pimenta, de gás lacrimogêneo, bombas de ruído e balas de

borracha, além de abuso verbal e ameaças.

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7. Superlotação

Atualmente, um dos maiores problemas enfrentado pela maioria dos países é a

superlotação dos presídios, o fato de que em muitos países uma penitenciaria abriga mais

do triplo do que o possível gera diversos problemas estruturais, de higiene e de

gerenciamento dos estabelecimentos.

O grande número de prisioneiros faz com que a qualidade de vida dos mesmos

seja gravemente afetada, faltam alimentos, medicamentos, facilita a proliferação de

doenças, não tem funcionários o suficiente para atender todas as necessidades básicas dos

presidiários, as penitenciarias não estão estruturalmente preparadas para aquela

exorbitante quantidade de pessoas, o que faz com que não exista lugar para todos

dormirem deitados, ou utilizem o banheiro.

Todos os problemas enfrentados pelos encarcerados dentro das penitenciarias só

faz com que a criminalidade aumente por conta das péssimas condições de vida e o fato

de que o Estado não prepara o cidadão para voltar a sociedade após a sua saída da

penitenciaria.

Um dos principais motivos da superlotação são as prisões preventivas, em que o

cidadão é preso mesmo sem ter sido julgado, e aguarda seu julgamento detido, para evitar

que o mesmo fuja, é geralmente utilizada quando ocorre um flagrante. O problema ocorre

quando a pessoa fica detida até o momento de seu julgamento, que na maioria dos países

pode ocorrer depois de meses ou até mesmo anos. Atualmente na maioria dos países algo

que deveria ser uma exceção, está virando uma regra, uma forma de antecipar a execução

da pena.

Outro ponto que aumenta a superlotação é o uso de regime fechado mesmo quando

há penas alternativas que poderiam ser usadas no caso, como o regime semiaberto, aonde

o cidadão pode trabalhar e só voltar a penitenciaria para dormir; outra pena alternativa

que pode ser utilizada é a Prestação pecuniária em que o cidadão paga uma quantia em

dinheiro à vítima do crime, seus dependentes, ou a uma instituição pública ou

privada; Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é uma outra forma

de punir o cidadão, neste caso a pessoa trabalha gratuitamente durante um período de

tempo estipulado pelo juiz, a utilização desse tipo de pena auxiliaria na diminuição de

pessoas nas penitenciarias.

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8. Reabilitação e punição

“O encarceramento se tornou uma resposta quase automática ao invés de um último

recurso [...]. Além disso, o sistema penitenciário da maioria dos países não está mais

destinado a reformação e reabilitação social dos convictos, mas simplesmente a punição

através de confinar criminosos.” – Juan Mendez, Repertório Especial das Nações

Unidas sobre Tortura (2013)

Os sistemas penitenciários do mundo são geralmente definidos por duas correntes:

a reabilitação e a punição. Países como a Dinamarca, por exemplo, acreditam que a prisão

deve ser um lugar onde o encarcerado recebe educação e oportunidades futuras para

iniciar uma vida fora do crime. Já outros países aplicam a prisão como uma punição moral

que vem através do afastamento do criminoso da sociedade.

Algumas nações, como aquelas que seguem a xaria, chegam a aplicar a pena de

morte e até a tortura, seja ela pública ou não. É importante ressaltar que as próprias Regras

de Mandela e a Declaração Universal dos Direitos Humanos condenam estes atos, mas

ainda assim são praticados por muitos países signatários da Carta.

Logo, um dos principais argumentos usados pelos defensores da reforma prisional

é os direitos humanos. Uma sentença de prisão constitui a privação do direito básico de

liberdade. Não afeta a restrição de outros direitos humanos em muitos países – é

importante ressaltar que algumas nações retiram o direito ao voto de sua população

carcerária, e algumas aplicam tortura – com a exceção daqueles que são naturalmente

restritos pelo fato de estar em uma prisão. Porém, esse argumento é muitas vezes

insuficiente para encorajar países com fontes financeiras e humanas escassas. O impacto

prejudicial do encarceramento, não só para os indivíduos, mas também para suas famílias

e comunidades, e fatores econômicos também precisam ser levados em conta ao

considerar a necessidade da reforma prisional.

Um exemplo do mau funcionamento da punição é a quantidade de ex-presidiários

que eventualmente voltam a ser presos. Nos Estados Unidos, mais da metade dos ex-

encarcerados foram presos novamente em menos de três anos, e no Brasil, sete em cada

10 voltam para o crime. Enquanto isso, a Noruega, cujo sistema de justiça criminal foca

nos princípios da justiça restaurativa, tem uma das menores taxas de ex-presidiários que

voltam para o mundo do crime no mundo todo.

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9.Tratamento de minorias

9.1. Negros

Segundo a NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor),

em 2015, 56% das pessoas encarceradas mundialmente eram negras ou hispânicas,

homens negros tem cinco vezes mais chance de serem presos do que homens brancos.

Algumas pessoas acreditam que o sistema penitenciário tem grandes problemas e que

precisa de uma reforma. Outros acreditam que o racismo no sistema é institucional e

que ajuda as penitenciárias a fazerem exatamente o que elas foram feitas para fazer:

encarcerar pessoas negras. Muitos dizem que o sistema penitenciário é, em sua natureza,

elitista e segregacional, pois pune pessoas negras, de classe baixa e com poucos estudos,

enquanto pessoas brancas que cometem crimes de colarinho branco geralmente saem

impunes. O fracasso do sistema carcerário é evidente desde o século XIX, segundo

Foucault.

A problemática acerca da questão racial não se encontra somente dentro dos muros

das prisões. Os negros também são as maiores vítimas de violência policial em diversos

países como os Estados Unidos e Brasil, resultado de todo o processo de marginalização

e desvalorização dessa população. Somando todos esses fatores a outros como questões

econômicas e sociais, compreende-se o porquê de essa parcela da população carcerária

ser tão significativa.

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9.2. LGBT+S

Sendo uma minoria na nossa sociedade, a comunidade LGBT+ (Lésbicas, Gays,

Bissexuais, Transexuais, Travestis e outros) também sofre discriminação dentro de

prisões. De acordo com a Just Detention International, encarcerados LGBT+ estão “entre

a população mais vulnerável em prisões”. A vulnerabilidade dessa comunidade leva

algumas das prisões a separá-las dos demais detentos, enquanto outras os alocam com a

população geral.

Dentro do sistema carcerário, mulheres trans são alocadas em prisões masculinas,

sendo obrigadas a dividir celas com homens cisgênero. Isso resulta em torturas diárias e

abusos sexuais (59% das mulheres trans em prisões masculinas já foram estupradas por

outros detentos e/ou policiais). Essas detentas são visivelmente femininas e se identificam

como tal, entretanto, ainda são tratadas como homens afeminados, tendo seu nome e

gênero desrespeitado. Também sofrem abuso emocional e tem sua terapia hormonal

interrompida, revertendo o processo de anos de hormonização, o que pode levar a

depressão e até suicídio. Elas também lidam com o risco de prostituição forçada ambos

por funcionários da prisão e outros encarcerados. Os países que tem prisões LGBT+ ou

que permitem que mulheres trans sejam alocadas em prisões femininas, e homens trans

alocados em prisões masculinas, são muito poucos.

Quando se trata de lésbicas, gays e bissexuais, muitos detentos são impedidos de

obterem visitas de seus parceiros, e homens homossexuais e bissexuais assumidos são

mais prováveis de sofrerem estupros dentro de prisões do que homens héteros. A solução

fácil adotada por muitas prisões é colocar pessoas LGBT+ na solitária, para que não sejam

estupradas e descriminadas pelos outros detentos, porém ativistas dizem que isso só

aumenta o abuso por policiais e outros funcionários, como mostra uma pesquisa feita pela

Injustice at Every Turn.

Além dos maus tratos em prisões do mundo todo, existem 73 países – localizados

na África, no Oriente Médio e na Ásia – onde ser LGBT+ é crime. Uma pessoa LGBT+

pode passar alguns meses na prisão ou receber pena de morte, dependendo do país.

Alguns países mulçumanos, como a Arábia Saudita, não separam a religião do direito, e

seguem a Xaria, onde homossexualidade – transexualidade e bissexualidade não são

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reconhecidas, e são tratadas como a mesma coisa que homossexualidade – é

pecado passível de tortura pública e morte.

9.3. Mulheres

O aprisionamento das mulheres é algo que tem aumentado de forma significativa

no mundo inteiro, trazendo impacto para as políticas de segurança, administração

penitenciária, assim como para as políticas específicas de combate à desigualdade de

gênero, porém é importante ressaltar que as prisões não foram pensadas para as mulheres,

visto que a maioria dos punidos eram homens.

Tendo em vista que os sistemas carcerários foram pensados para os homens, a

falta de infraestrutura e de condições razoáveis de vida para as mulheres e suas

necessidades é exorbitante.

Em questões de saúde as mulheres não têm médicos para atende-las, em muitos

presídios não possuem a quantidade necessária de absorventes íntimos, e são obrigadas a

utilizar, em alguns casos, jornal e miolo de pão para conter seus fluxos.

Não existe o menor preparo para atender mulheres grávidas, sendo as mesmas

privadas de acompanhamento médico, creche para seus filhos, impedidas de ter uma

gestação com o mínimo de saúde, sendo obrigadas a dormir no chão e impedidas de

conviverem com seus filhos até os dois anos de idade.

O fato de as prisões serem compartilhadas aumenta a quantidade de abusos sexuais

sofridos pelas mulheres encarceradas, que também não são atendidas ou levadas a sério

quando tentam explanar o ocorrido.

Em relação a educação e trabalho, as mulheres, por serem a minoria são deixadas

de lado dentro dos presídios compartilhados.

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10. Posições oficiais

10.1. África do Sul

Tendo como nome oficial República da África do Sul, o país consiste em uma

república parlamentarista unitária de partido dominante, apresentando como presidente

Cyril Ramaphosa. O país, localizado na África, tem uma área de 1.221.037 km² e uma

população de 56.300.300 habitantes. Destes, 161.054 encontram-se encarcerados, dos

quais 43.799 são presos preventivos, 4.174 são mulheres, e com uma taxa de ocupação

de 135%.

Violência e maus-tratos são comuns durante a prisão. A cultura de gangues está muito

presente na África do Sul e, portanto, é refletida atrás das grades. O abuso sexual é um

fenômeno comum e está fortemente ligado a taxas de superlotação e falta de pessoal.

A delegação deve vir a defender políticas de combate a violação aos Direitos

Humanos, embora não tenha condições estruturais de um combate ácido aos seus

problemas internos.

10.2. Angola

O regime político vigente na República da Angola é o presidencialismo, sendo seu

atual presidente João Lourenço. Sua população estimada é de 25.7 milhões de habitantes

(2016), possuindo cerca de 40 instituições penitenciárias. Sua população prisional chega

ao somatório de 24 000 sendo cerca de 11 000 presos preventivos. A ocupação de suas

penitenciárias é de 111%.

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10.3. Brasil

Tendo como nome oficial República Federativa do Brasil, o país consiste em uma

República Federativa Presidencialista, tendo como presidente Jair Messias Bolsonaro.

Sua população estimada é de 210 milhões de habitantes.

Possuindo 1.449 penitenciárias, sua população carcerária é de 726 mil, sendo a

terceira maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Todavia existem

vagas para apenas 368.049 detentos, isso significa que cada vaga é tomada por pelo menos

dois presos. 89% da população prisional encontra-se em estabelecimentos superlotados.

Outro problema brasileiro são as facções criminosas, segundo especialistas existem

pelo menos 83 delas dentro das prisões no Brasil, gerando conflitos recorrentes.

Ao longo da campanha eleitoral o presidente eleito defendeu a ideia de maior

severidade no combate ao crime e demonstrou pouca proatividade em combater os

problemas de superlotação e desorganização nas penitenciárias brasileiras.

10.4. Chile

Tendo como nome oficial República do Chile, o país Sul-americano possui cerca de

18.210 milhões de habitantes Governados pelo presidente Sebastián Piñera. Tem em seu

território 103 penitenciárias, com uma capacidade de 41.034 detentos e possuindo 41.670

presos.

O Chile é visto como exemplo quanto a reformas prisionais, entretanto sofre com

casos de corrupção, superlotação e abuso de poder em seu sistema penitenciário.

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10.5. Arábia Saudita

Tendo como nome oficial Reino da Arábia Saudita, o país consiste em uma monarquia

absolutista islâmica uaabita, apresentando como rei Salman bin Abdul Aziz Al-Saud. O

país, localizado na Ásia, tem uma área de 2.149.690 km² e uma população de 28 571 770

habitantes. Destes, 61.000 encontram-se encarcerados.

Dessa população de presos, 5.7% do total são mulheres e 49% são estrangeiros. O

país conta também com 110 instituições responsáveis pelos prisioneiros.

Institucionalmente, as prisões são de responsabilidade do Ministério do Interior, tendo

como seu administrador o diretor geral das prisões, Mohammed bin Ali Al-Asmari.

A Arábia Saudita conta com diversas controvérsias quando ao seu sistema prisional,

de violações dos direitos humanos à benefícios concedidos a terroristas jihadistas que

atuaram no exterior. Acredita-se que as condições são melhores nas instalações de alta

segurança do que nas prisões normais, onde alegações de maus-tratos e superlotação são

mais comuns. Contudo, devido à ausência do Comitê Internacional da Cruz Vermelha no

país, não se pode monitorar as condições das prisões no país.

Portanto, espera-se um posicionamento pouco flexível em relação a mudanças

drásticas em seu sistema penitenciário por parte de sua delegação.

10.6. Uruguai

O Uruguai é uma República Presidencialista, cujo o presidente atual é Tabaré

Vázquez. Possui cerca de 3,2 milhões de habitantes. Possui capacidade para 9.880

detentos, embora possua 11.078 presos.

O Uruguai enfrenta problemas devido ao atraso na emissão de sentenças e abuso de

prisões preventivas. Cerca de 69% de sua população carcerária é composta por presos

preventivos.

Espera-se a defesa dos Direitos Humanos por parte de sua delegação ao longo dos

debates, embora a dificuldade no combate a superlotação das penitenciárias seja evidente

em toda a América Latina.

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10.7. Guatemala

A Guatemala é uma República Presidencialista, sendo seu presidente Jimmy Morales.

Possui aproximadamente 16.000.000 de habitantes e 22 instituições penitenciárias.

Seu sistema carcerário possui cerca de 23.000 detentos. Recentemente a Corte

Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) apresentou casos relacionados à violação

aos direitos humanos e ao devido processo legal no país.

10.8. Cuba

A República de Cuba é um regime socialista, cujo presidente e secretário geral é

Miguel Díaz-Canel. Em seu território existem aproximadamente 11.500.000 de

habitantes, 200 instituições penitenciárias e cerca de 58.000 presos.

Existe ainda no território cubano a prisão de Guantánamo, que pertence aos Estados

Unidos e é alvo de controvérsias.

10.9. México

O México é uma República Federal Presidencialista, cujo presidente é López

Obrador. Possui cerca de 123.725.000 de habitantes, 379 instituições penitenciárias e uma

população carcerária de 209.000 presos.

Por conta da política de guerra as drogas, as prisões mexicanas tiveram um “boom”

de crescimento, causando problemas como superlotação e violações aos direitos

humanos. O novo presidente promete o fim a guerra as drogas e a intensa violência

policial que assolou o país nos últimos anos.

Portanto a delegação deve seguir a linha progressista em defesa aos Direitos

Humanos.

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10.10. Canadá

O Canadá é historicamente conhecido pelo exercício de tradições democráticas

mantidas por seu governo parlamentar dentro da monarquia constitucional. Seu soberano

real é a Isabel II, seu primeiro ministro Justin Trudeau.

Possui uma população estimada em cerca de 34.000.000 de habitantes, 216

instituições penitenciárias e cerca de 41.000 presos. As principais alegações sobre o

desrespeito aos Direitos Humanos nas penitenciarias do Canadá são quanto a

superlotação, direito das mulheres e aos aborígenes.

10.11. Afeganistão

O Afeganistão possui os títulos de país mais violento do mundo e que mais gera

refugiados e requerentes de asilo, essas características negativas tem como causa as

décadas de guerras que assolaram seu território. Seu presidente é Ashraf Ghani.

Com uma população estimada em 35.500.000 de habitantes, o Afeganistão possui 34

centros de detenções e 27.000 detidos. Suas prisões são superlotadas e há relatos de

abusos. Além disso o Afeganistão é o maior produtor de ópio do mundo, cerca de 90%

da Heroína consumida na Europa provem de ópio produzido no Afeganistão.

Portanto espera-se um posicionamento contrário a políticas que combatam a produção

de ópio e a mudanças drásticas na configuração de seu atual sistema prisional.

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10.12. Coreia do Sul

A República da Coreia (Coreia do Sul) é governada pelo presidente Moon Jae-in, possui

cerca de 51.000.000 de habitantes, 51 instituições penitenciárias com capacidade oficial

de 45,690 presos e uma população carcerária de 57,451 detentos.

O país voltou a legalizar a pena de morte, que é constitucional, mas estava suspensa

desde 1988. Suas prisões sofrem superlotação desde 2012, esse cenário se agrava uma

vez que a Coreia do Sul é o país que mais prende pessoas por objeção de consciência ao

serviço militar no mundo.

Portanto, espera-se que a delegação se oponha a medidas que interfiram em seu

atual regimento.

10.13. Índia

A Índia, oficialmente denominada República da Índia, sendo uma república

parlamentarista é o segundo país mais populoso do mundo, com uma população total de

1.281.935.911 de habitantes.

Do número total de habitantes, 419.623 encontram-se encarcerados, deste total,

67.2% estão esperando seu julgamento.

O país conta com 1.401 instituições responsáveis pelos presos, um grande problema

das prisões indianas é a superlotação. Mesmo a capacidade oficial do sistema prisional

sendo de 366.781, o nível de ocupação é de 114,4%. Uma das principais razões para a

superlotação das penitenciárias é a pendência dos processos judiciais. A pena de morte

no país também é legalizada.

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10.14. Indonésia

A Indonésia é uma república presidencialista, possui cerca de 250.000.000 de

habitantes, sendo o quarto país mais populoso do mundo. Sua população carcerária é de

237.000 detentos.

Nos últimos anos a população carcerária da Indonésia dobrou de tamanho, enquanto

seu sistema de penitenciárias melhorou em 2%. A política antidrogas da Indonésia é

considerada a mais rígida do mundo, quem for pego com mais de cinco gramas de droga

pode ser condenado à morte, não havendo exceções para estrangeiros.

Portanto espera-se um posicionamento rígido da delegação quanto a mudança de

regras no sistema prisional.

10.15. Irã

A República Islâmica do Irã possui como presidente Hassan Rohani. Sua população

é de aproximadamente 81.000.000 de habitantes e população carcerária é de 225.600

detentos divididos entre 253 centros.

O governo do Irã é criticado tanto por punições e restrições que seguem a constituição

e as leis da República Islâmica, como execução de delinquentes menores de 18 anos e

crimes “sem vítima” de fornicação e homossexualidade, quanto por ações que não seguem

nenhuma lei interna, como torturas, assassinato de presos políticos e estupros.

Seu sistema judicial e suas administrações prisionais impedem deliberadamente o

acesso dos presos a cuidados médicos adequados, como forma de intensificação da pena

ou para os coagir a fazerem confissões ou declarações de arrependimento.

Desta forma, espera-se de sua delegação um comportamento avesso a flexibilização

de seus comportamentos ao longo da reunião

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10.16. Rússia

A Federação Russa possui aproximadamente 145.000.000 de habitantes governados

pelo presidente Vladmir Putin. Em seu território existem cerca de 961 instituições

penitenciárias que abrigam cerca de 700.000 detentos.

Apesar da pena de morte não ser mais aplicada na Rússia desde 1996, cerca de 11

pessoas morrem diariamente segundo a promotoria Russa (2010). As prisões da Rússia

possuem histórico de violações e violência e são consideradas as mais severas do mundo.

Portanto, espera-se que a severidade do sistema carcerário russo seja defendida por

sua delegação ao longo dos debates.

10.17. Tailândia

O Reino da Tailândia possui cerca de 69.000.000 de habitantes, sendo governados

desde 2006 por uma junta militar. Embora a capacidade oficial do sistema penitenciário

seja de 217.000 pessoas, existe cerca de 334.279 detentos em suas instituições. A falta de

estrutura das penitenciárias intensifica o estado de superlotação.

A Tailândia tem a maior taxa de encarceramento da Ásia e a porcentagem de mulheres

presas é a maior do mundo. Esses dados se justificam pela enorme quantidade de pessoas

presas por relação com o tráfico de drogas. A pena de morte na Tailândia é legal.

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10.18. Filipinas

A República das Filipinas é uma república presidencialista, cujo o atual presidente é

Rodrigo Duterte. Possui aproximadamente 105.000.000 de habitantes em seu território.

A capacidade oficial do sistema carcerário é de 39.665 detentos, sua população

prisional é de 178.661 presos, representando uma superlotação de 436%. Desses detentos,

74% deles estão sob prisão preventiva. O aumento no número de presos aconteceu devido

a intensa guerra ao narcotráfico iniciada pelo atual presidente. As condições das prisões

Filipenses são tão precárias que é necessário um acordo com as gangues para manter a

ordem dentro dos presídios lotados.

A questão dos presos políticos também é de intensa gravidade nas Filipinas, há

confrontos armados entre o governo, os grupos comunistas e islâmicos. Esses conflitos

levam a prisões arbitrárias, tortura e detenções secretas.

Consequentemente, a rigidez do regime deve ser levada para as discussões ao longo

da reunião.

10.19. China

A China é uma República Popular Socialista, governada pelo presidente Xi Jinping.

Sua população total é de aproximadamente 1.379.302.771, sendo o país mais populoso

do mundo.

O sistema prisional chinês se organiza da seguinte forma: o Ministério da Justiça

regula as prisões onde se encontram as pessoas já condenadas e o Ministério da Segurança

Pública administra os centros de detenção onde se encontram pessoas aprisionadas

preventivamente e em detenção administrativa. Acredita-se que cerca de 2.300.000

pessoas estejam em estado de privação da liberdade na China. Nesse país a pena de morte

é legal.

Atualmente na China, muitas pessoas são presas por ultrapassar o limite imposto pelo

estado quanto a liberdade de expressão, liberdade religiosa e ativismo político pelos

Direitos Humanos. Portanto espera-se que esse comportamento seja exposto na reunião,

não sendo normal desta delegação uma defesa contundente dos Direitos Humanos.

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10.20. Dinamarca

Dinamarca, oficialmente Reino da Dinamarca, é uma monarquia constitucional com

um sistema parlamentar de governo. O país possui 789 957 habitantes, deste total 3.635

são encarcerados, 35.5% ainda esperam pelo seu julgamento, 3.6% são mulheres, 0.3%

são menores de idade mantidos em prisões juvenis e 28.6% são estrangeiros. O país conta

com um total de 47 instituições responsáveis pelos presos.

Ao contrário de muitos países as, penitenciarias da Dinamarca acreditam na

reabilitação, que é a filosofia central do sistema prisional dinamarquês. Ele incentiva a

solução dos problemas que levaram o indivíduo ao crime. Em vez de punir o crime em si,

trabalha para treinar e reintegrar os criminosos de volta à sociedade.

10.21. França

A França, oficialmente República Francesa, é o maior país da União Europeia em área

e o terceiro maior da Europa, com 543 965 km2. Por cerca de meio milênio, o país tem

sido uma grande potência, com forte influência econômica, cultural, militar e política no

âmbito europeu e global.

A França é um dos países mais desenvolvidos do mundo possui um total de 182

instituições responsáveis pelos presos, contando com uma população total de 67 348 000

habitantes, destes, 70.710 são encarcerados dos quais 27.7% ainda esperam pelo seu

julgamento.

Há as prisões de curta duração, que contêm os réus que aguardam julgamento e os

presos condenados a uma sentença de menos de dois anos. Estas são as prisões mais

superlotadas do sistema penitenciário francês, com uma taxa média de ocupação de 130%.

As prisões francesas atingiram uma taxa média de ocupação de 116,6%. A

superlotação está presente principalmente em presídios de curta permanência, onde eles

detêm pessoas sentenciadas e pessoas que aguardam julgamento.

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10.22. Alemanha

A República Federal da Alemanha possui aproximadamente 183 instituições

carcerárias, de responsabilidade do Ministério da Justiça nacional. Nesse país, o

percentual de presos tem diminuído desde 2004 e hoje conta com uma população

carcerária de cerca de 64.223 pessoas, em dados de 2017. Ademais, a pena de morte foi

abolida em 1987. Espera-se que o representante alemão guie e aconselhe o comitê durante

os debates acerca de possíveis medidas a serem tomadas.

10.23. Turquia

A República da Turquia, país pertencente tanto ao continente europeu quanto ao

asiático, é uma monarquia representativa parlamentar. Possui uma população carcerária

de cerca de 232 mil presos, dentre eles 43% são presos preventivos. O nível de ocupação

é de 110,8%, estando acima da capacidade oficial do sistema prisional. Vale lembrar que

o governo turco tem sido alvo de polêmicas que envolvem a prisão de opositores políticos.

10.24. Reino Unido

Reino Unido, oficialmente Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, é uma Monarquia

Constitucional Parlamentar, tendo como chanceler e chefe de governo Theresa May. Esse

país da Europa tem uma área de 244.820 km² e uma população de 63.181.775 habitantes,

contando com uma população carcerária de 82.472, e destes, 23,9% são imigrantes, e 25%

são negros, asiáticos e outras minorias étnicas.

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O sistema penitenciário britânico vem diminuindo o número de detentos

desde 2000. Naquele ano, o total de presidiários era de 11.433, neste, o número diminuiu

para 9.571. O número de presos provisórios também diminuiu 6%. Mesmo assim, as

prisões continuam com superlotação de 109%. Visto que comparativamente em sua

própria história não há recorrência desse problema em questão, levando a percepção dos

britânicos que tal porcentagem é uma grande problemática.

O tráfico e a atuação de gangues dentro de penitenciárias britânicas também são

recorrentes, e aumentam a violência, que em 2017 bateu um recorde. Naquele ano, houve

um aumento de 12% de incidentes de violência comparado a 2016.

10.25. Anistia Internacional

"É melhor acender uma vela do que maldizer a escuridão..."

A Anistia Internacional é uma organização que defende os direitos humanos, tendo

como objetivo realizar pesquisas e gerar ações para prevenir e acabar com graves abusos

contra os direitos humanos, exigindo justiça para aqueles cujos direitos foram violados.

Além disso a organização é independente de todos os governos e de todos os agentes

financeiros. Também é independente de convicções políticas e religiosas.

Neste comitê, a Anistia tem como seu maior objetivo defender os direitos humanos

dos encarcerados. Isso significa que a ONG irá cobrar dos países presentes na reunião que

melhorem as condições das populações carcerárias. Ela também denuncia o tratamento

desumano provido aos detentos por parte do Estado de muitos países, o que inclui falhas

no campo da saúde e da ressocialização, o preconceito e a opressão por parte de oficiais

da justiça, e principalmente torturas dentro das penitenciárias e a aplicação da pena de

morte.

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10.26. Estados Unidos da América

Estados Unidos da América é o país que tem a maior população carcerária do mundo,

com mais de dois milhões de presos, entre os quais 20% são presos preventivos. Nesse

país a pena de morte é legalizada e estudos mostram disparidades entre o número de

encarcerados negros e latinos em relação a brancos. Além disso, alguns estados tem

apresentado dados de uma queda maior no número de presos homens (5% entre 2009 e

2015) do que de mulheres, equivalente a aproximadamente 0,33%.

Em alguns estados dos EUA a pena de morte é legalizada, de acordo com a constituição

estadual e respeitando a independência dos estados da federação.

10.27 República Italiana

A república italiana possui um sistema carcerário com capacidade para 45.647

detentos, abrigando 65.813 prisioneiros; mais de 20.000 pessoas em excesso (2013). Do

total de presos, 41.613 são italianos, enquanto que 22.434 são estrangeiros, a maioria de

países africanos ou do leste europeu. Esse dado reforça as teses xenofóbicas de parcela

da sociedade e de políticos da extrema direita italiana, os quais associam a violência na

Itália à comunidade estrangeira.

Em 2013 a Itália foi condenada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, por

tratamento desumano e degradante com os detentos. Em 2016, o Ministério da Justiça da

Itália anunciou uma reforma no seu sistema penitenciário.

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10.28 República Portuguesa

Segundo o relatório do Ministério da Justiça de Portugal, existem 140 reclusos a

cada 100 mil pessoas no país, taxa superior a europeia que é de 116 reclusos a cada 100

mil habitantes. Esse mesmo relatório indica também que a população prisional possui

baixos níveis de escolaridade, mais da metade (56,6%) não chegou ao 3° nível do ciclo

básico.

A superlotação das prisões portuguesas já ultrapassa todos os limites. Em cinco

estabelecimentos prisionais há taxas de ocupação acima dos 200%.

10.29 Reino da Espanha

A Espanha possui 68 centros de detenção, possuindo em 2015, 61.614 presos. No

modelo espanhol o foco das prisões é a integração do detento com a sociedade e, portanto,

é dado a ele o tratamento adequado.

Dos 61.614 presos, 23,42 mil são estrangeiros, sendo a segunda maior estatística

da Europa, perdendo apenas para a Itália.

10.30 Reino da Noruega

Diversas vezes eleito o país mais democrático do mundo, a Noruega é um exemplo

para o mundo quanto ao tratamento de seus detentos. Com um sistema fiscal baseado no

princípio de que todos devem pagar impostos de acordo com sua capacidade econômica,

o próspero país aboliu a pena de morte em 1979, e mais tarde, descriminalizou o uso de

qualquer tipo de droga, oferecendo ao usuário ajuda médica ao invés de repressão policial.

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Com uma população total de 5,290 milhões de habitantes, a Noruega

possui 58 instituições penitenciárias abrigando 3.933 detentos (2017), incluindo as

prisões preventivas e provisórias.

10.31 República do Haiti

A história do Haiti é marcada por desastres naturais, pobreza, racismo e

instabilidade política. Atualmente o país organiza-se como uma república

semipresidencialista cujo presidente é Jovenel Moïse.

Atualmente o Haiti conta com apenas 17 instituições penitenciárias. Apesar disso,

a população carcerária aumenta a cada ano, contando com aproximadamente 10.512

encarcerados (2017). As péssimas condições do sistema penitenciário haitiano são de

conhecimento público e vem sendo denunciadas por órgãos de defesa dos direitos

humanos. O país aboliu a pena de morte em 1987.

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