gráficos condicionamento clássico e operante - sniffy

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Glaucia Lima de Magalhães Theophilo Jussara de Oliveira Betta Sandra dos Santos Alves Gesteira CONDICIONAMENTO CLÁSSICO E OPERANTE - SNIFFY PRO -

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Page 1: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Glaucia Lima de Magalhães Theophilo

Jussara de Oliveira Betta

Sandra dos Santos Alves Gesteira

CONDICIONAMENTO CLÁSSICO E OPERANTE

- SNIFFY PRO -

NOVA IGUAÇU - RJ

2012

Page 2: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Glaucia Lima de Magalhães Theophilo

Jussara de Oliveira Betta

Sandra dos Santos Alves Gesteira

CONDICIONAMENTO CLÁSSICO E OPERANTE

- SNIFFY PRO -

Gráficos sobre Condicionamento Clássico e Operante

da disciplina de Análise Experimental de

Comportamento lecionada pelo Prof. Roberto Sena para

obtenção de nota parcial de AV2.

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

NOVA IGUAÇU - RJ

2012

Page 3: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

CONDICIONAMENTO CLÁSSICO - Exercícios 01, 02 e 03 - Aquisição, Extinção e Recuperação

Espontânea - CS (Tone) e US (Choque) de Média Intensidade

Condicionamento Clássico: normalmente, no condicionamento clássico, trabalha-se com respostas eliciadas sem a

participação efetiva do organismo e reflexas.

Aquisição de Comportamento: a aquisição (aprendizagem) de uma resposta no condicionamento clássico é produzida

apresentando-se repetidamente o CS seguido pelo US. Como resultado desse procedimento de aquisição o CS

adquire gradativamente a capacidade de eliciar uma nova resposta CR que, na maioria das formas de

condicionamento clássico, parece-se com a UR. Um organismo aprende pareamentos emocionais rapidamente e, se

for muito traumático, ás vezes, só um pareamento é suficiente. Um CS, antes do pareamento, elicia OR (respostas de

orientação) e depois do pareamento a CR, que é uma resposta igual ou muito próxima a UR. O CS é qualquer

estímulo sem valor biológico para o organismo, ou seja, que não desperta nenhum reflexo. Os US podem ser

diversos e devem produzir uma resposta reflexa. Um CS pareado a um US elicia uma UR; só se tornará uma CR

quando o US não estiver mais presente e a resposta apresentada perante o CS é semelhante ou igual a UR.

Extinção de Comportamento: após uma resposta no condicionamento clássico haver sido adquirida, ela pode ser

eliminada apresentando-se repetidamente o CS sozinho, isto é, sem o US. A eliminação de uma CR é um processo

muito mais longo do que o processo de aquisição, sendo necessário, pelo menos, o dobro de tentativas do que para

a aquisição, ou seja, é muito mais difícil extinguir qualquer comportamento uma vez que este foi adquirido.

Recuperação Espontânea: é a reaparição de uma resposta CR previamente extinta. Quando a aquisição é forte e

rápida gera uma extinção mais difícil ainda de ser realizada e, consequentemente, a recuperação espontânea é muito

provável. O fator tempo é crucial neste processo; quanto maior o tempo de extinção maior a possibilidade de a

recuperação espontânea ocorrer.

Page 4: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425262728293031323334353637383940414243444546474849505152535455CE5660660al

CE5660660al

CE5660660al

Movement Ratio

Inte

nsid

ade

da R

espo

sta

ao E

stím

ulo

Cond

icion

ado

Fase de AQUISIÇÃO

Pareamento de 01 a 10

Fase de EXTINÇÃO

Pareamento de 11 a 40

Fase de REC. ESPONT.

Pareamento de: 41 a 55

Tentativas

0.0099

0.8032

0.65

0.132

2

0.284

Page 5: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercícios 04 - Variação na Intensidade de um Estímulo Condicionado - CS - Fase de Aquisição

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CE5660660al

CE5660660al

CE5660660al

Efeito da Variação da Intensidade do CS

CS FracoCS MédioCS Forte

Inte

nsid

ade

da R

espo

sta

ao C

SA força do CS constitui um determinante fundamental da velocidade com que ocorre a aquisição no condicionamento clássico. A comparação entre as 03 intensidades aplicadas mostra que quanto mais forte o CS, mais rapidamente ocorre o condicionamento,

porém não o nível de condicionamento finalmente atingido.

Page 6: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Comparação entre três diferentes Intensidades de Estímulos Condicionado - TONE

Fases de Aquisição, Extinção e Recuperação Espontânea

CE5660660al

CE5660660al

CE5660660al

Low Tone CSMed. Tone CSHi Tone CS

Inte

nsid

ade

da R

espo

sta

ao E

stim

ulo

Cond

icion

ado

Comparação entre as intensidades de CS: CS de intensidade alta provocam velocidade maior de aquisição, porém com um nível de

condicionamento final similar ao CS de intensidade média. A extinção foi rápida e alcançou níveis baixos, porém a recuperação Espontânea

manteve-se em nível igual aos demais estímulos, gerando um novo processo de extinção também rápido. No estímulo de baixa intensidade

como CS, o condicionamento foi mais lento e com um nível final inferior ao CS médio. A extinção também é lenta e não alcançou o nível

desejado, tendo uma Rec. Espontânea também em nível similar aos demais estímulos e nova extinção também demorada. A maior eficiência

de intensidade do CS, conforme o gráfico, refere-se ao do estímulo de intensidade média.

Pareamentos

Fase de AQUISIÇÃO

Pareamento de 01 a 10

Fase de EXTINÇÃO

Pareamento de 11 a 40

Fase de REC. ESPONT.

Pareamento de: 41 a 55

Page 7: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercício 05 - Variação na Intensidade de um Estímulo Incondicionado - US - Fase de Aquisição

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CE5660660al

CE5660660al

CE5660660al

Efeito da Variação da Intensidade do US

US FracoUS MédioUS Forte

Inte

nsid

ade

da R

espo

sta

ao C

SA intensidade do US afeta a velocidade de aquisição e o nível de condicionamento clássico que pode ser obtido no final.A UR ao US de baixa intensidade produz habituação, enquanto a UR ao US de alta intensidade produz sensibilização.Para o US de baixa intensidade o condicionamento não só é mais lento que para o US de média ou alta intensidade, mas o nível de condicionamento que o US pode manter também diminui, com aplicações repetidas do US. Para o US de alta intensidade não só o ritmo em que ocorre o condicionamento é mais rápido, mas também o nível potencial de condicionamento aumenta.

Page 8: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercício 19 - Habituação, Sensibilização e Condicionamento Contextual

Quando Sniffy recebe um choque sem um CS precedente, pode ocorrer, dependendo da intensidade deste, três situações

diferentes:

Habituação: com o choque de baixa intensidade ocorre a habituação da UR ao US choque. Quanto mais choques lhe

forem aplicados, menos ele responde. Após cerca de 25 choques de baixa intensidade a UR deixa de existir. A UR

diminui e nenhum condicionamento contextual se apresenta. O Gráfico (Moviment Ratio) demonstra que as poucas

vezes em que Sniffy manifestou qualquer indício de medo durante os períodos de 30 segundos antes da

apresentação do choque foi durante a parte inicial do experimento antes de a resposta ao choque ter sido habituada

completamente.

Sensibilização: com o choque de alta intensidade ocorre a sensibilização da UR de Sniffy, Até certo ponto, cada

choque sucessivo suprime o comportamento presente normal por períodos cada vez mais longos. O primeiro choque

de alta intensidade suprimirá o comportamento atual de Sniffy por cerca de 2 minutos, mas o vigésimo choque

suprimirá seu comportamento por cerca de 4 minutos. A UR apresenta sensibilidade e ocorre um condicionamento

contextual forte. O índice de movimento mostra que a proporção de tempo durante a qual Sniffy ficou imóvel nos

intervalos de 30 segundos antes da apresentação do choque aumentou para níveis elevados durante a realização do

experimento.

Estabilidade: a UR de Sniffy nunca se altera com o choque de intensidade média. Cada choque interrompe o

comportamento atual de Sniffy por cerca de 2 minutos. A UR não se altera e ocorre um condicionamento contextual

moderado. Os resultados do índice de movimento mostram que, durante o experimento, a proporção de tempo em

que Sniffy ficou imóvel em intervalos de 30 segundos antes da apresentação do choque aumentou gradualmente

para níveis moderados.

Page 9: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011121314151617181920212223242526272829303132333435363738394041424344454647484950CE5660660al

CE5660660al

CE5660660al

Habituação, Sensibilização e Condicionamento Contextual

Low USMed. USHigh US

Pareamentos

Mov

imen

t Rati

o

Page 10: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercício 20 - Efeito de Pré-Exposição ao CS (Inibição Latente)

Inibição Latente ou Efeito de Pré-Exposição ao CS está relacionado ao seguinte acontecimento: se um animal tiver sido

exposto repetidamente a um CS antes, o CS ao ser pareado ao US, o condicionamento clássico diminui seu ritmo.

O efeito de pré-exposição ao CS é produzido de modo bem-sucedido se a CR ao tom for adquirida mais lentamente na

condição experimental do que na condição de controle. A janela Movement Ratio mostra que Sniffy adquire gradualmente uma CR

ao tom durante o estágio 02 do experimento, ou seja, a aquisição que ocorre durante o estágio 02 da condição experimental é

mais lenta do que teria sido se Sniffy não houvesse sido exposto às 10 apresentações de tom isoladamente no estágio 01.

Em resumo, a condição experimental do efeito de pré-exposição ao CS retardam substancialmente a rapidez subsequente

da aquisição.

Exercício 21 - Efeito de Pré-Exposição ao US

O Efeito de Pré-Exposição ao US é similar ao efeito de pré-exposição ao CS, exceto que, durante o estágio 01, Sniffy

recebe uma série de tentativas de USs isolados. Este efeito é produzido com sucesso se a CR ao tom for adquirida mais

eficientemente na condição de controle que na experimental. A janela Movement Ratio mostra que, durante o primeiro estágio, o

condicionamento contextual começa a se formar. Durante o estágio 02 Sniffy adquire uma CR ao tom, ou seja, a CR é adquirida

um tanto menos eficientemente na condição experimental do que na condição de controle.

Em resumo, a pré-exposicão ao US reduz o nível de condicionamento.

Page 11: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CE5660660al

CE5660660al

CE5660660al

Comparação da Pré-Exposição - Fase de Aquisição

CS Pré-ExposiçãoUS Pré-ExposiçãoAquisição sem pré-exp.

Pareamentos

Forç

a da

Res

post

a ao

CS

A pré-exposição ao CS diminui o ritmo do condicionamento clássico subsequente, enquanto a pré-exposição ao US

reduz o nível de condicionamento.

Page 12: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Comparação entre Choques Sinalizados e Não-Sinalizados - Estágios 01 e 02

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55CE5660660al

CE5660660al

CE5660660al

SingnaledShockNoSignaledShock

Tentativas

Mov

emen

t Rati

o

Choques repetidos e não sinalizados (choques que não são precedidos por um CS que avisa sua ocorrência futura) geram como efeito que o

organismo manifeste um medo crescente e contínuo, mesmo no estágio 02 do experimento, quando o comportamento de medo permanece

contínuo apesar de nenhum CS ou US (choque) presente, tornando-se paralisado de medo já que passa a manifestar continuamente uma

CR aos estímulos contextuais.

Choques sinalizados (choques que são precedidos por um CS que avisa sua ocorrência futura) geram, apesar de no estágio 01 respostas

mais altas de imobilização (maior comportamento de medo), no estágio 02 respostas quase nulas ou muito baixas, quando não há nenhum

CS ou US (choque) presente, ou seja, o choque sinalizado é muito menos estressante para o organismo do que um choque não sinalizado.

Estágio 01 - 1 a 50 Estágio 02 - 51 a 55

Page 13: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

CONDICIONAMENTO OPERANTE

Condicionamento Operante = Processo de aprendizagem em que as consequências de uma ação determinam a

probabilidade de ela ser ou não realizada no futuro

Comportamento Operante = Comportamento do organismo instrumentalizando o meio

Resposta = Alteração no comportamento do Organismo

o Resposta Eliciada = é aquela resposta em que se identifica o estímulo eliciador (Ex: reflexo e condicionamento

clássico: S-R)

o Resposta Emitida = é aquela é aquela onde não se identifica o estímulo eliciador, seja por que não interessa,

seja por que é muito difícil e improvável que se encontre o estímulo eliciador. Nestes casos olha-se para as

consequências da resposta emitida (Ex: lamber e fucinhar do rato: R-S)

Reforço = estímulo que se segue a uma resposta e aumenta a probabilidade dessa resposta ser repetida. O reforço

para ser eficaz precisa ocorrer imediatamente após a resposta; um reforço atrasado é muito menos eficaz.

o Reforço Positivo = aumento na probabilidade de um comportamento se repetir após a administração

(acréscimo) de um estímulo agradável.

o Reforço Negativo = aumento na probabilidade de um comportamento ser repetido pela remoção de um

estímulo aversivo.

Punição = Estímulo que se segue a uma resposta e diminui a probabilidade da resposta ser repetida

o Punição Positiva = punição que ocorre quando se administra (adiciona) um estímulo aversivo que diminui a

probabilidade de um comportamento acontecer novamente.

o Punição Negativa = punição que ocorre quando se remove um estímulo agradável que diminui a probabilidade

de um comportamento acontecer novamente.

Page 14: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercício 22 - Treinamento para Uso do Alimentador

Reforço Primário = Reforços que são inatamente reforçadores, tais como aqueles que satisfazem necessidades

biológicas, por exemplo.

Reforço Secundário = Eventos ou objetos que servem como reforço por seu repetido emparelhamento com os

reforços primários.

O treinamento para uso do alimentador é uma técnica que envolve utilizar um procedimento de condicionamento

clássico para transformar um estímulo originalmente neutro em um reforçador secundário.

Associação Som-Alimento = é a associação entre o som do mecanismo que apresenta o alimento e o fato de uma

pelota de alimento encontrar-se disponível no comedouro.

Page 15: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercícios 23 - Modelando Sniffy para Pressionar a Barra

Modelagem = Processo de condicionamento operante que envolve reforçar positivamente comportamentos cada vez

mais semelhantes ao comportamento desejado (reforço de aproximações sucessivas do comportamento-alvo). Parte

de um comportamento já existente na espécie e através de esquemas de reforçamento vai-se incrementando o

reportório no sujeito alvo até se alcançar um comportamento não existente previamente.

Associação Barra-Som = é a associação entre a barra e o som produzido pelo mecanismo alimentador. Sniffy

aprende, após ser condicionado operantemente, que a barra é o dispositivo cuja manipulação causa o som, que

sinaliza a presença de uma pelota de alimento no comedouro.

Força da Ação = é a associação de Sniffy entre um padrão de comportamento específico e a obtenção de alimento

ou qualquer outro comportamento condicionado operantemente, ou seja, é o grau em que o sujeito alvo aprende.

Page 16: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercício 24 - Registros Cumulativos - Visualização das Respostas de Sniffy

Registro Cumulativo = inventado por Skinner a fim de fazer medições necessárias referentes ao processo de

condicionamento operante. O registro cumulativo de Skinner era um dispositivo mecânico que acionava uma longa

bobina de papel a uma velocidade constante. Cada vez que o rato pressionasse a barra o marcador faria um sinal na

direção da parte superior do papel. Quando o rato estivesse pressionando a barra, o registro resultante era uma linha

inclinada que ia do limiar inferior para o topo do registro. Quanto mais rapidamente o rato respondia, mais elevada a

inclinação da linha, ou seja, o registro cumulativo traça um registro no qual a inclinação da linha é diretamente

proporcional à frequência com que a barra é pressionada.

o A inclinação das linhas ascendentes no gráfico representa a velocidade com a qual Sniffy está respondendo.

Quanto maior a inclinação mais rapidamente Sniffy estava pressionando quando o registro foi feito.

o Respostas reforçadas são marcadas por linhas curtas e oblíquas traçadas durante o registro.

- O programa Sniffy Pro pode executar um máximo de 10 janelas Cumulative Record e em cada uma

delas é mostrado o desempenho de Sniffy quando estiver pressionando a barra durante 2 horas do

tempo de programa. Tempo de Programa e Tempo Cronológico não são o mesmo conceito, apesar de

poderem ser aproximadamente idênticos.

o As partes horizontais da linha mostram os períodos em que Sniffy não estava pressionando a barra.

o Sniffy começa a pressionar a barra inicialmente de modo lento e intermitente, e depois cada vez mais

frequente e estavelmente.

Page 17: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

o A altura do registro cumulativo é sempre de 75 respostas, ou seja, existem sempre 75 respostas entre dois

reposicionamentos consecutivos de marcador.

o Além das linhas verticais escuras que o registro cumulativo produz quando o marcador se reposiciona da parte

superior do registro para a inferior, existem linhas verticais, mais finas, pontilhadas e contínuas que se

alternam, espaçadas em intervalos regulares. Essas linhas verticais mais finas marcam 5 minutos de tempo. O

tempo entre uma linha vertical fina e a próxima (entre uma linha contínua e a próxima linha pontilhada ou uma

linha pontilhada e a próxima linha contínua) é de 5 minutos no tempo do programa, ou seja, o tempo entre

duas linhas contínuas ou duas linhas verticais pontilhadas sucessivas é de 10 minutos em tempo de programa.

Page 18: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercício 25 - Extinção

Extinção = nome técnico para as mudanças de comportamento que ocorrem quando um comportamento previamente

reforçado deixa de produzir reforço.

Neste experimento as pressões a barra feitas por Sniffy não produzem mais pelotas de alimento assim como ele

também deixará de ouvir o som do alimentador como consequência de pressionar a barra. Isto é, o reforçador

primário (alimento) e o reforçador secundário (som) deixam de ocorrer. Este é o procedimento padrão de extinção.

o Como consequência da interrupção do reforço, o número de vezes que Sniffy pressiona a barra diminuirá no

final até ele não pressionar a barra com mais frequência do que fazia antes de ser treinado. No entanto, o

primeiro efeito da extinção consiste no aumento do número de vezes que Sniffy pressiona a barra. Esse

aumento do número de vezes é denominado um jorro de respostas de extinção e ocorre comumente quando

se passa da condição de reforço contínuo para a extinção.

o O critério de extinção é um período de 5 minutos durante o qual Sniffy pressiona a barra no máximo 2 vezes.

o A extinção resulta da eliminação da associação barra-som e da intensidade da ação, que desaparecem porque

as pressões na barra deixam de produzir o som. Porém, a associação som-alimento permanece intacta, isto

ocorre porque Sniffy nunca ouve o som sem receber uma pelota de alimento.

Page 19: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercício 26 - Reforço Secundário

Experimento de extinção no qual Sniffy não recebe mais alimento (reforço positivo) quando pressiona a barra, porém

essas pressões à barra continuarão a produzir o som do alimentador. Ao ouvir este som ocorrerão dois efeitos:

o Apresentar o som após cada pressão na barra durante a extinção continuará a reforçar durante um certo

tempo as pressões à barra, tendo como resultado a diminuição do ritmo do processo de extinção;

o Em virtude do som ocorrer mas não haver liberações de pelotas de alimento, a associação som-alimento irá

extinguir-se no final.

Page 20: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Comparação entre o Exercício 25 e 26

Durante o processo de extinção, no exercício 25, foram eliminados os reforçadores primário (alimento) e secundário

(som). Já no exercício 26, foi eliminado o reforçador primário (alimento), mas permaneceu o reforçador secundário

(som). Estas diferenças geram consequências na extinção, tais como:

o Durante o exercício 26, não ocorre o fenômeno de jorro de respostas de extinção, onde há o aumento inicial do

número de pressões à barra, que ocorre na extinção padrão (exercício 25);

o No exercício 26 o processo de extinção leva muito mais tempo para se concluir do que no exercício 25

(extinção-padrão).

Exercício 27 - Recuperação Espontânea

Recuperação Espontânea = processo em que uma resposta previamente extinta ressurge.

o Se um animal que aparentemente sofreu uma extinção completa for removido da câmara operante e for-lhe

permitido descansar no compartimento onde vive por 24 horas então, ao retornar à câmara para uma segunda

sessão de extinção, seu número de respostas no início da segunda sessão será maior do que foi no final da

primeira sessão de extinção. Esse reaparecimento produzido por um descanso de uma resposta operante

extinta é chamado de recuperação espontânea.

o No início do experimento de recuperação espontânea os itens extintos são parcialmente recuperados. Dando

prosseguimento a uma segunda sessão de extinção, percebe-se que Sniffy efetua menos respostas e leva

menos tempo para atingir o critério estabelecido para a extinção.

Page 21: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercício 28 - Efeito de uma Única Punição Suave

Punição = Estímulo que se segue a uma resposta e diminui a probabilidade da resposta ser repetida

o Uma única punição suave (choque de baixa intensidade) aplicada no início da extinção suprime brevemente as

pressões à barra, mas exerce pouco efeito no número total de pressões à barra necessárias para gerar a

extinção (Sniffy retorna a pressionar a barra mais ou menos como se não tivesse recebido choque algum).

Exercício 29 - Efeito de uma Única Punição Severa

Um único choque severo (punição) é suficiente para produzir muito rapidamente a quase total eliminação da resposta

(Sniffy não pressiona a barra novamente por um longo período de tempo e, quando o faz, não a pressiona de novo

muito rapidamente como antes).

Exercício 30 - Efeito das Punições Suaves Repetidas

Choques suaves repetitivos fazem com que Sniffy não pressione a barra novamente durante alguns minutos após

cada pressão á barra, ou seja, ao receber um choque após cada pressão á barra, ele atenderá ao critério de extinção

após poucas pressões à barra.

No entanto, o tempo necessário para atender ao critério estabelecido para a extinção provavelmente não diminuirá,

podendo mesmo ser até maior.

Diferença entre Extinção e Punição Negativa

Na extinção, um comportamento produzia uma consequência reforçadora anteriormente até acontecer a suspensão

dos referidos reforços (eliminação completa do reforço). Já na punição negativa, um comportamento passa a ter uma

nova consequência, a qual é a perda dos reforçadores. Outra diferença refere-se ao processo: a punição suprime

rapidamente a resposta, pelo menos temporariamente, enquanto que a extinção produz diminuição gradual na

probabilidade de ocorrência da resposta no futuro.

Page 22: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Esquemas de Reforçamento

Esquema de Reforçamento = Regra para determinar quais respostas reforçar.

Reforço Contínuo (CRF) = Um tipo de aprendizagem em que o comportamento desejado é reforçado sempre que

ocorre, isto é, o reforço de todas as instâncias do comportamento-alvo.

Reforço Parcial (PRF) = Um tipo de aprendizagem em que o comportamento é reforçado intermitentemente, isto é,

reforço de algumas, mas não de todas as intâncias de um comportamento-alvo.

o O esquema de reforço afeta a persistência do comportamento. O reforço contínuo é altamente efetivo para a

aquisição de um comportamento, no entanto, se o reforço for retirado, o comportamento se extingue

rapidamente. O reforço contínuo é útil para modelar rapidamente um novo comportamento, porém, após o

comportamento-alvo haver sido condicionado, o reforço contínuo não é mais necessário, sendo mais eficiente

manter tal comportamento por reforço parcial.

o O efeito de extinção do reforço parcial demonstra maior persistência de comportamento sob o reforço parcial,

devido a dificuldade de detectar a ausência de reforço. Durante o reforço contínuo, é fácil detectar quando o

reforço para, no entanto, se o comportamento é reforçado somente parte do tempo, o sujeito precisa repetir o

comportamento comparativamente mais vezes para perceber a ausência do mesmo. Assim, quanto menos

frequente o reforço durante o treinamento, maior a resistência à extinção.

Esquema Fixo = O reforço é oferecido consistentemente sempre que o comportamento ocorre.

Esquema Variável = O reforço é aplicado em índices diferentes ou em momentos diferentes.

Page 23: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Esquema de Razão = O reforço é baseado no número de vezes que o comportamento ocorre, ou seja, reforçam o

sujeito para dar algum número específico de respostas.

o Esquema de Razão Fixa (FR) = o número de respostas requerido é sempre o mesmo. A medida que aumenta

o tamanho da razão do esquema FR, ocorre uma pausa após cada reforço que torna-se maior

proporcionalmente.

o Esquema de Razão Variável (VR) = o valor do esquema especifica um número médio de respostas exigido

para obter reforço, porém o número exato de respostas varia de reforço para reforço. Os esquemas VR

normalmente produzem taxas altas de respostas sem pausas longas. Esquemas VR são comuns na vida

diária.

Esquema de Intervalo = O reforço é baseado em uma unidade de tempo específica, ou seja, reforçam o participante

na primeira resposta após um intervalo de tempo específico ter decorrido desde o último reforço acontecido. O

período de tempo durante o qual o reforço não se encontra disponível inicia quando o participante recebe um

reforçador; o intervalo especifica, portanto, uma duração de tempo mínima que precisa decorrer entre as respostas

reforçadas.

o Esquema de Intervalo Fixo (FI) = o intervalo que precisa decorrer antes de outra resposta ser reforçada é

sempre o mesmo.

o Esquema de Intervalo Variável (VI) = o intervalo de tempo após o reforço que precisa decorrer antes da

próxima resposta ser reforçada varia de reforço para reforço. Poucas situações da vida real (ou nenhuma) são

exatamente equivalentes à programação VI de laboratório.

Em um esquema de intervalo, o valor do esquema é o número de segundos após o reforço antes que o próximo

reforço se torne disponível. Em um esquema de razão, o valor do esquema é o número de respostas exigido para um

reforço.

Page 24: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Cada um desses esquemas de reforçamento produz um desempenho característico:

o Os esquemas de razão variável (VR) e de intervalo variável (VI) procuram responder de forma estável e

constante, porém com taxas diferentes.

- Os esquemas VR procuram responder de maneira rápida e constante;

- Os esquemas VI procuram responder de modo lento e constante.

o O desempenho do esquema de razão fixa (FR) típico depende do tamanho da razão, isto é, do número fixo de

respostas exigido para cada reforço.

- Esquemas de Razão Fixa Pequenos - que requerem somente um pequeno número de respostas para

cada reforço, produzem respostas rápidas e constantes, onde o desempenho é razoavelmente estável e

sem pausa após cada reforço

- Esquemas de Razão Fixa Grandes - existe uma pausa após cada reforço seguida por uma transição

abrupta para um índice alto e estável até que o próximo reforçador seja recebido.

o Em termos gerais, as programações de Intervalo Fixo (FI) mantêm taxas de respostas um tanto lentas, mais ou

menos comparáveis àquelas mantidas por esquemas VI. No entanto, o desempenho típico em FI envolve uma

pausa após o recebimento de cada reforço, seguida por uma taxa de respostas que se acelera gradualmente

até o participante esteja respondendo moderadamente rápido antes de ocorrer o próximo reforço. Esse padrão

de resposta de FI típico é denominado curvatura do VI ou padrão meia-lua. Assim como nos esquemas FR, as

pausas que ocorrem após o recebimento de um reforçador são mais pronunciadas em esquemas de FI

grandes do que em esquemas de FI pequenos.

Page 25: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercício 31 - Esquema de Razão Variável Pequeno

Imediatamente após ser incluído em um esquema, quando Sniffy depara pela primeira vez com respostas não

reforçadas, começará o processo de extinção do seu comportamento. Se Sniffy estiver totalmente treinado para

receber reforço contínuo antes de incluí-lo em um esquema pequeno (Ex: VR-5), a extinção não será integral. A

associação barra-som e a força da ação começarão a aumentar novamente após Sniffy ter recebido diversos reforços

de acordo com o esquema, até se aproximarem de seus valores máximos novamente, representando a eficiência do

treinamento.

Exercício 32 - Esquema de Razão Variável Grande

Sniffy pode ser treinado para responder em esquemas com valores bem elevados (Ex: VR-100), desde que esses

valores elevados sejam obtidos por meio da introdução de estágios intermediários.

Inicialmente a associação barra-som e a força da ação enfraquecerão, no entanto, após Sniffy ter recebido diversos

reforços no novo esquema, esses valores começarão a se elevar. Quando chegam novamente ao máximo.

O padrão de resposta será rápido e razoavelmente constante.

Exercício 33 - Esquema de Intervalo Variável

Apresenta padrões de respostas lentas e razoavelmente constantes.

Exercício 34 - Esquema de Razão Fixa

Apresenta pausas nas respostas que ocorrem após cada reforço ser recebido e as transições abruptas para o

responder rápido no final de cada pausa.

Page 26: Gráficos Condicionamento Clássico e Operante - Sniffy

Exercício 35 - Esquema de Intervalo Fixo

Apresenta pausas após cada reforço ser recebido, seguidas por transições razoavelmente graduais para o responder

moderadamente antes que ocorra o próximo reforço.