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Governança Corporativa: Condições de Financiamento
e Valor da Empresa
Autora: Paula Toraiwa
2003
Índice
1. Introdução...................................................................................................... 2
2. Governança Corporativa: origem, definições e principais mecanismos........ 4
3. Estrutura de capital e valor da empresa......................................................... 8
4. Governança Corporativa: estrutura de financiamento e valor da empresa... 10
5. Principais iniciativas institucionais e governamentais para fomento das boas
práticas de governança corporativa no Brasil.............................................. 12
6. Considerações finais..................................................................................... 15
7. Bibliografia................................................................................................... 17
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Governança Corporativa: condições de financiamento e valor da empresa
1. Introdução
A governança corporativa é um tema relativamente recente e de grande
importância, podendo ser considerado o foco das discussões sobre alta gestão no
mundo atualmente. A importância da governança corporativa fica cada vez mais
evidente na medida em que o mercado se torna mais seletivo e globalizado, pois
pode afetar de forma significativa o acesso das companhias ao capital e,
consequentemente, alterar sua competitividade. Desta forma, a adoção de boas
práticas de governança será, além de um diferencial competitivo, pré-requisito para
as empresas que almejam se tornar companhias de classe mundial.
A discussão sobre governança corporativa surgiu para superar o chamado
conflito de agência dos gestores, que é resultado da separação entre a propriedade e
a gestão nas companhias. Este conflito de interesses pode assumir características
distintas em função da estrutura de propriedade das empresas. Nos Estados Unidos,
a maior parte das grandes companhias abertas apresenta uma estrutura de
propriedade pulverizada, com uma clara separação entre acionistas e gestores.
Apesar das companhias abertas brasileiras não terem a mesma estrutura de
propriedade das empresas norte-americanas, muito pode ser aprendido com o
mercado de capitais dos EUA, principalmente na observação dos seus recentes
problemas de governança a fim de evitar repeti-los no futuro.
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Os problemas de governança de empresas como a Enron, Tyco, Worldcom e
ImClone Systems podem ser tomados como exemplos que devem ser evitados, ou
seja, evitar problemas decorrentes do conflito de interesses, como o uso de
informações privilegiadas, a manipulação de resultados, entre outros. Para que
esses casos sejam evitados no Brasil, é necessária uma proteção adequada aos
investidores, por meio de uma supervisão eficiente dos órgãos reguladores e da
garantia de aplicação (enforcement) de uma legislação corporativa adequada para o
fomento de mais recursos de longo prazo para as companhias.
O mercado define o que são boas práticas de governança por meio de
documentos conhecidos como "Códigos das Melhores Práticas de Governança
Corporativa", elaborados nos últimos anos por reguladores e instituições dos
mercados financeiros em diversos países, incluindo o Brasil. Para a elaboração dos
códigos, assim como para seu aprimoramento, podemos destacar o papel dos
investidores institucionais e das bolsas de valores, que possuem uma preocupação
maior com a inclusão de práticas relacionadas à transparência nas informações
divulgadas, tratamento igual para todos os acionistas, proteção aos direitos dos
minoritários e conselhos ativos e independentes.
A adoção de boas práticas de governança corporativa pode acarretar em
aumento de valor para as empresas, pois gera uma perspectiva de melhor
administração dos negócios, no sentido de que haverá uma garantia maior de que
as decisões serão sempre tomadas no interesse de todos os acionistas. Esta situação
tende a gerar uma confiança maior por parte dos investidores, aumentando a
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demanda pelos títulos da companhia e acarretando a diminuição do custo de capital
da companhia. A empresa que opta pelas boas práticas de governança adota como
linhas mestras transparência, prestação de contas (accountability) e eqüidade no
tratamento dos acionistas.
2. Governança Corporativa: origem, definições e principais mecanismos
A questão da governança corporativa teve seu início com a separação dos
papéis de gestor e proprietário da empresa, que ocorreu como conseqüência da
pulverização do controle acionário. Essa pulverização se deu através da abertura de
capital e da oferta pública de ações, gerando uma necessidade de alinhamento entre
os interesses dos gestores e dos acionistas.
Dentre as principais definições de governança corporativa, podem ser citadas
as de:
Shleifer e Vishny (1997):
“governança corporativa lida com as maneiras pelas quais os fornecedores de
recursos garantem que obterão para si o retorno sobre seu investimento”
La Porta et al. (2000):
"governança corporativa é o conjunto de mecanismos que protegem os
investidores externos da expropriação pelos internos (gestores e acionistas
controladores)”
Jensen (2001):
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"governança é a estrutura de controle de alto nível, consistindo dos direitos
de decisão do Conselho de Administração e do diretor executivo, dos
procedimentos para alterá-los, do tamanho e composição do Conselho de
Administração e da compensação e posse de ações dos gestores e conselheiros"
O conjunto de mecanismos necessários para alinhar os interesses de gestores
e acionistas, denominado de governança corporativa, decorre da tentativa de
resolução do problema de agência. O trabalho seminal que inaugurou a linha de
pesquisa sobre o problema de agência foi publicado por Jensen e Meckling (1976),
que desenvolveram uma teoria tratando dos inevitáveis conflitos de interesses entre
acionistas, gestores, credores e funcionários de uma empresa. Segundo Silveira
(2002), o raciocínio do problema de agência se baseia nas relações entre "agentes"
e "principais", nas quais os agentes representam, em tese, os interesses dos
principais. É o caso, por exemplo, do acionista (o principal, neste caso) e do
administrador (agente) de uma organização. O problema de agência ocorre quando
o agente, que deveria agir sempre no melhor interesse do principal (razão pela qual
é contratado), age tendo em vista o seu melhor interesse, isto é, tendo em vista
maximizar sua utilidade pessoal. O conflito de interesses decorrente do problema
de agência dos gestores pode ter sérias conseqüências, conforme observado
recentemente no caso da empresa norte-americana Enron, no qual os executivos
agiram de má fé e em benefício próprio, deixando de reportar prejuízos em
subsidiárias que acabaram levando uma empresa de grande porte com recursos
investidos de milhares de pessoas à falência. O problema de agência dos gestores,
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com alguns dos seus principais custos e sua relação com a governança corporativa,
é apresentado na ilustração a seguir:
Figura 1 - O problema de agência dos gestores e a governança corporativa
Fonte: Silveira, A. M,., "Governança Corporativa, Desempenho e Valor da Empresa no Brasil", Dissertação de
Mestrado defendida na FEA/USP, São Paulo, Outubro de 2002, pág. 14.
A maior parte da literatura sobre governança corporativa se desenvolveu
nos Estados Unidos e Reino Unido, países com um ambiente empresarial bem
distinto do brasileiro. Nesses países, a maior parte das grandes companhias
apresenta uma estrutura de propriedade do tipo "pulverizada", com a maior parte
dos acionistas possuindo um baixo percentual de ações da empresa e participando
pouco ativamente da eleição, monitoramento e avaliação dos executivos, que
tomam as decisões corporativas. Em resumo, nos países anglo-saxãos, a principal
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questão da governança corporativa é criar mecanismos para alinhar os interesses
dos executivos aos dos acionistas.
No caso do Brasil, onde pouca literatura foi desenvolvida sobre o tema, o
modelo de governança corporativa das companhias brasileiras é distinto do modelo
anglo-saxão e, como conseqüência, o problema básico de governança a ser
estudado e resolvido também é diferente. Segundo Silveira (2002) e as pesquisas
realizadas pelo IBGC (2001) e pela Mckinsey & Company e Korn/Ferry
International (2001), as empresas brasileiras possuem uma estrutura de propriedade
bastante concentrada, com a presença marcante de um acionista controlador, que
geralmente atua como gestor da companhia ou indica uma pessoa da sua confiança
para exercer tal função. Desta forma, existe uma sobreposição entre propriedade e
gestão, com o controlador tomando as principais decisões da companhia. O
principal problema de governança do modelo brasileiro ocorre, portanto, entre
acionistas controladores e os outros fornecedores de recursos financeiros, que são
os acionistas minoritários e os credores de longo prazo.
Nos últimos anos, a abertura do mercado e o conseqüente aumento da
competitividade reforçaram a necessidade de obtenção de recursos ao menor custo
possível, fazendo com que as empresas tenham sido levadas a adotar melhores
práticas de governança corporativa. Assim, o próprio modelo de governança
brasileiro têm evoluído, dando maior importância aos interesses dos acionistas
minoritários, à transparência das informações ao mercado e à profissionalização do
Conselho de Administração.
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3. Estrutura de capital e valor da empresa
Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002), estrutura de capital pode ser
definida como a estrutura de financiamento da empresa, que determina como serão
combinados os vários tipos de capital de terceiros e o capital próprio utilizados
pela empresa. Cabe ao administrador, portanto, escolher a proporção entre capital
de terceiros e capital próprio de forma que o valor da empresa seja maximizado.
Figura 2 – Estrutura de capital da empresa
Total deAtivos
Capital deTerceiros
CapitalPróprio
Balanço Patrimonial
Custo da Dívida (%)
Custo dos Sócios (%)
CustoCapital
Empresa
Ponderado pela proporçãode recursos próprios erecursos de terceiros
Custo dos Sócios (%)
Custo daDívida (%)
Fonte: Silveira, Alexandre Di Miceli, notas de aula, 2003.
Quando a empresa utiliza tanto capital de terceiros (por exemplo via emissão
de debêntures) como capital próprio (via emissão de ações) para financiar seus
investimentos, neles estão embutidos custos. O custo de capital da empresa será,
portanto, uma média ponderada desses dois custos que é calculada pela fórmula do
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WACC (do inglês Weighted Average Cost of Capital), traduzido como Custo
Médio Ponderado de Capital. Neste caso a taxa de desconto (custo de capital) a ser
utilizado nos projetos da empresa e para avaliação do seu valor será representado
por rWACC.
Fórmula do WACC:
rWACC = E * re + D * rd * (1 – Tc)
D + E D + E
Onde:
rWACC – Custo Médio Ponderado de Capital
D – Capital de Terceiros
E – Capital Próprio
Tc – Alíquota de Imposto
rd – Custo do Capital de Terceiros
re – Custo do Capital Próprio
É possível, em tese, encontrar uma estrutura de financiamento que minimize
o custo de capital da empresa e maximize seu valor de mercado. Essa hipótese, da
relação entre estrutura de capital e valor da empresa é apresentada na figura 3:
Figura 3 – Estrutura de financiamento e valor da empresa
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Endividamento (%)
Custo de Capital (%)
Valor da Empresa ($)
Endividamento (%)
4. Governança Corporativa: estrutura de financiamento e valor da empresa
A hipótese da importância da governança corporativa se baseia na premissa
de que as empresas com boa governança tendem a ser mais procuradas pelos
investidores, uma vez que estes demandam informações transparentes sobre a
empresa em que estão investindo e maior garantia de que as decisões serão
tomadas no seu melhor interesse. Consequentemente, haverá uma redução no custo
de capital da empresa e uma automática valorização de seus papéis.
Figura 4 - Possível impacto no valor das companhias
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Maior demandados
investidorespelos seus
papéis
Empresascom boa
governança
=Aumento do
valor daEmpresa
∑=
= +
nt
tt
t
WACCFCLE
1 )1(
Maiorcompetitividade
Menor TMA,gerando maiorquantidade de
projetos a seremempreendidos
Redução do custo decapital próprio
(ações) e de terceiros(dívida), resultando
em um menor WACC(custo médio
ponderado de capital)
Fonte: Silveira, Alexandre Di Miceli, notas de aula, 2003.
De acordo com a Figura 4, as empresas com boa governança têm uma
redução do seu custo de capital, em conseqüência da maior demanda por seus
papéis. Isso gera um aumento do valor da empresa e dá a ela uma maior
competitividade devido à redução da taxa mínima de atratividade (TMA), que
possibilita à empresa empreender mais projetos e obter maior lucratividade nos
projetos empreendidos.
Alguns estudos apresentam evidências de que a governança corporativa
realmente diminui o custo do capital da empresa, aumentando seu valor de
mercado e tornando-as mais competitivas. Um estudo da consultoria McKinsey
(2001), por exemplo, mostra que os investidores estariam dispostos a pagar um
prêmio pelas ações das empresas que apresentassem boas práticas de governança.
Através de uma pesquisa, foi encontrado que os investidores institucionais estariam
dispostos a pagar 28% a mais por ações de empresas brasileiras que apresentassem
uma boa governança.
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Silveira (2000) mostra em seus estudos que há uma relação mais forte entre
governança e valor da empresa. Encontrou também evidências de que as empresas
que possuem pessoas distintas ocupando os cargos de diretor executivo e
presidente do conselho são mais valorizadas, embora não tenha sido provado que
possuem um desempenho superior.
5. Principais iniciativas institucionais e governamentais para fomento das boas
práticas de governança corporativa no Brasil
Segundo Silveira (2003), além dos incentivos de mercado decorrentes do
aumento da competitividade, importantes iniciativas institucionais e
governamentais, de adequação e financiamento 1, também vêm contribuindo para a
melhoria das práticas de governança pelas empresas brasileiras, entre as quais:
Iniciativas de adequação:
• criação dos Níveis Diferenciados de Governança Corporativa da Bovespa.
• criação dos códigos de governança corporativa do IBGC e da CVM;
• aprovação da lei no10.303/2001, conhecida como a Nova Lei das SAs;
Iniciativas de Financiamento:
1 As iniciativas de adequação visam definir melhores práticas de governança a serem seguidas pelas empresas, enquanto as iniciativas de financiamento visam garantir privilégios de acesso ao capital de longo prazo para empresas com melhores práticas de governança.
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• estabelecimento de novas regras pela Secretaria de Previdência Complementar
(SPC) para definição dos limites de aplicação dos recursos dos fundos de
pensão;
• definição, pelo BNDES, da adoção de práticas de boa governança corporativa
como um dos requisitos preferenciais para a concessão de financiamentos;
• inserção, no plano diretor do mercado de capitais, da adoção de normas de
governança por parte de todos os agentes de mercado e da recomendação para
inclusão do tema na avaliação das companhias;
• discussão do projeto de lei do FGTS, que prevê o direcionamento de 1% do
FGTS (dos 8% depositados mensalmente pelo empregador) para a compra de
ações ordinárias de empresas listadas no Novo Mercado, ou para a compra de
papéis preferenciais resgatáveis de companhias do Nível 2 da Bovespa.
A criação dos Níveis 1 e 2 de governança corporativa e do Novo Mercado
pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) visa destacar as empresas
comprometidas com maior transparência e melhores práticas de governança
corporativa, senda a adesão voluntária, via contrato entre as partes. São três níveis
distintos, com um nível de exigência crescente na adoção de práticas diferenciadas
de governança corporativa. A figura 5 mostra os requerimentos de práticas de
governança de cada um dos níveis.
Figura 5 – Exigências para os Níveis Diferenciados de Governança da Bovespa
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Fontes: site Bovespa (www.bovespa.com.br) e Silveira, Alexandre Di Miceli, notas de aula, 2003.
Outra importante iniciativa por parte da CVM e do IBGC foi a elaboração
dos códigos de governança. Entre as principais recomendações, podemos citar:
• tamanho do Conselho de Administração entre 5 e 9 membros;
• maioria do Conselho de Administração composta por conselheiros
independentes (profissionais);
• separação dos cargos de presidente do conselho e do diretor executivo (CEO);
• constituição de comitês do Conselho de Administração: auditoria, remuneração
e nomeação;
• anualmente, avaliação formal do desempenho do conselho, de cada um dos
conselheiros e do diretor executivo;
• Presença de conselheiros com diferentes conhecimentos e experiências;
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• Manutenção, pelo Conselho de Administração, de um plano de sucessão
atualizado do CEO.
A Nova Lei das SAs também contribui para o estímulo das boas práticas de
governança corporativa. Entre as principais mudanças, podemos destacar a:
• limitação da emissão de ações preferenciais a 50% do total de ações emitidas,
ao invés dos 67%, paras as SAs instituídas após a lei;
• Obrigatoriedade da oferta pública de aquisição de ações pelo valor econômico
aos ordinaristas minoritários, em caso de:
- Cancelamento do registro de companhia aberta;
- Elevação da participação acionária impedindo a liquidez de mercado das
ações remanescentes;
• Direito dos ordinaristas minoritários receberem no mínimo 80% do valor pago
pelas ações do bloco de controle (tag along);
• Direito dos preferencialistas elegerem um membro para o Conselho de
Administração.
6. Considerações Finais
A adoção de melhores práticas de governança corporativa por parte das
empresas brasileiras é fundamental para o desenvolvimento do mercado de capitais
nacional, que, por sua vez, é fundamental para o crescimento e competitividade
internacional das próprias companhias. Como o desenvolvimento econômico do
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Brasil depende da competitividade das suas empresas, o aprimoramento das
práticas de governança corporativa deve ser visto como tema obrigatório entre as
políticas governamentais.
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7. Bibliografia
BARROS, Lucas Ayres B. de C., " Estrutura de capital e valor da empresa no
contexto de assimetria de informações e relações de agência: um estudo
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VISHNY, Robert. Investor protection and corporate governance. Journal of
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SILVEIRA, Alexandre Di Miceli, "Governança Corporativa, Desempenho e Valor
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São Paulo.
SILVEIRA, Alexandre Di Miceli. Governança Corporativa: Conceitos e Panorama
no Brasil. Disponível < http://www.abamecmg.com.br/camara/alexandre/htm>.
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