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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE Curso de Administração GESTÃO DE FINANÇAS DENTRO DE UMA PEQUENA EMPRESA Raphael de PaulaMello 1 , Daniel DayrelMatragrano 2 , RESUMO Este trabalho teve como finalidade, mostrar a importância das ferramentas financeiras em uma empresa.O objetivo geral deste trabalho foianalisar a viabilidade e os benefíciosda implantação da gestão financeira em uma pequena empresa.Os objetivos específicos foramanalisar a atual situação financeira e econômica da empresa pesquisada; avaliar a concessão de crédito aos clientes e o recebimento dos créditos concedidos;verificar os procedimentos de contas a pagar e a receber adotados pela empresa em questão; propor melhorias na gestão após análise final. A metodologia utilizada foia técnica de estudo de caso, com a aplicação entrevista semiestruturada. A pesquisa é de natureza qualitativa. Considerações apontadas na pesquisa: quanto maior o controle financeiro, melhor a visão da empresa sobre sua atual situação. A partir das analises, o gestor pode tomar decisões assertivas para a continuidade da empresa no mercado. PALAVRAS-CHAVE: Ferramentas financeiras, pequena empresa, gestão financeira, análise financeira. 1 INTRODUÇÃO Diante do cenário global no Brasil, cuja crise econômica amedronta os empresários, é necessária a implantação de novas ferramentas, dentre elas a gestão financeira. Essas ferramentassão capazes de trazer diferenciais competitivos, aumentando o ciclo de vida da empresa no mercado. 1 Graduando em administração de empresas pelo Centro Universitário UNI-BH e-mail: [email protected] 2 Professor orientador e-mail: [email protected]

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1

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE Curso de Administração

GESTÃO DE FINANÇAS DENTRO DE UMA PEQUENA EMPRESA

Raphael de PaulaMello1, Daniel DayrelMatragrano2,

RESUMO

Este trabalho teve como finalidade, mostrar a importância das ferramentas financeiras em uma empresa.O objetivo geral deste trabalho foianalisar a viabilidade e os benefíciosda implantação da gestão financeira em uma pequena empresa.Os objetivos específicos foramanalisar a atual situação financeira e econômica da empresa pesquisada; avaliar a concessão de crédito aos clientes e o recebimento dos créditos concedidos;verificar os procedimentos de contas a pagar e a receber adotados pela empresa em questão; propor melhorias na gestão após análise final. A metodologia utilizada foia técnica de estudo de caso, com a aplicação entrevista semiestruturada. A pesquisa é de natureza qualitativa. Considerações apontadas na pesquisa: quanto maior o controle financeiro, melhor a visão da empresa sobre sua atual situação. A partir das analises, o gestor pode tomar decisões assertivas para a continuidade da empresa no mercado.

PALAVRAS-CHAVE: Ferramentas financeiras, pequena empresa, gestão financeira,

análise financeira.

1 INTRODUÇÃO

Diante do cenário global no Brasil, cuja crise econômica amedronta os empresários,

é necessária a implantação de novas ferramentas, dentre elas a gestão financeira.

Essas ferramentassão capazes de trazer diferenciais competitivos, aumentando o

ciclo de vida da empresa no mercado.

1Graduando em administração de empresas pelo Centro Universitário UNI-BH – e-mail:

[email protected] 2 Professor orientador – e-mail: [email protected]

2

Gestão financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos que

envolvem o planejamento, análise e controle das atividades financeiras da empresa.

Para Rosa (2015), o objetivo da gestão financeira é melhorar os resultados

apresentados pela empresa e aumentar o valor do patrimônio por meio da geração

de lucro líquido proveniente das atividades operacionais.

Uma correta administração financeira permite que se visualize a atual situação da

empresa, salienta-se ainda que registros adequados permitem análises e colaboram

com o planejamento para otimizar resultados.

Segundo Assaf Neto (2007), os estudos de gestão financeira,anteriores à crise de

1929, estavamvoltados para a captação de recursos para as empresas.

Osempreendedores buscavam fontes externas de capital para financiar seus

projetos e novos empreendimentos. Nesse sentido, o foco era a captação de

recursos financeiros, em detrimento do uso e controle correto desses recursos para

garantir um retorno adequado aos fornecedores de capital.

No entanto, a gestão financeira é de fundamental importância para que as empresas

sejam bem-sucedidas. De acordo com Assaf Neto (2007), no decorrer dos anos, os

estudos sobre gestão financeira desenvolveram-se expansivamente devido ao

aumento danecessidade de compreender e controlar melhor as finanças

empresariais.

A partir do exposto observa-se a necessidade de investigação diante da dificuldade

de expansão das empresas, o que pode ser atribuído também ao pouco

conhecimento técnico/teórico de seus proprietários e servidores.

O conhecimento técnico é proporcional a melhor utilização dos recursos da

empresa. Ou seja, quanto maior o conhecimento, maior será a otimização de

recursos.Por essa perspectiva e diante dos fatos vividos pelas pequenas empresas,

busca-se responder a seguinte questão de pesquisa: Como a implantação da gestão

de finanças pode trazer benefícios para uma pequena empresa e torna-la viável?

3

O presente artigo tem como objetivo geral analisar a viabilidade e os benefíciosda

implantação da gestão financeira em uma pequena empresa.Para isso, foram

desenvolvidos objetivos específicos que têm como finalidade: analisar a atual

situação financeira e econômica da empresa pesquisada; avaliar a concessão de

crédito aos clientes e o recebimento dos créditos concedidos;verificar os

procedimentos de contas a pagar e a receber adotados pela empresa em questão.

O tema apresentado justifica-seimportante pela atual situação de crise

econômicavivida no Brasil e pela pouca preparação das pequenas empresas em

saber comolidar com novas situações que exigem conhecimentos financeiros.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

A administração financeira é uma das mais amplas áreas e a que contém o maior

número de oportunidades de trabalho. De acordo com Brigham (2001, p. 25),“essa

área é importante para todos os tipos de negócios, desde operações

governamentais, escolas, até hospitais”.

Para melhor contextualizar a importância da administração financeira na gestão de

uma empresa, é valido apresentar sua evolução. Conforme apresentado por Assaf

Neto (2007, p. 34),“a administração financeira passa por constantes mudanças em

sua técnica e até mesmo em seu conceito”. No século XX, foi considerada uma área

independente de estudo, passando pelo período em que sofreu influência de teorias

administrativas até a década de 50, cujos investimentos e gerações de riquezas

tiveram mais ênfase. Já na década de 90, a grande evolução se deu pela priorização

da gestão de riscos em resposta a grande volatilidade apresentada pelos

indicadores econômicos.

Ainda com Assaf Neto (2007, p.37),“a administração financeira tem demonstrado

notável evolução ao longo do tempo, tanto conceitual quanto prática, de uma

posição inicial menos voltada ao lucro para uma focada nisso”. Esse objetivo tem

4

proporcionado mais certezas nas tomadas de decisões e ampliado sua

compreensão sobre a esfera de atuação.

Para a administração financeira, HOJI (2010, p. 3),diz que “o objetivo econômico da

empresa é a maximização de seu valor de mercado, pois dessa forma estará

aumentando a riqueza de seus proprietários”. Os sócios das empresas esperam que

seus investimentos produzam um retorno compatível com o risco assumido, por

meio de resultados financeiros e econômicos, termos que serão explicados com

mais clareza nos próximos tópicos.

2.2 CONCEITO DE FINANÇAS

As finanças tratam de assuntos relacionados ao uso do dinheiro. O termo finança, de

acordo com Rosset al(2002) pode ser compreendido através do estudo de três

perguntas: em quais investimentos de longo prazo você deveria aplicar? Como você

obterá o financiamento a longo prazo para pagar seus investimentos e como você

administrará suas atividades financeiras cotidianas?A área de finanças abrange o

orçamento de capital, a estrutura de capital e o capital de giro líquido(ROSSet al,

2002).

2.3 FINANÇAS NA EMPRESA

2.3.1Modalidade de organização

As empresas são organizadas por modalidades, podendo ser firma individual,

sociedade por quotas ou por ações.Na sociedade por quotas (ROSS,1995. p. 32)

“quaisquer duas ou mais pessoas podem ser uma sociedade”. Essas sociedades

podem ser divididas em duas: sociedade geral e sociedade limitada. Na sociedade

geral, cada um dos sócios oferece uma parte de trabalho e capital bem como divide

as dívidas e os lucros. As sociedades limitadas permitem que cada sócio seja

limitado ao que cada um contribuiu. Exige que pelo menos um sócio tenha

responsabilidade ilimitada e que os de responsabilidade limitada não participem da

gestão da empresa.

5

Na firma individual, a empresa possui apenas um dono. Essa é a modalidade menos

regulada e por isso maior em quantidade. É a mais fácil de ter quando se inicia um

negócio. O dono da empresa tem direito a todo o lucro, porém, como é o único

responsável, é totalmente responsável pelas dívidas da empresa, o que no caso,

pode ter seus bens pessoais comprometidos em caso de dívidas com os credores.

(ROSS et al, 2002)

A sociedade por ações é considerada a mais importante, de acordo com Ross et al

(2002, p. 41) “é uma empresa criada como uma entidade legal, distinta por um ou

mais indivíduos ou entidades”. Podem tomar dinheiro emprestado e possuir imóveis,

podem ser processados e processar, além de firmar contratos. Podem possuir

também, ações de outras ações.

2.3.2 Atividades empresariais

As atividades de uma empresa podem ser agrupadas, de acordo com sua natureza:

operações, investimentos e financiamentos. Hoji (2010, p. 4) explica que “as

atividades de operações existem em função do negócio da empresa e são

executadas com a finalidade de proporcionar algum retorno adequado para os

investimentos feitos pelos proprietários”. As atividades operacionais são refletidas na

demonstração do resultado, que mostra lucro ou prejuízo. Alguns exemplos são

vendas, salários, matéria-prima, entre outros. Basicamente, se relacionam com

compra e venda de mercadorias, de matérias-primas e sua transformação, venda de

produtos, prestação de serviço, armazenagem e distribuição.

As atividades de investimentos podem ser classificadas com uma aplicação de

caráter temporário ou permanente. Já as atividades de financiamentos refletem os

efeitos sobre a forma de financiamento das atividades de operação e investimentos.

Elas correspondem as contas do passivo financeiro e patrimônio líquido.

2.4 DECISÕES E ATIVIDADES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO

Acredita-se (ROSS et al, 1995, p. 28) “que a tarefa mais importante de um

administrador financeiro seja criar valor a partir das atividades de orçamento de

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capital, financiamento e liquidez da empresa”. Já Brigham (2001, p. 27) diz que “as

obrigações do staffde finanças são de adquirir e ajudar a empregar recursos com

propósito de maximizar o valor da empresa”.

A forma de gerenciar uma empresa varia de acordo com sua hierarquia. Na maioria

das vezes, um responsável pelo setor financeiro pode exercer um cargo de vice-

presidente ou supervisor de finança, entre outros. Hoji explica que:

As atividades de operações existem em função do negócio da empresa e não é competência do administrador financeiro determinar como elas devem ser conduzidas. Entretanto, com seu conhecimento técnico e visão global do negócio, ele pode contribuir decisivamente quanto à melhor forma de conduzir as atividades operacionais. (HOJI, 2010, p. 7).

De forma resumida, as atividades típicas de um administrador financeiro são análise,

planejamento e controle financeiro; tomadas de decisões de investimentos; e

tomadas de decisões de financiamentos.

De acordo com Hoji (2010, p. 7), a análise, o planejamento e o controle financeiro

consistem em “coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa por

meio de relatórios financeiros”. As decisões de investimento dizem respeito a como

destinar os recursos financeiros para aplicações em ativos correntes e não

correntes. Já as decisões de financiamento são tomadas para captação de recursos

financeiros dos ativos correntes e não correntes.

Dividindo em áreas, a área da tesouraria é administrada pelo tesoureiro, que tem as

seguintes atividades financeiras: planejamento financeiro, captação, decisões de

investimentos, gestão de caixa, de fundo de pensão, atividades de crédito e área de

câmbio. A área da controladoria é regida pelo controller, que lida com contabilidade

gerencial, contabilidade financeira e de custos (BRIGHAM, 2001).

2.5 VISÃO ECONÔMICA E VISÃO FINANCEIRA

Uma empresa possui resultados econômicos e financeiros. Os resultados

econômicos e financeiros de uma empresa devem sempre ser observados em

conjunto. O fator econômico tem ligação com o processo produtivo e operacional,

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está relacionado com custos e receitas dos produtos produzidos. Já o fator

financeiro tem ligação com a liquidez da empresa, fornece a visão da situação do

caixa. Enquanto a situação econômica está ligada ao patrimônio e bens, a situação

financeira está ligada ao valor em dinheiro disponível pela empresa ou alguém.

Assaf Neto (2007, p 40) explica que a administração financeira tem por finalidade

assegurar processo de captação de recurso de capital de forma eficiente. Ela possui

algumas funções como o planejamento financeiro, no qual possibilita enxergar a

capacidade de expansão da empresa; e o controle financeiro, que visa acompanhar

a saúde financeira da empresa, bem como a administração de ativos, na qual define

qual a melhor estrutura de capital a ser adotada.

Pode-se, portanto, analisar a empresa nessas duas vertentes. Assaf Neto (2007, p

40) diz que a análise financeira pode ser feita através dos índices de liquidez, são

eles: índice de liquidez geral, que indica a capacidade de pagamento de dívidas no

longo prazo; liquidez corrente, liquidez seca, na qual se desconsidera o estoque e as

despesas dos exercícios seguintes e a liquidez imediata, que indica quanto a

empresa possui imediatamente disponível para liquidar compromissos de curto

prazo.

Ainda por Assaf Neto (2007, p 40), a análise econômica tem como objetivo avaliar a

rentabilidade e lucratividade da empresa e faz isso através dos índices de giro do

ativo, margem líquida, rentabilidade do ativo e rentabilidade do patrimônio líquido. O

índice de giro do ativo mede a eficiência operacional da empresa; o índice de

margem líquida mede a capacidade de realizar sobras líquidas em relação ao

volume de atividades econômicas; o índice de rentabilidade do ativo mede a

capacidade de resultado produzido pela empresa em relação ao ativo e a

rentabilidade do patrimônio líquido.

2.6 RELAÇÃO RISCO X RETORNO

O risco está presente nas diversas tomadas de decisões que acontecem diariamente

numa empresa. A cada decisão, deve-se estudar muito bem as possibilidades de

sucesso e insucesso. No setor financeiro, o risco pode ser entendido como uma

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medida de incerteza associada ao retorno esperado(ASSAF NETO, 2007). O autor

explica que dois fatores são fundamentais para determinar o grau de risco:

A volatilidade exprime a frequência de flutuações verificadas num fluxo de retornos e resultados futuros... Outro fator determinante é a maturidade do ativo, ou seja, o seu prazo de vencimento... Quando um investimento é realizado sempre existe a possibilidade de o aplicador não recuperar o capital aplicado. (ASSAF NETO, 2007, p 39)

Todo investimento deve recompensar os riscos oferecidos. Quanto maior a oscilação

das taxas de retorno, maior risco o investimento possui. Assaf Neto (2007, p. 39) diz

que “toda decisão financeira é formada com base na análise de relação risco x

retorno”, portanto essa relação é proporcional, quanto maior a oscilação, maior o

risco e maior retorno.

2.7 FINANÇAS DE CURTO E LONGO PRAZO

2.7.1 Finanças de curto prazo

As finanças de curto prazo se preocupam principalmente com as decisões que

afetam os ativos e ativos circulantes. De acordo com Ross et al (1995, p. 412), “a

administração financeira de curto prazo também é chamada de administração de

capital de giro líquido”. Sabe-se que a atividade é considerada de curto prazo

quando ela será desenvolvida em um ano. O ativo circulante é composto pelo caixa

disponível, aplicações financeiras, contas a receber e estoques que devem ser

convertidos em caixa dentro de um ano.

O capital de giro líquido é igual ao ativo circulante menos o passivo circulante. Sabe-

se que a sua situação é positiva quando o ativo circulante é maior que o passivo

circulante.Explicando os ativos circulantes, temos: a gestão do capital de giro que

contempla os recursos em ativos circulantes, controles de tesouraria, financiamentos

de curto prazo,gestão do caixa, gestão de contas a receber, de estoques, a gestão

de impostos, e as diversas relações com passivos circulantes no que tange salários

e os fornecedores de matéria-prima e insumos (ROSS et al, 1995)

De acordo com Assaf Neto (2007, p. 48),“as decisões de financiamento consistem

basicamente na captação de recursos por parte da empresa para desenvolver suas

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atividades”, afinal a instituição irá demandar recursos para folha de pagamento,

matérias-primas, capital de giro,investimento em ativos imobilizados e outros custos

de sua atividade.

Sabe-se que o capital pode ser composto de recursos próprios ou de terceiros. Na

gestão financeira de curto prazo, as decisões do gestor financeiro serão ligadas ao

ativo circulante e passivo circulante. No ativo circulante, o gestor terá decisões

referentes ao controle das disponibilidades, da gestão de investimentos de curto

prazo, estoques e contas a receber de curto prazo. Já no passivo, suas decisões

serão referentes aos fornecedores a pagar no curto prazo, as despesas referentes a

salários, encargos e demais contas que se encaixem no curto prazo da empresa.

É fundamental o respeitopelo princípio da correspondência cronológica dos recursos

ou das operações, ou seja, recursos de longo prazo financiando contas de longo

prazo. Essa mesma estrutura deve atender ao curto prazo.

2.7.2 Finanças de longo prazo

As decisões financeiras de longo prazo são caracterizadas por aquelas relativas ao

orçamento do capital, política de dividendos e estrutura de capital. Hoji (2010, p.

193) explica que “o capital é um fundo de valores ou conjuntos de bens, créditos e

débitos colocados a disposição da empresa, afim de gerar resultados econômicos”.

O capital está todo investido no ativo para gear retornos adequados. Para o autor, a

melhor estrutura de capital de uma empresa “é aquela que a relação entre o elegível

a longo prazo e o patrimônio líquido produza o menor custo de capital”.

Sabe-se que os investimentos de prazo de retorno longo ou de grau de risco alto

devem ser financiados com capital próprio afinal, em caso de insucesso, haveria

menos aperto na liquidez.A estrutura de capital compreende as decisões

relacionadas aofinanciamento com capital próprio e com capital de terceiros, tanto

de curto quanto de longo prazo (HOJI, 2010).

O Capital de terceiros, de acordo com pode ser adquirido por meio de empréstimos

e financiamentos e emissão de títulos de dívidas. No Brasil, a maioria desses

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empréstimos é proveniente do dólar americano. Já o capital próprio, pode existir

através do capital social da empresa (HOJI, 2010).

E por fim, a política de dividendos consiste na divisão dos dividendos correntes ou

acumulados, em dinheiro por sociedade anônima. A empresa que paga dividendos

regularmente transmite ao mercado uma imagem que está saudável e lucrativa. A

decisão de pagamentos por dividendos é importante para a empresa, pois mostra a

relação entre a parcela de lucro que será distribuída e retida para reinvestimento

(HOJI, 2010).

2.8 RESPONSABILIDADE SOCIAL E ÉTICA NA EMPRESA

As grandes e pequenas empresas devem se atentar aos diferenciais de mercado e

na busca da melhoria de gestão. As empresas têm a responsabilidade ética de

proporcionar trabalho seguro aos funcionários, evitar a poluição ambiental causada

na produção de algum produto, por exemplo, porém, isso gera custo e nem todas

conseguem arcar com eles. Isso não significa que as empresas devem deixar de

lado esse fator. Algumas alternativas podem ser desenvolvidas, como o trabalho

social, o incentivo de jovens no primeiro emprego, diminuição dos níveis de poluição,

programas de incentivo à reciclagem, entre outros (BRIGHAM, 2001)

Em relação à ética, podemos conceituá-la na forma empresarial, como “a atitude e a

conduta de uma empresa em relação aos seus empregados, clientes, comunidade e

acionistas” (ASSAF NETO, 2007, p. 37).A maioria das empresas atualmente tem

firmados códigos de conduta ética e investido em programas de treinamento que

asseguram que os empregados tenham conhecimento as regras e se comportem da

maneira correta em diferentes situações no trabalho.

O compromisso com a ética pode ser medido através do cumprimento de leis e

regulamentos impostos. Quando surgem conflitos entre ética e lucro, a empresa

deve sempre seguir pelo caminho mais ético afinal, uma falha pode resultar em

processos por responsabilidade dos produtos e levar a empresa à falência.

11

3METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do presente estudo foi feita uma pesquisa descritiva, que

segundo Lakatos; Marconi (2011), anseia levar o pesquisador a buscar uma série de

informes relativos ao que deseja analisar, descrevendo fatos e especificidades de

um contexto.

Este estudo baseia-se em um estudo de caso que para Gil (2010) setraduz na

exploração a fundo de um ou poucos objetos, de modo que permita seu extensivo e

particularizado conhecimento. Severino (2007) complementa:

Pesquisa que se concentra no estudo de um caso particular, considerando representativa de um conjunto de casos analógicos, por ele significativamente representativo. A coleta de dados e sua análise se dão da mesma forma que em pesquisas de campo, em geral. (SEVERINO, 2007, p.121)

A abordagem utilizada foi qualitativa, já que é fundamentado na realidade

organizacional e nas pessoas envolvidas, buscando entender os fenômenos

situacionais e as interações presentes nestes cenários.Para Gil (2010), as pesquisas

qualitativas fazem as informações serem vistas de forma racional ou subjetiva,

permitem um olhar interpretativo da natureza geral de uma questão a partir de

questionamentos, obtendo uma melhor absorção de determinado assunto. Lakatos;

Marconi (2011), acrescentam:

A metodologia qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento etc. (LAKATOS; MARCONI, 2011, p.269)

Como instrumento de pesquisa utilizou-se entrevistasemiestruturada, que para

Mattar (2001) comportam perguntas apresentadas exatamente com as mesmas

palavras, ordem, e com as mesmas opções de respostas a todos os respondentes, a

fim de ter a certeza de que todos responderão exatamente à mesma pergunta;

fornecendo liberdade para que os respondentes possam manifestar suas

percepções e opiniões.

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Mattar (2001) complementa ainda, que a entrevista semiestruturada caracteriza-se

por ter os propósitos do estudo claros aos respondentes, mas não há uma

estruturação pré-definida das perguntas e das respostas. Para o autor, há uma

grande flexibilidade quanto a como perguntar e ao grau de questionamento. Nesse

tipo de entrevista, as respostas são abertas e os respondentes têm liberdade e são

encorajados a expressarem livremente suas percepções, crenças, valores, opiniões,

experiências, atitudes, estilo de vida, comportamentos e intenções, argumenta

Mattar (2001).

Para a interpretação dos dados relativos à pesquisa qualitativa empregou-se uma

técnica de exame de conteúdo que, segundo Bardin (2009), traduz-se em um

concomitante de perícias de estudo e análise das informações que utiliza processos

sistemáticos e desígnios descritivos do conteúdo das mensagens. Este trabalho

ocupou-se da interpretação das informações obtidas junto ao gestor na entrevista.

A análise de dados secundários, por meio de análise de relatórios contábeis e

financeiros, foi realizada para completar a visão dos gestores. Para Lakatos e

Marconi (2011) as fontes secundárias possibilitam a resolução de problemas já

conhecidos e também explorar outras áreas onde os problemas ainda não se

concretizaram suficientemente.

4DADOS E ANÁLISE DE PESQUISA

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa objeto deste estudo é a Master Clean Higienização Profissional LTDA

ME, situada no bairro P.L Pereira, em Divinópolis, Minas Gerais. A empresa foi

fundada em dezembro de 2010, tendo como principal atividade a distribuição de

materiais de higienização profissional em geral. A empresa é uma distribuidora da

SiverChemical, empresa situada em Osasco, São Paulo, que fabrica produtos de

limpeza profissional

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Seus principais clientes são lavanderias de motéis da região de Divinópolis em

Minas Gerais e também atendem todo tipo de higienização profissional como hotéis,

lavanderias independentes e cozinha industrial.

A presente pesquisa será realizada com 3 funcionários da empresa, sendo eles o

presidente, o gerente e o contador, os quais estão na empresa desde a sua

fundação.

4.2 VISÃO DOS GESTORES

Este artigo propõe analisar a viabilidade e os benefíciosda implantação da gestão

financeira na Master Clean Higienização Profissional LTDA ME, distribuidora de

matérias de higienização profissional em geral, situada no bairro P.L Pereira, em

Divinópolis, Minas Gerais.

A entrevista com o presidente, gestor e contador contribuiu para um melhor

entendimento da pesquisa. Foram feitas perguntas referentes às estratégias na área

de finanças da organização.A Tabela 1.1 sintetiza as características dos

entrevistados.

Tabela 1 - Características dos Entrevistados

Nome Idade Formação Acadêmica Função na empresa

Entrevistada01 Bruno Campolina Gomes 36 Tecnico em

eletrônico no SENAI

Presidente

Entrevistado02 Daniela Meirelles da

Cunha

31 Técnico em

segurança do

trabalho no SENAI

Gerente

Entrevistado03 Cleiton José da Costa 38 Bacharel em

contabilidade pela

FACED

Contador

Fonte: Dados da pesquisa (2016)

Iniciou-se a entrevista buscando identificar a percepção dos profissionais sobre a

área de finanças na empresa. O entrevistado 2 comenta que “deve ser uma área

14

bem estabilizada”, “guiada por uma excelente administração”, complementa o

entrevistado 1, já o entrevistado 3, considera a área de finanças como a mais

importante, “[...] é nesse setor que se administra os recursos financeiros.” Assaf

Neto (2007), ressalta que a administração financeira tem por finalidade assegurar

processo de captação de recurso de capital de forma eficiente, através de

planejamento financeiro, proporcionando expansão para as organizações.

Questionados sobre os benefícios advindos da área de finanças todos os

entrevistados ressaltaram as informações adquiridas, possibilitando tomadas de

decisões mais coerentes com a saúde financeira da empresa, como onde investir,

citado pelo entrevistado 1, custos e despesas, comentando pelo entrevistado 2 e se

a empresa apresenta lucro, entrevistado 3. Segundo Hoji (2010), a área financeira

consiste em coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa por meio

de relatórios financeiros, pois com esses relatórios que são tomadas as decisões de

investimento e financiamento pelos gestores.

Perguntados sobre ferramenta utilizadas para a gestão financeira, os entrevistados 1

e 2 utilizam o Excel para controle financeiro, já o entrevistado 2 faz uso de relatórios

como: Saldo de Caixa, Controle de Estoque, Contas a pagar e a Receber, Controle

de Despesas Fixas, DRE e Balanço Patrimonial. Resende Junior (2015) afirma que,

com a descentralização da administração, os relatórios que demonstram a evolução

econômica e patrimonial – e que permitem traçar projeções para o futuro, análise de

tendências e riscos – agora são importantes ferramentas para a tomada de

decisões, tanto na hora do planejamento de longo prazo quanto para corrigir a rota

ao longo do ano. Nos anexosde 1 a 4 pode-se visualizar a DRE e o Balanço

Patrimonial da empresa nos anos 2014 e 2015.

Para Rosa (2016), a área financeira executa atividades delicadas e que trabalha

diretamente com cálculos, o que exige do profissional um grande nível de

concentração e atenção. Com isso o setor financeiro de uma empresa deve ser

organizado e apresentar diretrizes para desenvolvimento do trabalho, sendo uma

dessas diretrizes, citadas pelos entrevistados, apresentação dos relatórios,

elaboração de planejamentos e reuniões frequentes. O entrevistado 3 complementa

que “este setor também deve contar com pessoas de extrema confiança, que preze

pela ética e o compromisso de suas atividades”.

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Interrogados sobre o impacto da crise em suas atividades operacionais, ambos os

entrevistados responderam: contas a receber, segundo o entrevistado 3, “o índice de

venda nesse período cai, assim como o recebimento, por isso tem que acompanhar

bem de perto, as despesas visando redução e realocação de recursos.”

Não houve mudanças na concessão de créditos a clientes mas sim um aumento de

inadimplência, em virtude da crise financeira.

Os procedimentos do contas a pagar e receber da empresa funcionam de forma

simples, na qual o gerente financeiro é responsável pela organização dos mesmos.

4.3 ANÁLISE DE DOCUMENTO (BALANÇO/DRE)

Foram analisados os balanços e DRE dos anos de 2014 e 2015, conforme anexo, da

empresa Master Clean Higienização Profissional LTDA ME. A seguir, foram feitas as

análises horizontal, vertical e de índice econômico financeiro.

4.3.1 Analise Horizontal e vertical

De acordo com Assaf Neto (2007, p. 111) a analise horizontal “permite que se avalie

a evolução dos vários itens de cada demonstração financeira em intervalos

sequenciais de tempo”.

A análise vertical, de acordo com Assaf Neto (2007, p. 116) “é desenvolvida por

meio de comparações relativas entre valores e afins ou relacionáveis identificados

numa mesma demonstração contábil”.

O quadro 1 apresenta a analise horizontal e vertical da empresa estudada.

Quadro 1 – Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial

31/12/2014 AH AV 31/12/2015 AH AV

ATIVO R$ 246.570,68 100% 100% R$ 599.734,71 243% 100%

Ativo Circulante R$ 246.570,68 100% 100% R$ 398.619,12 162% 66%

Realizável a longo prazo R$ - 100% - R$ - - -

Ativo permanente R$ - 100% - R$ 201.115,59 - 34%

PASSIVO R$ 246.570,68 100% 100% R$ 599.734,71 243% 100%

Passivo circulante R$ 10.082,52 100% 4% R$ 61.777,49 613% 10%

Exigível a longo prazo R$ - 100% - R$ - - -

16

Resultados de exercícios futuros R$ - 100% - R$ - - -

PATRIMÔNIO LIQUIDO R$ 236.488,16 100% 96% R$ 537.957,22 227% 90% Fonte: Dados da pesquisa (2016)

Com base no quadro, é possível perceber que o ativo circulante teve um aumento de

62% em relação ao exercício anterior. Em 2015, o ativo circulante passou a

representar 66% do ativo total uma vez que neste já possuía ativo permanente de

34%.

O passivo da empresa é composto apenas pelo passivo circulante e o patrimônio

liquido nos dois exercícios. Em 2014 o passivo circulante representava 4% do

passivo total e em 2015 teve um aumento, passando a representar 10%. Em 2015, o

passivo circulante teve um aumento de 513% e o patrimônio líquido de 127%. O PL

representa 96% do passivo total em 2014, mas no exercício seguinte, teve uma leve

queda de representatividade, passando a ser 90%.

Pode-se concluir que a empresa teve um aumento significante no patrimônio líquido

e no passivo circulante, ou seja, dividas a pagar no curto prazo, ou seja, houve uma

evolução a partir de 2014 para 2015.

A seguir, no quadro 2, a análise de Demonstrações de Resultado (DRE) para

2014/2015.

Quadro 2 - Análise horizontal e vertical da DRE

2014 AH AV 2015 AH AV

Vendas liquidas R$ 386.339,68 100% 100% R$ 532.596,97 138% 100%

(-)CMV R$ 154.000,75 100% 40% R$ 108.566,72 70% 20%

(-) Despesas Operacionais R$ 9.521,50 100% 2% R$ 37.884,24 398% 7%

(-) Despesas Financeiras R$ 540,24 100% 0% R$ 8.724,78 1615% 2%

(-) Despesas Tributárias R$3.803,49 100% 1% R$ 5.746,61 151% 1%

(-) Despesas Administrativas R$ 16.033,75 100% 4% R$ 30.205,56 188% 6%

Resultado do exercício R$ 202.433,92 100% 52% R$ 341.469,06 169% 64%

Fonte: Dados da pesquisa (2016)

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Em consequência do aumento de vendas, a receita liquida da empresa cresceu, em

relação a 2014, em 38%. O custo de mercadoria vendida porém teve queda compõe

20% do total da receita líquida.

Todas as despesas tiveram aumento em 2015. As despesas financeiras

aumentaram em 1.515% e passaram a compor 2% da receita líquida. As despesas

operacionais aumentaram em 298%, compondo 7% da receita líquida. A despesa

tributária foi a que teve menor aumento, 51% compondo apenas 1% da receita

liquida e a despesa administrativa quase dobrou, com 88% compondo 6% da receita

liquida.

O resultado liquido de 2015, tendo como referência 2014 foi bom, com um aumento

de69%, compondo 64% da receita liquida, ou seja, mais que a metade.

4.3.2 Índice econômico financeiro

Conforme Assaf Neto (2007, p. 118) “a técnica mais comumente empregada de

análise baseia-se na apuração de índices econômico-financeiro, que são extraídos

de demonstrações financeiras levantadas pela empresa”. Elas estão divididas em

grupo de liquidez, estrutura de capital e rentabilidade, conforme a seguir.

4.3.2.1 Liquidez

Os indicadores de liquidez (ASSAF NETO, 2007, p. 119) visam medir a capacidade

de pagamento de uma empresa, ou seja, sua habilidade em cumprir suas

obrigações. Nesta etapa, analisa-se a liquidez seca, corrente, imediata e geral.

A liquidez geral da empresa em 2014 foi de 24,46. Isso significa que para cada R$

1,00 que a empresa tinha de dívida ativa, possuía R$24,46 para cumprir com as

obrigações, porem, no exercício seguinte, esse índice caiu para 6,45 devido o

aumento do passivo circulante. Como a empresa não possui realizado e exigido a

longo prazo, a liquidez imediata e corrente resultaram no mesmo índice, 24,46 em

2014 e 6,45 em 2015. Isso indica que a empresa consegue pagar suas dívidas de

curto prazo e que o capital circulante líquido é positivo.

A liquidez seca em 2014 foi de 24,46, mas em 2015, devido aos estoques, caiu para

3,20, ou seja, indica que as dívidas podem ser pagas mediante o uso do ativo

circulante.

18

4.3.2.2Estrutura de capital

Assaf Neto (2007, p. 122) afirma que esse tipo de indicador éutilizado para auferir a

composição das fontes passivas de recursos de uma empresa.

O grau de endividamentoda empresa,que é igual ao capital de terceiros dividido pelo

patrimônio liquido, em 2014 era de 4% e em 2015, de 11%. Isso significa que a

empresa tomou R$4,00 e R$11,00de capitais de terceiros para cada R$ 100,00 de

capital próprio.

A composição de endividamento da empresa em 2014 foi de 100% uma vez que a

empresa possui apenas passivo circulante a curto prazo. Em 2015, teve o mesmo

índice.

A empresa não teve imobilização do patrimônio líquido em 2014, pois não tinham

ativo permanente. Já em 2015, foi de 37%, ou seja, esse valor foi aplicado a cada

R$ 100,00 de patrimônio liquido.

O imobilizado de recursos não correntes teve os mesmos índices do imobilizado do

patrimônio líquido, já que a empresa não possui ativo permanente.

4.3.2.3 Rentabilidade

Estes indicadores “visam avaliar os resultados auferidos por uma empresa em

relação a determinados parâmetros que melhor revelem suas dimensões” (ASSAF

NETO, 2007, p. 124).

O giro do ativo da empresa em 2014 foi de 1,57, ou seja, a empresa vendeu este

valor para cada R$ 1,00 do investimento total. Em 2015, foi de 0,88.

A margem liquida indica que empresa obtém de lucro R$ 52,00 para cada R$ 100,00

vendidos. Em 2015, a margem líquida aumentou para R$ 64,00.

A rentabilidade do ativo indica que a empresa obteve em 2014 R$ 82,00 de lucro

para cada R$ 100,00 de investimento total. Em 2015, o valor caiu para R$ 57,00.

A rentabilidade do patrimônio líquido em 2014 foi de 86%, ou seja, a empresa obteve

este valor para cada R$ 100,00 de capital próprio. Em 2015 este valor caiu para

63%.

19

4.4 ANÁLISE GLOBAL DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E ECONÔMICA

Conclui-se ao final das análises que a empresa Master Clean higienização

Profissional LTDS ME encontra-se em boa situação financeira, apresentando entre

os dois períodos analisados um leve declínio, como por exemplo, o aumento das

despesas operacionais e administrativas.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES

Conclui-se, portanto que a empresa, ao ser analisada através de índices, consegue

entender sua atual situação e se projetar para mudanças e investimentos possíveis.

A análise permitiu que o gestor conhecesse quais os pontos mais importantes a

serem tratados e possibilitou perceber as evoluções e quedas do exercício anterior

para o ultimo estudado.

O objetivo geral foi alcançado de modo satisfatório, pois foi possível, através das

analises da DRE e do balanço patrimonial, perceber que quanto mais se conhece a

empresa, a nível financeiro e econômico, melhor, pois é através dessa analise que

se consegue tomar decisões para a sobrevivência da mesma,

Sugere-se a reaplicação desse estudo em empresas de outros ramos (e portes

diferentes) para justificar a importância da gestão financeira em conjunto com

demais setores de uma organização.

A empresa está no caminho certo, sendo gerida por três profissionais com

experiência no ramo porém, sugere-se que a equipe reforce o conhecimento com

cursos voltados para a área de gestão, uma vez que suas respectivas formações

não são especificadamente para isso, com exceção do contador. Sugere-se também

que a empresa continue realizando os controles financeiros afim de se ter mais

certeza da real situação.

REFERÊNCIAS

ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009.

20

BIANCHINI, Vívian Karinaet al.. Ferramentas utilizadas na gestão financeira: um estudo multi-casos em empresas do setor metal-mecânico. XXIX Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Salvador, 06 a 09 de outubro de 2009. Disponível em:< http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_STP_093_628_14670.pdf>. Acesso em: 4 out 2016. BRIGHAM, Eugene F. Administração financeira: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2001. Total de paginas: 1111. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ed. São Paulo: Atlas, 2009. HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras e orçamento empresarial. 9 ed., São Paulo: Atlas, 2010. Total de paginas: 587. MARCONI, M. de A. LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2011. MATTAR, FauzeNajib. Pesquisa de marketing: edição compacta. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 2001. MEDEIROS, Luísa. Reuniões bem-sucedidas contribuem para o sucesso da empresa. Disponível:<http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/reunioes-bem-sucedidas-contribuem-para-o-sucesso-da-empresa/73/>. Acesso em: 01 out 2016. RESENDE JUNIOR, José Carlos. Por que os relatórios contábeis se tornaram decisivos nas empresas? Disponível em:<https://conube.com.br/blog/por-que-os-relatorios-contabeis-se-tornaram-decisivos-nas-empresas/.> Acesso em: 01 out. 2016. ROSA, Everton Carsten. Aimportância da Gestão Financeira, 2015. Disponível em:<http://www.ecrconsultoria.com.br/biblioteca/artigos/gestao-financeira/a importancia-da-gestao-financeira>. Acesso em: 27 abr 2016. ROSS, Stephen A; WESTERFIELD, Rodolf W.; JAFFE, Jefrey F. Administraçãofinanceira. São Paulo: Atlas, 1995. Total de páginas: 700. ROSS, Stephen A; WESTERFIELD, Rodolf, W.; JORDAN, Bradford D. Princípios da administração financeira. São Paulo: Atlas, 2002. Total de páginas: 523. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo. 2007.

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APÊNDICE 1 –ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA COM OS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA MASTER CLEAN HIGIENIZAÇÃO

PROFISSIONAL LTDA ME

1. Como você vê a área de finanças da empresa?

2. Quais os benefícios que a área de finanças proporciona para a organização?

3. Quais ferramentas a empresa utiliza para gestão de suas finanças?

4. Você realiza reuniões com o contador? Se sim, qual a frequência dessas

reuniões?

5. Como a área de finanças se desenvolve na empresa?

6. Qual o impacto da crise perante o setor financeiro da empresa?

7. Houvemudanças na concessão de créditos? Equanto aos índices de

inadimplência? Houve alterações em virtude da crise?

8. Como funciona os procedimentos de contas a pagar e a receber da empresa?

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