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GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ATÉMOIA (A. cherimola Mill. X A. squamosa L.) SUBEMETIDASA MISTURAS DE ÁCIDO GIBERÉLICO (GA 3 ) E ETHEPHON Marcos Campos de Oliveira¹ RESUMO O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos do ácido giberélico (GA 3 ), do ethephon e da interação de ambos os reguladores vegetais no processo germinativo de sementes de atemóia (Annona cherimola Mill. X Annona squamosa L.), cultivar ‘gefner”. Determinar as concentrações mais adequadas destes reguladores vegetais, visando à melhoria da velocidade e uniformidade de germinação de sementes. O experimento foi desenvolvido em 2003, no laboratório de Tecnologia de Sementes da Universidae Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, em Marechal Cândido Rondon-PR. Instalou-se em delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5² com os tratamentos constituídos pela combinação de cinco concentrações de GA 3 (ácido giberélico) e cinco concentrações de Ethephon, resultando em 25 tratamentos com quatro repetições de 5 sementes por parcela. As concentrações de Ga, empregadas foram: 0,250, 500, 750, 1000 mg L -1 e de ethephon: 0,25, 50, 75 e 100 mg L¹:As sementes foram semeadas e levadas à câmara de germinação onde permaneceram no escuro, com temperatura alternada entre 20ºC por 8 horas e 30ºC por 16 horas. As características avaliadas foram percentagem de germinação, percentagem de plântulas normais, percentagem de plântulas anormais, percentagem de sementes dormente, percentagem de sementes mortas, percentagem de plântulas mortas, índice de velocidade de germinação, tempo e velocidade médios de germinação. Concluiu-se que a GA e o ethephon influenciam no processo germinativo de sementes de atemóia melhorando a percentagem, a velocidade e a uniformidade da germinação. Existe interação da

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GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ATÉMOIA (A. cherimola

Mill. X A. squamosa L.) SUBEMETIDASA MISTURAS DE ÁCIDO

GIBERÉLICO (GA3) E ETHEPHON

Marcos Campos de Oliveira¹

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos do ácido giberélico (GA3), do

ethephon e da interação de ambos os reguladores vegetais no processo

germinativo de sementes de atemóia (Annona cherimola Mill. X Annona squamosa

L.), cultivar ‘gefner”. Determinar as concentrações mais adequadas destes

reguladores vegetais, visando à melhoria da velocidade e uniformidade de

germinação de sementes. O experimento foi desenvolvido em 2003, no laboratório

de Tecnologia de Sementes da Universidae Estadual do Oeste do Paraná –

UNIOESTE, em Marechal Cândido Rondon-PR. Instalou-se em delineamento

experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5² com os

tratamentos constituídos pela combinação de cinco concentrações de GA3 (ácido

giberélico) e cinco concentrações de Ethephon, resultando em 25 tratamentos com

quatro repetições de 5 sementes por parcela. As concentrações de Ga,

empregadas foram: 0,250, 500, 750, 1000 mg L-1 e de ethephon: 0,25, 50, 75 e

100 mg L¹:As sementes foram semeadas e levadas à câmara de germinação onde

permaneceram no escuro, com temperatura alternada entre 20ºC por 8 horas e

30ºC por 16 horas. As características avaliadas foram percentagem de

germinação, percentagem de plântulas normais, percentagem de plântulas

anormais, percentagem de sementes dormente, percentagem de sementes

mortas, percentagem de plântulas mortas, índice de velocidade de germinação,

tempo e velocidade médios de germinação. Concluiu-se que a GA e o ethephon

influenciam no processo germinativo de sementes de atemóia melhorando a

percentagem, a velocidade e a uniformidade da germinação. Existe interação da

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ação dos reguladores vegetais estudados no processo germinativo de sementes

de atemóia e as melhores concentrações foram de 600 à 1000 mg L-1 de GA3 e de

10 mg L-1 de ethephon.

ABSTRACT

The objective of this work went study the effects of the gibberellic acid

(GA3), of the ethephon and of the interaction of both vegetable regulators in the

process germinative of atemoya seeds ( Annona cherimola Mill. X Annona

squamosa L.), to cultivate ‘gefner’. To determine the adapted concentrations of

these vegetable regulators, seeking to improvement of speed and uniformity of

germination of seeds. The experiment was developed in 2003, in the Laboratory of

Technology of Seeds of the Universidade Estadual do oeste do Paraná –

UNIOESTE, in Mareachal Cândido Rondon-PR. It settle experiment desing entirely

randomized, in fatorial 5² whit the treatments constituted by the combination of five

concentrations of GA3 (gibberellic acid) and five concentrations of Ethephon,

resulting in 25 treatments, whit four repetitions of 25 seeds for potion. The GA3

maids’ concentrations were: 0, 250, 500, 750, 1000 mg L-1 and of ethephon: 0, 25,

50, 75 and 100 mg L-1: These seeds were sowed na taken to the germination

camera whre it stayed in the darkeness, with alternate temperature established

20ºC for 8 hours and 30ºC for 16 hours. The appraised parameters were

germination percentage, percentageg of normal seedlings, percentage of abnormal

seddlings, percentage of sleeping seeds, percentage of dead seeds, percentage of

dead seedlings, index of germination speed, time and average of germination

speed. It was concluded tha GA3 and the ethephon influence in the process

germinative of atemoya seeds improving the percentage, the speed and the

uniformity of the germination. Interaction of action of the vegetable regulators

studied in the process germinative of atemoya seeds exits and the best

concentrations went from 600 the to 1000 mg L-1 of GA3 and of 100 mg L-1 of

ethephon.

INTRODUÇÃO

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A atemóia é um híbrido resultante do cruzamento da Annona cherimola Mill.

e Annona squamosa L, e reúne boa característica da A. cherimola Mill,

principalmente quando a qualidade dos frutos (mais carnudos, com menor

quantidade de sementes e mais saborosos), associadas a Annono squamosa L.,

que confere adaptabilidade às condições tropicais (Donadio, 1997). A atemóia é

cultivada comercialmente no Paraná desde 1985, entretanto passou a despertar

interesse maior por parte dos agricultores a partir de 1993 devido aos bons preços

oferecidos pelo mercado (Stenzel, 1997).

A propagação é realizada vegetativamente por enxertia utilizando-se da

borbulhia e/ou garfagem e estaquia (Ferreira et al, 1997). Os porta-enxertos são

propagados por via sexuada utilizando-se as sementes da própria atemóia

(Sanewski, 1991; Stenzel, 1997). Quando são utilizados porta-enxertos de outras

espécies normalmente ocorrem problema de incompatibilidade (Kavati, 1992). O

primeiro aspecto que causa interesse na produção comercial de mudas refere-se à

uniformidade e à percentagem de sementes germinadas (Leonel e Rodrigues,

1996). A produção de mudas de atemoeira via sexuada esbarra na dormência de

sementes, cujo tegumento é resistente e de baixa permeabilidade (Svoma, 1998 e

Smet et al., 1999. Hayat (1963, Sanewski (1991), e Gaswppd (1995) citados por

Smet et al. (1999), afirmam que uma das características das sementes de

anonáceas é a presença de um embrião rudimentar de desenvolvimento lento, que

na maioria dos casos não está totalmente diferenciado, mesmo quando os frutos

se encontram maduros. Esse estado do embrião permanece mesmo depois de

coletadas as sementes. A germinação não ocorre antes da completa diferenciação

do embrião.

As sementes que não germinam sob condições normais (água, oxigênio e

temperatura adequada para germinação) são chamadas de dormentes (Taiz e

Zeiger, 2004; Carvalho e Nakagawa, 2000). Segundo os mesmo autores, a

dormência pode ser quebrada e iniciada a germinação em algumas espécies com

a utilização de reguladores vegetais. Os hormônios exercem um papel

fundamental no processo germinativo de sementes e é objeto de estudo em

anonáceas por diversos pesquisadores.

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Dentre os hormônios, as giberelinas, as citocininas e algumas vezes o

etileno, funcionam normalmente como agentes promotores de germinação; e o

ácido abscísico, como indutor de dormência. Taiz e Zeiger (2004) afirmam que o

GA3 pode substituir a presença do embrião no estímulo da degradação do amido,

Além das giberelinas, o etileno pode ser uma alternativa para acelerar a

germinação e superar a dormência de sementes em várias espécies (Taiz e

Zeiger, 2004), podendo levar a um incremento na produção de mudas. Prusinki e

Khan (1990) relatam que a variabilidade genotípica da característica da testa

poderia influenciar na produção de etileno e comportamento das sementes nas

condições de estresse. A testa pode reduzir o crescimento do embrião por dois

mecanismos sob condições de estresse, pode servir como uma barreira mecânica

e, pode criar um ambiente anaeróbico desfavorável para conversão de 1-

aminociclopropano-1-ácido carboxílico (ACC) em etileno. O etileno atua tanto na

respiração como na osmorregulação das sementes (Matoo e Suttle, 1991; Davies,

1995; Nascimento, 2000). Em certas instâncias, a aplicação de etileno pode

aumentar ou inibir significamente a resposta dos tecidos as giberelinas exógenas.

Estas interações têm sido observadas tanto em alongamento como em testes com

alfa amilase. No caso da síntese e secreção de alfa amilase, o efeito do etileno

tem sido relatado tanto para inibir como para aumentar a síntese e secreção dessa

enzima, medida pela giberelina (Mato e Suttle, 1991). Para Felippe (1979) o efeito

promotor do etileno é o de aumentar a liberação e o movimento de enzimas cuja

síntese é induzida por giberelinas.

Deste modo objetivou-se, com esse trabalho, estudar os efeitos do

ácido giberélico (GA3), do ethephon e da interação de ambos os reguladores

vegetais no processo germinativo de sementes de atemóia (Annona cherimola

Mill. X Annona squamosa L.), cultivar ‘gefner’. Determinar as concentrações mais

adequadas destes reguladores vegetais, visando à melhoria da velocidade e

uniformidade de germinação de smentes.

MATERIAL E MÉTODOS

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O experimento foi desenvolvido de abril a agosto de 2003, no Laboratório

de Tecnologia de sementes da Universidade Estadual do oeste do Paraná –

UNIOESTE, em Marechal Cândido Rondon – PR. Os frutos de atemóia (Annona

cherimola Mill. Annona squamosa L.), cultivar ‘Gefner’ forma escolhidos em abril

de 2003. As sementes foram extraídas, seca á sombra e armazenada em câmara

fria (4 – 5ºC) até a realização dos tratamentos.

O experimento foi instalado em delineamento experimental inteiramente

casualizado, em esquema fatorial 5² com os tratamentos pela combinação de

cinco concentrações de GA3 (ácido giberélico) com cinco concentrações de

Ethephon, resultando em 25 tratamentos, com quatro repetições de 25 sementes

por parcela. As concentrações de GA3 empregadas foram: 0, 250, 500, 750, 1000

mg L-1 e de ethephon: 0, 25, 50, 75 e 100 mg L-1.

As sementes foram submetidas aos tratamentos com os reguladores

vegetais através de imersão nas soluções com diferentes concentrações de GA3 e

ethephon, sob oxigenação constante (Ferreira, 1998), durante período de 36 horas

(Richard et al., 2003). Os produtos comerciais utilizados foram: Ácido giberélico

(GA3) – Nome comercial: Pro-Gibb, composto por 10% de ácido giberélico, na

forma de pó solúvel, fabricado por Abbott Laboratórios do brasil Ltda – e Ácido 2-

cloroetil-fosfônico (ETHEPHON) – Nome comercial: Ethrel. Composto por 240 g

L-1 de ácido 2 clorenil- fosfônico.

Após os tratamentos procedeu-se desinfecção das sementes com

hipoclorito de sódio a 2% por 3 minutos e lavagem em água corrente para evitar o

desenvolvimento de pantógenos. Em seguida, semeadas em rolo de papel

germitest utilizando folhas duplas. A quantidade de água destilada utilizada para

umedecimento foi de 2,5 vezes massa do papel, conforme recomendção de Brasil

(1992). O material foi acondicionado em sacos plásticos transparentes levados à

câmara de germinação onde permanecem no escuro, com temperatura alternada

entre 20ºC por 8 horas e 30ºC por 16 horas conforme Ferreira (2002). Durante o

período germinativo empregou-se tratamento fúngico com solução de benlante na

concentração 2g L-1 aplicada no substrato a cada 14 dias.

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As avaliações foram realizadas diariamente até o início da germinação e

posteriormente a cada 7 dias até nenhuma semente apresentar mais emissão de

raiz primária. As características avaliadas foram: Percentagem de germinação (%

G ou sementes que emitiram radícula, sementes com radícula a partir de 2 mm)

Percentagem de plântulas normais (PN); Percentagem de plântulas anormais

(PA); Percentagem de sementes dormentes (SD); Percentagem de sementes

mortas (SM); Percentagem de plântulas mortas (PM) (Brasil, 1992); Índice de

velocidade de germinação (IVG) (Silva e Nakagawa, 1995); Tempo(T) e

Velocidade(V) médios de germinação LABOURIAU (1983):

Para efeito de análise estatística, os dados referentes à percentagem foram

transformados em arco seno raiz quadrada da percentagem e os dados de índice

de velocidade de germinação (IVG) em raiz quadrada. Os dados obtidos das

transformações forma submetidos à análise de variância (teste F) e depois as

médiaas foram analisadas por regressão polinominal (Gomes, 1990; Banzato,

1989). Para extração do ponto de máximo nas funções quadráticas calculou-se

ponto que anula a derivado primeira de Y em relaçãoa X (Banzato, 1989).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados referentes à percentagem de germinação (%G) encontram-se

na Tabela 1 e na Figura 1. Verifica-se que o efeito do GA3, independente da

concentração de ethephon utilizada foi altamente significativo, indicando

diferenças de resultados entra as concentrações de GA3. A curva de tendência

(Figura 1) mostra um efeito quadrático significativo com R² = 80,17%. A curva

atinge seu ponto máximo na concentração de 778 mg L-1 de GA3 com 82,56% de

germinação.

O efeito positivo do GA3 sobre a promoção da germinação de anonáceas

está de acordo com o observado por diversos autores entre os quais Hernández,

1993; Valenzuela, 1998; Smet et al, 1999; Ferreira et al., 1999; Ferreira et al.,

2000; Ferreira et al., 2002; Ferreira et al., 2003 e Stenzel, 2003. Os resultados de

%G obtidos corroboram com os que foram observados por Smet et al. (1999) que

estudaram a germinação de cherimóa, utilizando as concentrações de 500, 1000,

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5000, 10.000 mg L-1 de GA3, e obtiveram germinação de 58,5; 65,5; 69,5; e 74,5%

respectivamente. Houve diferenças significativas em relação à testemunha, entre

concentrações não houve significância, entretanto, é possível observar nos

resultados uma tendência de crescimento na percentagem de germinação à

medida que aumenta a concentração de GA3. Os dados também estão de acordo

com os de Ferreira et al. (2002b e 2002d) que avaliam as cultivares ‘Gefner’ e

‘Tompsom’ da atemóia, obtiveram diferenças significativas em relação à

testemunha nas concentrações de 500, 750 e 1000 mg L-1 de GA3 para cultivar

‘Tompsom’ e 1.000 mg L-1 de GA3 para cultivar ‘Gefner’. Da mesma forma Stenzel

et al. (2003), observaram diferenças significativas apenas em relação à

testemunha, não houve diferenças entre as concentrações de GA3 (50 e 100 mg L-

1) utilizadas para as três cultivares de atemóia (‘Gefner’, ‘PR-1’ e ‘PR-3’). A cultivar

‘ Gefner’ germinou 67,5% e a cultivar ‘PR-3’ germinou 61,25%. Porém, Ferreira et

al (2000a) não encontraram respostas significativas no estudo das interações

entre o efeito das concentrações de 50, 100, 250, 500 e 1000 mg L-1 de GA3 e o

armazenamento de sementes atemóia por 0, 30, 60, 120 e 150 dias. Os autores

obtiveram respostas significativas apenas em relação ao tempo de

armazenamento. Os pesquisadores trabalharam com 4 horas de embebidação das

sementes nas soluções de GA3, neste experimento, utilizou-se 36 horas. Esta

pode ser a explicação para a divergência dos resultados.

Os resultados referentes ao índice de velocidade de germinação (IVG)

encontram-se na Tabela 1 e nas figuras de 2 e 3. Estes resultados foram

significativos com relação aos efeitos do GA3, do ethephon e da interação entre

ambos, confirmando a dependência entre os fatores. É possível observar que a

aplicação de diferentes concentrações de GA3 resultou em comportamento linear

crescente significativo no IVG dentro das concentrações de 0, 75, e 100 mg L-1 de

ethephon e comportamento quadrático significativo dentro da concentração de 50

mg L-1 de ethephon. Os aumentos no IVG para cada mg L-1 de GA3, acrescido nos

tratamentos dentro das concentrações de 0, 75 e 100 mg L-1 de ethephon foram

respectivamente de 0,0037; 0,0052 e os coeficientes de determinação (R²),

60,28%, 89,19% e 91,17% (Figura 2 ), a medida que aumenta a concentração de

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ethephon, aumenta a inclinação da reta e o R². Dentro da concentração de 50 mg

L-1 de ethephon (Figura 2), a curva atingiria o máximo utilizando uma contração de

990 mg L-1 de GA3, conforme o estimado o ápice da curva. E dentro da

concentração de 25 mg L-1 de ethephon os resultados não foram significativos. Os

dados estão de acordo com os de Ferreira et al. (1999) que constatavam que o

IVG foi significativamente maior, nas concentrações mais elevadas de GA3, os

pesquisadores utilizaram concentrações de 50, 100, 250, 500 mg L-1 GA3 em

Annona squamosa L. Da mesma forma, Stenzel et al. (2003) verificaram que o

GA3 promove o aumento no IVG, os pesquisadores obtiveram IVG de 0,48 para

cultivar ‘Gefner’ e IVG de 0,46 para cultivar ‘PR-3’.

Analisando o efeito do ethphon dentro das concentrações de GA3 (Figura

3), observa-se que o ethephon foi eficiente no aumento do índice de velocidade de

germinação com efeitos lineares crescentes e inclinação de reta semelhantes

dentro das concentrações de 0, 750 e 1000 mg L-1 de GA3. Existe sinergismo entre

os reguladores, pois a medida que aumentam a concentração de GA3 a reta do

IVG sobre um patamar. Os resultados são divergentes dos obtidos por Ferreira et

al. (2002c e 2002e) que testou o efeito do ethephon em sementes de atemóia,

cultivares ‘Gefner’ e ‘Tompsom’ e verificam que não ocorreram diferenças

significativas com relação à testemunha. As divergências nos resultados,

possivelmente, podem ser atribuídas a tempo de embebidação. Ferreira et al.

(2002c e 2002e) trabalharam com 12 horas de embebidação, enquanto neste

trabalho, utilizou-se 36 horas de embebidação das sementes nas soluções.

Os resultados referentes a plântulas normais encontram-se nas Tabelas 1 e

nas figuras 4 e 5. Os efeitos dos tratamentos na percentagem de plântulas

normais foram significativos para GA3, ethephon e para a interação GA3 X

ethephon, ou seja, houve dependência entre os efeitos dos fatores. Dentro das

concentrações de 0 e 75 mg L-1 de ethephon houve efeito crescente significativo

do GA3 para percentagem de plântulas normais (Tabela 3 ). O efeito foi linear

dentro das concentrações trabalhadas no experimento. Os coeficientes de

determinação (R²) foram respectivamente de 87,96% e 80,94% e a inclinação da

reta de 0,0288% e 0,0188% para cada mg L-1 que aumentou nas concentrações

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de GA3 (Figura 4) demonstrando que as sementes de atemóia respondem a

utilização de GA3 na obtenção de plântulas normais. Dentro da concentração de

25 mg L-1 de ethephon (Figura 4) a resposta linear, embora significativa,

apresentou um coeficiente de determinação menor (R² = 36,88%) e o desvio da

regressão significativo. Não foram observadas respostas significativas para

aplicação de GA3 dentro das concentrações de 50 e 100 mg L-1 de ethephon. O

coeficiente de variação para a concentração de 50 mg L-1 foi de 20,5%. Este alto

coeficiente de variação pode ser explicado pela incidência de fungos Phomopsis

spp e Fusarium spp que ocorreu nas sementes durante o experimento. Conforme

observado por Dias et al (2002), estes fungos são veiculados no tegumento da

semente que é contaminada no final do ciclo de maturação. Quando as sementes

são germinadas em rolo de papel, há um constante contato entre o tegumento

contaminado, os cotilédones e o eixo embrionário, aumentando substancialmente

as percentagens de semente e plântulas mortas em germinação de sementes de

Annona aquamosa L. Provavelmente esta seja a explicação pela falta de um

resultado significativo nestas duas concentrações, já que dentro das demais

concentrações de ethephon observou-se diferenças significativas entre as médias

de plântulas normais obtidas nos tratamento com GA3 para percentagem de

plântulas normais, com coeficiente de determinação elevado (R² = 99,20%). Com

relação à inclinação da reta (Figura 5) o ethephon na ausência de GA3 causou

aumento de 0,168% na percentagem de plântulas normais para cada mg L-1 de

ethephon adicionado na solução, o que demonstra eficiência do efeito crescente

do ethephon, na obtenção de plântulas normais. Como o efeito do ethephon foi

linear dentro das concentrações utilizadas no experimento, sugere-se outros

experimentos com concentrações maiores para descobrir a concentração de

máxima eficiência.

Os resultados referentes a sementes dormentes (SD) encontram-se na

tabela 1 e nas figuras 6 e 7. As curvas de tendência para percentagens de

sementes dormentes, conforme esperado, são inversas aos de germinação e os

resultados de significância nos teste de regressão também são semelhantes.

Calculando-se os pontos de mínimo das curvas na figura 6 é possível observar

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que ocorre menor percentagem de dormência na concentração de 699 mg L-1 de

GA3 para concentração zero de ethephon, 710 mg L-1 de GA3 para concentração

de 25 mg L-1 de ethephon, 672 mg L-1 de GA3 para concentração de 50 mg L-1 de

ethephon, 781 mg L-1 de GA3 para concentração de 75 mg L-1 de ethephon e 616

mg L-1 de GA3 para concentração de 100 mg L-1 de ethephon. Ferreira (2002)

observou as menores percentagens de germinação em fruta-do-conde nas

concentrações de 250 e 750 mg L-1 de GA3 com percentagens de sementes

dormentes de 21 a 26% respectivamente. Ao observar o ethephon isoladamente

na concentração zero de GA3 verifica-se o efeito linear decrescente à medida que

se aumenta a concentração de ethephon (Figura 7). Por outro lado, ocorre um

efeito contrário quando o ethephon encontra-se dentro da concentração de 250

mg L-1 de GA3. A percentagem de sementes dormentes cresce linearmente com o

aumento da concentração de ethephon. Este é um efeito difícil de explicar, pois

dentro das demais concentrações de GA3 o efeito ethephon é desprezível, devido

ao pronunciado efeito causado pelo GA3 na percentagem de sementes dormentes.

Os resultados não foram significativos para plântulas anormais (PA),

evidenciando que tanto o GA3, quanto o ethephon, não provocam anomalias nas

plântulas, podendo ser utilizados nas concentrações do experimento (Tabela 1).

Da mesma forma, o efeito sobre plântulas mortas foi significativo antes do

desdobramento na aplicação do teste F, mas depois, ao desdobrar e aplicar o

teste da regressão, não resultou em efeito significativo evidenciando também, que

os reguladores não provocaram morte de plântulas. Ferreira (2002) também não

obteve resposta significativas para estas características.

Com relação à característica sementes mortas, verifica-se efeito

significativo para o GA3 . Este fato pode ser parcialmente explicado pela

contaminação de pantógenos veiculados pelo próprio tecido da semente visto que

o coeficiente de determinação (R²) é de 48,02% conforme citado por Dias et al

(2002). Por outro lado, Taiz e Zeiger (2004) afirmam que a giberelina do embrião

induz a produção de α-amilase pela camada de aleurona. Durante a germinação e

crescimento inicial da plântula, as reservas do endosperma – principalmente

amido e proteína – são hidrolisadas por várias enzimas hidrolíticas e os açucares

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solubilizados, os amidos e outros produtos são transportados para o embrião em

crescimento. A α-amilase é secretada no endosperma amiláceo das sementes

tanto pelo escutelo quanto pela camada de aleuroma. O GA3 pode substituir a

presença do embrião no estímulo da degradação do amido. Portanto, se o

embrião estiver morto, a camada de aleuroma viva, para sintetizar α-amilase, e se

esta síntese for estimulada pelo GA3 exógeno do tratamento, os endospermas das

sementes serão hidrolisados e as sementes apodrecerão rapidamente. Como na

testemunha não foi adicionado o GA3 o processo de degradação da semente pode

ter sido mais lento, não sendo possível observar dentro do período em que foi

realizado o experimento, a caracterização das sementes mortas.

Observando os resultados de forma conjunta, verifica-se que a distribuição

percentual da transformação de sementes germinadas em plântulas normais ou

em plântulas anormais ou em plântulas mortas, não diferiu muito entre os

tratamentos. Entretanto, o GA3 foi muito eficiente na redução da percentagem de

sementes dormentes e na obtenção de plântulas normais. As respostas do

ethephon, embora significativas, são menos expressivas comparadas com o GA3 .

É possível observar também que o ethephon potencializou o efeito do GA3 na

característica de IVG e imprimiu um efeito linear crescente, mostrando que as

concentrações utilizadas no experimento podem ser aumentadas em outros

experimentos para determinação de uma concentração ótima de ethephon.

A morte de sementes e plântulas causada por agentes patogênicos, pode

mascarar alguns resultados dificultando a análise. As sementes que desenvolvem

o processo germinativo tornam-se mais susceptíveis a desenvolver a doença, visto

que aumenta o contato das estruturas embrionárias com o pantógeno, que é

veiculado pelo tegumento da própria semente. Como as sementes tratadas com

reguladores vegetais têm sua percentagem de germinação aumentada, logo,

aumenta-se também a percentagem de sementes e plântulas mortas pelo

desenvolvimento de doença.

A possibilidade de indicar uma concentração ótima para os reguladores,

dentro das concentrações estudadas no experimento limitou-se, pois algumas

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características apresentaram efeito linear. Entretanto, os melhores resultados

ocorreram com as concentrações de 600 a 1000 mg L-1 de GA3 e 100 mg L-1 de

ethephon.

CONCLUSÕES

• O GA3 e o ethephon influenciam no processo de sementes de atemóia

melhorando a percentagem, a velocidade e a uniformidade da

geminação.

• Existe interação da ação dos regulamentos vegetais estudados no

processo germinativo de sementes de atemóia.

• As melhores concentrações foram 600 a 1000 mg L-1 de GA3 e de 100

mg L-1 de ethephon.

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ANEXOS

Tabela 1 – Resumo das análises de variância das médias submetidas ao teste F relativas aos efeitos do GA3, do Ethephon e da interação entre ambos sobre as características analisadas.

Resultados do teste F Fator de variação

GL SER PN PA SD SM PM IVG T V

GA3 4 ** ** NS ** ** ** ** NS NS

ETHEPHON 4 NS ** NS NS NS NS ** NS NS

GA3 X ETHEPHON 16 NS ** NS ** NS NS * NS NS

Erro 75

Total 99

(GL) graus de liberdade; (SER) sementes que emitiram radícula; (PN) plântulas anormais; (SD)

sementes dormentes; (SM) sementes mortas; (PM) plântulas mortas; (IVG) índice de velocidade de

germinação; (T) tempo médio de germinação; (V) velocidade média de germinação; (*) significativo

a 5% de probabilidade pelo teste F; (**) significativo de 1% de probabilidade pelo teste F; (NS) não

significativo.

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