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Edição n° 273 Atualizado em 21/01/2015 Informe Técnico Semanal de Dengue e Chikungunya • Edição nº 279 • Edição n° 279 Atualizado em 10/03/2015 1. DENGUE Em 2015, até a nona semana epidemiológica foram notificados 15.062 casos com incidência de 1.066,4/100.000 habitantes e quando comparado ao mesmo período do ano anterior observa-se um aumento de 117,1% no número de casos. O aumento do número de casos com a manutenção dos registros acima do limite superior de alerta coloca o município em situação de epidemia. Os Distritos Sanitários Noroeste e Norte registraram as maiores taxas de incidência, com 2.554,28 e 2.204,55 casos por 100.000 habitantes, respectivamente (gráfico 1). Até o momento, foram identificados os sorotipos circulantes DEN-1 e DEN-4 com predominância do DEN-1. Gráfico 1 – Incidência de casos de dengue por Distrito Sanitário em Goiânia 2015, SE 09. * Dados preliminares, sujeito a alterações. Fonte: IBGE 2000 e SINAN/DVE/DVS/SMS- Goiânia CASO SUSPEITO DE DENGUE Pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Ae. Aegypti, que apresente febre, dor de cabeça, dor nos fundos dos olhos e nas juntas, fraquezas, manchas vermelhas no corpo, náuseas/vômitos, diarreias e desidratação. SINAIS DE ALARME Dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, mal estar com transpiração abundante, sonolência e irritabilidade, desconforto no fígado (dor a palpação e boca amarga), presença de sangramento, desidratação e queda abrupta das plaquetas. DENGUE GRAVE É todo caso de dengue que apresenta um ou mais dos seguintes resultados: •Choque hipovolêmico. •Sangramento grave, tais como: presença de sangue no vômito, fezes, aumento de sangramento vaginal, dentre outros. •Comprometimento grave de órgãos tais como: dano hepático importante (AST o ALT>1000), sistema nervoso central (alteração da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos.

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Edição n° 273 –

Atualizado em 21/01/2015

Informe Técnico Semanal de Dengue e Chikungunya • Edição nº 279 •

Edição n° 279 – Atualizado em 10/03/2015

1. DENGUE

Em 2015, até a nona semana epidemiológica foram notificados

15.062 casos com incidência de 1.066,4/100.000 habitantes e quando

comparado ao mesmo período do ano anterior observa-se um aumento

de 117,1% no número de casos. O aumento do número de casos com a

manutenção dos registros acima do limite superior de alerta coloca o

município em situação de epidemia. Os Distritos Sanitários Noroeste e

Norte registraram as maiores taxas de incidência, com 2.554,28 e

2.204,55 casos por 100.000 habitantes, respectivamente (gráfico 1). Até

o momento, foram identificados os sorotipos circulantes DEN-1 e DEN-4

com predominância do DEN-1.

Gráfico 1 – Incidência de casos de dengue por Distrito Sanitário em

Goiânia 2015, SE 09.

* Dados preliminares, sujeito a alterações.

Fonte: IBGE 2000 e SINAN/DVE/DVS/SMS- Goiânia

CASO SUSPEITO DE DENGUE

Pessoa que viva ou tenha viajado nos

últimos 14 dias para área onde esteja

ocorrendo transmissão de dengue ou

tenha a presença de Ae. Aegypti, que

apresente febre, dor de cabeça, dor

nos fundos dos olhos e nas juntas,

fraquezas, manchas vermelhas no

corpo, náuseas/vômitos, diarreias e

desidratação.

SINAIS DE ALARME

Dor abdominal intensa e contínua,

vômitos persistentes, mal estar com

transpiração abundante, sonolência e

irritabilidade, desconforto no fígado

(dor a palpação e boca amarga),

presença de sangramento,

desidratação e queda abrupta das

plaquetas.

DENGUE GRAVE

É todo caso de dengue que apresenta

um ou mais dos seguintes resultados:

•Choque hipovolêmico.

•Sangramento grave, tais como:

presença de sangue no vômito, fezes,

aumento de sangramento vaginal,

dentre outros.

•Comprometimento grave de órgãos

tais como: dano hepático importante

(AST o ALT>1000), sistema nervoso

central (alteração da consciência),

coração (miocardite) ou outros

órgãos.

Edição n° 273 –

Atualizado em 21/01/2015

Informe Técnico Semanal de Dengue e Chikungunya • Edição nº 279 •

Edição n° 279 – Atualizado em 10/03/2015

Os setores Guanabara I, Finsocial e Jardim América foram os que apresentaram os maiores

números de casos na SE 09 (gráfico 2). O Guanabara I que ocupou a primeira posição na semana, com 34

casos notificados, apresentou 84 notificações na SE anterior o que representa uma diminuição dos casos.

O Finsocial teve 30 casos notificados na SE 09 e o Jardim América 25, ambos mantiveram a mesma

posição da semana anterior.

Gráfico 2 – Distribuição dos casos de dengue notificados por bairro de residência em

Goiânia, na SE 08 de 2015.

Fonte: DVZ/DVS/SMS- Goiânia

O quadro 1 descreve os casos de dengue por ano segundo notificações e óbitos pela doença. No

ano de 2013, o município vivenciou uma epidemia de grande magnitude com um quantitativo

expressivo de notificações da doença e no que diz respeito aos óbitos, o ano de 2012 apresentou o

maior registro de óbitos. No ano de 2015, dois óbitos foram confirmados por dengue.

Edição n° 273 –

Atualizado em 21/01/2015

Informe Técnico Semanal de Dengue e Chikungunya • Edição nº 279 •

Edição n° 279 – Atualizado em 10/03/2015

Quadro 01 – Casos notificados, prováveis e óbitos por dengue

em Goiânia, no período de 2002-2015*.

* Dados preliminares, sujeito a alterações.

Fonte: SINAN/DVE/DVS/SMS-Goiânia

Quadro 2 – Casos notificados de dengue no município de Goiânia

por SE, no ano de 2015 até SE 09*.

Todos os dados são sujeitos a alterações.

*Dados preliminares.

Fonte: SINAN/DVE/DVS/SMS-Goiânia

Ano Notificações Óbitos por dengue

2015* 15.062 2

2014* 29.216 24

2013 58.024 23

2012 13.046 32

2011 17.014 18

2010 44.187 21

2009 29.666 22

2008 23.246 24

2007 6.761 10

2006 12.344 12

2005 10.245 8

2004 4.528 0

2003 7.414 2

SE Notificações SE Notificações SE Notificações

01 1025 02 1250 03 1615

04 1968 05 2307 06 2254

07 2004 08 2097 09 542*

Reclamações e Sugestões

Edição n° 273 –

Atualizado em 21/01/2015

Informe Técnico Semanal de Dengue e Chikungunya • Edição nº 279 •

Edição n° 279 – Atualizado em 10/03/2015

O Levantamento Rápido de Índice de Infestação Predial (LIRA) é realizado em média 5 vezes por

ano. A Portaria nº 029, de 11 de Julho de 2006 define parâmetros e caracteriza como situação de

iminente perigo à saúde pública, quando a presença do mosquito transmissor da Dengue – o Aedes

aegypti – for constatada em 1% (um por cento) ou mais dos imóveis do município, da localidade, do

bairro ou do distrito (por amostragem). Goiânia apresenta um índice de 1,4% no LIRA de Janeiro de 2015.

De acordo com o mapa de vulnerabilidade para dengue (abaixo), os dez bairros com maior risco de

transmissão de dengue são: Jardim América, Vila Finsocial, Jardim Guanabara I, Jardim Novo Mundo,

Residencial Vale dos Sonhos, Parque Amazônia, Setor Sudoeste, Bairro Goiá I, Vila Mutirão I e Residencial

Goiânia Viva.

Edição n° 273 –

Atualizado em 21/01/2015

Informe Técnico Semanal de Dengue e Chikungunya • Edição nº 279 •

Edição n° 279 – Atualizado em 10/03/2015

2. CHIKUNGUNYA Em 2014, foram notificados ao Ministério da Saúde 3.655 casos

autóctones suspeitos de febre de chikungunya. Destes, 196 foram

descartados, 2.753 foram confirmados; 706 continuam em investigação.

Os municípios com casos autóctones em 2014 incluem: Oiapoque (AP),

Feira de Santana (BA), Riachão do Jacuípe (BA), Baixa Grande (BA),

Brasília (DF), Matozinho (MG), Pedro Leopoldo (MG), Campo Grande

(MS) e Boa Vista (RR). Até a SE 04 de 2015, foram notificados 79 casos

autóctones suspeitos de febre chikungunya. Destes, 23 foram

confirmados, sendo 21 por critério laboratorial; quatro continuam em

investigação e 52 foram descartados. Os municípios com casos

autóctones em 2015 até a SE 04 são: Feira de Santana (BA), Riachão do

Jacuípe (BA), Baixa Grande (BA), Ribeira do Pombal (BA), Campo Grande

(MS) e Rio Quente (GO). Em 2014 e 2015 foram registrados 94 casos

importados confirmados no país. (Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/ images/pdf/2015/fevereiro/11/Boletim-Dengue-SE04-2015.pdf).

Em Goiânia, desde a notificação do primeiro caso suspeito em

13/06/2014, 28 indivíduos residentes no município foram notificados,

sendo 17 em 2014 e 11 em 2015. Do total três casos foram confirmados

laboratorialmente, todos importados. Os locais prováveis de infecção

incluíram: República Dominicana, Guiana Francesa e Punta Cana.

Onze casos foram descartados por laboratório, dois tiveram

resultado inconclusivo e doze permanecem em investigação. Nenhum

caso autóctone foi identificado no município ate a presente data. Todos

os casos confirmados evoluíram com cura.

CASO SUSPEITO DE FEBRE DO CHIKUNGUNYA Indivíduo com febre de início súbito maior que 38,5°C e dor intensa nas articulações de inicio agudo, acompanhada ou não de edemas (inchaço), não explicado por outras condições, sendo residente ou tendo visitado áreas onde estejam ocorrendo casos suspeitos até duas semanas antes do início dos sintomas ou que tenha vínculo com algum caso confirmado. CONDIÇÕES DE RISCO Gestantes; Menores de 2 anos; Maiores de 65 anos; Pessoas com morbidade. RECOMENDAÇÕES •Manter repouso – evitar esforço. •Procurar uma unidade de saúde. •Seguir as orientações médicas. •Evitar automedicação. •Utilizar compressas frias para redução de danos articulares (nas juntas). •Não utilizar calor nas articulações. •Retornar à unidade de saúde no caso de persistência da febre por 5 dias ou no aparecimento de fatores de gravidade. •Tomar muito líquido: água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco. •Evitar a exposição à ação de mosquitos.