gerenciamento de crise - análise usp

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Pós-Graduação em Comunicação Interna para Relacionamentos Estratégicos Trabalho Gerenciamento de Crise Ocupação e retirada de alunos na reitoria da USP Ana Paula Marum Camila de Moraes Everton Souza Érica Bastos Flaviane Ambrosio Janayna Ribeiro Rafael Mariani Belo Horizonte 2011

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Trabalho apresentado à disciplina Reputação Organizacional e Gerenciamento de Crise, do Curso de Comunicação Interna para Relacionamentos Estratégicos da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, sobre a ocupação e retirada de alunos na reitoria da USP em 2011.

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Page 1: Gerenciamento de Crise - Análise USP

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Pós-Graduação em Comunicação Interna para Relacionamentos Estratégicos

Trabalho Gerenciamento de Crise

Ocupação e retirada de alunos na reitoria da USP

Ana Paula Marum Camila de Moraes

Everton Souza Érica Bastos

Flaviane Ambrosio Janayna Ribeiro Rafael Mariani

Belo Horizonte

2011

Page 2: Gerenciamento de Crise - Análise USP

Ana Paula Marum Camila de Moraes

Everton Souza Érica Bastos

Flaviane Ambrosio Janayna Ribeiro Rafael Mariani

Trabalho Gerenciamento de Crise

Ocupação e retirada de alunos na reitoria da USP

Trabalho apresentado à disciplina Reputação

Organizacional e Gerenciamento de Crise, do

Curso de Comunicação Interna para

Relacionamentos Estratégicos da Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais.

Professor: Paulo Henrique Soares

Belo Horizonte

2011

Page 3: Gerenciamento de Crise - Análise USP

Crise: Ocupação e retirada de alunos da reitoria da USP

O estopim para a ocupação de 12 dias por estudantes na Universidade de São Paulo (USP)

aconteceu no dia 27 de outubro, quando a Polícia Militar (PM), em um patrulhamento pelo

campus da Cidade Universitária, deteve três alunos com maconha. Houve protesto e, no

mesmo dia, os universitários ocuparam a sede administrativa da Faculdade de Filosofia,

Letras e Ciências Humanas (FFLCH). No dia 1 de novembro, em assembléia, os estudantes

decidiram desocupar o prédio, mas um grupo dissidente invadiu a sede da reitoria.

No dia 3 de novembro, a Justiça autorizou a reintegração de posse do prédio da reitoria e deu

prazo de 24 horas para os alunos saírem do local. Caso não cumprissem a ordem, a juíza que

concedeu a liminar em favor da USP autorizou "como medida extrema”, o uso de força

policial. As principais reivindicações dos estudantes são a saída da PM do campus - o que

implica acabar com o convênio firmado em setembro entre a corporação e a instituição para

aumentar a segurança na Cidade Universitária-, e a revisão de processos administrativos e

criminais abertos pela USP contra alunos e servidores.

Uma reunião com estudantes e representantes da universidade estabeleceu no dia 5 de

novembro, um prazo final para que os alunos deixassem a reitoria: 23h de segunda-feira

(7/11). Na madrugada do dia 8 de novembro, por volta de 5h, a PM cumpriu a reintegração de

posse do prédio, em uma operação que contou com a Tropa de Choque e teve 73 jovens

detidos. Após serem indiciados por dano ao patrimônio público, desobediência civil e crime

ambiental, eles foram liberados com o pagamento de fiança. Ainda no dia 8 de novembro, os

estudantes decidiram fazer uma greve, que recebeu o apoio de professores e funcionários.

Plano de Gerenciamento da Crise – Etapa I

Para administrar e minimizar de forma rápida os efeitos negativos na reputação da USP nosso

grupo proporia um Plano de Gerenciamento de Crise que envolveria a equipe de Assessoria

de Imprensa, Relações Públicas e Marketing da universidade. A primeira etapa do plano seria

produzir um levantamento de dados com índices de violências registradas dentro do Campus,

bem como nas proximidades da universidade. O objetivo é amenizar os públicos internos e

externos sobre a resolução do problema, sendo essas informações seriam importantes para

justificar a necessidade da presença da Polícia Militar na universidade.

Page 4: Gerenciamento de Crise - Análise USP

Em seguida, elegeríamos um porta-voz da universidade para informar à todos os empregados

e apresentar as informações sobre a segurança na universidade, através de reunião

extraordinária. A reunião teria a presença do reitor e um representante da polícia militar para

destacar a parceria entre as instituições e mostrar a preocupação de todas as pessoas dentro do

campus, esclarecer os esforços para sanar todos os problemas que aconteçam na USP, além da

importância em aproximar empregados e policiais, para minimizar o “pré-conceito” existente

na ação. A reunião com os empregados deverá durar tempo suficiente para esclarecer todos os

fatos e sanar todas as dúvidas.

Enviaríamos um comunicado via mala direta aos alunos da universidade, com as mesmas

informações passadas aos funcionários. Posteriormente, convidaríamos a imprensa com o

porta-voz da USP para esclarecer os fatos, com a apresentação dos dados sobre a violência

crescente na região, além de um porta-voz da Polícia Militar.

Plano de Gerenciamento da Crise – Etapa II

A segunda etapa do Plano de Gerenciamento da Crise da USP seria de prevenção de crises,

com a participação da equipe de Assessoria de Imprensa, Relações Públicas e Marketing, para

desenvolver o gerenciamento da marca. Criaríamos um diagnóstico de identificação das

vulnerabilidades da instituição, um estudo que envolveria a analise de tudo que pode

comprometer a instituição, sua marca, seus funcionários, seus alunos, sua didática de ensino,

etc. Essa identificação de crises potenciais pode envolver em maior ou menor grau influências

internas e externas.

O primeiro passo seria com a liderança da USP, para determinar as razões e objetivos de um

plano de gerenciamento de crise, o qual seria moldado pelo perfil da universidade, sua

localização geográfica, etc. A formação do Comitê de Gerenciamento de Crises é o passo

seguinte para se criar um diagnóstico de todas as crises possíveis, traçando políticas de

gerenciamento de crise para servir de esqueleto, com base na realidade das diferentes áreas da

universidade. Dependendo dos casos identificados, buscaríamos ajuda externa de consultorias

especializadas nas diferentes vertentes em que as crises possam ocorrer.

Page 5: Gerenciamento de Crise - Análise USP

O Comitê de Gerenciamento de Crise da USP envolveria a administração, professores, além

de diferentes setores. As participações destes envolvidos são de extrema importância para a

criação das diretrizes do plano de gerenciamento, já que eles têm a visão mais próxima dos

processos. As responsabilidades de cada membro do Comitê seriam definidas de acordo com

as áreas de atuação, para contribuírem em apontar os pontos críticos, e sugestões de

abordagens específicas.

A implantação da Cultura de Gerenciamento de Crise na USP ocorrerá através dos membros

responsáveis do Comitê, que disseminaram a cultura, e analisaram as possibilidades de

planejamento de ações em uma crise, além de estimular a participação da comunidade

acadêmica. O Comitê tem como princípio, ser acessível em todas as áreas com boa

comunicação e transparência para detectar crises potenciais, por meio de sinais de alerta

levantados por públicos internos e externos.

A boa comunicação na USP deverá ser essencial para a conscientização de todos, com o

objetivo que as pessoas conscientizem e percebam os indícios de crises e informem antes o

problema cresça e se instalem. Dependendo da área, é necessário manter um treinamento

formal e sistêmico aos colaboradores. A área responsável pela comunicação deverá ter os

canais estabelecidos pela assessoria de imprensa e relações públicas, para manter um bom

relacionamento com a mídia.

O desenvolvimento da estratégia de comunicação da USP tem o objetivo de prevenir e agir

em casos de crise. O projeto prevê que as áreas de Comunicação e Marketing caminhem

juntas com o objetivo de criar mecanismos para blindagem de forma eficaz à marca da

universidade, para que não sofra impactos grandes nos casos de crise. Como as novas mídias

estão ganhando um papel cada vez mais importante em denunciar práticas erradas e fazer

barulho suficiente para colocar em risco uma marca, criaríamos equipes de monitoramento da

marca da USP na web, sendo em blogs e redes sociais.

Page 6: Gerenciamento de Crise - Análise USP

Referência:

Portal G1. Disponível em:

<http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/11/imagens-ineditas-mostram-ocupacao-e-

retirada-de-alunos-da-reitoria-da-usp.html> Acesso em 14 Nov. 2011.

Portal Último Segundo Brasil. Disponível em:

<http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/estudantes-presos-na-usp-sao-indiciados-e-terao-

que-pagar-fianca/n1597358469508.html> Acesso em 14 Nov. 2011.

Portal Terra. Disponível em:

<http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0%2c%2cOI5440701-EI8139%2c00-

Apos+confronto+com+policia+estudantes+ocupam+predio+da+USP.html>

Acesso em 14 Nov. 2011.

Gerenciamento de Crise – MÁRIO PERSONA COMUNICAÇÃO E MARKETING –

Disponível em: <http://www.mariopersona.com.br/entrevista-revista-dealer-fenabrave-

gerenciamento-de-crise.html> Acesso em 14 Nov. 2011.