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Grupos de orientação para a parentalidade focado no desenvolvimento típico Desde que a mulher entrou no mercado de trabalho e precisou conciliar várias tarefas, tais como maior profissionalização, cuidado com a casa, exigências dos padrões de beleza e o cuidado com os filhos, percebe-se uma fragilidade em relação a maternidade e a criação dos filhos. Dúvidas e medos em relação ao papel permeiam esse momento. O pai passa a ser também cobrado nesse cuidado. Além disso, cada vez mais a sociedade exige dos pais outras habilidades que considerem as transformações decorrentes desse novo mundo. A violência, as novas tecnologias, o pouco tempo dos pais com a criança, a falta de apoio familiar, a necessidade de terceirizar os cuidados entre outros problemas, são apenas alguns dos fatores associados que contribuem para a configuração desse panorama. Os encontros do grupo de pais “Quem Ama Cuida e Educa”, ocorreram uma vez por semana, com uma hora de duração, na creche Bela Vista no bairro Nova Cidade na cidade de Vitória da Conquista-BA, teve como monitoras quatro estagiárias de graduação em psicologia, três do oitavo semestre e uma do sexto. Foram realizadas 20 sessões, sendo 18 para discussão dos temas e orientação dos pais e 2 sessões para triagem dos participantes e apresentação do grupo. O grupo de orientação para gestantes a princípio seria desenvolvido na Universidade Federal da Bahia, mas pela baixa adesão foi transferida para a Unidade de Saúde da Família Régis Pacheco no Bairro Recreio em Vitoria da Conquista-BA, como monitoras duas estagiárias do semestre de graduação em psicologia. Foram planejados 10 encontros, sendo 9 para discussão dos temas e orientação e 1 sessão para triagem dos participantes e apresentação do grupo. Bolsoni-Silva, A. T. & Marturano, E. M. (2002). Práticas educativas e problemas de comportamento: uma análise à luz das habilidades sociais. Estudos de Psicologia, 7(2), 227-235. Bowlby, J. (1988). A secure base: Parent-child attachment and healthy human development. New York: Basic Books. THOMAZ, P. C. A; LIMA, T. R. M; TAVARES, C; OLIVEIRA, C. Relações afetivas entre mães e recém-nascidos a termo e pré-termo: variáveis sociais e perinatais. BEE, Helen L.; BOYD, Denise. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre, RS: ArTmed, 2011. 612p. ISBN 9788536325255 (enc.). Desenvolvimento pré- natal (Cap. 2 pag. 54 a 68). Classificação: 159.922.7 B414 12.ed. (BUC) Ac.223842 OLIVEIRA, Áurea¹; FERRAZ, Daniely¹; RIOS, Patricia¹;SANTOS, Priscila¹(bolsista PIBIEX) MANFROI, Edi²; RIBEIRO, Mayra² ¹ Discentes do curso de Psicologia, Universidade Federal da Bahia/IMS/CAT ² Professoras orientadoras e docentes do curso de Psicologia, Universidade Federal da Bahia/IMS/CAT Este projeto de extensão teve por objetivo promover atividades de orientação em grupo de gestantes e de pais com a finalidade de contribuir para uma melhor compreensão em relação às características das fases do desenvolvimento infantil típico, aumentando o conhecimento sobre as formas de educar. Também buscou-se desenvolver novas habilidades parentais considerando tais características que contribuam para o bom desenvolvimento físico, social e afetivo de crianças. Por fim, o projeto criou condições teóricas e práticas para desenvolver habilidades profissionais de orientação, escuta e direcionamento para acadêmicos do curso de psicologia. Profª Edi Cristina Manfroi: [email protected] Os resultados observados demonstraram que o grupo de orientação de práticas parentais foi avaliado como benéfico para a melhoria das relações interpessoais, incluindo a relação com os filhos, com o cônjuge e para o aumento no repertório de solução de problemas e auto- cuidados, tanto nos pais quanto nos filhos, segundo relatos dos participantes. Os resultados observados demonstraram que o grupo de orientação para gestantes foi avaliado como benéfico para a maioria delas, incluindo a relação com o bebê, entretanto as estagiárias tiveram muita dificuldade para a implementação do grupo em um lugar e horário fixo e manter a presença das gestantes nos encontros, seja por questões de horário de trabalho concomitante, recursos financeiros ou comprometimento pessoal.

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Page 1: Grupos de orientação para a parentalidade focado no ......orientação em grupo de gestantes e de pais com a finalidade de contribuir para uma melhor compreensão em relação às

Grupos de orientação para a parentalidade focado

no desenvolvimento típico

Desde que a mulher entrou no mercado de trabalho e precisouconciliar várias tarefas, tais como maior profissionalização, cuidadocom a casa, exigências dos padrões de beleza e o cuidado com osfilhos, percebe-se uma fragilidade em relação a maternidade e acriação dos filhos. Dúvidas e medos em relação ao papel permeiamesse momento. O pai passa a ser também cobrado nessecuidado. Além disso, cada vez mais a sociedade exige dos pais outrashabilidades que considerem as transformações decorrentes dessenovo mundo. A violência, as novas tecnologias, o pouco tempo dospais com a criança, a falta de apoio familiar, a necessidade deterceirizar os cuidados entre outros problemas, são apenas algunsdos fatores associados que contribuem para a configuração dessepanorama.

Os encontros do grupo de pais “Quem Ama Cuida e Educa”,ocorreram uma vez por semana, com uma hora de duração, nacreche Bela Vista no bairro Nova Cidade na cidade de Vitória daConquista-BA, teve como monitoras quatro estagiárias de graduaçãoem psicologia, três do oitavo semestre e uma do sexto. Foramrealizadas 20 sessões, sendo 18 para discussão dos temas eorientação dos pais e 2 sessões para triagem dos participantes eapresentação do grupo. O grupo de orientação para gestantes aprincípio seria desenvolvido na Universidade Federal da Bahia, maspela baixa adesão foi transferida para a Unidade de Saúde da FamíliaRégis Pacheco no Bairro Recreio em Vitoria da Conquista-BA, comomonitoras duas estagiárias do 6° semestre de graduação empsicologia. Foram planejados 10 encontros, sendo 9 para discussãodos temas e orientação e 1 sessão para triagem dos participantes eapresentação do grupo.

• Bolsoni-Silva, A. T. & Marturano, E. M. (2002). Práticas educativas e problemas de

• comportamento: uma análise à luz das habilidades sociais. Estudos de Psicologia, 7(2), 227-235.

• Bowlby, J. (1988). A secure base: Parent-child attachment and healthy human development. New York:

• Basic Books.• THOMAZ, P. C. A; LIMA, T. R. M; TAVARES, C; OLIVEIRA, C. Relações

afetivas entre mães e recém-nascidos a termo e pré-termo: variáveis sociais e perinatais.

• BEE, Helen L.; BOYD, Denise. A criança em desenvolvimento. 12. ed.Porto Alegre, RS: ArTmed, 2011. 612p. ISBN 9788536325255 (enc.).Desenvolvimento pré- natal (Cap. 2 pag. 54 a 68). Classificação:159.922.7 B414 12.ed. (BUC) Ac.223842

OLIVEIRA, Áurea¹; FERRAZ, Daniely¹; RIOS, Patricia¹;SANTOS, Priscila¹(bolsista PIBIEX)

MANFROI, Edi²; RIBEIRO, Mayra²¹ Discentes do curso de Psicologia, Universidade Federal da Bahia/IMS/CAT

² Professoras orientadoras e docentes do curso de Psicologia, Universidade Federal da Bahia/IMS/CAT

Este projeto de extensão teve por objetivo promover atividades deorientação em grupo de gestantes e de pais com a finalidade decontribuir para uma melhor compreensão em relação àscaracterísticas das fases do desenvolvimento infantil típico,aumentando o conhecimento sobre as formas de educar. Tambémbuscou-se desenvolver novas habilidades parentais considerandotais características que contribuam para o bom desenvolvimentofísico, social e afetivo de crianças. Por fim, o projeto criou condiçõesteóricas e práticas para desenvolver habilidades profissionais deorientação, escuta e direcionamento para acadêmicos do curso depsicologia.

Profª Edi Cristina Manfroi: [email protected]

Os resultados observados demonstraram que o grupo de orientação depráticas parentais foi avaliado como benéfico para a melhoria dasrelações interpessoais, incluindo a relação com os filhos, com o cônjugee para o aumento no repertório de solução de problemas e auto-cuidados, tanto nos pais quanto nos filhos, segundo relatos dosparticipantes.

Os resultados observados demonstraram que o grupo de orientação paragestantes foi avaliado como benéfico para a maioria delas, incluindo arelação com o bebê, entretanto as estagiárias tiveram muita dificuldadepara a implementação do grupo em um lugar e horário fixo e manter apresença das gestantes nos encontros, seja por questões de horário detrabalho concomitante, recursos financeiros ou comprometimentopessoal.