gerenciamento da inovaÇÃo tecnolÓgica - … de obras/gerenciamento da... · muito do que se sabe...
TRANSCRIPT
CHRISTINE LAROCA
GERENCIAMENTO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - INDICADORES DE
PERFOMANCE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Trabalho apresentado como requisito parcial da
disciplina de Inovação Tecnológica do
Doutorado em Engenharia Florestal da
Universidade Federal do Paraná, na área de
concentração de Tecnologia e Utilização de
Produtos Florestais sob orientação do Prof. Dr
Umberto Klock
CURITIBA 2004
i.e
2
ÍNDICE PAG.
1 INTRODUÇÃO 03
2 A CRIAÇÃO DE EMPRESAS DE ALTA TECNOLOGIA 03
3 ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO 04
3.1 Indicadores de performance de pequenas empresas inovadoras 06
3.2 Pontos para verificação 07
3.2.1-A organização tem um acesso estratégico a inovação? 07
3.2.2 A organização estabelece efetivas ligações externas? 08
3.2.3 Existem mecanismos efetivos de implementação? 08
3.2.4 A inovação tem lugar no contexto da organização? 09
4 INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 09
4.1 Caracterização do setor da construção civil 07
4.2 A inovação como estratégia competitiva nas empresas construtoras 09
5
CASO PRÁTICO DE INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: A
COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO
12
5.1 Programa de Melhorias 12
5.2 Temas do programa de melhoria 14
6
PROPOSTA PARA LEVANTAMENTO DE INDICADORES DE
PERFORMANCE DE EMPRESAS INOVADORAS NA CONSTRUÇÃO
CIVIL
14
7 CONCLUSÃO 23
8 BIBLIOGRAFIA 24
3
1. INTRODUÇÃO
O progresso técnico, a inovação tecnológica, pode ser considerado um importante
instrumento para o desenvolvimento econômico e social de um país. Segundo CRUZ,
2000 a capacidade de gerar conhecimento e converter em riqueza em desenvolvimento
social depende da ação de alguns agentes institucionais geradores e aplicadores de
conhecimento. Os principais agentes são : as universidades, empresas e o governo.
A inovação tecnológica não deve ser entendida como apenas a criação de um novo
produto, (causam grande impacto á sociedade) mas também melhoria de processos ou
simples melhoria nos produtos existentes à partir de uma idéia criativa, com um
impacto muito menos visível à sociedade.
2. A CRIAÇÃO DE EMPRESAS DE ALTA TECNOLOGIA
Segundo SANTOS,1987 empresas de tecnologia são aquelas que operam processos
produtos ou serviços onde a tecnologia é considerada nova ou inovadora. Os produtos
novos ou inovadores surgem como uma solução para uma necessidade de mercado. A
maioria dessas empresas são de pequeno ou médio porte.
Inovar requer determinação para transpor a abarreira da inércia e, mudar a ordem das
coisas. O surgimento de uma empresa de tecnologia avançada ocorre influenciada por
fatores ambientais, a figura do empreendedor é de fundamental importância por ser ele a
chave no desencadeamento do processo. Existem alguns estudos que determinam o perfil
empreendedor, segundo MOORE & TUSHMAN, 1988 a educação é o maior fator que
diferencia o empresário de tecnologia, o grau de escolaridade é em sua maioria é o de
mestre, não diferindo significativamente de cientistas e engenheiros. Além do grau de
escolaridade, esses empreendedores tem experiência prática de no mínimo 13 anos.
Muito do que se sabe sobre empresas de alta tecnologia é baseado na experiência de
empresas americanas. Algumas dessas empresas surgiram a partir de incubadoras, uma
estrutura tipicamente acadêmica. Como exemplos de grandes empresas incubadoras pode-
se citar a Xerox, Parc and Bell, Intel. Em muitos casos as firmas incubadoras produzem
empreendedores e as instituições acadêmicas uma qualificação adicional.
4
O desenvolvimento de um plano de negócios é de fundamental importância para
empresa de capital de risco com o objetivo de atrair financiamento externo, promovendo
um acordo informal respeitando as bases do futuro desenvolvimento do capital de risco.
Um plano de negócios tem que ser conciso, começar com um sumário executivo incluindo
produto, mercado, tecnologia, desenvolvimento, produção, marketing, pesquisas, e
estimativas de financiamento. A maioria dos planos de negócio submetidos ao capital de
risco tem bons argumentos técnicos, porém são inconsistentes sob o ponto de vista do
capital de risco, ou seja: plano de marketing, equipe de gerenciadores e plano financeiro.
Menos da metade dos planos de negócios examinados possuem uma estratégia de
marketing detalhada e apenas a metade incluem um plano de vendas. ¾ dos planos de
negócios falham em identificar ou analisar o potencial dos competidores. Como resultado a
maioria dos planos de negócios contém apenas algumas previsões básicas, e apenas 10%
contém alguma análise de sensibilidade.
Embora haja um consenso a respeito dos principais componentes de um bom plano de
negócios há alguns fatores importantes que podem ser agrupados em cinco categorias:
1. Personalidade do empreendedor;
2. Experiência do empreendedor;
3. Características do produto;
4. Características do mercado;
5. Fatores financeiros.
A personalidade do empreendedor é considerada o fator mais importante para o capital
de risco, uma vez que este tipo de investidor, conhecido nos Estados Unidos como venture
capital assume os riscos do projeto mediante participação no capital e lucro sem participar
da gerencia da mesma.
3.ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO
Há uma grande quantidade de pesquisas econômicas e administrativas em pequenas
empresas de tecnologia . Um levantamento feito pela Small Buisness Reacerrch Centre
(UK) descobriu que 60%pequenas empresas de tecnologia é responsável pela introdução
de novos produtos e serviços no mercado. Embora este dado demonstra a importância do
gerenciamento da tecnologia em pequenas empresas, não nos informa sobra a importância
destas inovações sobre o ponto de vista da pesquisa, investimento e performance
5
financeira. Pesquisas realizadas na década passada indicam que as atividades inovadoras
geralmente tem características similares:
• envolvem em sua maioria inovação de produtos
• são focados em produtos para nicho de mercados mais preferivelmente a mercados
de massa
• é mais comum a produtores finais do que fabricantes de componentes.
• Envolvem freqüentemente vínculos externos
O resultado do processo de desenvolvimento, introdução e apropriação da inovação
tecnológica é extremamente complexa, o sucesso não tem um fórmula mágica, identificou-
se uma serie de comportamentos que representam particularmente algumas rotina
fundamentais:
• Inovações bem sucedidas são estrategicamente planejadas
• Inovações bem sucedidas dependem de vínculos internos e externos;
• Inovações bem sucedidas requerem mecanismos para fazer com que as mudanças
ocorram
• Inovações bem sucedidas acontecem apenas com um suporte organizacional.
Não existem receitas de sucesso, mas a capacidade de aprender e analisar com a
experiência é essencial. Segundo a CNI (Confederação Nacional da Industria),2002 as
principais estratégias para o desenvolvimento e crescimento tecnológico são:
• A aquisição de máquinas e equipamentos mais atualizados é a
principal estratégia das empresas para o seu desenvolvimento
tecnológico. Isso destaca a importância de iniciativas para a
redução dos custos de aquisição destes bens, como parte de uma
estratégia de inovação mais geral.
• A segunda principal estratégia é a capacitação de recursos
humanos para a inovação,demonstrando a preocupação das
empresas em formar quadros para operar as novas tecnologias
e mesmo para desenvolvê-las. Esta capacitação torna-se mais
relevante à medida que se aumenta o porte da empresa. No caso
das grandes, a proporção de empresas que a consideram
“muito importante” alcança 54%. Cabe considerar,no entanto,
a baixa importância atribuída à absorção de pesquisadores na
empresa(cerca de 1/4 das empresas a consideram irrelevante), o
6
que parece denotar uma menor preocupação com a montagem
de estruturas formais de P&D&E.
• As inovações de produtos e processos e as mudanças
organizacionais e adoção de novas práticas gerenciais são
estratégias que também registram uma indicação expressiva. A
inovação de produtos é considerada o principal fator, como
estratégia de desenvolvimento tecnológico, pelas empresas dos
setores de Química; Móveis; Material Eletrônico e de
Comunicações; Equipamentos Médico-Hospitalares e Óticos;
Máquinas e Materiais Elétricos; e Têxtil.
3.1Indicadores de performance de pequenas empresas inovadoras
Segundo MOORE & TUSHMAN, 1988 a verificação da performance de empresas
inovadoras podemos enumerar possíveis indicativos de medição:
• Medição específica de várias naturezas- por exemplo número de patentes e
produção científica (papers) como indicador do conhecimento adquirido, ou
número de produtos novos como indicativo de inovações de sucesso.
• Processo operacional de medição, como o nível de satisfação do cliente;
• Medições de sucesso estratégico, onde a melhoria global de alguma forma algum
beneficio que pode ser atribuído direta ou indiretamente a inovação..
Podemos considerar um número maior de medições específicas na inovação do processo
ou de particularmente algum elemento:
• Número de produtos introduzidos nos último três anos
• Percentagem de vendas dos novos produtos
• Número de idéias geradas no inicio do sistema de inovação do produto
• Satisfação do consumidor, o que o consumidor deseja?
• Tempo de comercialização
• Custo do produto x tendência do setor
• Qualidade x tendência
• Homens-hora por novos produtos
7
Estes dados podem direcionar o gerenciamento tecnológico no sentido de medir o nível
de melhoria do produto ou processo.
Com estes dados pode-se desenvolver ferramentas para calcular a performance das
inovações nas organizações. Deve-se elaborar um check-list de fatores e atribuir um peso
a cada um , como o objetivo de desenvolver um perfil de performance.Uma organização
sem estratégia de inovação, pesquisa tecnológica limitada, sem planos de desenvolvimento,
sem projeto de gerenciamento e uma organização rígida não terá chance de sucesso.
Como exemplo de escala:
1= Não pensou-se em inovação
2=Há alguma consciência , mas respostas aleatórias acontecem, sistemas informais etc,
3=Há consciência e sistemas formais , mas poderia ser melhorado
4=Alto nível de desenvolvimento, sistema eficaz incluindo planos para melhoria e
desenvolvimento.
3.2 Pontos para verificação
É necessário coletar um número de indicadores que possa dar a idéia de um
julgamento menos subjetivo sobre a performance inovativa de uma empresa, por exemplo
o quanto se investe e qual é o retorno deste investimento. Pode-se citar alguns exemplos de
possibilidades de medições de indicadores de como uma organização gerencia a inovação
tecnológica:
3.2.1-A organização tem um acesso estratégico a inovação?
• Qual o potencial inovativo (vantajoso ou desvantajoso) que deriva do contexto
nacional – bases cientificas, força de trabalho, demanda de mercado, indústrias
de suporte e rivalidade competitiva?
• Que ações tem sido tomada para se beneficiar de sistemas de inovação externos-
investimentos esternos, voint ventures e parcerias, fornecedores e
consumidores, engenharia reversa e pesquisas publicas?
• Como podemos nos comparar de uma maneira competitiva- produto, preço,
qualidade, entrega, patentes , publicações e outros benchmarking?
• Como podemos manter a vantagem competitiva – complexidade do produto,
conhecimento tácito, curva de aprendizagem, nível de patentes,?
8
• Em que trajetória tecnológica geral estamos ativos- informação intensiva,
desenvolvimento especializado,etc?
• Quais são as implicações sobre as questões estratégicas de inovação- ligação
entre produto ,desenvolvimento e design ; produção e marketing; ligações
externas com fornecedores e compradores; ligações com pesquisas
universitárias e treinamento;?
• Quais as oportunidades potenciais emergentes de avanços “chaves”
tecnológicos- chips eletrônicos, telecomunicações, software, desenvolvimento
de novos matérias, e outras inovações?
• Quais são as nossas competências tecnológicas e aonde estão alocadas na
empresa- campos tecnológicos, laboratórios de pesquisa, design e engenharia de
produção, compra e distribuição?
• Como podemos identificar potencialmente novas competências tecnológicas-
visões corporativas, matriz produto-tecnologia, testes incrementais, erros e
aprendizagem?
• Como a estratégia de inovação está ligada a estratégia da corporação- há a
inovação estratégica formal, o quanto estas questões estão claras, como as
funções tecnológicas influenciam nas decisões da corporação?
3.2.2 A organização estabelece efetivas ligações externas?
• A empresa identifica consumidores potenciais e tira partido destas
informações?
• A empresa utiliza ferramentas formais para promover a comunicação entre o
marketing e as funções de desenvolvimento?
3.2.3 Existem mecanismos efetivos de implementação?
• A empresa sistematicamente procura a oportunidade de novos produtos?
• O plano de inovação de produtos está ligado a estratégia da empresa?
Como?
• Trabalhamos com usuários avançados ou básicos?
9
• A empresa tem um sistema para selecionar inovações (produtos)em face das
alternativas competitivas?
3.2.4 A inovação tem lugar no contexto da organização?
• Há comitês de gerenciamento e suporte de inovações?
• Há uma visão estratégica compartilhada e clara do plano de negócios?
• Há competências individuais identificadas na organização?
• A comunicação é eficiente? Opera verticalmente e horizontalmente e dos dois
modos?
4.INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
4.1 Caracterização do setor da construção civil
A importância econômica do setor da construção civil é representada pela sua
participação no Produto Interno Bruto-PIB, o setor industrial, participou no PIB, no
período de 1975 à 1985, com aproximadamente 40% do total, concorrendo, a construção
civil, com 6,5%, que corresponde a 16,2% no total das indústrias. Em 1990, a indústria
reduziu sua participação para 34,3%, sendo 6,9% na construção, e em 2000 a construção
participou com 9,6% . Desta forma, sua participação no total das indústrias chega a 20,3%.
Pode-se observar que isto resultou, em termos relativos, a um crescimento mais acentuado
na construção do que na indústria de transformação.
O setor também participa na Formação Bruta de Capital Fixo, já que é responsável pela
construção de edificações: indústrias, centros comerciais, escolas e hospitais. Sua
participação na População Economicamente Ativa (PEA) é também expressiva: em 1980, a
construção foi responsável pela absorção de 7,3% enquanto que neste mesmo período, o
total das indústrias absorvia 24,9%. Já em 1986, a construção representou 6,5% da PEA.
Segundo a Fundação João Pinheiro, no setor da Construção Civil, constata-se a
existência de milhares de empresas de frágil organização empresarial. Já não é o que
acontece nos países desenvolvidos onde esta atividade conta com grande número de
pequenas e médias empresas. Segundo COLOMBO&BAZZO,2004 .A indústria da
construção, mais especificamente no setor de edificações, apresenta particularidades
10
singulares, que a diferencia da indústria de transformação. Estas particularidades criam
obstáculos para que se processe uma introdução mais agressiva de máquinas e
equipamentos nos canteiros de obras. Destacam-se nestas características: o caráter não
homogêneo e não seriado de produção devido à singularidade do produto, feito sob
encomenda; a dependência de fatores climáticos no processo construtivo, o período de
construção relativamente longo; a complexa rede de interferências dos participantes
(usuários, clientes, projetistas, financiadores, construtores); uma ampla segmentação da
produção em etapas ou fases que imprime um dinamismo centrado no princípio de
sucessão e não de simultaneidade; o parcelamento da responsabilidade entre várias
empresas, onde o processo de sub contratação é comum; a significativa mobilidade da
força de trabalho; além do nomadismo do setor (tanto em relação aos produtos finais como
ao processo de produção); o caráter semi-artesanal (manufatureiro) do processo
construtivo.
A inovação tecnológica na Construção Civil no Brasil e em outros países, é
considerada incipiente, de modo que o setor é com freqüência apontado como
tecnologicamente atrasado, ainda que apresente, lentamente, a prática de melhoramentos
incrementais e a acumulação do conhecimento e formulação das inovações. Isso parece
lógico pelo próprio comportamento cultural, pois, até pouco tempo atrás, a lógica
econômica não era favorável ao desenvolvimento técnico e administrativo da construção.
(COLOMBO&BAZZO, 2004)
AMORIM, 1999 in MARTINS, 2004 identifica três diferentes formas no processo
de inovação na produção de edifício:
a) inovação de produto de construção- refere-se aos
produtos acabados de construção que incorporam novas
tecnologias, seja através de serviços ou de novos
equipamentos. São exemplos de “residence service”
apart hotéis e edifícios inteligentes, este nível de
produção é mais perceptível ao usuário;
b) inovação de produto para construção- caracteriza-se
pela introdução de novos produtos para a construção na
forma de insumos e não altera o produto final de modo
evidente para o usuário. No entanto este tipo de inovação
11
requer alterações no processo de produção e desta forma
representa uma inovação para as empresas construtoras
e seus fornecedores;
c) inovação organizacional- caracteriza-se pela
modernização da estrutura de produção através de novas
formas de gerência e controle inclusive de qualidade.
Esse tipo de inovação está inter- relacionada com a
anterior , no entanto apresenta características próprias e
pode prescindir da utilização de novos insumos.
4.2 A inovação como estratégia competitiva nas empresas construtoras
O Brasil herdou a tradição construtiva de alvenaria de tijolos dos portugueses do
inicio do século XVI. Constitui-se um desafio mudar os paradigmas construtivos do
séc. XXI. Apesar das inovações tecnológicas no setor da construção civil no Brasil
serem consideradas incipientes, há a tendência das empresas construtoras e
fornecedores de materiais e componentes buscarem formas inovadoras de produtos ou
serviços como estratégia de diferenciar-se em relação ao mercado. A inovação é uma
importante estratégia competitiva para a indústria de materiais, principalmente diante
da grande quantidade de produtos similares em um mercado de concorrência perfeita,
promovida pela abertura do mercado. MARTINS (2004) classificou as características
estruturais de inovação como estratégia competitiva nas empresas construtoras, de
materiais e componentes:
• A empresa construtora busca no mercado uma tecnologia e
insere seu sistema produtivo: talvez este seja o modo mais
comum das empresas construtoras adquirirem uma nova
tecnologia.
• A empresa construtora cria a necessidade e desenvolve uma
tecnologia internamente: um número reduzido de empresas
construtoras dispõe de recursos necessários para o
desenvolvimento de uma inovação internamente e os riscos
envolvidos são totalmente assumidos por elas.
12
• A empresa construtora cria a necessidade e forma parceria
com fornecedores para desenvolver a inovação: a formação de
parcerias com fornecedores é uma alternativa para que as
empresas construtoras viabilizem o desenvolvimento de uma
inovação. No entanto os processos de desenvolvimento e
implantação por envolver a necessidade de integração com
outros subsistemas do edifício são geralmente conduzidas pelas
empresas construtoras .
• Os fornecedores induzem a necessidade na empresa
construtora e fornecem uma inovação: esta é a alternativa
menos explorada para a inovação na construção, ainda que
ofereça vantagens competitivas potenciais para fornecedores de
materiais e componentes.
5 CASO PRÁTICO DE INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: A
COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO
A comunidade da construção civil é um movimento nacional pela integração dos
agentes da cadeia produtiva e melhoria contínua dos processos construtivos à base de
cimento. Diversas cidades já estruturaram os núcleos dessa comunidade, associando as
principais entidades dos construtores, fornecedores, projetistas e profissionais, além de
organismos nacionais, como o Senai e o Sebrae.
A formação da comunidade é um processo contínuo e gradativo e a sua base de
funcionamento é a troca positiva. Partindo da contribuição (financeira, de conhecimento e
articulação) de cada empresa ou profissional, os membros passam a fazer parte de uma
rede sinérgica, em que todos colhem o fruto da organização e da contribuição de cada um.
5.1 Programa de Melhorias
O Programa de Melhoria de Desempenho, do Projeto Estruturas de Concreto e
Revestimento de Argamassa, pretende reune cerca de 150 construtoras em 15 cidades,
todas filiadas ao Sinduscon e com algum nível de certificação de qualidade.
13
O programa contempla oito temas de pesquisa e cada grupo de construtoras (entre 8 e
13 empresas) deve escolher um deles para desenvolvimento. Empresas de seis cidades -
Fortaleza, Recife, Salvador, Natal, Vitória e Belo Horizonte - aderiram ao programa em
fevereiro, optando por cinco dos temas propostos. O objetivo do Programa é gerar melhora
de desempenho em cada tema desenvolvido. No momento inicial do Programa cada cidade
escolhe um tema. A experiência gerada pela cidade será organizada em um acervo
centralizado que será disponibilizado apenas aos membros da comunidade. Após o
encerramento do tema escolhido, a cidade escolhe um tema seguinte, gerando assim um
"ciclo de melhoria" no desempenho.
O Programa de Melhoria de Desempenho tem três etapas distintas, que são colocadas
em prática tão logo as empresas façam sua adesão. A primeira delas é gerar um diagnóstico
específico baseado no tema escolhido; na seqüência, são estabelecidas as metas da
comunidade local; por fim, vem a medição dos resultados. Outra característica é que o
projeto tem uma metodologia nacional, mas as ações são locais. Em cada cidade, a escolha
do tema pelas construtoras é subsidiada por especialistas locais.
O tempo de duração do programa varia conforme as metas de cada cidade, mas os
ciclos duram entre cinco e oito meses. É recomendável que as metas sejam compatíveis
com ciclos curtos, para que os resultados alcançados estimulem a empresa a continuar o
desenvolvimento do projeto.
Os resultados colhidos em cada cidade pelos grupos de construtoras serão
compartilhados nessa área, restrita aos membros do Projeto Estruturas de Concreto e
Revestimento de Argamassa. Assim, todos os núcleos da comunidade serão beneficiados
pela pesquisa e pelos indicadores de desempenho.
O programa de melhorias tem os seguintes objetivos: redução dos índices de consumo
de materiais; redução dos desperdícios de tempo, de mão-de-obra e de materiais;aumento
da produtividade física nas áreas de gestão, administração e principalmente produção da
obra; aumento do desempenho da estrutura em serviço e, conseqüentemente, diminuição
das patologias; melhoria da durabilidade das estruturas;diminuição dos custos de
administração e produção de estruturas de concreto; melhoria das relações da construtora
com os projetistas e fornecedores de materiais, serviços e de consultoria, constituindo-se de
uma forma geral um esforço para criar soluções inovadoras para os diversos temas
discutidos pela comunidade.
14
5.2 Temas do programa de melhoria de desempenho
Temas desenvolvidos no primeiro ciclo Comunidades
Fôrma e Armação Curitiba
Concreto Recife e Florianópolis
Fôrma e Escoramento Salvador
Alvenaria de vedação Campinas
Planejamento Natal
Produtividade Belo Horizonte
Projeto Goiânia
Revestimento de Argamassa Fortaleza,
Porto Alegre, Vitória e
Rio de Janeiro
Esse grupo (composto por diversas empresas a nível nacional) do setor de
construção civil é um exemplo de pesquisa para a melhoria e inovação de diversos
processos e produtos envolvidos na construção de edifícios.
6- PROPOSTA PARA LEVANTAMENTO DE INDICADORES DE
PERFORMANCE DE EMPRESAS INOVADORAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A proposta de coleta de dados tem por objetivo levantar a percepção do setor de
construção civil –modalidade edifícios- sobre suas estratégias de desenvolvimento
tecnológico, através da investigação empresas, representativas do setor. Existem poucas
informações sobre a inovação tecnológica nas empresas de construção civil. Há a
necessidade da coleta e tabulação de diversos dados relativos ao processo de inovação. O
questionário constitui-se em uma proposta gerada pela Confederação Nacional da
Indústria,CNI e FINEP, 2002 adaptada ao setor da construção civil:
15
Bloco I Dados Cadastrais . CNPJ:_________________________________________
Razão Social: ___________________________________
Endereço:______________________________________
___________________________ Bairro: ____________
Cidade:_____________________ UF: _______________
CEP: __________________________________________
Setor de atividade: ______________________________
Principal produto ou linha de produtos da empresa (emvalor do faturamento):
_____________________________________________________________________
______________________________________________ Responsável pelo Preenchimento Nome:___________________________________________________________________
Cargo:___________________________________________________________________
Telefone: (________ )______________________________
Ramal:____________________________________
Fax: ( ____________ ) _____________________________
Email:____________________________________
Caraterização da Empresa 1 Receita operacional bruta da empresa em 2003 (em reais):
Até 120.000
De 120.001 a 720.000
De 720.001 a 900.000
De 900.001 a 3.000.000
De 3.000.001 a 7.875.000
De 7.875.001 a 20.000.000
De 20.000.001 a 45.000.000
De 45.000.001 a 70.000.000
De 70.000.001 a 150.000.000
De 150.000.001 a 400.000.000
De 400.000.001 a 1.000.000.000
16
Acima de 1.000.000.000
2 Número médio de empregados em 2000 (pessoal total): Até 19
De 20 a 99
De 100 a 499
De 500 a 999
De 1.000 a 1.999
Acima de 2.000
3 Qual a participação de capitais estrangeiros no capital votante da empresa em
2003? 0% (nenhuma)
Menos de 25%
De 25% a 50%
Acima de 50%
4 Para cada uma das técnicas listadas abaixo, assinale o respectivo posicionamento
da empresa:
Não
conhece a
técnica
Já
implementou
Implementará
no 3 prox.
anos
Não pretende
implementar
Controle estatístico de processo
Inspeção de produto acabado Gestão da qualidade total MRP (planificação de recursos de fabricação) Just in time
Trabalho participativo em equipe
A Empresa e sua Percepção dos Cenários Interno e Externo
5. A posição tecnológica da empresa durante a década de 90, comparada a de seus
competidores, tornou-se: Muito menos avançada
17
Menos avançada
Manteve-se no mesmo patamar
Mais avançada
Muito mais avançada
Não sabe
6. Assinale as principais estratégias de negócios da empresa que receberam
prioridade durante o período1998-2003: (assinale até 3 itens): Novos produtos/novas linhas de produtos Novos processos de produção Novos modelos organizacionais Estratégias de marketing mais agressivas Maiores investimentos em design Maiores investimentos em logística Maiores investimentos em pesquisa, desenvolvimento e engenharia (P&D&E) Maiores investimentos em capacitação de recursos humanos Mxpansão da capacidade produtiva Novos mercados Outras (descreva):
_________________________________________________________
7. Você acredita que o sucesso de sua empresa nos próximos 5 anos dependerá:
nte
te
e Irreleva
Pouco
ImportanImportant Muito
Importante
Construir com o máximo de eficiência Expandir o volume de produção Aperfeiçoar o sistema de logística Desenvolver as funções de marketing Investir em pesquisa, desenvolvimento e engenharia (P&D&E) Desenvolver uma adequada gestão das marcas Desenvolver a arquitetura de novos produtos
A Empresa e a Questão Tecnológica
18
8.Qual a situação que melhor descreveria a sua empresa e o mercado em que atua, em
termos de inovação tecnológica?
A empresa precisa investir em inovação, embora não tenha capacidade
(técnica, financeira, recursos humanos, etc.)
A empresa precisa investir em inovação e tem capacidade para gerenciar um processo contínuo de
inovação, adaptando-se a um ambiente em constante mutação.
8. Na sua visão, qual o grau de importância dos itens listados abaixo nas
estratégias de desenvolvimento tecnológico de sua empresa?
Irrelevante
Importante
Important
e Importante
A empresa não precisa investir em inovação
Pouco Muito
Aquisição de máquinas, equipamentos e ferramentaria mais atualizados
Mudanças organizacionais/adoção de novas práticas gerenciais
Inovação de processos
Inovação de produtos
Gestão da propriedade intelectual
Marketing
Intercâmbio/parcerias com outras empresas e instituições produtoras de conhecimento
Capacitação de Recursos Humanos para a inovação
A
bsorção de pesquisadores nos quadros da empresa
10. Dos itens a seguir, assinale os principais que a empresa efetivamente promove
visando ao seu desenvolvimento tecnológico: (assinale até 3 itens): lizados
ais/adoção de novas práticas gerenciais
ropriedade intelectual
ições produtoras de conhecimento
dores nos quadros da empresa
Outros (descreva):
Aquisição de máquinas, equipamentos e ferramentaria mais atua
Mudanças organizacion
Inovação de processos
Inovação de produtos
Gestão da p
Marketing
Intercâmbio/parcerias com outras empresas e institu
Capacitação de Recursos Humanos para a inovação
Absorção de pesquisa
19
11 A que cargo hierárquico estão diretamente subordinadas, em geral, as decisões
estratégicas de investimentos da empresa visando ao seu desenvolvimento
tecnológico? (assinale apenas 1 item) Conselho de administração
Presidente
Sócio-gerente
Diretor industrial
Outros diretores
Supervisores e/ou gerentes
Outros (descreva):
12 .Assinale os principais objetivos das estratégias de desenvolvimento tecnológico da
empresa: (assinaleaté 3 itens) A EMPRESA NÃO POSSUI ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO (a pergunta não
se aplica)
Substituir produtos
Melhorar a qualidade dos produtos
Ampliar a gama de produtos
Reduzir custos da mão-de-obra
Reduzir o consumo de insumos
Reduzir o consumo de energia
Reduzir danos ambientais
Adequar a empresa a normas, padrões e regulamentações técnicas
Aumentar a flexibilidade da produção
Outros (descreva):
13. Que tipos de dificuldades principais a empresa comumente enfrenta em suas
estratégias regulares de desenvolvimento tecnológico? (assinale até 3 itens) A EMPRESA NÃO POSSUI ESTRATÉGIAS REGULARES (a pergunta não se aplica)
Escassez de recursos financeiros próprios
Dificuldade de acesso a financiamento
Falta de pessoal qualificado
Dificuldade de formar parcerias
Dificuldade de mudar a cultura da empresa
Falta de apoio governamental
Falta de informações sobre tecnologias
Outras (descreva):
20
14. Caso a empresa não disponha de estratégias regulares de desenvolvimento
tecnológico, quais seriam as principais razões? (assinale até 3 itens) A EMPRESA POSSUI ESTRATÉGIAS REGULARES (a pergunta não se aplica)
Não é uma questão fundamental para a competitividade
Há outras estratégias mais relevantes para a competitividade
Falta de pessoal qualificado
Custos de implementação muito elevados
Riscos elevados
Falta de cultura na empresa
Insuficientes economias de escala que justifiquem o investimento
Falta de financiamento
Outras (descreva):
15 Qual a principal estratégia de inovação de produtos e processos adotada, em geral,
pela empresa?(assinale apenas 1 item) A EMPRESA NÃO POSSUI ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO (a pergunta não se aplica)
Desenvolvimento com participação exclusiva da empresa
Desenvolvimento em parceria com terceiros
Contratação de terceiros, sem participação direta da empresa
Aquisição de tecnologia já desenvolvida por terceiros (patentes, licenciamento, contratos etc)
16. Assinale as atividades de pesquisa que a empresa efetivamente realiza:
(assinale tantos itens quanto necessário) Coleta de dados e de informações técnicas e científicas
Prospecção mercadológica
Engenharia de produto
Engenharia de processo
Construção de protótipos
Instalação de pilotos
Preparação de ferramentas ainda para fase de pesquisa
Produção experimental antes da fase comercial
Serviços de assistência técnica retroalimentadores de pesquisa, desenvolvimento e engenharia
(P&D&E)
Pesquisa e/ou experiência prática sistemática destinada à produção de novos materiais; produtos;
aparelhagens; novos processos; e sistemas e serviços
Pesquisa e/ou experiência prática sistemática para o substancial aprimoramento de produtos
e processos
21
Pesquisa com vistas à solução de problemas tecnológicos específicos, para determinar os possíveis
usos de outras descobertas
Outras (descreva):
17. No caso de estratégias de inovação EM PARCERIA COM TERCEIROS, qual o
grau de intensidade dos relacionamentos da empresa envolvidos com:
Nulo
Pouco intenso
Intenso
Muito intenso
Outras empresas do mesmo grupo
Empresas do mesmo setor
Empresas fornecedoras de equipamentos, insumos, componentes ou softwares
Clientes
Universidades/institutos de pesquisa públicos ou privados
Empresas de consultoria/engenharia
Instituições prestadoras de serviços ao setor industrial (SENAI, SEBRAE, etc.)
Outros (descreva):
18. Indique os canais de transferência de tecnologia utilizados pela empresa e seu
grau de importância:
NãoUtiliza
importante
Pouco
Importante
Muito importante
Exploração de patentes
Fornecimento de tecnologias não patenteadas
Serviços de assistência técnica e científi ca
Parcerias com terceiros para desenvolvimento
Aquisição de outras empresas
Aquisição de equipamentos
Contratação de pessoal especializado
Outros (descreva):
19. Qual o grau de importância das fontes de informação e conhecimento listadas
abaixo, para o desenvolvimento tecnológico da empresa?
22
Não Utiliza te
e
Pouco
ImportanImportant Muito
Importante
Fontes internas à própria empresa Outras empresas do mesmo grupo Inovação de processos Empresas do mesmo setor Clientes Empresas de consultoria Fornecedores Universidades Institutos de pesquisa públicos ou privados Documentos de patentes Conferências, encontros profissionais e publicações especializadas Pesquisa pela Internet
Feiras e exibições
Outros
20. Qual o grau de importância que o (a) Sr. (a) atribuiria aos temas, a seguir, no
sentido de virem a se desdobrar em ações e/ou políticas específicas de entidades
representativas ou governamentais,visando a auxiliar sua empresa no seu
desenvolvimento tecnológico?
NãoUtiliza
te
e
Pouco
ImportanImportant Muito
Importante
Ambiente macroeconômico estável
Infra-estrutura técnico-científica Força de trabalho educada e qualificada Recursos de financiamento e de capital de risco Parcerias entre o setor privado e instituições
de pesquisa/universidadesParcerias entre empresas
Garantia dos direitos de propriedade sobre as inovações geradas (Propriedade Intelectual) Acesso generalizado às redes de informação e comunicação Outros (descreva):
23
21. Identifique até 3 instituições que sejam importantes para o desenvolvimento
tecnológico do seu setor (exemplo: associações de classe, institutos de pesquisa,
universidades, instituições prestadoras de serviços ao setor construção civil, etc.):
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7.CONCLUSÃO
Uma empresa isolada, em poucos casos detém todos requisitos (conhecimento,
informação capital de risco etc.) relativas ao processo de inovação tecnológica. O
segmento da indústria da construção civil que utiliza em seus processos o cimento é muito
bem articulado, pois há a participação da Associação Brasileira de Cimento Portland
(ABCP), da Associação Brasileira de Artefatos de Cimento (ABCIC) e do Sindicato da
Indústria da Construção civil (SINDUSCON), além de empresários e fornecedores como a
Gerdau(fornecedora de aço para processos construtivos em concreto). Programas com a
“Comunidade da construção”, são de fundamental importância na implantação de sistemas
inovadores de processos e produtos.
Para uma melhor compreensão do setor da construção, faz-se necessário o
levantamento de dados sobre a questão de inovação tecnológica nas empresas, com o
objetivo de traçar metas estratégicas na colocação e inovação de produtos e processos, no
mercado, bem como a capacitação de recursos humanos do setor.
8. BIBLIOGRAFIA
24
- Site http://www.cni.org.br, acesso em 18/06/2004.
- Site http://www.abcic.com.br, acesso em 18/06/2004.
- Site http://www.abcp.org.br, acesso em 18/06/2004.
- Site http://www.comunidadedaconstrução.com.br, acesso em 18/06/2004.
- COLOMBO,Ciliana R..BAZZO, Waltes A. Desperdício na construção civil e a
questão habitacional: um enfoque CTS Site http://www.campusoei.org/salactsi
/colombobazzo.htm acesso em 21/06/2004.
-LAROCA, Christine. Habitação social em madeira: uma alternativa viável.
DISSETAÇÃO DE MESTRADO, Universidade Federal do Paraná, 2002.
-MARTINS, Marcelo Gustavo. A inovação tecnológica na produção de edifícios
impulsionada pela indústria de matérias e componentes. DISSETAÇÃO DE
MESTRADO- Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004.
- MOORE , William L. TUSHMAN, Michael. Managing innovation: over the product
life cicle. Ed. Printer Publishers, London, 1988.
-SOARES, Marcos Monteiro. Inovação tecnológica em empresas de pequeno porte.
Brasília SEBRAE, 1994.
-SANTOS, Silvio Aparecido (organização). Criação de empresas de alta tecnologia. São
Paulo, ed. Pioneira, 1987.
-CNI. A indústria e a questão tecnológica. FINEP. Brasilia, 2002.