gestão socioambiental estratégica

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UNIR UNIR Análise do Livro Gestão Socioambiental Estratégica PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO Mestrado 2014 Docente Carlos André Da Silva Müller, Dr Disciplina Organização da Produção Sustentável Discentes Daiane Oliveira Medeiros Fernando Alves da Silva Maximiliano Barroso Bonfá Paulo Roberto Meloni Monteiro

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Análise do Livro

Gestão Socioambiental Estratégica

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃOMestrado 2014

DocenteCarlos André Da Silva Müller, Dr

DisciplinaOrganização da Produção Sustentável

DiscentesDaiane Oliveira Medeiros

Fernando Alves da SilvaMaximiliano Barroso Bonfá

Paulo Roberto Meloni Monteiro

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GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ESTRATÉGICA

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Nos últimos anos, as organizações têm sofrido

pressões de todas as ordens. A concorrência está cada vez

mais acirrada, as margens de lucro estão diminuindo, o nível de exigência dos clientes está

aumentando e, dependendo da condição econômica da organização, o acesso a

tecnologias de ponta está se tornando muito oneroso.

PREFÁCIO

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INTRODUÇÃO

• Até quase o final do século XX, a gestão ambiental e agestão social eram vistas como custo: despesasnecessárias para que as organizações atendessem àlegislação.

• Em 1998, cerca de 60 representantes dos mais diversosgrupos de interesse de cinco continentes, reunidos sobos auspícios do Conselho Organizacional Mundial para oDesenvolvimento Sustentável (WBCSD), lançaram, naHolanda, as bases do conceito de ResponsabilidadeSocial Corporativa (RSC).

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INTRODUÇÃO

• Responsabilidade Social Corporativa (RSC)– O foco é a promoção da atuação organizacional ética.– Necessidade de mostrar ao empresário a importância de seu papel na promoção da qualidade

de vida da comunidade que o cerca.– É importante integrar a RSC ao planejamento estratégico das organizações pois iniciativas

ligadas à prática de voluntariado, gestão ambiental, marketing verde, respeito aosempregados, fornecedores e clientes, dentre outras práticas, indicam uma tendência emdireção à cidadania corporativa.

Responsabilidade social [socioambiental] corporativa é o comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para

o desenvolvimento económico, melhorando, simultaneamente, [a qualidade ambiental] e a qualidade de vida de seus empregados, de suas famílias, da

comunidade local e da sociedade como um todo. (WBCSD)

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PARTE I

A GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ESTRATÉGICA E O

MACROAMBIENTE

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PARTE I - A GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ESTRATÉGICA E 0 MACROAMBIENTE

Capitulo 1 - O Macroambiente E Suas Variáveis

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Macroambiente

A gestão socioambiental estratégica (GSE) de uma organização consiste na inserção da variável socioambiental ao longo de todo o processo gerencial

de planejar, organizar, dirigir e controlar, utilizando-se das funções que compõem esse processo gerencial, bem como das interações que ocorrem

no ecossistema do mercado, visando a atingir seus objetivos e metas da forma mais sustentável possível.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Macroambiente

não é possível analisar a poluição de um rio apenas do ponto de vista ambiental, pois a poluição do rio causa também problemas sociais e

econômicos quando mata o peixe que alimenta o pescador, afasta o turista que usufruía daquela área, provoca doenças nas comunidades que se

abastecem daquela água, etc.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Macroambiente

O macroambiente é um sistema aberto, que se comunica com o ambiente externo, e suas variáveis (económica, tecnológica, ambiente natural, demográfica,

sociocultural, político-legal e competitiva) interagem a todo momento e geram novas oportunidades e ameaças para pessoas e organizações.

• Enfrentar a constante mutação dos diversos ambientes ou variáveis.• Quanto mais rápida for a adaptação das organizações ao seu ambiente externo, melhor

para sua sobrevivência.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Macroambiente

O macroambiente é o retrato de uma economia globalizada, na qual determinadas variáveis não atuam de forma independente

Variáveis

Econômica TecnológicaAmbiente Natural DemográficaSociocultural Político-LegalCompetitiva

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Análise Ambiental

Grau de Complexidade

Simples Complexo

Gra

u d

e M

ud

an

ça

Din

âm

ico

Poucos fatores ambientais

Fatores Semelhantes

Fatores em mudanças constante

Muitos fatores ambientais

Fatores diferentes

Fatores em mudança constante

Es

táve

l

Poucos fatores ambientais

Fatores semelhantes

Fatores mudando raramente

Muitos fatores ambientais

Fatores diferentes

Fatores mudando raramente

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Análise Ambiental

Tendências

São as variações no ambiente externo, lentas ou rápidas, mas persistentes, que podem afetarde forma leve ou profunda os negócios ou atividades da organização, de seus clientes, dosfornecedores ou da sociedade em geral.

Descontinuidade

São mudanças bruscas no ambiente da organização que ocorrem em curtíssimo espaço detempo.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Análise Ambiental

Os ciclos de Kondratieff

As inovações tecnológicas satisfazem as necessidades humanas e incrementam a

economia

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Análise Ambiental

Oportunidades, Ameaças, Forças e Fraquezas

• Análise SWOT

Oportunidades: oferecem um potencial favorável à organização e são fatores externos previsíveis quepoderão afetar positivamente as suas atividades.Ameaças: são as principais circunstâncias desfavoráveis ou impedimentos à posição atual ou futura daorganização. São fatores externos previsíveis, que poderão afetar negativamente as atividades.Forças: são os recursos ou aptidões que fazem com que a organização suplante os concorrentes. Sãotodas as características positivas que favorecem a organização no cumprimento dos seus propósitos.Fraquezas: são características negativas que prejudicam a organização no cumprimento de seuspropósitos.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Econômica

O ambiente econômico trata da economia em geral, incluindo os ciclos de negócios, renda do consumidor e padrões de consumo

Ciclos de negócios e padrões de gastos

Convém pesquisar se os clientes perceberão a implementação dessas medidas como um valoragregado para os produtos ou serviços que estão adquirindo, e também se os clientesaceitarão pagar um preço maior por tais produtos ou serviços, produzidos com um apelosocioambiental estabelecido e forte.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Tecnológica

O conhecimento científico, a pesquisa, as invenções e as inovações que resultam em bens e serviços novos ou aperfeiçoados constituem o ambiente tecnológico, que

deve ser alvo da análise ambiental

Tecnologia

É um conjunto de meios criados pelas pessoas para facilitar o esforço humano, devendo servista como capacidades criadas.

Conhecimentos / Meios / Know-how

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Tecnológica

Tecnologias mais limpas (TML) são definidas como um conjunto de soluções que começam a ser estabelecidas e disseminadas, por sua ampla utilização,

a fim de prevenir e resolver problemas ambientais.

As tecnologias mais limpas dependem de novas maneiras de pensar e agir sobre os processos, produtos, serviços e formas gerenciais, em uma

abordagem mais holística

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Ambiente Natural

O ambiente natural e seus recursos constituem um dos chamados fatores de produção

Meio ambiente ou ambiente natural é condição sine qua non para a existência da vida noplaneta, salientamos que todos os seus elementos devem ser considerados como recursosnaturais.• Renováveis (RNR) - é aquele que pode ser obtido de forma indefinida a partir de uma

mesma fonte. Os RNR podem não se alterar com o uso (energia direta solar, ventos, marés),mas também podem esgotar-se, manter-se ou aumentar.

• Não-renováveis (RNNR) - possui uma quantidade finita, que poderá se esgotar se este forcontinuamente explorado. Alguns RNNR podem se esgotar com o uso, mas podem ser maisfacilmente reutilizados e reciclados.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Ambiente Natural

Entende-se, assim, que o ambiente natural envolve recursos naturais disponíveis para a organização ou que são afetados por ela em uma perspectiva organizacional.

O ar, a água, o solo, os minerais, as plantas e os animais podem fazer parte do ambiente natural de uma organização, sendo ou não utilizados por ela para

produzir bens ou serviços. A capacidade de fornecer bens e serviços pode ser influenciada também pelo clima. Além disso, as atividades da organização podem afetar o ambiente natural, gastando ou repondo recursos, ou ainda aumentando

ou reduzindo a poluição.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Ambiente Natural

Disponibilidade de recursos

O preço cobrado por um produto pode estar relacionado à disponibilidade de determinadosrecursos naturais.

Quando a oferta de recursos é limitada, vender uma quantidade menor do produto, maspor um preço mais alto.

0 demarketing, ou antimarketing, constitui-se na manipulação do marketing mix paradesmotivar, e não para estimular a demanda por determinado produto ou serviço.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Ambiente Natural

Responsabilidade com o ambiente natural e o marketing verde

O marketing verde ou ambiental não se limita à promoção de produtos que tenham algunsatributos verdes, como aqueles que são recicláveis, naturais e com baixo consumo de energia,pois, para ser ambientalmente responsável, a organização deve, antes de tudo, organizar-separa ser socioambientalmente responsável em todas as suas atividades.

As organizações que praticam o marketing verde procuram mostrar que seus produtos causam menor ou nenhum dano ao meio ambiente

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Ambiente Natural

Dada a demanda por produtos “verdes”, é tentador anunciar que os produtos de uma organização são benéficos ao ambiente natural. Porém, alegações exageradas

ou vagas, que podem em um primeiro momento iludir os clientes, tornam-se desastrosas a médio e longo prazo. Um exemplo disso são as declarações publicadas em algumas embalagens, que apresentam os produtos como “amigos da natureza”

ou afirmam que estes “protegem o meio ambiente” sem quaisquer justificativas. Esses anúncios estão sendo denunciados como “lavagem verde”, e podem ser enquadrados como propaganda enganosa, caso estejam infringindo alguma

regulamentação.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Demográfica

O tamanho e o crescimento da população, sua distribuição geográfica e densidade são fatores que afetam o ambiente natural.

A demografia ajuda a identificar padrões de diversidade e lida com variáveis como localizaçãogeográfica, idade, raça, sexo e níveis de renda e de instrução, entre outras.

Alertamos que as questões relacionadas ao ambiente demográfico não devem ser vistas apenas como ummercado em potencial, e sim como uma oportunidade de despertar o consumidor para o consumoconsciente, ou seja, sustentável.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Sociocultural

Está relacionado com o conjunto de manifestações culturais, valores, costumes e crenças que se refletem no comportamento e no modo de vida das comunidades

Os valores centrais são altamente persistentes, já os valores secundários são mais suscetíveis amudar e forçar mudanças nos planejamentos estratégicos das organizações.

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Sociocultural

Responsabilidade socioambiental empresarial (RSE)

É o conjunto de ações socioambientais desenvolvidas por uma determinada empresa, que visam aidentificar e minimizar os possíveis impactos negativos resultantes de sua atuação, bem comodesenvolver ações para construir uma imagem positiva, fortalecendo as condições favoráveis aosnegócios da empresa.

É a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos ospúblicos com os quais ela se relaciona e também pelo estabelecimento de metas empresariaiscompatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais eculturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução dasdesigualdades sociais. (Instituto Ethos).

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Sociocultural

Questões éticas

Ética refere-se aos princípios e valores morais que governam o modo como um indivíduo ougrupo conduz suas atividades.

A decisão de adaptar-se ao chamado “padrão de conduta local” custou caro para algumas empresas multinacionais

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CAPÍTULO 1 - 0 MACROAMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS

Variável Político-Legal

Esse ambiente influencia as estratégias organizacionais por meio de leis, regulamentações e pressões políticas

O organização deve servir seus clientes e atender às exigências dos governos federal, estadual emunicipal, assim como dos grupos de interesse especiais. Juntos esses componentesconstituem o ambiente político-legal.

O ambiente político-legal, portanto, envolve todo o processo legislativo de uma circunscriçãoadministrativa (blocos económicos, país, estado, município), cujas leis podem beneficiar oudesfavorecer a implementação de programas como a GSE, dependendo das prioridadesestabelecidas em cada local.

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PARTE I - A GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ESTRATÉGICA E 0 MACROAMBIENTE

Capitulo 2 - Abordagens Relacionadas ao Macroambiente

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Abordagens Relacionadas ao Macroambiente

• Apresentamos abordagens relacionadas ao macroambiente.

• Nele existem forças chamadas de variáveis “incontroláveis”

• Por exemplo, na variável ambiente natural, as empresas estão à mercê de furacões, tsunamis, terremotos etc.

• O que as organizações podem fazer é reagir contra essas circunstâncias não instalando empresas em lugares sujeitos a esse tipo de calamidade ou fazer investimentos elevados em apólices de seguros.

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Abordagens Relacionadas ao Macroambiente

• Entretanto, se a calamidade chegar, nada mais poderá ser feito.

• Porém, existem variáveis que podem ser controladas e que dependem mais do grau de conscientização da organização em relação às questões ambientais.

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Evolução histórica das questões ambientais

1950

Queda da qualidade de vida

1962

Raquel Carson lançou SilentSpring(Primavera Silenciosa)

1972

Clube de Roma lança o Relatório Limitsto Growth –Sugeria o crescimento zero.

I Conferência Mundial sobre Meio Ambiente - Estocolmo

Década de 1970

Década do Controle ambiental

1978

1º Selo Ecológico –Anjo Azul.

Lançado na Alemanha

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Evolução histórica das questões ambientais

Década de 1980

Legislações de Controle da poluição –Final do tubo

1987

Protocolo de Montreal – Bane uso de CFC

Relatório da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento -Relatório Brundtland

1989

Convenção da Basiléia

Proíbe o envio de resíduos

1992

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento

Cúpula da Terra ou Rio 92

1997

Protocolo de Kyoto

Redução de emissão de gazes

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Década de 1990

Percebeu-se uma mudança de enfoque em relação à gestão

ambiental ou gestão ecoeficiente.

Otimização do Processo produtivo.

Entrada em vigor das normas britânicas BS 7750- Specification for Environmental

Management Systems (Especificação para Sistemas de Gestão Ambiental),

Base para a elaboração de um sistema de normas ambientais em nível mundial.

Constituem a série ISO 14000.

Difundiu-se o conceito de ecodesign.

Produção mais sustentável.

Para as organizações, a questão ambiental deixava de ser um tema problemático para se

tornar parte de uma solução maior: a credibilidade da organização em relação à

sociedade por meio da qualidade e da competitividade de seus produtos.

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Evolução histórica das questões ambientais

• No século XXI, mais precisamente em 2002, ocorreu a Cúpula Rio+10, em Joanesburgo, na África do Sul, que procurou fazer uma avaliação dos resultados obtidos nos dez anos que sucederam a Conferência Rio 92.

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Desenvolvimento sustentável

• O relatório Nosso Futuro Comum é um marco no debate sobre a interligação entre as questões ambientais e o desenvolvimento.

• O relatório afirma que o crescimento econômico sem a melhoria da qualidade de vida das pessoas e das sociedades não pode ser considerado desenvolvimento.

• Mostra também que é possível alcançar maior desenvolvimento sem destruir os recursos naturais, conciliando o crescimento econômico com a conservação ambiental.

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Desenvolvimento sustentável

• Nesse relatório, desenvolvimento sustentável é definido como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades.

• O conceito de desenvolvimento sustentável é composto por três dimensões:

– Econômica

– Social

– Ambiental.

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O Relatório Brundtland procurou capturar os dois lados do desenvolvimento econômico: Seres humanos e a Natureza.

Sistema político que assegure a efetiva participação dos cidadãos no processo decisório e que estimule a atuação responsável;

Sistema econômico que seja capaz de gerar excedentes e know-how em bases confiáveis, de forma a possibilitar o desenvolvimento sem degradação;

sistema social que possa resolver as tensões causadas por um desenvolvimento não-equilibrado e, que estabeleça critérios para o crescimento populacional;

Sistema de produção que vise a preservar a origem dos recursos naturais, com aproveitamento mais eficiente destes e dos resíduos gerados;

Sistema tecnológico que busque constantemente novas soluções, voltadas para a ecoeficiência dos processos e produtos;

Sistema internacional que estimule cada vez mais padrões sustentáveis de comércio e financiamento, gerando vantagens para as empresas;

Sistema administrativo que seja flexível e capaz de se auto-avaliar, em um processo de melhoria contínua.

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Desenvolvimento sustentável

• A partir da definição de desenvolvimento sustentávelpelo Relatório Brundtland, em 1987, percebe-se quetal conceito não diz respeito apenas ao impacto daatividade econômica no meio ambiente, mas refere-se, principalmente, às consequências dessa relaçãona qualidade de vida e no bem-estar da sociedade,tanto presente quanto futura.

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Críticas à proposta de desenvolvimento sustentável

• A proposta do desenvolvimento sustentável refere-se ao desenvolvimento econômico, diferenciando-o de crescimento econômico.

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Críticas à proposta de desenvolvimento sustentável

• Enrique Rattner, por sua vez, defende a ideia de quecom o crescimento econômico não há redução depobreza, sobretudo quando se combina umadistribuição desigual do produto social com um usopredatório e devastador dos recursos naturais.

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Visões das correntes do pensamento econômico sobre a questão ambiental

• Ignacy Sachs desenvolveu o conceito dedesenvolvimento ecologicamente sustentado ouecodesenvolvimento.– “processo criativo de transformação do meio com a ajuda

de técnicas ecologicamente prudentes, concebidas emfunção das potencialidades deste meio, impedindo odesperdício dos recursos e cuidando para que estes sejamempregados na satisfação das necessidades de todos osmembros da sociedade, dada a diversidade dos meiosnaturais e dos contextos culturais”.

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• Consideram que a poluição é uma consequência do estilo de desenvolvimento econômicoda nossa sociedade e que existe a necessidade de uma relação harmônica e interativa entreo desenvolvimento econômico e o meio ambiente, sob pena de haver o comprometimentodos recursos não renováveis do planeta.

Ecodesenvolvimentistas

• A poluição ambiental tem origem em uma falha no sistema de preços, que não reflete deforma correta os danos causados a terceiros e ao meio ambiente quando da implantação deuma indústria ou do aumento da produção, o que deveria ser resolvido por meio daintrodução de um mecanismo que possibilitasse a internalização monetária dessaexternalidade – a poluição.

Pigouvianos

• O estudo do meio ambiente está associado à incorporação das externalidades, queaparecem porque certos tipos de recursos (o meio ambiente ou ambiente natural) têmpropriedade indefinida, permanecendo fora do mercado de fatores e não tendo preçodefinido. Isso provoca sua não-consideração como recurso escasso e sua superutilizaçãopelos usuários.

Neoclássicos

• Pode ser definida como um campo transdisciplinar que estabelece relações entre osecossistemas e o sistema econômico. Agrega os estudos de ecologia e de economia,viabilizando a extrapolação de suas concepções convencionais e procurando tratar a questãoambiental de forma sistêmica e harmoniosa, com o objetivo de formular novos paradigmas.É dinâmica, sistêmica e evolucionista. Foco é a relação do homem com a natureza e acompatibilidade entre crescimento demográfico e disponibilidade de recursos.

Economistas ecológicos

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• Historicamente, as teorias econômicas e de gestão ignoram aslimitações

• do ambiente natural.• Uma visão econômica bem mais recente é a resource based view,

ou teoria dos recursos internos, que pretende aliar a prevenção dapoluição ao desenvolvimento sustentável.

• O enfoque principal dessa teoria é a crença de que a vantagemcompetitiva pode ser sustentada somente se as capacidadescriadoras de vantagens estiverem apoiadas em recursos que nãopodem ser facilmente copiados pelos competidores.

• “barreiras para imitação”.

Visões das correntes do pensamento econômico sobre a questão ambiental

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Valor econômico do meio ambiente

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A relação homem-natureza segundo diferentes visões de mundo

• As três principais análises do relacionamento homem-natureza são o paradigma social dominante, o ambientalismo radical e o ambientalismorenovado.

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• Representa a visão tradicional de mundo da sociedade industrializada e do paradigmaeconômico - o status quo.

• Expressa os princípios e objetivos econômicos neoclássicos - crescimento econômicoe lucro.

• Também sua relação com os fatores naturais, tratados como externalidades.

Paradigma Social

Dominante

• Representa a visão de mundo daqueles que se opõem radicalmente ao paradigmasocial dominante. O ambientalismo radical promove uma visão da biosfera e dasociedade humana baseada nos princípios ecológicos do holismo, da abordagemintegrada, do equilíbrio da natureza, da diversidade, dos limites finitos e dasmudanças dinâmicas.

AmbientalismoRadical

• Representa aqueles que se colocam em uma faixa intermediária entre a filosofia e aprática ambiental.

• Uma modificação de valores antropocêntricos, a fim de incluir valores biocêntricos.

• É contrário à perspectiva do paradigma social dominante, e propõe uma abordagemsistêmica, bem como a adoção de leis de conservação e de entropia datermodinâmica nos cálculos da sustentabilidade ambiental

AmbientalismoRenovado

Dentro do ambientalismo radical existem quatrofilosofias proeminentes: a ecologia profunda, aecologia espiritual, a ecologia social e o ecofeminismo,

Diferem principalmente em termos de ênfases e meios,em vez de fins.

Ecofeminismo

Ecologia social

Ecologia espiritual

Ecologia profundaA ecologia espiritual outranspessoal enfatiza, assim como aecologia profunda, a necessidadede mudanças transformacionais naconsciência humana como pré-requisito para mudanças nos níveisfísicos da existência.

ecologia profunda é uma perspectiva holística queintegra as dimensões biológica, psicológica eespiritual, buscando a essência e os princípios deinterdependência e interação do ecossistema.Existe um imperativo moral e ético de que oshomens têm uma obrigação de implementar (peloexemplo e pela ação direta) estas mudanças nasociedade. Fritjof Capra pode ser considerado umdos principais pensadores desta filosofia.

A ecologia social oferece a visão de uma ordem sociopolíticareconstruída, baseada no “municipalismo libertário”, o queimplica um planejamento e um governo popular descentralizadoe biorregionalmente baseado em assentamentos humanos queespelhem ecossistemas locais.

O ecofeminismo tem como questãocentral pôr fim a todas as formas deOpressão. O antídoto ecofeminista àsestruturas e processos sociaisexploradores é a justiça social, baseadanos princípios do igualitarismo,inclusividade, comunitarismo, tomadade decisão consensual, cuidadosrecíprocos e responsabilidade.

Page 48: Gestão Socioambiental Estratégica

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Conservação x preservação ambiental

• Para que se compreenda a questão ambiental, é necessárioconhecer duas atitudes e posturas que dividem, filosoficamente, osque se preocupam com o meio ambiente: a conservação e apreservação ambiental.

• Preservação Ambiental é a proteção de um ecossistema dadestruição e de qualquer forma de dano ou degradação, assimcomo de uma área geográfica ou de espécies animais e vegetaisameaçadas de extinção, por meio de medidas legalmentenecessárias e de vigilância adequadas.

• Conservação Ambiental, é o aproveitamento controlado de bens erecursos que constituem o ecossistema, em extensão e ritmo quepermitam sua recomposição, de forma induzida ou inteiramentenatural.

Page 49: Gestão Socioambiental Estratégica

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Conservação x Preservação ambiental

• Há, ainda, o termo proteção ambiental, que significa oato de proteger.

• Esse termo tem sido utilizado por vários especialistasenglobando os demais termos, como preservação,conservação, recuperação, etc. Portanto, conservarimplica manejar, usar com cuidado, e preservar é maisrestritivo, significa não usar ou não permitir qualquerintervenção humana que tenha repercussões noambiente.

Page 50: Gestão Socioambiental Estratégica

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Agenda 21

• Agenda 21

– Global

– Nacional

– Local

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Agenda 21 Global

• Este é um plano de ação global que se estende aos âmbitos nacional e local, envolvendo governos e sociedade civil em todas as áreas em que a ação humana exerce impacto sobre o meio ambiente

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Agenda 21 Global

• A Agenda 21 buscou reunir e articular propostas parainiciar a transição dos modelos de desenvolvimentoconvencionais para modelos de sociedades sustentáveis.

• É a mais abrangente tentativa já realizada de orientar umnovo padrão de desenvolvimento para o século XXI, cujoalicerce é a sinergia da sustentabilidade ambiental, sociale econômica, perpassando por todas as suas açõespropostas.

Page 53: Gestão Socioambiental Estratégica

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Agenda 21 Global

• 0 enfoque do processo de planejamento apresentadocom o nome de Agenda 21 não é restrito às questõesligadas à preservação e conservação da natureza.

• É uma proposta que rompe com o desenvolvimentodominante

• Dessa forma, a Agenda 21 considera estratégica ageração de emprego e renda, a diminuição dasdisparidades regionais e interpessoais de renda, asmudanças nos padrões de produção e consumo, aconstrução de cidades sustentáveis e a adoção de novosmodelos e instrumentos de gestão.

Page 54: Gestão Socioambiental Estratégica

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Agenda 21 Brasileira

• Contempla a participação de diferentes níveis dogoverno, do setor produtivo e da sociedade civilorganizada.

• No Brasil, foi criada por decreto do presidente daRepública, em fevereiro de 1997, a Comissão de Políticasde Desenvolvimento Sustentável (CPDS) e da Agenda 21

• Incluindo representantes:– Governo e da– Sociedade civil

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Linhas estratégicas estruturadoras da

Agenda 21 Brasileira, segundo as diferentes

dimensões da sustentabilidade

Page 56: Gestão Socioambiental Estratégica

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Agenda 21 local

• A Agenda 21 local é um instrumento de planejamento depolíticas públicas.

• Envolve a sociedade civil e o governo em um processo amploe participativo de consulta sobre os problemas ambientais,sociais e econômicos locais.

• Devem ser considerados os seguintes princípios:– 1. participação e cidadania;– 2. respeito às comunidades e diferenças culturais;– 3. integração;– 4. melhoria do padrão de vida das comunidades;– 5. diminuição das desigualdades sociais;– 6. mudança de mentalidades.

Page 57: Gestão Socioambiental Estratégica

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Rio+10

• As decisões tomadas na Cúpula Mundial sobreDesenvolvimento Sustentável, ou Rio+10, emJohanesburgo visaram a reforçar os compromissos detodas as partes para que os objetivos da Agenda 21Global sejam alcançados.

• O principal resultado da Rio+10 foi a geração de umplano de implementação da Agenda 21 Global.

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Rio+10

1. Reduzir à metade a proporção das pessoas que não têm acesso a água potável ou saneamento básico até 2015;

2. Recuperação das áreas pesqueiras até 2015;

3. Reduzir a perda de biodiversidade até 2010;

4. Para 2020, usar e produzir produtos químicos de forma que não agridam a saúde humana e o ambiente natural.

Page 59: Gestão Socioambiental Estratégica

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Educação ambiental

• Assume um caráter mais amplo

• Embasada na busca de um equilíbrio entre o homem e o ambiente, com vistas à construção de um futuro planejado sob uma lógica de desenvolvimento e progresso (pensamento positivista).

• E a é ferramenta de educação para o desenvolvimento sustentável.

• É importante salientar que a EA também deve fazer parte do mundo organizacional

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Capitalismo natural

• Procura diminuir a lacuna que existe entredesenvolvimento econômico e sustentabilidade

• Muitas vezes aparecem como aspectos dicotômicos• Esta proposta desenvolve-se dentro dos marcos do

capitalismo, mas questiona o modelo de produçãocapitalista.

• Trata-se de um conceito que deve ser conhecido eanalisado por quem está interessado em aumentar aprodutividade de uma organização e reduzir osrespectivos impactos ambientais.

Page 61: Gestão Socioambiental Estratégica

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Capitalismo Natural

• É uma extensão da noção econômica de capital (meios de produção) para a produção de bens e serviços ambientais.

• É um estoque– Uma floresta

• Produz um fluxo de bens – Árvores novas

• Serviços– Sequestro de carbono, controle de erosão, habitat, fotossíntese,

manutenção da umidade e da vida do solo, manutenção do clima, etc.).

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Capital Natural

• O capital natural pode ser dividido

• Renovável

• Não-renovável– Combustíveis fósseis

• Compreende todos os recursos individuais conhecidos e usados pela humanidade– Água, os minérios, o petróleo, as árvores, os peixes, o solo, o ar, etc.

• Envolve os chamados sistemas vivos– Savanas, os mangues, os estuários, os oceanos, os recifes de coral, as

áreas ribeirinhas, as tundras e as florestas tropicais,etc.

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Capitalismo

• O capitalismo é um sistema econômico, e não um sistema político.• O capitalismo tradicional se define como a riqueza acumulada na

forma de investimentos, fábricas e equipamentos. • Uma economia requer quatro tipos de capital para funcionar

adequadamente:– Capital humano, na forma de trabalho e inteligência, cultura e

organização;– Capital financeiro, que consiste em dinheiro, investimentos e instrumentos

monetários;– Capital manufaturado, inclusive infra-estrutura, máquinas, ferramentas e

fábricas;– Capital natural, constituído de recursos, sistemas vivos e os serviços do

ecossistema.

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Pressupostos do capitalismo natural

• O ambiente natural não é um fator de produção sem importância, mas “um invólucro que contém, abastece e sustenta o conjunto da economia”.

• Os fatores limitantes do desenvolvimento econômico futuro são a disponibilidade e a funcionalidade do capital natural.

• Os sistemas de negócio e de crescimento populacional mal concebidos ou mal projetados, assim como os padrões dissipadores de consumo, são as causas primárias da perda do capital natural.

• O progresso econômico futuro tem melhores condições de ocorrer nos sistemas de produção e distribuição democráticos baseados no mercado, nos quais todas as formas de capital sejam plenamente valorizadas, inclusive o humano, o industrial, o financeiro e o natural.

• Uma das chaves do emprego mais eficaz das pessoas, do dinheiro e do ambiente natural é o crescimento radical da produtividade dos recursos.

• O bem-estar humano é mais favorecido pela melhoria da qualidade e do fluxo da prestação de serviços desejáveis do que pelo mero aumento do fluxo total de dólares.

• A sustentabilidade econômica e ambiental depende da superação das desigualdades globais de renda e bem-estar material.

• Em longo prazo, o melhor ambiente para o comércio é oferecido pelos sistemas de governo verdadeiramente democráticos.

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As Quatro Estratégias Do Capitalismo Natural

• O capitalismo natural pode evitar a escassez, perpetuar a abundância e estabelecer uma base sólida para o desenvolvimento social

– Produtividade radical dos recursos;

– Biomimetismo;

– Economia de serviço e de fluxo;

– Investimento no capital natural.

A produtividade radical dos recursosO uso mais efetivo dos recursos oferece trêssignificativas vantagens: em uma das extremidades dacadeia de valor, desacelera seu esgotamento, na outraextremidade da cadeia de valor, diminui a poluição efornece as bases para o crescimento do emprego ematividades significativas em todo o mundo.O estabelecimento de indicadores de performance,baseados em padrões mundiais e adaptados àrealidade local, fomentariam a busca de novosprocedimentos, incentivando a inovação.

0 biomimetismoA redução do uso dissipador de material - ou seja, aeliminação da própria ideia de desperdício pode serobtida redesenhando-se os sistemas industriais emlinhas biológicas que modifiquem a natureza dosprocessos industriais e materiais, possibilitando areciclagem constante do material em ciclos fechadoscontínuos e, com muita frequência, a eliminação datoxicidade.

Uma economia de serviço e de fluxoAlteração fundamental na relação entre produtor e consumidor, ou seja, umatransformação da economia de bens e aquisições em uma economia deserviço e de fluxo. Essencialmente, a economia baseada em fluxo de serviçoseconômicos pode proteger melhor os serviços do ecossistema do qualdepende. Isso acarretará uma nova percepção do valor: uma mudança daaquisição de bens como medida de riqueza para uma economia em que arecepção contínua de qualidade, utilidade e desempenho promova o bem-estar.

Investimento no capital naturalInvestir no capital natural é evitar a destruição do planeta, mediantereinvestimentos na sustentação, na restauração e na expansão dos estoquesde capital natural. Dessa forma, é possível que a biosfera possa produzir maisrecursos naturais e, por consequência, serviços ambientais mais abundantes.

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PARTE II

A GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ESTRATÉGICA E O MICROAMBIENTE

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PARTE II - A GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ESTRATÉGICA E 0 MICROAMBIENTE

Capitulo 3 - 0 Microambiente e

Seus Atores

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PARTE II - A GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ESTRATÉGICA E 0 MICROAMBIENTE

Capitulo 4 – Abordagens Relacionadas ao

Microambiente

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PARTE III

A GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ESTRATÉGICA E O AMBIENTE

INTERNO

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PARTE III - A GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ESTRATÉGICA E O AMBIENTE INTERNO

Capitulo 5 - 0 Ambiente Interno e

Suas Funções

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Gestão Socioambiental Estratégica

Relembramos que a GSE consiste na inserção davariável socioambiental ao longo de todo o processogerencial de planejar, organizar, dirigir e controlar,visando a que a organização atinja seus objetivos emetas da maneira mais sustentável possível, por meiode todas as funções que a compõem.

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Gestão Socioambiental Estratégica

O AMBIENTE INTERNO E SUAS FUNÇÕES

E no ambiente interno que a alta administração tem opoder para implantar medidas, alterar processos edesenvolver produtos. As funções descritas nestecapítulo poderão variar de uma organização paraoutra, dependendo da complexidade de sua estrutura.

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Gestão Socioambiental Estratégia

Fonte:

Kotler e Armstrong, 1998

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Gestão Socioambiental Estratégica

• O Planejamento Estratégico tem como objetivo primordial proporcionar as bases necessáriaspara as manobras que permitem que as organizações naveguem e perpetuem, mesmo dentrode condições mutáveis e cada vez mais adversas em seu contexto de negócios;

• Além de ter essa capacidade de adaptação ao “ecossistema do mercado”, é necessário que aorganização seja proativa, que se antecipe ao futuro.

• É possível encontrar uma forma de “antecipar-se ao futuro”... “ter uma bola de cristal”... Aresposta está no planejamento estratégico... O autor relata que concorda com essa opinião eapresenta a GSE..

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Gestão Socioambiental Estratégica

A Gestão Socioambiental Estratégica (GSE) é apresentadacomo uma ferramenta oriunda do planejamento estratégicocom o objetivo de inserir a variável socioambiental comotema central no momento da elaboração de umaplanejamento estratégico organizacional.

Page 76: Gestão Socioambiental Estratégica

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Gestão Socioambiental Estratégica

As estratégias desenvolvidas na elaboração do planejamentoestratégico organizacional devem contemplar as questões sociaise ambiental. Isto proporcionará a organização

Ter maior coerência e coesão;

Desenvolver objetivos claros;

Inspiração para realizar mudanças profundas e significativas;

Valorização do mercado e pelos colaboradores;

Atingir sustentabilidade e sucesso a longo prazo;

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Gestão Socioambiental Estratégica

O papel dos profissionais, independentemente da áreafuncional que esteja atuando, é de definir, cumprir eaperfeiçoar esse planejamento.

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Gestão Socioambiental Estratégica

Como resultado a organização terá maior clareza sobre asoportunidades e ameaças e devem identificar suas forças efraquezas.

Análise do Macroambiente

Análise de Microambiente

Análise do Ambiente

Interno

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Gestão Socioambiental Estratégica

• Pelo conhecimento das forças efraquezas da organização que sãoconstruídas as estratégiascorporativas e competitivas.

“Conhece-te a ti mesmo”

Sócrates

• Pessoas com os quais convivemosconseguem perceber maisfacilmente nossos problemas enossas folhas.

“Observe seus inimigos”

Aristóteles

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Gestão Socioambiental Estratégica

A primeira tarefa para uma análise do ambiente interno éelaborar uma lista ampla de forças e fraquezas daorganização e também dos pontos que precisam sermelhorados.

Page 81: Gestão Socioambiental Estratégica

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Gestão Socioambiental Estratégica

Não devemos esquecer que a variável socioambiental deve seruma driving force (força direcionadora) das intençõesestratégicas organizacionais, ou seja, uma força que orienta paraque a gestão socioambiental estratégica (GSE) seja efetivamenteimplementada na organização.

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Gestão Socioambiental Estratégica

A GSE inicia com um diagnóstico de toda a organização,

avaliando-a globalmente.

Dessa forma, a organização é analisada, tendo em vista as

entradas de matérias-primas e insumos em geral, os processos

realizados, as saídas (resíduos, emissões e efluentes) e as

relações com seus stakeholders, tanto internos como externos,

a fim de configurar a questão social.

Page 83: Gestão Socioambiental Estratégica

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Gestão Socioambiental Estratégica

Em seguida, é feita uma avaliação dos aspectos e impactos

ambientais e sociais mais significativos que a organização gera,

priorizando os setores ou processos que apresentaram os

maiores problemas...

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Gestão Socioambiental Estratégica

Para que a GSE seja efetivamente incorporada à estratégia daorganização, é importante analisar os diferentes papéisdesempenhados pelos departamentos e setores dessaorganização, buscando identificar as fontes dos problemas.

Page 85: Gestão Socioambiental Estratégica

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Áreas ou funções organizacionais

Finanças

Pesquisa e Desenvolvimento

Compras Custos

Contabilidade

Produção Qualidade

Recursos Humanos

Marketing

Page 86: Gestão Socioambiental Estratégica

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Gestão Socioambiental Estratégica

Todos esses grupos inter-relacionados formam o ambienteinterno e cada um deles tem papel importante no alcance dosobjetivos organizacionais.

Page 87: Gestão Socioambiental Estratégica

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Gestão Socioambiental Estratégica

Alta administração

Missão

Objetivos Organizacionais

Decisões

Estratégias mais amplas

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Gestão Socioambiental Estratégica

As políticas da organização podem ser discutidas nas diversasinstâncias da organização, mas a decisão final é do nível maisalto da administração.

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Gestão Socioambiental Estratégica

As políticas da organização podem ser discutidas nas

diversas instâncias da organização, mas a decisão final é

do nível mais alto da administração.

A inter-relação entre os setores devem ser harmônicos, a

comunicação e a cooperação entre as funções.

Page 90: Gestão Socioambiental Estratégica

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ALTA ADMINISTRAÇÃO

ORGANIZAÇÕES

• As organizações têm entendido a importância de umaatuação mais responsável e preocupada com asquestões socioambientais e, paulatinamente, começama assumir seu papel nesse âmbito.

MUDANÇA..

• Mudamos nossa forma de pensar e agir se estivermoscertos de que isso é necessário. Só assim podemoscomeçar a falar em mudança, que é uma palavra chaveno processo de implementação de algo novo, como aGSE, dentro de uma organização.

Page 91: Gestão Socioambiental Estratégica

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A implementação de algo novo necessita de começar pela alta administração ou ter o aval desta.

Alta Administração

Page 92: Gestão Socioambiental Estratégica

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Alta Administração

Sabemos que resistências sempre ocorrem nas organizações quando

as rotinas e os métodos de trabalho são alterados.

Cabe à alta administração desencadear o processo de motivação dos

funcionários para a importância da preservação e conservação

ambiental, bem como dos aspectos sociais.

Page 93: Gestão Socioambiental Estratégica

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Alta Administração assumindo a Liderança em um processo de implementação de Gestão Ambiental.

Demonstrar vontade de

mudar

Partilhar metas com os colaboradores

Analisar com os

colaboradores os principais

riscos ambientais

Implementar programas-

pilotos

Reconhecer os esforços

dos colaboradores

Colocar a frente das

mudanças os colaboradores

Page 94: Gestão Socioambiental Estratégica

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Alta Administração

Estratégico

Tático

Operacional

A gestão socioambiental precisa ser integrada à missão das

organizações e perpassar os planejamentos estratégico,

tático e operacional, a fim de que deixe de ser apenas uma

filosofia bonita, mas sem aplicabilidade interna.

Page 95: Gestão Socioambiental Estratégica

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Alta Administração

Estratégico

Tático

Operacional

Quando a questão socioambiental é inserida na gestão administrativa,atingindo as mais altas esferas de decisão, ela passa a fazer parte doplanejamento estratégico, do desenvolvimento das atividades derotinas, da discussão dos cenários alternativos e, consequentemente,

da análise de sua evolução, gerando políticas, metas e planos de ação.

Page 96: Gestão Socioambiental Estratégica

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A Função do Marketing e a GSE

Page 97: Gestão Socioambiental Estratégica

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A Função do e a GSE

O marketing tem como função identificar as necessidades edesejos do consumidor, determinar que mercados-alvo aorganização pode atender melhor, planejar produtos, serviços eprogramas adequados para satisfazer a esses mercados,convocando todos que participam da organização a pensar eservir aos consumidores.

Philip Kotler

Page 98: Gestão Socioambiental Estratégica

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FONTE: Kotler, 1998, p. 3.

Page 99: Gestão Socioambiental Estratégica

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e a GSE

• Pressupõe a satisfação das necessidades edesejos, mantendo ou melhorando o bem-estar do consumidor e da sociedade.Marketing Social

• O marketing social é o pressuposto domarketing verde. O campo de atuação domarketing verde diz respeito aorganizações que buscam associara suaimagem corporativa ou de marca a umaética socioambiental.

Marketing Social

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Marketing Social

Bem-estar do ser humano

(Sociedade)

Satisfação dos Consumidores

Lucro

Page 101: Gestão Socioambiental Estratégica

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Ambiental

O marketing ambiental é o processo administrativo holísticoresponsável por antecipar e satisfazer as necessidades dosconsumidores e da sociedade de uma maneira lucrativa esustentável.

Peattie

Page 102: Gestão Socioambiental Estratégica

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Ambiental

Principais objetivos

• Desenvolver produtos que equilibrem as necessidades dos

consumidores entre performance, preço, conveniência e

compatibilidade ambiental, isto é, que exerçam um impacto mínimo

sobre o ambiente natural;

• Projetar uma imagem de alta qualidade, incluindo sensibilidade

ambiental relacionada tanto aos atributos do produto quanto a sua

trajetória produtiva.

Page 103: Gestão Socioambiental Estratégica

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As organizações que adotarem uma postura estratégica de marketing verdeterão mais facilidades em implementar a GSE. Pois o marketing econsiderado ponta inicial de todo esse processo

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Page 105: Gestão Socioambiental Estratégica

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Pesquisa e Desenvolvimento e a GSE

Quando a área de marketing identifica a necessidade deinserção de um novo produto no mercado, aciona a área depesquisa e desenvolvimento (P&D) para que o projeto desseproduto seja transformado em algo físico, concreto, pois atéentão é algo apenas hipotético.

Page 106: Gestão Socioambiental Estratégica

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Pesquisa e Desenvolvimento e a GSE

Protótipo

Disposição

Custos do projetos

Fabricação, distribuição.

Page 107: Gestão Socioambiental Estratégica

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Pesquisa e Desenvolvimento e a GSE

Espera-se, então, que nesse protótipo os consumidores possamver os atributos-chave descritos no conceito do produto, que elepossa ser utilizado com segurança sob condições normais de usoe que possa ser produzido dentro dos custos de produçãoorçados.

Page 108: Gestão Socioambiental Estratégica

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Pesquisa e Desenvolvimento e a GSE

Considerando que os temas de proteção ambiental estão setornando cada vez mais importantes. Os projetistas precisampassar a considerar as questões ambientais e sociais em seutrabalho. Ou seja, quando começam a desenvolver conceitos eideias de novos produtos e serviços, estas questões precisam serinseridas.

Page 109: Gestão Socioambiental Estratégica

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Pesquisa e Desenvolvimento e a GSE

Considerando que os temas de proteção ambiental estão setornando cada vez mais importantes. Os projetistas precisampassar a considerar as questões ambientais e sociais em seutrabalho. Ou seja, quando começam a desenvolver conceitos eideias de novos produtos e serviços, estas questões precisam serinseridas.

Page 110: Gestão Socioambiental Estratégica

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Pesquisa e Desenvolvimento e a GSE

As fontes de materiais usadas em um produto, as quantidades e as fontes deenergia consumidas no processo, a quantidade e o tipo de material rejeitado queé gerado nos processos de manufatura, o tempo de vida do produto e o seudescarte após sua vida útil.

Há alguns assuntos que são fundamentais no momento da realização do projeto

Page 111: Gestão Socioambiental Estratégica

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Pesquisa e Desenvolvimento e a GSE

A implementação da GSE pode muitas vezes sinalizar anecessidade de se alterar um produto em função de seu design.Ou seja, o design atual pode estar em desacordo com os novosprincípios adotados pela organização.

Page 112: Gestão Socioambiental Estratégica

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Pesquisa e Desenvolvimento e a GSE

• A GSE entra na organização norteando a estratégia para apesquisa e para o desenvolvimento de produtos. Fazerproduto ambientalmente corretos, que consumam menosmatérias-primas e insumos, que sejam produzidos porprocessos mais eficientes e que gerem uma menorquantidade de resíduos e emissões pode colocar aorganização em uma posição de vantagem competitiva, quese refletirá em ganhos económicos.

Page 113: Gestão Socioambiental Estratégica

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Pesquisa e Desenvolvimento e a GSE

A GSE é uma ferramenta que busca inovações...

O surgimento de inovações pode ser uma consequência naturaldo processo de implementação da GSE nas organizações, sejaincremental, como uma medida de housekeeping (organizaçãoda casa), seja radical, com o desenvolvimento de uma novatecnologia, mais adequada aos princípios socioambientais.

Page 114: Gestão Socioambiental Estratégica

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Organizações Inovadoras x GSE

.Atentas as

oportunidadesTecnologia

Vantagem competitiva

Inserção de novos produtos.

Resolução de problemas no

processo

Valor estratégico

para organização

Page 115: Gestão Socioambiental Estratégica

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Função Compras e a GSE

Além da questão da certificação ambiental, representada pelaISO 14000, aspectos ligados a questões estratégicas decompetitividade, oportunidades em novos mercados, inovaçõesem produtos e serviços estão provando para a indústria que aproteção ambiental também pode ser considerada umaestratégia para os negócios.

Page 116: Gestão Socioambiental Estratégica

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Função Compras e a GSE

A “compra verde” (green procurement) esta sendo conduzidaem diversos níveis e lugares. A elaboração de guias sobre comoincluir a “compra verde” nas políticas públicas está sendodiscutida, os quais estão sendo estabelecidos definitivamenteem países como o Canadá e os Estados Unidos e na ComunidadeEuropéia.

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Função Compras e a GSE

A “compra verde” (green procurement) esta sendo conduzidaem diversos níveis e lugares. A elaboração de guias sobre comoincluir a “compra verde” nas políticas públicas está sendodiscutida, os quais estão sendo estabelecidos definitivamenteem países como o Canadá e os Estados Unidos e na ComunidadeEuropéia.

Page 118: Gestão Socioambiental Estratégica

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Função Compras e a GSE

Com isso, podemos deduzir o quanto a função de compras éimportante para a efetiva implementação da GSE em umaorganização.

A área de compras é crucial para o sucesso organizacional.

Page 119: Gestão Socioambiental Estratégica

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Função Compras e a GSE

“comprar é até mais importante do que vender pelos melhores preços”

Francesco Matazzaro

Page 120: Gestão Socioambiental Estratégica

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Função Compras e a GSE

A qualidade ambiental do produto terá repercussões nos custosdurante o processo produtivo, bem como durante o uso e odescarte do produto comercializado.

Page 121: Gestão Socioambiental Estratégica

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Função Compras e a GSE

O responsável pelas compras pode buscar um fornecedor deinsumos que reduza ou elimine a toxicidade do seu produtofinal. Se não existir no mercado o insumo desejado, poderáfazer uma parceria com um fornecedor para desenvolvê-lo.

Page 122: Gestão Socioambiental Estratégica

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Função Compras e a GSE

Salienta-se a importância do setor de compras, pois o mesmo éresponsável pela maior fatia do capital de giro de umaorganização, comprar bem e tão importante quanto produzir evender.

Page 123: Gestão Socioambiental Estratégica

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Função Compras e a GSE

Se o comprador organizacional não estiver integrado com asdemais funções da organização, não perceberá que o insumode menor preço poderá representar um custo maior para aorganização. Portanto, a organização precisa valorizar oresponsável pelas compras e treiná-lo para inserir apreocupação ambiental nos procedimentos tradicionais.

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Função Compras e a GSE

Se o comprador organizacional não estiver integrado com asdemais funções da organização, não perceberá que o insumode menor preço poderá representar um custo maior para aorganização. Portanto, a organização precisa valorizar oresponsável pelas compras e treiná-lo para inserir apreocupação ambiental nos procedimentos tradicionais.

Page 125: Gestão Socioambiental Estratégica

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A Função da Produção e a GSE

A função produção representa a reunião de recursosdestinados à produção de bens e serviços. Administração daprodução e operações é o termo usado para as atividades,decisões e responsabilidades dos gerentes de produção.

Page 126: Gestão Socioambiental Estratégica

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A Função da Produção e a GSE

Quanto mais eficaz for a função produção de uma organização,mais eficiente será o uso dos seus recursos, produzindo bens eserviços de maneira que satisfaça os clientes, com menor custoou obtendo maior lucro.

Page 127: Gestão Socioambiental Estratégica

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A Função da Produção e a GSE

A função produção está intimamente ligada ao sucesso daimplementação da GSE na organização, pois acreditamos que aárea de produção é uma das mais atingidas quando a GSE éimplementada.

Page 128: Gestão Socioambiental Estratégica

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A Função da Produção e a GSE

Na função produção podem ser encontradas muitasoportunidades de melhoria ambiental, pois esta função é atransformadora dos insumos em produtos ou serviços e, emconsequência, é a geradora da maior parte dos resíduos sólidos,efluentes líquidos e emissões atmosféricas encontradas nasorganizações.

Page 129: Gestão Socioambiental Estratégica

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A Função da Produção e a GSE

Page 130: Gestão Socioambiental Estratégica

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A Função da Produção e a GSE

A GSE invariavelmente afeta a função produção e exigepadrões de eficiência, eficácia e efetividade por partedas organizações que estão atuando neste novomilénio.

Page 131: Gestão Socioambiental Estratégica

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A Função da Produção e a GSE

Uma organização com um excelente produto, mas cujaprodução cause impactos socioambientais negativossignificativos, pode ter sua posição no mercado afetada,pois concorrentes, órgãos governamentais, não-governamentais e a comunidade atingida podem vir aexercer pressões para que o problema seja eliminado.

Page 132: Gestão Socioambiental Estratégica

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A função da finanças e GSE

Administrar as finanças de uma organização é estar atento atrês questões básicas: pagamentos e investimentos de curtoprazo, pagamentos e investimentos de longo prazo e comofinanciar esses investimentos. Administrar as finanças égerenciar os investimentos feitos em ativos (estoques,máquinas, terrenos, mão-de-obra, etc.) e o passivo(obrigações) da organização.

Page 133: Gestão Socioambiental Estratégica

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A área de finanças é fundamental para a implementação da GSE por ser a responsável em responder às três questões

iniciais:

• Em que ativos a organização deve investir?

• De que modo a organização pode obter os recursos para custear os dispêndios de capital necessários?

• Como gerir os fluxos de caixa no curto prazo?

Page 134: Gestão Socioambiental Estratégica

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A função da finanças e a GSE

Devido à responsabilidade socioambiental atribuída às organizaçõesem relação aos seus processos e produtos, um novo tipo de balançocomeça a ser visualizado:

É o balanço social (BS), o qual precisa apresentar demonstrações dequanto a empresa está investindo, tanto na área social quanto naárea ambiental.

Page 135: Gestão Socioambiental Estratégica

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A função da finanças e a GSE

A Bovespa trabalha com um índice de sustentabilidade empresarial (ISE).

Atribuído as empresas mais eficientes em gestão ambiental.

Considera três fatores:

O desenvolvimento econômico, a

consciência ambienta e a responsabilidade

social.

Page 136: Gestão Socioambiental Estratégica

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A função da finanças e a GSE

As organizações preocupadas em atuar de forma éticano mercado com relação às questões sociais eambientais devem demonstrar, via contabilidadeambiental e balanço social, os resultados obtidos comos investimentos nessas áreas.

Page 137: Gestão Socioambiental Estratégica

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A função do RH e a GSE - (Histórico)

Foco nos resultados

Foco processos e tarefas

1980 – Rec;/ Sel, desenvolvimento e

avaliação.

Desenvolvimento Organizacional e

Comunicação.

Foco nas atividades e não nos resultados

Aumento das práticas dos RH (19)

Page 138: Gestão Socioambiental Estratégica

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A função do RH e a GSE

• As organizações preocupadas em atuar de forma ética no mercado com relação às questões sociais e ambientais devem demonstrar, via contabilidade ambiental e balanço social, os resultados obtidos com os investimentos nessas áreas.

• concordam que as pessoas precisam de certas competências técnicas ou funcionais para ajudar suas organizações a atingir suas necessidades de negócios.

• As três capacidades genéricas essenciais como resultados do trabalho de RH são: (1) criar clareza estratégica; (2) fazer com que as mudanças aconteçam; (3) gerar capital intelectual.

Page 139: Gestão Socioambiental Estratégica

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A função do RH e a GSE

• CLAREZA ESTRATÉGICA - Uma organização revela capacidade de clarezaestratégica quando sua estratégia enfatiza objetivos tanto de curto quanto delongo prazo.

• AGENTE DE MUDANÇA - Os profissionais de RH devem propiciar as condiçõesde mudança, gerenciando para o futuro, expressando desconforto com ostatus quo.

• CAPITAL INTELICTUAL: Alta competência da empresa e alto comprometimento dos colaboradores.

Page 140: Gestão Socioambiental Estratégica

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A função do RH e a GSE

• Á mudança de foco para o ser humano e tudo o que a ele se relaciona. A funçãobásica de RH está em propiciar essas mudanças e formar essa nova realidade.

• Quando a organização decide implementar a GSE, ou qualquer programa queenvolva suas competências internas, observa-se uma grande resistência amudanças, tanto por parte dos colaboradores quanto por parte dos empregadores.

• Obter a adesão de todos que fazem parte da organização e participam, tanto operacionalmente quanto em nível decisório, é a premissa básica para o sucesso da GSE.

Page 141: Gestão Socioambiental Estratégica

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A função do RH e a GSE

A aprendizagem tem um grande valoranalítico no sentido de criar uma novalinguagem capaz de tratar as mudançasque estão ocorrendo nas empresas.

Para a GSE, a aprendizagem éfundamental para odesenvolvimento de uma novacultura organizacional. O grandedesafio é encontrar a forma demanter os colaboradoresconstantemente motivados.

A cultura não é algo impostosobre uma situação social. Aocontrário, ela se desenvolvedurante o curso da interaçãosocial.

Para que a GSE tenha sucesso nasorganizações, é importante queseja desenvolvida ou que já existauma cultura socioambientalimpregnada na organização.

Page 142: Gestão Socioambiental Estratégica

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A função do RH e a GSE

O gestor dessa organização deve ter anoção clara do que existe e do que épossível obter a partir da novamentalidade a ser introduzida, reunindotodas as culturas e subculturas em direçãoà mudança e à evolução organizacional.

A abordagem da GSE passa pelacultura organizacional e pelacapacidade de mudar daorganização.

A forte influência gerada por essesfatores pode levar ao sucesso ou aofracasso na implementação da GSE.

A organização tem que estardisposta a mudar, a alterar seusparadigmas e, até mesmo, suaidentidade.

Page 143: Gestão Socioambiental Estratégica

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Normas relacionadas a função RH

Norma OHSA 18001

A Norma OHSAS 18001 (OccupationalHealth and Safety Assessment Series)cerifica a gestão da Segurança e daSaúde no Trabalho. Para obter essacertificação a empresa deveapresentar um compromisso com aredução dos riscos ambientais e coma melhoria contínua de seudesempenho em relação à saúdeocupacional e segurança de seuscolaboradores.

Requisitos AS 8000

A norma de responsabilidade socialSA 8000, desenvolvida em 1997 erevisada em 2001 pela SocialAccountability International (SAI).

Requisitos: Trabalho Infantil, trabalhoforçado, saúde e segurança....

Page 144: Gestão Socioambiental Estratégica

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Capitulo 6 – Abordagens Relacionadas ao

Ambiente Interno

PARTE III - A GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ESTRATÉGICA E O AMBIENTE INTERNO

Page 145: Gestão Socioambiental Estratégica

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Abordagens Relacionadas aoAmbiente Interno

• Destacamos as abordagens do ecomanagement e daresponsabilidade social corporativa, as quais serelacionam com todas as funções da organização.Com menor interação com as funções do ambienteinterno, citamos o ecodesign, que tem, no entanto,grande relevância no desenvolvimento de produtos eserviços.

Page 146: Gestão Socioambiental Estratégica

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Gestão ecológica (ecomanagement)

• Foi desenvolvida por Ernest Callenbach com o objetivode mudar a forma de pensar e agir dos gestores, visandoà redução do impacto que suas organizações causam noambiente. Sua proposta é mostrar como estabelecerprioridades e como criar um plano de ação paraimplementar melhorias de forma sistemática.

• A distinção entre gestão ambiental e gestão ecológicaimplica o uso do termo “ecológico” em um sentido maisamplo e profundo.

Page 147: Gestão Socioambiental Estratégica

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Distinção entre ambientalismo superficial e ecologia profunda

Page 148: Gestão Socioambiental Estratégica

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Ecomanagement

• O ponto de partida para a transformação da gestãoambiental em gestão ecológica é o reconhecimentode que os problemas ecológicos do mundo nãopodem ser entendidos isoladamente. São problemassistêmicos e sua compreensão e solução requeremum novo tipo de pensamento sistêmico ou ecológico.

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Comparação entre gestão ambiental e gestão ecológica

GESTÃO AMBIENTAL "Superficial”

• PARADIGMA MECANICISTA

• A auditoria ambiental e outras práticasadministrativas ambientais não questionam oparadigma organizacional dominante.

• Estas ferramentas ambientais vêem aorganização como uma máquina que pode sercontrolada e adotam o quadro de referência daeconomia tradicional.

• Na auditoria de cumprimento podem seraplicados métodos baseados unicamente naquantificação, já que as regulamentações enormas governamentais são quantificadas. Istoreforça o status quo e não fornece orientaçãoalguma para a solução de problemas ambientaisurgentes, não contemplados nas medidasgovernamentais.

GESTÃO ECOLÓGICA "Profunda”

• VISÃO HOLÍSTICA E SISTÉMICA

• A ecoauditoria questiona o paradigmaorganizacional dominante e envolve a passagemdo pensamento mecanicista para o pensamentosistêmico.

• A gestão ecológica percebe o mundo, a natureza,o organismo humano, a sociedade e asorganizações como sistemas vivos, cujacompreensão não é possível apenas sob oprisma econômico.

• Como a organização é vista como um sistemavivo, ela não pode ser rigidamente controladapor meio de intervenção direta. Porém, pode serinfluenciada pela transmissão de orientações eemissão de impulsos. Esse novo estilo deadministração é conhecido como administraçãosistêmica.

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Comparação entre gestão ambiental e gestão ecológica

GESTÃO AMBIENTAL "Superficial”

• VISÃO ANTROPOCÊNTRICA

• Está associada à ideia de resolver problemasambientais em benefício da organização.

• Carece de uma dimensão ética e suas principaismotivações são a observância das leis e amelhoria da imagem da organização.

• IDEOLOGIA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO

• A gestão ambiental não questiona a ideologia docrescimento econômico, que é a principal forçamotriz das atuais políticas econômicas e,tragicamente, da destruição do ambiente global.

• Busca incessantemente o crescimentoeconômico irrestrito, entendido em termospuramente quantitativos como a maximizaçãodos lucros ou do PNB.

GESTÃO ECOLÓGICA "Profunda”

• VISÃO NÃO-ANTROPOCÊNTRICA

• É motivada por uma ética ecológica e por umapreocupação com o bem-estar das futurasgerações.

• Seu ponto de partida é uma mudança de valoresna cultura organizacional (mudança no pensar eagir dos gestores).

• SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA

• A gestão ecológica implica o reconhecimento deque o crescimento econômico ilimitado numplaneta finito só pode levar ao desastre.

• A gestão ecológica faz uma restrição ao conceitode crescimento, introduzindo a questão dasustentabilidade ecológica como critériofundamental de todas as atividades de negócios.

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Responsabilidade Socioambiental Corporativa (RSC)

• RSC e o comportamento ético dos gestores encontram-seentre as mais importantes tendências que hojeinfluenciam a teoria e a prática da administração.

• Contudo existem diferentes entendimentos sobre esseconceito, o que torna a teoria frágil e mal fundamentada,abrindo espaços para várias práticas equivocadas.

• O conceito de responsabilidade socioambiental tem sido reduzido à responsabilidade corporativa

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Responsabilidade Socioambiental Corporativa (RSC)

• Responsabilidade social corporativa dos gestores é aobrigação de estabelecer diretrizes, tomar decisões eseguir rumos de ação que são importantes emtermos de valores e objetivos da sociedade.

• Algumas organizações têm demonstrado que épossível desenvolver um sistema produtivo maissustentável e ainda obter lucro.

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Níveis de sensibilidade social das organizações

Abordagem da Obrigação Social

• Assume que as únicas obrigaçõesde RSC da empresa são aquelasexigidas por lei.

• Uma empresa que assume estapostura se satisfaz apenascumprindo as obrigações sociais,ou seja, não realiza nenhumaação voluntária na áreasocioambiental.

Abordagem da responsabilidade social

• Reconhece que a empresa temresponsabilidades econômicas(RE) e sociais (RS).

• As responsabilidadeseconômicas são a otimização doslucros e o aumento dopatrimônio líquido dosacionistas.

• As RS consistem em lidar com osproblemas sociais atuais, massomente até o ponto em que obem-estar econômico daempresa não é afetado de formanegativa.

Abordagem da sensibilidade social

• Esta abordagem enfatiza que aempresa não tem apenasresponsabilidades econômicas esociais.

• Ela também precisa se anteciparaos futuros problemas sociais edestinar recursos organizacionaispara lidar com esses problemas.Isso é feito pela adaptaçãoproativa, ou seja, prevendoproblemas futuros e lidando comeles agora.

• Esses problemas podem nãoestar diretamente ligados àempresa, mas sua soluçãobeneficiará a sociedade comoum todo.

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Princípio da Atuação Responsável (Responsible Care)

• Foi criado em 1984, no Canadá, pelas indústrias químicas,com o apoio da Chemical Manufactures Association (CMA).

• O programa enfoca saúde, segurança e meio ambiente,conhecidos internacionalmente pela sigla SHE (safety, healthand environment).

• As empresas que aderem ao programa comprometem-se aadotar um código de práticas gerenciais, formar um conselhocomunitário consultivo, participar de fóruns de discussão etrocas de experiência, utilizar indicadores de verificação doandamento dos processos e difundir o programa para a cadeiaprodutiva, incluindo clientes e fornecedores.

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Gestão sustentável da cadeia de suprimentos( Green supply chain management)

• O foco tradicional dos gerentes de empresas de manufatura sempre foi diminuir custos na compra de insumos e em gastos operacionais.

• No momento em que as empresas passam a adotar o conceito de cadeia de valor, privilegiando o core business, o foco se transfere para as atividades que a empresa tem competência para desempenhar, seja pela produtividade de suas operações, seja porque a tecnologia utilizada é própria e ainda não dominada pelos concorrentes.

• As demais atividades são terceirizadas, sendo da responsabilidade de parceiros de negócios, cujas operações ficam sob a coordenação daquele que tem poder para isso. Esses parceiros, por sua vez, têm competência para atuar nessas atividades, essenciais para eles, considerando a cadeia de valor estendida de seus produtos.

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Gestão sustentável da cadeia de suprimentos( Green supply chain management)

• A gestão sustentável da cadeia de suprimentos ainda é umtema pouco explorado no Brasil

• Tem se mostrado como uma grande oportunidade paraagregar valor ao produto, minimizar os impactos no processode produção, gerar inovações de produto e processo eaumentar a competitividade dos elos dessa cadeia.

• Esse processo geralmente ocorre por iniciativa da empresaque coordena a cadeia, a qual pode fazer exigências visando aatender determinado padrão e/ou criar condições para queseus fornecedores atinjam o padrão desejado numdeterminado período de tempo.

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Análise do ciclo de vida na gestão da cadeia de suprimentos.

A análise do ciclo de vida deve ser incorporada à gestão da cadeia de suprimentos, poisna concepção e no desenvolvimento dos projetos de produtos e insumos está a grandeoportunidade de minimizar impactos socioambientais ao longo da cadeia.

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THE NATURAL STEP

TNS

A The Natural Step (TNS) metodologia para atingir a sustentabilidade empresarial, onde a altadireção, os colaboradores e os stakeholders devem ter o conceito de sustentabilidade alinhado.

A criação de uma visão e de um plano estratégico, com a participação de todos os envolvidosno processo, bem como dos públicos interessados, sempre pensando no longo prazo.

O TNS trabalha com o alinhamento de objetivos nos níveis estratégicos da organização, masnão trabalha com indicadores.

Seu grande desafio é transpor a visão em resultados práticos que tragam resultados efetivos nabusca pela sustentabilidade.

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

Conceituando

A P+L é a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva e integrada nosprocessos produtivos, nos produtos e nos serviços para reduzir os riscos relevantesaos seres humanos e ao ambiente natural.

Praticar a P+L é realizar ajustes no processo produtivo que permitam a redução daemissão/geração de resíduos diversos.

A P+L busca direcionar o design para a redução dos impactos negativos dociclo de vida, desde a extração da matéria-prima até a disposição final.

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

P+L definida recentemente

A aplicação contínua de uma estratégiaeconômica, ambiental e tecnológica integradaaos processos e produtos, a fim de aumentar aeficiência no uso de matérias-primas, água eenergia pela não-geração, minimização oureciclagem de resíduos gerados em um processoprodutivo. Esta abordagem induz inovação nasempresas, dando um passo em direção aodesenvolvimento económico sustentado ecompetitivo, não apenas para elas, mas paratoda a região que abrangem.

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

Conceitos

Produção mais limpa = prevenção à poluição: técnicas utilizadas para prevenir ageração de resíduos, efluentes e emissões. Trata-se de uma comparação entre duasou mais formas de produção. A implementação das técnicas de P+L deve sensibilizare mobilizar toda a organização, e não apenas o setor de produção.

Produção limpa: sistema de produção que busca as condições ideais e exigetransparência e forte participação dos stakeholders. Trata-se de uma meta a serperseguida, mas que dificilmente será atingida na sua plenitude, pois sempre haveráalgum tipo de impacto, de falta de transparência, de não-aplicação dos princípios daprecaução, de uma visão holística, etc.

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

Conceitos

Tecnologia mais limpa: tecnologia que causa menor impacto ambiental, quandocomparada com outras tecnologias.

Tecnologia limpa: tecnologia que não causa impacto ambiental. Da mesma formaque no caso da produção limpa, trata-se de uma meta a ser perseguida.

Tecnologia fim-de-tubo: tecnologia utilizada para remediar os impactos ambientaisdecorrentes dos processos produtivos. Visa a evitar que a poluição gerada sejadiluída no ambiente natural. Enquanto existirem resíduos, será necessário utilizar astecnologias fim-de-tubo.

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

Benefícios do Investimento em P+L

Investir em P+L é lucrativo, pois, na maioria das vezes, o retorno do investimento ocorre empoucos meses.

Os programas de P+L têm como foco o potencial de ganhos diretos no mesmo processo deprodução e de ganho indireto pela eliminação de custos associados ao tratamento e àdisposição final de resíduos, desde a fonte, ao menor custo, e com períodos curtos deamortização dos investimentos.

Um econegócio ou ecobusiness é todo e qualquer empreendimento que se preocupa com asvariáveis ambiental, social e económica e que seja proativo em criar mecanismos de proteção(preservação ou conservação) dos recursos, tanto naturais quanto culturais, desde a concepçãodos produtos até a sua disposição final.

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

Barreiras à implementação da P+L

Investir em P+L exige uma mudança de mentalidade em todos os níveis da organização.

A P+L oferece oportunidades para uma relação ambiental do tipo “ganha-ganha”.

Tipos de Barreiras Internas à Organização Externas à Organização

Organizacionais

• Alto turnover dos empregados• Falta de participação dos

trabalhadores• Falta poder de tomada de decisão• Ênfase na produção• Falta de reconhecimento

• Falta de pessoal qualificado

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

Barreiras à implementação da P+L

Tipos de Barreiras Internas à Organização Externas à Organização

Sistémicas

• Falta de documentação confiável daprodução

• Falta de um sistema contábil• Falta de planejamento

• Insuficiente pressão de políticasambientais

• Informação ambiental não-disponibilizada (substitutos maisseguros, tecnologias limpas, etc.)

Comportamentais

• Atitude de baixo risco do empreendedor• Indiferença à proteção ambiental• Nenhuma orientação para a manufatura• Falta uma cultura de housekeeping• Resistência à mudança• Falta de liderança• Falta de supervisão efetiva• Medo do fracasso

• Limitada consciência ambientalpública

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

Barreiras à implementação da P+L

Tipos de Barreiras Internas à Organização Externas à Organização

Econômicas

• Critério de investimento ad hoc(eventual)

• Sem disponibilidade de fundos• Plano de investimentos

inadequado

• Custos ambientais baixos ou mesmoinexistentes

• Falta de políticas de impostos preferenciaispara as indústrias depequeno porte

• Ocorrência de impostos de importaçãopara a tecnologia mais limpa

• Diferenciação em impostos de importação

Tecnológicas

• Equipamento obsoleto• Falta de infra-estrutura adequada

na organização• Falta de pessoal técnico treinado• Gap tecnológico

• Informação limitada sobre tecnologiasdisponíveis localmente

• Falta de acesso à informação técnicaorientada para o desenho de produto

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

Barreiras à implementação da P+L

Tipos de Barreiras Internas à Organização Externas à Organização

Governamentais

• Inadequada política de preços paraa água

• Ênfase na abordagem fim-de-tubo• Falta de uma política industrial• Falta de incentivos para esforços de

redução de resíduos e emissões

Outras barreiras • Limitação de espaço• Variações sazonais

• Falta de apoio institucional• Falta de pressão pública para controlar a

poluição (ONGs)

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)

Implementação da P+L- rotina usada no Brasil

Em julho de 1995 foi inaugurado o NCPC brasileiro, denominado Centro Nacional deTecnologias Limpas (CNTL/Brasil), localizado em Porto Alegre (RS), no Serviço Nacional deAprendizagem Industrial.

Entendemos que, além das barreiras já elencadas anteriormente, falta uma gestão voltada paraa eliminação dos desperdícios, para a minimização do uso de insumos e geração de resíduos,para a crítica e análise dos produtos, processos e serviços.

Acreditamos que a metodologia de P+L pode ser uma ferramenta importante no processo demudança a ser inserido nas organizações. As diferenças culturais, económicas, de clima, etc.existentes no Brasil exigem adaptações das metodologias ou programas às especificidadesregionais.

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QUESTIONAMENTOS

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Obrigado!