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SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO 120 anos Manejo de Fertilizantes e Corretivos sob Diferentes Sistemas de Preparo do Solo: Expectativa para o Preparo Profundo André Cesar Vitti E.mail: [email protected] APTA Regional Polo Centro Sul GRUPO FITOTÉCNICO Ribeirão Preto 27/05/2014 1

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SECRETARIA DE AGRICULTURA

E ABASTECIMENTO 120 anos

Manejo de Fertilizantes e Corretivos sob

Diferentes Sistemas de Preparo do Solo:

Expectativa para o Preparo Profundo

André Cesar Vitti E.mail: [email protected]

APTA Regional Polo Centro Sul

GRUPO FITOTÉCNICO

Ribeirão Preto – 27/05/2014

1

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Solos Tropicais – Relação direta da CTC com a MO 2

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A época e o tipo de preparo devem estar associados

com os tipos de solo e com os objetivos:

INCORPORAR

– CORRETIVOS e RESIDUOS

ELIMINAR CAMADAS COMPACTADAS/AERAÇÃO/TROCAS GASOSAS

EXPOR PRAGAS DE SOLO

ADEQUAR O TERRENO (SISTEMATIZAR)

PREPARO DE SOLO

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Van Dillewijn, 1952

Raízes cordão (Absorção de água)

Raízes de fixação (fixam a planta ao solo)

Raízes superficiais (Absorção de nutrientes e água)

Impedimento(S): Químico;

Físico; Biológico

5

Estão interligados

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Distribuição do sistema radicular das variedades IAC87-3396,

RB72454, SP80-1842 e RB855536 aos 16,5 meses de idade (g/78 dm3) VASCONCELOS (2006)

6

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Teor adequado de Ca no solo < Dependente do meio

IMPEDIMENTOS: AGUA DISPONÍVEL X SISTEMA RADICULAR - CAD

VIGOR DO CANAVIAL

Teor elevado de Al no solo > Dependencia do meio

CAD = AD x L1

mm H2O/cm solo

Ex: 100l/m3

CAD = AD x L2 L1

L2

7

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CANA CRUA REPRESENTA QUASE SUA

TOTALIDADE DA ÁREA DO ESTADO DE SÃO PAULO

TRANSIÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO

8

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Correção e adubação da cana-de-açúcar de forma superficial

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NOVAS FRONTEIRAS AGRICOLAS - EXPANSÃO

Teores baixo de nutrientes e Teor elevado de Al no solo na segunda camada

Prof. cm P (Resina) mg.dm-3 K+ Ca2+ Mg2+ Al3+

H + Al SMP SB CTC V m

g/dm3 mmolc .dm-3 ------------------ mmolc .dm-3 % %

0-25 5,0 0,3/5 11,5/40 5,8/10 0,3/0 9 18 27/100 66/70 2/0

25-50 3,0 0,2 1,4 0,7 5,8 11 2 13 18 71

0-25 5,0 0,4/5 13,2/40 6,3/10 0,2/0 9 20 29/100 69 1

25-50 3,0 0,2 1,1 1,2 5,6 11 2 13 18 69

0-25 4,0 0,6 9,2 4,2 1,1 10 14 24 58 7

25-50 2,0 0,2 0,4 0,3 6,2 14 1 15 6 88

0-25 5,0 0,4 5,6 2,4 1,4 13 8 21 39 14

25-50 2,0 0,3 2,6 1,4 6,3 15 4 19 22 59

0-25 4,0 0,5 9,3 4,5 0,5 14 14 28 50 3

25-50 2,0 0,2 1,0 0,7 6,3 18 2 20 9 77

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AREAS TRADICIONAIS

Teores baixo de nutrientes e Teor elevado de Al no solo

Prof. cm P (Resina) mg.dm-3 K+ Ca2+ Mg2+ Al3+

H + Al SMP SB CTC V m

g/dm3 cmolc .dm-3 ------------------ cmolc .dm-3 % %

0-20 10 0,4 1,3 0,6 0,1 2,0 2,3 4,3 53,5 4,2

20-40 7 0,06 0,8 0,4 0,3 2,6 1,3 3,9 33,2 18,9

80-100 8 0,08 0,3 0,2 0,9 3,4 0,6 4,0 15,0 60,0

0-20 7 0,16 1,3 0,7 0,1 1,8 2,2 4,0 54,9 4,4

20-40 5 0,11 0,8 0,4 0,5 2,6 1,3 3,9 33,8 27,3

80-100 10 0,05 0,4 0,2 0,8 3,0 0,7 3,7 18,3 54,4

0-20 7 0,14 1,0 0,5 0 2,4 1,7 4,1 41,0 0

20-40 2 0,08 0,4 0,3 0,7 3,2 0,8 4,0 20,0 46,7

80-100 3 0,05 0,5 0,3 0,3 2,8 0,9 3,7 23,5 25,9

AREA PONTOS AMOSTRADOS m > 30% % AREA (m>30%)

~ 115.000 4.852 1.268 26

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Certamente a cana seca mais rápido com a estiagem

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CAD = AD x L

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Camada Compactada

0 a 35 cm

Colheita da Cana - Compactação

Relacionada ao espaçamento/tráfego/solo/umidade/aeração

Foto: J.C. Dal Bem - Agrícola Rio Claro

DIAGNÓSTICO DE COMPACTAÇÃO

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Linha de cana

não pisoteada

Linha de cana

pisoteada

Efeito do pisoteio – Exemplo: safra 2008/2009

Consequência da colheita

Foto: A. Magro

Avaliar as áreas compactadas e os índices de falhas

Desafio:

1) Solo compactado colhido no final de safra e depois de ter sido adubado

superficialmente, com a intensificação das chuvas e havendo escorrimento superficial

como ficaria a distribuição do adubo ao longo da linha?.

2) Em relação a adubação como ficaria a distribuição de adubo em linhas com falha

ou com baixo vigor? Mesma quantidade para ambas as linhas? Normalmente

levamos em consideração os níveis de nutrientes do solo e a produtividade (Boletim

100). Linha com vigor subestima a dose. Talvez a AP possa equacionar isso!

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Compactação e absorção de nutrientes (2008/2009)

Adaptado de Trouse 1972

Crescimento radicular em função do aumento da densidade em solo argiloso

Slide: J.L.I. DEMATTÊ/ESALQ-USP

Consequências da compactação: queda da produtividade.

Fatores:

1- Diminuição: de raízes, macroporos, absorção, infiltração, agua disponível;

2- Aumento: de microporos, fixação do P em função das cargas, escorrimento

superficial.

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USINA DA BARRA CANA PLANTA EM AREA COM E SEM

COMPACTACAO.FAZ STA MARIA , AMBIENTE A

PLANTIO JAN / 2004, OBSERVAÇÃO NOV /2004

Profundidade pH MO P K V Zn

cm % ppm mmol/dm3 % ppm

Linha da cana, area compactada, d=1,75 g/cm3

20 5,2 1,9 66 2,1 70 3

40 5,5 1,5 76 0,8 76 1,1

Entre linha da cana, area compactada

20 5 2 64 6,9 67 7,4

40 5,2 1,5 33 3,8 70 0,5

Linha da cana, area com baixa compactação, d=1,34 g/cm3

20 5,7 1,5 8 0,6 76 0,5

40 5,9 1,2 5 0,3 75 0,4

Entre linha da cana, area com baixa compactação

20 5,3 1,8 16 1 70 1,9

40 5,6 0,3 4 0,1 71 0,3

Slide Prof. Dr. Dematte

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Tabela 1. Relação do crescimento radicular da cana devido a variação na aeração do solo

(BANATH, MONTEITH; 1966).

Oxigênio aplicado na superfície (%)

Crescimento das raízes (cm/dia)

Crescimento radicular (%)

Matéria seca (g por planta)

0.0 0.10 a 4.8% 0.13 a

2.1 0.43 ab 20.7% 0.13 a

3.4 1.15 bc 55.3% 0.34 ab

7.8 1.30 c 62.5% 0.52 b

14.6 1.63 cd 78.4% 0.60 b

Ar 2.08 d 100.0% 0.54 b

Aeração do Solo x Desenvolvimento Radicular

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Tabela 2. Dois perfis de solo com diferentes distribuições de pressões parciais de

oxigênio (Feuerstack, 1960 citado em Primavesi, 1995)

Perfil de solo com baixa aeração Perfil de solo grumoso

profundidade de solo (cm)

pressão parcial de oxigênio (%)

profundidade de solo (cm)

pressão parcial de oxigênio (%)

0-20 11,9 0-20 18,9

20-47 3,5 20-35 9,4

47-65 0,0 35-47 10,3

65-80 1,9 47-57 10,8

57-80 11,8

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Fonte: Adaptado de Marschner, H. Mineral Nutrition of Higher Plants, 1995.

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Importância do preparo do solo na

infiltração de água

Preparo do solo

convencional

100mm de água por hora

Preparo do solo

FLD

700mm de água por hora

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Nitossolo e Argissolo no período chuvoso

50 t/ha

90 t/ha

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Expectativa do Preparo do Solo Profundo:

Melhore as propriedades do solo, favorecendo a produtividade

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Adicão de Resíduos, corretivos e fertilizantes

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Local Ambiente

de Produção

N Corte Incremento de Produtividade

(t/ha) Observação

Rondon/PR B2 1º 10 Var. IAC95 5000

Paraguacú Paulista/SP D1 1º 6 Var. RB86 7515 com 8 meses; Haste de 70 cm

Barra Bonita/SP A2 3º 3 Var. SP80 3280

Paraguacú Paulista/SP D1 1º 11 Var. RB86 7515 com 8 meses; Haste de 100 cm

Agudos/SP D1 3º 3 Var. CTC 17

Junqueirópolis/SP D2 1º 9 Var. RB86 7515

Barra Bonita/SP C1 2º 24 Var. RB85 5156, aplicação de cinzas no cultivo

Lençóis Paulista/SP D2 2º 13,5 Var. RB86 7515

MÉDIA 10 t/ha

Incremento Médio de Produtividade Diversos Locais, Ambientes de Produção, Cortes e Variedades

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Resultados

Solo Produtividade

(ton/ha)

Latossolo roxo 8,7

Latossolo vermelho-

amarelo

12 a 14

Neossolo

quartzarenico

28

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Produtividade esperada

Nitrogênio P resina, mg/dm³

K+ trocável, mmolc/dm³

0 - 15 > 15 0,15 1,5-3,0 > 3,0

t/ha N, kg/ha P2O5, kg/ha K2O, kg/ha

< 60

60 - 80

80 - 100

> 100

60

80

100

120

30

30

30

30

0

0

0

0

90

110

130

150

60

80

100

120

30

50

70

90

N - P2O5 - K2O

Cana queimada: K2O/N = 1,3 a 1,5/1,0 1,0 kg N/ 1t colmos

Cana Crua: K2O/N = 0,8 a 1,0/1,0 1,0 a 1,3 kg N /t colmos

ADUBAÇÃO N – P – K: EM SOQUEIRAS

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40 71 t/ha 41 t/ha

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y = 20x + 187,5

R² = 0,9137

0

50

100

150

200

250

300

0 120 240 360

Produção de colmos X Doses de N

y = 6,7486x + 39,647

R2 = 0,91 - CV (%) = 18

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

0 35 70 105 140 175Doses de N (kg ha -1)

Pro

du

ção

de c

olm

os (

t h

a-1

)

Produção de colmos em relação às doses crescentes de N em

solo de textura arenosa (Adaptado de Vitti et al., 2005b).

Joris et al (2011)

Experimento em Nitossolo

(Dois ciclos agricolas)

Vitti et al (2005 e 2007)

Exp. Neossolo Quartzarenico

~100 ~120

~120 ~135

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Mudança no sistema de colheita: reciclagem de Nutrientes

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Material seco (MS), nutrientes e carboidratos estruturais contidos na

palhada amostrada em 1996 e na remanescente (1997) (Oliveira et al., 1999)

Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si,

pelo teste t, ao nível de 5% de probabilidade.

Ano MS N P K Ca Mg S C Hemice-

lulose

Celu-

lose

Lig-

nina

Conteúdo

Celular

C:N

t ha-1 -------------------------------------------- kg ha-1 ------------------------------------------------

1996 13,9a 64a 6,6a 66a 25a 13a 9a 6255a 3747a 5376a 1043a 3727a 97a

1997 10,8b 53a 6,6a 10b 14b 8b 8a 3642b 943b 5619a 1053a 296 b 68b

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44

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

Dez/99 Fev/00 Abr/00 Jun/00 Ago/00

Amostragens - meses

NP

PP

- k

g h

a-1

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

% R

ecu

per

açã

o d

o N

da

pa

lha

NPPP % Recuperação N da palha

Nitrogênio na parte aérea da cana-de-açúcar proveniente da palha (kg

ha-1 e % de recuperação) (Vitti, 2003)

(N-palhada = 62 kg ha-1 - safra 1999/2000; 3º corte)

O APROVEITAMENTO DO N DE PALHADAS POR SOCAS POUCO

CONTRIBUI NA NUTRIÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR EM UMA SAFRA

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45 Fortes et al. (2010)

Balanço de nitrogênio no sistema solo-planta sob fontes marcadas com 15N

(uréia, palhada e rizomas anteriores à reforma) e após quatro ciclos consecutivos

(2006 a 2009).

Tratamento Compartimento

(N aplicado kg ha-1

) %

Parte aérea 34,3 (±1,51) 42,8

Uréia-15

N Rizomas 0,1 (±0,03) 0,2

(80) Solo 16,1 (±2,98) 20,1

NOC 29,5 - 36,9

Parte aérea 14,2 (±0,95) 27,8

PAR-15

N Rizomas 0,1 (±0,01) 0,2

(51) Solo 23,1 (±8,06) 45,3

NOC 13,6 - 26,7

Parte aérea 7,6 (±0,24) 23,0

RAR-15

N Rizomas 0,1 (±0,01) 0,4

(33) Solo 19,5 (±2,83) 59,1

NOC 5,8 - 17,6

kg ha-1

Recuperação N

Legenda: PAR e RAR = palhada e rizoma anteriores à reforma (variedade RB855536); NOC = nitrogênio em outros compartimentos (biomassa microbiana, lixiviação, volatilização).

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USM

Nitrogênio Enxofre

SQ CQ SQ – CQ SQ CQ SQ - CQ

Tipo de

resíduo

cultural (kg ha-1

) (kg ha-1

)

P.A. 20,2 20,2 0,0 5,9 5,9 0,0

Palhada 38,2 0,0 38,2 7,5 0,0 7,5

S.R. 24,0 24,0 0,0 0,9 0,9 0,0

Total 82,4 44,2 38,2 14,3 6,8 7,5

USA

Nitrogênio Enxofre

SQ CQ SQ – CQ SQ CQ SQ - CQ

Tipo de

resíduo

cultural (kg ha-1

) (kg ha-1

)

P.A. 52,8 52,8 0,0 8,7 8,7 0,0

Palhada 122,1 0,0 122,1 14,2 0,0 14,2

S.R. 21,8 21,8 0,0 6,4 6,4 0,0

Total 196,7 74,6 122,1 29,3 15,1 14,2

USM: Usina São Martinho; USA: Usina Santa Adélia; SQ: sem queima; CQ: com queima;

P.A.: parte aérea da brotação da soqueira dessecada com glifosato; S.R.: sistema

radicular.

Nitrogênio e Enxofre nos resíduos culturais em colheita com e sem

queima da cana-de-açúcar (CQ e SQ), em dois locais na região de

Ribeirão Preto – SP (Vitti et al. 2006) (Vitti et al., 2006)

16,7 t/ha MS

28,9 t/ha MS

46

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Desenho Mafes: Penta

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Estoque de nutrientes em resíduos culturais incorporados

ao solo na reforma de áreas com cana-de-açúcar

A elevada quantidade de nitrogênio incorporada ao solo na USA

foi cerca de 200 kg ha-1

Bologna-Campbell (2007) constatou

que cerca de 15 % dos resíduos

culturais incorporados ao solo no

plantio foram recuperados.

30 kg ha-1 de N

Contribuição

48

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Porcentagem do nitrogênio na cana-de-açúcar proveniente do solo (Neossolo Quartzarênico) e do fertilizante (15NH4

15NO3) na parte aérea, ao longo do ciclo da cana-soca, nas doses de 70 e 140 kg ha-1 de

N em solo arenoso (Fonte: Vitti, 2003)

49

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Colchão de palha

Foto: A.C.Vitti (2011)

Palhada 2011

Palhada 2010 com pouca raiz

Palhada 2009 com raiz

Palhada 2008 com muita raiz

Detalhe da quantidade de raízes crescendo junto a palhada,

principalmente na mais velha

50

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Curva de Crescimento

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

0 60 120 180 240 300 360 420 480 540

Dias após o plantio (DAP)

Mass

a d

e m

ate

rial

seco

(k

g h

a-1)

0 40 80 120

1ª Fase

10%

2ª Fase

80%

3ª Fase

10%

2ª Fase = cerca de 25%

do período de

Desenvolvimento (120-150 dias)

maior dose de N incrementou a produção diária de massa seca em 1,4

gramas por m2 – 7560 kg/ha (cerca de 20t de colmo/ha)

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AUMENTO DA DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES DO SOLO E

DOS RESTOS CULTURAIS

Pois todas essas operações favorecem a mineralização

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PRODUTIVIDADE DE CANA-DE-AÇÚCAR AO LONGO

DOS CORTES- LANDELL et al (2003)

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

álico ácrico distrófico mesotrófico eutrófico

t/h

a/d

ia

1º corte 2º corte 3º corte

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NITOSSOLO – NVe-4

Solos LVe-4 NVe-4

Produtividade (t/ha) 137 152

CAD (litros/m3) 75 140

AD (dias) - 5mm/dia 15 28

55% de argila

62% de argila

67% de argila

56% de argila

60% de argila

70% de argila

Vitti et al., 2011

Ambiente de produção influenciando na produtividade

LATOSSOLO – LVe-4

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DENTRO DO PREPARO PROFUNDO:

1. O aumento da VIB venha proporcionar maior lixiviação dos

nutrientes, principalmente na fase inicial da cultura e em solos de baixa

CTCe que ainda não deu tempo para a reação dos corretivos. Nesse

caso o parcelamento será fundamental, como fazemos nos solos onde

os niveis dos nutrientes são baixos e as doses recomendadas elevadas.

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DENTRO DO PREPARO PROFUNDO VÁRIAS SÃO AS

EXPECTATIVAS: 1. Aumento da CAD:

1.1. Evitar impedimento:

Químico: Correção e adubação cana-planta e cana-socas;

Fisico: Não permitir que os niveis de compactação no solo atinja

niveis danosos para o desenvolvimento do SR e melhore as trocas;

Biológico: controlar pragas de solo;

1.2. Evitar Erosão;

2- Adição de matéria orgânica (resíduo da agroindústria e adubação

verde): Aproveitar melhor o residuo da agroindustria, uma vez que a

cultura em si consegue proporcionar um bom aporte de nutrientes

anual (reciclagem);

3- Sistema radicular profundo que evite a lixiviação e mantenha a planta

metabolicamente e bem nutrida por mais tempo;

Todos esses fatores associados irão melhorar a eficiência da adubação,

vigor da cultura, consequentemente, a produtividade e longevidade dos

canaviais.

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Obrigado!

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

120 anos

Dr. André Cesar Vitti (19) 3421 - 1478

[email protected]

“A mente que se abre para uma nova idéia, jamais volta ao tamanho original”

(Albert Einstein)